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Subsídio para encontro por ocasião da canonização de José de Anchieta – Apóstolo do Brasil JESUÍTAS BRASIL

Subsídio Anchietanum - Canonização José de Anchieta

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Subsídio para encontro por ocasião

da canonização de José de Anchieta – Apóstolo do Brasil

JESUÍTAS BRASIL

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Subsídio para encontro por ocasião da canonização de José de Anchieta – Apóstolo do Brasil

Objetivo: No próximo dia 2 de abril, acontecerá a canoniza-ção de José de Anchieta. Disponibilizamos este roteiro de um encontro, para dar a conhecer a vida e a obra do Apóstolo do Brasil. Celebramos com toda a Igreja, os jovens, jesuítas, vocacionados, comunidades e colaboradores a memória de José de Anchieta. Que assim como ele, possamos ser discípu-los missionários de Jesus Cristo.

Preparação: Preparar um ambiente acolhedor, com cadeiras ou almofadas em círculo, de preferência, com alguma ima-gem ou figura de José de Anchieta no centro, panos, velas, algum outro símbolo.

1. CHEGADARefrão: Amar a Ti Senhor, em todas as coisas E todas em Ti Em tudo amar e servir, em tudo amar e servir

• Acolhida: Receber as pessoas que chegam ao espaço do en-contro.

• Motivar para a celebração: Padre José de Anchieta é co-nhecido como o apóstolo do Brasil, por seu imenso desejo de catequizar e sua imensa força de vontade. Que também nós, animados por seu ardor missionário, possamos ser evangeli-zadores em nossas realidades e fora delas.

• Para refletir: José de Anchieta ofereceu tudo o que tinha a serviço do próximo. Seus dons, sua saúde, sua vitalidade, sua sabedoria. O que nós, em nosso tempo, queremos e pode-mos oferecer a Deus e à humanidade?

2. ABERTURA- Venham, ó nações, ao Senhor cantar! Ao Deus do universo venham festejar!

- Seu amor por nós firme para sempre, Sua fidelidade dura eternamente.

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito!

- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! Por José de Anchieta, a Deus louvação!2

Ilustração: Tibiriçá, de Cláudio Pastro. Anchietanum, 1997

Organização: Érika Augusto

Revisão: Rachel Omoto

Diagramação: Rodrigo Silva

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3. RECORDAÇÃO DA VIDAAcompanhe um resumo da vida e missão do Pe. José de Anchieta, adaptado da Novena ao Beato José de Anchieta, do Pe. Armando Cardoso, de 1986.

José de Anchieta era o 3º filho de João Lópes de Anchieta e Mência Dias de Lharena. Nasceu no dia 19 de março de 1534. Seu nome tem origem no santo do dia, São José. A família morava na ilha de Tenerife, a maior no arquipélago das Ilhas Canárias, ao lado do África.

José se adiantou tanto nos estudos, que seus pais resolve-ram mandá-lo para a Europa, para cursar Letras e Filosofia, em Coimbra, Portugal. Nessa cidade, a devoção à Imaculada Conceição de Maria era muito tradicional. Foi no dia dedi-cado a ela que José de Anchieta fez seus votos de castidade perpétua. Na Universidade, tinha companheiros de aula que eram jesuítas e lhe passavam as cartas de seus missionários, como São Francisco Xavier e Nóbrega. Foi então que Anchie-ta pediu para entrar na Companhia de Jesus. Santo Inácio, Prepósito-Geral há onze anos, era parente dos Anchietas. Foi recebido na Companhia com facilidade, por seus dotes de inteligência e virtude.

Feitos os Exercícios Espirituais de 30 dias, o Ir. José deu-se com toda a alma aos experimentos do noviciado. Um deles era ajudar a missa individual dos numerosos sacerdotes de Coim-bra. Servindo a muitas delas em seguida, em jejum e de joe-lhos, foi vítima de um deslocamento da coluna dorsal, que se tornou uma doença incurável. Pe. Simão Rodrigues o animou, dizendo que as notícias que chegavam do Brasil eram de que a terra parecia muito boa para os doentes. Foi mandado então para o Brasil, com outros 5 companheiros. Antes de partir, fez seus primeiros votos.

Já no Brasil, foi para o sertão de Piratininga com ou-tros 13 jesuítas, quase todos em formação, para o colégio, que até então estava em São Vicente. Anchieta foi nomea-do mestre de latim para seus companheiros, e ao mesmo tempo aprendia a língua dos índios. Dessa escola nasceu a metrópole de São Paulo. 3

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Anchieta fez os últimos estudos na Bahia, em um ano e

meio. Foi ordenado sacerdote no final de 1566. Em segui-

da, partiu para o Sul com o bispo Dom Pedro Leitão, o Pro-

vincial e o Visitador Inácio de Azevedo. Foi nomeado Supe-

rior de São Vicente e São Paulo, onde permaneceu por 10

anos, animando todo o apostolado do Sul, entre índios e

colonos. Fundou as aldeias de Pinheiros, São Miguel e Gua-

rulhos. Foi o verdadeiro pai espiritual de São Paulo. Em

suas visitas provinciais, fazia uso do pequeno navio San-

ta Úrsula, e com ele percorreu todas as casas da província

mais de 10 vezes.

Em 1588, já não sendo mais provincial, foi destinado para

Vitória, no Espírito Santo, como superior da Residência e das

aldeias dos índios. Lá, durante quase 10 anos, foi o pai dos

pobres, o taumaturgo dos doentes, o consolador dos aflitos,

conselheiros dos governantes, amigo e defensor dos índios,

para quem escrevia autos e canções.

José de Anchieta tinha uma saúde frágil, e todo ano pas-

sava algumas semanas de cama. Nesses momentos, rezava e

compunha autos teatrais e poesias, não somente por gosto

pessoal, mas para que outros pudessem tirar proveito de seus

escritos.

Os últimos anos da vida do apóstolo do Brasil foram como

toda a sua vida, repletos de trabalhos e dedicação ao próxi-

mo. Foi para a Aldeia de Reritiba em 1596. Em junho desse

mesmo ano, foi chamado para substituir o superior da co-

munidade em Vitória. Andou por engenhos e fazendas dos

brancos e por aldeias dos índios, ajudando no que era neces-

sário. No ano seguinte, volta para Reritiba, onde vive ali seus

últimos meses de vida.

Após ficar 3 semanas de cama, José de Anchieta falece em

9 de junho de 1597, aos 63 anos.

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4. HINOMínima companhia (Bito Caracciolo e Pe. Robertinho SJ – Grupo OPA)

C F C ELES ENFRENTARAM O MAR SEM MEDO F Em OUSARAM IR ONDE NINGUÉM IA F Em PARA CONTAR O QUE ACONTECERA Dm G A SALVAÇÃO JÁ AMANHECEUC F C ELES MERGULHARAM EM TANTOS POVOS F Em SE MISTURARAM A TANTA GENTE F Em E DESCOBRIRAM QUE ALI JÁ ESTAVA Dm G7/4 G7 O CRIADOR, PAI DE TODA RAÇA

C F G C SERVIÇO: INÁCIO, NÓBREGA, ANCHIETA F G C PROFETA: ELLACURÍA, VICENTE E PRÓ F G C PRESENÇA: VIEIRA, HURTADO E BURNIER F G C F G AMIGOS NO SENHOR A MÍNIMA COMPANHIA

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C F G C SERVIÇO: INÁCIO, NÓBREGA, ANCHIETA F G C PROFETA: ELLACURÍA, VICENTE E PRÓ F G C PRESENÇA: VIEIRA, HURTADO E BURNIER F G C F G AMIGOS NO SENHOR A MÍNIMA COMPANHIA

C F C ELES DESEJAVAM SERVIR AO CRISTO F Em E O SEU REINADO AQUI NA TERRA. F Em ERGUERAM TEMPLOS E ATÉ CIDADES Dm G FORMARAM GENTE PARA O AMOR.C F C QUEM PODIA CRER QUE ISSO ERA POSSÍVEL? F Em NO RAIAR DE UM POVO SER UMA AJUDA F Em ALÉM DOS ERROS, CORAÇÃO SINCERO Dm G7/4 G7 OFERTA POBRE, GENEROSO DOM.C F C CONSTRUIR AGORA UM NOVO CONTINENTE F Em IDEAL ANTIGO, IDEAL PERENE F Em A FÉ É PRINCÍPIO, AMOR É FUNDAMENTO Dm G A JUSTIÇA É GUIA; ESPERANÇA É LUZC F C LOGO AS FRONTEIRAS NÃO FARÃO SENTIDO F Em POVOS PEREGRINOS VÃO GANHAR O MUNDO F Em JÁ AGORA A VOZ DE NOVOS PROFETAS Dm G7/4 G7 VÃO VENCER A MORTE, CONSOLAR A DOR

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5. SALMO Salmo 95 (96) – 2ª versão

Os seus pés são tão lindos, tão belos,

Mensageiro da paz em missão!

Boa Nova ao povo anuncia,

O recado da libertação!

1. Um canto novo ao Senhor,

Ó terras todas, cantai.

Louvai seu nome bendito,

Diariamente aclamai.

Sua glória, seus grandes feitos,

Aos povos todos contai.

2. Ele é o maior dos senhores:

Merece nosso louvor;

E mais do que aos deuses todos

Nós lhe devemos temor.

Os outros deuses são nada.

Ele é do céu criador.

3. Sai dele um grande clarão,

Ele anda com majestade.

Seu trono é maravilhoso,

Reflexo da divindade,

Pois seu poder é imenso

E dura uma eternidade.

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4. Rendei a Deus homenagem, Rendei-lhe glória e poder, Rendei louvor a seu nome, E vinde ao templo trazer Presentes para ofertar-lhe, Sentindo a terra tremer.

Os seus pés são tão lindos, tão belos, Mensageiro da paz em missão! Boa Nova ao povo anuncia, O recado da libertação!

5. Sabei que o Senhor é rei E traz justiça a esta terra. Alegrem-se o mar, os peixes E tudo o que o mundo encerra. Os campos, plantas, montanhas E as árvores da floresta.

6. Ele é o Senhor do universo E faz justiça a seu povo. Aos povos há de julgar, Reinando no mundo todo. Por isso, a ele cantai Ó terras, um canto novo.

7. Ao nosso Pai demos glória E glória ao Filho também. Louvor e glória, igualmente Ao Deus-amor que hoje vem. Que nosso louvor se estenda, Agora e pra sempre. Amém.

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6. MEDITAÇÃODas cartas do Beato José de Anchieta, presbítero, ao Padre Geral Diogo Laynez. (Carta de 1º de junho de 1560; texto original castelhano: Ed. Serafim Leite, Cartas dos primeiros Jesuítas do Brasil, vol. 3 [1558-1563], São Paulo, 1954, pp. 253-255).

“Nada é difícil para aqueles que procuram unicamente a honra de Deus e a salvação das almas”.

“De muitos poderia contar, sobretudo escravos, de entre os quais uns morrem pouco tempo depois de serem batizados; outros que, batizados há mais tempo, depois de fazerem a confissão, partem ao encontro do Senhor. Por isso andamos quase sem parar visitando várias povoações, tanto de índios como de portugueses, sem ter em conta calores, chuvas ou grandes enchentes de rios; e muitas vezes de noite, por bos-ques muito escuros, socorremos os enfermos não sem grande trabalho, quer por causa das asperezas dos caminhos, quer pela incomodidade do tempo, sobretudo sendo tantas es-tas povoações e tão longe umas das outras, que não somos bastantes para acudir a tão diversas necessidades urgen-tes e, ainda que fôssemos muitos mais, mesmo assim não seríamos suficientes.

Além disso, ao socorrermos as necessidades dos outros, muitas vezes nós mesmos sofremos indisposições e desfa-lecemos no caminho, fatigados de dores, de tal modo que dificilmente podemos chegar ao destino. Deste modo, não parecem ter menos necessidade de ajuda os médicos que os próprios enfermos. Mas nada é árduo para aqueles que pro-curam unicamente a honra de Deus e a salvação das almas, pelas quais não duvidarão dar a vida. Muitas vezes nos levan-tamos do sono para socorrer os doentes e os moribundos...

Detive-me contar os que morrem, porque o verdadeiro fru-to é aquele que permanece até o fim; e dos vivos não ousarei contar nada, embora haja que dizer, por ser tanta a incons-tância de muitos que ninguém pode nem deve garantir a sua perseverança. Mas felizes os mortos que morrem no Senhor, os quais, livres das perigosas águas deste mar instável, abra-çando a fé e os mandamentos do Senhor, são transferidos para a vida, libertos das cadeias da morte; e deste modo, o bem-aventurado êxito destes dá-nos tanta consolação que pode mitigar a dor que recebemos da malícia dos vivos.

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E, contudo, trabalhamos com muita diligência em adminis-trar-lhes a doutrina, exortando-os com pregações públicas e práticas particulares para que perseverem naquilo que apren-deram. Confessam-se e comungam muitos cada domingo; vêm também de outros lugares onde se encontram dispersos, para ouvir as missas e confessar-se.”

7. LEITURA BÍBLICA Is 52, 7-10“Todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus”

“Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: ‘Reina teu Deus!’ Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.”

8. PAI-NOSSO

9. ORAÇÃODerramai sobre nós, Senhor, a vossa graça, para que, a exem-plo de José de Anchieta, como servos fiéis do Evangelho, fazendo-nos tudo para todos, ganhemos para Vós, na carida-de de Cristo, os nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cris-to, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.

- Bendigamos ao Senhor. - Demos graças a Deus.

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10. CANTO FINAL

Hino a São José de Anchieta (Letra e Música: Eliomar Ribeiro, SJ - Ritmo: Guarânia em Dm)

Dm Gm C7 F MISSIONÁRIO INCANSÁVEL, PADRE, AMIGO E IRMÃO,

Gm Dm A7 Dm HOMEM FORTE E VALENTE TODO ENTREGUE À MISSÃO!

D7 Gm C7 F DAS CANÁRIAS AO BRASIL HÁ UMA VOZ QUE SE LEVANTA:

Bb Dm A7 D SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, TUA VIDA NOS ENCANTA!

A7 D A Bm ANCHIETA, SANTO, MISSIONÁRIO E INTERCESSOR!

A A7 G D (Dm) VEM NOS AJUDAR A BEM SERVIR AO REINO DO SENHOR!

A maior glória de Deus, a glória maior do povo! Literato e poeta, profeta de um mundo novo. Da Bahia a São Paulo há uma voz que se levanta: São José de Anchieta, tua arte nos encanta!

De cidades, fundador; toda a vida um louvor! És um exemplo de luta, com as armas do amor. Do Espírito Santo ao Rio há uma voz que se levanta: São José de Anchieta, tua força nos encanta!

Defensor do oprimido, dos pequenos e dos pobres: Índios, crianças e negros, preferência mais que nobre. Das matas, ruas e tribos há uma voz que se levanta: São José de Anchieta, teu amor nos encanta!

Companheiro de Jesus, devoto da Mãe Maria, Boa nova a tua vida, servindo com alegria. Do ventre da terra mãe há uma voz que se levanta: São José de Anchieta, testemunho que encanta!

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