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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final Janeiro de 2008

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Relatório Final

Janeiro de 2008

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Relatório Final

Índice 1. Introdução........................................................................................................................2 2. Conclusões......................................................................................................................3

2.1 Sinalética ...................................................................................................................3 2.2 Materiais ....................................................................................................................7

3. Anexos.............................................................................................................................9 Anexo A1 – Relatório da Experimentação do Protótipo do Sistema de

Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Anexo A2 – Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada no

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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1. Introdução

O presente Relatório apresenta o Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual (adiante designado por Sistema), a ser implementado em estações do Metropolitano de Lisboa, E.P. e da Rede Ferroviária Nacional REFER, E.P. – podendo a sua aplicação vir a estender-se eventualmente a outros locais – e foi elaborado pelo Grupo Técnico que desenvolveu o estudo, constituído por representantes das seguintes entidades: INR – Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., REFER, E.P., Metropolitano de Lisboa, E.P. e ACAPO. O Relatório Final tem por objectivo apresentar às entidades envolvidas as conclusões da experimentação do protótipo do referido Sistema, executado com base no estudo desenvolvido e apresentado pelo Grupo Técnico em 2004 (ver Relatório Intermédio). A experimentação, cujos ensaios decorreram entre Fevereiro e Julho de 2007, destinou-se a avaliar tanto a receptividade das pessoas com deficiência visual ao Sistema projectado, como a eficácia das diversas soluções alternativas apresentadas no protótipo, tendo tido por objectivo final testar a sua viabilidade enquanto ferramenta de encaminhamento dos passageiros com deficiência visual ao longo do percurso entre o(s) acesso(s) à estação e o local de embarque. A descrição dos ensaios encontra-se no Anexo A1 a este Relatório. O Anexo A2 contém diversas especificações técnicas e orientações para aplicação da sinalética que constitui o Sistema. O Sistema de Encaminhamento apresentado não dispensa outros meios de informação, pelo que deverá ser complementado com sistemas normalmente já disponíveis (Braille, áudio, GPS, etc.), ou outros, de modo a obter a sua eficaz apreensão por parte dos utilizadores.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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2. Conclusões

Os ensaios revelaram que o Sistema proposto no Relatório Intermédio é eficaz, apenas necessitando de ligeiros ajustes. Foi ajustada a versão definitiva do Sistema, que se apresenta no Anexo A2. O Grupo Técnico e os participantes nos ensaios consideram que o Sistema aumentará a segurança e facilitará o encaminhamento dentro das estações. Com a amostragem efectuada foi unânime a validação pelo Grupo Técnico do Sistema de Encaminhamento Para Pessoas com Deficiência Visual, cuja sinalética se passa a apresentar sucintamente:

2.1 Sinalética

A sinalética aprovada após os ensaios efectuados – cujas características técnicas se encontram no Anexo A2 – é a seguinte:

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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- Linha Guia (LG) – constituída por pavimento táctil com relevos estriados (barras) a aplicar no sentido longitudinal do percurso a efectuar, em cor contrastante com a do pavimento envolvente. Locais de aplicação - desde o início do percurso até à plataforma de embarque e ao longo da mesma.

- Linha Guia Transversal (LGT) – constituída por pavimento táctil com relevos estriados e cor idênticos aos da Linha Guia, a aplicar no sentido transversal do percurso. Locais de aplicação – na continuidade da Linha Guia, assinalando a aproximação de um entroncamento, cruzamento ou mudança de direcção de 90 graus da mesma.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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Mudança de Direcção (MD) – Constituída por pavimento táctil liso em cor igual à da LG e LGT . Locais de aplicação – em locais do percurso onde exista uma mudança de direcção da LG igual ou superior a 90º. - Linha de Cautela (CT) - constituída por pavimento táctil com relevos estriados (caneluras) a aplicar no sentido transversal do percurso a efectuar, em cor contrastante com a do pavimento envolvente, se possível diferente da cor da LG. Locais de aplicação - início e fim de escadas, degraus isolados e rampas, em ambos os sentidos.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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- Linha de Segurança (SEG) – pavimento táctil com relevo pitonado, em cor que ofereça forte contraste com o pavimento envolvente, sempre que possível de cor amarela (aproximada ao RAL 1021). Locais de aplicação - ao longo da plataforma, com afastamento constante do bordo da mesma. - Ponto de Interesse (PI) – pavimento táctil que ofereça boa elasticidade ao pisar em cor contrastante com a da LG e a do pavimento envolvente. Locais de aplicação - interrompe a Linha Guia junto de pontos de interesse, nomeadamente: bilheteiras, instalações sanitárias, máquinas de venda automática de títulos, etc.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual Relatório Final

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2.2 Materiais

Os materiais utilizados nos ensaios foram:

Mosaico em grés porcelânico na sinalética para a Linha Guia, a Linha Guia Transversal, a Linha de Cautela, a Linha de Segurança e a Mudança de Direcção;

Mosaico aborrachado na sinalética para os Pontos de Interesse.

O primeiro material revelou-se eficaz para a funcionalidade pretendida, porém o segundo revelou não ter uma prestação satisfatória. No entanto, o Grupo Técnico confia na existência no mercado de material com a elasticidade pretendida. Considera-se que o material cerâmico possa vir a ser substituído por material diferente, desde que reproduza a sinalética táctil definida no Anexo 2 deste Relatório e ofereça características mecânicas e de resistência ao tráfego adequadas aos locais onde seja aplicado.

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Lisboa, 28 de Janeiro de 2008

Dr. Carlos Pereira INR

Arq.ª Ana Brito INR

Arq.º Nuno Fragoso REFER

Arq.ª Marta Carvalho REFER

Arq.ª Ana Nascimento Metropolitano de Lisboa

Arq.º Carlos Batista Metropolitano de Lisboa

Dr. Peter Colwell ACAPO

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3. Anexos

Anexo A1 – Relatório da Experimentação do Protótipo do Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Anexo A2 – Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada no Sistema de

Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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ANEXO A1

Relatório da Experimentação do Protótipo do Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Índice

1. Introdução....................................................................................................................2 2. Notas sobre a experimentação do protótipo................................................................3

2.1 Considerações gerais ..........................................................................................3 2.2 Resultados dos Ensaios ......................................................................................3 2.3 Recomendações sobre os códigos de sinalética.................................................5 2.4 Recomendações sobre a aplicação da sinalética................................................9

3. Conclusões..............................................................................................................111

Índice de Figuras

Figura 1 - Desenho esquemático de escada em que é possível manter o alinhamento

da Linha Guia.....................................................................................................7 Figura 2 - Desenho esquemático de escada em que não é possível manter o

alinhamento da Linha Guia ................................................................................7 Figura 3 – Módulo do sinal indicativo de Linha Guia e Linha Guia Transversal ................12 Figura 4 – Módulo do sinal indicativo de Mudança de Direcção........................................12 Figura 5 – Módulo do sinal indicativo de Linha de Cautela ...............................................13 Figura 6 – Módulo do sinal indicativo de Linha de Segurança ..........................................13

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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1. Introdução

O presente Anexo faz parte integrante do Relatório Final do Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual (adiante designado por Sistema). Os ensaios do Sistema foram realizados nas instalações do PMO I – Parque de Material e Oficinas I, pertencente ao Metropolitano de Lisboa e localizado em Sete Rios. Os mosaicos testados foram executados de acordo com as especificações fornecidas pelo Grupo Técnico, tendo sido implantados de forma a apresentar o Sistema a uma amostragem dos futuros utentes e a poder comparar soluções alternativas.

Foi avaliado o Sistema num universo de 30 participantes, constituído por pessoas com variáveis graus de deficiências, de diferentes escalões etários e com diferentes experiências enquanto utentes dos meios de transporte ferroviário da cidade de Lisboa, tendo-se tentado desta forma abranger uma amostra heterogénea e variada de utilizadores, de modo a obter-se um resultado tão fiável quanto possível desta avaliação.

Os resultados obtidos e as opiniões fornecidas pelos participantes permitiram ao Grupo Técnico elaborar a versão definitiva do Sistema, que se apresenta em forma de anexo (Anexo A2).

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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2. Notas sobre a experimentação do protótipo

2.1 Considerações gerais

O tamanho e a diversidade da amostra, a multiplicidade dos comentários e a natureza dos exercícios não permitem um tratamento estatístico de todos os dados recolhidos. No entanto é possível fazer algumas afirmações seguras sobre o Sistema proposto. Todos os participantes indicaram que:

. O Sistema aumentará a segurança dos utentes com deficiência visual;

. O Sistema facilitará o encaminhamento dentro das estações. O Sistema apenas será funcional se os utentes conseguirem detectar a presença dos pavimentos e distingui-los com facilidade. Tem-se consciência que, devido à sua novidade, o Sistema pode não ser considerado completamente intuitivo. No entanto, podemos afirmar, após os ensaios, que o código sinalético concebido é facilmente apreendido após os primeiros contactos.

2.2 Resultados dos ensaios

2.2.1 O perfil pitonado da Linha de Segurança é facilmente associado com a necessidade

de parar e nenhum participante contestou o seu uso para este fim.

2.2.2 A Linha de Segurança foi sempre detectada por todos os participantes.

2.2.3 O perfil da Linha Guia é prontamente aceite como uma indicação do caminho a seguir, no sentido longitudinal das estrias. Nenhum dos participantes indicou que o perfil fosse desconfortável ou instável, e nenhum tropeçou na Linha ou demonstrou alguma instabilidade enquanto seguia a mesma.

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2.2.4 A Linha Guia foi detectada ‘sempre’ por mais de metade dos participantes (18),

‘quase sempre’ por mais 9 deles. Das 3 pessoas que tiveram mais dificuldade em detectar a Linha Guia, apenas 1 não melhorou o seu desempenho ao longo do ensaio.

2.2.5 Todos os participantes reconhecerem a utilidade de indicar a presença dos Pontos

de Interesse, designadamente as bilheteiras, as MVAT’s, e os cafés e outros serviços implantados nas estações. Ao mesmo tempo todos concordaram que não seria viável criar um pavimento táctil para cada Ponto de Interesse e consideraram que o uso de um único sinal era aceitável.

2.2.6 O material usado para assinalar o Ponto de Interesse provou-se ser inadequado. A

intenção era aplicar um material não-rígido / macio ao tacto, mas a borracha fornecida não tinha esta característica, sendo apercebida pelos participantes apenas como uma superfície lisa, quando comparada com o meio envolvente. Contudo, o modo de aplicação previsto - a saber, a sua colocação interrompendo a Linha Guia e o facto de se prolongar até ao equipamento respectivo - provou-se ser intuitivo e deve-se manter.

2.2.7 Os participantes tiveram menor confiança na sua capacidade de distinguir entre a

Linha Guia e a Linha de Cautela (8 indicaram que não se sentiram confiantes). De facto, quase todos os participantes (27) tiveram dificuldade em identificar estes dois pavimentos, bem como o do Ponto de Interesse, no primeiro contacto com estes pisos. A maior dificuldade foi distinguir entre a Linha de Cautela e a Linha Guia Transversal. No entanto com a prática os participantes tornaram-se mais sensíveis às diferenças, e no terceiro contacto, mais de metade (19) fez a distinção regularmente.

2.2.8 A diferenciação entre a Linha Guia e a Linha de Cautela deve ser aumentada.

Foram usados mosaicos com 20 cm de largura para os ensaios, contrariamente ao previsto numa fase anterior do estudo (40 cm) o que levou à necessidade de um

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ajuste nas dimensões inicialmente previstas para o perfil da Linha Guia. Este ajuste resultou numa aproximação dessas dimensões às do perfil da Linha de Cautela. Prevê-se a rectificação desta situação.

2.2.9 Ainda em relação a estas duas Linhas, é de salientar que nas estações existem

outros elementos que podem ajudar a distinguir entre um cruzamento (assinalado com Linha Guia Transversal) e uma escada (Linha de Cautela), como por exemplo os movimentos dos outros utentes. Ambos os sinais ficam transversais em relação ao sentido de marcha do passageiro e indicam que o utente deve abrandar um pouco porque vai mudar de direcção ou de nível. No nosso entender, esta coerência na linguagem, as outras informações fornecidas pelo meio e o uso regular do Sistema asseguram a eficácia destes sinais.

2.3 Recomendações sobre os códigos de sinalética

2.3.1 – Linha Guia (LG) Sinal de percurso a seguir

Os ensaios pretendiam avaliar qual a largura da Linha Guia mais indicada e comparou três larguras: 20, 40 e 60 cm. A largura de 60 cm foi geralmente considerada excessiva para a função pretendida. Os participantes tiveram então a oportunidade de indicar a sua preferência entre a linha de 20 cm e a de 40 cm. Embora quase todos os participantes conseguissem seguir a linha de 20 cm, uma maioria (21) foi da opinião que a linha com 40cm de largura era a mais indicada. Apenas 2 pessoas indicaram uma preferência pela linha mais estreita. As razões mais comuns citadas para justificar a preferência foram o elevado grau de concentração necessário para seguir a linha de 20 cm e a sensação de maior segurança oferecida pela linha de 40 cm. Recomendamos a aplicação de uma Linha Guia com 40 cm de largura.

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2.3.2 – Linha Guia Transversal (LGT) Sinal de Aproximação a cruzamento/entroncamento/viragem a 90º Mudança de Direcção (MD) Sinal de local de mudança de direcção de 90º

As zonas de ensaio apresentaram duas soluções para a sinalização de cruzamentos. Ambas usaram uma zona de Linha Guia Transversal com 80 cm de comprimento para indicar que o participante estava a aproximar-se de um cruzamento, uma delas com mosaico liso na zona de rotação e a outra mantendo a Linha Guia. No entender do Grupo Técnico este era o aspecto do Sistema que iria provocar maior divergência de opiniões. A maioria dos participantes (19) preferiu a solução com uma zona lisa no cruzamento e mais 5 acharam que ambas as soluções eram satisfatórias. 6 participantes tiveram dificuldade em adaptar-se a qualquer das soluções, 3 dos quais acharam que a marcação da aproximação do cruzamento criava confusão. Recomendamos o uso do sinal de aproximação LGT quando exista um cruzamento, entroncamento ou mudança de direcção de 90º, em conjugação com a aplicação de uma zona lisa no local de rotação MD.

2.3.3 – Linha de Cautela (CT)

Sinalética para Escadas e Rampas

Conjugação com a Linha Guia (LG)

Nota prévia: A zona de ensaio pretendia avaliar uma situação anormal, em que na deslocação não fosse possível assegurar a continuidade na direcção da Linha Guia antes e depois da escada / rampa. O Sistema prevê por princípio a manutenção dessa continuidade. Os participantes foram colocados perante duas situações: uma Linha Guia na diagonal em relação à Linha de Cautela, para facilitar o movimento lateral, e uma Linha Guia perpendicular à Linha de Cautela, numa posição que obrigava o

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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participante a procurá-la. Embora a diagonal fosse a solução mais lógica, era sempre possível que os participantes se movessem na diagonal em ambas as situações. Se fosse o caso, não seria necessário construir Linhas Guia na diagonal, simplificando a aplicação do Sistema. Contudo, revelou-se que a Linha Guia na diagonal é essencial e que os movimentos dos participantes na ausência desta prejudicariam o seu bem-estar e o dos outros utentes.

Figura 1 – Desenho esquemático de escada em que é possível manter o alinhamento da Linha Guia

Figura 2 – Desenho esquemático de escada em que não é possível manter o alinhamento da

Linha Guia

Recomendamos:

Que a largura da Linha de Cautela abranja a totalidade da largura da escada/rampa e que a sua dimensão no sentido da marcha seja, no mínimo, de 120 cm.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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Que, nos casos em que não seja possível garantir o alinhamento da Linha Guia no topo e no fundo da escada/rampa, esta Linha se prolongue 160 cm perpendicularmente à Linha de Cautela antes de inflectir na diagonal.

2.3.4 – Sinalética para Curvas

Dado que nem sempre será possível implantar um conjunto rectilíneo de Linhas Guia, numa zona de ensaio avaliou-se a capacidade dos participantes seguirem uma curva sinalizada através de troços rectos de Linha Guia. 21 participantes não tiveram dificuldades nenhumas em seguir o sinal e os outros 9 melhoraram o seu desempenho com a prática. Muitos participantes foram da opinião que seria ainda mais fácil seguir a “curva” numa estação onde existissem mais referências. As “curvas” incluíram mosaicos lisos na zona de rotação para facilitar a aplicação das Linhas Guia. Foram poucos os participantes que reparam neles e apenas 2 estiveram contra o seu uso. Atendendo a que se prevê uma utilização muito rara desta sinalética, considera-se que a situação poderá ser adaptada caso a caso.

2.3.5 – Linha de Segurança (SEG)

O perfil da Linha de Segurança provou-se ser satisfatório. Os ensaios testavam duas larguras, 40 e 60 cm, mas foi irrelevante porque, entretanto, a largura de 40 cm tinha sido aprovada após a colocação de uma Linha de Segurança na estação de Avenida. Recomendamos a aplicação de uma Linha de Segurança com 40 cm de largura.

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2.3.6 – Ponto de Interesse (PI) O conceito estava certo. Quanto ao material, verificou-se não ser o mais adequado, devendo ser utilizado um material mais flexível ao tacto.

2.4 Recomendações sobre a aplicação da sinalética

2.4.1 Contraste cromático

A participação de 7 pessoas amblíopes confirmou a absoluta necessidade de se garantir um contraste cromático entre os pavimentos tácteis e o pavimento envolvente. A cor definida para a Linha de Segurança (SEG) foi o amarelo aproximado ao RAL 1021, que deverá oferecer sempre um forte contraste com o pavimento do cais. Dada a variedade de pisos utilizados nas estações, a Linhas Guia (LG e LGT), a Linha de Cautela (CT), o sinal de Mudança de Direcção (MD) e o Ponto de Interesse (PI) terão de ser disponibilizados em, pelo menos, duas cores, uma escura e outra clara, de forma a oferecerem sempre contraste com o pavimento envolvente, e não poderão ser de cor igual ou semelhante à da Linha de Segurança (SEG).

2.4.2 Materiais

Os materiais a utilizar deverão ser antiderrapantes e satisfazer as características exigíveis de óptima durabilidade e resistência ao desgaste, devendo respeitar os critérios impostos, com esse objectivo, pelos gestores da Infra-estrutura envolvida. Os materiais utilizados nos ensaios foram: o mosaico cerâmico de grés porcelânico – utilizado na sinalética da Linha Guia (LG), da Linha Guia Transversal (LGT), da

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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Linha de Cautela (CT), da Mudança de Direcção (MD) e da Linha de Segurança (SEG), e o mosaico aborrachado, na sinalização dos Pontos de Interesse (PI). Considera-se que o material cerâmico se revelou eficaz, podendo, no entanto, ser substituído por outros materiais, desde que sejam respeitadas as características geométricas, mecânicas e cromáticas recomendadas. O material aborrachado não apresentou uma prestação satisfatória, porém o Grupo Técnico confia existirem no mercado materiais com as características de elasticidade desejáveis.

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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Conclusões Em resumo e no que diz respeito aos elementos que constituem a sinalética do Sistema, o Grupo Técnico chegou às seguintes conclusões:

Linha Guia / Linha Guia Transversal (LG e LGT) – o perfil deve ser ajustado para cumprir dimensões normalizadas e as peças devem ser produzidas em pelo menos duas cores para garantir um contraste cromático com o pavimento confinante. A largura mais indicada é a de 40cm (ver Figura 3).

Mudança de Direcção (MD) – a ausência de relevo e a cor idêntica à das Linhas Guia são indicadas (ver Figura 4).

Linha de Cautela (CT) – o perfil é indicado e as peças devem ser produzidas na cor que garanta bom contraste cromático com o pavimento envolvente. É indicada a dimensão mínima de 120 cm no sentido do percurso. (ver Figura 5)

Linha de Segurança (SEG) – o perfil e a cor amarela são indicados, e a largura mais indicada, é no mínimo, 40 cm (ver Figura 6).

Ponto de Interesse (PI) – o conceito é aprovado, mas é necessário procurar um novo material que garanta boa elasticidade ao pisar. A cor deverá oferecer bom contraste cromático com o pavimento envolvente e ser também distinta da cor da Linha Guia.

Cruzamentos e Entroncamentos / viragem a 90º – devem incorporar zonas com sinal de aproximação (Linha Guia Transversal, com 80 cm de comprimento e uma zona lisa (sinal de Mudança de Direcção).

Escadas e Rampas – quando não for possível garantir o alinhamento da Linha Guia no topo e na base da escada / rampa, deve ser adoptada uma sinalização em diagonal da Linha Guia para facilitar o deslocamento lateral.

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual ANEXO A1

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Figura 3 – Módulo do sinal indicativo de Linha Guia e Linha Guia Transversal

Figura 4 – Módulo do sinal indicativo de Mudança de Direcção

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Figura 5 – Módulo do sinal indicativo de Linha de Cautela

Figura 6 – Módulo do sinal indicativo de Linha de Segurança

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Relatório da Experimentação do Protótipo do

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

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ANEXO A2

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada no Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Índice

1. Introdução............................................................................................................... 3 2. Orientações Gerais para a Aplicação do Sistema .................................................. 3 3. Especificações e recomendações sobre a sinalética do Sistema .......................... 4

3.1 Linha Guia (LG) .............................................................................................. 4 3.2 Linha Guia Transversal (LGT) ...................................................................... 11 3.3 Mudança de Direcção (MD) .......................................................................... 11 3.4 Linha de Cautela (CT)................................................................................... 12 3.5 Linha de Segurança (SEG)........................................................................... 13 3.6 Ponto de Interesse (PI) ................................................................................. 15

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

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Índice de Figuras

Figura 1 – Dimensões do relevo estabelecido para a Linha Guia LG e a Linha Guia Transversal LGT ........................................................................................... 4

Figura 2 – Aplicação dos sinais Linha Guia LG, Linha Guia Transversal LGT e Mudança de Direcção MD na mudança de direcção da LG) ........................ 6

Figura 3 – Aplicação da Linha Guia LG e da Linha de Cautela CT em escadas onde é mantido o alinhamento da LG na base e no topo. ........................................ 7

Figura 4 – Aplicação da Linha Guia LG e da Linha de Cautela CT em escadas onde não é possível manter o alinhamento da LG na base e no topo................... 7

Figura 5 – Barreiras de controlo – Esquema exemplificativo 1....................................... 8 Figura 6 – Barreiras de controlo – Esquema exemplificativo 2....................................... 9 Figura 7 – Localização relativa da Linha de Segurança SEG e da Linha Guia LG ........ 9 Figura 8 – Esquema exemplificativo – duas situações tipo em estação com reduzido

movimento .................................................................................................. 10 Figura 9 – Esquema exemplificativo da situação descrita em 3.1.9.3 ......................... 10 Figura 10 – Ausência de relevo no sinal de Mudança de Direcção MD (peça lisa)...... 11 Figura 11 – Dimensões do relevo estabelecido para a Linha de Cautela CT............... 12 Figura 12 – Dimensões do relevo estabelecido para a Linha de Segurança SEG....... 14 Figura 13 – Esquema exemplificativo – interrupção da Linha Guia pelo sinal Ponto de

Interesse ..................................................................................................... 15

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

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1. Introdução

O presente Anexo A2 faz parte integrante do Relatório Final do Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência (adiante designado por Sistema) e inclui orientações gerais, recomendações e especificações diversas sobre as características e o modo de aplicação da sinalética nele apresentada, constituída por cinco sinais tácteis distintos: Linha Guia (LG) / Linha Guia Transversal (LGT), Mudança de Direcção (MD), Linha de Cautela (CT), Linha de Segurança (SEG) e Ponto de Interesse (PI).

As referidas orientações constituem o corolário do estudo desenvolvido, tendo sido elaboradas com base nas conclusões extraídas da experimentação do protótipo executado para testar o projecto do Sistema – apresentadas no Anexo 1 deste Relatório – e destinam-se a apoiar a implementação do mesmo nas estações do Metropolitano de Lisboa, E.P. e da REFER, E.P., ou em outros locais onde eventualmente venha a ser utilizado.

2. Orientações Gerais para a Aplicação do Sistema

2.1 O Sistema tem início nos locais onde os utentes têm acesso à infra-estrutura.

2.2 O Sistema encaminha os utentes desde os acessos até ao local de embarque, passando pelos equipamentos disponibilizados pelo gestor da infra-estrutura e pelos operadores.

2.3 O Sistema nunca conduz a meios mecânicos de elevação ou de deslocação.

2.4 Dentro da infra-estrutura, a sinalética constituída pelos pavimentos tácteis adiante apresentados não pode ser utilizada para outros fins que não os indicados neste Anexo.

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

2.5 A colocação das peças que constituem os pavimentos tácteis no pavimento envolvente terá que ser executada com o máximo rigor, a fim de se evitar o aparecimento de juntas desniveladas entre si, tanto transversal, como longitudinalmente.

3. Especificações e recomendações sobre a sinalética do Sistema

3.1 Linha Guia (LG)

3.1.1 A LG indica o caminho a seguir.

3.1.2 O sinal LG é constituído por uma faixa de pavimento táctil com relevo estriado, sendo a estrias colocadas longitudinalmente, no sentido da marcha.

3.1.3 O relevo da LG respeitará as dimensões indicadas no desenho da figura 1.

Figura 1 – Dimensões do relevo estabelecido para a Linha Guia LG e a Linha Guia Transversal LGT

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Sistema de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência Visual

Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

5

3.1.4 Deve existir um forte contraste cromático entre a LG e o pavimento envolvente. A LG pode ter qualquer cor excepto o amarelo, que está reservado para a Linha de Segurança (SEG).

3.1.5 A LG tem a largura mínima de 0,40 m, e é colocada no eixo de uma faixa livre de obstáculos, com largura mínima de 1,20 m e com altura mínima de 2,00 m nos espaços encerrados ou de 2,40 m nos espaços não encerrados.

3.1.6 Orientações no caso de mudança de direcção da Linha Guia:

3.1.6.1 Sempre que possível a LG deve seguir uma linha recta.

3.1.6.2 Se for necessário incorporar mudanças de direcção na LG, as inflexões serão de 90º ou de 45º.

3.1.6.3 Nas mudanças bruscas de direcção a LG é complementada por dois sinais: Linha Guia Transversal (LGT) e Mudança de Direcção (MD) – ver pontos 3.2 e 3.3

3.1.6.4 Quando o ângulo da mudança de direcção é de 45º, não existe sinal de aproximação (LGT). Os dois troços de LG intersectam-se de forma a garantir a concordância das estrias.

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

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Figura 2 - Aplicação dos sinais Linha Guia LG, Linha Guia Transversal LGT e Mudança de Direcção MD na mudança de direcção da LG

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.1.7 Orientações no caso de mudanças de nível da Linha Guia (rampas, escadas e degraus isolados)

3.1.7.1 Na base e no topo das rampas, escadas e degraus ou grupos de degraus isolados e a toda a largura dos mesmos, existe sempre um sinal de aviso constituído por uma faixa com 1,20 m de Linha de Cautela (CT) – Ver ponto 3.4.

3.1.7.2 Rampas, escadas e degraus interrompem a implantação da LG, bem como os respectivos patamares intermédios no caso de serem constituídos por mais de um lanço. A excepção a esta regra abrir-se-á no caso de existir risco de queda num ou em ambos os lados da rampa.

3.1.7.3 A interrupção da LG nas rampas, escadas e degraus, não deverá impedir que se mantenha o alinhamento da LG no fundo e no topo das mesmas - Ver Figura 3.

Figura 3 – Aplicação da Linha Guia LG e da Linha de Cautela CT em escadas onde é mantido o alinhamento da LG na base e no topo.

3.1.7.4 Caso seja impossível evitar o desalinhamento dos dois troços de LG no topo e na base da rampa, escada ou degraus, deve ser adoptada uma sinalização em diagonal da LG para facilitar o deslocamento lateral, conforme Figura 4.

Figura 4 - Aplicação da Linha Guia LG e da Linha de Cautela CT em escadas onde não é possível manter o alinhamento da LG na base e no topo.

7

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.1.7.5 No caso de rampas, escadas e degraus implantadas paralelamente à via-férrea, a LG deve encaminhar o utente com deficiência visual para o lado mais afastado da via.

3.1.7.6 No caso de rampas, escadas e degraus implantadas perpendicularmente à via-férrea, a LG deve encaminhar o utente com deficiência visual para o lado com menor fluxo de utentes.

3.1.8 Orientações no caso da existência de barreiras de controlo:

3.1.8.1 Quando exista uma barreira de controlo, a LG deve encaminhar o passageiro para os canais especiais destinados a utentes com mobilidade condicionada (canais mais largos, que funcionam em ambos os sentidos).

3.1.8.2 No caso de existir um átrio central, a LG poderá ser aplicada da seguinte maneira:

Figura 5 – Barreiras de controlo – Esquema exemplificativo 1

8

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.1.8.3 Na ausência de “canal especial”, a LG terá de encaminhar para dois canais, um em cada sentido, da seguinte maneira:

Figura 6 – Barreiras de controlo – Esquema exemplificativo 2

3.1.9 Orientações sobre a colocação da Linha Guia na plataforma/cais:

3.1.9.1 Em estações com moderado ou elevado movimento de utentes, a LG deve existir ao longo do cais e ser colocada paralelamente à Linha de Segurança (SEG), com uma distância mínima de 0,80 m entre elas, a fim de salvaguardar a segurança dos restantes utentes – Ver Figura 7.

Onde não seja possível respeitar esta distância mínima, o projectista proporá ao gestor da infra-estrutura uma solução que garanta simultaneamente a segurança de todos os utentes.

Figura 7 – Localização relativa da Linha de Segurança SEG e da Linha Guia LG

9

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.1.9.2 Em estações com reduzido movimento de utentes, a LG poderá encaminhar o utente com deficiência visual directamente entre a via pública e a plataforma/cais, onde seja mais conveniente esperar pelo comboio em segurança (tal como um abrigo ou um local junto à bilheteira). - Ver Figura 8.

Figura 8 - Esquema exemplificativo – duas situações tipo em estação com reduzido movimento

3.1.9.3 Quando a plataforma/cais tiver um comprimento muito superior ao dos comboios de passageiros, a LG não deverá ser implantada na zona que não será utilizada pelos utentes, salvo se essa zona der acesso, directo ou indirecto, à via pública. – Ver Figura 9.

Figura 9 - Esquema exemplificativo da situação descrita em 3.1.9.3

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.2 Linha Guia Transversal (LGT)

3.2.1 A Linha Guia Transversal (LGT) constitui um sinal de aproximação aos cruzamentos, entro

11

ncamentos e mudanças de direcção a 90º.

or), sendo o relevo estriado colocado transversalmente ao sentido da marcha numa extensão de 0,80 m, antes e

Figura 2.

dança de direcção se faz a 90º.

.3.2 O sinal de Mudança de Direcção (MD) utiliza o mesmo material e cor da LG, porém sem relevo – Ver Figura 10.

gura 10 – Ausência de relevo no sinal de Mudança de Direcção MD (peça lisa)

3.2.2 A LGT é também um sinal de aproximação ao fim da LG na plataforma/cais. – Ver Ponto 3.1.9.3

3.2.3 A LGT utiliza o mesmo sinal táctil da LG (perfil e c

depois da mudança de direcção - Ver Figura 1 e

3.3 Mudança de Direcção (MD):

3.3.1 O sinal de Mudança de Direcção consiste num elemento liso a colocar na zona de intersecção das LG, nos casos em que a mu

3

Fi

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

3.4 Linha de Cautela (CT):

3.4.1 O sinal Linha de Cautela (CT) indica o aparecimento de uma mudança de nível – a presença de rampas, escadas e degraus isolados – no percurso da Linha Guia.

eferencialmente, em material m

lto-relevo aplicadas transversalmente em relação à LG.

.4.4 O relevo da CT respeitará as dimensões indicadas no desenho da Figura 11.

gura 11 - Dimensões do relevo estabelecido para a Linha de Cautela CT

3.4.2 Todas as rampas, escadas e degraus integrados no percurso da LG devem ser assinalados por CT, tanto na base como no topo.

3.4.3 A CT é constituída por uma faixa a executar, pridêntico ao da Linha Guia, porém com o relevo estriado distinto, sendo as estrias ea

3

Fi

12

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ANEXO A2

13

enda que se siga esta orientação sempre que possível.

e no topo confinará com o cobertor do degrau de espera.

a extensão uperior a 3,50 m e não exista corrimão contínuo, situação em que a CT será colocada

no início e no fim do patamar, sendo as duas zonas de CT ligadas por LG.

)

.5.3 O relevo da SEG respeitará as dimensões indicadas no desenho da Figura 12, endo executada a partir do módulo apresentado.

3.4.5 Deve existir forte contraste cromático entre a CT e o pavimento envolvente.

Há vantagem em existir simultaneamente contraste cromático entre a CT e a Linha Guia (LG), pelo que se recom

3.4.6 A CT pode ter qualquer cor excepto o amarelo, que está reservado para a Linha de Segurança (SEG).

3.4.7 A CT é uma faixa de 1,20 m e desenvolve-se a toda a largura das rampas, escadas ou degraus isolados.

3.4.8 A CT será colocada na base das escadas de forma a confinar com o primeiro degrau de arranque

3.4.9 A CT não será colocada nos patamares intermédios das rampas, escadas ou degraus isolados.

Abre-se excepção a esta regra nos casos em que o patamar tenha ums

3.5 Linha de Segurança (SEG

3.5.1 O sinal Linha de Segurança (SEG) indica a presença da via-férrea e alerta para a existência de risco de queda.

3.5.2 A SEG tem largura mínima de 0,40 m e é constituída por uma faixa de pavimento táctil com relevo pitonado.

3s

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ANEXO A2

Figura 12 – Dimensões do relevo estabelecido para a Linha de Segurança

vendo a

cional, ser utilizada outra cor quando o amarelo não

fastamento será definido pelo gestor da infra-estrutura

extre

perigosa), a SEG demarcará a zona do cais onde será ossível circular em segurança.

3.5.4 A cor indicada para a SEG é o amarelo aproximado ao RAL 1021, deLinha apresentar um forte contraste cromático com o pavimento envolvente.

Deverá, no entanto, a título excepoferecer suficiente contraste.

3.5.5 A SEG localiza-se nas plataformas/cais e implanta-se ao longo do bordo e a uma distância fixa deste. Este ae nunca será inferior a 0,50 m.

3.5.6 Excepcionalmente, quando a midade do cais apresentar risco de queda (por exemplo, desnível sem barreira de protecção), ou risco de lesão (por exemplo, equipamento suspenso a altura p

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Especificações e Orientações sobre a Sinalética Adoptada

ANEXO A2

15

ra indicar a presença de um

es sanitárias, bares.

r.

ste cromático com a

errompe a Linha Guia, sem sinal de aproximação.

3.6.5 O PI tem ente para o local do equipamento.

outro sinal ue interrompa a LG.

3.6.7 O PI não será utilizado se interferir com os outros sinais do Sistema.

3.6 Ponto de Interesse (PI)

3.6.1 O sinal Ponto de Interesse (PI) é utilizado paequipamento com eventual interesse para o utente, como por exemplo as bilheteiras, MVAT’s, salas de espera, instalaçõ

3.6.2 O PI é constituído por uma superfície de pavimento táctil em material que ofereça boa elasticidade ao pisa

3.6.3 A cor do PI deve oferecer simultaneamente bom contraLinha Guia e com o pavimento.

3.6.4 O PI int

largura mínima de 0,80 m e encaminha o ut

Figura 13 - Esquema exemplificativo – interrupção da Linha Guia pelo sinal Ponto de Interesse

3.6.6 Deve existir uma separação mínima de 1,20 m entre o PI e qualquer q

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ANEXO A2

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