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Slides do Livro SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO, com tópicos de todos os capítulos
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1SOCIOLOGIA em mOVImeNTO
DVD do professor
ANOTAeS em AuLAUnidade 2 Cultura e sociedade: cultura, poder e diversidade nas
relaes cotidianas Captulo 5 Raa, etnia e multiculturalismo
Preconceito, discriminao e segregao Ospreconceitossebaseiamemgeneralizaessuperficiaisedepreciadorasdooutro(emgeralportadordecarac-tersticasfsicaseculturaisdiferentesearbitrariamenteconsideradasinferiores);ataisgeneralizaesaSociologiadenominaesteretipos.
Discriminaoumaatitudeoutratamentodiferenciadoemrelaoaooutroquepodelevarmarginalizaoouexcluso.
Adiscriminaoeasegregaomaterializamasideologiascalcadasempreconceitosquerefletemahegemoniadeumgrupoeasubordinaodeoutro.
Ospreconceitossonormalmentedifundidos,enraizadoserenovadospormeiodosmecanismossocializadores,esuareproduoaolongodahistriafoiresponsvelpelacristalizaodeprofundasdesigualdadesemdiversassociedades.
svezesadiscriminaodissimulada,noficandoclaro,nemmesmoparaquemasofre,queeladefatoexisteoquetornaaindamaisdifcilsuper-la.
A relao dos jovens com o lugar onde moram foi um dos motivos que os levaram a pensar na campanha contra o preconceito. Eles j perderam as contas de quantas vezes sofreram alguma discriminao quando disseram que moravam em favela. Ns ficamos sabendo de vrios jovens que tentam estudar ou conseguir um emprego e so discriminados por causa do lugar onde vivem. Recentemente, eu sofri com isso. Quando a minha filha nasceu, a recepcionista da maternidade me olhou estranho quando disse que morava na Mar, relembra Michele Aldeia.
SEQUEIRA, Renata. Pelo fim do preconceito. JovEMovimento. Disponvel em: . Acesso em: 12 ago. 2013.
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ANOTAeS em AuLAUnidade 2 Cultura e sociedade: cultura, poder e diversidade nas
relaes cotidianas Captulo 5 Raa, etnia e multiculturalismo 2
Segregao Segregarsignificaseparar,isolarsociale/ouespacialmente.Gruposquesoalvodepreconceito,discriminadospornopartilharemdaculturadominante,costumamsersegregados.
Muitasvezesasegregaoinstitucionalizadapormeiodepolticasouleis,quevisammanterforadofocodasocie-dadeindivduosougruposconsideradosindesejveis.Aconcentraodemoradorespobresemfavelaseperiferiasumexemplodasegregaoqueocorrenomeiourbano.
Manifestao contra a ameaa de re-moes em favelas do Rio de Janeiro realizada em 2010, em frente ao prdio da Prefeitura do municpio.
Imagem de 2011 do conjunto habitacio-nal Cidade de Deus, que surgiu na dca-da de 1960 como desdobramento das remoes de favelas localizadas no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Sheila Jacob/NPc
RogRio ReiS/PulSaR im
ageNS
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Raa, racismo e etnia: aspectos socioantropolgicos Oracismopressupeaexistnciaderaashumanaseseutilizadacaracterizaobiogenticaparaexplicarfenme-nossociaiseculturais.
Supeaindaqueexistamraassuperioreseraasinferiores,conside-rando,portanto,naturalqueestassejamsubjugadaspelasprimeiras.
Oracismo,portanto,tambmumaideologia.
Teoriasraciaiseeugnicas-SurgiramnofinaldosculoXIXeinciodoXX,tentandocomprovarcien-tificamenteaexistnciaderaassuperioreseinferiores,recorrendoscinciasnaturaiseseusmtodospoca(mediesdecrnioenariz,porexemplo).
-Oschamadosestudosantropomtricostentavamprovarserpossveldeduzirocomportamentoeasaptidesdeumindivduocombaseemsuascaractersticasfsicas.
A medio do crnio um exemplo da aplicao
da antropometria.
RogeR-Viollet/glo
w im
ageS
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Teorias eugnicas Pressupunhamquecadaraapossuacaractersticasprpriasequeamiscigenaoentrebrancos,amarelosenegrosresultarianadegenerao.
Havia,entretanto,asquepropunhamqueamiscigenaopoderiaserumaopodemelhorarascaractersticasdeumpovoatravsdadisseminaodagenticadohomembranco.
Algumaspolticaspblicassebasearamnessespressupostos.UmexemplofoioincentivoimigraodetrabalhadoresalemeseitalianosparaoBrasilpocadaaboliodaescravido.
Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882)
Cesare Lombroso (1835-1909)Raimundo Nina Rodrigues
(1862-1906)
Em seus estudos de eugenia defendeu que a miscigenao era inevitvel, mas levaria degenerao fsica, intelectual e moral da espcie humana.
Mdico italiano, Lombroso defendia que criminosos apresentavam evidncias fsicas que possibilitavam classificar de antemo o comportamento transgressor. Chamadas por ele de estigmas, tais anomalias poderiam ser identificadas atravs da antropometria.
Mdico e antroplogo brasileiro que, inspirado em teorias racistas como a de Lombroso, defendeu que os negros eram geneticamente mais propensos criminalidade.
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relaes cotidianas Captulo 5 Raa, etnia e multiculturalismo 5
A teoria da democracia racial e o mito da democracia racial
Gilberto Freyre (1900-1987) Florestan Fernandes (1920-1995)
Formulouateoriadademocraciaracialnadcadade1930,numcenrioemqueapreocupaoemdefiniroBrasiltomavacontadosdebatespolticoseacadmicos.
Opressupostocentraldessateoriaodequeasdiferentesmatrizestnicas(europeia,amerndiaeafricana)tiveramumaconvivnciasalutar,resultandonoequilbrioentreelasnaformaodaidentidadeculturalbrasileira.
EssaformulaodeFreyretransformou-seemumaalternativasteoriasraciaiseeugnicas,porentenderqueamiscigenao,caractersticadaformaosocialbrasileira,longedepromoveradegeneraofsicaemoraldapopulao,eraexatamenteoquedefinianossaidentidadenacional.
EssainterpretaotambmfortaleceuaideiadequenoBrasilnohaveriapreconceito,oqueteriageradooportunidadeseconmicasesociaisequilibradasparaaspessoasdediferentesgruposraciaisoutnicos.
FlorestanFernandes,emseulivroA integrao do negro na sociedade de classes(1965),atacouaideiadeconvvioharmnicoentreasraas.Paraele,ademocraciaracialseriaummitoquemascaravaarealidadedeprofundasdesigualdades,naqualonegroseencontravaemdesvantagempolticaeeconmica.
AperspectivapelaqualFlorestanFernandesenxergavaasociedadebrasileiraeraadoconflito,noadaharmonia.
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Persistncia do racismo e a importncia do movimento negro brasileiro Nasdcadasde1960e1970,omovimentonegrobrasileiroseinspirounacontribuiodeFlorestanFernandeselutoucontraateoriadademocraciaracial,poissadmitindoaexistnciadopreconceitosepodelutarcontraele.
Grafite feito em celebrao do Dia da Conscincia Negra na comunidade da Divisa, em 20 de novembro de 2008. Rio de Janeiro (RJ). Foto de Rato Diniz.
Em 1989 omovimento negro conseguiu a promulgao daLei7.716/89,tornandooracismocrimeinafianvel.
DadosdaPesquisaNacionalporAmostradeDomiclios(Pnad),realizadapeloInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica(IBGE),mostramaposiodedesvantagemeconmicadosnegros(pretosepardos).
Emboradesempenhepapelfundamentalnaproduoderiquezasenavidaculturalbrasileiras,oacessodapopulaonegraabenseservioscontinuaasermenorqueodosbrancos.
Populao brasileira por raa
Populao brasileira
BrancosPretos e pardos
Amarelos, indgenas e
sem declarao
190.755.799 91.051.646 96.795.294 2.908.859
47,7% 50,7% 1,1%
Rendimento do trabalho por raaPopulao com rendimento de trabalho, entre os 10%
mais pobres, em relao ao total de pessoas (%)
Branca Preta Parda
25,4 9,4 64,8
Com rendimento de trabalho, entre o 1% mais rico, em relao ao total de pessoas (%)
Branca Preta Parda
82,5 1,8 14,2
Fonte: IBGE. Censo 2010: resultados gerais da amostra. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domiclios 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
Rato DiNiz
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Etnia: superando o conceito de raa Oconceitodeetniaserefereaumconjuntodesereshumanosquepartilhamdeterminadosaspectosculturais,quevodalinguagemreligio.Socaractersticassociaiseculturaise,portanto,aprendidasnonascemoscomelas.
Etnicidadeosentimentodepertencimentoadeterminadacomunidadetnica;aidentificaocomumgruposocialespecficodentrodeumasociedade.
Raa Etnia
Distino que se estabelece pela origem biolgica.
Prticas socioculturais e histricas de diferentes grupos humanos que interagem entre si.
Oconceitodeetnia, porno se restringir aosaspectosbiolgicos,possibilitaasuperaodacrenanaexistnciaderaassuperioreseraasinferiores.
Tambmpermiteevidenciarqueasdesvantagensecon-micasvivenciadaspelapopulaonegrahojesofrutoderelaessociaiscujaconstruohistricaestmarcadapordiscriminaesepreconceitosprofundos.
Apesardeoconceitoderaatersidoabolidonocontextocientficoeinclusivenegadoporgeneticistas,aideologiaeasteoriasracistasaindatmforaentregrupossociais,comooschamadosneonazistas.
Inscrio preconceituosa na parede de uma escola municipal de So Paulo (SP, 2011).
ePitcio PeSSoa/eStaDo coNteDo
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Multiculturalismo e ao afirmativa Omulticulturalismopodesercompreendidocomo:-Conceitoquedesignaofatodealgumassociedadesseremformadasporculturasdistintas.-Polticaquevisacoexistnciapacficaentrediferentesgrupostnicos.-Movimentotericoepolticoemdefesadapluralidadeedadiversidadecultural,reivindicandooreconhecimentoculturaldasminorias.
Entreosquecompreendemomulticulturalismoapartirdaprimeiraperspectiva,humdebatenoseguintesentido:-Havisoantropolgicaqueenfatizaaformaodemosaicosculturaistotalmenteoriginais,frutodaconvivnciaentrediferentesmatrizescoexistentesnumamesmasociedade.
-Hosqueapontamacoexistnciasem,noentanto,enfatizaraconvergnciaentreasdiferentesmatrizessociocul-turais.
-Haindaavisocrtica,quemostraqueaconvivncianopacfica,maspermeadapelasrelaesdepoderedo-minaoconstitutivasdasociedade.
Hosquecriticamomulticulturalismoporconsiderarque,emborareconheaadiversidadecultural,nopropeasuperaodahegemoniadospadresculturaisdominantes.
Ainterculturalidade,diversamente,vnocontatoentrediferentesculturasapossibilidadedaconstruodenovosconhecimentosenovasinterpretaesdomundo.
Aes afirmativassoaespblicasouprivadasdirigidascorreodedesigualdadessociais,visandocompen-saodasdesvantagenscriadasereproduzidassocialmente.Exemplo:osistemadecotasraciaisimplementadonosconcursosdeadmissonasuniversidadesbrasileiras.