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Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia - SobrafoAgência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa
Novembro de 2007
Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia - SobrafoAgência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa
Novembro de 2007
GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE
REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA
Realização
Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia - SOBRAFOAgência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
ANVISADiretor-PresidenteDirceu Raposo de Mello
Adjunto de Diretor-PresidenteNorberto Rech
Chefe de GabineteAlúdima Mendes
DiretoresCláudio Maierovitch P. HenriquesJosé Agenor Álvares da SilvaMaria Cecília Martins Brito
Assessoria de Divulgação e Comunicação InstitucionalAssessora-Chefe:Renatha Melo
Projeto gráfico e diagramaçãoCamila Medeiros
SOBRAFOPresidenteJulia Maria de Freitas Binatti e
EDItORESAna Paula Giorgenon Annemeri Livinalli Bianca Brito Alves Graziela Ferreira Escobar Júlia Maria de Freitas Binatti Kristiana Cerqueira Mousinho Leticia M. Boechat Andrade Luciane Rodrigues Hypólito Maria Inês Rodrigues Gato Maria Lurdemiler de S. Mota Ney Moura Lemos Pereira Simone Aparecida Oguchi Falcari tacila Márcia Caldeira Pereira Valério Antônio Ávila
COLABORADORESAdriana Fório SentieroBeatriz MacDowell Carolina Souza Penido Cristina Macedo dos Santos Emiko Kobashikawa Fernanda PerazFlávia Freitas Gildete Alves de Oliveira João Carlos Seratiuk Marta AvellarMurilo Freitas Dias
teresa Cristina Bortoletto
S678g2007 Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em OncologiaGuia para notificação de reações adversas em oncologia / Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia. Belo Horizonte: ANVISA. – 2007.36 p.
Bibliografia: p. 35.Glossário: p.36.
1. Farmacologia. 2. Drogas - eventos adversos. 3. Drogas - toxicidade. 4. Oncologia. 5. Quimioterapia I.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. II.título.
Ficha catalográfica elaborada por Amanda Damasceno de Souza – Bibliotecária CRB6 – 2427.
PREFÁCIO
Uma idéia e muito trabalho, esses foram os primeiros passos de um grupo de farmacêuticos que no fim do ano 2000 criou a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO), com o desafio de discutir as particularidades que o trabalho em oncologia exigia. Assim, através de um espírito colaborativo e de busca pelo estabelecimento de um padrão de refer-ência aos profissionais farmacêuticos de todo o país, a SOBRAFO encontra-se diante de um novo de-safio: contribuir para a identificação das reações adversas relacionadas ao tratamento oncológico.
O farmacêutico em oncologia depara-se constantemente com os avanços na terapêutica oncológica e que, infelizmente, trazem outras complicações inerentes ao tratamento. torna-se, então, necessário intervir nesse quadro para que estes sinais e sintomas sejam compilados e analisados pelas autori-dades regulatórias permitindo que os medicamentos sejam utilizados de modo seguro.
Cabe a nós, como membros da equipe multidisciplinar, atuarmos como “vigilantes” para que se ga-ranta que os medicamentos prescritos sejam úteis na solução ou alivio dos problemas do paciente, promovendo assim, um suporte e uma atenção adequada.
Assim, a SOBRAFO, em parceria com a ANVISA e com a colaboração de profissionais de várias regiões do país, elaborou este guia com o objetivo de orientar sobre o processo de notificação de reações adversas em oncologia e incentivar essas ações para que seja possível o estabelecimento de políticas visando não só à manutenção da saúde, mas sua promoção e proteção.
Os Editores
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ALT (TGP) alanina aminotransferase
AST (TGO) aspartato aminotransferase
CAN contagem absoluta de neutrófilos
CIVD coagulação intravascular disseminada
DLN dentro dos limites normais
LIN limite inferior ao normal
LSN limite superior ao normal
RAM reação adversa a medicamento
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 7
3. O PROCESSO DE NOTIFICAÇÃO ........................................................................ 8A IMPORTÂNCIA DE NOTIFICAR: .................................................................. 8QUEM NOTIFICA? ......................................................................................... 8O QUE NOTIFICAR? ....................................................................................... 8COMO NOTIFICAR: ....................................................................................... 9
4. GRADUAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS E REAÇÕES ADVERSAS ..................... 10
5. CRITÉRIOS COMUNS DE TOXICIDADE (EVENTOS ADVERSOS) .......................... 115.1 Cardiovascular ....................................................................................... 115.2 Dermatológica ....................................................................................... 12
5.2.1 Dermatológica ............................................................................. 135.2.2 Dermatológica ............................................................................. 14
5.3 Dor ......................................................................................................... 155.3.1 Dor ..................................................................................................... 165.4 Endócrino .............................................................................................. 175.5 Gastrintestinal ....................................................................................... 18
5.5.1 Mucosite Oral .............................................................................. 185.5.2 Diarréia ......................................................................................... 195.5.3 Gastrintestinal – Demais Condições ............................................. 19
5.5.3.1 Gastrintestinal - Demais Condições ................................................ 205.5.3.2 Gastrintestinal- Demais Condições ................................................. 215.6 Hepático................................................................................................. 225.7 Metabólico / Laboratorial ...................................................................... 23
5.7.1 Metabólico / Laboratorial ............................................................ 245. 8 Músculo Esquelético ............................................................................. 245. 9 Neurologia ............................................................................................ 25
5.9.1 Neurologia ................................................................................... 265.9.2 Neurologia ................................................................................... 275.9.3 Neurologia ................................................................................... 28
5.10 Ocular / Visual ...................................................................................... 295.11 Pulmonar ............................................................................................. 305.12 Renal / Genito-Urinário ........................................................................ 315.13 Sangue ................................................................................................. 32
5.13.1 Coagulação ................................................................................. 325.14 Sintomas Constitucionais .................................................................... 33
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 34
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 35
Glossário .............................................................................................................. 36
ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 7
1. INTRODUÇÃO
A Farmacovigilância é a ciência que analisa e classifica as suspeitas de reações adversas aos medica-mentos, levantando hipóteses, analisando, validando ou descartando a possibilidade dessas reações. Assim, a Farmacovigilância consiste de atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e pre-venção de reações adversas ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamentos.
Depois da tragédia causada pela talidomida, em 1961, quando bebês nasceram com malformações após uso por mulheres grávidas de um medicamento considerado “seguro” e utilizado como anti-emético, iniciaram-se as discussões para abordar questões de segurança relacionadas aos medica-mentos.
Em 1968, com o intuito de evitar novas tragédias, a Organização mundial de Saúde (OMS), criou um projeto de pesquisa piloto para a monitorização internacional de medicamentos e para desenvolver um sistema aplicável internacionalmente na identificação prévia de reações adversas a medicamen-tos desconhecidos ou pouco estudados. Posteriormente este projeto oficializou-se como Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos, sob coordenação do Uppsala Monitoring Centre em Uppsala, Suécia. Vários países fazem parte deste programa através dos seus centros de farma-covigilância, inclusive o Brasil. Este centro tem como principal função administrar a base de dados internacional de notificações de RAM recebidas dos centros nacionais.
A Farmacovigilância avalia sistematicamente as reações adversas aos medicamentos e tem como objetivos:
• Identificar precocemente as reações adversas graves e interações não descritas em bula ou na literatura;
• Identificar o aumento na freqüência de reações adversas conhecidas;• Identificar fatores de risco e possíveis mecanismos subjacentes às reações adversas;• Identificar os sinais de alerta que evidenciam uma relação de causalidade entre fármaco e
RAM;• Promover a segurança e o uso racional de medicamentos.
São consideradas Reações Adversas Graves aquelas que causam:
• Hospitalização ou prolongamento da mesma;• Incapacidade funcional significativa permanente ou persistente;• Anomalia congênita;• Evento clínico significativo;• Ameaça à vida (ou risco de morte);• Fatalidade.
2. OBJETIVOS
• Reforçar a importância da Farmacovigilância;• Aprimorar a identificação das reações adversas de modo a melhorar o cuidado com o pa-
ciente e garantir sua segurança em relação ao uso de medicamentos;• Orientar os farmacêuticos e demais profissionais de saúde, promovendo o aumento do
número de notificações a ANVISA no âmbito da oncologia;• Incentivar a colaboração entre os profissionais de saúde para garantir a qualidade e o uso
seguro dos antineoplásicos.
8 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
3. O PROCESSO DE NOTIFICAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DE NOTIFICAR:
Através das notificações das reações adversas é possível que os centros de vigilância avaliem a cau-salidade e estabeleçam a relevância da reação. O conjunto de várias notificações sobre uma possível relação causal, até então desconhecida ou documentada de modo incompleto, fornece muitas vezes um “sinal”. Sem notificação não há estudos de causalidade, subestimando a questão da segurança.
QUEM NOTIFICA?
todos os profissionais que trabalham na área da saúde podem notificar: médicos, enfermeiros, nutri-cionistas, dentistas, psicólogos, etc.
Apenas lembrando, o envolvimento dos profissionais é de suma importância, pois a subnotificação pode retardar a identificação de sinais, impedindo a adoção de medidas preventivas. O sucesso de qualquer sistema de notificação espontânea depende da participação ativa dos notificadores.
Como todas as informações contidas no formulário são sigilosas e não podem ser motivo de qualquer questionamento legal, todos os casos relatados por profissionais de saúde não têm nenhuma impli-cação legal.
O QUE NOTIFICAR?
Neste primeiro momento, para iniciar o processo de notificação dentro dos serviços recomendamos que sejam notificados:
• Qualquer reação não descrita na bula ou literatura;• Para medicamentos comercializados há mais de 5 anos: qualquer suspeita de reação graus
3 e 4, mesmo descrita em literatura;• Para medicamentos novos (com menos de 5 anos de comercialização): qualquer reação de
todos os graus, mesmo as descritas em bula ou literatura;• Recomendamos também a notificação da perda de eficácia e/ou suspeita de desvios da
qualidade dos medicamentos.
8 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 9
COMO NOTIFICAR:
1) No estado de São Paulo:Sistema on line de notificação através do site:www.cvs.saude.sp.gov.br [email protected]
ou
Enviar por correio ao Centro de Vigilância Sanitária CVS/SES-SP (protocolo)Secretaria de Estado da Saúde - Centro de Vigilância SanitáriaNúcleo de FarmacovigilânciaAv Dr. Arnaldo, 351 – anexo 03 – 5º andarCEP 01246-901 – Cerqueira César – São Paulo / SPPor fax (11 3065 4744) diretamente ao Núcleo de Farmacovigilância do Centro de Vigilância SanitáriaFone (11) 3065 4743FAX (11) 3065 4744
2) No âmbito nacional - ANVISA:Através do NOtIVISA (Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária)http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/apresenta.htmGerência de Farmaco Vigilância / NUVIGFax: (61) 3448-1275e-mail: [email protected]
Ambos os sistemas de notificação on-line exigem um cadastro prévio com algumas informações para obtenção de senha.
10 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
4. GRADUAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS E REAÇÕES ADVERSAS
Para que possamos avaliar melhor a toxicidade do tratamento antineoplásico, disponibilizamos neste guia parte das tabelas com os critérios comuns de toxicidade que foram baseadas na tradução de “Common toxicity Criteria” desenvolvido pelo National Câncer Institute (NCI) norte americano. O material original, em inglês, pode ser acessado a partir do endereço eletrônico: http://ctep.cancer.gov/reporting/ctc_v30.html.
Ressaltamos que na elaboração da tabela de mucosite, utilizou-se como referência o livro: DE VItA, V.; HELLMAN, S.; ROSENBERG, S. (Eds.). Cancer: principles and practices of oncology. Philadelfpia: Lippincom, 1984.
Neste material não constam informações especificas para situações: tMO, Pediatria, Leucemia, Ra-dioterapia.
A graduação dos eventos adversos é assim definida:
GRAU 0 Nenhuma ocorrência de evento adverso ou dentro dos limites normais.
GRAU 1 Leve, sem intervenção médica, assintomático, somente detectado em acha-dos laboratoriais ou radiográficos.
GRAU 2 Moderado, com mínima intervenção, intervenção local, ou não invasiva.
GRAU 3 Severo e indesejável, sintomas significantes que requerem hospitalização ou intervenção invasiva, transfusão, intervenção radiológica eletiva, cirurgia.
GRAU 4 Ameaçador à vida ou incapacitante, com conseqüências fisiológicas que ne-cessitam de cuidados intensivos ou procedimentos invasivos emergenciais.
GRAU 5 Óbito.
Não devemos graduar:
• Progressão da doença ou sinais e sintomas relacionados com a doença• Seqüela relacionada a eventos ocorridos pela administração, por exemplo: a quebra da
agulha que requer uma excisão.• É possível notificar erros de medicação por meio de formulário específico para a Anvisa
pelo link: http://www.anvisa.gov.br/servicos/form/farmaco/index_prof_erro.htm
10 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 11
5. CRITÉRIOS COMUNS DE TOXICIDADE (EVENTOS ADVERSOS)*
5.1 Cardiovascular
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Arritmia/ disritmia nodal/ juncional
NenhumAssintomático,
não requer tratamento
Sintomático, mas não requer
tratamento
Sintomático e requer
tratamento
Risco de vida (p.ex: arritmia
associada à ICC, hipotensão,
síncope, choque)
Edema NenhumAssintomático,
não requer tratamento
Sintomático, requer
tratamento
Edema sintomático que limita a função e não responsivo a terapia ou requer descontinuação
da droga
Anasarca (edema generalizado
severo)
Hipertensão Nenhum
Assintomático, aumento transitório
> 20 mmHg (diastólica) ou até 150/100 se anteriormente
DLN, não requer tratamento
Aumento recorrente ou persistente ou sintomático > 20 mmHg (diastólica) ou até 150/100 se anteriormente
DLN, não requer tratamento
Requer terapia ou terapia mais intensiva do que anteriormente
Crise hipertensiva
Hipotensão Nenhum
Alterações, mas não requer
tratamento (inclusive
hipotensão ortostática transitória)
Requer reposição de líquidos
breve ou outro tratamento,
mas não requer hospitalização;
não tem conseqüências
fisiológicas
Requer terapia e atenção médica constante, mas
resolve sem conseqüências
fisiológicas persistentes
Choque (associado à acidemia e debilitação da função dos órgãos
vitais devida a hipoperfusão
tecidual)
* Existem relatos de óbitos (grau 5) para todos os sistemas órgãos descritos, exceto para o grupo 5.3.1 dor. Para maiores detalhes acessar o documento fonte por meio do link: http://ctep.cancer.gov/reporting/ctc_v30.html, selecionar documento em PDF: Common terminology Criteria for Ad-verse Events v. 3.0 (CtCAE)
12 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.2 Dermatológica
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Flebite -Dor no local,
sem disfunção de extremidades
Edema local, vermelhidão, dor, sem disfunção de
extremidades
Reações além do local de infusão,
dor, possível disfunção de extremidades, necessidade
analgésico forte
Reações além do local de infusão, dor, disfunções
de extremidades, impossibilidades
de novas punções
Alopecia Normal
Perda mínima, menos de 25%
doscabelos
Perda moderada, entre 25 e 50%
dos cabelos
Perda severa, mais de 50% dos
cabelos-
Pele seca NormalControlada com
emolientesNão controlada com emolientes
- -
Eritema multiforme
(Síndrome de Stevens Johnson,
necrólise epidérmica
tóxica)
Ausente -Disperso, mas erupção não generalizada
Severo ou requer reposição de líquidos EV
(Rash cutâneo generalizado,
estomatite dolorosa)
Risco de vida (dermatite
esfoliativa ou ulcerativa.
Requer suporte nutricional enteral
ou parenteral)
Rubor Ausente Presente - - -
Reação Cutânea mãos-pés
Nenhum
Alterações cutâneas ou dermatite
não dolorosa (vermelhidão,descamação)
Alterações cutâneas com dor. todavia, sem alteração na função dos
membros
Alterações cutâneas com dor
com alteração na função dos
membros
-
Reação no local da punção ou aplicação do medicamento
NenhumDor ou prurido ou
Eritema
Dor ou inchaço com inflamação
ou flebite
Ulceração ou necrose que é severa ou prolongada e/ou requer intervenção
cirúrgica
-
Alterações nas unhas
Normal Descoloração
Perda total ou parcial das unhas ou dor no leito
ungueal
_ _
12 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 13
5.2.1 Dermatológica
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Fotossensibilidade Nenhum Eritema indolor Eritema dolorosoEritema com descamação
-
Alteração de pigmentação (Ex:
vitiligo)Nenhum
Alterações localizadas de pigmentação
Alterações generalizadas de
pigmentação- -
Prurido Nenhum
Leve ou localizado,
aliviado espontaneamente ou por medidas
locais
Intenso ou disseminado,
aliviado espontaneamente ou por medidas
sistêmicas
Intenso ou disseminado e mal controlado
com o tratamento
-
Rash/Descamação Nenhum
Erupção macular ou papular ou eritema
sem sintomas associados
Erupção macular ou papular ou eritema
com prurido ou sintomas
associados que cobrem < 50%
da superfície corporal ou descamação localizada ou outras lesões
Eritroderma generalizado sintomático ou erupção
macular, papular ou vesicular ou
descamação que cobre área corporal ≥ 50%
Dermatite esfoliativa
ou dermatite ulcerativa
generalizada
Urticária NenhumNão requer medicação
Requer tratamento VO ou tópico ou EV com esteróides por um período
< 24horas
Requer tratamento EV com esteróides por um período
≥24horas
-
14 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.2.2 Dermatológica
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Radiodermite por Quimioterapia +
RadioterapiaNenhum
Eritema fraco ou descamação seca
Eritema moderado a
vigororoso ou descamação úmida focal, confinada a
dobras e pregas cutâneas
Descamação úmida confluente com área maior que 1,5cm de diâmetro não confinada a
dobras cutâneas, Edema
depressível
Necrose cutânea ou ulceração
cutânea de toda a espessura da
derme. Pode ser acompanhada
por sangramento não causado por trauma menor ou abrasão
Reação à radiação
(reação após quimioterapia na ausência de
radioterapia adicional que ocorre numa
área previamente irradiada)
NenhumEritema fraco ou descamação seca
Eritema moderado a
vigororoso ou descamação úmida focal
Descamação úmida confluente com área maior que 1,5cm de diâmetro não confinada a
dobras cutâneas
Necrose cutânea ou ulceração
cutânea de toda a espessura da
derme. Pode ser acompanhada
por sangramento
14 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 15
5.3 Dor
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Dor abdominal ou cólica
AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem fortemente nas
atividades da vida
cotidiana
Incapacitante
Artralgia AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem fortemente nas
atividades da vida
cotidiana
Incapacitante
Dor óssea AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem fortemente nas
atividades da vida
cotidiana
Incapacitante
Dor no peito (não cardíaca, não
pleurítica)Ausente
Dor leve que não interfere na
função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
Cefaléia AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
16 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.3.1 Dor
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Dor de ouvido (otalgia)
AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
Mialgia (dor muscular)
AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
Dor neuropática (p.ex: dor
mandibular, dor neurológica,
dor do membro fantasma,
neuralgia pós-infecciosa ou neuropatias dolorosas)
AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
Dor devido à radiação
AusenteDor leve que
não interfere na função
Dor moderada: dor ou uso de
analgésicos que interferem na função, mas
não interferem nas atividades
da vida cotidiana
Dor severa: dor ou uso de
analgésicos que interferem
fortemente nas atividades
da vida cotidiana
Incapacitante
16 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 17
5.4 Endócrino
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Aparência Cushingóide
(p.ex: face em lua cheia, corcova de búfalo, obesidade centrípeta, estrias cutâneas, também
considerar hiperglicemia, hipocalemia)
Ausente - Presente - -
Feminização do homem
Ausente - - Presente -
Ginecomastia Nenhum LevePronunciado ou
doloroso
Pronunciado ou doloroso e requer
cirurgia-
Ondas de calor / rubor
NenhumLeve ou não mais
que 1 por diaModerado e mais
de 1 por dia- -
Hipotireoidismo Ausente
Assintomático, tSH elevado,
nenhuma terapia administrada
Sintomático ou administrado tratamento
de reposição tireoidiana
Paciente hospitalizado por manifestações de hipotireoidismo
Coma mixedematoso
Masculinização da mulher
Ausente - - Presente -
SIADH (síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético)
Ausente - - Presente -
18 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.5 Gastrintestinal
5.5.1 Mucosite Oral *
Grau de disfunção1 2 3 4
Local
LábiosLisos, macios rosados,
flexíveis, úmidos, íntegros
Levemente enrugados secos com áreas avermelhadas
Enrugados, secos, edemaciados com ou sem vesículas,
inflamados na linha de demarcação
Muito secos, inflamados, rachados
com ulceração e sangramento
Língua
Lisa, rosada, úmida sem fissuras ou
papilas salientes, íntegra
Papilas proeminentes na base, seca
rosada com áreas avermelhadas,
aprofundamento do sulco mediano
Edemaciada, papilas salientes
avermelhadas (na ponta), muito secas,
rachaduras
Muito seca, grossa e espessa, fissuras e películas, ponta muito vermelha e
demarcada, laterais com vesículas,
rachaduras profundas, muito
edemaciadas
Mucosa oralLisa, rosada, úmida,
íntegra
Pálida, levemente seca, com áreas avermelhadas ou
pústulas
Avermelhada, seca inflamada,
edemaciada com ulceração
Muito avermelhada, brilhante,
edemaciada com vesículas e ulcerações
Dentes e dentaduraBrilhantes sem
membranas; bom ajuste
Levemente opacos com discretas membranas,
discretamente soltas
Opacos, com membrana aderida aproximadamente 50% do esmalte dentário solto e
ocasionando áreas de irritação
Muito opacos cobertos por membranas;
impossibilidade de usar devido à
irritação
SalivaFluida, aquosa,
quantidade adequadaAumento de quantidade
Saliva escassa, boca seca
Grossa, espessa, viscosa
Voz e deglutição
tonalidade e qualidade normal;
normal sem dificuldade
Discreta alteração, voz mais baixa, desconfortável
Grossa, áspera e dissonante; com
dificuldade e/ou dor
Dificuldade para articular as palavras; quase impossível ou
impossível
18 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 19
5.5.2 Diarréia*
Grau 0 1 2 3 4
Sem diarréiaNúmero igual ou
superior a duas ou três evacuações/dia
Número igual ou superior a quatro
ou seis evacuações/dia ou presença de diarréia noturna ou cólicas moderadas
Número igual ou superior a sete ou
nove evacuações/dia ou incontinência ou
cólicas severas
Número superior a dez evacuações/dia ou sangue nas
fezes diarréicas ou necessidade de suporte parenteral
FONtE: *DE VItA et al (1984).
5.5.3 Gastrintestinal – Demais Condições
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Mucosite devido à radiação
NenhumEritema da
mucosa
Reação pseu-domembranosa focal (placas ger-almente £ 1,5 cm diâmetro e não
glândulas)
Reação pseu-domembranosa
confluente (placas contíguas geral-mente > 1,5 cm
diâmetro)
Necrose ou ulceração profunda,
pode incluir sangramento
não induzido por trauma menor ou
abrasão
Estomatite / faringite
(mucosite oral/faríngea)
Nenhum
Úlceras indolores, eritema ou
irritabilidade leve na ausência de
lesões
Eritema doloroso, edema ou úlceras, consegue engolir
Eritema doloroso, edema ou ulceras
que impedem a deglutição ou requerem hidratação ou suporte
nutricional ou enteral
Ulceração severa que requer intubação
profilática ou resulta em pneumonia
por aspiração (documentada)
Diarréia (paciente s/ colostomia)
S/ Diarréia
Aumento de < 4 evacuações por dia além do
verificado no pré-tratamento
Aumento de 4-6 evacuações/dia ou evacuações
noturnas
Aumento de ³ 7 evacuações/dia
ou incontinência; ou necessidade
de suporte parenteral para desidratação
Conseqüências fisiológicas
que requerem tratamento intensivo;
ou colapso hemodinâmico
20 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.5.3.1 Gastrintestinal - Demais Condições
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Náuseas NenhumaConsegue comer
- come pouco
Ingestão oral significativamente menor - ingere o
suficiente
Ingestão não significativa,
requer líquidos IV - ingesta quase
nula
Sem ingesta
Vômitos Nenhum
1 episódio em 24 h além do
verificado no pré-tratamento
2-5 episódios em 24 h além do verificado no pré-
tratamento
≥- 6 episódios em 24 h além
do verificado no pré-tratamento ou necessidade de líquidos IV
Requer nutrição parenteral; ou conseqüências fisiológicas que
requerem terapia intensiva, colapso
hemodinâmico
Alterações das Glândulas sali-
varesNenhum
Saliva ligeira-mente espessada, pode apresentar paladar ligeira-mente alterado (p.ex:metálico); podem ser ne-
cessários líquidos adicionais
Saliva espessa, viscosa, pegajosa; paladar pronun-ciadamente al-
terado, necessário alteração da dieta
-Necrose aguda das glândulas
salivares
Anorexia Nenhum Perda de apetiteConsumo oral
significativamente menor
Requer líquidos EV
Requer dieta por sonda ou nu-
trição parenteral
Ascite (não ma-ligna)
Ausente AssintomáticoSintomático. Re-quer diuréticos
Sintomático. Re-quer paracentese
terapêutica
Risco de vida por conseqüências
fisiológicas
Colite Nenhum -Dor abdominal com muco e/ou sangue nas fezes
Dor abdominal, febre, alteração
nos hábitos intestinais com documentação radiográfica ou
de biópsia
Perfuração com necessidade de
correção cirúrgica ou megacólon
tóxico
Desidratação Nenhum
Membrana mucosa seca
e/ou redução do turgor cutâneo
Requer reposição de líquidos EV
(breve)
Requer reposição de líquidos EV
(contínua)
Colapso he-modinâmico. Re-quer tratamento
intensivo
Dispepsia/azia Nenhum Leve Moderado Severo -
20 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 21
5.5.3.2 Gastrintestinal- Demais Condições
Evento AdversoGrau
0 1 1 3 4
Disfagia, esofagite, adinofagia (deglutição dolorosa)
NenhumDisfagia leve, mas consegue comer
dieta regular
Disfagia, requer dieta predomi-
nantemente pastosa, mole ou
liquida
Disfagia, requer hidratação IV
Obstrução completa (não
consegue engolir saliva), ou perfuração; requer suporte
nutricional enteral ou parenteral
Distúrbio do paladar (disgeusia)
NormalLigeiramente
alteradoPronunciada-
mente alterado- -
Gastrite Nenhum -
Requer tratamento clinico
ou tratamento não cirúrgico
tratamento clinico ambulatorial
não controlado; requer
hospitalização ou cirurgia
Sangramento com risco de vida, requer cirurgia de urgência
Obstipação NenhumRequer laxante ou modificação
da dietaRequer laxantes
Obstipação que requer evacuação
manual ou enema
Obstrução ou megacólon
tóxico
Secura na boca Normal Leve Moderado - -
22 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.6 Hepático
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Bilirrubina total DLN> LSN - >1,5 X
LSN> 1,5 - 3,0 X LSN
> 3,0 - 10,0 X LSN
>10,0 X LSN
Fosfatase alcalina DNL >LSN - 2,5 X LSN > 2,5 - 5,0 X LSN> 5,0 - 20,0 X
LSN>20,0 X LSN
GGt (g glutamil transpeptidase)
DNL >LSN - 2,5 X LSN > 2,5 - 5,0 X LSN> 5,0 - 20,0 X
LSN>20,0 X LSN
Hipoalbuminemia DNL <LIN - 3 g/dL > 2-< 3 g/dL > 2 g/dL _
tGO (transaminase
glutamico oxalacetica serica)
DNL >LSN - 2,5 X LSN > 2,5 - 5,0 X LSN> 5,0 - 20,0 X
LSN>20,0 X LSN
GP (transaminase glutâmico
pirúvica sérica)DNL >LSN - 2,5 X LSN > 2,5 - 5,0 X LSN
> 5,0 - 20,0 X LSN
>20,0 X LSN
22 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 23
5.7 Metabólico / Laboratorial
Evento Adverso Grau
0 1 2 3 4
Acidose (metabólica ou
respiratória)Normal
pH < normal mas ≥ 7,3
- pH < 7,3
pH < 7,3 com conseqüências
fisiológicas com risco de vida.
Alcalose (metabólica ou
respiratória)Normal
pH > normal, mas ≤ 7,5
- pH < 7,5
pH < 7,5 com conseqüências
fisiológicas com risco de vida.
Amilase DLN > LSN -1,5 x LSN > 1,5-2,0 x LSN > 2,0-5,0 x LSN > 5,0 x LSN
CPK (creatina fosfoquinase)
DLN > LSN -2,5 x LSN > 2,5-5 x LSN > 5-10 x LSN > 10 x LSN
Hipercalcemia DLN
> LSN -11,5 mg/dl
> 11,5-12,5 mg/dl
> 12,5-13,5 mg/dl
> 13,5 mg/dl
> LSN -2,9mmol/l > 2,9-3,1mmol/l > 3,1-3,4mmol/l > 3,4mmol/l
Hipercolesterol-emia
DLN> LSN -300mg/dl > 300-400mg/dl > 400-500 mg/dl > 500 mg/dl
> LSN-7,75mmol/l
>7,75-10,34mmol/l
> 10,34-12,92mmol/l
> 12,92 mmol/l
Hiperglicemia DLN> LSN-160mg/dl > 160-250mg/dl >250-500mg/dl >500mg/dl
> LSN-8,9mmol/l >8,9-13,9mmol/l>13,9-
27,8mmol/l>27,8mmol/l ou
acidose
Hipercalemia DLN > LSN-5,5mmol/l >5,5-6,0mmol/l >6,0-7,0mmol/l > 7,0mmol/l
Hipermagnesemia DLN> LSN-3,0mg/dl
->3,0-8,0mg/dl >8,0mg/dl
> LSN-1,23mmol/l
>1,23-3,30mmol/l
>3,30mmol/l
Hipernatremia DLN > LSN-150mmol/l> 150-155mmol/l >155-160mmol/l >160mmol/l
Hipertrigliceride-mia
DLN > LSN -2,5 x LSN > 2,5-5,0 x LSN >5,0-10 x LSN >10 x LSN
Hiperuricemia (também con-
siderar síndrome da lise tumoral,
insuficiência renal, creatinina,
hipercalemia)
DLN
> LSN ≤10mg/dl ≤0,59 mmol/l
sem conseqüên-cias fisiológicas
-
> LSN ≤10mg/dl ≤0,59 mmol/l
sem conseqüên-cias fisiológicas
>10mg/dl > 0,59mmol/l
Hipocalcemia DLN<LIN-8,0mg/dl <7,0-<8,0mg/dl <6,0-<7,0mg/dl < 6,0mg/dl
<LIN-2,0mmol/l<1,75-
<2,0mmol/l<1,5-
<1,75mmol/l< 1,5mmol/l
24 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.7.1 Metabólico / Laboratorial
Evento Adverso Grau
0 1 2 3 4
Hipoglicemia DLN
<LIN-55mg/dL <40-<55mg/dL <30-<40mg/dL < 30mg/dL
<LIN-3,0mmol/l <2,2-<3,0mmol/l<1,7-<2,2mmol/l < 1,5mmol/l
Hipocalemia DLN <LIN-3,0mmol/l - <2,5-3,0mmol/l <2,5mmol/l
Hipomagnesemia DLN
<LIN-1,2mg/dl 0,9-<1,2mg/dl 0,7-<0,9mg/dl <0,7mg/dl
<LIN-0,5mmol/l 0,4-<0,5mmol/l 0,3-<0,4mmol/l <0,3mmol/l
Hiponatrenia DLN <LIN-130mmol/l - 120-<130mmol/l <120mmol/l
Hipofosfatemia DLN
<LIN-2,5mg/dl ≥2,0-<2,5mg/dl ≥1,0-<2,0mg/dl <1,0mg/dl
<LIN-0,8mmol/l ≥0,6-<0,8mmol/l≥0,3-<0,6mmol/l <0,3mmol/l
5. 8 Músculo Esquelético
Evento Adverso Grau
0 1 2 3 4
Fraqueza muscular (não resultante da neuropatia)
AusenteAssintomático
com fraqueza ao exame físico
Sintomático e interfere na
função, mas não interfere nas
atividades da vida cotidiana
Sintomático e interfere nas
atividades da vida cotidiana
Confinamento à cama ou
incapacitante
Miosite (inflamação /
lesão muscular)Ausente
Dor leve, interfere na função
Dor que interfere na função, mas
não interfere nas atividades da vida
cotidiana
Dor que interfere na função e nas
atividades da vida cotidiana
Confinamento à cama ou
incapacitante
Mialgia (sensibilidade ou dor nos músculos)
Classificar na categoria DOR
24 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 25
5. 9 Neurologia
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Confusão Normal
Confusão ou desorientação ou déficit de atenção de curta duração; resolve-se espon-taneamente sem
seqüelas
Confusão ou desorientação ou déficit de atenção
que interfere na função, mas
não interfere nas atividades da vida
cotidiana
Confusão ou delírio quer interfere nas
atividades da vida cotidiana
Prejudicial aos outros ou para si mesmo; requer hospitalização
Delírios Normal - - Presente Psicose tóxica
Nível reduzido de consciência
Normal
Sonolência ou sedação que
não interfere na função
Sonolência ou sedação que in-
terfere na função, mas não na ativi-dades cotidianas
Obnubilação ou estupor; difícil de estimular; interfere nas
atividades da vida cotidiana
Coma
tontura NenhumNão interfere na
função
Interfere na função mas não
interfere nas atividades da vida
cotidiana
Interfere nas atividades da vida
cotidiana
Confinamento à coma ou inca-
pacitante
Movimento involuntário/
extrapiramidal/ inquietação
Nenhum
Movimentos involuntários leves que não interfer-
em na função
Movimentos involuntários
moderados que interferem na
função, mas não interferem nas
atividades da vida cotidiana
Movimentos involuntários
severos ou torci-colo que interfere nas atividades da
vida cotidiana
Confinamento à cama ou inca-
pacitante
Alucinações Normal - - Presente Psicose tóxica
Insônia* Normal
Dificuldade ocasional para
dormir, não interfere na
função
Dificuldade para dormir, interfere na função mas
não interfere nas atividades da vida
cotidiana
Dificuldade freqüente para
dormir, interfere nas atividades da
vida cotidiana
-
Irritabilidade (crianças <3 anos
de idade)Normal
Leve, facilmente consolável
Moderado, requer mais
atenção
Severo, inconsolável
-
* Este evento adverso é classificado quando a insônia está relacionada ao tratamento. Se a dor ou outros
sintomas interferirem no sono, não classificar como insônia
26 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.9.1 Neurologia
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Perda de memória NormalPerda de memória que não interfere
na função
Perda de memória que interfere
na função, mas não interfere nas atividades da vida
cotidiana
Perda de memória que interfere nas atividades da vida
cotidiana
Amnésia
Alteração de humor, ansiedade, agitação
Normal
Alteração leve do humor que
não interfere na função
Alteração moderada do humor que interfere na
função, mas não interfere nas
atividades da vida cotidiana
Alteração severa do humor que interfere nas
atividades da vida cotidiana
Ideação suicida ou perigo para si
mesmo
Alteração do humor- depressão
Normal
Alteração leve do humor que
não interfere na função
Alteração moderada do humor que interfere na
função, mas não interfere nas
atividades da vida cotidiana
Alteração severa do humor que interfere nas
atividades da vida cotidiana
Ideação suicida ou perigo para si
mesmo
Alteração do humor- euforia
Normal
Alteração leve do humor que
não interfere na função
Alteração moderada do humor que interfere na
função, mas não interfere nas
atividades da vida cotidiana
Alteração severa do humor que interfere nas
atividades da vida cotidiana
Perigo para si mesmo
Neuropatia craniana
Ausente -
Presente, não interfere nas
atividades da vida cotidiana
Presente, mas interfere nas
atividades da vida cotidiana
Risco de vida, incapacitante
Neuropatia Motora
Normal
Fraqueza subjetiva, mas sem achados
objetivos
Fraqueza objetiva leve que interfere na função, mas
não interfere nas atividades da vida
cotidiana
Fraqueza objetiva que interfere nas atividades da vida
cotidiana
Paralisia
26 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 27
5.9.2 Neurologia
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Neuropatia sen-sorial
Normal
Perda dos reflexos profundos do
tendão ou pares-tesia (incluindo formigamento),
mas não interfere na função
Perda sensorial objetiva ou par-
estesia (incluindo formigamento)
interfere na função, mas não
interfere nas atividades da vida
cotidiana
Perda senso-rial ou parestesia que interfere nas atividades da vida
cotidiana
Perda senso-rial permanente que interfere na
função
Personalidade / comportamental
Normal
Alteração, mas não disruptivo para o paciente
ou família
disruptivo para o paciente ou
família
disruptivo para o paciente ou família, requer intervenção na saúde mental
Prejudicial aos outros ou a si
mesmo, requer hospitalização
Convulsão (ões) Nenhum _
Convulsão (ões) autolimitadas e consciência preservada
Convulsão (ões) que alteram a consciência
Convulsões de qualquer tipo que são pro-
longadas, repeti-tivas ou difíceis de controlar (p ex.: estado de mal epilético, epilepsia intra-
tável)
Nistagmo AusentePresente (também considerar visão
dupla)
Distúrbio da fala (p ex.: disfasia ou
afasia)Normal -
Consciência de disfasia receptiva
ou expressiva, não prejudica a
capacidade de se comunicar
Disfasia receptiva ou expressiva, prejudicando a
capacidade de se comunicar
Incapacidade de se comunicar
Síncope (des-maio) * tam-
bém considerar cardiovascular
(arritimia), episó-dio vasovagal, isquemia, cere-
brovascular
Ausente - - Presente -
28 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.9.3 Neurologia
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
tremor Nenhum
Leve e breve ou intermitente, mas não interfere na
função
tremor moderado que interfere
na função, mas não interfere nas atividades da vida
cotidiana
tremor severo que interfere nas atividades
cotidianas
-
Vertigem NenhumNão interfere na
função
Interfere na função, mas não
interfere nas atividades da vida
cotidiana
Interfere nas atividades da vida cotidiana
Confinamento á cama ou
incapacitante
28 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 29
5.10 Ocular / Visual
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Conjuntivite Nenhum
Alterações oftalmológicas anormais, mas
assintomático ou sintomático s/
deficiência visual (dor e irritação)
Sintomático e in-terfere na função, mas não interfere nas atividades da
vida cotidiana
Sintomático e interfere nas
atividades da vida cotidiana
-
Olho seco NormalLeve, não requer
tratamento
Moderado ou requer lágrimas
artificiais- -
Queratite (inflamação cor-neana/ ulceração
corneana)
nenhum
Alterações oftalmológicas anormais, mas
assintomático ou sintomático s/
deficiência visual (dor e irritação)
Sintomático e in-terfere na função, mas não interfere nas atividades da
vida cotidiana
Sintomático e interfere nas
atividades da vida cotidiana
Perda unilateral ou bilateral da visão (cegueira)
Lacrimejamento (olhos sem lagri-
mas)Nenhum
Leve, mas não in-terfere na função
Moderado, inter-fere não função
mas não interfere nas atividades da
vida cotidiana
Interfere nas atividades da vida
cotidiana-
Visão turva Normal -
Sintomático e in-terfere na função, mas não interfere nas atividades da
vida cotidiana
Sintomática e interfere nas
atividades da vida cotidiana
-
Visão dupla (diplopia) Normal -
Sintomático e interfere na
função, mas não interfere nas atividades da vida cotidiana
Sintomático e interfere nas atividades da vida cotidiana
-
Fotofobia Normal -
Sintomático e interfere na
função, mas não interfere nas atividades da vida cotidiana
Sintomático e interfere nas atividades da vida cotidiana
-
30 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.11 Pulmonar
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
tosse Ausente
Leve, aliviada por medicação que não exige
prescrição
Requer antitussígeno
narcótico
tosse severa ou espasmos de tosse, mal
controlados ou não responsivos ao tratamento
-
Dispnéia (falta de ar)
Normal -Dispnéia ao
esforço
Dispnéia em nível normal de
atividade
Dispnéia em repouso ou
requer suporte de ventilação
Soluços NenhumLeve, não requer
tratamento
Moderado, requer
tratamento
Severo, pro-longado e
refratário ao tratamento
-
Pneumonite, infiltrados
pulmonaresNenhum
Alterações radiográficos,
mas assintomático ou sintomas
que não requerem uso de esteróides
Alterações radiográficas
e requer esteróides ou
diuréticos
Alterações radiográficas e requer oxigênio
Alterações radiográficas
e requer ventilação assistida
Fibrose pulmonar
Nenhum
Alterações radiográficos,
mas assintomático ou sintomas
que não requerem uso de esteróides
requer esteróides ou
diuréticosRequer oxigênio
requer ventilação assistida
Alterações na voz, estridor, laringe (p.ex: rouquidão,
perda da voz, laringite)
NormalRouquidão leve ou intermitente
Rouquidão persistente,
mas capaz de vocalizar, pode
ter edema leve a moderado
Fala sem sussurro, não
é capaz de vocalizar; pode
ter edema pronunciado
Dispnéia pronunciada,
estridor que requer
traqueostomia ou intubação
30 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 31
5.12 Renal / Genito-Urinário
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Creatinina (N= 1 mg/dL)
Normal < 1,5 x N 1,5-3,0 x N 3,1-6,0 x N > 6,0 x N
Disúria (dor a micção)
Nenhum
Sintomas leves que não
requerem intervenção
Sintomas aliviados com intervenção terapêutica
Sintomas não aliviados com intervenção terapêutica
-
Freqüên-cia/urgência
urináriaNormal
Aumento na freqüência ou noctúria até 2 vezes o normal
Volume urinário dobrado no
período de 24 horas
A cada hora ou mais, com urgência ou
requer cateter
-
Retenção urinária
NormalGotejamento
sem urina residual
Requer uso de medicamentos ou sondagem
de alivio ocasional (< 4 x
por semana)
Requer número de sondagens de alívio maior
que quatro vezes por semana
Ruptura da bexiga
Insuficiência renal
Nenhum - -Requer diálise, mas reversível
Requer diálise e irreversível
Incontinência NenhumCom tosse, espirro, etc.
Espontânea, um certo controle
Nenhum controle (na ausência de
fistula)
_
ProteinúriaNormal ou < 0,15g/24 h
1 + ou 0,15-1,0 g/24 h
2+ a 3 + ou 1,0 – 3,5 g/24hs
4+ ou > 3,5g/24 h
Síndrome nefrótica
32 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
5.13 Sangue
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Hemoglobina Hb (g/dl)
DLN
< LIN - 10,0 g/dl
< LIN - 100 g/l< LIN - 6,2
mmol/l
9,5 a 10,9
8,0 < 10,0 g/dl80 < 100 g/l
4,9 < 6,2 mmol/l
8 a 9,4
6,5 < 8,0 g/dl65 < 80 g/l4,0 < 4,9
mmol/l
6,5 a 7,9
< 6,5 g/dl< 65 g/l
<4,0 mmol/l
< 6,5
Leucócitos (total)
(x 103/mm3)
DLN
≥ 4,0
< LIN 3000/mm3
3,0-3,9
2000<3000/mm3
2,0-2,9
≥1000<2000/mm3
1,0-1,9
< 1000/mm3
< 1,0
Neutrófilos/ Granulócitos (CAN/ CAG)
DLN ≥1,5<2,0x 109/l ≥1,0<1,5x109/l ≥0,5<1,0x109/l <0,5x109/l
5.13.1 Coagulação
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
PLAQUEtAS(x 103/mm3)
DLN>100
< LIN 75,0 x109/l75 – 99
≥50,0 <75,0x109/l
50-74,9
≥10,0<50,0 x109/l
25-49,9
<10,0 x109/l< 25
CIVD Ausente _ _
Achados laboratoriais
presentes SEM sangramento
Achados laboratoriais
presentes COM sangramento
Fibrinogênio DLN≥0,75 < 1,0
x LIN≥0,5 <0,75
x LIN≥0,25<0,5
x LIN<0,25 x LIN
tempo de tromboplastina
parcial (ttP)DLN
> LSN ≥ 1,5 X LSN
≥1,5 > 2 X LSN > 2 X LSN
tempo de pro-trombina (tP)
DLN> LSN ≥ 1,5 X
LSN≥ 1,5 > 2X LSN > 2 X LSN
32 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 33
5.14 Sintomas Constitucionais
Evento AdversoGrau
0 1 2 3 4
Fadiga (letargia, mal-estar,
astenia) Ver escalas de status de performance
em anexo
Nenhum
Aumento da fadiga com rela-ção aos valores iniciais, mas não altera atividades
normais
Moderado (p.ex: redução do status de
performance em 1 nível ECOG ou 20% na escala de Karnofsky ou Lansky) ou causa
dificuldade em realizar algumas
atividades
Severa (p.ex: redução do status de
performance em ≥ 2 níveis ECOG ou 40% na escala de
karnofsky ou Lansky)
ou causa da incapacidade de realizar algumas
atividades
Confinamento à cama ou inca-
pacitante
Febre (em ausência de neutropenia)
Nenhum 38,0 – 39,0 ºC 39,1 – 40,0º C> 40,0º C por
< 24 h> 40,0º C >
24 h
tremores, calafrios
Nenhum
Leve, requer tratamento sintomático
(p.ex: cobertor) ou medicação não narcótica
Severo e/ou prolongado,
requer medicação narcótico
Não responsivo à medicação
narcótica_
Suores (diaforese)
Normal Leve e ocasionalFreqüente e ensopado
_ _
Ganho de peso < 5% 5 - < 10% 10 - < 20% ≥ %02 _
Perda de peso < 5% 5 - < 10% 10 - < 20% ≥ %02 _
34 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
6. CONSIDERAÇÕES FINAISNo Brasil, a farmacovigilância encontra-se em desenvolvimento. Diferentes preocupações e ações são adotadas nos diversos estados ou municípios. Ainda não está completamente disseminada a cul-tura da notificação espontânea, principalmente na oncologia, onde a ocorrência de reação adversa passa muitas vezes despercebida por ser considerada como um evento esperado, e, portanto, sem importância significativa. Acreditamos que este seja o momento para a mudança de cultura entre os profissionais da área da oncologia. Precisamos notificar e estimular a notificação das reações observadas durante a ad-ministração da terapia antineoplásica para que os centros de vigilância analisem e interpretem as informações recebidas. O estudo detalhado das notificações encaminhadas permite a identificação e avaliação dos fatores de risco e promove o desenvolvimento de ações preventivas.
34 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA ANVISA GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇOES ADVERSAS EM ONCOLOGIA 35
REFERÊNCIAS
1. BROWN, M.H. Standards of oncology nursing practice. New York: John Wiley & Sons, 1986.
2. DE VItA, V.; HELLMAN, S.; ROSENBERG, S. (Eds.). Cancer: principles and practices of oncology. Philadelfpia: Lippincom, 1984, p. 536.
3. NAtIONAL CANCER INStItUtE (US). Division of cancer treatment and diagnosis. Commom toxicity criteria (Computer Program). Version 3.0 NCI; 2003.
4. ORGANIzAçãO MUNDIAL DA SAÚDE. Organização Pan-Americana da Saúde. Diretrizes para criação e funcionamento de um centro de farmacovigilância. Organização Mundial da Saúde: Brasília, 2005. (Monitorização da segurança dos medicamentos).
5. ORGANIzAçãO MUNDIAL DA SAÚDE. Departamento de medicamentos essenciais e outros medicamentos. A importância da farmacovigilância. Organização Mundial da Saúde: Brasília, 2005. (Monitorização da segurança dos medicamentos).
6. SAAD, ED; HOFF, PM; CARNÉLOS, RP; et al. Critérios Comuns de toxicidade do Instituto Nacio-nal de Câncer dos Estados Unidos – NCI CtC versão 2.0; 1999 - Versão Brasileira de janeiro de 2002. Revista Brasileira de Cancerologia, v.48, n.1, p. 63-96, 2002. Disponível: http://www.inca.gov.br/rbc/n_48/v01/pdf/artigo6.pdf.
7. tENENBAUM, L. Cancer chemotherapy. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1989.
36 GUIA PARA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM ONCOLOGIA ANVISA
GLOSSÁRIOAtaxia: perda da coordenação do músculo.
Disgeusia: alteração do paladar.
Disfagia: dificuldade para deglutir e/ou dor enquanto deglute.
Disfasia: desordem da linguagem, perda completa ou parcial da habilidade de entender, falar, ler e escrever. Falta de coordenação da fala e dificuldade em encontrar palavras compreensíveis.
Fibrose: condição onde consistente tecido fibroso conectivo invade algum órgão, usualmente como conseqüência de inflamação ou outra injúria. Formação do tecido fibroso como processo reparador ou reativo.
Nistagmo: movimento rítmico do globo ocular, involuntário, rápido, o qual pode ser horizontal, vertical, rotatório, ou misto. Pode resultar em algum grau de perda visual.
Neuropatia: uma condição do sistema nervoso que causa dormência, formigamento, queimação, fraqueza. Usualmente inicia nas mãos ou pés e pode ser causada por certos medicamentos utilizados no tratamento do câncer.
Fotofobia: condição em que os olhos ficam mais sensíveis à luz do que o normal.
Síndrome de Stevens Johnson: forma recorrente ou severa de eritema multiforme. Sinais: necrólise tóxica epidermal, epidermólise.
Síncope: perda da consciência e tônus postural causado pela diminuição do sangue no cérebro. Sinal: desmaio.
Xerostomia: boca seca, isto ocorre quando não se produz saliva suficiente.Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico, que ocorre em doses normalmente utilizadas por um paciente, relacionadas às propriedades farmacológicas do medica-mento (OMS,1972).
Reação adversa a medicamento (RAM): qualquer reação nociva e não intencional a um me-dicamento, que ocorre nas doses normalmente usadas no ser humano para profilaxia, diagnóstico, tratamento da doença ou para modificação de uma função fisiológica (OMS,1972). trata-se de uma reação do paciente, na qual fatores individuais podem desempenhar papel importante.
Evento adverso : qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode surgir durante o tratamento com um medicamento, mas que não tem, necessariamente, relação causal com esse tratamento (OMS,1972).
Definição adotada pelo NCI (National Cancer Institute)
Evento adverso (EA): qualquer sintoma desfavorável, sinal, ou doença (incluindo um achado laboratorial anormal) temporalmente associada ou não a um tratamento ou procedimento médico. Um EA pode ser sintomático ou completamente assintomático, clinicamente ou radiograficamente detectado, notado em estudos laboratoriais ou outros testes.
Toxicidade: não está claramente definida pelas organizações reguladoras. tem sido descrita como um evento adverso que tem uma atribuição (conexão ao medicamento) de possível, provável ou de-finitivo. Para minimizar a confusão, o NCI recomenda que o termo toxicidade não seja utilizado.