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SUMÁRIO
1- Introdução
2- Descrição do Conjunto Processador TF- Test ®
3- Líquido Conservante
4- Coleta e Homogeneização da Amostra
5- Técnica de Enriquecimento Parasitário – Vantagens
6- Técnica de Enriquecimento Parasitário – Cuidados Técnicos
7- Exame da Amostra
8- Técnica de TF - Test ® Versus Outras Técnicas Convencionais e
Kits Comerciais
9- Vantagens da Técnica de TF - Test ®
10- Instruções para Utilização da Técnica de TF-Test ®
11- Recentes Avanços Tecnológicos no Exame Parasitológico de
Fezes
12- Referências Bibliográficas
2
1 INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais, ou enteroparasitoses, humanas são ainda altamente
prevalentes no mundo, sobretudo nas regiões tropicais, onde estão localizados países em
desenvolvimento 1,2,3
. Recentemente, a World Health Organization (WHO) e a Pan
American Health Organization (PAHO) divulgaram relatório mostrando que a mais de 4,5
bilhões de pessoas no mundo encontram-se infectadas por enteroparasitoses4. Destas,
aproximadamente 500 milhões apresentam-se doentes, sendo na sua grande maioria
crianças. Ainda, de acordo com o relatório da WHO/PAHO, as doenças infecciosas e
parasitárias são responsáveis por 2 a 3 milhões de óbitos por ano no mundo.
Entre algumas espécies de protozoários intestinais, estima-se que a amebíase atinja
cerca de 10% da população mundial, com mortalidade anual aproximada de 100.000
pessoas; que o parasito flagelado Giardia spp. deva perfazer uma incidência mundial da
ordem de 500.000 casos por ano; e que Cryptosporidium spp. acometa populações de mais
de noventa países e seis continentes 5. Por sua vez, entre os helmintos intestinais, estima-se
que a ascaridíase atinja mais de 300 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por
cerca de 80.000 óbitos anuais; que as infecções por ancilostomatídeos ocorrem em cerca de
151 milhões de pessoas no mundo; e que as esquistossomoses acometem mais de 200
milhões de habitantes, levando no mundo de 500.000 a 1 milhão de pessoas ao óbito
anualmente 1,2,3
.
Em países desenvolvidos, a transmissão de enteroparasitoses é baixa, contrastando
com a maioria dos países em desenvolvimento. Todavia, devido à alguns fatores, bem
como, marcante adaptação parasitária, turismo global, migrações crescentes, transmissões
zoonóticas, comprometimento da defesa imunológica e utilização em massa de drogas
imunossupressoras, muitos parasitos passaram a constituir problema de Saúde Pública
também em países desenvolvidos 5. O crescimento populacional sem melhoria nas
condições gerais da vida é o principal fator que contribui para a elevação da transmissão de
diferentes infecções parasitárias. Para revelar este problema, nesses países são realizados
exames parasitológicos de fezes para diagnósticos de helmintos e protozoários intestinais,
utilizando diferentes técnicas, que em muitas vezes deixam a desejar 6. Desta forma, a
nossa principal preocupação foi a de introduzir inovação tecnológica na área diagnóstica da
3
Parasitologia Clínica 6,7,8,21
. Assim, com a colaboração entre a empresa Immunoassay
Indústria e Comércio S/A e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), foi
desenvolvido um projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP), na Modalidade de Inovações Tecnológicas em pequenas Empresas
(PIPE - Proc.99/06228-4). Este projeto gerou o kit TF-Test ® (Three Fecal Test),
fundamentado em uma técnica capaz de identificar maior número de parasitos em material
fecal de pacientes, principalmente com moderadas e baixas intensidades de infecções, além
de ser de fácil execução e econômico. Os dados obtidos por muitos trabalhos de pesquisas,
de diversas instituições, apontam que a referida técnica possa substituir aquelas usadas em
exames parasitológicos, em rotina laboratorial. De acordo com o exposto, o Ministério da
Saúde do Brasil, através do Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses,
desde o ano de 2005, faz a recomendação da referida técnica para o diagnóstico laboratorial
das enteroparasitoses 9.
Em geral, as técnicas parasitológicas convencionais e/ou kits comerciais apresentam
boa sensibilidade diagnóstica quando a intensidade de infecção apresentada pelo paciente é
alta. Todavia, não se prestam para moderadas e baixas intensidades de infecções, por serem
pouco abrangentes e sensíveis 6. O principal mérito da técnica de TF-Test
®, em relação às
técnicas convencionais e kits comerciais, é o de apresentar alta sensibilidade diagnóstica,
mesmo em pacientes mostrando moderadas e baixas intensidades de infecções, por
proporcionar alta concentração parasitária, com abrangência a diferentes espécies, ao
processar juntas 3 amostras fecais, coletadas em dias diferentes, de uma só vez. O seu
sistema de dupla filtragem por centrífugo-sedimentação elimina de forma rápida o excesso
de material fecal, com o auxílio de líquido solvente, separando os parasitos e tornando
assim o sedimento rico com os mesmos, que são facilmente identificados pela microscopia.
A seguir, as qualidades técnico-científicas, bem como, vantagens da técnica de TF-
Test ®
, serão abordadas, salientando aspectos do manuseio, do desempenho diagnóstico, e
do custo-benefício. Visa-se assim o interesse dos laboratórios de análises clínicas de
qualquer porte do setor público ou privado, que buscam por melhoria da qualidade de seus
exames. Vale ressaltar que, a técnica de TF-Test ®
somente terá um bom aproveitamento no
4
momento que: ocorrer o perfeito entrosamento da equipe técnica de laboratório e pacientes;
a mudança de hábito for estabelecida; a colaboração eventual da empresa suceder até o
esclarecimento completo nas diferentes fases de implementação da técnica parasitológica
no laboratório.
2 DESCRIÇÃO DO CONJUNTO PROCESSADOR TF-Test ®
O kit TF-Test ®
é constituído de três tubos coletores-usuário, um tubo de
centrifugação e um conjunto de filtros contendo duas telas metálicas [Fig. 1],
denominados, quando unificados, de Conjunto Processador TF-Test ®
. Cada tubo coletor-
usuário contém acoplado a sua tampa uma colher, ou pá coletora, para acomodar cerca de
1,5 gramas de fezes. Externamente, o tubo coletor-usuário possui graduações que vão de 1
mL a 10 mL. Há ainda assinalado com destaque dois níveis: a) primeiro nível, 5 mL, indica
o volume correto do líquido conservante (solução neutra de formalina); e b) o segundo
nível, 6 mL, indica o limite de tolerância aproximada que pode ser atingido pelo líquido
conservante após coleta de fezes. O tubo de centrifugação é acoplado a uma peça,
denominada conjunto de filtros [Fig. 1: (E)], que apresenta três orifícios, aos quais são
introduzidos os tubos coletores-usuário para a centrifugação. O Conjunto Processador será
centrifugado a uma rotação de 1.500 rpm (500 g), por 2 minutos, utilizando caçapas
universais de 100 mL. Encaixadas internamente ao conjunto de filtros existem duas telas
metálicas para filtração, as quais apresentam orifícios com 400 e 200 micrometros [Fig. 1:
(F)].
Este conjunto foi projetado para proporcionar maior rendimento na sua rotina
diagnóstica. As dimensões, o formato, o grau de conicidade e os ângulos foram
minuciosamente estudados por uma equipe de engenheiros da área de Termo-injeção
Plástica. Da mesma forma foi estudado o sistema de acoplamento de peças plásticas do
Conjunto Processador, como exemplo, baioneta, clique e batoque, para fechamento e
vedação, que é muito superior ao conhecimento sistema de rosca que apresenta
microvazamento de líquidos e gases. Destaca-se ainda que, para o processamento da técnica
de TF-Test ®, o profissional de laboratório evita o trabalho ingrato de manusear o material
fecal como é usual nas técnicas convencionais. O laboratório não precisa investir em
5
vidrarias que se quebrem e nem em mão-de-obra para suas lavagens, pois a técnica de TF-
Test ®
é totalmente descartável. Por ser de material reciclável, não polui o meio ambiente.
O espaço físico do laboratório utilizado para a execução das técnicas convencionais, e
também aquele espaço usado para armazenamento de utensílios laboratoriais, tornam-se
disponíveis para outras atividades com o emprego da técnica parasitológica de TF-Test ®.
Por fim, para o processamento laboratorial, todas as peças do Conjunto Processador são
acopladas por uma estante de acrílico destinada a portar o manuseio na bancada.
Fig. 1: (A). Tubo coletor-usuário; (B). Tampa do tubo coletor-usuário; (C). Colher ou pá
coletora; (D). kit paciente; (E). Conjunto de filtros; (F). Telas metálicas filtrantes; e (G).
Tubo de centrifugação.
3 LÍQUIDO CONSERVANTE
Até o presente momento, a solução aquosa de formalina é ainda um dos melhores
conservantes de material biológico que se conhece 3,10
. Na técnica de TF-Test ®, a solução
neutra de formalina é fornecida em volume de 5 mL em cada tubo coletor-usuário. Este
volume é facialmente observado pela transparência do tubo e, como também, através da
graduação existente na parte externa do tubo. A solução neutra de formalina tem a
propriedade de fixar e manter íntegras em temperatura ambiente as estruturas parasitárias,
como ovos, larvas, cistos e oocistos, por longo tempo, não sendo aconselhável o seu uso em
A
B C
D
E F
G
6
período superior a um mês. Assim, o material coletado deverá ser homogeneizado nesta
solução, a fim de permitir a boa fixação e conservação dessas estruturas parasitárias. O
trabalho de homogeneização é realizado pelo paciente, que deve executá-lo logo após a
coleta, por meio de agitação vigorosa manual do frasco coletor-usuário.
A proporção entre o líquido conservante e o material coletado é também de
fundamental importância para preservação das estruturas parasitárias e para se realizar um
bom diagnóstico. Portanto, fica evidente que, no momento em que o coletor-usuário TF-
Test ®
for entregue ao paciente, a pessoa encarregada no laboratório deverá ter competência
para instruí-lo corretamente e, a seguir, confirmar se ele compreendeu bem, mesmo que
tenha recebido a bula explicativa estampada no kit paciente contendo tubos coletores-
usuário.
4 COLETA E HOMOGENEIZAÇÃO DA AMOSTRA
É sabido que apenas uma coleta de fezes, sobretudo em condições de baixa ou
média intensidade de parasitismo, não é suficiente para detectar os parasitos 6,11,12,13,14,15
.
Destaca-se ainda a irregularidade da eliminação das estruturas parasitárias durante o ciclo
biológico do parasito 3. Nessas situações são recomendadas três coletas num período
máximo de 10 dias, com intervalos no mínimo de um dia entre as coletas. Obedecida esta
conduta, aumenta-se a probabilidade diagnóstica em cerca de 20% 6. Uma das inovações da
técnica de TF-Test ®
é de processar, de uma só vez, as três amostras coletadas. Os
pacientes não terão dificuldades em coletar três amostras fecais, pois, a linguagem e os
desenhos usados na bula explicativa, localizada no kit paciente [Fig.1: (D)], auxiliam na
compreensão, facilitando a execução da tarefa solicitada. Ademais, o profissional de
laboratório responsável pela destinação do frasco coletor-usuário será treinado e preparado
por uma equipe de assessoria científica da empresa Immunoassay Indústria e Comércio
S/A, a fim de transmitir aos pacientes todas as informações necessárias sobre o
procedimento de coleta, mesmo que tenham recebido a bula explicativa da técnica de TF-
Test ®
.
É necessário que o contato com os pacientes deva ser feito de forma eficiente, pois,
se a quantidade do material coletado for excessiva, poderá ocorrer homogeneização e
7
conservação inadequadas de parasitos, bem como trazer dificuldades no processamento
laboratorial desse material, inutilizando todo o trabalho do paciente. O excesso é facilmente
notado quando o volume final ultrapassar a faixa de tolerância demarcada no frasco coleto-
usuário. No entanto, se o paciente coletar o material fecal com um certo excesso no tubo
coletor-usuário, pode-se ainda admitir uma tolerância, desde que esse excesso de material
não tenha interferido na conservação de parasitos, como também no processo de filtragem
subsequente do TF-Test ®.
Outrossim, o excesso de material fecal coletado poderá ser facilmente identificado
através da observação do grau de turvação do material coletado. O material fecal assim
coletado não apresentará problema no laboratório, pois a probabilidade de encontrar
parasitos mal conservados é baixa e, com algumas agitações, o material já semidesfeito se
homogeneizará rapidamente. O laboratorista estará instruindo de como proceder nessa
circunstância, se descarta ou aproveita esse tipo de material que foi entregue para o exame.
Recomenda-se, para casos de fezes com consistência normal, uma simples agitação
vigorosa para que o material fecal coletado se destaque da colher ou pá coletora e
facilmente se torne uma mistura homogênea no líquido conservante.
Em casos da amostra ter sido coletada em recipiente convencional (latinha), cuja
evacuação tenha sido feita há menos de 24 horas e refrigerada, o laboratorista bastará
coletar a quantidade recomendada do material fecal desse recipiente, utilizando para isto a
colher coletora TF-Test ®, transferindo-a ao tubo coletor-usuário TF-Test
® contendo
líquido conservante.
5 TÉCNICA DE ENRIQUECIMENTO PARASITÁRIO - VANTAGENS
A técnica de TF-Test ®
foi cuidadosamente estudada com o objetivo de
proporcionar resultados sensíveis e confiáveis, usando procedimentos fáceis no preparo de
amostra fecal destinado a exame parasitológico. O processo de enriquecimento de
estruturas parasitárias, usando o TF-Test ®, é mais prático e mais rápido que as técnicas
convencionais. O trabalho do profissional de laboratório consiste de manuseios simples e
sequenciais como: acrescentar líquido solvente de gordura na amostra fecal contida no tudo
coletor-usuário; agitar bem para que aja a deslipidação do material e facilitar a separação de
parasitos de impurezas fecais; realizar uma centrifugação de apenas 2 minutos para efetuar
8
dupla filtragem, visando à remoção de impurezas fecais, deixando passar os parasitos, que
se sedimentam no fundo do tubo de centrifugação; descartar o sobrenadante e transferir o
sedimento sobre a lâmina de microscopia; e efetuar a leitura em microscopia.
Na microscopia óptica convencional, sobretudo quando a intensidade da infecção
parasitária é baixa, a procura dessas estruturas, tais como ovos, larvas, cistos e oocistos, em
meio a impurezas fecais, tornam-se exaustiva, demorada e cansativa. A grande vantagem de
TF-Test ®
é a de ser uma técnica de enriquecimento de estruturas parasitárias, por processar
as 3 amostras de fezes coletadas em uma só etapa, onde o excesso de material fecal é
removido mediante dupla filtragem por centrífugo-sedimentação, com o uso de líquido
solvente, possibilitando desta maneira o aumento na probabilidade do encontro de
parasitos, mesmo em se tratando de intensidades de infecções baixas.
O mesmo não pode se dizer aos métodos convencionais de Lutz (Hoffman), Faust,
Rugai e Kato-Katz, além dos kits comerciais Coprotest ® (NL Com. Ext. Ltda.), Parasep ®
(DiaSys Europe Ltd.) e StillQuick ®
(Labo-Moderne), que apesar de apresentarem boa
sensibilidade em intensidades de infecções altas, não são eficazes nas infecções moderadas
e baixas, onde ocorre o problema de pequena abrangência diagnóstica para diferentes
espécies parasitarias 6,11
. Desta forma, o laboratório passa a utilizar mais de uma técnica
para a detecção de diferentes espécies de parasitos, afetando de maneira negativa o fator
custo-benefício. A nossa opinião é a de que, para exames de rotina laboratorial, ao invés da
tentativa de melhorar a qualidade dos resultados recorrendo a duas, ou mais técnicas, é
preferível ao laboratório usar uma técnica de enriquecimento parasitário, como a de TF-
Test ®, examinando se necessário mais de uma lâmina, ou então examinando todo o
sedimento fecal, a fim de não onerar o exame.
Estudos comparativos realizados por importantes órgãos de pesquisas, considerados
de referência do Estado de São Paulo, como, Hospital de Clínicas, da Faculdade de
Ciências Médicas, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Campinas;
Hospital de Clínicas, da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP) / São
Paulo; Laboratório de Parasitologia, do Hospital de Clínicas, da Universidade Estadual de
São Paulo (UNESP) / Botucatu; e Laboratório de Parasitologia, do Departamento de
9
Biologia, da Universidade de Taubaté (UNITAU) / Taubaté, mostraram as vantagens da
técnica de TF-Test ®
em relação às demais técnicas parasitológicas utilizadas em rotina
diagnostica laboratorial 6 [Tab.: 1].
6 TÉCNICA DE ENRIQUECIMENTO PARASITÁRIO - CUIDADOS TÉCNICOS
É recomendado o uso de uma gota de detergente por tubo coletor-usuário, e não
mais, por que isso poderia afetar a eficiência da ação do líquido solvente (acetato de etila)
utilizado no processo de deslipidação e separação de impurezas fecais, ocasionando no seu
final a formação de sedimento com falta de pureza, dificultando a observação na
microscopia dos parasitos. O volume de acetato de etila a ser usado não é muito rigoroso,
porém, não é recomendado utilizar volumes inferiores ou superiores aos preconizado na
técnica, 3 ml, pois isto poderia causar a diminuição da sensibilidade da técnica de TF-Test
®. No Brasil, alguns laboratórios de análises clínicas demonstram resistência em implantar
acetato de etila em rotina, apesar de este reagente ser comprovadamente eficaz para a
eliminação de impurezas e gorduras de amostras fecais 3,10
, principalmente em substituição
ao éter etílico, usado universalmente na técnica parasitológica de Ritchie 18
. Quando
trabalhado de acordo com as normas de Controle de Qualidade e Biossegurança, o uso de
acetato de etila é recomendado pela literatura científica nacional e internacional, sem
qualquer risco à saúde humana, com comprovada eficiência à detecção de organismos
parasitários 3,10,19, 20
.
7 EXAME DA AMOSTRA
A inovação tecnológica de TF-Test ®, desenvolvida no projeto FAPESP-PIPE,
com sua tríplice coleta, constituindo em processo de enriquecimento parasitário, reflete no
aumento considerável de positividade no exame parasitológico das fezes, significando
melhora de sensibilidade diagnóstica, especialmente em parasitoses de moderada e baixa
intensidade de infecção 1,6,21
. Convém ressaltar que, resultados considerados confiáveis são
obtidos somente quando se examina a lâmina toda ao microscópio.
10
8 TÉCNICA DE TF-Test ® VERSUS OUTRAS TÉCNICAS CONVENCIONAIS
E KITS COMERCIAIS
Estudos comparativos de avaliações da técnica de TF-Test ® mostraram que, em
parasitoses com alta intensidade de infecção, as técnicas utilizadas no exame parasitológico
de fezes, em geral, apresentam bom desempenho diagnóstico. Nesta condição, a
sensibilidade diagnóstica de TF-Test ® foi de 96%, diferindo pouco daqueles disponíveis
no comércio como Coprotest ® (91%), StillQuick ®
(92%) e Parasep ® (87%), ou então da
técnica convencional de Lutz/Hoffman (82%) 11
. Todavia, foi observado que havia
diferença estatística na sensibilidade diagnóstica dessas técnicas quando as infecções
parasitárias eram moderadas ou baixas. Por exemplo, a técnica de Kato-Katz demonstrou
que, se a carga parasitária era alta (mais de 1.000 ovos por grama de fezes), a sensibilidade
desta técnica era de 100%, semelhante a de TF-Test ®
. Entretanto, quando a carga
parasitária era baixa (menos de 100 ovos por grama de fezes), a sua sensibilidade se tornava
significativamente mais baixa, de 80%, enquanto que a de TF-Test ® continuava no mesmo
nível (100%) 11
. Luiz Rey, na publicação de seu último livro, Parasitologia – 4a edição
2,
também relata a baixa sensibilidade da técnica de Kato-Katz, sobretudo quando empregada
em baixas cargas parasitárias. Mesmo assim, a técnica de Kato-Katz é mais eficiente que
alguns kits comerciais, como exemplo, Coprokit ® (Campinas Medical). Segundo achados
de Ávila et al. 22
, a técnica de Kato-Katz apresentou superioridade de 34% de sensibilidade
diagnóstica em relação ao Coprokit ®, em um estudo comparativo realizado à detecção de
ovos de Schistosoma mansoni. Este dado vem a confirmar que diversos kits são lançados no
comércio por empresas visando obter preços baixos de venda, no entanto, deixando a
desejar no diagnóstico laboratorial, por apresentarem baixas sensibilidades diagnósticas. Da
mesma maneira procede o kit comercial Paratest ® (Diagnostek Ind. Com. Prod. Cient.),
que, apesar de mostrar baixo custo, revela baixa eficiência diagnóstica 1,16,17
.
Um estudo realizado com mais de 1.100 pacientes, em quatro regiões do Estado de
São Paulo, mostrou que a técnica de TF-Test ® apresenta sensibilidade diagnóstica
estatisticamente maior que as demais técnicas convencionais usadas no exame
parasitológico de fezes, em se tratando de infecções moderadas ou baixas 6,21
[Tab. 1].
11
Parasite TF-Test Routine techniqueLutz/Hoffman, Faust and Rugai
Total positivity
species (Positive no.) (Positive no.) (no.)
Protozoan
Endolimax nana 13,5% (149) 9,6% (106) 15,7% (173)
Entamoeba coli 14,0% (154) 9,5% (104) 15,1% (166)
Blastocystis hominis 10,1% (111) 6,8% (75) 11,7% (129)
Giardia duodenalis 8,2% (90) 5,5% (61) 8,4% (93)
Iodamoeba butschlii 2.5% (28) 1.5% (17) 3.0% (33)
Entamoeba histolytica /
E.dispar
1.6% (18) 0.8% (9) 1.9% (21)
Entamoeba hartmanni 0.3% (3) 0.5% (5) 0.7% (8)
Chilomastix mesnili 0.1% (1) 0.2% (2) 0.2% (2)
Helminth
Ancylostomatidae 5.3% (58) 4.7% (52) 5.7% (63)
Trichuris trichiura 4.1% (45) 3.2% (35) 4.4% (48)
Strongyloides stercoralis 2.8% (31) 2.0% (23) 3.6% (40)
Schistosoma mansoni 1.1% (12) 1.1% (12) 1.6% (18)
Enterobius vermicularis 0.8% (9) 0.9% (10) 1.0% (11)
Hymenolepis nana 0.2% (2) 0.2% (2) 0.2% (2)
Total 64.5% (711) 46.6% (514) 73.3%( 807)
Tab. 1: Parasite species identified by the TF-Test and conventional techniques in the study of 1,102 subjects in four different laboratories in the State of São Paulo, Brazil.
Foi ainda observado que se os exames parasitológicos, com a combinação de
técnicas convencionais acima referidas [Tab. 1], fossem repetidos por 3 vezes em dias
diferentes, a sensibilidade dessas técnicas combinadas alcançava o mesmo nível de
sensibilidade da técnica de TF-Test ®
6 [Tab. 2]. Todavia, este procedimento vem a onerar
o diagnóstico laboratorial, inviabilizando o uso deste modo de atuar, sobretudo em
laboratórios públicos, que recebem baixos valores financeiros do Sistema Único de Saúde
(SUS), para a realização do exame parasitológico de fezes. Estes achados comprovam a
eficiência diagnóstica, aliada aos aspectos práticos e econômicos, da nova técnica
parasitológica de TF-Test ®.
12
Technique Sensitivity (repeat no)
One Two Three
Lutz/Hoffman 38.4 % (134) 65.6 % (229) 86.5 % (302)
Faust 25.5 % (89) 41.8 % (146) 60.7 % (212)
Rugai 12.0 % (42) 19.5 % (68) 30.4 % (106)
Lutz/Hoffman, Faust and
Rugai
48.1 % (168) 78.8 % (275) 89.4 % (312)
Centrífugo-sedimentação 35 % 65 % -----------
Tab. 2: Increased sensitivity of the Lutz/Hoffman, Faust and Rugai techniques and of their combination by repeating the ovum-and-parasite stool examination for a total of 256 patients with intestinal parasitic infections.
9 VANTAGENS DA TÉCNICA DE TF-Test ®
As peças do Conjunto Processador são confeccionadas em plástico reciclável e são
totalmente descartáveis, o que evita a utilização de utensílios na etapa de processamento
laboratorial, como exemplo, vidrarias;
Apresenta maior rendimento, aliado à praticidade e rapidez;
Permite economia de espaço físico ao laboratório;
O líquido conservante foi minuciosamente estudado e não agride a morfologia de
estruturas parasitárias, principalmente, preservando a amostra fecal em boas condições
por até 30 dias, em temperatura ambiente;
13
É uma técnica abrangente de tríplice coleta de amostra fecal, em dias alternados,
favorecendo o amplo encontro de estruturas parasitárias, como helmintos e protozoários
intestinais;
O pouco manuseio da técnica e o uso de líquido conservante eliminam riscos de
infecção tanto para o paciente como ao profissional de laboratório, se enquadrando nos
critérios de Biossegurança;
A ação do líquido conservante elimina o forte odor desagradável de material fecal
coletado no laboratório de análises clínicas;
Apresenta vantagem de custo-benefício;
Os estudos científicos demonstram que a sensibilidade da técnica é elevada em relação
às demais técnicas parasitológicas convencionais e kits comerciais;
Remove o excesso de impurezas fecais por dupla filtragem e centrifugação, com o uso
de líquido solvente, aumentando a probabilidade de detecção de estruturas parasitárias;
Nesta técnica, o material fecal coletado é aproveitado em 100% por procedimento de
enriquecimento parasitário (centrífugo-sedimentação), em contraste com outras técnicas
e/ou kits que utilizam somente uma parte do material coletado, reduzindo a
sensibilidade diagnóstica;
O descarte de material analisado em recipiente apropriado para líquidos protege a rede
de esgoto, evitando poluição e contaminação do meio ambiente, amparando-se desta
maneira nos critérios de Biossegurança e Controle de Qualidade;
É um produto constituído de Inovação Tecnológica, com concessão de patentes
nacional e internacional 7,8
, e que teve apoio integral da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP-PIPE) e Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP).
14
10 INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE TF-Test ®
10.1 COLETA - Indicação para o paciente
Para o diagnóstico correto, sugerimos que a coleta das fezes seja feita em 3 dias
alternados (dia sim, dia não). Após o término da coleta, os três tubos coletores-usuário
devem ser entregues ao laboratório num prazo máximo de 10 dias. Este processo é muito
simples, basta seguir corretamente as instruções abaixo.
a) O paciente deve ser orientado a coletar somente uma colher ou pazinha de fezes, segundo
a instrução que se encontra na embalagem (kit paciente) contendo os três tubos coletores-
usuário, em dias alternados, e em um período de tempo que não ultrapasse a 10 dias; e
b) de preferência, orientar o paciente a coletar as primeiras fezes do dia, livres da ação de
medicamentos e produtos químicos, como exemplo, antidiarréicos, antibióticos, antiácidos,
derivados de bismuto e do bário, vaselina e óleos minerais, os quais podem tornar
insatisfatório o diagnóstico de protozoários intestinais 3,10
.
10.2 CONCENTRAÇÃO - Indicação para o laboratório
Ao coletar as 3 amostras fecais nos tubos coletores-usuário TF-Test ®, o próprio
paciente já faz a homogeneização. Portanto, no processamento laboratorial da técnica, não é
preciso coar e nem transportar o material coletado de um frasco coletor para um tubo de
centrifugação. Tudo para reduzir o manuseio e o menor risco de exposição do profissional
de laboratório ao material fecal coletado. O emprego de acetato de etila p.a elimina as
gorduras e grande parte das impurezas fecais, fornecendo um sedimento limpo e altamente
enriquecido por estruturas parasitárias de diversas espécies. As orientações desta etapa de
trabalho seguem logo abaixo.
a) No laboratório, os tubos coletores-usuário, com amostras fecais coletas, necessitam
passar por uma nova agitação vigorosa, antes de serem processados;
15
b) em seguida, acomodar os tubos em uma estante apropriada TF-Test ®, com a
identificação de cada paciente, com as tampas semi-abertas. Em cada tubo, adicionar uma
gota de solvente orgânico (detergente neutro incolor) e 3 mL de acetato de etila p.a.;
c) os tubos deverão ser fechados com as suas respectivas tampas. Agitar vigorosamente
todos os tubos, a fim de obter uma suspensão homogênea de partículas fecais;
d) logo após, as tampas dos tubos são retiradas, descartando-as em um recipiente
apropriado para destacarte de material sólido contaminante, como por exemplo, a caixa
Clean-Box ® (Immunoassay Ind. Com. S/A.), seguindo as normas de Biossegurança;
e) depois, encaixar os três tubos coletores-usuário pertencentes a cada paciente em um
conjunto de filtros TF-Test ®, cuja peça contém o tubo de centrifugação acoplado em uma
de suas extremidades. A unificação de todas essas peças constitui o Conjunto Processar
TF-Test ®;
f) verificar se o Conjunto Processador está bem encaixado (acoplado) e não apresenta
nenhum vazamento, fazendo para isto a inversão do conjunto;
g) em seguida, centrifugar o Conjunto Processador por 2 minutos, a 500 g (1.500 rpm,
desde que o raio da cruzeta da centrífuga seja de 20cm), tendo os três tubos coletores-
usuário voltados para a parte superior da caçapa, ou para a tampa de abertura da centrífuga,
e o tubo de centrifugação voltado para a parte inferior da caçapa, ou motor (rotor) da
centrífuga. A caçapa utilizada é a de 100 mL universal, disponível em centrífugas de
diversas empresas, seja nacional ou internacional;
h) após a centrifugação, o tubo de centrifugação é desacoplado, cuidadosamente, do
restante do Conjunto Processador, colocando-o na estante apropriada TF-Test ®,
descartando o restante das peças do Conjunto Processador em um recipiente próprio para
material sólido contaminante (Clean-Box), seguindo os critérios de Biossegurança; e
i) em seguida, o líquido sobrenadante do tubo de centrifugação é decantado em recipiente
adequado para descarte de líquido contaminante, de acordo com normas de Biossegurança.
16
10.3 LEITURA - Indicação para o laboratório
A leitura microscópica, especialmente em amostras originadas de baixa intensidade
de infecção, exige a procura e identificação de ovos, larvas, cistos e oocistos no meio de
estruturas sem interesse (impurezas fecais). Como o TF-Test ® trata-se de uma técnica que
enriquece a amostra com a utilização de 3 coletas, em dias alternados, e dupla filtragem por
centrífugo-sedimentação, com o uso de líquido solvente, tornam assim a técnica muito mais
provável e facilita o encontro de estruturas parasitárias em amostras fecais oriundas de
pacientes com moderada e baixa intensidade de infecção. Abaixo, seguem as orientações
desta etapa de trabalho laboratorial.
a) Adicionar cerca de 10 gotas de solução salina fisiológica (NaCl a 0,85%) sobre o
sedimento localizado no fundo do tubo de centrifugação, de modo a formar uma suspensão,
homogeneizando-a delicadamente com o auxílio de pipeta plástica descartável;
b) com o uso da mesma pipeta, transferir uma ou duas gotas (de preferência) da suspensão
sobre uma lâmina de microscopia;
c) adicionar sobre esta(s) gota (s), uma gota de solução de Lugol diluído a 2%, e mais uma
gota de solução salina fisiológica, dependendo do grau de limpidez da suspensão fecal; e
d) preparar um esfregaço de todo o material depositado em lâmina de microscopia, cobrir
com lamínula e examiná-lo em microscopia de luz convencional com aumentos de 100
vezes, e confirmando o encontro do parasito, sobretudo protozoário intestinal, com aumento
de 400 vezes.
11 RECENTES AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO EXAME PARASITOLÓGICO
DE FEZES
Visando dar continuidade aos avanços tecnológicos na área diagnóstica da
Parasitologia Clínica, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), por meio de
uma equipe multidisciplinar de pesquisa, vem desenvolvendo novas tecnologias, as quais a
empresa Immunoassay Indústria e Comércio S/A. estará se aproveitando comercialmente,
especialmente pelo contrato de parceria de desenvolvimento de pesquisa existente entre
17
esta empresa e a mencionada universidade (FUNCAMP, 27 de outubro de 2008). Sendo
assim, no primeiro trimestre de 2010, a empresa pretende realizar o lançamento comercial
da técnica TF-Test Modified. Trata-se de um progresso técnico/científico adicionado à
técnica parasitológica de TF-Test ®, que proporcionará o diagnóstico com alta
sensibilidade, como ilustram as Figuras 2 e 3. Esta nova tecnologia consiste de um processo
técnico laboratorial que aumenta a sensibilidade diagnóstica das enteroparasitoses, além de
diminuir drasticamente as impurezas fecais indesejáveis em esfregaço fecal 23
, muito
frequentes em técnicas parasitológicas convencionais e kits comerciais, que podem falsear o
resultado.
(A) (B)
Fig. 2: (A). Lâmina obtida pela técnica de TF-Test Modified , com cerca de 100 ovos por
campo do parasito Hymenolepis diminuta, com aumento microscópico de 40 vezes; (B).
Lâmina obtida pela mesma técnica parasitológica, contendo por campo 15 larvas de
Strongyloides stercoralis, com mesmo aumento microscópico.
18
(A) (B)
Fig. 3: (A). Cisto de Giardia spp., em meio a impurezas fecais, obtido por técnica de Lutz
/ Hoffman, Pons e Janer, com aumento microscópico de 400 vezes; e (B). Cisto da mesma
espécie parasitária, porém, livre de impurezas fecais, obtido pela nova técnica de TF-Test
Modified.
Ademais, seguindo a proposta de inovação tecnológica na área diagnóstica da
parasitologia, a UNICAMP, desde o ano de 2004, vem desenvolvendo um projeto
intitulado “Análise de Imagens de Parasitos Intestinais do Homem” (FAPESP-
proc.03/14096-8). Este projeto encontra-se em pleno desenvolvimento, porém, em uma
outra etapa de trabalho, denominada de “Automatização do Diagnóstico de Parasitos
Intestinais do Homem por Análise de Imagens” (FAPESP- proc.08/57428-4). Este
prosseguimento de trabalho tem como objetivo abordar o estudo da análise automatizada de
parasitos intestinais, e é constituído por um sistema composto por técnica parasitológica,
equipamentos e técnicas computacionais. Este sistema, a médio prazo, resultará na
automatização do exame parasitológico das fezes, e deverá fornecer resultados altamente
sensíveis, jamais vistos na área da parasitologia 5,24
. Esta tecnologia, sem sombra de dúvida,
irá inovar a área da parasitologia clínica nacional e internacional, beneficiando os
laboratórios públicos e privados, os quais praticam um grande número de exames. O exame
automatizado das enteroparasitoses repercutirá favoravelmente aos programas
governamentais, com a obtenção de resultados confiáveis, através de imagens, em um curto
espaço de tempo.
10 µm
19
A G R A D E C I M E N T O S
Aos que nos ajudaram a manter o equilíbrio e o bom andamento do projeto
FAPESP-PIPE (Nº 99/06228-4), agradecemos e em especial a Professora Titular Sumie
Hoshino Shimizu, Coordenadora Geral do Projeto; o Professor Associado Luiz Cândido
de Souza Dias, Coordenador da Área Específica de Parasitologia; o Professor Livre
Docente Alexandre Xavier Falcão, Coordenador do Projeto de Melhoria da Técnica
Parasitológica de TF-Test ®; e o Pesquisador Doutor Jancarlo Ferreira Gomes,
Coordenador pela Empresa no Projeto, Pesquisador Científico e Gestor do Projeto na Inter-
Relação Universidade-Empresa, para o desenvolvimento do produto que consideramos
resultante de Inovação Tecnológica, TF-Test ®.
12 R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
1 Neves DP. Parasitologia Dinâmica. Atheneu, São Paulo, 3ª Edição, p.592., 2009.
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3 Garcia LS. Diagnostic Medical Parasitology. ASM, Washington D.C., USA, 5th
Edition,
2007.
4 PAHO/WHO. French-Speaking Caribbean: Towards World Health Assembly Resolution
54.19. Kingston, Jamaica, 15-17 May, 2007.
5 Gomes JF. Processamento de amostras fecais e desenvolvimento da técnica de análise de
imagens por computador, para o diagnóstico das enteroparasitoses (Tese de doutorado).
Instituto de Biologia da UNICAMP, 2008.
6 Gomes JF, Hoshino-Shimizu S, Dias LCS, Araujo AJSA, Castilho VLP and Neves
FAMA. Evaluation of a novel kit (TF-Test) for the diagnosis of intestinal parasitic
infections. J.Clin.Lab.Anal.(USA), 18:132-138, 2004.
20
7 Hoshino-Shimizu S, Gomes J F, Dias LCS. Kit para múltiplas coletas de material fecal
para a análise laboratorial (concessão de patente - INPI/PI-0104372-2), 2001.
8 Hoshino-Shimizu S, Dias LCS, Gomes J F. Multiple Collection Kit for Stool Laboratory
Examination (concessão de patente - PCT: WO/2003/014705), 2003.
9 Ministério da Saúde. Plano nacional de vigilância e controle das enteroparasitoses. SVS
– Secretaria de Vigilância em Saúde, 42p., 2005.
10 De Carli GA. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para
o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. Atheneu, São Paulo, 2a Edição, 2007.
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Conjuntos Comerciais. J. Br. Parasitol., 37: 44, 2001.
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24 Gomes JF, Suzuki CTN, Papa JP, Falcão AX, Hoshino-Shimizu S, Dias LCS. Análise
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