57
7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 1/57  i SEGURANÇA NO TRABALHO PARA ATIVIDADES DE PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA ALEXANDRE PETUSK FILIPE 2010

Sst Processamento Mecanico de Madeira

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 1/57

  i

SEGURANÇA NO TRABALHO PARA ATIVIDADES DE

PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA

ALEXANDRE PETUSK FILIPE

2010

Page 2: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 2/57

Page 3: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 3/57

  1

 

Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos daBiblioteca Central da UFLA

Page 4: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 4/57

 

ALEXANDRE PETUSK FILIPE

SEGURANÇA NO TRABALHO PARA ATIVIDADES DE

PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA

Dissertação apresentada à Universidade Federal deLavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia da Madeira, área deconcentração processamento da madeira, para obtençãodo título de “Mestre”.

APROVADA em 28/05/2010.

Prof. Dr. José Reinaldo Moreira da Silva UFLAProf. Dr. Giovanni Francisco Rabelo UFLAProf. Dr. Nilton César Fiedler UFES

Prof. Dr. José Reinaldo Moreira da SilvaUFLA

(Orientador)

LAVRAS – MG BRASIL2010

Page 5: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 5/57

 

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente ao Arquiteto Universal por nos criar e

 proporcionar as oportunidades para que cresçamos e busquemos a nossa

evolução, tanto no campo da intelectualidade quanto no campo espiritual.

Também a todos que contribuíram direta e indiretamente para realização deste

trabalho. A minha Família que me apoiou nos momentos mais necessários. O

apoio dos amigos que são a Família que podemos escolher e que sem o auxílio

deles não temos forças para vencer as batalhas da vida.

À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas gerais pela

concessão da bolsa e pelo apoio financeiro para execução do projeto.

Page 6: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 6/57

 

SUMÁRIO

RESUMO .......................................................................................................................... 2 

ABSTRACT ...................................................................................................................... 3 

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4 

2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 5 

3. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 6 

3.1 Setor moveleiro ....................................................................................................... 6 

3.2 Ergonomia ............................................................................................................... 8 

3.3 Ambiente e legislação trabalhista ............................................................................ 8 

3.4 Ambiência sonora .................................................................................................. 10 

3.5 Ambiência luminosa .............................................................................................. 13 

3.6 Ambiência térmica ................................................................................................ 14 

4. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 19 

4.1 Descrição do local de coleta .................................................................................. 19 

4.2 Coleta de dados ..................................................................................................... 20 

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 25 

5.1 Ambiente de trabalho ............................................................................................ 25 

5.2 Ruído ..................................................................................................................... 29 

5.2.1 Dosimetria ...................................................................................................... 29 

5.2.2 Ruído instantâneo .......................................................................................... 30 

5.3 Iluminância ............................................................................................................ 34 

5.4 Conforto térmico –IBUTG .................................................................................... 36 

6. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 37 

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 38 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 39 

ANEXOS ......................................................................................................................... 42 

Page 7: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 7/57

RESUMO

FILIPE, Alexandre Petusk . Segurança no trabalho para atividades de

processamento mecânico da madeira. 2010 51p. Dissertação (Mestrado em

Ciência e Tecnologia da Madeira) – Universidade Federal de Lavras MG.

A segurança do trabalho é de grande importância em todas as atividades.

A ausência de ações que visem diminuir os acidentes do trabalho faz com que o

funcionário seja afastado de suas atividades, aumentando o custo de produção. A

legislação brasileira por meio de regulamentação específica como a NormaRegulamentadora Nº15 – NR 15, Anexo 1, Atividades e Operações Insalubres

Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determina que o

ambiente de trabalho esteja adaptado aos funcionários minimizando os riscos

físicos, químicos e ergonômicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura

organizacional dos ambientes e os parâmetros físicos ruído, iluminância e

temperaturas dos postos de trabalho em fábricas de móveis. O ambiente de

trabalho nas fábricas de móveis consistiu de uma estrutura complexa composta

 por máquinas, bancadas e equipamentos, necessários para execução das tarefas.Também observou a utilização de produtos químicos como seladoras, vernizes,

solventes para limpezas, adesivos. Para o parâmetro físico ruído ficou constatado

que algumas máquinas emitiram valores acima do que estabelece a NR 15 que é

de 85 dB. Os valores de ruído permaneceram no intervalo de 66,00 a 117,40 dB.

Já para iluminância, foram coletados valores em lux (unidade de medição da

intensidade luminosa) tanto abaixo, quanto acima dos valores especificados pela

norma brasileira NBR 5413 (ABNT, 1992). Valores abaixo podem incorrer em

fadiga visual, vermelhidão da conjuntiva entre outros sintomas. As temperaturas permaneceram abaixo do limite estipulado pela norma de 26,7 ºC, situação

desejável para conforto dos operários na execução de atividades considerada

moderada que é o caso de fábrica de móveis.

Palavras-chave: Ergonomia, segurança no trabalho, processamento mecânico.

Page 8: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 8/57

ABSTRACT

FILIPE, Alexandre Petusk . Segurança no trabalho para atividades de

processamento mecânico da madeira. 2010 51 p. Dissertação (Mestrado em

Ciência e Tecnologia da Madeira) – Universidade Federal de Lavras MG. 

Key words

Page 9: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 9/57

1.  INTRODUÇÃO

À medida que a sociedade evolui, seus hábitos e o acesso aos

conhecimentos também evoluem. Assim, cada vez mais os trabalhadores

reclamam das condições de vida e, principalmente, das condições laborais.

Tanto por razões econômicas como sociais, os cidadãos estão exigindo melhores

condições de trabalho. Essa atitude é observada nos diversos países.

As tarefas industriais principalmente aquelas de chão-de-fábrica se

desenvolvem com exposição do operador aos ruídos e as vibrações e sobreefeitos do micro clima e da iluminação dos ambientes de trabalho. Toda essa

caracterização é denominada “ambiência física” (Millanvoye, 2007). Nas fábricas

de móveis as operações de processamento mecânico da madeira oferecem

situações de riscos aos operários. A falta ou até mesmo a retirada dos

equipamentos de proteção coletiva (EPC) das máquinas causa acidentes. Já os

equipamentos de proteção individual (EPI) são pouco usados pelo incômodo

gerado ao trabalhador.

Os casos de acidentes de trabalho, com ou sem afastamento que dependede sua gravidade, são comuns em marcenarias. Este fato é devido as máquinas

exigidas para o processo de fabricação de móveis. O afastamento provoca atraso

na entrega de produtos, além de prejuízo aos cofres públicos. Segundo

MTE 2009, é sabido que tal prejuízo atinge cifras de 5 bilhões de reais por ano

 pois, a partir do 16º dia de afastamento o pagamento do salário fica a cargo do

INSS. Também, acontecem aposentadorias precoces de funcionários.

 No Sul de minas gerais, as fábricas de móveis são consideradas

familiares, cuja estrutura fabril é simples, composta por numero reduzido demáquinas equipamentos e funcionários. Este maquinário, na maioria das vezes, é

considerado obsoleto. O conhecimento da real situação do setor no que tange os

 parâmetros estabelecidos pela norma brasileira é de grande valia na predição e

 prevenção de acidentes.

Page 10: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 10/57

2. OBJETIVOS

 

Avaliar a estrutura organizacional do ambiente de trabalho em fábricas

de móveis. 

  Avaliar parâmetros físicos dos postos de trabalho em fábricas de

móveis.

Page 11: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 11/57

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Setor moveleiro

O setor moveleiro de Cruzília/MG possui 08 fábricas de móveis

sindicalizadas. Na cidade de Lavras/MG, o setor apresenta uma situação ainda

 pior, pois não há um sindicato forte e atuante, uma vez que as marcenarias não

são organizadas politicamente. Um fator que dificultou realizar o trabalho em

um número maior de fábricas foi justamente a desunião dos proprietários.

As indústrias brasileiras produtoras de móveis de madeira maciça e painéis são predominantemente micro e pequenas empresas. Sua capacidade

 para investimentos em máquinas e em tecnologia é limitada. Suas cadeias

 produtivas estão fundamentadas na utilização de espécies provenientes da região

amazônica, de madeira de reflorestamento ou de painéis (Jankowsky, 2004).

Segundo Fiedler (2001), o risco de acidentes é consideravelmente alto, pois

existem máquinas de cortes, como serras circulares, que além de propiciar

 possibilidade de amputação de membros superiores, emitem ruídos que

dependendo do tempo de exposição levam a perda auditiva dos trabalhadores.SILVA (2007), afirmou que no setor madeireiro brasileiro é comum

verificar a resistência à aplicação de recursos financeiros na produção, visando

melhorias. Contudo, a maioria dos problemas encontrados no setor produtivo

não requer aplicação de grandes montantes de recursos, sendo apenas necessário

estudar situações isoladas (Chão de fabrica). Com implementações de

melhorias, observa-se maior agregação de valor ao produto, principalmente por

meio de aplicação de técnicas corretas de processamento da madeira e

acabamento dos produtos, visando a redução de perdas de material e melhoria daqualidade.

As fábricas de móveis, marcenarias e carpintarias apresentam riscos para

a saúde do trabalhador. Esses riscos são comuns à industria em geral, devido a

realização de operações e a utilização de equipamentos que oferecem perigo

Page 12: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 12/57

elevado. Para garantir o trabalho em condições seguras, há necessidade de

 proteções diversificadas e adequadas à cada máquina utilizada no processo

 produtivo e de trabalhadores orientados para utilizá-las corretamente a cada

operação a ser executada (SOUZA, 2004).

Segundo GORINI (1998), no segmento de móveis sob encomenda,

existe multiplicidade de micro e pequenas empresas, em geral marcenarias, cuja

matéria-prima básica é a madeira compensada conjugada com madeiras nativas.

Seus equipamentos e suas instalações são quase sempre deficientes eultrapassados, o que gera muitas imprecisões nas medidas, e o trabalho ainda é

 bastante artesanal. Seu produto final destina-se predominantemente ao mercado

doméstico.

Segundo CAÇADOR (1996), o setor madeireiro possui várias

deficiências e necessita de mudanças e que parcerias entre as indústrias deste

setor com as instituições afins de ensino, pesquisa e extensão, devem ser

 buscadas pelos empresários.Já AMBRÓSIO (1996), enumerou vários pontos

 para reverter essa situação:a) reestruturação industrial - especialização por meio de pólos industriais;

aumento de cooperação entre as empresas; estudo de viabilidade de novos

mercados;

 b) modernização produtiva - processos produtivos em si, com modernização de

máquinas e equipamentos; redução do custo da madeira aglomerada visando

o aumento da competitividade no mercado externo e redução de custos no

interno;

c) qualificação da mão-de-obra - formação de técnicos com conhecimento em

controle numérico e computadorizado; formação em desenho industrial por

meio de design por computação gráfica; formação de centros integrados com

a industria, entre outros.

Page 13: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 13/57

Page 14: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 14/57

ao trabalhador. As penalidades para as empresas que não se adequarem a essas

normas vão desde a interdição ao fechamento da empresa, além do pagamento

de multas (Brasil, 1998).

A segurança, o conforto ambiental e os espaços para convivência social,

são pontos essenciais no interior de uma empresa. Das modificações que venham

a ser realizadas devem-se levar em consideração as opiniões e demandas dos

trabalhadores, uma vez que são as pessoas mais afetadas pelo ambiente de

trabalho (Ministério da Saúde, 2001). No Brasil, a avaliação da condição de trabalho nos ambientes é

determinada pela Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78-MTE

que é parte da legislação trabalhista. Ela obriga a preparação do Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e determinação dos limites de

tolerância conforme NR-15 Brasil, (1978) e ACGIH (2005).

 Nota-se que a legislação estabelece diferenças entre doenças

 profissionais e do trabalho. As doenças profissionais são adquiridas no exercício

do trabalho, como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (DistúrbiosOsteo-musculares Relacionados ao Trabalho) em um digitador. A doença do

trabalho é decorrente das condições em que o trabalho é realizado. Ambas

doenças são consideradas acidentes do trabalho, quando decorrerem em

incapacidade para o trabalho.

Segundo Alvarez (1996) as características de um ambiente de trabalho

refletem, de maneira expressiva, na qualidade oferecida pelo trabalhador. Um

local de trabalho deve ser sadio e agradável. Assim ele proporcionará máxima

 proteção, como resultado de fatores materiais ou subjetivos. Também, devem prevenir acidentes, doenças ocupacionais, além de proporcionar melhor

relacionamento entre a empresa e o empregado.

Quando se compara o ambiente de trabalho nas fábricas de móveis com

as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, verifica-se

Page 15: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 15/57

10 

que, em muitos casos, existem diversas inadequações que podem afetar a saúde e

a segurança do trabalhador. A falta de informação, as necessidades constantes de

aumento de produtividade, redução de custos, as rápidas são as principais causas

da falta de adequação às normas (Silva, 1999).

A legislação nacional na portaria 3214/78 da NR 15, anexo 01, define

como ruído contínuo ou intermitente aqueles que não são ruídos de impacto que

apresentam picos de energia acústica. Um ambiente de trabalho agressivo é um

somatório de situações desconfortáveis ao homem, como o elevado nível deruído, o excesso de calor, dentre outros. Isso é prejudicial, implicando em perda

de produtividade e qualidade de vida do trabalhador (Fernandes e Morata, 2000).

Saliba (2002) conceitua riscos ambientais como agentes físicos,

químicos e biológicos, presentes nos ambientes de trabalho, capazes de produzir

danos à saúde quando superados os limites de tolerância. Gosling e Araújo

(2008) relacionaram a melhoria da qualidade de vida no trabalho à segurança,

higiene, conforto térmico, vibrações entre outros fatores.

3.4 Ambiência sonora

Podemos entender por ambiência sonora a exposição a ruídos no local

de trabalho. A nocividade do ruído para a audição está ligada a três parâmetros:

o nível sonoro, a freqüência e a duração da exposição. Segundo Millanvoye

(2007), admite-se que acima de uma exposição média cotidiana a audição corre

risco de degradar sofrendo perda auditiva parcial ou total podendo ser

irreversível. Na comunidade européia esse nível sonoro é de 80 dB(A). Já no

Brasil esse valor chega a valor de 85 dB(A) segundo a NR15 (MTE, 2009).Venturoli et al, (2003) trabalhando com empresas fabricantes de móveis

a partir de madeiras, avaliando os níveis de ruído emitido pelas máquinas na

fabricação de móveis em marcenarias na cidade de Brasília no Distrito Federal

encontrou os valores de pressão apresentados na Tabela 1

Page 16: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 16/57

11 

Tabela 1. Valores de pressão sonora para marcenaria do Distrito Federal

MáquinaValores pressão sonora - dB(A)Mínimo Máximo

Desengrossadeira 92,43 98,77Desempenadeira 93,55 96,28Furadeira horizontal 80,32 84,53Lixadeira de cinta 84,57 89,55Serra circular de tampo móvel 94,88 101,34Tupia 92,55 96,24

Fonte: Adaptação de Venturoli et al., (2003).

Os valores foram considerados altos exceto pela furadeira horizontal que

apresentou níveis de ruído abaixo de 85 dB.

É sabido que os valores de ruído podem sofrer alterações variadas em

função do material processado, podendo ser madeira maciça ou painéis

reconstituídos. Fiedler et al 2009, afirmou que a densidade básica influencia no

valor de ruído emitido por máquinas de processamento mecânico. Ainda, o tipo

de corte realizado na peça que pode ser perpendicular ou paralelo as fibras.Segundo Vilela (2000), a manutenção das máquinas, modelo também podem

influenciar nos riscos apresentados nas operações, os valores de ruído podem

aumentar em função do desgaste de peças como rolamento.

Os trabalhadores das fábricas de móveis estão expostos a diversos riscos

à sua integridade física e psicológica. Existe risco de acidentes que podem levar

afastamento do trabalhador por períodos consideráveis de tempo, que implica

em prejuízos para as empresas (Fiedler et al., 2001).

Os valores de ruídos são normatizados pelo MTE pela NR 15 que tratadas atividades e operações insalubres. Para ruído ocupacional os valores que os

trabalhadores são submetidos durante a jornada de trabalho influenciam

diretamente na quantidade de horas permitidas de trabalho. A Tabela 2 apresenta

os valores de ruído e de horas de trabalho permitidos.

Page 17: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 17/57

12 

Tabela 2 valores de nível de ruído dB (a) e de máxima exposição diária permissível

 Nível de ruído dB(a) Máxima exposição diária permissível.85 8 horas86 7 horas87 6 horas88 5 horas89 4 horas e 30 minutos90 4 horas91 3 horas e 30 minutos92 3 horas93 2 horas e 45 minutos94 2 horas e 15 minutos95 2 horas96 1 hora e 45 minutos98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora102 45 minutos104 35 minutos105 30 minutos106 25 minutos108 20 minutos110 15 minutos112 10 minutos114 8 minutos115 7 minutos

Fonte: NR 15 MTE (1978)

O procedimento para coleta e análise do ruído ocupacional é realizado

conforme determina o anexo 1 da NR-15 (MTE 2008). O aparelho que mede o

nível de pressão sonora pode ser o dosímetro de ruído ou o decibelímetro para

medição de dose de ruído e ruído instantâneo respectivamente. Os ruídos devem

ser coletados durante a jornada de trabalho do operário. Após a coleta calcula-se

a dose que é o acúmulo da concentração do ruído em relação ao tempo máximo

 permitido, conforme Equação 1. Caso ultrapasse 100% significa que o valor qual

Page 18: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 18/57

13 

o trabalhador foi submetido durante o tempo de trabalho, não atendeu as

especificações da norma.

100...3

3

2

2

1

1 ∗⎟⎟ ⎠

 ⎞⎜⎜⎝ 

⎛ ++++=

C  Dosen

n   (1)

Em que:

 Dose = dose diária quando ocorrem dois ou mais períodos de exposiçãode diferentes níveis (%);C n = tempo total diário em que o trabalhador fica exposto a um nível

de ruído específico;T n = tempo máximo diário permissível a este nível, segundo Tabela 2.

3.5 Ambiência luminosa

A quantidade de luz natural ou artificial presente no ambiente de uma

determinada situação de trabalho é entendida como a ambiência luminosa que

deve estar de acordo com o que estabelece as normas brasileiras. A iluminância

é expressa geralmente em LUX. Millanvoye (2007) afirmou que diferentemente

das outras ambiências físicas, uma iluminação incorreta induz não provoca, a

 priori, nenhuma doença profissional, mas, pode incorrer em fadiga e

desconforto.

Fiedler et al (2006), constatou não haver um padrão das empresas com

relação à iluminância nos postos de trabalho. Também que a iluminância no

ambiente de trabalho é facilmente influenciada pela arquitetura da indústria, que

é influenciada pela quantidade de aberturas naturais e tipo de iluminação do

local. A iluminância por sua vez pode ser geral ou localizada e depende do tipo

de lâmpadas utilizadas.

Couto (2002), afirmou que as más condições de iluminação podem

resultar em queda do rendimento e fadiga visual do trabalhador. A queda de

Page 19: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 19/57

14 

rendimento pode ser considerada uma das principais conseqüências, sendo

comum nas tarefas em que a visão é muito exigida, como na atividade de

costura. Já a fadiga visual, é caracterizada por ardor e dolorimento nos olhos,

vermelhidão da conjuntiva, modificação na frequência de piscar,

lacrimejamento, intolerância a claridade (fotofobia), visão dupla (diplopia),

sensação de visão velada, entre outros sintomas.

Os valores de iluminância padronizados pela norma brasileira NBR

5413 – Iluminação de interiores – da Associação Brasileira de NormasTécnicas ABNT,1992 indicam quais valores devem ser utilizados nos postos de

trabalho. Existem três valores referenciais para uma mesma operação sendo

mínimo, médio e máximo, (Tabela 3). Os parâmetros para escolha dos valores

de referência são idade, doenças oculares preexistentes e uso de sistema

corretivo visual como óculos. A utilização destes valores garante uma boa

iluminação que facilita a execução das operações e diminui erros.

Tabela 3. Valores dos limites máximos, médio e mínimo de iluminância paraambientes produtivos do setor madeireiro, tipo marcenaria ecarpintaria

OperaçõesValores referenciais de iluminância (Lux)

Mínimo Médio Máximo

Corte e aparelhamento grosso 150 200 300

Aplainamento, lixamento grosso,colagem, folheamento.

200 300 500

Aparelhamento de precisão,lixamento fino e acabamento.

300 500 750

Fonte: NBR 5413 (ABNT, 1992).

3.6 Ambiência térmica

Millanvoye (2007) mencionou que ambiência térmica trata-se do micro

clima do posto de trabalho. Numa edificação, ele pode variar de uma zona a

Page 20: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 20/57

15 

outra do local, conforme o processo utilizado. Ele também pode sofrer influencia

do clima exterior e de suas variações sazonais. Os componentes da ambiência

térmica são: a temperatura, a velocidade de deslocamento do ar, a umidade

relativa e a radiação infravermelha. A ambiência térmica no trabalho é um

 parâmetro significativo, que interage com as possibilidades de trabalho físico do

operador.

Uma grande fonte de tensão no trabalho são as condições ambientais

desfavoráveis, é o calor assim como outros fatores baixa iluminação e excessode e ruído. Esses fatores causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e

 pode provocar danos consideráveis a saúde dos trabalhadores (Iida, 2002). A

temperatura tem grande influência na configuração no rendimento do trabalho

humano podendo causar desgaste físico pois acelera o metabolismo (Pereira et

al, 2007). Conforme Couto (1995), quanto mais quente for o ambiente de

trabalho, tanto menor será a tolerância do trabalhador a atividade física e mental.

A norma indica o índice de bulbo úmido e termômetro de globo

(IBUTG) como parâmetro para verificação da adequação do ambiente detrabalho (NR15, 2009).

A exposição ao calor deve ser avaliada pelo "Índice de bulbo úmido

termômetro de globo" - IBUTG. Esse índice é definido pelas Equações 2 e 3

 para ambientes sem carga e com carga solar, respectivamente.

tgtbn IBUTG 3,07,0   +=   (2)

tgtbstbn IBUTG 2,0017,0   ++=   (3)

Em que:

 IBUTG = Índice de bulbo úmido termômetro de globo, em oC. 

tbn = temperatura de bulbo natural (úmido), em oC.

tg = temperatura de globo, em oC.

tbs = temperatura de bulbo seco, em oC.

Page 21: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 21/57

16 

Para ser considerado confortável, o clima de trabalho deve satisfazer a

diversas condições. Quatro fatores contribuem para atingir essa condição:

temperatura do ar, calor radiante, velocidade do ar e umidade relativa. Além

desses fatores, devemos considerar o tipo da atividade desenvolvida, pois o

funcionamento fisiológico de cada ser humano é diferenciado pela situação

(Dul, 2004)

Araújo 2008, afirmou que a temperatura do ambiente afeta o

metabolismo do funcionário em serviço. Sabemos que a exposição, nãocontrolada, ao calor induz erros de percepção e raciocínio, o que pode

desencadear acidentes. É sabido que o corpo humano exibe mecanismos de

defesa de seu organismo quando submetido e calor intenso, vaso dilatação

 periférica, sudorese para efetuar a troca de calor e esfriar o corpo.

Silva et al 2003, pesquisando fábricas de móveis na cidade de Ubá Minas

Gerais encontrou os valores mínimos e máximos de IBUTG variando entre 21,0

a 27,0º C nos postos de trabalho como demonstrados na Tabela 4.

Tabela 4. Valores mínimos e máximos de IBUTG encontrados nos postos detrabalho em fábricas de móveis na cidade de Ubá MG

Setor IBUTG mínimo IBUTG máximoCorte 22,6 24,2

Usinagem 21,2 25,9Acabamento 22,4 24,2

Pintura 22,1 27,0Prensa 23,4 25,2

Fonte: Silva (2003).

Silva (2003) encontrou nos setores de pintura valores de IBUTG de

25,9ºC a 27,0ºC no período de 14 às 16 horas. Esses valores encontrados são

superiores ao valor permitido pela legislação brasileira. Assim durante este

 período, o trabalhador deverá trabalhar por 45 minutos e executar 15 minutos de

descanso, conforme prescrito na (NR-15,MTE 1978).

Page 22: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 22/57

17 

A NR 15 no anexo n° 3, da Portaria 3.214/78-MTE, trás como definição

dos tipos de atividade a classificação como leve, moderada e pesada em função

do esforço realizado no cumprimento das tarefas. A classificação das atividades

estão apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5. Classificação das atividades executados por operários em indústrias econsumo de calorias por hora de trabalho

Tipos de atividade kcal/hTrabalho leve

Sentado, movimentos moderados com braços e troncos125 a 150Sentado, movimentos moderados com pernas e braços

De pé, em máquina ou bancada principalmente com braçosTrabalho moderado

Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas180 a 300De pé em máquina ou bancada com alguma movimentação

Em movimento, levantar ou empurrarTrabalho pesado

Trabalho intermitente de levantar e sentar440 a 550Empurrar ou arrastar pesos

Trabalho fatiganteFonte: Adaptação NR-15 (MTE,1978)

A Norma regulamentadora (MTE,1978) implica que após a definição das

atividades desenvolvidas, deve-se proceder o cálculo dos valores de IBUTG, por

meio da obtenção dos valores de temperatura de Bulbo úmido (BU), Bulbo Seco

(BS) e Termômetro de Globo (TG). Posteriormente comparam-se os valores

obtidos com os limites da Tabela 6, que apresenta os regimes de trabalho em

função das atividades desenvolvidas e os valores de IBUTG.

Page 23: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 23/57

18 

Tabela 6. Regime de trabalho em função do IBUTG definido pela NR 15Tempo para Atividade desenvolvida Leve Moderada Pesada

Trabalho contínuo Até 30 Até 26,7 Até 2545min trabalho/ 15 min descanso 30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,930min trabalho/ 30 min descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,915min trabalho/ 45 min descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0

Proibido trabalho sem medidas controle Acima 32,2 Acima 31,1 Acima 30,0Fonte: Adaptação NR-15 (MTE,1978).

Page 24: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 24/57

Page 25: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 25/57

20 

Lavras é um município brasileiro da região do Campo das Vertentes, no

sul do estado de Minas Gerais. Localiza-se a uma latitude 21° 14' 30 sul e a uma

longitude 44° 00' 10 oeste, Figura 2 estando a uma altitude de 919 metros

Figura 2. Mapa ilustrativo da posição da cidade de Lavras-MG.

4.2 Coleta de dados

Foram medidos os parâmetros físicos ruído, iluminância e calor, nas

fábricas de móveis. As medições foram realizadas diretamente nos postos de

trabalho. O levantamento geral da produção e da organização do local foi

realizado utilizando filmagens e fotografias digitais de todas as etapas de

 produção dando ênfase à segurança, a ergonomia e a qualidade dos produtos.O dosímetro de ruído foi ajustados de forma a atender os seguintes

 parâmetros:

  Circuito de ponderação “A”;

  Circuito resposta lenta (Slow);

Page 26: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 26/57

21 

   Nível limiar de integração de 85 dB(A), que corresponde a uma dose

de 100% para uma exposição de 8 horas;

  Faixa de medição entre 85 e 115 dB(A), que significa que níveis

abaixo de 85 dB(A) não serão considerados, bem como proibida

qualquer ocorrência acima de 115 dB(A);

  Incremento de dose igual a 5.

O dosímetro foi utilizado colocado preso ao cinto do trabalhador e omicrofone de captação ajustado para coletar os ruídos, (Figura 3).

Figura 3. Medição do nível de pressão sonora, por meio de dosímetro.

Page 27: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 27/57

22 

Para medições de ruído instantâneo foi utilizado decibelímetro

MSL 1325 realizando a coleta próximo a máquina emissora de ruído (Figura 4).

Figura 4. Metodologia de medição do nível de pressão sonora, por meio de

decibelímetro.

As medições de iluminância foram realizadas por meio de luxímetro

digital da marca Instrutemp modelo LD-200 diretamente nos postos de trabalho

de corte, lixamento, pintura, montagem entre outros. As medições ocorreram em

meia jornada de trabalho de 8 h. Em algumas fábricas as medições foram

realizadas no período da manhã e outras no período da tarde. No total foram

efetuadas medições em 330 postos de trabalho. Foram realizadas no mínimo três

medições de 2 em 2 horas em cada um dos 330 postos de trabalho totalizando

990 medições utilizando uma adaptação da NBR 5382 (ABNT,1985) verificação

de iluminância de interiores. A Figura 5 apresenta uma medição de iluminância

em um posto de trabalho.

Page 28: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 28/57

23 

Figura 5. Metodologia empregada na medição de iluminância, no setormadeireiro de Lavras/MG.

Para efeito de comparação foi considerado fora do valor normativo o

 posto de trabalho que apresentou pelo menos uma medição abaixo do limite

estipulado pela NBR 5413 (ABNT,1992).

Os valores de temperatura  de bulbo úmido, bulbo seco e termômetro de

globo utilizadas para calcular o IBUTG foram coletados utilizando o termômetro

de globo marca Instrutherm modelo 5235 Figura 6

Figura 6. Medição de temperaturas, para calculo de IBUTG nas fábricas demóveis.

As medições foram realizadas em intervalo de 2 horas em meia jornada

de 8 h trabalho, em seqüência o cálculo do índice IBUTG foi efetuado utilizando

a Equação (2). O termômetro de globo foi instalado no ambiente mais utilizado

 pelos funcionários.

Page 29: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 29/57

24 

Os dados foram analisados realizando a comparação entre os valores

medidos com os apresentados na NR 15 no anexo 3, da Portaria 3.214/78-MTE.

A NR 15 estabelece para atividades consideradas moderadas como é o caso das

fábricas de móveis o IBUTG deve permanecer abaixo de 26,7ºC.

Page 30: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 30/57

25 

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho nas fábricas de móveis consistiram de uma

estrutura complexa composta por máquinas, equipamentos, ferramentas e

 bancadas, além da utilização de produtos químicos como seladoras, vernizes,

solventes para limpezas, adesivos. Todos os equipamentos são necessários para

o processamento e acabamento dos produtos nas confecções de móveis.As fábricas são em sua maioria construídas em forma de galpão

conforme literatura. As máquinas e bancadas são dispostas de forma a teantar

evitar ao máximo que apresente barreiras físicas que impeçam a comunicação

entre os postos de trabalho.

Os trabalhos desenvolvidos se interagem e pode ser observado que as

 barreiras físicas presentes via de regra atrapalham a comunicação entre os

setores operacionais. Os materiais que revestem as paredes presentes em

algumas fábricas se mostraram velhos, presença de pó e teia de aranhas queindicam falta de limpeza. A falta de reboco, pintura no acabamento do

revestimento faz com que o ambiente se torne mais escuro o que não é a situação

ideal para um processo de fabricação.

Em algumas fábricas de móveis ficou visível o descaso com a deposição

de resíduos, pois, estavam jogados sem cuidado (Figura 7)

Page 31: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 31/57

26 

Figura 7. Estrutura de uma fábrica de móveis em Lavras/MG.

 Na Figura 7 podemos notar que os resíduos gerados são simplesmente

amontoados sem lugar definido. A proximidade com a área útil das máquinas é

um agravante no processo de fabricação e gera mais riscos de acidente aos

operadores. O material de revestimento dessa empresa em algumas partes é

tijolo maciço (tijolinho) que em função da cor escura torna o ambiente com

menos iluminância. As partes da empresa que possuem reboco e pintura como

revestimento, apresenta sujeira, e amarelecimento pela falta de manutenção que

também torna o ambiente mais escurecido.

Page 32: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 32/57

Page 33: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 33/57

28 

Figura 9. Estrutura de uma fábrica de móveis – Cruzília MG.

 Nota-se que a empresa apresentada na Figura 9 apresenta um layout mais

 bem planejado, com áreas definidas para depósito, corte, montagem e despacho.

Existe nesta empresa um sistema de exaustão que qualitativamente percebe-se

uma diminuição da quantidade de pó, o que não se nota nas empresas que não

 possuem o sistema. Esta empresa apesar de possuir o material de revestimento

 pintura em cor branca que é o ideal para que o ambiente fique mais claro as

aberturas para entrada de luz permitem a luz incida diretamente que não é a

situação ideal.

Page 34: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 34/57

29 

5.2 Ruído

5.2.1 DosimetriaOs valores de ruído apresentados nas Tabelas são em decibéis, e a

dosimetria em número de vezes o valor ultrapassado do limite permitido de

duração da exposição diária a ruídos nas fábricas de móveis NR-15 (MTE,1978).

Estão apresentados na Tabela 7 os valores de dosimetria e agrupamento dos

valores próximos encontrados nas fábricas de móveis de Cruzília e lavras.

Tabela 7 Valores de dosimetria e os grupos de empresas com valores próximos

Grupo Empresa DosimetriaI 6 2,76I 2 2,86II 11 7,55II 8 8,33II 1 9,21II 4 9,42III 5 14,11

III 10 15,04III 9 15,14III 14 19,54IV 7 22,11IV 12 25,01IV 13 29,14IV 3 30,52

Em todas as empresas a dose foi maior que a permitida por lei. Justifica a

adoção de medidas como a manutenção preventiva dos maquinários, mudança

de local de compressores para evitar que ruídos sejam emitidos dentro dasfábricas, uso de protetor auricular de preferência tipo concha (EPI).

 Noronha 2007, encontrou valores de 25,59 para dosimetria em marcenarias no

Distrito Federal, mostrando que o problema com ruídos é grave também em

outras regiões do Brasil. Todas as empresas apresentaram valores maiores que 1

Page 35: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 35/57

Page 36: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 36/57

31 

Em geral as empresas apresentaram maior número de máquinas emitindo

ruídos acima do permitido pela NR-15 (MTE,1978) que é 85 dB (A). Algumas

empresas 3 e 4 apresentaram todas as máquinas emitindo valores de ruídos

acima de 85 dB (A). Na Tabela 08 encontram-se os resultados de ruídos

instantâneos emitidos pelas máquinas da Empresa 03 e 4.

Tabela 08: Valores de ruídos instantâneos em dB(A)emitidos pelas máquinas nas

empresas 3 e 4Empresa Máquina Valor dB(A)3 Furadeira horizontal 87,003 Lixadeira cinta 89,603 Torno 89,703 Plaina desengrossadeira 97,503 Plaina desempenadeira 99,003 Serra circular carrinho 99,303 Tupia 102,203 Serra circular fixa 102,80

4 Exaustor 86,904 Tupia 89,704 Furadeira múltipla 97,304 Serra circular fixa 97,704 Plaina desempenadeira 98,204 Coladeira de borda 98,404 Lixadeira disco 103,404 Plaina desengrossadeira 112,50

 Na Tabela nota-se pelos valores apresentados, as operações não devem

ser realizadas sem a utilização dos protetores auriculares (EPI) e que em

algumas empresas os problemas são mais graves uma vez que valores maiores

que muito acima de 85 dB são encontrados. Segundo Noronha 2007, a

manutenção preventiva dos motores reduz consideravelmente os níveis de ruído

Page 37: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 37/57

32 

o que justifica a indicação de manutenções periódicas nos motores das máquinas

das fábricas de móveis.

 Na tabela 09 estão apresentados os valores de ruídos instantâneos das

máquinas que apresentaram valores acima de 85 dB que é estabelecido pela NR-

15 (MTE,1978) em todas as empresas pesquisadas.

Tabela 09: Valores de ruído instantâneoMáquina Mínimo Máximo

Plaina desengrossadeira 89,40 112,50Respigadeira 96,00 106,30Seccionadora 92,90 94,20

Tupia 85,60 109,80

As máquinas apresentadas na tabela 09 emitiram ruídos acima do

 permitido pela NR-15 (MTE,1978), devido a este fato o uso dos equipamentos

de segurança deve ser obrigatório. Além das máquinas apresentadas na Tabela

foi observado numa empresa uma tupia manual que apresentou o ruído médio de

97,28 dBFoi realizado um cálculo do tempo aproximado máximo de exposição do

operador em função do valor médio de ruído encontrado para cada máquina

(Tabela 10).

Page 38: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 38/57

33 

Tabela 10. Valores médios de ruídos em dB e os respectivos tempos permitidosaproximados de utilização das máquinas.

Máquina Valor médio ruído dB Tempo de utilização (h)Máquina de costura 72,18 8,0

Exaustor 82,43 8,0Afiadora 84,43 8,0

Compressor 84,50 8,0Torno 85,51 7,0

Furadeira vertical 85,63 7,0Furadeira horizontal 88,67 5,0

Lixadeira cinta 90,12 4,0Serra fita 91,08 3,5Grampeador 91,75 3,5

Esmeril 92,58 3,0Seccionadora 93,55 2,75

Lixadeira disco 94,13 2,25Serra circular carrinho 94,50 2,25Plaina desempenadeira 95,21 2,0

Tupia 95,32 2,0Serra circular fixa 97,13 1,5

Tupia Manual 97,28 1,5Furadeira múltipla 97,30 1,0

Coladeira automática 98,40 1,25Plaina desengrossadeira 98,90 1,25Respigadeira 100,60 1,0

Observa-se na Tabela que os ruídos emitidos pelas máquinas apresentam

em alguns casos valores acima dos limites de tolerância estabelecidos pela NR-

15 (MTE, 1978). O valor máximo permitido é de 85 dB (A) para a exposição de

uma jornada de trabalho de até 8 horas. Desta forma é importante a adoção de

medidas de segurança do trabalho nesses locais. Pode-se citar alterações nadisposição das máquinas para manter longe dos operários a fonte de ruído, como

realocar compressores que estiverem confinados em salas de pintura,

trabalhando na fonte emissora de ruídos (EPC). A utilização dos equipamentos

Page 39: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 39/57

34 

de proteção individual (EPI) sendo os protetores auriculares tipo concha os mais

indicados.

5.3 Iluminância

Os valores encontrados correspondem às medições executadas indicando

a iluminância percebida pela visão do trabalhador. Fiedler et al 2006, afirmaram

que os valores de iluminância nas empresas moveleiras seguem um padrão

indefinido. As Figuras 11 e 12 confirmam o que Fiedler (2006) encontrou nasfábricas de móveis.

0

750

1500

2250

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i

 

Figura 11. Valores de iluminância encontrados na Empresa 1.

Page 40: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 40/57

35 

50

400

750

1100

 13:30 14:35 15:50

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   L  u

 

Figura 12. Valores de iluminância encontrados na Empresa 5.

O que justifica essa indefinição é que as construções são via de regra

diferente uma das outras tanto no tipo de material construtivo, quanto na

arquitetura utilizada. Os valores encontrados nos setores de trabalho em sua

maioria estão abaixo dos limites mínimos normatizados pela NBR 5413/1992,indicando que é necessária a adequação do sistema de iluminação, podendo ser

construção de aberturas com aproveitamento da energia solar, substituição das

lâmpadas por outros tipos mais eficientes, ou aumento do número de pontos

luminosos artificiais (lâmpadas).

Page 41: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 41/57

36 

5.4 Conforto térmico –IBUTG

Os resultados das temperaturas de bulbo seco e úmido e de termômetro

de globo permitiram calcular o IBUTG das unidades produtoras visitadas. Os

valores encontrados encontram-se na Figura 13 e representam o conforto térmico

existe nos postos de trabalho.

13,63

18,7017,67

15,81

11,41

16,5115,27

13,31

19,59

23,96

16,3415,49

  16,1817,17

0

10

20

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Empresa

   I   B   U   T   G

 Figura 13. Valores de IBUTG para cada empresa.

As empresas permaneceram abaixo do limite estipulado pela norma para

atividades moderadas podendo os funcionários realizar suas atividades pelas 8

horas diária de trabalho.

Page 42: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 42/57

37 

6. CONCLUSÕES

  A dose de exposição aos ruídos em todas as empresas foi maior que a

estabelecida pela NR-15 (MTE,1978).

  As fábricas de móveis são visivelmente diferentes quanto aos materiais

construtivos e modelos de arquitetura.

  Os valores de iluminância apresentaram padrão indefinido e em sua

maioria estavam abaixo dos valores estabelecidos pela NBR 5413

(ABNT, 1992).

  As empresas não apresentaram problemas relativos a temperatura

segundo a NR-15 (MTE, 1978).

Page 43: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 43/57

38 

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ficou visivelmente perceptível a presença de poeira e odores

característicos de solventes em todos os locais de trabalho nas fábricas de

móveis. Seria de grande valia o levantamento qualitativo e quantitativo destes

 problemas.

Page 44: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 44/57

39 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABIMCI. (2003). Estudo Setorial 2003 – Produtos de Madeira Sólida.Disponível em http://www.abimci.com.br/port/03Dados/0306EstSet2003/0306Quadro.html, acessado em 31/05/08.

AMBRÓSIO, C. L. Diagnóstico da indústria madeireira da cidade deLavras/MG.  Lavras: UFLA, 1995. 37p. (Monografia apresentada àUniversidade Federal de Lavras)

AKEL SOBRINHO, Z. Orientação para o mercado: uma proposta teórica eum estudo de caso no varejo brasileiro. Tese de Doutorado. Universidade deSão Paulo. SP, 2000.

ARAÚJO, F.A.G., Apostila de higiene ocupacional.  Curso técnico desegurança no trabalho. São Paulo SP 2008 56p

CAÇADOR, S.S. Segurança e saúde no trabalho das indústrias madeireirasde Lavras/MG. Lavras: UFLA, 1997. 83p. (Monografia apresentada àUniversidade Federal de Lavras).

COUTO, H.A. Ergonomia aplicada ao trabalho: manual técnico da máquinahumana. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1995. v. 1. 353 p.

COUTO, H.A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho em 18 lições. Belo Horizonte:Ergo Editora, 2002.

DUL,J. Ergonomia prática/ Jan Dul, Bernard Weerdmeester; tradutor itírio Iida2ª edição rev. e ampl.- São Paulo: Edgard Blucher, 2004.

FALZON, Pierre (Org.); Ergonomia . 1 ed. São Paulo: Blucher, v. 1, 668 p.

FERNANDES, F.C. Análise de vulnerabilidade como ferramenta gerencialem saúde ocupacional e segurança do trabalho. 2000. Dissertação (Mestradoem Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia deProdução – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

FERNANDES, M., MORATA, T.C. Estudo dos efeitos auditivos eextra-auditivos da exposição ocupacional a ruído e vibração.  Rev. Bras. Otorrinolaringol.  [online]. 2002, vol.68, n.5, pp. 705-713. ISSN0034-7299.

Page 45: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 45/57

40 

FIEDLER, N.C., Venturoli, F., Minetti, L.J., Vale, A.T. Diagnóstico de fatoreshumanos e condições de trabalho em marcenarias do Distrito Federal.Revista Floresta, Brasília, v.31, n.1 e 2, p 105-113, 2001.

FIEDLER, N.C.; MENEZES, N.S.; MINETTI, L.J., MARTINS, I.S. Análise daexigência física do trabalho em fábricas de móveis no Distrito Federal . Rev. Árvore [online]. 2003, vol.27, n.6, pp. 879-885. ISSN 0100-6762.

FIEDLER, N.C; OLIVEIRA, J.T.S., GUIMARÃES, P.P., ALVES, R.T.WANDERLEY, F.B., OLIVEIRA, J.G.L., MORA, R. Influência da massaespecífica aparente da madeira no ruído produzido durante o

processamento secundário: estudo de caso, Curitiba-PR Floresta, v. 39, n. 2, p. 401-408, abr./jun. 2009 

GORINI, A. P. F. Panorama do setor moveleiro no Brasil, com ênfasena competitividade externa a partir do desenvolvimento da cadeiaindustrial de produtos sólidos de madeira. Brasília: BNDES,. 47 p.1998

Gosling M., Araújo G.C.D. Saúde física do trabalhador rural submetido aruídos e à carga térmica: um estudo em operadores de tratores.   276. OMundo da Saúde São Paulo: 2008: jul/set 12p

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.pdF Acessoem 07/05/2009

http://www.mte.gov.br/geral/estatisticas.asp Acesso em 10/03/2010

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 4 ed. São Paulo: Edgard BlücherLtda, 1997. 465 p.,2002

IVANQUI, I. L., Um modelo para a solução do problema de arranjo físicode instalações interligadas por corredores. Tese de doutorado, Departamentode Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 1997.

JANKOWSKY, I.P.; LUIZ, M.G.; ANDRADE, A; Pisos de madeira maciça –agregando valor e qualidade ao produto. IX ENCONTRO BRASILEIRO EM

MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRA. Cuiabá, 2004.

KROEMER,K.H.E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem/K.H.E. Kroemer e E.Granddjean; TRD Lia Buarque de Macedo Guimarães. – 5.Ed. – Porto Alegre: bookman, 2005.

MILLANVOYE , M. in FALZON, P et al. Ergonomia. 1ª. Edição. São Paulo.Ed. Blucher,51p. 2007.

Page 46: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 46/57

41 

 NORONHA, H.E. Qualificação e quantificação dos níveis de ruído emambientes laborais no distrito federal. Brasília UNB 23p. 2007 ( TCCApresentado a Universidade Federal de Brasília).

SALIBA, T. M. Manual Prático de Higiene Ocupacional. Editora LTR, 2002.262p.

SILVA, J. R. M.; OLIVEIRA, J. M. ; PEREIRA, M. A. ; BARBOSA, M. A. G.Ergonomia e segurança do trabalho de usinagem da madeira. In: Ergonomiae Segurança no Trabalho Florestal e Agrícola III. 1a  ed. Visconde do RioBranco: Suprema, 2007, v. I, p. 1-10

SILVA, K. R. Análise de fatores ergonômicos em marcenarias domunicípio de Viçosa, MG: UFV, 1999. 97p. Dissertação (Mestrado emCiência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, 1999.

SILVA, K. R.; SOUZA, A. P.; MINETTI, L. J. Avaliação do perfil detrabalhadores e das condições de trabalho em marcenarias nomunicípio de Viçosa-MG. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.26, n.6, p.769-775, 2002

SILVA, K.R. Analise de fatores ergonômicos em industrias do pólomoveleiro de Ubá, MG. Viçosa, MG: UFV, 2003.123p. Tese de doutorado

Universidade Federal de Viçosa, 2003.SIMULA, M. A Evolução da Indústria de Madeira de Produtos de MaiorValor Agregado. V CONGRESSO INTERNACIONAL DE COMPENSADO EMADEIRA TROPICAL. Belém, 2001.

SOUZA, T.C. Prevenção de riscos laborais nas marcenarias e carpintarias49 p. 2004. www.segurancaetrabalho.com.br/download/marcenarias-telmo.pdf.

VENTUROLI, F FIEDLER, N.C.; MINETTI, L. J. Análise de fatoresambientais em marcenarias no Distrito Federal. Revista Brasileira deEngenharia Agrícola e Ambiental, v. 10, p. 679-685, 2006.

VENTUROLI, F.; FIEDLER, Nilton C.; MINETTI, L.J.;MARTINS, I.S.Avaliação do nível de ruído em marcenarias no Distrito Federal, Brasil. Rev.bras. eng. agríc. ambient.  [online]. 2003, vol.7, n.3, pp. 547-551. ISSN 1415-4366.

Page 47: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 47/57

42 

ANEXOS

Valores de iluminância encontrados na empresa 1.

0

250

500

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 48: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 48/57

43 

Valores de iluminância encontrados na empresa 2.

0

500

1000

1500

2000

2500

13:00 15:00 17:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â

  n  c   i  a   l  u

 

0

250

500

750

1000

1250

1500

1750

2000

2250

2500

2750

13:00 15:00 17:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 49: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 49/57

44 

Valores de iluminância encontrados na empresa 3.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

12:30 15:30 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

12:30 15:30 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 50: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 50/57

45 

Valores de iluminância encontrados na empresa 4.

0

750

1500

2250

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

500

1000

1500

2000

2500

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 51: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 51/57

46 

Valores de iluminância encontrados na empresa 5.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

08:00 09:30 11:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

500

1000

1500

2000

2500

08:00 09:30 11:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 52: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 52/57

47 

Valores de iluminância encontrados na empresa 6.

0

250

500

750

13:00 15:00 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

250

500

13:00 15:00 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 53: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 53/57

48 

Valores de iluminância encontrados na empresa 7.

0

500

1000

12:30 15:30 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

750

1500

2250

3000

12:30 15:30 17:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i

  a   l  u

 

Page 54: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 54/57

49 

Valores de iluminância encontrados na empresa 8.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

0

750

1500

2250

3000

3750

4500

5250

6000

07:30 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 55: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 55/57

50 

Valores de iluminância encontrados na empresa 9.

0

250

500

750

 13:30 14:35 15:50

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   L  u

 

Valores de iluminância encontrados na empresa 10.

0

250

500

750

13:30 14:40 15:30Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 56: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 56/57

51 

Valores de iluminância encontrados na empresa 11.

0

250

500

750

08:00 09:30 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Valores de iluminância encontrados na empresa 12.

0

100

200

300

400

500

07:00 09:00 11:30

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u

 

Page 57: Sst Processamento Mecanico de Madeira

7/24/2019 Sst Processamento Mecanico de Madeira

http://slidepdf.com/reader/full/sst-processamento-mecanico-de-madeira 57/57

Valores de iluminância encontrados na empresa 13.

0

100

200

300

400

500

08:00 10:00 12:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   L  u

 

Valores de iluminância encontrados na empresa 14.

0

1000

2000

3000

4000

5000

08:00 10:00 12:00

Hora

   I   l  u  m   i  n   â  n  c   i  a   l  u