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Governo do Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda Relatório do Secretário Exercício 2009

Situacao Economico Financeira Do Estado 2009

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Situacao Economico Financeira Do Estado 2009

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Governo do Estado de So PauloSecretaria da Fazenda

Relatrio do Secretrio

Exerccio 2009

Secretrio da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costa Secretrio Adjunto George Hermann Rodolfo Tormin Chefe de Gabinete Antonio Fazzani Bina

Responsveis tcnicos Caio Augusto de Oliveira Casella Assessoria do Secretrio Luciana Guazzelli Soligo Assessoria do Secretrio Maria Constana Figueiredo - Assessoria de Poltica Econmica/GS Mitie Nagoshi Mantoku - Assessoria de Poltica Econmica/GS Rafael Chelles Barroso Assessoria do Secretrio

GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOSECRETARIA DA FAZENDA

Situao Econmico-Financeira do Governo do Estado de So Paulo

Neste relatrio so apresentados os principais resultados da gesto oramentria e financeira do Estado referentes ao exerccio de 2009, bem como os fatores que os influenciaram. A anlise do resultado fiscal do exerccio demonstra o cumprimento das metas, previstas no anexo de metas fiscais, da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), bem como todos os limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 1. PRINCIPAIS MEDIDAS IMPLANTADAS A Secretaria da Fazenda (Sefaz) fecha em 2009 o terceiro ano de um processo de inovaes e aperfeioamentos institucionais. No ano, a Secretaria da Fazenda deu continuidade ao Programa Nota Fiscal Paulista (NFP), distribuindo mensalmente R$ 12 milhes aos contribuintes cadastrados no site, por meio de sorteio, alm dos crditos em cada nota fiscal com CPF. Tambm foi institudo, em dezembro, um prmio de R$ 1 milho, na extrao especial de Natal. O programa tem se mostrado um sucesso. Esse desempenho pode ser constatado pelos nmeros acumulados no ano. Em maro de 2010, o sistema registrava mais de 7,3 bilhes de notas e R$ 2,1 bilhes em crditos j haviam sido distribudos, beneficiando mais de 7,2 milhes consumidores cadastrados. A NFP apresentou uma inovao com a incluso das entidades paulistas sem fins lucrativos de assistncia social e da rea da sade como beneficirias dos crditos e sorteios da NFP. Estas entidades recebem os crditos da Nota Fiscal Paulista por diversas vias. O consumidor pode doar seus crditos, sem limite de valor, diretamente para as instituies, entregar sua nota, mesmo sem CPF/CNPJ, diretamente para a entidade ou deposit-las em urnas especiais ou ainda registrar os documentos fiscais, sem identificao, em favor da entidade social de sua preferncia no sistema. Em 2009, com o objetivo de agilizar a recuperao de crditos do Tesouro Estadual, foi implantado o Cadastro Informativo dos Crditos no Quitados de

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rgos e Entidades Estaduais Cadin Estadual, regulamentado pelo Decreto 53.455/08. O Cadin Estadual registra o nome das pessoas fsicas e jurdicas que possuem pendncias com rgos e entidades da Administrao Pblica Estadual, direta e indireta, evitando, sempre que possvel, a cobrana na forma judicial. Em 24/12/2009, havia 1,1 milho de pessoas fsicas e jurdicas com mais de 1,8 milho de pendncias, que somavam, nos seus valores originais, R$ 4,2 bilhes. Com o objetivo de recuperar os dbitos referentes ao Imposto Sobre a Propriedade de Veculos Automotores IPVA, foi lanado o Programa de Parcelamento de Dbitos PPD, oferecendo desconto para o pagamento vista ou at 180 meses para o pagamento parcelado. O prazo para adeso ao PPD encerrou-se em 31 de maio de 2009, com a adeso de 104.610 contribuintes e a recuperao de R$ 142,6 milhes em crditos do Estado. Em 2009, a receita do programa foi de R$ 86 milhes. A alienao do controle do Banco Nossa Caixa, em novembro de 2008, foi outra ao importante realizada pelo Governo do Estado de So Paulo, pois, o dinheiro da venda foi aplicado em investimentos e para a criao da Nossa Caixa Desenvolvimento - Agncia de Fomento do Estado de So Paulo, que iniciou suas atividades em 11 de maro de 2009. Atualmente, a Nossa Caixa Desenvolvimento (NCD) conta com quatro linhas de financiamento: duas para capital de giro, uma para financiamento de projetos de inovao e desenvolvimento tecnolgico, meio-ambiente e eficincia energtica, e por fim, uma para aquisio de mquinas e equipamentos novos, veculos utilitrios e abertura de franquias. Como no possui agncias, foram firmados convnios com entidades de classe, para que as empresas interessadas possam ter acesso a essas linhas de financiamento. Com 10 meses de existncia, a Nossa Caixa Desenvolvimento contabilizava em 11 de dezembro, R$ 158 milhes em limites de crditos aprovados, atendendo 108 empresas paulistas. O volume concedido de financiamentos e capital de giro com recursos prprios at a data era de R$ 20,9 milhes. No que tange a legislao tributria, foram elaborados e aprovados com auxlio da Assemblia Legislativa dois projetos de lei. O primeiro agiliza o processo administrativo-tributrio e o segundo fecha brechas para estratgias de planejamento e eliso fiscal, alm de modernizar o relacionamento entre fisco e contribuinte ao criar o domiclio eletrnico do contribuinte. Para o Processo Administrativo-Tributrio, (Lei n 13.457, de 18/03/2009),foi redesenhada a tramitao dos processos administrativos submetidos ao Tribunal de Impostos e Taxas (TIT), com vistas a implantao do processo 2

eletrnico, que deve se iniciar em agosto de 2010. Com a instituio dessa e outras mudanas no processo, previstas na lei, espera-se que o trmite de um processo, que hoje dura em mdia 4 anos, passe a levar apenas 180 dias. A Lei 13.918, de 22/12/2009, promoveu vrias atualizaes e inovaes na legislao do ICMS dentre as quais destaca-se a instituio do Domiclio Eletrnico do Contribuinte DEC. A Sefaz poder cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, encaminhar notificaes e intimaes, e expedir avisos em geral. Porm, para que os contribuintes possam receber essas notificaes, eles devero efetuar o credenciamento, da forma prevista em regulamento. Apesar de o ano de 2009 ter iniciado de maneira turbulenta, com uma grave crise econmica, o Governo do Estado de So Paulo, com a coordenao da Secretaria da Fazenda, tomou 30 medidas com o objetivo de sustentar o nvel de demanda agregada na economia paulista, para atenuar os seus efeitos no setor produtivo, colaborando para que 2009 terminasse com sinais fortes de recuperao da economia. As principais medidas tomadas esto resumidas abaixo: a) Diminuio da carga tributria sobre as microempresas As microempresas, aquelas com faturamento at R$ 240 mil/ ano, passaram a receber crdito da Nota Fiscal Paulista nas suas aquisies feitas de atacadistas, podendo usar esse crdito para compensar com o ICMS a recolher. Essa medida acarretou, na prtica, uma iseno do ICMS para essas empresas. b) Garantia de investimentos pblicos O Governo do Estado assegurou que os recursos para todos os investimentos previstos no oramento e no PPA para os anos de 2009 e 2010. Alm disso, com a venda da Nossa Caixa, foram assegurados mais recursos que permitiro executar R$ 45 bilhes de investimentos em 2009 e 2010. c) Creditamento integral do ICMS Desonerou-se os investimentos em setores estratgicos, permitindo o creditamento integral do ICMS pago na aquisio de bens de capital no Estado de So Paulo. Bens de capital importados sem similar nacional no precisam mais nem recolher ICMS. Pelo Decreto n 54.422, de 05/06/2009, foram definidos os 119 setores beneficiados e j foram utilizados crditos no valor de R$ 25,6 milhes. d) Autorizao para antecipao de compras A Sefaz em conjunto com a Secretaria de Economia e Planejamento permitiu que todos os rgos do Estado antecipassem suas compras de bens durveis e a realizao de

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reformas de escolas e outros prdios pblicos, de forma a manter o nvel de demanda por estes bens no perodo mais agudo da crise. No obstante a crise e as desoneraes tributrias, o Estado encerrou o ano com oramento equilibrado, supervit oramentrio, reduo da relao Dvida Consolidada Lquida (DCL)/ Receita Corrente Lquida (RCL) e ligeiro crescimento na sua receita total. 2. RESULTADO PRIMRIO Em 2009, o Governo do Estado de So Paulo obteve supervit primrio de R$ 2.622 milhes. O resultado foi 37,7% superior meta de R$ 1.904.Receita Primria Total Receitas Primrias Correntes Receitas Primrias de Capital Despesa Primria Total Despesas Primrias Correntes Despesas Primrias de Capital Resultado Primrio Meta - LDO (ano 2009) 2009 124.135,9 123.083,5 1.052,4 121.514,0 106.438,1 15.075,9 2.621,9 1.904,0

Nota: Inclui as receitas e despesas intra-oramentrias

Obter o supervit primrio indica que o desempenho das receitas primrias permitiu a cobertura integral de todas as despesas primrias. Alm disso, assegurou recursos para o pagamento de parte do servio da dvida e, com isso, contribuiu para a reduo da relao Dvida Consolidada Lquida (DCL) / Receita Corrente Lquida (RCL). A obteno deste supervit, ainda que inferior ao de exerccios anteriores, representou um verdadeiro esforo, pois foi obtido num ano de baixo crescimento das receitas e ampliao dos investimentos. 3. RECEITA PRIMRIA 3.1. Meta Anual A receita primria, contabilizando as receitas intra-oramentrias, prevista pela Lei Oramentria Anual para o exerccio de 2009 foi de R$ 124.268 milhes. 3.2. Desempenho no exerccio financeiro de 2009 Considerando todas as fontes de recursos, a receita primria realizada foi de R$ 124.136 milhes, valor 0,1% inferior previso inicial do oramento de 2009. Comparada com a receita de R$ 117.490 milhes registrada em 2008, ela apresentou crescimento nominal de 5,7%, influenciado pelas Receitas Tributrias, que sero melhor explicadas no item 3.2.1, que apresentaram crescimento nominal de 4,2% em 2009. Tambm influenciaram positivamente as Receitas de Contribuies, composta pela contribuio dos servidores ao Regime Prprio de Previdncia dos

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Servidores (RPPS) e para o Instituto de Assistncia Mdica ao Servidor Pblico Estadual (IAMSPE), com aumento de 6,9%. Como essas contribuies so uma parcela fixa do salrio, os aumentos salariais concedidos aos servidores, tiveram impacto positivo nessa receita. Houve tambm o crescimento nominal de 48,3% da Receita Patrimonial. Esse crescimento foi influenciado pelo comportamento das receitas de Concesses e Permisses, que representaram em 2009, 59,5% das Receitas Patrimoniais e tiveram crescimento nominal de 212,5%. Essa performance foi diretamente influenciada pela retomada, pelo Governo do Estado de So Paulo, do programa de concesses rodovirias. Por ltimo, as Transferncias Correntes apresentaram uma variao positiva de 3,5%. Para esse resultado contriburam positivamente os repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE (37,2%), para o regime de Gesto Plena do Sistema nico de Sade (20,1%) e as compensaes financeiras pela explorao de recursos naturais (69,11%). 3.2.1. Receita Tributria Em 2009, a receita tributria atingiu R$ 89.346 milhes. Quando comparada com a arrecadao de R$ 85.750 milhes em 2008, a receita tributria de 2009 apresentou expanso nominal de 4,2% com contribuio positiva de todos os componentes tributrios. Em termos reais, quando deflacionada a arrecadao pelo IPCA/IBGE, teve retrao de 0,7%. Relativamente previso inicial contida na LOA 2009 de R$ 88.822 milhes, a receita tributria arrecadada situou-se 0,6% acima, em termos nominais, representando um ganho de R$ 523 milhes. O IPVA apresentou arrecadao de R$ 8.864 milhes. Quando comparada com a previso inicial da LOA, R$ 8.892, a arrecadao do IPVA foi R$ 28 milhes menor (-0,3%), refletindo que o aumento da frota de veculos, por conta do aumento das vendas, no foi suficiente para compensar a diminuio dos preos, por conta da queda do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), feito pelo Governo Federal. O ITCMD, cuja arrecadao foi R$ 235 milhes (+52%) maior que a previso inicial; e as Taxas, cuja arrecadao foi R$ 233 milhes (+7,6%) maior que a previso inicial. Tambm contriburam para o resultado positivo os recolhimentos de emolumentos, de custas judiciais e extrajudiciais e de taxas de licenciamento de veculos. A arrecadao do ICMS apresentou aumento de R$ 2.119 milhes (2,8%) com relao a 2008. Ela representa quase 90% da receita tributria, totalizando R$ 76.513 milhes. O movimento do ICMS e de seus principais segmentos so

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analisados a seguir. Nesta anlise setorial, deve ser observado que valores arrecadados no PPI (Programa de Parcelamento Incentivado) foram desconsiderados: ICMS Anlise Setorial R$ MilhesJan-Dez 2008 Valor 9.210,7 9.012,4 5.354,7 23.577,8 27.795,6 20.751,3 74.394,5 Peso 12,4% 12,1% 7,2% 31,6% 37,3% 27,9% 100% Jan-Dez 2009 Valor 8.352,1 9.884,4 5.808,3 24.044,9 28.861,2 23.315,3 76.513,3 Peso 10,8% 12,8% 7,5% 31,2% 37,4% 30,2% 100% Variao Real Arrecadao 2009/2008 IPCA -13,5% 4,6% 3,4% -2,8% -1,0% 7,1% -1,9%

Combustveis (I) Comunicaes (II) Energia Eltrica (III) Preos Administrados (I+II+III) Indstria Comrcio & Servios Total

Fonte: Secretaria da Fazenda Notas: 1) Exclui receitas do PPI. 2) A soma dos setores no soma 100%, devido a arrecadao do setor agropecurio e guias no classificadas.

1) O setor de combustveis, cuja participao foi de 10,8% da arrecadao, mostrou variao real anual de -13,5%. Essa queda pode ser explicada por dois motivos: o primeiro foi a queda da arrecadao com importaes da ordem de 48,7%, motivado pela diminuio do volume importado, reduo do preo do petrleo e a apreciao cambial. O segundo motivo diz respeito ao recolhimento por Substituio Tributria, em que a perda na arrecadao foi de 23,1%. A perda pode estar relacionada com a diminuio do consumo de derivados, como a gasolina C e o leo diesel, aos preos deprimidos e aos ressarcimentos resultantes do saldo lquido das operaes interestaduais. 2) O setor de comunicaes, que representou 12,8% da arrecadao no ano, apresentou crescimento real de 4,6% e composto pela telefonia fixa e redes, banda larga e telefonia mvel. O setor de telefonia fixa teve aumento discreto de 1,1%, enquanto o setor de telefonia mvel cresceu 24,8%, no entanto o setor de banda larga apresentou desempenho ruim, tendo uma queda em 2009. 3) O setor de energia eltrica, que participou com 7,5% da receita contra 7,2% em 2008, apresentou aumento real anual 3,4%. Em decorrncia da crise financeira mundial o consumo industrial de energia em 2009, apresentou uma queda de 6,4%, segundo dados da Secretaria de Saneamento e Energia. No entanto, a gerao de energia, segundo o Operador Nacional do Sistema Eltrico (ONS), teve queda de 0,7% no Brasil, entre 2009 e 2008, mostrando que o consumo total, levando em conta o consumo residencial, no apresentou uma queda to expressiva quanto o consumo industrial. Esse fato, somado a

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reviso tarifria ocorrida em 2009, foram os responsveis pelo aumento da arrecadao no perodo. 4) Os setores de comrcio e servios e o setor industrial contriburam com 68% da arrecadao total. 4.1) O setor industrial, que representou 37,4% do total, apresentou contrao real de -2,7%. Esse dado reflete que a recuperao econmica iniciada no final de 2009 no foi suficiente para que a arrecadao do ICMS em 2009 fosse superior a 2008. As principais quedas foram registradas nos setores de metalurgia e mquinas e equipamentos, que apresentaram uma queda de 22,1% e 11,7%, respectivamente. 4.2) O setor de Comrcio e Servios, que representa 30,2% do total, cresceu 1,1%, principalmente em funo da continuidade na elevao da renda e da expanso do crdito. Esse resultado pode ser explicado pelo aumento do consumo das famlias em 4,1%, de acordo com o PIB de 2009, divulgado pelo IBGE. 4. DESPESA PRIMRIA 4.1. Meta Anual A Despesa Primria, incluindo as despesas intra-oramentrias, fixada pela Lei de Oramento para o exerccio de 2009 foi de R$ 121.221 milhes, o que representou um incremento de 8,3% em relao despesa realizada de R$ 111.957 milhes em 2008. 4.2. Desempenho no exerccio financeiro de 2009 Considerando todas as fontes de recursos, a despesa primria realizada em 2009 totalizou R$ 121.514 milhes, superando em 0,2% a previso inicial. No entanto, quando confrontada com as despesas fiscais autorizadas durante o exerccio de 2009, observamos uma economia oramentria de R$ 5.365 milhes, correspondente a 4,4% do total autorizado de R$ 126.879 milhes. Comparado com a despesa realizada em 2008, de R$ 111.957 milhes, o gasto primrio apresentou expanso de 8,5%, refletindo: 1) aumento das receitas primrias causando o aumento de gastos nas funes que possuem vinculao constitucional e legal de recursos, principalmente Educao e Sade; 2) aumento de Outras Despesas Correntes, exceto transferncias a municpios, cujo aumento foi de 5,9%, com relao a 2008 e 1,2% em termos reais (corrigido pelo IPCA), por conta do aumento dos gastos com: 7

Aposentadorias e Reformas (7,6%), Penses (9,0%) e Servios de Terceiros Pessoa Jurdica (9,6%), onde esto contabilizados as despesas com as Organizaes Sociais; e 3) aumento dos investimentos feitos pelo Estado, que somaram R$ 17,8 bilhes de reais em 2009, frente a um investimento de R$ 14,1 bilhes em 2008, isso significa um crescimento de 26,5% nos investimentos efetuados. 4.2.1. Pessoal e Encargos Sociais A despesa com Pessoal e Encargos Sociais, pelo conceito da LRF, principal despesa fiscal do Estado, atingiu em dezembro de 2009, o montante acumulado de R$ 41.751 milhes, j descontada a parcela de gastos paga com as contribuies de servidores. Importante destacar que a realizao da despesa de pessoal, considerados os trs poderes, atingiu 48,2% da Receita Corrente Lquida (RCL), portanto, abaixo do limite de 60% estabelecido na LRF.Despesa com Pessoal e Encargos* (R$ Milhes) 2003 2004 2005 2006 2007 23.848 25.396 27.612 31.438 33.650 20.425 22.042 24.034 27.164 29.273 43.699 49.419 56.775 62.468 70.568 2008 39.007 33.543 82.183 2009 41.751 35.768 86.619

Despesas com Pessoal Poder Executivo Receita Corrente Lquida % da Receita Corrente Lquida Despesas com Pessoal Poder Executivo

54,6% 46,7%

51,4% 44,6%

48,6% 42,3%

50,3% 43,5%

47,7% 41,5%

47,5% 40,8%

48,2% 41,3%

*Exclui parcela de gastos paga com as contribuies de servidores e dedues previstas em lei

Participao das Despesas de Pessoal e do Poder Executivo sobre a Receita Corrente Lquida (RCL) 62,1% 58,1% 52,4% 49,3% 56,6% 48,2% 56,4% 48,0% 55,3% 46,7% 52,7% 44,6% 50,5% 42,3% 51,2% 42,9% 49,5% 41,6%

47,5% 40,8%

48,2% 41,3%

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Despesas de Pessoal

Poder Executivo

O Poder Executivo est abaixo do teto de 49% e do limite prudencial de 46,55%, apresentando relao de 41,3% em dez/09, ante 40,8% em dez/08.

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Essa variao explicada pelos aumentos salariais concedidos aos servidores no ano de 2008, que tiveram o seu impacto pleno em 2009, como os aumentos dados aos policiais civis e militares e aos servidores da rea administrativa do Estado (Lei Complementar n 1.080/2008). 5. DVIDA CONSOLIDADA A Dvida Consolidada Lquida (DCL) em 31/12/2009 totalizou R$ 130,9 bilhes, apresentando uma reduo de 2,3% em relao ao saldo existente em 31/12/2008. Como proporo da Receita Corrente Lquida (RCL), a razo de 1,63 observada em 31/12/2008 foi reduzida, para 1,51 em 31/12/2009. 2009/2008 2009/2001

Valores em R$ bilhes Dvida Consolidada (DC) Renegociada c/ Gov. Federal (Lei 9496) Contratos Indexados ao Cmbio Demais Contratos e Dvidas (-) Dedues Saldo de Caixa & Aplic. Financeiras Demais Ativos Financeiros (-) Restos a Pagar Processados = Dvida Consolidada Lquida (DCL) Receita Corrente Lquida (RCL) DCL/RCL memo (acumulado no ano) Servio da Dvida (Sigeo) Receitas de Operaes de Crdito (Siafem) Lei 9.496 / Dvida Consolidada (DC) Ctos Indexados ao cmbio / DC DCL/RCL