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[Digite texto] 1.Mestre em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, Campus Pantanal, Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela UCDB. Especialista em Gestão em Segurança Pública pela UNITOLEDO, Perita Papiloscopista, Professora. 2.Doutoranda em Desenvolvimento Local – UCDB – Campo Grande/MS. Mestre em Estudos Fronteiriços – UFMS/CPAN. Especialista em Direito Processual pela Faculdade Toledo de Presidente Prudente. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Tupã-SP- FADIR. Professora Efetiva do Curso de Direito da UFMS- Campus do Pantanal. 3. Doutora e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela UNIDERP-Campo Grande. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UCDB. Graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino- Bauru/SP. Advogada. Professora efetiva da UFMS. SITUAÇÃO DOS ESTRANGEIROS NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA FRENTE AO DISTANCIAMENTO DOS DIREITOS SOCIAIS 1. Lidiane de Brito Curto 2. Maria Angélica Biroli Ferreira da Silva 3. Tchoya Gardenal Fina do Nascimento RESUMO: O Estado de Mato Grosso do Sul possui 1,5 mil quilômetros de fronteira seca com Bolívia e Paraguai e após endurecimento da política migratória do Chile o Estado virou porta de entrada de estrangeiros. Em 2018, segundo dados da Polícia Federal, ingressaram pelas fronteiras de Mato Grosso do Sul, 99.104 imigrantes, a maioria haitianos, peruanos e venezuelanos. Em Corumbá, no primeiro semestre de 2018 foram atendidos 1.306 haitianos, enquanto que em 2017 o número registrado foi de apenas 14 haitianos. Não há integração entre a população local e os imigrantes. A ausência de amparo estatal nos municípios localizados na faixa de fronteira acarreta exclusão social. O desconhecimento dos direitos sociais básicos garantidos aos imigrantes agrava a situação. As informações sobre direitos sociais por meio de Cartilha de orientação aos imigrantes é ferramenta para diminuir o distanciamento entre o que prevê a Lei de Imigração e a realidade enfrentada nas fronteiras brasileiras. Palavras-Chave: Fronteira Brasil-Bolivia; Exclusão social; Cartilha. 1 INTRODUÇÃO Em 2018 o número de refugiados aumentou significativamente, representando, aproximadamente entre 800 a 1000 haitianos (dados fornecidos pela Polícia Federal em Audiência Pública promovida pelo MPU) que entraram no Brasil pela fronteira Brasil- Bolívia, no intuito de pedir refúgio através do Visto Humanitário, que vigorou até outubro de 2017. Anais do XVI Congresso Internacional de Direitos Humanos. Disponível em http://cidh.sites.ufms.br/mais-sobre-nos/anais/

SITUAÇÃO DOS ESTRANGEIROS NA FRONTEIRA ...Presidente Prudente. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Tupã-SP- FADIR. Professora Efetiva do Curso de Direito da UFMS- Campus

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    SITUAÇÃO DOS ESTRANGEIROS NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA

    FRENTE AO DISTANCIAMENTO DOS DIREITOS SOCIAIS

    1. Lidiane de Brito Curto

    2. Maria Angélica Biroli Ferreira da Silva

    3. Tchoya Gardenal Fina do Nascimento

    RESUMO:

    O Estado de Mato Grosso do Sul possui 1,5 mil quilômetros de fronteira seca com

    Bolívia e Paraguai e após endurecimento da política migratória do Chile o Estado virou

    porta de entrada de estrangeiros. Em 2018, segundo dados da Polícia Federal,

    ingressaram pelas fronteiras de Mato Grosso do Sul, 99.104 imigrantes, a maioria

    haitianos, peruanos e venezuelanos. Em Corumbá, no primeiro semestre de 2018 foram

    atendidos 1.306 haitianos, enquanto que em 2017 o número registrado foi de apenas 14

    haitianos. Não há integração entre a população local e os imigrantes. A ausência de

    amparo estatal nos municípios localizados na faixa de fronteira acarreta exclusão social.

    O desconhecimento dos direitos sociais básicos garantidos aos imigrantes agrava a

    situação. As informações sobre direitos sociais por meio de Cartilha de orientação aos

    imigrantes é ferramenta para diminuir o distanciamento entre o que prevê a Lei de

    Imigração e a realidade enfrentada nas fronteiras brasileiras.

    Palavras-Chave: Fronteira Brasil-Bolivia; Exclusão social; Cartilha.

    1 INTRODUÇÃO

    Em 2018 o número de refugiados aumentou significativamente, representando,

    aproximadamente entre 800 a 1000 haitianos (dados fornecidos pela Polícia Federal em

    Audiência Pública promovida pelo MPU) que entraram no Brasil pela fronteira Brasil-

    Bolívia, no intuito de pedir refúgio através do Visto Humanitário, que vigorou até

    outubro de 2017.

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    Levantamento da Polícia Federal demonstrou que 1.306 haitianos foram

    atendidos no primeiro semestre de 2018, enquanto que em 2016, foram apenas três

    pessoas.

    Em Corumbá-MS, o número de imigrantes e refugiados presos também

    aumentou, subindo de 7, em 2017 para 15 no ano de 2018, além de 6 haitianos presos

    após serem enganados por falsários na fronteira com a Bolívia ao tentarem entrar no

    Brasil com carimbos falsos no passaporte. Ao todo, 450 estrangeiros, sendo a maioria

    haitianos, foram notificados a sair do Brasil, sob a motivação de se encontrarem ilegais.

    Para atendimento emergencial aos imigrantes e refugiados que chegam ao

    Brasil pela fronteira seca de Mato Grosso do Sul foi criado o Comitê Estadual para

    Refugiados, Migrantes e Apátridas no Estado de Mato Grosso do Sul (Cerma/MS),

    gerido pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho

    (Sedhast). Em Corumbá, entidades religiosas se revezam no preparo de alimentação aos

    estrangeiros, sob coordenação da Pastoral da Mobilidade Humana. Juntos, eles formam

    uma rede de ajuda humanitária, que também fornece abrigo em hotéis e imóveis

    particulares.

    A falta de informação no Posto da Polícia Federal localizado na entrada do país

    facilita a informalidade e faz com que isso faça parte do cotidiano da cidade, contudo a

    documentação e regularização é fundamental ao acesso aos direitos sociais básicos.

    Convém destacar que indocumentado é o imigrante que reside em determinada

    localidade e não providenciou junto ao órgão de fiscalização e controle imigratório sua

    documentação no país de estada. Há necessidade de compreender se os imigrantes

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    permanecem indocumentados por desinformação, falta de recursos para efetuar o

    pagamento por esses documentos ou por outros motivos, como exclusão digital, uma

    vez que os procedimentos junto à Polícia Federal são feitos, em quase sua totalidade,

    pela internet.

    Outra situação diagnosticada, mas ainda não pesquisada é daquele que o

    passaporte não tem visto de entrada e de saída na Bolívia, não havendo permissão de

    ingresso em território brasileiro.

    As referências nos estudos de indocumentados estão fixadas nos grandes centros,

    maiores receptores da massa de imigrantes em busca de trabalho. Para Papastergiadis

    (2000) a migração continuará a ser uma força dinâmica na constituição das sociedades

    modernas e suscitará fluxos turbulentos de pessoas com padrões de circulação que

    contrariam e atravessam as necessidades económicas e as medidas políticas.

    A falta de informação no Posto da Polícia Federal localizado na entrada do país

    facilita a informalidade e faz com que o ingresso e circulação de imigrantes

    indocumentados seja o cotidiano da cidade, contudo a documentação e regularização é

    fundamental ao acesso aos direitos sociais básicos.

    Merece atenção ao imigrante enquanto ser humano, quando se refere à

    documentação. Tal fato se dá a diversos fatores, estes, muitas vezes não sujeitos a sua

    própria vontade e sim ao abismo burocrático e tecnológico estatal. Neste aspecto, um

    ponto importante a ser tratado é a burocracia que envolve o controle imigratório nas

    fronteiras, denominada por Jardim de “burocracia de controle de população”, com a

    incorporação de rotinas burocráticas que impedem ou permitem a incorporação do

    imigrante ao território. (JARDIM, MORAES.2011).

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    O indocumentado de fronteira é o indivíduo que ali se estabelece, pelos mesmos

    fatores daquele que busca grandes centros, levando em conta fatores econômicos e

    sociais

    favoráveis a sua adaptação local. O ato de migrar, seja qual for o tipo de imigrante, está

    ligado ao sonho da melhoria de vida e a falta de informações básicas sobre os trâmites

    adotados no Brasil para a concessão do visto torna os imigrantes e refugiados

    vulneráveis e expostos a situações de violação de direitos humanos.

    É comum encontrar autoridades que se referem a esses imigrantes como ilegais.

    Não iremos adotar essa expressão por entender que a ilegalidade precede o pensamento

    de contrário a norma, contra lei, o que deve se referir no contexto penal aos atos

    praticados pelo agente e não à pessoa. Assim, o imigrante sem a formalização

    documental deve ser tratado na condição de indocumentado e não ilegal.

    Imagem 01: imigrantes haitianos que cruzaram a fronteira sem o devido visto.

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    Fonte: http://diarionline.com.br/?s=noticia&id=100019. Acessado em 05 de

    março de 2018.

    O presente artigo apresenta, em dados numéricos, a realidade vivenciada na

    fronteira em Corumbá, com o ingresso de milhares de imigrantes, refugiados e apátridas

    desprovidos de informações básicas, sem conhecer a língua portuguesa, em situação de

    indocumentados e propõe, como uma das alternativas de inclusão, a confecção de uma

    Cartilha informativa de direitos básicos e rotinas burocráticas para obtenção de

    documentos de identificação no Brasil.

    2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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    http://diarionline.com.br/?s=noticia&id=100019

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    A fronteira que envolve as cidades de Corumbá e Ladário, na parte brasileira, e

    Puerto Quijarro e Puerto Suarez na boliviana. De acordo com estimativas do

    Laboratório de Estudos Fronteiriços a população total das cidades envolvidas orbita em

    torno de 170 mil habitantes, tendo Corumbá como centro dinâmico das principais

    atividades ali desenvolvidas.

    Imagem 01 – Localização da fronteira em estudo.

    Fonte: Google Earth, 2018.

    Diversos autores destacam a presença de imigrante naquela cidade como um

    processo que teve seu alargamento e aprofundamento após o conflito da Guerra do

    Paraguai (1864-1870), quando ali chegaram de variadas localidades. Oliveira e

    Junqueira (2017) contabilizaram mais de vinte nacionalidades convivendo em uma

    população de pouco mais de 8 mil habitantes. Desses, os bolivianos foram os que

    mantiveram fluxo constante, embora variável ao longo do tempo. Isso pode ser

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    explicado a partir das curtas distâncias, o que poderia estreitar as relações de vizinhança

    tipicamente de região de fronteira. Os palestinos inauguram o processo de migração em

    direção à fronteira em estudo a partir dos anos 1950, promovido pelos desenlaces da

    ocupação israelense em 1948. (OLIVEIRA, 2004).

    O aporte teórico do tema imigração indocumentada em zona de fronteira

    necessita do entendimento do que é e como é constituída a fronteira, suas dinâmicas,

    alteridades e cotidiano que dão singularidade à região. Entendemos que a fronteira

    mantém como espaço a ser qualificado, uma vez que como nos ensina Sayad (1998), o

    imigrante é aquele que se desloca de um dado espaço físico para outro, sendo que esses

    espaços devem ser melhores entendidos para análise desse movimento.

    Salientamos que seja necessário observar que Michel Foucher conceitua a

    fronteira como uma descontinuidade geopolítica com a marcação de real, simbólica e

    imaginária. Para este autor, a função real estaria no limite espacial, onde ocorre o

    exercício de uma soberania em seus próprios termos: aberto, entreaberto ou fechado. A

    referência simbólica condiz com a participação em uma comunidade política inscrita

    numa jurisdição que é a sua; que se refere à identidade. O imaginário conota relação

    com o outro, vizinho, amigo ou inimigo, então a relação a si mesmo, a sua própria

    história e seus mitos, incluindo os destrutivos (FOUCHER, 1991, p. 38).

    A fronteira também é a instância na qual diversas deliberações, oficiais ou não,

    ocorrem no processo imigratório. Isso ocorre, também, conduzido pelo fato da fronteira

    ser reveladora de assimetrias entre nações, o que demonstra as relações entre vizinhos a

    partir de um prisma político e econômico (OLIVEIRA; CORRÊA; OLIVEIRA, 2017, p.

    105).

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    Sob este aspecto, importante salientar que os estudos sobre bolivianos nas

    fronteiras daquele país com o Brasil podem ser aprimorados a partir do entendimento

    dessas assimetrias.

    Para Durand e Lussi (2015, p.49) o ponto central da mobilidade humana, é

    pensar no imigrante como ser que nasceu em um país e agora encontra-se em outro, o

    transnacionalismo inclui o estudo do processo e do progresso da experiência

    migratória, assim como a interpretação do circuito de mobilidade de pessoas, de

    informações e de bens que os migrantes produzem em promovem de forma

    diversificada e não homogeneizantes. Neste ponto, denomina-se transmigrantes aqueles

    que passam suas fronteiras em busca de algo, que possuem concepção de identidade, de

    direitos e legislações totalmente diferentes. Trata-se aqui da circulação de pessoas, bens,

    ideais e bens sociais e culturais deixando de lado o conceito e barreiras dos estados-

    nação ou interpretando de maneira flexível, adaptando-se ao seu modo as regras do

    Estado receptor às suas necessidades pessoas e projetos.

    Segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM), existem 214

    milhões de migrantes em todo o mundo. Embora, em termos percentuais, se verifique

    certa estabilidade no crescimento do número de migrantes internacionais (elevou-se de

    3% da população global, em 2005, para 3,1%, em 2010), em valores absolutos, o

    contingente atual de migrantes é fenômeno sem precedentes, resultado de crescimento

    muito rápido no número de migrantes nas últimas décadas. Vejamos: em 1970,

    existiam 82 milhões de migrantes; esse número chegou a 175 milhões, em 2000, e cerca

    de 200 milhões em 2005. Em 2050, estima-se que o número de migrantes internacionais

    chegará a 405 milhões. A maioria das migrações ocorre de forma legal, sendo que 10 a

    15% dos migrantes internacionais se encontram em situação irregular. No entanto, o

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    número de migrantes irregulares vem aumentando de maneira relativamente constante.

    Em sua maioria, os migrantes irregulares adentram os países receptores por vias

    regulares, mas permanecem além do período devido ou em contradição com o tipo de

    visto recebido. (FARIA, 2015, p.32).

    Embora os estudos sobre a imigração em região de fronteira tenham se

    avolumado nos últimos anos no Estado do Mato Grosso do Sul, ainda carece de maiores

    aprofundamentos quanto à questão documental. Isso porque o acesso ao documento é

    condição sine qua non para os direitos do cidadão. Desta forma, os imigrantes em

    região de fronteira carecem de estudos que verifiquem, por exemplo, os graus de

    comprometimento de suas vidas, incluindo seus anseios e necessidades, e no que a falta

    de documentação em solo nacional dificulta a convivência no país.

    O imigrante indocumentado em Corumbá faz parte das manifestações

    cotidianas que ocorrem naquela fronteira, através da atividade comercial, mão de obra,

    cultura e intercâmbio constante, devido à pendularidade marcante na região, fronteira

    seca e de fácil acesso ao Brasil (OLIVEIRA, CORRÊA, OLIVEIRA, 2017). Isso porque

    que o imigrante, em maior volume o boliviano, carrega em si sua cultura, mantendo

    festas e se dividindo nos arredores de Corumbá nos bairros próximos à rodovia que liga

    os dois países (OLIVEIRA NETO; OLIVEIRA, 2010). Ou seja, falar de fronteiriço é

    falar do nacional e internacional, daquele que se depara com os dilemas oriundos da

    existência da borda nacional e da presença dos “estrangeiros”. É compreender a

    sociedade nacional a que estão submetidos (OLIVEIRA NETO; OLIVEIRA, 2010,

    p.319), e nesse contexto a imigração como elemento que a compõe.

    Os imigrantes bolivianos em Corumbá/MS são considerados ao mesmo tempo

    “estrangeiros” e “índios” no Brasil, similar ao processo de contato interétnico entre

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    índios e não índios no Brasil. A manipulação da identidade é importante para

    compreensão do processo de adaptação do imigrante no território (COSTA, 2013).

    Os imigrantes nas sociedades receptoras vivenciam uma espécie de sentimento

    cético, de não pertencimento, como “outsiders” (ELIAS; SCOTSON, 2000). Os

    imigrantes costumam se isolar em grupos, vivendo em locais específicos da cidade e

    mesmo que se misturem ao cotidiano, como no caso da fronteira em estudo, em um

    movimento de “integração”, sofrem com o preconceito e o sub-emprego. Neste sentido,

    Costa salienta as formas como são hostilizados na fronteira Brasil-Bolívia:

    Nesse processo de representação da alteridade na fronteira, a

    construção negativa do “outro” sustenta a própria identidade

    brasileira, ou seja, o boliviano se constrói no imaginário

    brasileiro fora dos parâmetros que definem os valores

    “civilizados”. Nesse contexto, a imagem do “outro” ganha

    contornos específicos em Corumbá, na medida em que a Bolívia

    é vista por parte da população como símbolo do atraso, da

    pobreza e da falta de “civilidade”, de higiene, das leis. Esses

    estigmas podem ser resumidos nas categorias identitárias de

    “chocos”, “collas” ou simplesmente “índios” ou “bugres”.

    (COSTA, 2013, p.42)

    Segundo Foucher (1991) o fator de remarcação territorial pelas identidades

    coletivas ultrapassa quaisquer limites acordados, repousando a rigidez e consistência

    dos arranjos de fronteira. Não há, portanto, fronteiras inteligíveis sem a elucidação das

    dinâmicas intraestatais das organizações sociais.

    Anais do X

    VI C

    ongresso Internacional de Direitos H

    umanos.

    Disponível em

    http://cidh.sites.ufms.br/m

    ais-sobre-nos/anais/

  • [Digite texto] 1.Mestre em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, Campus Pantanal, Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela UCDB. Especialista em Gestão em Segurança Pública pela UNITOLEDO, Perita Papiloscopista, Professora. 2.Doutoranda em Desenvolvimento Local – UCDB – Campo Grande/MS. Mestre em Estudos Fronteiriços – UFMS/CPAN. Especialista em Direito Processual pela Faculdade Toledo de Presidente Prudente. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Tupã-SP- FADIR. Professora Efetiva do Curso de Direito da UFMS- Campus do Pantanal. 3. Doutora e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela UNIDERP-Campo Grande. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UCDB. Graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino- Bauru/SP. Advogada. Professora efetiva da UFMS.

    Sob outro enfoque, Corumbá pode ser concebida como pólo documental, uma

    vez que concedido aos imigrantes de passagem a Notificação para Deportação, que

    garante estada no país por 60 dias, fazendo de Corumbá. apenas rota de passagem para

    os demais centros do Brasil.

    O desconhecimento dos direitos sociais básicos garantidos aos imigrantes agrava

    a situação, gerando preconceito, dificuldade de acesso aos direitos sociais básicos,

    dentre os quais, o direito ao trabalho formal. As informações de direitos sociais por

    meio de Cartilha de orientação aos imigrantes é ferramenta para diminuir o

    distanciamento entre o que prevê a Lei de Imigração e a realidade enfrentada nas

    fronteiras brasileiras.

    3. PROJETO DE EXTENÇÃO CARTILHA DE DIREITOS SOCIAIS DOS

    IMIGRANTES

    O projeto tem como público alvo os Imigrantes, Refugiados e apátridas em

    situação de vulnerabilidade que cruzam a fronteira em Corumbá-MS. O Estado de Mato

    Grosso do Sul possui 1,5 mil quilômetros de fronteira seca com Bolívia e Paraguai e

    após endurecimento da política migratória do Chile o Estado virou porta de entrada de

    estrangeiros. A pesquisa e confecção da Cartilha justifica-se pela realidade vivenciada

    na fronteira em Corumbá, com o ingresso de milhares de imigrantes, refugiados e

    apátridas desprovidos de informações básicas, sem conhecer a língua portuguesa, em

    situação de indocumentados.

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    Disponível em

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  • [Digite texto] 1.Mestre em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, Campus Pantanal, Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela UCDB. Especialista em Gestão em Segurança Pública pela UNITOLEDO, Perita Papiloscopista, Professora. 2.Doutoranda em Desenvolvimento Local – UCDB – Campo Grande/MS. Mestre em Estudos Fronteiriços – UFMS/CPAN. Especialista em Direito Processual pela Faculdade Toledo de Presidente Prudente. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Tupã-SP- FADIR. Professora Efetiva do Curso de Direito da UFMS- Campus do Pantanal. 3. Doutora e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela UNIDERP-Campo Grande. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UCDB. Graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino- Bauru/SP. Advogada. Professora efetiva da UFMS.

    A documentação e regularização é fundamental ao acesso aos direitos sociais

    básicos. Convém atenção ao imigrante enquanto ser humano, quando se refere à

    documentação e o desconhecimento dos direitos sociais básicos garantidos aos

    imigrantes agrava a situação. As informações de direitos sociais por meio de Cartilha de

    orientação aos imigrantes é ferramenta para diminuir o distanciamento entre o que prevê

    a Lei de Imigração e a realidade enfrentada nas fronteiras brasileiras.

    O Objetivo Geral do Projeto é criar cartilha que especifique os trâmites

    documentais ao estrangeiro, seja na condição de turista, imigrante, refugiado e apátrida,

    contendo informações sobre os direitos básicos garantidos no Brasil.

    Os Objetivos Específicos são:

    I - Delinear os principais conceitos de imigrante, refugiado e apátrida e identificar as

    legislações aplicáveis e a documentação necessária;

    II - Levantar, Identificar e mapear as atribuições e as atividades desenvolvidas pelos

    órgãos de controle e entidades de apoio/auxílio aos imigrantes, refugiados e apátridas

    em Corumbá e estabelecendo vínculo com a universidade e o projeto.

    III - Descrever passo a passo de como regularizar a situação documental no Brasil e

    apontar os órgãos responsáveis pela expedição de documentos como, CPF, Carteira de

    Trabalho, Certidões, dentre outros e oferecer os números de contato e endereço dos

    órgãos acima;

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  • [Digite texto] 1.Mestre em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, Campus Pantanal, Especialista em Direito Penal e Processo Penal pela UCDB. Especialista em Gestão em Segurança Pública pela UNITOLEDO, Perita Papiloscopista, Professora. 2.Doutoranda em Desenvolvimento Local – UCDB – Campo Grande/MS. Mestre em Estudos Fronteiriços – UFMS/CPAN. Especialista em Direito Processual pela Faculdade Toledo de Presidente Prudente. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Tupã-SP- FADIR. Professora Efetiva do Curso de Direito da UFMS- Campus do Pantanal. 3. Doutora e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela UNIDERP-Campo Grande. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UCDB. Graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino- Bauru/SP. Advogada. Professora efetiva da UFMS.

    VI – Disseminação da cartilha elaborada através de Palestras e oficinas aos acolhidos

    pela Pastoral da Mobilidade Humana e pelo Circuito Imigrante e demais agentes

    envolvidos nas práticas sociais

    A Metodologia e Avaliação utilizadas consistem de:

    I - Delinear os principais conceitos de imigrante, refugiado e apátrida e identificar as

    legislações aplicáveis e a documentação necessária para a regularização da situação no

    Brasil com acesso a direitos sociais básicos.

    II - Levantar, Identificar e mapear as atribuições e as atividades desenvolvidas pelos

    órgãos de controle e entidades de apoio/auxílio aos imigrantes, refugiados e apátridas

    em Corumbá e estabelecendo vínculo com a Universidade.

    III - Descrever passo a passo de como regularizar a situação documental no Brasil e

    apontar os órgãos responsáveis pela expedição de documentos como, CPF, Carteira de

    Trabalho, Certidões, dentre outros e oferecer os números de contato e endereço dos

    órgãos acima;

    IV – Disseminação da cartilha elaborada através de Palestras e oficinas aos acolhidos

    pela Pastoral da Mobilidade Humana e pelo Circuito Imigrante e demais agentes

    envolvidos nas práticas sociais.

    O presente projeto inclui ações de pesquisa e extensão, nas áreas de Direito

    Internacional Humanitário, Direitos Humanos, Direito dos Refugiados, Direito

    Diplomático e Consular, Direito do Trabalho e Direito Previdenciário, além de alinhar-

    se aos trabalhos já desenvolvidos no ambiente do Laboratório de Estudos Fronteiriços

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    do Mestrado de Estudos Fronteiriços (MEF) localizado no CPAN-UFMS. A

    indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão estão presentes quando da

    exigência de conhecimento teórico sobre o assunto, pesquisas de natureza documental,

    pesquisa nos locais de acolhimento dos imigrantes, refugiados e apátridas, levantamento

    das atividades realizadas pelas instituições acolhedoras, confecção de cartilha e cursos

    para orientação aos vulneráveis e instituições que os acolhem, contemplando, além das

    duas instituições, aproximadamente 1.800 pessoas atendidas.

    4. CONCLUSÃO

    A ausência de amparo estatal nos municípios localizados na faixa de fronteira

    acarreta exclusão social. O desconhecimento dos direitos sociais básicos garantidos aos

    imigrantes agrava a situação. As informações sobre direitos sociais por meio de Cartilha

    de orientação aos imigrantes é ferramenta para diminuir o distanciamento entre o que

    prevê a Lei de Imigração e a realidade enfrentada nas fronteiras brasileiras.

    5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    COSTA, G. V. L. O muro invisível: a nacionalidade como discurso reificado na

    fronteira Brasil-Bolívia. Tempo Social, 2013. Disponível em:

    . Acesso em: 12/01/2017.

    DURAND, Jorge; Lussi, Carmem Metodologia e Teorias no Estudo das

    Migrações/Jorge Durand; Carmem Lussi. Jundiaí, Paco Editorial: 2015.

    ELIAS, Norbert e SCOTSON J. L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das

    relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,

    2000

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    FARIA, Maria Rita Fontes. Migrações internacionais no plano multilateral : reflexões

    para a política externa brasileira / Maria Rita Fontes Faria. – Brasília : FUNAG, 2015.

    FOUCHER, Michel. Fronts et Frontières. Un tour du monde géopolitique. Paris:

    Fayard, 1991.

    JARDIM, Denise Fagundes.; MORAES, Alex Martins. Trabalho apresentado.

    Migrações internacionais: interações entre estados, poderes e agentes. Título do

    trabalho: O regime de identificação do imigrante na prática: lógicas institucionais de

    ordenamento e negociação da presença imigrante no Brasil e Uruguai. UFRGS 35º

    Encontro Anual da ANPOCS GT22, 2011.

    OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado. CORREA Jacqueline Maciel. OLIVEIRA

    Jéssica Canavarro. Imigrantes Pendulares Em Região De Fronteira: Semelhanças

    Conceituais E Desafios Metodológicos Pendular, Direitos Culturais, Santo Ângelo,

    v.12, n.27, p. 91-108, maio/ago. 2017.

    OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado. Estudos de Fronteira: Estudos de Lógica.In: ,

    Edgar Aparecido da; SILVA, Giane Aparecida Moura da; OLIVEIRA, Marco Aurélio

    Machado(ORGS).Fronteiras em Foco. Campo Grande:UFMS,2010

    SAYAD, A. La Double absence: dês ilusions de l´emigré aux soufrances de l´immigré.

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