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o que são startups
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STARTUPS
Ries, E. (2010) define uma Startup como: “instituição humana desenhada para entregar um produto ou serviço em
condições de extrema incerteza". Logo, faz-se necessário aperfeiçoar os processos de desenvolvimento de produto
para que o mesmo seja concebido com a menor quantidade de recursos possível. Entre os princípios já citados, os
mais adequados para aperfeiçoar e reduzir custos na produção de produtos de tecnologia para uma Startup são: a
diminuição do tamanho dos "batches"; a produção just-in-time e o controle de estoque, e a aceleração dos ciclos de
vida. A utilização destas práticas formalizou um avanço na diferença entre criação de valor e desperdício, além de
priorizar a qualidade dos produtos (HILMOLA, O. et. al., 2003).
O que é?
Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da internet, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há
várias décadas, só na bolha ponto.com o termo "startup" começou a ser usado por aqui.
Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro.
Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.
O que os investidores chamam de startup?
Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup.
Outros defendem que uma startup é uma empresa inovadora com custos de manutenção muito baixos, mas que
consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.
No entanto, há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é
um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de
extrema incerteza.
Conceitos
Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:
Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar
certo – ou ao menos se provarem sustentáveis.
O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por
exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de
busca – e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de
franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador
– e por isso aumenta suas chances de gerar lucro.
Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem
muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do
produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso
seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de DVD várias vezes, pois é preciso
fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o
mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do
produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.
Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de
negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada
vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.
Os passos seguintes
É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento
para startups – sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe
receita.
Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessário uma nova leva
de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável. Quando se torna escalável, a startup deixa de
existir e dá lugar a uma empresa altamente lucrativa. Caso contrário,
ela precisa se reinventar – ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.
Startups são somente empresas de internet?
Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na internet porque é bem mais barato criar uma empresa de
software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais
fácil, rápida e barata – além da venda ser repetível.
Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup – desde que ela
comprove um negócio repetível e escalável.
Ruy Guerra discute uma problemática bastante atual que é a criação de novos negócios com modelos que possam
gerar valor e permanecer lucrativos e inovadores.
Estes negócios são, geralmente, gerados em cenários de muita incerteza. Guerra citando Ries diz: “uma startup é uma
instituição humana desenhada para entregar um novo produto ou serviço sob condições de extrema incerteza”
(GUERRA, 2012).
Com o objetivo de permitir que se crie um ambiente propício a inovação, surge, segundo o mesmo artigo, a fórmula
“lean startup” que consiste na constante busca por um casamento perfeito entre o produto e o cliente, e baseia-se
essencialmente na ideia de que startups são hipóteses, e que é preciso aplicar “o método científico na identificação da
oportunidade de mercado”. O professor Ruy Guerra ressalta, em suas notas de aula, que: [...]é recomendado que
um modelo seja adotado para minimizar riscos e reduzir prazos no lançamento de startups: uma vez obtido um
“produto mínimo viável” (“minimum viable product”), é importante buscar feedback do cliente sobre o produto, suas
características e funcionalidades, iterando e pivotando produto e modelo de negócio à medida que se aprende com o
processo. E lembra, novamente, Eric Ries, citando que “a combinação de excelentes produtos com ótimos modelos
de negócio é que farão a diferença no mundo competitivo da inovação tecnológica”.
Vitor Andrade reforça também que a essência da metodologia Lean é a preocupação em estabelecer um método
científico para viabilizar o aprendizado de forma rápida na busca de um modelo de negócios repetível e escalável.
Para entender melhor este cenário complexo, que se intensifica na década atual, Marty Neumeier (2010) cita o
levantamento dos problemas capciosos de nossa década, “problemas tão difíceis e pervasivos, que parecem não ter
solução”. Neste estudo, patrocinado pela Neutron e pela Universidade de Stanford, consta a seguinte lista: 1.
Equilibrar metas de longo prazo e demandas de curto prazo 2. Prover retorno sobre conceitos inovadores 3. Inovar
com a crescente velocidade das mudanças 4. Vencer a guerra pelo talento classe mundial 5. Combinar rentabilidade e
responsabilidade social 6. Proteger margens em um setor “commoditizante” 7. Multiplicar o sucesso por meio de
colaboração entre silos 8. Encontrar espaços inexplorados e ao mesmo tempo rentáveis no mercado 9. Enfrentar o
desafio da eco-sustentabilidade 10. Alinhar a estratégia à experiência
Cenário de incertezaTratando-se de um produto inovador, não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar
certo. Não é fácil a criação de um novo modelo de negócios que possa gerar valor e, ao mesmo tempo, permanecer
lucrativo e inovador.
Para diminuir essas incertezas sobre o novo mercado, modelo, entre outros pontos, surge a metodologia “Lean
Startup”, afim de ajudar na criação de um ambiente propício para que essa inovação ocorre com menos turbulências.
Com isso, entende-se que o processo de desenvolvimento de novos produtos ou serviços deve evoluir de maneira
gradual, porém rápida.
Eis que surge o conceito de MVP. A sigla em inglês para “Produto Mínimo Viável” é uma forma mais rápida de ir
moldando o seu negócio até atingir o sucesso. A ideia é que se crie um produto que tenha o mínimo possível de
elementos envolvidos para validar uma hipótese. Com esse MVP você inicia o seu processo de aprendizagem, mas
não o finaliza, ao contrário de um protótipo por exemplo. Ele serve para você medir o retorno dado pelo seu mercado
após a construção desse produto ou serviço e assim obter aprendizados, os quais poderão gerar implementações de
produto ou até mesmo um pivô, corrigindo o modelo estruturado e testar a nova hipótese.
InvestimentoJustamente pelo ambiente de incertezas encontrado (pelo menos até que o modelo de negócios mais apropriado seja
encontrado) que tanto se faz necessário o investimento para as startups, porque sem esse capital de risco, fica muito
difícil persistir na busca pelo modelo de negócios ideal enquanto ainda não existe uma receita relevante.
Após a validação de que esse modelo existe e a receita (finalmente) começar a crescer, provavelmente ainda será
necessária uma nova rodada de investimento até que a startup consiga se tornar sustentável. Outro ponto importante
relativo ao investimento é a importância dele para um rápido crescimento do negócio, sendo norteado por metas
agressivas e objetivos bem definidos. Quando se torna escalável a startup propriamente dita deixa de existir e cede
lugar para uma empresa consolidada e altamente lucrativa.