Sistema de Fôrmas - Construção Civil

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    CENTRO UNIVERSITRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS UNILESTE

    Curso de Engenharia de Civil

    Coronel Fabriciano2014

    Harryson Alves Bernardes

    Igor Venturini Garcia Miranda

    Thales Siqueira Velasco

    Yure Rodrigues Silva

    SISTEMAS DE FRMAS

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    SISTEMAS DE FRMAS

    RESUMO

    O estudo dos diversos tipos de frmas aplicados em construo civil vem mostrar a variedade de sistemasempregados de acordo com as finalidades a que se destinam. O uso adequado da frma est diretamenterelacionado ao concreto a ser utilizado, como tambm da geometria da pea estrutural a ser concretada.As frmas convencionais de madeira atravs do conjunto chamado frma e escoramento, permitiu oprocesso rpido de desforma, em mdia de 3 a 5 dias, agilizando assim prazos de execuo eracionalizao de custos, alm da qualidade da obra. No mercado atual tambm j muito freqente autilizao de frmas metlicas. Este tipo de frma tornou-se atraente em funo de serem reaproveitveis

    e modulveis e partindo desse pressuposto a economia e o custo benefcio do uso da frma, dependem doprazo de execuo e da repetitividade das peas estruturais. Este tipo de sistema reduz a mo de obra eprecisa de pouca manuteno, apenas o custo final depender do planejamento da obra, pois tais frmasso normalmente alugadas e o custo est diretamente relacionado aos dias efetivamente utilizados. Diantedestes dados, o objetivo deste trabalho analisar os principais mtodos de sistemas de frmasempregados na construo civil, para as diversas etapas e utilizaes no canteiro de obras, assim comosuas vantagens e desvantagens, e realizar comparaes entre frmas de mesma finalidade, porm compropriedades diferentes entre si.

    Palavras-chave: frmas, construo civil, concreto, madeira, metlicas

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    SumrioResumo ................................................................................................................................................................. 11. INTRODUO ................................................................................................................................................. 31.1 OBJETIVO ...................................................................................................................................................... 3

    2. REVISO BIBLIOGRFICA ........................................................................................................................... 3

    2.1 Frmas para concreto ................................................................................................................................... 32.2 Frmas para fundaes ................................................................................................................................. 52.2.1 Blocos....................................................................................................................................................... 52.2.1.1 Blocos com frmas em madeira .............................................................................................................. 52.2.1.2 Blocos com frmas metlicas ................................................................................................................. 62.2.2 Vigas baldrame ......................................................................................................................................... 62.2.2.1 Vigas baldrame com frmas de madeira .................................................................................................. 72.2.2.2 Vigas baldrame com frmas metlicas .................................................................................................... 72.3 Frmas para pilares ...................................................................................................................................... 72.3.1 Frmas de madeira para pilar ..................................................................................................................... 82.3.2 Frma mista para pilartravamento com perfil e barra de ancoragem ........................................................ 8 2.3.3 Frma para pilar com painis modulares .................................................................................................... 92.4 Frmas para paredes....................................................................................................................................102.4.1 Frmas em madeira para paredes ..............................................................................................................102.4.2 Frmas mistas para paredes ......................................................................................................................102.4.3 Frmas para paredes com painis modulares .............................................................................................102.5 Frmas trepantes .........................................................................................................................................112.5.1 Andaime suspenso....................................................................................................................................112.5.2 Msula......................................................................................................................................................112.6 Frmas deslizantes ......................................................................................................................................122.7 Frmas para vigas .......................................................................................................................................122.7.1 Frmas de madeira ...................................................................................................................................122.7.2 Frmas metlicas .....................................................................................................................................132.8 Frma e escoramento para laje ....................................................................................................................132.8.1 Frma e escoramento de madeira ..............................................................................................................132.8.2 Equipamentos metlicos ...........................................................................................................................142.8.2.1 Torre de carga LTT SH.......................................................................................................................142.8.2.2 Treliforma SH ....................................................................................................................................142.8.2.3 Sistema Topec SH ..............................................................................................................................14

    3. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................................154. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...............................................................................................................15

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    1. INTRODUO

    Segundo Azevedo (2008), o estudo dos diversos tipos de frmas aplicados em construo civil vemmostrar a variedade de sistemas empregados de acordo com as finalidades a que se destinam. O usoadequado da frma est diretamente relacionado ao concreto a ser utilizado, como tambm da geometria

    da pea estrutural a ser concretada.

    Existem casos onde h at a necessidade de um projeto especfico de frma, ou seja, material apropriadoque ir resistir a determinadas cargas estruturais, vos livres, p direito, etc. A metodologia que vem seempregando principalmente nas frmas convencionais de madeira, tem como objetivo otimizar custos,atravs da produtividade da mo de obra e do reaproveitamento das chapas de madeira.

    As frmas convencionais de madeira atravs do conjunto chamado frma e escoramento, permitiu oprocesso rpido de desforma, em mdia de 3 a 5 dias, agilizando assim prazos de execuo eracionalizao de custos, alm da qualidade da obra.

    No mercado atual tambm j muito freqente a utilizao de frmas metlicas. Este tipo de frma

    tornou-se atraente em funo de serem reaproveitveis e modulveis e partindo desse pressuposto aeconomia e o custo benefcio do uso da frma, dependem do prazo de execuo e da repetitividade daspeas estruturais. Este tipo de sistema reduz a mo de obra e precisa de pouca manuteno, apenas o custofinal depender do planejamento da obra, pois tais frmas so normalmente alugadas e o custo estdiretamente relacionado aos dias efetivamente utilizados. A frma metlica sempre ser predominantepara as grandes reas de concretagem.

    1.1 OBJETIVO

    Analisar os principais mtodos de sistemas de frmas empregados na construo civil, para as diversasetapas e utilizaes no canteiro de obras, assim como suas vantagens e desvantagens, e realizarcomparaes entre frmas de mesma finalidade, porm com propriedades diferentes entre si.

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1 Frmas para concreto

    Segundo o Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008), frmas so estruturas provisrias destinadas amoldar e sustentar as presses laterais do concreto, garantindo assim sua estanqueidade at o momento dacompleta solidificao. As frmas geralmente so de madeira, metlica ou mista (madeira x metlica).

    As frmas de madeira so de grande uso na construo civil, principalmente em obras de pequeno porte.As razes do uso desse sistema so a fcil adaptao da frma a qualquer tipo de estrutura e a relativafacilidade em sua fabricao, porm apresenta desvantagens como: pouca durabilidade, baixaprodutividade na montagem e desmontagem, execuo demorada, pouca resistncia nas ligaes eemendas e grandes deformaes quando submetidas a variadas e bruscas mudanas de temperatura eumidade.

    Essas frmas geralmente so confeccionadas com chapas de compensado e/ou tbuas de madeira devariadas dimenses. A escolha da qualidade e da bitola das tbuas interfere no dimensionamento dasfrmas: quanto menor a resistncia das tbuas, maior a quantidade de peas para estrutur-las. O tipo demadeira tambm interfere na qualidade das frmas executadas. Recomenda-se o uso de pinho, cedrinho,jatob ou peroba, pois apresentam boa resistncia. Outro tipo muito utilizado na construo civil opinus, porm apresenta menor resistncia se comparado s demais madeiras.

    As frmas metlicas esto em constante expanso no mercado. Os prazos de execuo apertados, anecessidade de maior produtividade, menor mo-de-obra para execuo, facilidade no gerenciamento das

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    frmas, servios associados de projeto e orientao de montagem que as empresas oferecem e a economiaobtida, contribuem para a escolha desse sistema.

    O sistema de frma metlica composto de painis em estrutura de ao, chapa de compensado rebitada aessa estrutura e acessrios para juno, alinhamento e prumo. Essas frmas permitem maior agilidade na

    montagem e desmontagem, so mais seguras, permitem maior organizao e limpeza no canteiro deobras, dispensam o trabalho de carpintaria e, dependendo da quantidade de ciclos de uso, so maiseconmicas.

    Atualmente no mercado nacional, encontramos trs categorias de painis modulares que compem asfrmas metlicas:

    Painel modular de pequena rea ou de 40 kN/m (Tekko SH);O painel modular Tekko SH um sistema composto por painis em chassis de ao forrados comcompensado plastificado, que so acoplados com clipps alinhados com perfis ou tubos metlicos,conforme a figura 1. aplicado em obras residenciais, comerciais, industriais, saneamento, canais,

    barragens, reservatrios, entre outros.

    Figura 1painel modular de 40 kN/m (Tekko SH)

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 58)

    Painel modular de grande rea ou de 60 kN/m (Concreform SH);O painel modular Concreform SH, A forma consiste em chassis de ao galvanizado forrados emcompensado plastificado, conectados com apenas trs grampos que os unem e alinham simultaneamente,dispensando perfis extras, conforme a figura 2. Leve e ao mesmo tempo rgido, pode ser movimentadomanualmente ou com auxlio de grua.

    Figura 2painel modular de 60 kN/m (Concreform SH)

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 66)

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    Extremamente fcil de manusear, o Concreform SH constitui a soluo mais econmica na medida emque permite a reduo de at 70% da mo-de-obra necessria para montagem e desmontagem da forma. aplicado em obras residenciais, comerciais, industriais, canais, obras de saneamento, entre outras.

    Painel modular de 80 kN/m.No mercado nacional so poucas as empresas que possuem esses tipos de painis. Por serem chapas degrandes dimenses, geralmente, so utilizadas em estruturas de grande porte como barragens,reservatrios, grandes pilares, paredes e cortinas, conforme a figura 3.

    As vantagens desse sistema so a elevada resistncia presso do concreto, a baixa quantidade deancoragem que proporciona melhor acabamento e os poucos acessrios de montagem. A produtividade demontagem pode chegar a 0,12 homem hora/m. As desvantagens so a difcil adaptao a qualquerestrutura e transporte obrigatoriamente mecnico (grua ou guindaste), devido ao elevado peso prprio.

    Figura 3painel modular de 80 kN/m

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 68)

    2.2 Frmas para fundaes

    Os elementos de fundao, principalmente os blocos e as vigas baldrame, podem apresentar diversassolues de frmas. Tanto as frmas convencionais de madeira como as metlicas modulares, alm dedarem forma ao elemento estrutural, tm a funo de estanqueidade ao concreto, e para isso seudimensionamento de fundamental importncia.

    Para vigas de baldrame, pequenos blocos de fundao ou para blocos de dimenses gigantescas paraapoio de pesados maquinrios, a soluo e a escolha do sistema de frma mais apropriado permitiromaior produtividade, economia e segurana na obra.

    2.2.1 Blocos

    Os blocos de fundao ou sapatas so estruturas responsveis pela distribuio de cargas no terreno ounas estacas. Dependendo das cargas atuantes, esses blocos e sapatas apresentam dimenses e formatosvariados. A elaborao e a escolha do tipo apropriado de frma dependero dessas variaes dedimenses.

    2.2.1.1 Blocos com frmas em madeira

    Os blocos de fundao executados com frma em madeira permitem maior flexibilidade nas dimenses,porm um sistema bastante trabalhoso, demorado, e que dificulta a organizao e limpeza na obra,conforme a figura 4 a seguir.

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    Figura 4Bloco com frma em madeira

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 69)

    2.2.1.2 Blocos com frmas metlicas

    Os blocos geralmente apresentam baixa presso do concreto na lateral das paredes da frma; por esta

    razo, as frmas de 40 kN/m so as mais apropriadas para uso em estruturas de pequeno e mdio porte.Porm, para uso em blocos ou bases de grandes dimenses, as frmas de 60 kN/m apresentam maiorsegurana e produtividade. Limitando a velocidade de concretagem conforme os 40 kN/m que a frmasuporta, o nico clculo necessrio o da barra de ancoragem, que calculado atravs da rea deinfluncia na barra multiplicada pelo empuxo do concreto. A figura 5 a seguir ilustra o conjunto defrmas de 40 kN/m em um bloco de fundao.

    Figura 5bloco de fundao com frma Tekko SH

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 71)

    Como j citado, para blocos de grandes dimenses, construdos para apoio de maquinrios industriais ouestruturas de elevado peso, recomenda-se o uso de frmas metlicas de 60 kN/m (Concreform SH).Suas dimenses variam conforme as necessidades do projeto.

    As ancoragens desses blocos requerem solues especiais, diferenciadas das apresentadas para uso emblocos de pequenas dimenses. Para evitar o uso de ancoragem, as frmas podem ser estroncadas comescoras apoiadas no barranco ou fixadas no solo. O dimensionamento deste estroncamento requerbastante ateno, pois so as escoras que asseguram a estanqueidade das frmas; indica-se o uso de umaescora em cada lugar onde haja uma ancoragem.

    2.2.2 Vigas baldrame

    A viga baldrame a estrutura que servir de base para a alvenaria, e seu dimensionamento depende dascargas atuantes e, juntamente com os blocos ou as sapatas, distribui as cargas da estrutura para o solo.Geralmente as vigas de baldrame so apoiadas em lastros de concreto magro, no necessitando de frma

    de fundo, somente de frmas laterais.

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    2.2.2.1 Vigas baldrame com frmas de madeira

    Existem inmeras maneiras de executar as frmas de madeira, podendo ser executadas com compensadoou tbuas. Seu dimensionamento segue os mesmos mtodos de clculos para pilares ou paredes. A figura6 a seguir ilustra uma forma em tbua e outra em compensado, respectivamente.

    Figura 6exemplo de frmas em madeira

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 74)

    2.2.2.2 Vigas baldrame com frmas metlicas

    Dependendo do comprimento das vigas de baldrame, o mais indicado o uso de frmas metlicas depequenas reas (40 kN/m), pois possibilita um maior aproveitamento das peas modulares e evitagrandes arremates para fechamento. O uso das frmas de grandes reas (60 kN/m) indicado para vigascom grandes extenses.

    As frmas podem ser usadas deitadas ou em p, sendo necessrio o uso de barras de ancoragem ousistemas similares para garantir o fechamento das frmas e perfis ou tubos para alinhamento. A figura 7 a

    seguir exemplifica o uso de frma Concreform (60 kN/m) em uma viga baldrame.

    Figura 7utilizao de frma 60 kN/m

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 76)

    2.3 Frmas para pilares

    Na execuo dos pilares, o estudo e a escolha da soluo da frma podem garantir agilidade namontagem, entretanto, o exato dimensionamento que garante segurana e estanqueidade, tanto parafrmas de madeira, mistas ou metlicas.

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    2.3.1 Frmas de madeira para pilar

    Podem ser usadas tbuas para frma de pilar. Estas tbuas devem ser estruturadas com sarrafostransversais para no apresentarem flecha e a frma no abrir. Os sarrafos devem ter comprimento maiorque a largura do pilar, para permitir seu travamento com pregos, como se visualiza na figura 8 a seguir.

    Figura 8exemplos de frma de madeira para pilar

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 81)

    Aps escolher a tbua e o sarrafo, deve-se dimensionar o espaamento entre os sarrafos para atender asduas condies: o vo livre da tbua deve ser calculado para evitar flecha, e o sarrafo deve ser calculadopela fecha e pelo momento admissvel.

    2.3.2 Frma mista para pilar travamento com perfil e barra de ancoragem

    A grande vantagem da madeira a flexibilidade e a possibilidade de fazer o encontro do pilar com a viga,mas o travamento feito em madeira reduz a produtividade e aumenta o risco de a frma abrir. Existe umsistema muito verstil e seguro: a combinao de compensado estruturado (madeira) com travamento

    metlico (perfis C metlicos e barras de ancoragem com porcas). Alm de seguro, este sistema detravamento evita pregos.

    O compensado, especialmente o compensado plastificado, melhora a qualidade da superfcie do concreto.Em funo do custo relativamente alto e baixa resistncia flexo, o compensado para execuo dospilares deve ser estruturado com sarrafos no sentido longitudinal.

    Como o compensado estrutural mais resistente que a tbua, neste tipo de pilar o espaamento entre ossarrafos do travamento ser maior; por isso, geralmente, necessrio distribuir os sarrafos de travamentopor elementos mais resistentes, sendo recomendvel o uso de travamento metlico. A figura 9 a seguirexemplifica uma frma mista.

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    Figura 9frma mista de madeira e metal

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 85)

    2.3.3 Frma para pilar com painis modulares

    Existem vrios sistemas de frmas metlicas que podem ser usado para pilares. Os mais usuais so ospainis PI que suportam 40 kN/m ou 60 kN/m. Estas frmas so muito mais rpidas para montar, masno possibilitam executar o encontro do pilar com a viga, isto devido ao tamanho fixo dos painismodulares. O maior ganho se obtm usando estas frmas para pilares solteiros, concretados antes dasvigas; para este caso, a frma pode ser montada mais alta que a altura final do pilar, devendo serdesformada antes da montagem das frmas e escoramento das vigas e lajes. A figura 10 a seguir apresentaos dois tipos de painis modulares, dando ateno especial forma de travamento especfica de cada tipo.

    Figura 10painis modulares em pilares

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 92)

    A vantagem deste sistema que no necessria a realizao de clculos, pois tendo a presso admissvelconhecida, basta limitar a velocidade da concretagem para no ultrapassar esses limites.

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    2.4 Frmas para paredes

    2.4.1 Frmas em madeira para paredes

    Na execuo da frma poder ser utilizada chapa de compensado estruturado com sarrafos, geralmente navertical, e peas de sarrafos mais resistentes na horizontal; o travamento do conjunto dever ser comtirantes, conforme a figura 11 a seguir. Na prtica deve-se considerar a baixa produtividade e a execuodemorada antes de optar por esta soluo de frma.

    Figura 11parede em frma de madeira

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 115)

    2.4.2 Frmas mistas para paredes

    Neste sistema o compensado estruturado com madeira na vertical e perfil metlico na horizontal;tambm poder ser executada com perfis metlicos em dois sentidos (horizontal e vertical). A frma deveser travada com barras de ancoragem, conforme a figura 12 a seguir.

    Figura 12exemplo de frma para parede com sarrafo na vertical e perfil metlico na horizontal

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 116)

    2.4.3 Frmas para paredes com painis modulares

    O uso de painis metlicos facilita a montagem, mais seguro e, geralmente, mais econmico. Asdesvantagens so as marcas das emendas que permanecem no concreto. Podem ser usados nas paredes ospainis modulares de 40 kN/m e 60 kN/m, exemplificados na figura 13 abaixo.

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    Figura 13paredes em painis modulares

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 117)

    2.5 Frmas trepantes

    O sistema de frma trepante muito utilizado nas paredes com grandes alturas, mas seu uso no se

    restringe somente execuo de paredes, podendo tambm ser usado em pilares. O princpio bsico dafrma trepante reutiliz-la em uma prxima etapa de concretagem, apoiando-a na frma ou ancoragemda etapa anterior ou utilizando-a com o andaime suspenso, que, alm de segur-la, tambm serve deandaime de trabalho.

    2.5.1 Andaime suspenso

    O andaime suspenso foi projetado para uso de frmas em paredes mais altas, onde h necessidade deconcretagem em vrias etapas, conforme a figura 14 abaixo. Esse equipamento permite a movimentaodo conjunto; andaime e painis simultaneamente ou separadamente, obtendo assim uma excelenteprodutividade.

    Figura 14andaime suspenso

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 129)

    Este tipo de andaime no foi projetado para suportar cargas alm do seu peso prprio e as cargas detrabalho. A carga admissvel de trabalho no andaime suspenso de 200 kgf/m. As cargas de empuxo noconcreto devem ser seguradas por barras de ancoragem ou similar.

    2.5.2 Msula

    A msula foi desenvolvida para uso em frma trepante sem necessidade de ancoragem. Todas as cargas doempuxo do concreto esto sendo transmitidas para um cone ancorado na etapa anterior. Embora primeira vista este equipamento se parea com um andaime suspenso, a funo e o projeto da msula

    totalmente diferente. Sua aplicao bastante comum em obras de barragens, conforme visto na figura 15a seguir.

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    Figura 15exemplos de msula

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 129)

    2.6 Frmas deslizantes

    O sistema de frmas deslizantes recomendado para estruturas de altas e contnuas paredes, como: silos,

    chamins, poos de elevadores, reservatrios elevados, entre outros. Consiste no uso de frma de madeiraou metlica ou madeira com pouca altura, cerca de 1,10 m ou 1,20 m. Para este tipo de sistema no existenecessidade de desforma a cada concretagem, pois, com o deslizamento, a desforma contnua; para issose utilizam equipamentos e sistemas de trao, que no solicitem o concreto na fase de pega, conforme afigura 16 a seguir.

    A vantagem do uso de frmas deslizantes a obteno de uma estrutura monoltica sem juntas deconcretagem, porm, para isso necessrio o trabalho em regime contnuo de 24 horas. A principaldesvantagem o custo elevado para a utilizao deste sistema.

    Figura 16frmas deslizantes

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 138)

    2.7 Frmas para vigas

    2.7.1 Frmas de madeira

    Existem inmeras opes de executar a frma da viga em madeira. Para a escolha da melhor opo, levarem conta os seguintes critrios:

    Nmero de reaproveitamentos necessrios; Facilidade de executar a frma; Custo; Qualidade de acabamento.

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    As frmas feitas com tbuas no possuem estruturao horizontal e possuem sarrafos pregados tipogarfo mantm as tbuas em posio. Temos tambm as frmas feitas com compensado, que oferece ummelhor acabamento ao concreto. Devido ao alto custo e baixa resistncia flexo, o compensado deve serestruturado com sarrafos. Alguns exemplos de frmas de madeira para vigas podem ser vistos na figura17 a seguir.

    Figura 17frmas de madeira para vigas

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 154)

    2.7.2 Frmas metlicas

    O uso de painis metlicos facilita a montagem, mais seguro e, dependendo da aplicao, maiseconmico. As desvantagens so as marcas das emendas que permanecem no concreto. O nico clculo aser feito verificar a carga nas ancoragens.

    No mercado atual temos os painis de dimenses menores, com carga admissvel de 40 kN/m (TekkoSH), e tambm painis de dimenses maiores, com carga admissvel de 60 KN/m (Concreform SH),conforme a figura 18 a seguir. Alm disso, temos tambm as frmas mistas de madeira e metal, que se

    assemelha ao sistema j citado de frmas mistas para pilares, com diferenas nos clculos e esforos.

    Figura 18frmas metlicas para vigas

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 156)

    2.8 Frma e escoramento para laje

    2.8.1 Frma e escoramento de madeira

    Embora seja possvel, hoje em dia no mais comum ver escoramentos de laje feitos de madeira.Geralmente, as peas de madeira esto sendo substitudas por peas metlicas, escoras e perfis C.

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    2.8.2 Equipamentos metlicos

    2.8.2.1 Torre de carga LTT SH

    A maneira mais usual de escoramento de laje usar compensado, apoiado em perfis secundrios(barroteamento) sobre perfis primrios (guias) acima de escoras ou torres, conforme a figura 19 a seguir.Quanto maior o nmero de torres, mais estvel fica o conjunto durante a montagem, mas o custo se tornaelevado. A carga suportada de cada poste da torre de 3 toneladas.

    Figura 19torre de carga

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 172)

    2.8.2.2 Treliforma SH

    O sistema Treliforma SH, usando trelias, estrados e chapas galvanizadas, conforme a figura 20 aseguir, foi o primeiro sistema da SH. As vantagens so: a eliminao do compensado e do escoramento dalaje. As desvantagens so: o alto peso das trelias e a qualidade de acabamento do concreto. O apoio nasvigas, feito sobre guias de madeira, deve ser executado com ateno para evitar o risco de acidentes.

    Figura 20 - Treliforma SH

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 176)

    2.8.2.3 Sistema Topec SH

    O sistema de frmas do tipo deck consiste no mais moderno sistema de frmas para laje do mundo. Esteequipamento proporciona resultados excepcionais no aumento da produtividade e na qualidade doacabamento de estruturas, conforme a figura 21 a seguir.

  • 5/26/2018 Sistema de Frmas - Construo Civil

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    Centro Universitrio do Leste de Minas Gerais - Unileste

    Construo CivilCurso de Engenharia CivilCoronel FabricianoMG

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    Figura 21montagem do sistema Topec SH

    Fonte: Manual SH de Frmas e Escoramentos (2008, p. 182)

    A montagem deste equipamento dispensa mo-de-obra especializada e reduz diversos custos diretosdentro de cada obra. As frmas so montadas sobre escoras e apoiadas em suportes de painel e dropheads,que so fixados nas escoras atravs de pinos.

    As vantagens deste sistema so: vida til do compensado, que bem protegido neste sistema;produtividade garantida devido aos painis de alumnio que propiciam rapidez na montagem emovimentao; segurana, pois pode ser montado no cho, evitando acidentes em alturas; facilidade demontagem e de clculo.

    Suas desvantagens so: falhas no acabamento por conta de marcas de emendas no concreto; quanto maisvigas a laje possui, maior ser o nmero de arremates, o que aumenta o ndice de sistema de homem/hora;obras lentas no conseguem aproveitar da produtividade das frmas, o que se torna um prejuzo.

    3. CONSIDERAES FINAIS

    Diante dos dados apresentados, conclui-se que o sistema de frmas na construo civil, assim como oramo como um todo, vem evoluindo cada vez mais com o passar do tempo. Novas tecnologias vm sendoempregadas e, quando aliadas a uma mo-de-obra qualificada, maximizam a produtividade e minimizamos custos.

    interessante observar que as frmas de madeira vm perdendo espao no mercado para as frmasmetlicas, que por mais que em uma viso superficial possam parecer mais caras, quando analisadas natotalidade da obra e relacionadas direta e indiretamente com os custos, se tornam mais vantajosas devido facilidade que elas oferecem nas diversas etapas de aplicao.

    Sendo assim, as solues de frmas para as diversas etapas da obra so variadas, podendo confundir osmenos experientes em campo, portanto, cabe ao responsvel pela escolha destes sistemas o conhecimento

    necessrio para que se aliem as novas tecnologias com as necessidades do projeto, evitando assimprejuzos desnecessrios.

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AZEVEDO, Gilmar Aparecido Teles de. Avaliao Tcnica para definio de frmas na construocivil. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil. Universidade Anhembi Morumbi. 2008.

    SH Frmas, Escoramentos e Andaimes. Manual SH de frmas para concreto e escoramentosmetlicos. So Paulo: Pini, 2008. 287 p.