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Jornal "Soletrar" - Instituto Diocesano de Formação João Paulo II - Edição de setembro
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ANO
LETIVO
2013
2014
Outubro 2013
N.º 1
BOLETIM INFORMATIVO - INSTITUTO DIOCESANO DE FORMAÇÃO JOÃO PAULO II
EDITORIAL
Foi no dia 13 de setembro que se celebrou a abertura do ano letivo 2013/2014 no Instituto Diocesano de Formação João Paulo II. Uma cerimónia marcada pelos discursos do Representante do Minis-
tro de Educação de São Tomé, da Embaixadora de Portugal, Maria
Paula da Silva Cepeda, do Sr. Bispo da Diocese, Dom Manuel Antó-
nio Mendes dos Santos e da diretora da nossa escola, Isaura Carva-lho. O dia também foi marcado pela atribuição dos certificados aos alunos que se destacaram no ano letivo anterior, tanto pelo bom comportamento como também pelo aproveitamento e, por fim, foram entregues os diplomas aos alunos finalistas. A atribuição do prémio de mérito pelo BISTP ao aluno António Lima, que atualmente se encontra em Taiwan, foi o ponto mais alto da cerimónia, marcando a sua presença com um discurso lido pelo seu pai, transmitindo força e coragem aos alunos que continuam na nossa escola. As alunas finalistas Vanise Santana e Olinda Silva discursaram agradecendo aos colegas, encarregados de educação, professores e funcionários por todo o carinho e encorajamento: “Temos que vos dizer que só chegámos aonde chegámos, através da nossa simplici-dade e respeito para com todos. É fundamental sermos unidos e humildes, pois, assim aprendemos cada vez mais, possibilitamos uma maior abertura no nosso meio e na nossa comunidade escolar.” Foi com estes testemunhos, entre outros, e com muita força de vontade que iniciámos o novo ano letivo. Esperemos que este ano letivo seja marcado por muita prospe-ridade, muito sucesso e muito empenho de toda a comunidade esco-lar. Bom ano letivo!
Cátia Vera Cruz - 11º CTA
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Pelo Aluno de Mérito!
“Enquanto finalista, tenho a dizer que esta longa jornada que percorri desde o 5º ano foi marcada por momentos de
alegria, desânimo e superação. O IDF ficará guardado para sempre na minha memória uma vez que foi aqui que fiz
amizades, conheci professores e funcionários que tornaram este local a minha segunda casa e onde obtive conheci-
mentos que levarei sempre comigo pela vida fora. Todas estas experiências serviram para a minha formação tanto
intelectual como espiritual. Durante este longo período surgiram diversos obstáculos que por vezes pareciam insu-
peráveis, mas como tinha um sonho e uma meta a ser atingida não desisti e mantive o meu coração confiante até ao
fim.
Agora estou a percorrer uma nova jornada, que espero concluir em breve e regressar ao meu país que tanto amo.
Sei que aparecerão espinhos pelo caminho, mas como o meu desejo de vencer é mais forte, não desistirei.
Aos que estão a iniciar agora os seus estudos, desejo –lhes boa sorte e muita perseverança.
Quero, nesta oportunidade, manifestar os meus sinceros agradecimentos em especial aos meus pais, aos meus pro-
fessores, à Direção da Escola e a todos aqueles que participaram e contribuíram de forma positiva para o meu êxito
escolar e pessoal.
Ainda à Direção da Escola, em especial à Dr.ª Isaura Carvalho, ficarei eternamente grato por toda a manifestação de
carinho, amizade e pelo honroso prémio que me foi concedido.
Obrigado por tudo!”
António Lima
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FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO, REDAÇÃO E CONCEPÇÃO GRÁFICA: Instituto Diocesano de Formação João Paulo II
EQUIPA COORDENADORA: Raquel Gonçalves, Rosa Alves, Gláucio Capela e Berta Gonçalves.
COLABORADORES: Comunidade Educativa
TIRAGEM: 100 exemplares
IMPRESSÃO: Reprografia do Instituto Diocesano de Formação João Paulo II
BOAS-VINDAS!
Uma visita de boas-vindas!
No início do ano letivo, recebemos a ilustre visita do Dr. Miguel Anacoreta Correia, filho do Embaixador Anacoreta Correia,
que foi o impulsionador da construção do IDF, juntamente com o apoio financeiro do Ministério da Educação de Portugal.
Orgulhamo-nos de saber que a mãe do Dr. Miguel Anacoreta Correia foi a primeira Diretora Pedagógica do IDF, em 1993.
A nossa atual Diretora, Dra. Isaura Carvalho, fez uma visita guiada pela nossa Escola, passando pelos espaços comuns e termi-
nando na sala 9, onde o 9º ano da turma A os recebeu de forma calorosa.
Um bem-haja por parte de toda a comunidade educativa!
Associação de Estudantes
Neste ano letivo, a Associação de Estudantes pretende dar continuidade aos seus projetos e realizá-los de forma mais rápi-
da e eficaz. Projetos presentes na “carteira” da A.E.I.D.F. são por exemplo:
- Pintura e cobertura dos campos desportivos; reparação da estrada de acesso à escola; aquisição de espelhos para a casa
de banho; criação da claque para as equipas desportivas do IDF; criação de uma parceria com o Gabinete de Psicologia, de
modo a ajudar os alunos nas escolhas das suas áreas para o Secundário e para o Superior; dinamização da Escola através
do programa 100% IDF, ou através da criação de novos programas de informação e com debates; realização de atividades
comemorativas relativas a datas importantes.
Em suma, a Associação de Estudantes estará disponível para ouvir sugestões e para ajudar na construção de uma Escola
melhor.
Um bom ano letivo!
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Ler e Estudar
A nossa biblioteca/Biblioteca do Idf
Espaço aberto a toda a comunidade educativa a nossa biblioteca apresenta uma oportunidade para momentos não só de estu-
do como de lazer.
Terá à disposição mensalmente uma gama de livros que o levarão a viajar noutros místicos e curiosos mundos.
Funcionará também como espaço interativo onde se promoverá a projeção da sétima arte e o conhecimento de vidas são-
tomenses.
As atenções estarão focadas no desenvolvimento das relações humanas bem como no desabrochar do próprio eu.
Esperamos a vossa participativa presença!
Oferta de Livros
No dia 23 de setembro, a nossa escola recebeu uma agradável
surpresa. A Escola Superior de Educação de Santarém ofereceu-
nos uma enorme variedade de livros que irão enriquecer a nossa
biblioteca, para além de contribuir para a criação de uma biblio-
teca solidária.
A distribuição e a seleção destes livros contou com a colaboração
do Departamento de Línguas e do Departamento de Expressões,
bem como os alunos do 11º CTB/LH que também participaram
nesta importante tarefa.
O IDF pretende também partilhar esta oferta com outras escolas
de São Tomé, desta forma iremos distribuir alguns dos livros por
outras bibliotecas, que também poderão disfrutar dos mesmos.
Gostaríamos de agradecer ao Professor António Guimarães e ao
diretor da Escola Superior de Educação de Santarém, Jean Cam-
piche, por nos ajudarem a construir uma escola melhor, desen-
volvendo o gosto pela leitura e aprofundando o conhecimento.
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S. Tomé, 15 de setembro
Seguimos para o Sul, para Angolares, uma cidade, à maneira de STP, onde era o último dia de festa.
O caminho era sinuoso e ouvia-se o ranger dos pneus, pas-sando por pequenas povoações, onde os homens circulavam de forma catastrófica na estrada. As mulheres, divididas, umas pelas estradas, com as crianças às costas, outras, den-tro do ribeiro a baterem os tecidos nas pedras escuras. Uma enchente de gente. As crianças, algumas sentadas na ber-ma, com os pés de um barro seco.
O resto do caminho era húmido. Do lado direito a vegetação, do esquerdo o Atlântico, voltado para a África Continental.
Almoçamos numa das poucas roças que estão remodeladas. Há um trabalho social. Há uma casa com histórias, que podemos fazer parte delas, mesmo que afastados por 200 anos.
No fim do almoço descemos à cidade. Eufórica. Audível. Chuvosa. Lamacenta. Aplaudiam as danças, a capoeira, olha-vam-nos com olhos de azeitona e com alguma simpatia.
Senti-me forasteiro, mas sem receios.
Descemos até à Baía de Angolares e ficámos idiotas com a calma com que a água lambia o areal negro. Parece que as fotos nunca conseguem transmitir a imensidão das coisas. A atmosfera envolvente de todo o cenário. Ao fundo um pesca-dor tirava a canoa com dois toros. Apetecia-me ajudá-lo, mas deu-me mais prazer ver. Ao longe. Silencioso.
De regresso, entre a chuva e o breu, caranguejos deambula-vam na Nacional. Sorte deles, pois se fosse de dia, vinham no carro e terminavam escaldados na panela cá de casa.
GCapela
Memórias
MEMÓRIAS?!
Já pensaram que tudo o que escreverem um dia poderá
fazer parte das vossas memórias? Que tudo aquilo que
viveram, que tudo aquilo que sentiram será eternizado
pela escrita?
Se quiserem participar, entrem em contacto connosco!
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O ARRANQUE!
Foi com grande entusiasmo que no dia 21 de setembro,
às 11h, o programa 100% IDF retomou a sua edição.
Os professores Gláucio Capela e Rosa Alves, novos ele-
mentos da nossa escola, foram os convidados especiais
desta primeira emissão, acompanhados pela equipa resi-
dente, Cátia Vera Cruz, Ana Vera e os professores Nuno
Pereira, Nuno Santos e Lúcio Carvalho.
Neste programa poderão acompanhar as novidades da
nossa escola e as melodias selecionadas pelos nossos
colaboradores.
Não percam o 100% IDF. Acompanhem-nos todos os
sábados na hora indicada na Rádio Jubilar!
100% IDF—Rádio Jubilar
A NÃO PERDER!!!
100% IDF aos sábados
das 11 às 12 horas!
Sintoniza-te em 91.9 FM
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Dia da mulher são-tomense
Para começar, é melhor recuarmos até ao passado, até o dia 19 de setembro de 1974, a origem deste assunto.
O que há de tão importante com esta data? Como todos sabemos, São Tomé estava a passar por uma fase de libertação,
a independência estava eminente. As mulheres são-tomenses sentiram a necessidade de se afirmarem como uma parte
de São Tomé. Neste dia, um grupo de mulheres manifestou-se à frente do palácio do povo, defendendo a igualdade das
mulheres. Uma delas, Alda Espírito Santo, esteve presente e posteriormente tornou-se num símbolo da mulher são-
tomense.
Apesar de esta manifestação não ter resultado nos objetivos mais desejados, foi a primeira manifestação feminina, teve
como significado o despertar da voz interior das mulheres, que lutaram e ainda lutam pelo seu lugar na sociedade, como
é o caso de Maria das Neves, que através da política provou ao país que as mulheres têm as mesmas capacidades profis-
sionais que qualquer outro homem.
Passados trinta e nove anos, qual o papel da mulher são-tomense e qual o impacto desta manifestação? São Tomé,
como todos os outros países, no passado, valorizou mais os homens do que as mulheres. Atualmente, a mulher são-
tomense já conquistou uma parte da igualdade desejada no passado, mostrando no mundo profissional a sua compe-
tência. Como exemplos, temos no jornalismo (São Deus Lima), na poesia (Alda Espírito Santo), na literatura ( Olinda
Beja), na justiça , na política e muito mais.
Infelizmente, a maior parte das mulheres é desvalorizada, deixadas para trás com uma casa e filhos para cuidar. É esta a
importância de 19 de setembro, a esperança de um futuro melhor. Do passado até agora, houve mudanças, esperemos
que o dia de hoje, no futuro, não passe de um passado distante. Esperemos que no futuro, a maioria se torne minoria,
que todas as classes sintam a evolução da valorização do papel da mulher.
Alberto Abreu
João Simão 11º CTB/LH
TU PODES ESCREVER!
SE EU VIVESSE NUM QUARTO SEM JANELA E SEM PORTA No começo, arranjaria um amigo imaginário, com quem pudesse falar sobre os assuntos que em cada dia apareciam, como por magia, dentro da minha cabeça.
Antes de sucumbir à minha própria loucura procuraria, dentro de mim, as lembranças que me manteriam com a sanidade normal, de cada lembrança do mundo exterior e das perguntas que permaneceriam por responder, deixadas para trás como poeira que se apodera de uma casa após ela ficar deserta.
Inventava um amor só meu, um amor fruto do meu coração e da imaginação. Os seus olhos seriam cristais castanhos, que brilhariam ao toque da luz, o cabelo macio como a seda, de nariz empinado e um sorriso maroto. Seria alto e forte como o tronco de uma árvore, seria o meu melhor amigo e meu enamorado.
À medida que passava o tempo, mergulhava no meu mundo, num mundo feito à minha imagem, onde viveria aventuras alucinantes, onde a melancolia não era bem-vinda e a tristeza fechada na masmorra.
Mas ninguém pode viver sem ele, nem muito menos respirar sem ele e quando nos encontramos no momento de ceder à sua necessidade, não nos restam mais forças para um último suspiro. O meu mundo empobreceria e a escuridão tomaria posse, a melancolia ultrapassaria os portões à força e a tristeza escapava da sua prisão. E eu?
Tomada pela loucura e insanidade, procurando aquele que me foge, prendo-me às minhas memórias, às perguntas, pelas quais não terei resposta, permanecem anónimas e quando não me restam forças para o tal suspiro, a coragem dos meus pulmões de se encherem, regressa, e agarro-me àquele último suspiro e tento com a força que me resta chamar o seu nome …
Laurice Carvalho 10º CT
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CONVIVIO
Ainda no âmbito das celebrações realizou-se no domin-
go, 29 de setembro, um saboroso encontro na roça São
João, em Angolares.
Entre paisagens, conversas e petiscos sentiu-se num
tempo presente a importância de reviver e valorizar o
tempo passado.
Foi com enorme alegria que o vasto grupo que aqui
aportou se animou ao som do Bulauê dos Angolares, por
um lado confraternizando harmoniosamente e por outro
reconhecendo a história de um país com História.
Nacionalização das Roças
CONFERÊNCIA NO IDF
O IDF não ficou indiferente ao feriado de 30 de setembro. No final da tarde de sexta-feira proporcionou uma palestra a
toda a comunidade escolar sobre a simbologia deste dia tendo como convidados, o professor José Carlos Trigueiros, o
engenheiro Henrique Costa, o engenheiro Celso Garrido e a professora Marina Graça. Neste evento ficámos a conhecer o
passado das nossas roças desde a sua criação até ao período da independência. Soubemos a importância que outrora tive-
ram na economia do nosso país e debatemos estratégias da sua recuperação, uma vez que muitas delas se encontram em
degradação.
Contámos com a participação do corpo docente e dos alunos do ensino secundário. Esperemos continuar a ter este tipo de
iniciativas para aprendermos mais e melhor.
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Soletra “Matemática!”
Na secção de Matemática do Soletrar poderás
descobrir que a Matemática tem uma história e
que há resultados matemáticos bem engraça-
dos.
Esperamos, que nos teus tempos livres, as
sugestões aqui propostas te possam divertir e
te tragam novos conhecimentos.
A tua opinião é muito importante, por
isso se t iveres a lguma i d e i a
para colocar no jornal não hesi- tes em
participar.
Convidamos-te a resolver todos os
meses o Problema do Mês. Neste jornal
poderás consultar o problema do mês de
Outubro. Em todas as edições encontrarás o
problema de cada mês e a resolução do mês.
PROBLEMA DO MÊS DE OUTUBRO 2.º CICLO
Um autocarro escolar transporta um grupo de alu-
nos.
Na primeira paragem, saíram 3 e entraram 6.
Na segunda paragem, desceu a Catarina e os seus
3 irmãos.
Na última paragem, desceram 13 alunos.
Quantos alunos havia no autocarro antes da primei-
ra paragem?
Mostra como chegaste à tua resposta.
A MAGIA DOS 4 QUATROS
É extremamente interessante observar
como, através de 4 quatros, se podem expres-
sar todos os números inteiros, desde o zero ao
número 100. Assim,
Experimenta também descobrir os restantes
números. DIVERTE-TE!!
4444 − = 0
44
44= 1
4
4
4
4+ = 2
4
444 ++ = 3
4
444
−+ = 4
4
444 +×
= 5
4
4
44+
+
= 6
4
4
44− = 7
PROBLEMA DO MÊS DE OUTUBRO
3.º CICLO
O Rui encontra-se no degrau do meio de uma esca-
daria da Roça Agostinho Neto.
Sobe 5 degraus, desce 7, volta a subir 4 e depois
mais 9 para chegar ao último degrau.
Quantos degraus tem a escadaria?
Mostra como chegaste à tua resposta.
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A Nossa Escola!
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CO - FINANCIADORES:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E FORMAÇÃO STP
São Tomé e Príncipe
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CAMPO DE MILHO - SÃO TOMÉ
CAIXA POSTAL 636
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
TEL. / FAX (+239) 222 11 94