10
Felipe Paladino CARO LUIZ, De forma sucinta, e em resposta a sua solicitação, o que podemos neste momento informar é de que todas as LEIS (Penal, Civil e do Consumidor) de modo geral não têm abrandada a situação de danos configurados como Responsabilidade Civil da Empresa, seja Soc. Anônima ou limitada. Existe sim uma disputa por valor. Mas os casos de danos sejam patrimonial ou extra patrimonial ou pessoal tem sido bastante agravada e com indenizações determinadas em juízo. Lembro que todas as leis que citamos a seguir são muito abrangentes. Elas não se limitam aos danos pessoais. Mais abrangem todas as formas de ocorrências, na Lei, denominadas de “Objetiva ou Subjetiva” Do desaparecimento de uma carteira portas-cédula, celular, notebook, câmera até os acidentes nas áreas esportivas internas ou externas ou mesmo, um mal-estar por alimentação determinam reparação ao hóspede. Por outro lado, o mercado de advogados encontra no segmento – principalmente, quando se trata da vida humana, uma esteira de ações de grande porte amparadas pela Lei de Reparação de Danos. Nesse aspecto, relembro a importância da transferência do dano para a seguradora. É a principal ferramenta do empresário para não criar passivos de grande porte. Soma-se a este aspecto, o que conversei com você sobre a importância da Consultoria de Seguros via ABIH. Não é um serviço. É um sistema de proteção para Rede de empresários no Estado. Devo ressaltar que a grande maioria das empresas do segmento, quando gestionadas por gerentes financeiros, se preocupa com seguros que chamamos de “CALÇA CURTA” existe, mais não protege totalmente. Ou seja: “Desejamos preço” Para o Hotel, contratar seguros patrimoniais, de responsabilidade civil, seguros de pessoas, seguro saúde para seus funcionários é de fundamental importância. Incentivar seu hóspede a contratar um seguro viagem, além de trazer muitos benefícios ao contratante, proporciona ao anfitrião, na figura do hotel, maior segurança. Há um mito de que todos os seguros são muito onerosos, as pessoas tomam por base, sempre o seguro mais popular, que é o seguro de automóvel, que é de fato, um seguro muito caro em nosso país. No

Socyal Seguros

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Descrição sobre os serviços do seguro

Citation preview

Felipe Paladino

CARO LUIZ,

De forma sucinta, e em resposta a sua solicitação, o que podemos neste momento informar é de que todas as LEIS (Penal, Civil e do Consumidor) de modo geral não têm abrandada a situação de danos configurados como Responsabilidade Civil da Empresa, seja Soc. Anônima ou limitada.

Existe sim uma disputa por valor. Mas os casos de danos sejam patrimonial ou extra patrimonial ou pessoal tem sido bastante agravada e com indenizações determinadas em juízo.

Lembro que todas as leis que citamos a seguir são muito abrangentes. Elas não se limitam aos danos pessoais. Mais abrangem todas as formas de ocorrências, na Lei, denominadas de “Objetiva ou Subjetiva”

Do desaparecimento de uma carteira portas-cédula, celular, notebook, câmera até os acidentes nas áreas esportivas internas ou externas ou mesmo, um mal-estar por alimentação determinam reparação ao hóspede.

Por outro lado, o mercado de advogados encontra no segmento – principalmente, quando se trata da vida humana, uma esteira de ações de grande porte amparadas pela Lei de Reparação de Danos.

Nesse aspecto, relembro a importância da transferência do dano para a seguradora. É a principal ferramenta do empresário para não criar passivos de grande porte. Soma-se a este aspecto, o que conversei com você sobre a importância da Consultoria de Seguros via ABIH. Não é um serviço. É um sistema de proteção para Rede de empresários no Estado.

Devo ressaltar que a grande maioria das empresas do segmento, quando gestionadas por gerentes financeiros, se preocupa com seguros que chamamos de “CALÇA CURTA” existe, mais não protege totalmente. Ou seja: “Desejamos preço”

Para o Hotel, contratar seguros patrimoniais, de responsabilidade civil, seguros de pessoas, seguro saúde para seus funcionários é de fundamental importância. Incentivar seu hóspede a contratar um seguro viagem, além de trazer muitos benefícios ao contratante, proporciona ao anfitrião, na figura do hotel, maior segurança. Há um mito de que todos os seguros são muito onerosos, as pessoas tomam por base, sempre o seguro mais popular, que é o seguro de automóvel, que é de fato, um seguro muito caro em nosso país. No

Felipe Paladino

entanto, os demais seguros ofertados no mercado, possuem um custo muito menor que o benefício oferecido. Cabe ao hotel se conscientizar também que, não basta contratar seguros, é necessário que se tenha um programa de gerenciamento de riscos, rigoroso e permanente.

A rede possui muitos riscos quase nunca observados pela sua gestão, mas que uma Consultoria de Seguros pode ver, tais como:

a) para o hotel: processo por responsabilidade civil por perda de mercadoria, inclusive por queda de energia, danos a equipamentos elétricos, reutilização de alimentos, briga entre funcionários e processos trabalhistas.

b) para o hóspede: intoxicação por alimentos e contaminação por água, quedas e fraturas, roubo de bens, ficar retido no elevador ou sofrer uma queda porque o elevador não se encontra no andar, incêndio por uso inadequado do ferro elétrico, incêndio com cigarro no apartamento e queimaduras no chuveiro;

c) para o funcionário: doenças pulmonares e respiratórias devido à baixa temperatura das câmaras frigoríficas, queimaduras com o uso de solda elétrica, quedas ao utilizar andaimes, cortes profundos na manipulação de alimentos, choques em energia elétrica, cortes com uso de serra elétrica.

Todos esses riscos podem ser cobertos por seguros, e esta não é somente despesa como também investimento em melhoria de imagem e na diminuição de desgastes que não afastem o gestor de seus verdadeiros problemas. É preciso aceitar, ao menos como hipótese, que tais riscos afastam os turistas e que são os determinantes para alguns do desinteresse pela viagem.

Aparentemente, pousadas e hotéis que oferecem o turismo rural, são meios de hospedagem mais vulneráveis a acidentes corporais. Levando-se em consideração que tais empreendimentos encontram-se em lugares diretamente ligados à natureza, acidentes em trilhas, picadas de insetos, ataque de animais silvestres, cachoeiras com pedras escorregadias, entre tantos, seus proprietários devem ter atenção redobrada em relação aos riscos e saber gerenciá-los, atitude que é fundamental para a preservação de seu negócio e também de sua imagem.

Para atuar nesse segmento da proteção aos empresários – nesse fator de risco – é necessário ter expertise e conhecimento pleno do público alvo, da média de lotação, das atividades oferecidas para se conhecer o risco e pontuar a apólice de seguro adequada como forma

Felipe Paladino

de proteção para o empresário do setor, OU SEJA, o seguro de- A -pode não servir para- B-.

Garanto-lhe que a ABIH terá esse plano de trabalho para oferecer a todos.

Então! Em resumo sugiro que:

a) Seja disponibilizado pela rede cópia das apólices existentes para a ABIH (primeira leitura)

b) Respondam prontamente a um questionário técnico com informações que será encaminhada para todos

c) Após a análise de cada caso (cada empreendimento) encaminharemos relatório informando se existe ou não a necessidade de correção da Cobertura de Responsabilidade Civil abrangente ou específica – isto é: restrita ou ampla.

d) Frisamos ainda que o trabalho sugerido de análise e orientação não terá ônus para o associado, mas somente a responsabilidade de pagamento pela contratação do plano se não possuir ou pagamento pro-rata se o seguro for insuficiente e desejar adequá-lo.

SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DE DANOS ACIDENTAIS PARA HOSPEDES.

Ao trazer à baila o assunto Responsabilidade Civil nas Relações Hoteleira, abrange uma altercação nas mais diversas áreas das relações humanas e jurídicas entre o contratante e o contratado na prestação do serviço, expandindo se na esfera Direito Civil e Direito do Consumidor.

Sobre o tema Responsabilidade Civil Segundo o mestre Silvio de Salvo Venosa (Direito Civil, 7ª ed., vol. 4, 2007, p.02) assevera que “em princípio, toda atividade que acarreta um prejuízo gera responsabilidade ou dever de indenizar”, acrescentando que “o termo responsabilidade é utilizado em qualquer situação na qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as conseqüências de um ato, fato, ou negócio danoso”.

Felipe Paladino

A afirmativa mostrada pelo autor, toda atividade humana, que venha acarretar dano a terceiro gera a obrigação de indenização pelo agente responsável, seja o fato danoso causado por dolo ou culpa causando prejuízo material, moral ou por perdas e danos.

O conceito de empresa de hotelaria, os meios de hospedagem e as expressões usualmente consagradas no exercício da atividade, como também, os requisitos exigidos para operação e funcionamento dos estabelecimentos as condições para contratação dos serviços de hospedagem, os quais envolvem aos laços contratuais notadamente do Código Civil em seus arts. 186, 187 e 927 e seguintes e do Código de Defesa do Consumidor.

A prestação de serviço (de donos de hotéis, hospedarias e casas de albergado), é um tema pouco explorado, mas de grande importância, tendo em vista a expansão de um país propício ao turismo durante todos os meses do ano, principalmente na atualidade, após o Brasil ter sido escolhido como a próxima sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas, onde lentes do mundo estão voltadas observando o desempenho no quesito organização.

Responsabilidade Civil nas Relações Hoteleira

Observado o Art. 4º do Decreto nº 84.910, de 15 de julho de 1980, “Considera-se empresa hoteleira a pessoa jurídica, constituída na forma de sociedade anônima ou sociedade por quotas de responsabilidade limitada, que explore ou administre meio de hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira”.

Na celebração de um contrato de hospedagem, existem direitos e obrigações de ambas as partes tendo que haver respeito multo, com risco do não cumprimento das cláusulas em indenização moral ou material pelo ente infrator.

Segundo Dispõe o artigo 1.521, do Código Civil, em seu Inciso IV que: “são também responsáveis pela reparação, os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos.”

O interessante desse artigo é que o legislador se preocupou de tal modo em garantir a integridade física e moral do hóspede em qualquer estabelecimento que receba remuneração. Não é difícil encontrar, pessoas em época festivas (micareta, São João e Festas

Felipe Paladino

ecumênicas) transformem suas residências em hospedarias improvisadas, aglomerando pessoas no mesmo espaço físico.

Logo, ao gerir renda por serviço prestado a terceiro o hospedeiro tem a responsabilidade de vigilância constante em relação aos hospedes e seus pertences admitidos no ambiente, independendo do tamanho do empreendimento.

A presunção da culpa, tanto pode ser “in vigilando” em razão do dono do estabelecimento ser obrigado a uma vigilância permanente do comportamento de seus clientes, como “in eligendo” , porque impõe ao empresário um cuidado no dever de cautela no trato para com seus clientes e funcionários que admite.

O artigo 932 parágrafo IV Ratifica a responsabilidade pela reparação civil - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

A responsabilidade de reparação aos danos sabiamente a doutrina define como objetiva, segundo o artigo 927 parágrafo único do Código Civil, seja pela imposição do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor.

Nos articulares de Carlos Roberto Gonçalves (Responsabilidade Civil, ed. Saraiva, 2005, p. 21): " diz-se que a responsabilidade é legal ou objetiva, porque prescinde da culpa e se satisfaz apenas com o dano e o nexo de causalidade."

Neste mesmo sentido, ainda afirma o mestre Silvio Rodrigues (Direito Civil, vol. IV, ed. Saraiva, 19ª Edição, 2002, p. 11)

“Na responsabilidade objetiva a atitude culposa ou dolosa do agente causador do dano é de menor relevância, pois, desde que exista relação de causalidade entre o dano experimentado pela vítima e o ato do agente, surge o dever de indenizar, quer tenha este último agido ou não culposamente."

A responsabilidade objetiva dos donos de estabelecimentos hoteleiros pode ser explicada pela teoria do risco, ou seja, esta atividade deverá por si só representar um risco, por acolher pessoas com costumes, comportamento e ideologia diferenciada, acarreta uma potencialidade de causar danos, seja por sua própria natureza ou pelos meios pelos quais é executada e os clientes admitidos.

Felipe Paladino

Uma vez mais, seguindo os ensinamentos do Mestre Silvio Rodrigues (Direito Civil, vol. IV, ed. Saraiva, 19ª Edição, 2002, p. 12):

"A teoria do risco é a da responsabilidade objetiva. Segundo essa teoria, aquele que, através de sua atividade, cria risco de dano para terceiros deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamento sejam isentos de culpa. Examina-se a situação, e, se for verificada, objetivamente, a relação de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano experimentado pela vítima, esta tem direito de ser indenizada por aquele."

Alavanca- se em tese através da teoria do risco, a vulnerabilidade do consumidor diante da relação de consumo hoteleiro, pondo esse cliente à parte frágil do negocio jurídico. A hipossuficiência do destinatário final neste caso em tese, “o consumidor”, é aberta uma série de prerrogativas para suprir esta suposta "fraqueza.

Conforme apostilou Silvio de Salvo Venosa (Direito Civil, 5ª ed., vol. 4, 2005, p.19)

" Em síntese, cuida-se da responsabilidade sem culpa em inúmeras situações nas quais sua comprovação inviabilizaria a indenização para a parte presumidamente mais vulnerável."

Ao classificar o hóspede como a parte vulnerável da relação jurídica de consumo, também o legislador, inverteu o instituto da inversão dos ônus da prova, tendo em vista a culpa presumida do prestador de serviços, no caso os hospedeiros, imposta pelo instituto da responsabilidade objetiva, de maneira especial o art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, diz:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

Matérias vinculada no dia 22 de janeiro de 2011, na edição do Jornal Nacional na Rede Globo em cadeia nacional, como o tema “ COMO O HOTELEIRO PODE EVITAR EPISÓDIO INDESEJADOS EM CASO DE FURTO NO ESTABELECIMENTO”, mostra que a rede hoteleira aponta o furto de notebook a principal ocorrência registradas pelos hospedes, seguida de celular e maquina fotográfica.

Felipe Paladino

Neste caso os hospedeiros tem a responsabilidade objetiva como prever o artigo 649, do caput e parágrafo único, disciplina que:

Art. 649. Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem.

Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos.

Algumas redes hoteleiras adotam a tática de fixar avisos, ressaltando que não se responsabiliza pelos pertences dos hospedes. Contudo o Tribunal de justiça do rio de Janeiro, já decidiu que tal aviso é ineficaz, pois o simples aviso não tem o cordão de postergar a regra geral, (RTRJ, 172/177).

É importante que o hospedeiro observados os horários fixados para entrada (check-in) e saída (check-out) de toda a bagagem do hospede, assinando assim um termo de declaração. Para tal, os meios de hospedagem utilizarão, obrigatoriamente, as informações previstas nos impressos Ficha Nacional de Registro de Hóspedes - FNRH - e Boletim de Ocupação Hoteleira – BOH.

A exclusão da responsabilidade civil do hospedeiro, dispõem nos seguintes artigos:

Art. 642. O depositário não responde pelos casos de força maior; mas, para que lhe valha a escusa, terá de prová-los.

Art. 650. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos hospedeiros, se provarem que os fatos prejudiciais aos viajantes ou hóspedes não podiam ter sido evitados.

Com a entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, acarretou a mudança da jurisprudência, por não ter incluído o caso fortuito e a força maior na relação das excludentes admitidas.

O art. 14 do Código de Defesa do Consumidor CDC dispõe que: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores, por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.

Nos artigos 642 e 650, o legislador, buscou sabiamente proteger o hospedeiro não deixando a onerosidade excessiva prevalecer nos

Felipe Paladino

contratos entre as partes, podendo excluir sua responsabilidade relativamente aos bens dos hóspedes, quando celebrado convenção com o hóspede, desde que não seja abusiva; provando que o prejuízo não poderia ser evitado, por ter ocorrido por força maior ou caso fortuito. A exemplo um incêndio provocado por um raio, um assalto a mão armada. Quando a culpa é exclusiva do hóspede que esqueceu a porta do quarto aberta ou a carteira na beira da piscina não existe responsabilidade do hotel. No caso de uso de chave falsa por um terceiro a responsabilidade é do hospedeiro.

Quando houver furto ou extravio de qualquer objeto do hóspede, o mesmo deve procurara recepção, comunicar o fato e fazer um Boletim de Ocupação Hoteleira, como também registrar um Boletim de Ocorrência Policial, para eventos futuros.

Nas maiorias das vezes, para evitar escândalo que venha denegrir a imagem do hotel, a empresa de imediata busca sanar o problema. Vale ressaltar que a oferta de gratuidade oferecida ao cliente, não exime a responsabilidade civil do hospedeiro.

As ações de reparação de danos impetradas contra hotéis, buscando o ressarcimento e a responsabilidade civil do estabelecimento, os mais comuns são: Dano material, dano moral e perdas e danos.

Silvio de Salvo Venosa (Direito Civil, 5ª ed., vol. 4, 2005, p.19) classificou os danos materiais como uma despesa que foi gerada por uma ação ou omissão indevida de terceiros, ou ainda, pelo que se deixou de auferir em razão de tal conduta, caracterizando a necessidade de reparação material dos chamados lucros cessantes.

Quanto ao dano moral, Silvio Rodrigues (Direito Civil, vol. IV ed. Saraiva, 19ª Edição, 2002, p. 12) define como a caracterização da ocorrência dos danos morais depende da prova do nexo de causalidade entre o fato gerador do dano e suas conseqüências nocivas à moral do ofendido.

Cabe ao reclamante provar com exatidão as condições nas quais ocorreram às ofensas à moral, boa-fé ou dignidade da vítima, as conseqüências do fato para sua vida pessoal, incluindo a repercussão do dano e todos os demais problemas gerados reflexamente por este, ou mais pessoa para caracterizar o dano moral está na pressuposta da ofensa da dignidade da pessoa humana.

Destarte ao dano patrimonial, DINIZ, Maria Helena. Direito civil brasileiro - Responsabilidade civil. São Paulo: Saraiva. v. VII. 2006. Resume que nessa espécie de indenização, prima-se pela reparação

Felipe Paladino

dos danos emergentes – tudo aquilo que se perdeu – bem como o que, devido ao incidente, foi impossibilitado de ganhar – lucros cessantes. A fim de tratar a matéria o legislador editou o seguinte dispositivo cívil:

"Art. 402. Salvo as disposições expressamente previstas em lei., as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar."

Os aspectos tratados sobre Responsabilidade Civil nas Relações Hoteleira, busca orientar os hóspedes, independente que seja consumidor ativo de uma grande rede hoteleira ou uma simples hospedaria.

Os direitos quando aos ressarcimentos pela reparação dos donos materiais ou moral, são intangíveis e de responsabilidade do hospedeiro, cabendo ao mesmo o ônus da prova. Salvo as disposições expressamente previstas em lei.

GARANTIA DO SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL

Para casos mais abrangentes e pontuais existem coberturas adicionais.

OBJETO DO SEGURO

O presente seguro tem por objetivo reembolsar o Segurado, até o limite máximo da importância segurada, das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela Seguradora, relativas a reparações por danos involuntários, pessoais e/ou materiais causados a terceiros, ocorridos durante a vigência deste contrato e que e corram de riscos cobertos nele previstos. Inclui-se como segurado: seus empregados, assalariados ou mandatários, no exercício da atividade ou na qualidade expressamente referida nas Condições Especiais Para efeito deste seguro, entende-se por: a) dano pessoal, qualquer doença ou dano corporal sofrido por pessoa, Inclusive morte ou invalidez; b) dano material, qualquer dano físico à propriedade tangível, inclusive todas as perdas materiais relacionadas com o uso dessa propriedade.

Felipe Paladino

Se o dano a terceiro tiver por fato gerador um evento contínuo, repetido ou ininterrupto, e não havendo concordância entre o Segurado e a Seguradora sobre o dia em que o mesmo ocorreu, fica estipulado que: a) o dano pessoal será considerado como ocorrido no dia em que, pela primeira vez, o reclamante tiver consultado médico especializado a respeito daquele dano; b) o dano material será considerado como ocorrido no dia em que a existência do mesmo ficou evidente para o reclamante, ainda que a sua causa não fosse conhecida. Fica ainda garantida a responsabilidade civil extracontratual imputável ao Segurado, até ao limite do capital fixado no Quadro I, ou outro que venha a ser contratado e indicado nas Condições Particulares, por: a) Furto ou roubo de vestuário ou de outros objetos pessoais dos clientes, quando confiados à guarda do Segurado, nos respectivos vestiários, contra a entrega do receptivo recibo, senha ou chapa de recepção; b) Deterioração, destruição, furto ou roubo das bagagens dos hóspedes, quando confiadas à guarda do Segurado, contra entrega do respectivo recibo, senha ou chapa de recepção; c) Danos causados a veículos automóveis confiados à guarda do Segurado, nas garagens ou parques de estacionamento privativos, com controlo de acessos, do estabelecimento hoteleiro, sob vigilância do Tomador do Seguro, incluindo os danos provocados pela sua deslocação nesses mesmos parques, desde que conduzidos por empregados do Segurado, devidamente habilitados com carta de condução;

e) Roubo, com arrombamento, de joias ou de outros objetos preciosos, que tenham sido depositados nos cofres existentes para utilização dos clientes, excluindo, no entanto, dinheiro e outros valores monetários. Cheques, cartões de crédito ou débito ou ainda de quaisquer outros objetos que se encontrem no interior das roupas e/ou malas que tenham sido entregues à guarda do estabelecimento, nos termos da alíneas a) do nº 3 do Artigo 2º desta Condição Especial.