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CURSO EM PDF CONTABILIDADE DE CUSTOS (Teoria e Exercícios) ICMS RJ - 2013 Prof. Alexandre Oliveira e Paulo Venâncio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 Sumário Aula DEMO 1. Apresentação dos professores 2 2. Comentários sobre edital e apresentação do curso 3 3. Comentários sobre as Funções da Contabilidade Financeira, Custos e Gerencial 6 4. Terminologia aplicada a Contabilidade Custos 9 4.1 Nomenclaturas aplicáveis aos Custos 9 4.1.1 Gasto 9 4.1.2 Desembolso 9 4.1.3 Tipos de Gastos 10 4.1.4 Perdas 12 4.1.5 Outras Nomenclaturas Importantes 13 4.2 Custo: Conceito, Classificação, Sistemas, Formas de Produção, Formas de Custeio e Sistemas de Controle de Custos 15 4.2.1 Conceito de Custos 15 4.2.2 Classificação dos Custos 15 4.2.3 Sistemas 16 4.2.4 Formas de Produção 17 4.2.5 Formas de custeio 17 4.2.6 Sistemas de Controle de Custos 20 5. Questões Comentadas 21 6. Questões propostas 7. Gabaritos 30 35 8. Bibliografia 36

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Contabilidade de Custos

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    Sumrio Aula DEMO

    1. Apresentao dos professores 2

    2. Comentrios sobre edital e apresentao do curso 3

    3. Comentrios sobre as Funes da Contabilidade Financeira, Custos

    e Gerencial

    6

    4. Terminologia aplicada a Contabilidade Custos 9

    4.1 Nomenclaturas aplicveis aos Custos 9

    4.1.1 Gasto 9

    4.1.2 Desembolso 9

    4.1.3 Tipos de Gastos 10

    4.1.4 Perdas 12

    4.1.5 Outras Nomenclaturas Importantes 13

    4.2 Custo: Conceito, Classificao, Sistemas, Formas de Produo,

    Formas de Custeio e Sistemas de Controle de Custos

    15

    4.2.1 Conceito de Custos 15

    4.2.2 Classificao dos Custos 15

    4.2.3 Sistemas 16

    4.2.4 Formas de Produo 17

    4.2.5 Formas de custeio 17

    4.2.6 Sistemas de Controle de Custos 20

    5. Questes Comentadas 21

    6. Questes propostas

    7. Gabaritos

    30

    35

    8. Bibliografia 36

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    AULA DEMONSTRATIVA

    1. Apresentao dos Professores Ol pessoal,

    Sou Alexandre Oliveira, me formei em Cincias Navais pela Escola

    Naval e fui oficial da Marinha do Brasil por 12 anos e dois meses quando fui

    aprovado no concurso de Auditor Fiscal Tributrio Municipal da Prefeitura de

    So Paulo (ISS SP). Atualmente atuo como Auditor Fiscal da Receita Estadual

    do Estado do Rio de Janeiro, cargo para o qual fui aprovado no ltimo

    concurso. Obtive aprovaes nos seguintes concursos: Escola de Oficiais da

    Marinha Mercante (EFOMM 1994), Academia da Fora Area (AFA - 1995),

    Escola Naval (EN - 1995), Auditor Fiscal do Municpio de SP (AFTM - 2007),

    Auditor Fiscal de Tributos do Municpio de Nova Iguau (2008), Auditor Fiscal

    da Receita Municipal de Angra dos Reis (AFRM - 2010). Curso atualmente o

    ltimo perodo do curso superior em Cincias Contbeis.

    Meu nome Paulo Venncio, sou graduado em Cincias Militares pela

    Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde conclu o curso de

    Intendncia (administrao e logstica). Tambm sou Bacharel em Cincias

    Contbeis pela Faculdade Estcio de S (aprovado no 2 exame de suficincia

    de 2011). Exero atualmente o cargo de Fiscal de Rendas no Municpio do Rio

    de Janeiro. Obtive aprovaes nos seguintes concursos: Escola Preparatria de

    Cadetes do Ar (1996); Academia da Fora Area (AFA 1997); Escola

    Preparatria de Cadetes do Exrcito - EsPCEx (1997); Auditor Fiscal da Receita

    Estadual do Estado da Paraba (2006); Auditor Fiscal Tributrio do Municpio de

    SP(2007) e Fiscal de Rendas do Municpio do Rio de Janeiro - ISS/RJ (2010).

    com imensa satisfao que recebemos o convite da Equipe do Canal

    dos Concursos Cursos em PDF para escrevermos o curso sobre

    Contabilidade de Custos para o ICMS RJ. Aceitamos, pois temos a certeza

    que podemos ajud-los a lograr xito nesta matria to importante para a rea

    fiscal. Nesta vida de concurseiro, obtivemos muitas vitrias, mas tambm

    enfrentamos derrotas. A experincia nos fez aprender que estudar pelo

    material certo e da maneira correta faz muita diferena.

    Por isso, no importa quanto tempo voc tem para se preparar para o

    concurso que deseja, importa que voc faa o melhor proveito do tempo que

    possui. Nada impossvel se voc acreditar e se dedicar ao seu objetivo.

    Foque nos resultados. Esquea as dificuldades. Organize seu

    tempo de forma a estudar o quanto for possvel de cada uma das matrias da

    prova. Esquea os outros concorrentes, seu maior desafio superar a si

    mesmo.

    2. Comentrios sobre edital e Apresentao do Curso

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    Foram autorizadas 50 vagas para o concurso para Auditor Fiscal de Receita

    Estadual do Estado do Rio de Janeiro. O concurso pblico constar de etapa

    nica composta por 02 (duas) provas, Prova 1 (P1) e Prova 2 (P2). As provas

    tero carter eliminatrio e classificatrio e sero realizadas em dois domingos

    subsequentes.

    As Provas Objetivas 1 e 2 (P1 e P2) realizar-se-o na Cidade do Rio de Janeiro.

    a) A aplicao da Prova Objetiva 1 (P1) est prevista para o dia

    12/01/2014,perodo da manh; b) A aplicao da Prova Objetiva 2 (P2) est

    prevista para o dia 19/01/2014, perodo da manh.

    Para quem realizou o concurso do ICMS SP recentemente percebeu que as

    matrias bsicas no podem ser ignoradas e devem ser estudadas com carinho

    e cuidado, pois elas faro com que o candidato logre xito nessa labuta. O

    AFTE RJ, (ICMS RJ), sem dvida um dos cargos mais prestigiados, tendo

    em vista estar no rol das carreiras tpicas de estado. No foi a toa que realizei

    a opo deste concurso na qual me sinto bastante prestigiado em trabalhar

    com pessoas de to grande competncia profissional e intelectual. Espero

    trabalhar como colegas de vocs e tambm partilhar os momentos de

    felicidades na posse deste cargo.

    Ainda no sabemos com exatido qual ser a banca escolhida para

    realizar este concurso. No entanto, sabemos que as ltimas provas foram

    realizadas pela FGV e o nosso curso se basear no grau de dificuldade dessas

    provas. Por isso, nosso curso ser baseado no ltimo edital e ter como base

    principalmente questes da FGV/FCC. Entretanto, devido complexidade do

    assunto resolveremos questes de outras bancas.

    Essa prova deve ser feita com estratgia, pois no ltimo certame

    requereu dos candidatos 50% de acertos em cada disciplina ou grupo de

    disciplinas da Prova 1 e da Prova 2 e mnimo de 60% de acertos em cada

    prova e no somatrio de pontos obtidos nas Provas 1 e 2. Assim, se o

    candidato no se sair bem em uma determinada matria, poder ser eliminado

    do certame.

    Segue o contedo programtico cobrado pela banca organizadora do

    ltimo concurso que servir de base para o curso:

    Contabilidade de Custos: 1. Custo: conceito, classificao, sistemas, formas de produo,

    formas de custeio, sistemas de controle de custo e nomenclaturas de aplicveis a custos.

    2. Custeio por absoro e custeio varivel. 3. Custeio e controle dos materiais diretos. 4.

    Custeio, controle, tratamento contbil da mo de obra direta e indireta. 5. Custeio,

    tratamento contbil e custos indiretos de fabricao. 6. Critrios de rateio. Custos por

    ordem e custos por custeio da produo conjunta. 7. Coprodutos, subprodutos e sucatas:

    conceito, clculo e tratamento contbil. 8. Conceito de margem de contribuio total e

    unitria. 9. Margem de contribuio. 10. Anlise das relaes custo/volume/lucro. 11. O

    ponto de equilbrio contbil, econmico e financeiro. 12. Custeio baseado em atividades.

    ABC - Activity Based Costing.

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    Nossas aulas devero ter entre 30 e 70 pginas cada e o curso ser

    composto de cinco aulas alm da aula DEMO, com intervalo de sete a dez dias,

    tendo a seguinte programao:

    Aula Contedo Data

    Aula 0

    Custo: conceito, classificao, sistemas,

    formas de produo, formas de custeio,

    sistemas de controle de custo e

    nomenclaturas aplicveis a custos.

    DEMO

    Aula 1

    Sistemas de custeio: custeio por absoro e

    custeio Direto ou Varivel. Evidenciao das

    contas patrimoniais, resultados e custos nas

    Demonstraes contbeis das indstrias.

    Avaliao dos estoques de produtos em

    elaborao, produtos acabados, Conceito de

    Produo Equivalente. Apurao do custo

    dos produtos vendidos e dos servios

    prestados. Tratamento contbil e formas de

    contabilizao.

    21/06/2013

    Aula 2

    Custeio e controle dos materiais diretos:

    Custo de aquisio, inventrios, critrios de

    avaliao e identificao do consumo de

    materiais e tratamento das perdas. Custeio,

    controle e tratamento contbil da mo-de-

    obra direta e indireta. Custeio, tratamento

    contbil, taxas de aplicao, e controle dos

    custos indiretos de fabricao.

    05/07/2013

    Aula 3

    Critrios de rateio. Departamentalizao dos

    custos. Sistemas de Produo: Custos por

    ordem, custos por processo ou por produo

    contnua, tratamento contbil e avaliao do

    processo produtivo. Avaliao de estoques

    na produo contnua. Sistema de controles

    dos custos: custo padro e custo por

    estimativa. Tratamento contbil e anlise

    das variaes

    19/07/2013

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    Aula 4

    Critrios de avaliao dos produtos em

    elaborao e dos produtos acabados.

    Tratamento das perdas e adies de

    unidades produzidas. Custeio da produo

    conjunta. Co-produtos, subprodutos e

    sucatas: conceito, clculo e tratamento

    contbil.

    02/08/2013

    Aula 5

    Conceito de margem de contribuio total e

    unitria. Margem de contribuio e retorno

    sobre o investimento. Anlise das relaes

    custo/volume/lucro. O ponto de equilbrio

    contbil, econmico e financeiro. Alteraes

    dos custos fixos e variveis e sua influncia

    no ponto de equilbrio. Custeio baseado em

    atividades - ABC - Activity Based Costing.

    16/08/2013

    Acreditamos que, alm da teoria, a resoluo de questo de contabilidade

    de custos seja essencial para o bom aprendizado. Uma boa caracterstica desse

    ramo da contabilidade que as questes no se diferenciam tanto de uma

    banca para outra. Resolveremos durante o curso mais de 210 questes de

    diversas bancas de concursos. Ser um Curso de Teoria e Questes

    Resolvidas.

    Ademais, as dvidas sero sanadas por meio de frum do site do Canal

    dos Concursos, que todos os matriculados tero acesso. Crticas ou sugestes

    podero ser enviadas pelo link:

    http://www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf/contato.php

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    3. Funes da contabilidade Financeira, Custos e Gerencial

    interessante que o candidato conhea as diferenas bsicas sobre o

    objeto de estudo da contabilidade financeira, gerencial e custos. Esse aspecto

    de fundamental importncia, pois a separao desses grupos decorre do

    entendimento de alguns doutrinadores de que os usurios so diferentes, que

    apresentam distines significativas em suas necessidades, perspectivas e

    expectativas em relao utilizao da informao contbil.

    comum a confuso entre os usurios da contabilidade financeira e

    gerencial. Portanto, vamos trazer uma forma bem simples de diferenciar

    quando a contabilidade financeira e gerencial ser utilizada. O fato que

    ambos os grupos de usurios pretendem utilizar a contabilidade para deciso,

    mas no necessariamente da mesma maneira. Para facilitar essa

    diferenciao, vamos olhar para a organizao sob duas perspectivas: a

    interna e a externa, ou seja, da porta para dentro existem os usurios internos

    (interna) e da porta para fora existem os usurios externos (externa). Na

    Contabilidade para usurios externos, denominada de Contabilidade

    Financeira, existem vrios usurios, tais como os acionistas controladores, os

    gestores de fundos, os rgos que representam o governo, os credores etc. A

    Contabilidade Gerencial, tambm, tem diferentes usurios dentro dos nveis

    hierrquicos ou mesmo por rea funcional ou de atividade e cada um

    apresenta diferentes demandas. Contudo, os usurios internos, dentro de cada

    uma das Contabilidades, tm algo em comum: o acesso s informaes em

    maior profundidade do que o usurio externo. Nessa linha, a assimetria

    externa tende a ser maior do que a assimetria interna. esse um dos

    principais motivos para que sejam agrupadas dessa forma. J a contabilidade

    de custos, grosso modo, tem por funo primordial o controle dos estoques e

    utiliza o conhecimento dos dois outros ramos para atingir o seu objetivo.

    3.1 Contabilidade Geral ou Financeira

    A Contabilidade Financeira tem por objetivo ou funo controlar o

    patrimnio das empresas e apurar o resultado (variao do patrimnio). Alm

    dos usurios internos (funo controle), ela tambm deve prestar informaes

    a usurios externos que tenham interesse em acompanhar a evoluo da

    empresa, tais como, por exemplo, entidades financeiras que iro lhe conceder

    emprstimo e debenturistas. Essas informaes so prestadas por meio de

    Demonstraes, tais como, Balano Patrimonial e a Demonstrao de

    Resultado do Exerccio.

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    3.2 Funes da Contabilidade Gerencial

    Constitui-se na parte do sistema contbil que se dedica s informaes para os usurios internos da entidade (HANSEN e MOWEN, 1997). Assim, a

    Contabilidade Gerencial tem por funo fornecer informaes extradas dos dados contbeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de deciso. Essas informaes devem permitir aos administradores gerenciar o

    desempenho da empresa a fim de verificar se metas foram cumpridas. Como visa a atender aos usurios internos, no preciso levar em conta a forma

    rgida dos princpios contbeis na apresentao de seus demonstrativos. Por fim, ela se vale de outros campos de conhecimento no circunscritos contabilidade (estatstica e administrao financeira, entre outros).

    3.3. Contabilidade de Custos

    Nosso curso versa sobre o estudo desse ramo da contabilidade.

    Portanto, vamos fazer um apanhado do surgimento e os objetivos do seu

    estudo, para melhor compreenso e entendimento.

    Com o advento da Revoluo Industrial e a consequente proliferao

    das empresas industriais, a Contabilidade sentiu a necessidade de adaptar os

    procedimentos de apurao do resultado em empresas comerciais (que apenas

    revendiam mercadorias) para as empresas industriais, que adquiriam

    matrias-primas e utilizavam fatores de produo para transform-las em

    produtos destinados venda.

    A primeira soluo encontrada foi transformar a apurao do resultado

    das empresas comerciais, com a substituio do item Compras pelo

    pagamento de fatores que faziam parte da produo, como, matrias-primas

    consumidas, salrios dos trabalhadores da produo, energia eltrica e

    outros insumos utilizados. Logo, todos os gastos que foram efetuados na

    atividade industrial, conhecidos tambm como custos de produo, seriam

    contabilizados. Com isso, surgiu um novo ramo da Contabilidade denominado

    Contabilidade de Custos.

    A Contabilidade de Custos, inicialmente, teve como principal funo a

    avaliao de estoques em empresas industriais, que um procedimento muito

    mais complexo do que nas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a

    simples compra e revenda de mercadorias. Na contabilidade de custos so

    feitos pagamentos a fatores de produo tais como salrios, aquisies e

    utilizao de matrias-primas etc.

    Ademais, estes gastos devem ser incorporados ao valor dos estoques

    das empresas no processo produtivo e, por ocasio do encerramento do

    balano, haver dois tipos de estoque: produtos em elaborao e produtos

    acabados.

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    Conforme j comentado, a soluo adotada para apurar o resultado na

    empresa industrial foi similar utilizada na contabilidade comercial: avaliam-

    se os estoques inicial e final (produtos acabados e em elaborao) e substitui-

    se a conta de compras pelos gastos efetuados na produo:

    Segundo os conceituados professores Silvrio das Neves e Paulo

    Viceconti, de acordo com a frmula de custos dos produtos vendidos, os gastos

    de produo do perodo foram totalmente absorvidos, ou pelos estoques finais

    de produtos, ou pelo custo dos produtos vendidos. Por essa caracterstica

    denominado custeio por absoro (custeio forma de apurar custos).

    O custeio por absoro est baseado nos seguintes Princpios

    Contbeis: Princpio do Registro pelo Valor Original: os estoques e o

    resultado das indstrias so avaliados pelo custo histrico, no sendo

    corrigidos quando h variao do preo dos fatores de produo entre a

    aquisio e o levantamento do balano patrimonial. Princpio da

    Competncia: todos os gastos com a produo que no tiverem

    correspondncia com as receitas obtidas devem ser incorporados ao valor dos

    estoques (custeio por absoro).

    Por fim, segundo o professor Eliseu Martins, a atual Contabilidade de

    Custos possui duas funes relevantes: o auxlio ao controle e a ajuda s

    Frmulas utilizadas nas empresas

    comerciais:

    CMV = EI + C EF

    LB = V CMV

    Onde:

    EI = estoque inicial

    C= Compras

    EF = Estoque final

    LB = Lucro Bruto

    CMV = Custo das Mercadorias

    Vendidas

    Lucro Bruto (LB)

    (-) Despesas

    - Comerciais

    - Administrativas

    - Financeiras

    (=) Resultado Lquido

    Frmulas utilizadas nas empresas

    industriais:

    CPV = EI + GP EF

    LB = V CPV

    Onde:

    EI = estoque inicial de produtos em

    elaborao e produtos acabados

    GP = Gastos na Produo

    EF = estoque inicial de produtos em

    elaborao e produtos acabados

    LB = Lucro Bruto

    CPV = Custo dos Produtos Vendidos

    Lucro Bruto (LB)

    (-) Despesas

    - Comerciais

    - Administrativas

    - Financeiras

    (=) Resultado Lquido

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    tomadas de deciso. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante

    misso fornecer dados para o estabelecimento de padres, oramentos e

    outras formas de previso. Num estgio seguinte, ela deve acompanhar o

    efetivamente ocorrido para proporcionar comparao. No que tange deciso,

    ela permite alimentar a administrao de informaes sobre valores relevantes

    que dizem respeito s consequncias de curto e longo prazo sobre medidas de

    introduo ou cortes de produtos, entre outras.

    4. Terminologia aplicada Contabilidade de Custos

    Os conceitos utilizados neste curso sero retirados principalmente de

    duas publicaes geralmente recomendas em sugestes de bibliografias de

    bancas de concursos. So eles:

    - Contabilidade de Custos, Eliseu Martins, Editora Atlas, 10 edio, 2010.

    - Contabilidade de Custos enfoque direto e objetivo-, Silvrio das Neves e

    Paulo Viceconti, Editora Frase, 8 edio, 2008.

    Vamos aos conceitos. Seguindo uma forma didtica, vamos comear pelas

    nomenclaturas aplicveis aos custos de modo que, ao longo do curso, vocs

    se sintam mais familiarizados com os conceitos aqui abordados.

    4.1 Nomenclaturas aplicveis aos Custos

    4.1.1 Gasto

    Eliseu Martins conceitua Gasto como a compra de um produto ou

    servio qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a entidade

    (desembolso), sacrifcio esse representado por entrega ou promessa

    de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

    Explicando de forma mais fcil, o fato gerador do gasto acontece quando

    os bens e servios adquiridos so prestados e, consequentemente, passam a

    ser propriedade da indstria. Normalmente, um gasto implica em desembolso,

    embora o desembolso possa ser postergado em relao ao gasto.

    Exemplos: Gasto com aquisio de mercadorias para revenda; Gastos com

    mo-de-obra (salrios e encargos sociais); Gastos com aquisio de matrias-

    primas; Gastos com aquisio de mquinas; Gastos com aquisio de

    equipamentos; Gastos com consumo de energia eltrica; e Gastos com

    aluguis de instalaes.

    4.1.2 Desembolso

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    Conceitua-se Desembolso como pagamento resultante da aquisio

    do bem ou servio. O desembolso pode ocorrer concomitante com o gasto,

    quando pagamento feito vista, ou posteriormente ao gasto, quando o

    pagamento feito a prazo.

    Note que gasto implica desembolso, entretanto, eles tm

    conceitos distintos.

    4.1.3 Tipos de Gastos

    Os gastos podem ser divididos em:

    - investimentos;

    - custos;

    - despesas.

    4.1.3.1 Investimento

    Investimento o gasto ativado em funo de sua vida til ou de

    benefcios atribuveis a futuro(s) perodo(s).

    Exemplos: Aquisio de mveis e utenslios; Aquisio de marcas e patentes;

    Aquisio de materiais de escritrio; Aquisio de matrias-primas1.

    Segundo Eliseu Martins, os investimentos podem ser de diversas

    naturezas e de perodos de ativao variados: a matria-prima um gasto

    contabilizado temporariamente como investimento circulante; a mquina um

    gasto que se transforma num investimento permanente; as aes adquiridas de

    outras empresas so gastos classificados como investimentos circulantes ou

    permanentes, dependendo da inteno que levou a sociedade aquisio.

    4.1.3.2 Custo

    Custo corresponde ao gasto relativo a bem ou servio utilizado na

    produo de outros bens ou servios. visvel a caracterstica do custo,

    que um gasto relacionado atividade de produo.

    Exemplos: Salrios e encargos sociais dos funcionrios que trabalham na

    produo; Seguro do maquinrio utilizado na produo; Seguro das instalaes

    1 O gasto com aquisio de matrias-primas que ainda no foi utilizado no processo de

    produo de bens e servios considerado investimento.

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    da fbrica; Matria-prima utilizada no processo produtivo2; Depreciao de

    equipamentos utilizados na produo; e Aluguis de instalaes da fbrica.

    A matria-prima foi um gasto em sua aquisio que imediatamente se

    tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem; no

    momento de sua utilizao na fabricao de um bem, surge o custo da matria-

    prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, de novo

    um investimento, j que fica ativado at sua venda.

    A energia eltrica um gasto, no ato da aquisio, que passa

    imediatamente para custo (por sua utilizao) sem transitar pela fase de

    investimento. A mquina provocou um gasto em sua entrada, tornado

    investimento (ativo) e parceladamente transformado em custo, via depreciao,

    medida que utilizada no processo de produo de utilidades.

    No momento da venda, os custos se transformam em despesas, em

    obedincia ao Princpio da Competncia (as despesas devem ser reconhecidas

    simultaneamente com as receitas que ajudam a gerar).

    4.1.3.3 Despesa

    Eliseu Martins define Despesa como bem ou servio consumido

    direta ou indiretamente para a obteno de receitas.

    J Paulo Viceconti e Silvrio das Neves consideram Despesa como

    gastos com bens e servios no utilizados nas atividades produtivas e

    consumidos com a finalidade de obteno de receitas.

    Nem sempre fcil distinguir custos e despesas. A doutrina prope uma

    regra simples do ponto de vista didtico: todos os gastos realizados com o

    produto at que este esteja pronto, so custos; a partir da os gastos restantes

    seriam Despesas.

    Exemplos: A comisso do vendedor, por exemplo, um gasto que se torna

    imediatamente uma despesa.

    O microcomputador da secretria do diretor financeiro, que fora

    transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa

    (depreciao), sem se transformar em custo. Logo, todas as despesas so ou

    foram gastos. Porm alguns gastos, por sua natureza, no se transformam em

    2 No momento em que as matrias-primas adquiridas pela indstria passam a ser

    utilizadas no processo produtivo, elas deixam de ser consideradas investimento

    (estoques ativo circulante) e passam a ser consideradas custos de produo.

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    despesas. Por exemplo, terrenos, que pela legislao no so depreciados e s

    se transformam quando da venda (se houver prejuzo).

    Ainda, dentro desse contexto, as DESPESAS podem ser classificadas em

    FIXAS e VARIVEIS. Ao contrrio dos custos, cuja classificao est

    relacionada produo, as despesas recebem essa classificao em funo do

    volume das vendas. Assim, as comisses pagas aos vendedores so

    consideradas despesas variveis, enquanto que o aluguel do escritrio da

    administrao considerado despesa fixa, visto que deve ser paga

    independentemente das vendas do perodo.

    Por fim, importante citarmos o que diz a Resoluo CFC 750/93, que

    trata sobre os Princpios de Contabilidade:

    Pessoal, vamos passar agora a apresentar um resumo

    exemplificativo de conceitos importantes apresentados at aqui:

    Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das

    transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se

    referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a

    simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas

    correlatas. (grifo nosso)

    1 - A empresa realiza um gasto, que corresponde a um aumento das obrigaes

    e/ou diminuio do ativo.

    2 - O gasto pode ser:

    - Investimento: compra de matria-prima; aquisio de bens do

    imobilizado.

    - Consumo Direto: pagamento da conta de gua.

    3 - Investimento: por exemplo, a matria-prima que, no momento de sua compra era um investimento, passou a ser considerada como um custo no momento de sua utilizao na produo e, posteriormente, torna-se uma despesa quando o produto fabricado for vendido.

    4 - Gastos de consumo direto: classificam-se inicialmente como despesas, entretanto podem ser diretamente apropriados ao resultado do exerccio, caso no participem do processo produtivo. Caso contrrio, isto , se participarem do processo produtivo, sero considerados custos e, posteriormente, despesas, quando da apurao do resultado do exerccio.

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    4.1.4 Perda

    Segundo Eliseu Martins, Perda consiste em bem ou servio

    consumidos de forma anormal e involuntria.

    Segundo Paulo Viceconti e Silvrio das Neves, Perda gasto no

    intencional decorrente de fatores externos fortuitos (o evento

    independe do processo de produo) ou da atividade produtiva normal

    (o evento depende do processo de produo) da empresa. No 1 caso,

    so considerados da mesma natureza que as Despesas e so lanadas

    diretamente contra o resultado do perodo. No 2 caso, onde se

    enquadram, por exemplo, as perdas normais de matrias-primas na produo

    industrial, integram o Custo de Produo do Perodo.

    Ainda sobre o assunto, h necessidade de citarmos o Pronunciamento

    Tcnico CPC n 16, que trata de Estoques:

    Resumindo: primeiro surge o gasto, e, posteriormente, a despesa, que pode ser classificada diretamente do resultado do exerccio, ou, antes disso, classificar-se como um custo que se transformar em despesas quando da apurao do resultado do exerccio, segundo os princpios da contabilidade.

    10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisio e de transformao, bem como outros custos incorridos para trazer os

    estoques sua condio e localizao atuais. (grifo nosso)

    (...)

    13. A alocao de custos fixos indiretos de fabricao s unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produo. A capacidade

    normal a produo mdia que se espera atingir ao longo de vrios

    perodos em circunstncias normais; com isso, leva-se em considerao, para

    a determinao dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total no-

    utilizada por causa de manuteno preventiva, de frias coletivas e de outros

    eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nvel real de

    produo pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. Como

    consequncia, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida no

    pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produo ou

    ociosidade. Os custos fixos no-alocados aos produtos devem ser

    reconhecidos diretamente como despesa no perodo em que so incorridos.

    Em perodos de anormal alto volume de produo, o montante de custo fixo

    alocado a cada unidade produzida deve ser diminudo, de maneira que os estoques

    no sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produo

    variveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso

    real dos insumos variveis de produo, ou seja, na capacidade real utilizada.(grifo nosso)

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    4.1.5 Outras Nomenclaturas Importantes

    4.1.5.1 Custo de Produo do Perodo

    O Custo de Produo do Perodo (CPP) corresponde aos custos

    incorridos no processo produtivo num determinado perodo de tempo. O CPP

    usualmente decomposto de acordo com a seguinte frmula:

    CPP = MD + MOD + CIF

    MD denota os Materiais Diretos (matria-prima, materiais secundrios

    apropriados diretamente ao produto e material de embalagem), MOD a

    Mo-de-Obra Direta (gastos com a mo de obra que so diretamente

    apropriveis ao produto) e CIF representa os demais gastos indiretos de

    fabricao. Os CIF tambm recebem outros nomes tais como Gastos Gerais

    de Fabricao, Gastos Gerais de Produo e Despesas Indiretas de

    Fabricao.

    4.1.5.2 Custo da Produo Acabada

    Segundo Eliseu Martins, Custo da Produo Acabada a soma dos

    custos contidos na produo acabada do perodo. Pode conter Custos de

    Produo tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s foram

    completadas no presente perodo.

    4.1.5.3 Custo dos Produtos Vendidos

    Segundo Eliseu Martins, Custo dos Produtos Vendidos a soma dos

    custos incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo

    vendidos. Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso os itens

    vendidos tenham sido produzidos em diversas pocas diferentes.

    4.1.5.4 Custo Primrio

    Segundo Eliseu Martins, Custo primrio a soma matria-prima com mo

    de obra.

    O Custo Primrio (CPrim) dado por:

    Ateno: o CPP, CPA e CPV so conceitos distintos e no h

    nenhuma relao obrigatria entre seus valores. Cada um pode ser

    maior ou menor que o outro em cada perodo, dependendo das

    circunstncias.

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    CPrim = Matria-prima + MOD.

    4.1.5.5 Custo de Transformao

    Segundo Eliseu Martins, Custo de Transformao a soma de todos os

    Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros

    componentes adquiridos prontos e empregados sem nenhuma modificao pela

    empresa. Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da

    prpria indstria no processo de elaborao de um determinado item (mo de

    obra direta e indireta, energia, depreciao, etc).

    O Custo de Converso ou de Transformao (CTransf) definido

    como CTransf = MOD + CIF.

    4.2. Custo: Conceito, Classificao, Sistemas, Formas de Produo,

    Formas de Custeio e Sistemas de Controle de Custos

    4.2.1 Conceito de Custos

    J abordamos o conceito de Custos. Custo corresponde ao gasto

    relativo a bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou

    servios.

    4.2.2 Classificao de Custos

    J abordamos o conceito de Custos. Agora vamos falar um pouco

    sobre classificao de Custos.

    4.2.2.1 Quanto alocao dos custos aos produtos:

    a) Custos Diretos - So aqueles que so diretamente atribuveis a um

    determinado bem ou servio (produto). Ex.: Matria-prima (material

    direto), mo de obra direta, embalagens, componentes adquiridos

    prontos, etc.

    b) Custos Indiretos - So aqueles que no podem ser diretamente

    apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada

    atravs do chamado rateio.

    Ex.: Aluguel da fbrica, seguros da fbrica, materiais indiretos, mo de

    obra indireta, depreciao, salrio da superviso, etc.

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    Observao: cuidado, pois se uma empresa produz apenas um tipo de

    produto, ento todos os seus custos so diretos.

    4.2.2.2 Quanto a sua dependncia com o volume de produo ou

    venda:

    a) Custos variveis - So aqueles que esto diretamente relacionados

    com o volume de produo ou venda. Ex.: Matria prima, MOD.

    Caractersticas: em termos de custos totais, quanto maior for o

    volume de produo, maiores sero os custos totais.

    - Em termos de custos unitrios, os custos permanecem constantes.

    b) Custos fixos - So aqueles que independem do volume de produo

    ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui

    para produzir e vender bens ou servios.

    Ex.: depreciao, aluguel.

    Caractersticas: em termos de custos unitrios, quanto maior for o

    volume de produo ou venda, menores sero os custos por unidade.

    - Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas

    ou vendidas.

    Alguns autores utilizam ainda os conceitos de Custos semifixos e

    Custos semivariveis:

    c) Custos semivariveis so custos que variam com o nvel de

    produo, entretanto possuem uma parcela fixa, mesmo que nada seja

    produzido, ou seja, so os custos variveis que no acompanham

    linearmente a produo, mas aos saltos, mantendo-se fixos dentro de

    estreitos limites.

    Um exemplo de custo semivarivel a conta de energia eltrica, visto

    que h um valor mnimo a ser pago ainda que no ocorra nenhum

    consumo, embora o valor total da conta dependa do consumo de

    energia da empresa.

    d) Custos semifixos ou Custos por degraus so custos que so fixos

    em determinada faixa de produo, mas que variam quando h uma

    mudana desta faixa, em funo, por exemplo, da capacidade de

    produo instalada.

    Um bom exemplo o salrio de funcionrios da superviso. Digamos

    que a administrao estipule a seguinte regra: se o setor produtivo

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    fabricar at 20.000 unidades o salrio dos supervisores ser

    R$1.500,00. Entretanto, se o setor superar a marca de 20.000

    unidades, o salrio dos supervisores dobrar (R$3.000,00). Logo, essa

    regra de incentivo a produo gera um custo semifixo.

    4.2.3 Sistemas

    Sistema de Custos o modo como a indstria realiza o processo de

    apurao do custo dos produtos. A doutrina contbil considera que os gestores

    dispem atualmente de dois sistemas de custeio (por ordem e por processo) e

    de basicamente quatro metodologias (custeio por absoro, custeio padro, o

    custeio varivel ou direto e o custeio baseado em atividades, estes so os mais

    comuns e corriqueiramente utilizados)3. A poltica de avaliao de estoques

    tambm est englobada nesse conceito (PEPS ou custo mdio, por exemplo).

    4.2.4 Formas de Produo

    4.2.4.1 Produo por ordem

    A Produo por ordem ocorre quando a empresa programa a sua

    atividade produtiva a partir de encomendas especficas de cada cliente. o

    caso, por exemplo, da indstria naval, em que cada pedido possui

    caractersticas nicas.

    Nesse tipo de produo, os custos so acumulados numa conta especfica

    para cada ordem de produo. Esta conta s termina de receber custos quando

    a ordem estiver finalizada. Se um exerccio terminar e o produto ainda estiver

    sendo fabricado, o saldo da conta ser totalmente classificado como Produtos

    em Elaborao. Uma vez pronto, o saldo da conta relativa ordem de

    produo ser transferido para Produtos Acabados ou Custo do Produto

    Vendido (CPV), conforme j tenha sido realizada ou no a venda.

    4.2.4.2 Produo contnua

    A Produo Contnua ocorre quando a empresa faz a produo em srie

    ou em massa de um produto ou linha de produtos.

    3 Temos ainda o mtodo RKW que, por no estar no edital, no ser objeto de estudo

    neste curso.

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    A empresa produz para estoque e no para atender encomendas

    especficas de clientes. Exemplos: indstrias txteis, de ao e de produtos

    farmacuticos.

    No Custeamento por Processo, que aplicado a empresas de produo

    contnua, os custos so acumulados em contas representativas dos produtos

    ou linha de produtos. Como a produo contnua, as contas de custos no

    so encerradas, havendo, portanto, um fluxo contnuo de Produtos em

    Elaborao, Produtos Acabados e Produtos Vendidos.

    4.2.5 Formas ou Mtodos de Custeio

    Basicamente, Custeio a forma ou processo escolhido pela

    administrao para apropriao dos custos aos produtos. Embora cada

    qual apure um valor diferente para o resultado e para o estoque final, no h

    como afirmar que um mtodo seja melhor que o outro, pois essa avaliao

    depende do objetivo que se tem ao apurar o fluxo de produo.

    Nesta seo, apresentaremos, de forma bastante resumida, os Custeios

    Varivel, Padro (ser objeto de estudo na aula 03) e ABC (Activity-

    Based Costing) ou Custeio Baseado em Atividades (ser objeto de

    estudo na aula 05).

    4.2.5.1 Custeio por Absoro

    O Custeio por absoro ou Custeio Pleno consiste na apropriao de

    todos os custos (sejam eles fixos ou variveis) produo do perodo.

    Entretanto, os gastos no fabris (despesas) so excludos.

    A distino principal no custeio por absoro entre custos e despesas.

    Essa distino j foi abordada no incio desta aula.

    O custeio por absoro o nico aceito pela auditoria externa, porque

    atende ao Princpio Contbil da Competncia e o nico aceito pela legislao

    do Imposto de renda.

    4.2.5.2 Custeio Varivel ou Direto

    Neste mtodo de custeio, somente so apropriados produo os

    custos variveis. Os custos fixos so contabilizados diretamente a

    dbito de conta de resultado (juntamente com as despesas) sob a alegao

    de que estes correro independentemente do volume de produo da empresa.

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    O custeio varivel viola o Princpio da Competncia, porque os custos

    fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos

    fabricados tenham sido vendidos.

    um mtodo indicado para tomada de decises na empresa.

    4.2.5.3 Custeio Padro

    Neste mtodo, os custos so apropriados produo no pelo seu

    valor efetivo (ou real), mas sim por uma estimativa do que deveriam ser

    (Custo Padro). Este mtodo surge da necessidade de avaliar o desempenho

    da empresa industrial. Para que isso seja possvel, necessrio que se tenha

    um padro de medida para que se possa fazer a comparao e a avaliao

    de desempenho.

    A grande finalidade do custeio padro o planejamento e o controle de

    custos.

    4.2.5.3 Custeio ABC

    No mtodo de Custeio ABC, o objetivo delinear as atividades para

    determinar os sistemas de custos, ou seja, as atividades da empresa

    constituem, neste mtodo, os objetos fundamentais para a determinao dos

    custos. Esses custos por atividades que sero apropriados aos

    produtos.

    A origem do mtodo ABC proveio do significativo aumento dos CIF

    (overhead costs) na produo industrial nas ltimas dcadas.

    Nos primrdios da atividade industrial no mundo moderno, os elementos

    mais importantes do custo de produo eram os MD e a MOD, cuja

    apropriao se faz diretamente aos produtos. As distores nos custos dos

    produtos provocadas pelo rateio dos CIF, baseado em estimativas, tinham

    pequena influncia na determinao do CPV e, portanto, na apurao da sua

    margem de lucratividade.

    medida que a atividade industrial tornou-se extremamente complexa e

    com um alto grau de automao, houve um aumento considervel dos CIF e,

    por esse motivo, eles passaram a representar, em muitos casos, a maior

    parcela dos custos de produo de uma empresa.

    Assim, caso fossem cometidos erros no rateio dos CIF aos produtos

    fabricados, visto que todo rateio parte de uma base arbitrria, os gerentes

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    poderiam cometer erros no processo de tomada de decises, j que os clculos

    de margem de lucro poderiam estar errados.

    Nesse cenrio, surgiu o Custeio ABC como uma forma de tentar alocar os

    recursos produtivos da empresa de uma forma mais justa ou eficiente.

    O pressuposto do ABC que os fatores produtivos (recursos) so

    consumidos pelas suas atividades e no pelos produtos fabricados. Os

    produtos so uma mera consequncia das atividades efetuadas pela empresa,

    sendo elas o motivo para fabric-los e comercializ-los.

    No mtodo ABC, o objetivo rastrear quais so as atividades que esto

    consumindo de forma mais significativa os recursos da produo. Os custos

    so ento direcionados para essas atividades e destas para os bens

    fabricados. O rastreamento de custos um mtodo muito mais complexo do

    que o simples rateio dos CIF aos produtos. necessrio elencar as atividades

    relevantes dentro dos departamentos, verificar quais so os recursos que

    esto sendo consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades

    e delas para os produtos.

    Logo, para se utilizar o mtodo de custeio ABC necessria a definio

    das atividades relevantes dentro dos departamentos, bem como dos

    direcionadores de custos que iro alocar os diversos custos incorridos s

    atividades.

    O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores

    causadas em virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de

    custos indiretos de fabricao aos produtos. O custeio ABC tambm pode

    ser aplicado aos custos diretos, como, por exemplo, a mo-de-obra direta,

    mas, neste caso, no haver muita diferena em relao ao mtodo de custeio

    por absoro. Resumindo, a diferena fundamental est no tratamento

    dado aos custos indiretos.

    Por fim, os custos obtidos por esse mtodo de custeio ABC incluem

    despesas administrativas e com vendas, razo pela qual no aceito, para fins

    contbeis, para avaliao dos estoques.

    Entretanto, este mtodo de custeio de grande utilidade, dentro do

    contexto gerencial da contabilidade, para a tomada de deciso do

    administrador da empresa.

    4.2.6 Sistemas de Controle de Custos

    O conceito de Sistema de Controle est tambm relacionado

    Contabilidade Gerencial, tendo em vista que influencia a tomada de deciso

    pelos gestores. Ele trata, com os dados produzidos pela contabilidade de

    Custos, da relao entre o que se esperava ser alcanado e o que se alcanou.

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    Alguns autores atualmente esto recomendando que as empresa

    institucionalizem o que est sendo denominado de Controladoria, rgo

    responsvel por integrar gesto e sistemas econmico-financeiros.

    5. Questes comentadas

    Abordaremos questes de diversas bancas relacionadas aos assuntos

    tratados na aula. Tendo em vista o escasso nmero de questes sobre essa

    aula, algumas delas sero adaptadas para fixao de conceitos.

    1. (AFC/Esaf) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma est incorreta,

    assinale-a.

    a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de

    apurao do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais.

    b) A contabilidade de custos presta duas funes dentro da contabilidade

    gerencial, fornecendo os dados de custos para auxlio ao controle e para a

    tomada de decises.

    c) Os custos de produo renem o custo do material direto, o custo da mo-

    de-obra e os demais custos indiretos de fabricao.

    d) O objetivo bsico da contabilidade gerencial o de fornecer administrao

    instrumentos que a auxiliem em suas funes gerenciais.

    e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou servio utilizado

    na produo de outros bens ou servios.

    Comentrio:

    A Contabilidade Gerencial tem por funo tratar informaes, extradas dos

    dados contbeis, que ajudem os administradores no processo de controle e

    tomada de deciso. a Contabilidade de Custos que tem por objetivo adaptar

    os procedimentos de apurao do resultado das empresas comerciais para as

    empresas industriais.

    Gabarito letra A.

    (Adaptadas Cespe/Unb) Julgue os itens a seguir.

    2. Os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so usados pela

    Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de decises.

    Comentrio:

    Item correto. Realmente, os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so

    usados pela Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de

    decises.

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    3. A Contabilidade de Custos tem uma rea de atuao mais ampla do que a

    Contabilidade Gerencial.

    Comentrio: Item errado. Segundo Eliseu Martins, em sua Obra

    Contabilidade de Custos (editora Atlas), as novas funes da moderna

    Contabilidade de Custos (auxlio ao controle e ajuda s tomadas de decises)

    no englobam o todo da Contabilidade Gerencial, porque esta ltima tem um

    escopo mais amplo.

    4. O conhecimento do custo de um produto no vital para se determinar,

    dado o preo, se o mesmo d lucro ou no.

    Comentrio: Item errado. Ocorre exatamente o contrrio, o conhecimento

    do custo essencial para se calcular a lucratividade, ou no, de um dado

    produto.

    5. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimnio das

    entidades, sejam elas pblicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

    Comentrio: Item correto. Esse exatamente um dos objetivos da

    Contabilidade Geral.

    6. A principal finalidade da Contabilidade de Custos atual apenas a avaliao

    de estoques na indstria.

    Comentrio: Item errado. Devido ao crescimento das empresas, a

    Contabilidade de Custos atual, alm de avaliar estoques, passou a ser vista

    como uma eficiente forma de auxlio no desempenho e gesto.

    7. Custeio por Absoro um processo de apurao de custos que rateia todos

    os custos, fixos ou variveis, em cada fase de produo.

    Comentrio: Item correto. esse o conceito de custeio por absoro.

    8. O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores causadas em

    virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de custos indiretos de

    fabricao aos produtos.

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    Comentrio: Item correto. Ver subitem 4.2.5.3

    9. O custeio varivel no viola o Princpio da Competncia, porque os custos

    fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos

    fabricados tenham sido vendidos.

    Comentrio: Item errado. exatamente o contrrio. O item estaria correto

    se estivesse escrito da seguinte forma: O custeio varivel viola o Princpio da

    Competncia, porque os custos fixos so reconhecidos como despesas mesmo

    que nem todos os produtos fabricados tenham sido vendidos.

    10. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas.

    Comentrio: Item errado. Cuidado, pois os gastos podem ser divididos em:

    investimento, custos e despesas.

    11. (Perito Criminal Federal/Contador/2004) O valor de fretes e seguros

    pagos pelos comerciantes e relativos ao deslocamento de mercadoria do

    estabelecimento do fornecedor at o ponto de venda deve ser incorporado ao

    saldo da consta compras para apurao do custo da mercadoria vendida.

    Comentrio: Item correto. A questo est de acordo com o que prescreve o

    item 10 do Pronunciamento Tcnico CPC n 16, estudado no subitem 4.1.4.

    12. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A grande finalidade do

    Custo Padro :

    a) o planejamento e controle de custos.

    b) a gesto de preos.

    c) o atendimento s Normas Contbeis Brasileiras.

    d) a rentabilidade de produtos.

    e) o retorno do investimento.

    Comentrio: Segundo o Prof. Eliseu Martins, em Obra Contabilidade de

    Custos (9 edio - Editora Atlas):

    (...) a grande finalidade do custo padro o planejamento e controle

    dos custos (...).

    Seu grande objetivo, portanto, o de fixar uma base de comparao

    entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. E isso nos

    leva concluso de que Custo-Padro no outra forma, mtodo ou

    critrio de contabilizao de custos (como Absoro e Varivel), mas

    sim uma tcnica auxiliar. No uma alternativa, mas sim um

    coadjuvante.

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    Logo, todas as alternativas esto incorretas, exceto a primeira. Podemos

    entender agora porque em nosso curso h tantas citaes ao ilustre autor.

    Gabarito letra A.

    13. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) Na terminologia de

    custos, so custos de converso ou transformao:

    a) Mo de obra direta e Mo de obra indireta.

    b) Mo de obra direta e Materiais diretos.

    c) Custos primrios e Custos de fabricao fixos.

    d) Matria-prima, Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.

    e) Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.

    Comentrio: O Custo de Converso ou de Transformao (CTransf)

    definido como CTransf = MOD + CIF, em que MOD denota a mo-de-obra

    direta e CIF so os Custos Indiretos de Fabricao, conforme explicado no

    subitem 4.1.5.5.

    Gabarito letra E.

    14. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A diferena fundamental

    do Custeio Baseado em Atividades Activity-Based Costing em relao aos

    sistemas tradicionais Varivel e Absoro est no tratamento dado

    a) aos custos diretos de fabricao.

    b) ao ponto de equilbrio financeiro.

    c) aos custos indiretos de fabricao.

    d) s despesas variveis.

    e) s despesas financeiras.

    Comentrio: O mtodo de Custeio ABC visa minimizar as distores

    provocadas pelo rateio arbitrrio dos custos indiretos, sendo esta a sua

    principal diferena em relao aos sistemas tradicionais (custo por absoro,

    por exemplo).

    Gabarito letra C.

    15. (FCC/Bahia Gs/Analista Cincias Contbeis/2010) Os gastos

    com depreciao de equipamentos utilizados na fabricao de mais de um

    produto, salrios de supervisores de produo, aluguel de fbrica e energia

    eltrica que no pode ser associada ao produto, devem ser classificados

    como custos:

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    a) com materiais diretos.

    b) diretos.

    c) fixos.

    d) variveis.

    e) indiretos.

    Comentrio: O enunciado cita gastos como depreciao de equipamentos

    utilizados em mais de um produto, salrio de supervisores de produo,

    aluguel de fbrica e energia eltrica. Tais gastos so por natureza custos

    indiretos, pois possuem a caracterstica de s poderem ser atribudos aos

    produtos atravs de rateio. Cuidado!!! Se a questo tivesse afirmado que tais

    gastos eram utilizados em apenas um produto, os custos seriam diretos.

    Gabarito letra E.

    16. (FCC/Bahia Gs/Analista Contabilidade/2010) "O custeio consiste

    de todos os custos de produo e to somente os de produo do perodo

    alocados a cada unidade de produto processado neste perodo". Este conceito

    diz respeito ao mtodo de custeio denominado

    a) varivel.

    b) por absoro.

    c) direto padro.

    d) por ordem.

    e) direto.

    Comentrio: o conceito do enunciado est de acordo com o subitem 4.2.5.1.

    A expresso todos os custos de produo no deixa dvida de que o

    perguntado se coaduna com o conceito de Custo por Absoro.

    Ademais, no Custeio Varivel ou Direto apenas os custos variveis so

    apropriados produo. No Custeio Padro os custos so apropriados

    produo no pelo seu valor efetivo (ou real), mas sim por uma estimativa

    do que deveriam ser (Custo Padro).

    A expresso por ordem denota uma forma de produo e no um mtodo

    de custeio.

    Gabarito letra B.

    17. (FBC/Bacharel/1 exame de suficincia/2011) Uma indstria apresenta os seguintes dados:

    Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00 Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00

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    Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00 Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00 Material requisitado: diretos R$ 82.000,00 Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00 Seguro da rea de produo R$ 38.000,00

    Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.

    a) O custo de transformao da indstria totalizou R$ 302.000,00, pois o

    custo de transformao a soma da mo de obra direta e dos custos indiretos

    de fabricao.

    b) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 444.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens de sua atividade.

    c) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 524.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens apresentados.

    d) O custo primrio da indstria totalizou R$ 208.000,00, pois o custo primrio

    leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.

    Comentrio: vamos analisar de forma didtica todas as alternativas.

    A alternativa a solicita o total do Custo de Transformao e d o conceito

    correto:

    Aluguel do setor de produo Custo indireto R$ 56.000,00

    Depreciao da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00

    Mo de Obra Direta de produo MOD R$ 100.000,00

    Material requisitado: indiretos Custo indireto R$ 70.000,00

    Seguro da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00

    Total R$ 302.000,00

    As alternativas b e c solicitam o Custo do Perodo e tambm

    explica corretamente o conceito.

    Aluguel do setor de produo Custo indireto R$ 56.000,00

    Depreciao da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00

    Mo de Obra Direta de produo MOD R$ 100.000,00

    Material requisitado: diretos Custo direto R$ 82.000,00

    Material requisitado: indiretos Custo indireto R$ 70.000,00

    Seguro da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00

    Total R$ 384.000,00

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    A alternativa d solicita o total do Custo Primrio que corresponde a soma do

    MOD e Material Direto (ou matria-prima). O total da soma R$100.000,00 +

    R$82.000,00 = R$182.000,00.

    Gabarito letra A.

    18. (VUNESP/ICMS-SP/2002) Julgue as afirmaes a seguir.

    I. Na sua aquisio, a matria-prima um gasto que imediatamente se

    transforma em investimento; no momento de sua utilizao, transforma-se em

    custo integrante do bem fabricado; quando o produto vendido, transforma-se

    em despesa.

    II. Muitos gastos so automaticamente transformados em despesas; outros

    passam primeiro pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de

    investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa.

    III. Cada componente que foi custo no processo de produo torna-se, na

    baixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - s vezes ganhos e

    perdas, mas no custos.

    Pode-se afirmar que:

    a) Apenas as afirmaes I e II so verdadeiras.

    b) Apenas a afirmao I verdadeira.

    c) Apenas a afirmao II verdadeira.

    d) Apenas a afirmao III verdadeira.

    e) Todas as afirmaes so verdadeiras.

    Comentrio: Mais uma vez outra banca explora conceitos tradados nessa aula

    e de autoria do Prof. Eliseu Martins, em Obra Contabilidade de Custos (9

    edio - Editora Atlas). Verifica-se que todas as afirmaes so verdadeiras.

    Gabarito letra E.

    19. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm

    uma assertiva incorreta.

    a) A matria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais

    cujo consumo pode-se quantificar no produto. Se no for possvel a

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    identificao da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de

    custo indireto.

    b) Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela

    fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo

    momento e depois se comportam como custo varivel.

    c) Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que

    se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo

    instalada.

    d) Custo total a somatria dos custos fixos e variveis, sendo que os custos

    semifixos e semivariveis tm o mesmo significado.

    e) A mo-de-obra direta compreende os funcionrios que atuam diretamente

    no produto e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto , apontado no

    produto.

    Comentrio: a presente questo traz definies importantes no que tange a

    Contabilidade de Custos. Entretanto, tenta levar o candidato a erro ao afirmar,

    em outras palavras, que custos semivariveis e custos semifixos so sinnimos

    ou possuem o mesmo conceito.

    Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa

    e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo

    momento e depois se comportam como custo varivel.

    J Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que

    se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo

    instalada.

    Logo, verifica-se que so conceitos diferentes. As demais alternativas so

    verdadeiras.

    Gabarito letra D.

    20. (ESAF/adaptada) No processo produtivo da empresa Desperdcio S.A., no

    ms de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de

    tecidos da linha de produo. Em virtude da contratao de funcionrio sem

    experincia houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De

    acordo com os conceitos contbeis, devem ser registradas essas perdas:

    a) ambas como custo dos produtos vendidos.

    b) respectivamente, como despesa e custo.

    c) ambas como despesas no resultado.

    d) respectivamente, como custo e despesa.

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    Comentrio: Questo interessante, pois explora o conceito de perdas normais

    e perdas anormais. Conforme estudamos no subitem 4.1.4, Perda gasto

    no intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade

    produtiva normal da empresa. No 1 caso, so considerados da mesma

    natureza que as Despesas e so lanadas diretamente contra o resultado do

    perodo. No 2 caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de

    matrias-primas na produo industrial, integram o Custo de Produo do

    Perodo. No enunciado, as perdas com rebarbas decorrentes de corte de

    tecidos so consideradas normais, por conseguinte so apropriadas como

    custos. J a perda com falta de treinamento de funcionrio novo considerada

    anormal e deve ser apropriada como despesa.

    Gabarito letra D.

    21. (FCC/TRF2/Esp. Contadoria/2012) O sistema de custeio no qual os

    custos e despesas fixos so lanados diretamente em conta de resultado do

    exerccio denominado custeio

    (A) padro.

    (B) por absoro.

    (C) ABC.

    (D) pr-determinado.

    (E) varivel.

    Comentrio: o enunciado est de acordo com o conceito de custeio varvel.

    Gabarito letra E.

    22. (Fiscal de Rendas MS 2006 FGV) Com relao classificao dos

    custos quanto ao volume (tambm chamada de classificao quanto

    formao), analise as afirmativas a seguir:

    I. Quanto ao volume, os custos so classificados em direto e indireto.

    II. O custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido.

    III. O custo varivel total varia proporcionalmente ao volume produzido.

    Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa II estiver correta.

    (C) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    Comentrio: vamos analisar cada uma das alternativas.

    I os custos podem ser classificados quanto apropriao aos produtos

    fabricados em diretos e indiretos. Quanto ao volume podem ser divididos em

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    fixos, variveis, semivariveis e semifixos. Logo, v-se que a afirmativa

    inverteu os conceitos.

    II - custos fixos so aqueles cujos valores permanecem inalterados,

    independentemente do volume de produo da empresa. O custo fixo unitrio

    calculado dividindo-se os custos fixos pela quantidade produzida. Logo, o

    custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido. Afirmativa correta.

    III - Os custos variveis so aqueles cujos valores so alterados em funo do

    volume de produo da empresa, ou seja, quanto maior o volume de

    produo, maior ser o custo varivel. Afirmativa correta.

    Gabarito letra E.

    23. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) Uma indstria

    apresenta os seguintes dados:

    Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00 Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00

    Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00 Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00

    Material requisitado: diretos R$ 82.000,00 Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00

    Seguro da rea de produo R$ 38.000,00

    Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA. a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de

    fabricao. b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens de sua atividade. c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados.

    d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio

    leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.

    Comentrio: Vamos iniciar com algumas definies. (1) Custo de Produo do Perodo

    O Custo de Produo do Perodo (CPP) corresponde aos custos incorridos no processo produtivo num determinado perodo de tempo. O CPP

    usualmente decomposto de acordo com a seguinte frmula: CPP = MD + MOD + CIF

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    MD denota os Materiais Diretos (matria-prima, materiais secundrios apropriados diretamente ao produto e material de embalagem), MOD a Mo-de-Obra Direta (gastos com a mo de obra que so diretamente apropriveis ao produto) e CIF representa os demais gastos indiretos de fabricao. Os CIF tambm recebem outros nomes tais como Gastos Gerais de Fabricao, Gastos Gerais de Produo e Despesas Indiretas de

    Fabricao. (2) Custo da Produo Acabada Segundo Eliseu Martins, Custo da Produo Acabada a soma dos custos

    contidos na produo acabada do perodo. Pode conter Custos de Produo tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s foram

    completadas no presente perodo. (3) Custo dos Produtos Vendidos Segundo Eliseu Martins, Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos

    incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo vendidos. Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso os itens vendidos

    tenham sido produzidos em diversas pocas diferentes. (4) Custo Primrio Segundo Eliseu Martins, Custo primrio a soma matria-prima com mo de

    obra. O Custo Primrio (CPrim) dado por:

    CPrim = Matria-prima + MOD. (5) Custo de Transformao

    Segundo Eliseu Martins, Custo de Transformao a soma de todos os Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros componentes

    adquiridos prontos e empregados sem nenhuma modificao pela empresa. Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da prpria indstria no processo de elaborao de um determinado item (mo de obra

    direta e indireta, energia, depreciao, etc). (6) Custo de Converso ou de Transformao (CTransf) definido como

    CTransf = MOD + CIF. a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo

    de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de fabricao. Alternativa Correta CTransf = MOD + CIF

    MOD = R$ 100.000,00 CIF = R$ 56.000,00 + R$ 70.000,00 + R$ 38.000,00 + 38.000,00

    CIF = R$ 202.000,00 CTransf = R$ 302.000,00 b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens de sua atividade. Alternativa Incorreta CPP = MD + MOD + CIF

    MD = R$ 82.000,00 MOD = R$ 100.000,00 CIF = R$ 202.000,00

    CPP = R$ 82.000,00 + R$ 100.000,00 + R$ 202.000,00

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    CPP = R$ 384.000,00

    c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados. Alternativa Incorreta, pois o CPP = R$ 384.000,00.

    d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.

    Alternativa Incorreta. CPrim = Matria-prima + MOD. MDA = R$ 82.000,00

    MOD = R$ 100.000,00 CPrim = R$ 182.000,00.

    Gabarito letra A.

    24. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) No ms de setembro de 2010, foi iniciada a produo de 1.500 unidades de um

    determinado produto. Ao final do ms, 1.200 unidades estavam totalmente concludas e restaram 300 unidades em processo. O percentual de concluso das unidades em processo de 65%. O custo total de produo do perodo foi

    de R$558.000,00. O Custo de Produo dos Produtos Acabados e o Custo de Produo dos Produtos em Processo so, respectivamente:

    a) R$446.400,00 e R$111.600,00.

    b) R$480.000,00 e R$78.000,00.

    c) R$558.000,00 e R$0,00.

    d) R$558.000,00 e R$64.194,00.

    Comentrio: o problema trata de produo equivalente.

    Dados do Problema 1200u acabadas

    300u em processo de acabamento (65%) CPP = 558.000,00

    Para determinarmos o custo da unidade produzida, temos que adotar o

    conceito de equivalente de produo.

    O problema nos informou que das 1500 unidades em produo, 1200 unidades

    esto totalmente acabadas e 300 unidades esto em fase de acabamento (65%). 1 passo: devemos determinar a quantidade produzida utilizando a produo

    equivalente. 1200u

    300u * 65% = 195 u Total = 1395u 2 passo: Para determinarmos o Cu do bem, devemos dividir o CPP/Qe,

    onde Cu o custo unitrio, CPP o custo de produo do perodo e Qe quantidade equivalente.

    Cu = CPP/Qe

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    Cu = 558.000,00/1395

    Cu = R$ 400,00 Logo, temos: 1200u * R$ 400,00 = R$ 480.000,00

    300u * R$ 400,00 * 65% = R$ 78.000,00

    Gabarito letra B.

    25. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - TCNICO) A valorao de estoques, pelo Custeio por Absoro, contempla:

    a) apenas os custos diretos de produo.

    b) apenas os custos fixos de produo.

    c) todos os custos de produo e de administrao.

    d) todos os custos de produo.

    Comentrio: o Custeio por absoro ou Custeio Pleno consiste na apropriao de todos os custos (sejam eles fixos ou variveis) produo do

    perodo.

    Gabarito letra D.

    26. (Exame de Suficincia CFC 2012.2 - TCNICO) Relacione a nomenclatura de custos apresentada na primeira coluna com a definio descrita na segunda coluna e, em seguida, assinale a opo CORRETA.

    (1) Perdas ( ) gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de outros bens ou servios.

    (2) Custos ( ) consumo involuntrio ou anormal de um bem ou servio.

    (3) Despesas ( ) bens e servios consumidos, direta ou indiretamente, na obteno de receitas.

    A sequncia CORRETA : a) 3, 2, 1. b) 2, 3, 1.

    c) 2, 1, 3. d) 1, 2, 3.

    Comentrio: essa questo exige do candidato o conhecimento dos tipos de GASTOS.

    Segundo Eliseu Martins, conceituam-se GASTOS como a compra de um produto ou servio qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a entidade (desembolso), sacrifcio esse representado por entrega ou promessa de

    entrega de ativos (normalmente dinheiro). Explicando de forma mais fcil, o fato gerador do gasto acontece quando os

    bens e servios adquiridos so prestados e, consequentemente, passam a ser propriedade da indstria. Normalmente, um gasto implica em desembolso, embora o desembolso possa ser postergado em relao ao gasto.

    Os GASTOS podem ser classificados de acordo com a sua aplicao nas atividades da empresa. Assim, podemos afirmar que GASTOS o gnero e

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    suas espcies so as seguintes: (a) CUSTOS; (b) DESPESAS; (c)

    INVESTIMENTOS. Os CUSTOS so gastos incorridos no processo produtivo. DESPESAS so gastos incorridos para gerao de receitas e que no se enquadre como custos

    ou investimentos. J os INVESTIMENTOS so gastos ativados em funo de sua vida til ou de benefcios atribudos a futuros perodos (ex: incorridos para

    aquisio de estoques, aquisio de matria prima, aquisio de maquinas e equipamentos, etc.) PERDAS, segundo Eliseu Martins, consistem em bem ou servio

    consumidos de forma anormal e involuntria (ex: incndio no almoxarifado; roubo de equipamentos, etc.).

    Conceitua-se DESEMBOLSO como pagamento resultante da aquisio do bem ou servio. O desembolso pode ocorrer concomitante com o gasto, quando pagamento feito vista, ou posteriormente ao gasto, quando o pagamento

    feito a prazo.

    Note que GASTO implica desembolso, entretanto eles tm conceitos

    distintos.

    Portanto:

    (1) Perdas (2) gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de outros bens ou servios.

    (2) Custos (1) consumo involuntrio ou anormal de um bem ou servio.

    (3) Despesas (3) bens e servios consumidos, direta ou indiretamente,

    na obteno de receitas. A sequncia 2; 1; 3

    Gabarito letra C.

    6. Questes Propostas

    1. (AFC/Esaf) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma est incorreta,

    assinale-a.

    a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de

    apurao do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais.

    b) A contabilidade de custos presta duas funes dentro da contabilidade

    gerencial, fornecendo os dados de custos para auxlio ao controle e para a

    tomada de decises.

    c) Os custos de produo renem o custo do material direto, o custo da mo-

    de-obra e os demais custos indiretos de fabricao.

    d) O objetivo bsico da contabilidade gerencial o de fornecer administrao

    instrumentos que a auxiliem em suas funes gerenciais.

    e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou servio utilizado

    na produo de outros bens ou servios.

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    (Adaptadas Cespe/Unb) Julgue os itens a seguir.

    2. Os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so usados pela

    Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de decises.

    3. A Contabilidade de Custos tem uma rea de atuao mais ampla do que a

    Contabilidade Gerencial.

    4. O conhecimento do custo de um produto no vital para se determinar,

    dado o preo, se o mesmo d lucro ou no.

    5. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimnio das

    entidades, sejam elas pblicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

    6. A principal finalidade da Contabilidade de Custos atual apenas a avaliao

    de estoques na indstria.

    7. Custeio por Absoro um processo de apurao de custos que rateia todos

    os custos, fixos ou variveis, em cada fase de produo.

    8. O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores causadas em

    virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de custos indiretos de

    fabricao aos produtos.

    9. O custeio varivel no viola o Princpio da Competncia, porque os custos

    fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos

    fabricados tenham sido vendidos.

    10. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas.

    11. (Perito Criminal Federal/Contador/2004) O valor de fretes e seguros

    pagos pelos comerciantes e relativos ao deslocamento de mercadoria do

    estabelecimento do fornecedor at o ponto de venda deve ser incorporado ao

    saldo da consta compras para apurao do custo da mercadoria vendida.

    12. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A grande finalidade do

    Custo Padro :

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    a) o planejamento e controle de custos.

    b) a gesto de preos.

    c) o atendimento s Normas Contbeis Brasileiras.

    d) a rentabilidade de produtos.

    e) o retorno do investimento.

    13. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) Na terminologia de

    custos, so custos de converso ou transformao:

    a) Mo de obra direta e Mo de obra indireta.

    b) Mo de obra direta e Materiais diretos.

    c) Custos primrios e Custos de fabricao fixos.

    d) Matria-prima, Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.

    e) Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.

    14. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A diferena fundamental

    do Custeio Baseado em Atividades Activity-Based Costing em relao aos

    sistemas tradicionais Varivel e Absoro est no tratamento dado

    a) aos custos diretos de fabricao.

    b) ao ponto de equilbrio financeiro.

    c) aos custos indiretos de fabricao.

    d) s despesas variveis.

    e) s despesas financeiras.

    15. (FCC/Bahia Gs/Analista Cincias Contbeis/2010) Os gastos

    com depreciao de equipamentos utilizados na fabricao de mais de um

    produto, salrios de supervisores de produo, aluguel de fbrica e energia

    eltrica que no pode ser associada ao produto, devem ser classificados

    como custos:

    a) com materiais diretos.

    b) diretos.

    c) fixos.

    d) variveis.

    e) indiretos.

    16. (FCC/Bahia Gs/Analista Contabilidade/2010) "O custeio consiste

    de todos os custos de produo e to somente os de produo do perodo

    alocados a cada unidade de produto processado neste perodo". Este conceito

    diz respeito ao mtodo de custeio denominado

    a) varivel.

    b) por absoro.

    c) direto padro.

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    d) por ordem.

    e) direto.

    17. (FBC/Bacharel/1 exame de suficincia/2011) Uma indstria

    apresenta os seguintes dados:

    Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00

    Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00

    Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00

    Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00

    Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00

    Material requisitado: diretos R$ 82.000,00

    Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00

    Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00

    Seguro da rea de produo R$ 38.000,00

    Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.

    e) O custo de transformao da indstria totalizou R$ 302.000,00, pois o

    custo de transformao a soma da mo de obra direta e dos custos indiretos

    de fabricao.

    f) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 444.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens de sua atividade.

    g) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 524.000,00, pois o custo da

    empresa a soma de todos os itens apresentados.

    h) O custo primrio da indstria totalizou R$ 208.000,00, pois o custo primrio

    leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.

    18. (VUNESP/ICMS-SP/2002) Julgue as afirmaes a seguir.

    I. Na sua aquisio, a matria-prima um gasto que imediatamente se

    transforma em investimento; no momento de sua utilizao, transforma-se em

    custo integrante do bem fabricado; quando o produto vendido, transforma-se

    em despesa.

    II. Muitos gastos so automaticamente transformados em despesas; outros

    passam primeiro pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de

    investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa.

    III. Cada componente que foi custo no processo de produo torna-se, na

    baixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - s vezes ganhos e

    perdas, mas no custos.

    Pode-se afirmar que:

    a) Apenas as afirmaes I e II so verdadeiras.

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    b) Apenas a afirmao I verdadeira.

    c) Apenas a afirmao II verdadeira.

    d) Apenas a afirmao III verdadeira.

    e) Todas as afirmaes so verdadeiras.

    19. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm

    uma assertiva incorreta.

    a) A matria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais

    cujo consumo pode-se quantificar no produto. Se no for possvel a

    identificao da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de

    custo indireto.

    b) Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela

    fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo

    momento e depois se comportam como custo varivel.

    c) Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que

    se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo

    instalada.

    d) Custo total a somatria dos custos fixos e variveis, sendo que os custos

    semifixos e semivariveis tm o mesmo significado.

    e) A mo-de-obra direta compreende os funcionrios que atuam diretamente

    no produto e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto , apontado no

    produto.

    20. (ESAF/adaptada) No processo produtivo da empresa Desperdcio S.A., no

    ms de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de

    tecidos da linha de produo. Em virtude da contratao de funcionrio sem

    experincia houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De

    acordo com os conceitos contbeis, devem ser registradas essas perdas:

    a) ambas como custo dos produtos vendidos.

    b) respectivamente, como despesa e custo.

    c) ambas como despesas no resultado.

    d) respectivamente, como custo e despesa.

    21. (FCC/TRF2/Esp. Contadoria/2012) O sistema de custeio no qual os

    custos e despesas fixos so lanados diretamente em conta de resultado do

    exerccio denominado custeio:

    (A) padro.

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    (B) por absoro.

    (C) ABC.

    (D) pr-determinado.

    (E) varivel.

    22. (Fiscal de Rendas MS 2006 FGV) Com relao classificao dos

    custos quanto ao volume (tambm chamada de classificao quanto

    formao), analise as afirmativas a seguir:

    I. Quanto ao volume, os custos so classificados em direto e indireto.

    II. O custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido.

    III. O custo varivel total varia proporcionalmente ao volume produzido.

    Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa II estiver correta.

    (C) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    23. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) Uma indstria

    apresenta os seguintes dados:

    Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00

    Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00 Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00

    Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00 Material requisitado: diretos R$ 82.000,00

    Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00 Seguro da rea de produo R$ 38.000,00

    Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.

    a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de fabricao.

    b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens de sua atividade.

    c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados.

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    d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio

    leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.

    24. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) No ms de setembro de 2010, foi iniciada a produo de 1.500 unidades de um

    determinado produto. Ao final do ms, 1.200 unidades estavam totalmente concludas e resta