61
Sumário 1 - Apresentação 2 2 - Identificação do Estabelecimento 4 3 - Objetivo 7 4 - Marco Situacional 8 5 - Marco Conceitual 18 6 - Marco Operacional 42 7 - Referências Bibliográficas 56 8 - Plano de Ação 61 9 - Anexos 78

Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Sumário

1 - Apresentação 22 - Identificação do Estabelecimento 43 - Objetivo 74 - Marco Situacional 85 - Marco Conceitual 186 - Marco Operacional 427 - Referências Bibliográficas 568 - Plano de Ação 619 - Anexos 78

Page 2: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

1- APRESENTAÇÃO

Partindo do pressuposto de que na sociedade que vivemos, não é possível

compreender a educação sem a escola, pois ela tem assumido além de seu

compromisso de ensinar, também a parte social, educacional no todo, tarefa que

cabe a vários segmentos da sociedade e, a Escola está inserida numa sociedade

competitiva, conflituosa e complexa, marcada pelas desigualdades sociais, múltiplas

relações de poder, transições econômicas, políticas e sociais, conflitos e

contradições com marcos e raízes históricas, mudanças constantes, progressos

científicos e avanços tecnológicos, requer por parte de todos os envolvidos no

processo educativo, uma profunda reflexão, tomada de consciência e uma postura

comprometida com o ato de ensinar e aprender, em relação às ações pedagógicas

desenvolvidas, desencadeando um trabalho pedagógico voltado às reais

necessidades dos educandos, buscando a melhoria da qualidade de ensino.

Ofertar Ensino Público gratuito e de qualidade, implica necessariamente, a

efetivação de uma ação coletiva para a organização, articulação, elaboração,

desenvolvimento e avaliação do Projeto Político Pedagógico.

Assim, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco construiu o seu Projeto

Político Pedagógico, envolvendo todos os profissionais da educação (pais, alunos,

comunidade escolar), através de debates, cursos, estudos, pesquisa, para avaliar

que escola temos e que escola queremos. Do trabalho coletivo resultaram algumas

mudanças que serão propostas no Projeto Político Pedagógico, sempre tendo como

princípio a Educação como direito de todo cidadão, a valorização do profissional da

Educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática, em todos os níveis

institucionais e o atendimento às diferenças e a diversidade cultural.

Para efetivar o Projeto Político Pedagógico, o Colégio Estadual Barão do Rio

Branco tem como Filosofia:

- Proporcionar aos educandos um conjunto de práticas pedagógicas, que

resultem em aprendizagem, significativas e essenciais, com o propósito de

contribuir para que os mesmos apropriem-se do conhecimento científico de

maneira crítica e construtiva.

- Preparar e instrumentalizar os educandos, para que os mesmos

Page 3: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

conscientes de seus deveres e direitos, sejam capazes de atuar com

competência e dignidade, participando do processo de transformação da

sociedade, no exercício de sua cidadania.

- Valorizar as experiências de vida, as diferentes culturas, o potencial do

educando respeitando as suas particularidades, proporcionando o acesso ao

saber elaborado e sistematizado, na busca da autonomia intelectual.

Page 4: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio,

código 00056, está localizado no imóvel: quadra n° 16 com área de 5.000 m², na

Rua Cristiano Bender, 419, na sede do Município de Flor da Serra do Sul, código

0777, telefone n. ° (46) 35656 1261, endereço eletrônico:

[email protected]. O Estabelecimento tem como mantenedora a SEED -

Secretaria de Estado da Educação, código 02, do Governo do Estado do Paraná e

pertence ao Núcleo Regional de Educação – Francisco Beltrão, código 012.

O Município em que está localizado o Colégio Barão do Rio Branco, Ensino

Fundamental e Médio, faz parte da região Sudoeste do Estado do Paraná, com uma

área de 254.125 km², sendo que a área urbana tem 375.000 m². É cortado pela BR

373, e tem como limites, ao NORTE os Municípios de Salgado Filho e Francisco

Beltrão, ao SUL com o Município de Palma Sola – Estado de Santa Catarina, a

LESTE com o Município de Marmeleiro e OESTE com o Município de Barracão.

Sendo a área rural de 257.412,25 ha e a área urbana de 375.000 m² e a

população total estimada em 2010, de 4.936 habitantes. Estando o mesmo inserido

em uma realidade onde a maioria da população é descendente de portugueses,

italianos, alemães e poloneses; cuja renda familiar atual fica entre 1(um) a 3(três)

salários mínimos, predominando as atividades agrícolas com pequenas e médias

propriedades rurais, a produção básica de feijão, milho, fumo, criação do rebanho

bovino e suínos e avicultura. Na área urbana, reside a minoria da população, com

aproximadamente 900 casas residenciais, com pequenos estabelecimentos

comerciais e industrias que geram um número razoável de empregos, porém não

atendendo a demanda da população sulflorense.

Algumas famílias não possuem renda fixa, garantindo sua subsistência

trabalhando como diaristas, meeiros e arrendatários.

O município de Flor da Serra do Sul foi desmembrado dos municípios de

Salgado Filho, Barracão e Marmeleiro, sendo que antes de tornar-se emancipado

politicamente era distrito de Salgado Filho. Através da Lei n.° 9300/90 de 18/06/1990

criou-se o Município de Flor da Serra do Sul.

O Colégio tem seu histórico inicial quando pertencia ao município de Salgado

Page 5: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Filho. Em 04/02/1983, através da Resolução nº 302/83, ficaram autorizadas a

funcionar as séries finais do 1º Grau na Escola Rural Estadual de Flor da Serra, do

Distrito de Flor da Serra, Município de Salgado Filho, esta criada e autorizada a

funcionar pela Res. 3704/82. Com a implantação das séries finais, o

Estabelecimento em tela passará a denominar-se Escola Estadual de Flor da Serra

– Ensino de 1° Grau. Em decorrência do disposto nesta Resolução, fica extinta a

extensão do Colégio Estadual Padre Anchieta – Ensino de 1° e 2° Grau, até então

em funcionamento, desde 1972 no Distrito de Flor da Serra, Município de Salgado

Filho. Pela Resolução n° 2783/83, a Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino de 1°

Grau passou a denominar-se Escola Estadual Barão do Rio Branco – Ensino de 1°

Grau. Pela resolução 389/94, é reconhecido o estabelecimento e o Curso da Escola

Estadual Barão do Rio Branco – Ensino de 1° Grau.

O acesso ao Ensino Médio até 1993 era garantido na sede durante alguns

anos através de uma extensão do Colégio Salgado Filho em um outro período até a

emancipação, através de transporte pago pelos pais até os municípios de Salgado

Filho - PR e Palma Sola - SC. Pela emancipação e nuclearização do Ensino,

solicitou-se por parte do governo municipal a implantação do Ensino Médio. Assim o

Conselho Estadual de Educação, pelo Parecer n.° 629/94 aprova Projeto de

implantação do Ensino de 2° Grau Regular, com Habilitação em Auxiliar de

Contabilidade na Escola Estadual Barão do Rio Branco, passando o

Estabelecimento de Ensino denominar-se Colégio Estadual Barão do Rio Branco –

Ensino de 1° e 2° Grau, sendo o curso reconhecido pela Resolução n.° 3072-97, de

30/09/97, em caráter excepcional, exclusivamente para fins de cessação gradativa

de suas atividades escolares.

O Parecer n.° 947/97 aprova a implantação Adicional do Curso de 2° Grau

-Educação Geral, de forma gradativa, tendo em vista a adesão ao PROEM. A

Resolução 2003/97 autoriza o funcionamento do curso de 2° Grau – Educação

Geral. Pela Resolução n.° 3660/99 foi reconhecido o Ensino Médio do Colégio

Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio, publicado no diário

oficial do Estado n.° 5596, em 08/10/99.

A Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental foi concedida pela

Resolução nº 1617/2003 de 26/06/2003 e do Ensino Médio pela Resolução nº

Page 6: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

958/05 de 18/04/2005. O Ato Administrativo nº 245/2001 de 25/0-9/2001, aprovou o

Regimento Escolar.

Page 7: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

3 - OBJETIVO

Num processo democrático de tomada de decisões, constituiu-se o Projeto

Político Pedagógico que vem proporcionar ao educando uma Educação Básica

ofertada pelo Colégio Estadual Barão do Rio Branco no Ensino Fundamental e

Médio com os seguintes objetivos:

• Preparar e capacitar os cidadãos para uma nova sociedade, que se

deseja mais justa e humana;

• Formar cidadãos, críticos, criativos, participantes, capazes de preparar

as condições que tornarão possíveis novas estruturas sociais pautadas na

fraternidade, na solidariedade, na justiça social e na verdadeira cidadania

para todos;

• Fomentar as relações e interações que constituem o dia a dia da

escola, apreendendo forças que a impulsionam, identificando as estruturas de

poder e os modos de organização do trabalho escolar, analisando a dinâmica

de cada sujeito neste complexo interacional;

• Interar-se do processo de ensino-aprendizagem, como é concebido

executado e avaliado o currículo escolar, quais atitudes, valores e crenças

são almejados e quais as forças de organização do trabalho pedagógico;

Page 8: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

4 - MARCO SITUACIONAL

Atualmente, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco oferta Ensino Regular

Fundamental, no turno matutino e vespertino. Ensino Médio Regular em dois turnos

oficiais, matutino e noturno, EJA (Educação de Jovens e Adultos) no turno noturno e

Centro de Língua Estrangeira Moderna - CELEM/ Língua Espanhola no turno

intermediário; atendendo no total 716 alunos. Possui uma sala de recursos no

período vespertino, uma sala multifuncional no período matutino, duas Salas de

Apoio (português e matemática), período matutino e vespertino e CAEDV ( Centro

de Atendimento Especializado aos Deficientes Visuais) no período matutino e

vespertino atendendo cinco alunos. O turno matutino conta com 07 (sete) turmas de

Ensino Fundamental do 6º ao 9º Ano, com o total de 188 alunos e 06 (seis) turmas

do Ensino Médio com 177 alunos. No período vespertino funcionam 05 (cinco)

turmas do Ensino Fundamental (6º, 7º e 8º Ano) com um total 127 alunos. No

período noturno, funcionam 03 (três) turmas do Ensino Médio, com um total de 89

alunos. Na EJA estão matriculados 20 ( vinte) alunos no Ensino Fundamental (6º ao

9º Ano) e 25 (vinte e cinco) no Ensino Médio. Nas turmas do CELEM/ Língua

Espanhola são atendidos um total de 50 alunos. Aproximadamente 401 alunos

utilizam o transporte escolar.

Sua estrutura física é composta por 14 salas de aula; e 01 (uma) sala de

multiuso; 01 (uma) sala para o Laboratório de Ciências Físicas, Químicas e

Biológicas (no momento no turno matutino e vespertino está sendo utilizada como

sala de recursos e sala multifuncional); 01 (uma) sala para o Laboratório de

Informática; Secretaria, Cozinha, Depósito de Merenda, Área de Serviço,

Almoxarifado e Saguão, seis banheiros femininos e quatro masculinos; 01 (uma)

sala de madeira (construída em parceria com o município); totalizando 1.330m² de

área construída.

O espaço físico destinado à sala de Artes está sendo utilizado como sala de

aula, bem como o espaço reservado à biblioteca foi reduzido, sendo utilizado parte

como sala de aula, devido à falta de espaço físico condizente com o número de

alunos.

As instalações do prédio do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, de

Page 9: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

propriedade do Governo Estadual, são utilizados em dualidade administrativa com

a Escola Municipal Nossa Senhora da Glória que no período vespertino atende

alunos do Ensino Fundamental do 1º ao 5º Ano. Esta situação proporciona uma

conservação melhor do prédio e, efetivação de melhorias a cada ano.

O quadro de Recursos Humanos é composto por Direção, Vice-Direção, 05

Agentes Educacional II, 01 Secretária, 07 Agentes Educacional I. Corpo Docente

com 36 professores, sendo 36 graduados, 32 pós-graduados, 03 pós-graduandos,

03 acadêmicos, 23 efetivos.

Através da pesquisa e do trabalho conjunto com a comunidade escolar,

percebeu-se que há uma grande angústia e ao mesmo tempo uma grande

esperança por parte dos pais e comunidade no sentido de esperar da educação a

possibilidade de proporcionar ao aluno uma mudança de vida.

Nas reuniões com pais, alunos, funcionários, professores, Conselho Escolar,

APMF e membros da comunidade, uma das solicitações dos pais foi à mudança da

organização e funcionamento do Ensino Fundamental para séries com notas, pois

desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em

fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final e ao término do

ciclo, com retenção no 2º ano do 3º e 4º ciclos e em qualquer ciclo, caso o aluno não

atinja 75% de frequência em cada ano letivo.

A justificativa para esta solicitação é a constatação da acomodação diante da

não reprovação nas séries iniciais dos ciclos. Também porque muito cedo, estes

alunos, por serem na maioria, em torno de 75%(setenta e cinco por cento) alunos

filhos de pequenos proprietários rurais e arrendatários, buscam precocemente sua

sobrevivência através do trabalho nos grandes centros e o único caminho que a

maioria tem, para prepará-los, ajudá-los, é a educação oferecida pela Escola

Pública.

É pensamento da comunidade escolar que a nova realidade social, é

consequência da desestruturação econômica e está incidindo diretamente na

família, escola e sociedade.

Nesta realidade o aluno muitas vezes não consegue conciliar o estudo e o

trabalho e acaba abandonando a escola, ocasionando o fracasso escolar, com

efeitos no plano moral, afetivo e social que geralmente acompanharão esses

Page 10: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

indivíduos durante toda sua vida, resultando em exclusão social.

Apesar de todos os esforços, contato direto com os pais e parcerias com os

órgãos públicos municipais (Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação

e Conselho Tutelar), ainda é preocupante a evasão escolar.

Entendemos que não basta mudar o sistema de avaliação, de parecer para

nota, para garantir a qualidade de ensino, pois a mesma implica em preparo,

compromisso de ensinar, postura, condições de trabalho, material didático e

envolvimento de todos os profissionais da educação, ou seja, da comunidade

escolar como um todo. Porém, no conjunto decidiu-se que o Colégio Estadual Barão

do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio adota a partir do ano letivo de 2006 a

organização do tempo escolar no Ensino Fundamental em séries, com implantação

simultânea e, avaliação semestral por nota, e a partir de 2012 ocorre a mudança

simultânea de série para ano nos anos finais do Ensino Fundamental. Para o

Ensino Médio, decidiu-se continuar a organização do tempo escolar em séries, com

avaliação por nota e semestral.

A elaboração do Calendário Escolar a cada ano é realizada em conjunto com

a Escola Estadual (Tatetos), Secretaria Municipal de Educação, Conselho Escolar e

demais profissionais da Educação. De maneira democrática, respeitando os 200

(duzentos) dias letivos estabelecendo-se as datas que serão desenvolvidos os

projetos em comum, parcerias e posteriormente cada Escola faz o calendário de

suas atividades internas.

Os Conselhos de Classe são realizados de acordo com o calendário escolar

de cada ano letivo e o feriado municipal respeitado (13 de maio). Sempre que

possível, o Colégio permite e incentiva a participação de professores, funcionários,

membros da APMF e Grêmio a participarem de eventos, cursos de capacitação,

para melhorarem o desempenho.

A organização utilizada é por disciplinas ofertando no Ensino Fundamental as

disciplinas de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Arte

Educação Física, Língua Estrangeira – Inglês e Ensino Religioso (6º e 7º Ano) na

Base Nacional Comum e na base diversificada Língua Estrangeira/CELEM – Língua

Espanhola. Na Parte do Médio, são ofertadas as seguintes disciplinas na Base

Nacional Comum: Língua Portuguesa, Matemática, Arte, História, Educação Física,

Page 11: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Na Parte

Diversificada, Língua Estrangeira Moderna – Inglês e CELEM – Língua Espanhola.

Na EJA ( Educação de Jovens e Adultos) as disciplinas ofertadas são as mesmas

que a do Ensino Fundamental e Médio do ensino regular, tendo uma organização

coletiva ou individual.

A avaliação do Ensino Fundamental e Médio é com nota, sendo que o

rendimento mínimo exigido é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina,

semestralmente, considerando também a participação, produções de trabalhos e

empenho dos educandos no processo de construção do conhecimento.

São aprovados alunos que tem frequência igual ou superior a 75%(setenta e

cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média igual ou superior

a 6,0(seis vírgula zero).

A matricula com progressão parcial é garantida no Ensino Médio, quando o

aluno reprovado em uma disciplina pode matricular-se na série seguinte,

concomitantemente à disciplina na qual reprovou em turno contrário, chamada de

dependência.

Quando o colégio recebe transferência de alunos com progressão parcial no

Ensino Médio, com mais de uma disciplina, oferta um plano especial de estudos, em

forma de adaptação. Quando o aluno for do Ensino Fundamental, oferece-se plano

especial de estudos para as disciplinas em dependência, em forma de adaptação.

A reprovação só acontece depois de oportunizar todas as possibilidades que

o Regimento Escolar garante e, ainda, atendidas as iniciativas da escola no sentido

de motivar os alunos ao estudo e o exercício da verdadeira cidadania.

A recuperação paralela de estudos é realizada logo após a conclusão de cada

assunto, na própria sala de aula, trabalhando a retomada dos conteúdos.

Ainda é preocupante a quantidade de alunos com necessidades educacionais

especiais, no que diz respeito a distúrbios de aprendizagem, para minimizar essa

situação, contamos com a ajuda da sala de recursos e sala de apoio com

profissionais habilitados para atenderem aos alunos. Esse atendimento é ofertado

em turno contrário.

Para melhor prepará-los para o exercício da cidadania, acreditamos que é

preciso facilitar o acesso à tecnologia (Informática, Internet, etc.), o Laboratório de

Page 12: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Informática, funciona com aproximadamente 39 computadores para os alunos e 4

para os professores, o acesso à internet é proporcionado pelo Paraná Digital. Os

alunos concluintes do Ensino Médio, através de parcerias com as Secretarias

Municipais de Educação e Assistência Social, tem gratuitamente o acesso a um

curso de Informática Básica.

A biblioteca dispõe, no momento, de um espaço pequeno. A disponibilidade

de livros ainda não é suficiente, principalmente os de pesquisa e literatura infanto-

juvenil.

O livro didático é um material de forte influência na prática do ensino

brasileiro. É importante, porém, considerar que o livro didático não deve ser o único

material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá

para dar ao aluno uma visão ampla do conhecimento.

Meios de comunicação social, tais como: revistas, folhetos, propagandas e

outros, são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que

tem função social real garantindo além do conhecimento formal o informal.

Nos últimos quatro anos para socialização de trabalhos desenvolvidos pelos

alunos é feita a Semana Cultural com atividades de dança, teatro, música, oficinas

organizadas pelas disciplinas com exposição de painéis, trabalhos artísticos e

experimentos utilizando temas que se abrangem no ano, tais como: biografias de

representantes importantes a cada disciplina, temas Educacionais Contemporâneos,

etc.

Para atender os estudantes com diferentes graus de desenvolvimento são

utilizadas estratégias variadas, atividades adequadas e desafiadoras que visam

garantir a aos mesmos o conhecimento dos saberes já sistematizados; para os

que não estão no mesmo nível que os outros e apresentam defasagens

educacionais são ofertadas a Sala de Recursos, Sala Multifuncional e sala de apoio,

nas quais são realizadas atividades variadas, lúdicas e recreativas levando-se em

consideração a realidade de conhecimento de cada aluno e suas particularidades.

Para o enriquecimento do trabalho pedagógico são utilizados os recursos

disponibilizados, tais como: TV multimídia em cada sala, laboratório de informática,

data Show que vem complementando e aprimorando as atividades planejadas pelos

educadores.

Page 13: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

As capacitações, Grupos de Estudos aos sábados, PDE, GTR, Formação em

Ação são suportes importantes para melhorar a prática docente, ampliando o

conhecimento e proporcionando novos subsídios.

A Direção, Conselho Escolar e APMF, procuram incentivar em parceria com o

município a participação dos alunos nos Projetos como: Olimpíadas de Física e

Matemática, jogos escolares e outras atividades que acontecem durante o ano

letivo.

O Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio é

formado pelo Corpo Docente, Direção e Equipe Pedagógica e Agentes Educacionais

I e II. Podendo ser considerada uma Escola de Campo, pela procedência de

aproximadamente 78% de alunos do meio rural, procura proporcionar ao aluno um

ambiente agradável, buscando complementar o ensino-aprendizagem com projetos

que proporcionem uma visão de mundo e de possibilidades de permanecer no

campo desenvolvendo atividades complementares, que possam melhorar a

qualidade de vida e o aumento de renda familiar.

Os funcionários tiveram aprovado seu Plano de Carreira no ano de 2008,

conquistando alguns benefícios e maior valorização profissional. A SEED

proporciona cursos específicos para as funções que os funcionários desenvolvem na

escola, porém é ainda insuficiente. Nos últimos anos os funcionários participam da

semana pedagógica, proporcionando grande conhecimento pedagógico e da

educação, somando para que se entenda o importante processo de que participam

na escola. Priorizando as relações profissionais de uma boa convivência entre os

colegas de trabalho onde é pautada o conhecimento a colaboração e cooperação

sendo que é um ambiente de troca de experiências profissionais.

As reuniões com pais, são proporcionadas geralmente através de convites

previamente entregues pelos próprios alunos, geralmente em grupos pequenos, pois

não é possível acomodar pais e alunos nos veículos de transportes pois, na maioria

das Linhas, o transporte escolar é o único meio de transporte coletivo.

A participação nas Festas Tradicionais é significativa. Dentre as festas mais

importantes temos: A Festa Julina e a Despedida dos alunos do Ensino Médio

(formatura). Organizadas pelo Conselho Escolar e APMF, visam à confraternização

e o levantamento de recursos para suprir às necessidades da escola.

Page 14: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

São realizadas viagens de estudos, em parceira com empresas locais e

prefeitura, com o objetivo de conhecer empresas e propriedades rurais em outros

municípios, bem como faculdades próximas para motivação de continuidade aos

estudos.

As atividades esportivas são realizadas no mini-ginásio do Colégio,

complementadas no campo de futebol municipal e particulares, pertencentes a

associações do município.

O colégio, ainda procura distribuir a Hora Atividade de forma a favorecer o

trabalho coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), anos, etc. ou

ano(s) dos diferentes níveis de ensino ou por área de conhecimento, ou ainda com a

formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar. Elas representam,

assim, lugar de participação e decisão, em aspecto de discussão, negociação e

encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social e

promovendo a gestão democrática.

Buscando o enriquecimento do trabalho pedagógico são utilizados os

recursos disponibilizados, tais como: TV multimídia em cada sala, laboratório de

informática, data show que vem complementando e aprimorando as atividades

planejadas pelos educadores.

Durante o ano são propostas atividades como: palestras, seminários, debates

que servem de mediação a conhecimentos também ensinados em sala de aula.

A merenda escolar é enviada pelo Governo Estadual em sua totalidade,

sendo complementada com recursos do fundo rotativo para produtos perecíveis.

Presta-se conta todo mês do uso dos alimentos e do cardápio servido aos alunos.

A educação em todos seus âmbitos passa por inúmeras transformações.

Desde 2005, no país, tem-se trabalhado com a ampliação do Ensino Fundamental,

com nove anos de duração, para crianças a partir de seis anos de idade. Essa

mudança, mais do que a adição de um ano, inserido no 1º segmento do Ensino

Fundamental, implica em rever o processo de formação dos educandos com uma

nova organização curricular que permita a permanência qualificada de todos os

alunos ao sistema de ensino. O Colégio estadual Barão do Rio Branco, visando

atender essa nova perspectiva, tem realizado estudos, reflexões, pesquisas a cerca

do Ensino de nove anos, fazendo adaptações dos documentos escolares e parcerias

Page 15: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

com as escolas municipais.

Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do Ensino Fundamental de

nove anos, a lei nº. 11.114/05, que altera o artigo 6º da LDB, tornando obrigatório a

matrícula da criança aos seis anos de idade no Ensino Fundamental. A lei nº

11.274/06 trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos,

com matricula obrigatória aos seis anos de idade.

A universalização da matrícula aos seis anos é uma conquista, especialmente

para as famílias das classes populares ou carentes que eram as que tinham as

menores possibilidades de conseguir vagas para os filhos. O ingresso das crianças

aos seis anos representa uma ampliação do direito à educação. Tendo um tempo

maior para a construção do processo de alfabetização.

A Resolução 07/2010 – trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino de nove anos e a Instrução 008/2011 estabelece que: “As instituições do

Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental - anos finais,

devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental.

O Parecer 407/11 Acolhe o pedido da SEED, garantindo a implantação de

forma simultânea, para os anos finais do Ensino Fundamental de 09 anos em todas

as escolas do Sistema Estadual de Ensino a partir de 2012.

Seguindo orientações da Instrução 004/2011 – que estabelece a

regulamentação das atividades complementares em contraturno, alunos do Ensino

Médio, conseguem desenvolver conhecimentos sobre o Mundo do Trabalho e

Geração de Rendas, tendo conhecimentos sobre noções básicas de Direito

Trabalhista (direitos e deveres do trabalhador; cálculo de valores referentes aos

direitos rescisórios); noção e situação problema envolvendo temas como:

Previdência Social, FGTS, seguro desemprego, Imposto de Renda, e outros; estudo

e construção de documentos básicos (procurações, contratos, atas estatutos, livro

caixa, declarações, etc) e noções e cálculos dos tributos e principais impostos

( ICMS, ICMS Ecológico, IPI e outros) bem como das Contribuições e melhorias.

No segundo semestre de 2011 (Instrução 007/2011), as escolas tiveram

abertura automática de uma Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e

uma de Matemática para alunos matriculados no 6º ano e 9ª Ano, ficando o Colégio

Estadual Barão do Rio Branco com uma turma de Sala de Apoio no período

Page 16: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

matutino, para os 6º Anos ( já existente) e mais uma Sala de Apoio em português e

matemática no período vespertino para alunos do 9º Ano. Estas salas são de grande

importância e representam a possibilidade de recuperação para muitos alunos que

apresentam defasagens de conhecimento. É de fundamental importância que o

Professor da Sala de Apoio Conheça os fundamentos psicopedagógicos da faixa

etária de seus alunos, compreendendo os mecanismos que estão ligados a

maturação e desenvolvimento cognitivo, além de ter domínio dos conteúdos básicos

das séries iniciais bem como dos conteúdos relativos ao segundo segmento do

ensino fundamental(6º e 9º Ano).

O professor da Sala de Apoio deve ter seu diferencial, trabalhando de forma

mais lúdica, recreativa, possibilitando aos alunos reconhecer diferentes sensações,

possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento. Ao trabalhar com Sala de Apoio

de Português do 6º Ano, devido as características dos alunos dessa faixa etária e

suas necessidades relacionadas a infância é produtivo o trabalho que envolva a

motricidade, lúdico, jogos, a imaginação, criatividade o que exige um docente

alegre, criativo, dinâmico, perspicaz, que goste de sentar-se ao chão, cantar, contar

histórias, utilizar jogos, brincadeiras para efetivação do aprendizado. No 9º Ano, nas

aulas de Apoio em Português, devem ser observados fatores ligados a adolescência,

seus conflitos, mudanças e necessidades; culminando em práticas mais dinâmicas,

criativas, podendo utilizar para isso debates, teatros, pesquisas, jogos, entre

outros, visando sempre trabalhar os 3 eixos: oralidade, leitura, escrita.

Quanto ao professor de Sala de Apoio de matemática, além das

características já comentadas anteriormente, no 6º Ano é fundamental propor

atividades fora da sala de aula, como medições, contagens, uso de jogos e

brincadeiras, uso de material manipulável para efetivação do aprendizado e domínio

dos conceitos básicos tão necessários para progredir nos estudos. No 9º Ano

propor atividades que instiguem os alunos a desenvolver o cálculo, trabalhar os

conteúdos em defasagem de aprendizagem de anos anteriores, fazendo uso das

tendências Metodológicas na Educação Matemática, como Modelagem, Resolução

de Problemas, Jogos, uso da História da Matemática, de recursos tecnológicos e

Investigação matemática.

O colégio possui área verde entre as alas, com floreiras, conservadas pelo

Page 17: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

trabalho voluntário da direção, direção auxiliar e funcionários, bem como, de alguns

alunos.

Page 18: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

5 - MARCO CONCEITUAL

Num mundo marcado pela globalização econômica, cultural e pelos avanços

tecnológicos é cada vez mais forte o reconhecimento de que a diversidade étnica,

regional e cultural continua a exercer um papel crucial e de que é no âmbito do

Estado / Nação, que a cidadania pode ser exercida.

A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o enfrentamento

e a garantia dos direitos sociais.

A escola é uma instituição social que faz parte do universo relacionado a

infância e adolescência. Ao falar em infância e adolescência, observa-se que

existem diferentes enfoques dados a estes, e que existem diferentes pontos de

vista teóricos que acabam culminando em formar múltiplos conceitos desses

grupos referidos. Assim, é necessário pensar melhor sobre quais são e como se

construíram as diferentes concepções de infância e de adolescência em nossa

sociedade.

Todos nós temos em algum momento de nossa vida, uma relação próxima

com crianças e adolescentes. Essa relação ocorre por motivos diversos e

proporciona diferentes níveis de conhecimento quanto ao universo infantil e infanto-

juvenil. No decorrer da infância ocorrem inúmeras mudanças tanto no

desenvolvimento físico como mental, essas mudanças devem ser consideradas pela

escola, pois influenciam no processo de ensino e aprendizagem. As questões de

maturação e mudanças no corpo, levam o adolescente a inúmeros conflitos, dúvidas

e mudanças de gostos, hábitos, tornando-os cada vez mais inseridos no mundo

adulto, responsáveis por seus próprios atos.

De acordo com dicionários da língua portuguesa a palavra infância é descrita

como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade,

por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos da

Criança, de novembro de 1989, "criança são todas as pessoas menores de dezoito

anos de idade". Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é

considerada a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e

dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a adolescência.

Definir o que é criança na atualidade é muito difícil devido a amplitude do

Page 19: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

tema e suas construções ao longo da história. É necessário perceber a criança e seu

mundo a partir de seu próprio ponto de vista, ou seja “se quisermos realmente

conhecer o universo infantil, precisamos nos desvencilhar das imagens

preconcebidas e abordar esse universo e essa realidade tentando entender o que há

neles, e não o que esperamos que nos ofereçam” (COHN, 2005, p. 8).

ARIÈS ( 1978, p. 32), defende que a infância faz parte de uma construção

histórica, cultural, ideológica. Ela se constrói diferentemente a cada momento

histórico e em cada coletivo social. O desenvolvimento da infância não é algo

homogêneo, mas algo muito diversificado e abrangente, e é isso que produz tantas

infâncias. Essa diversidade está ligada ao contexto social, econômico, cultural e

político. É importante que a escola reconheça e trabalhe esses fatores, visando

sempre contemplar de forma particular todos os aluno e suas peculiaridades,

valorizando a diversidade existente.

Os adolescentes de uma maneira geral são os que mais sofrem

transformação batalham com seus corpos, que crescem e se transformam. Lidam

com as dificuldades de crescer no quadro complicado da família moderna e de uma

sociedade que luta contra fatores de risco e violência contra menores, ou seja,

nossos alunos estão expostos diariamente a situações de exploração diversas,

drogadição, violência, exclusão, entre outros, e escola não pode ignorar esses

fatores de risco.

A infância, nessa perspectiva, deve ser observada como um modo particular

de se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos da mesma

maneira. O que exige uma mudança de postura de todo coletivo escolar, que não

deve se deixar levar por ideias preconceituosas e estabelecidas ao longo da história.

A maturação está estritamente ligada ao crescimento, aos aspectos biológicos,

físicos e evolutivos das pessoas. Ao falar em desenvolvimento humano deve-se

pensar sobre as evoluções da linguagem, raciocínio, memória, atenção, estima,

entre muitos. Trata-se do processo mediante o qual se põe em andamento as

potencialidades dos seres humanos. Consideramos que é um processo interminável,

no que se produz uma série de saltos qualitativos que levam de um estado de

menos capacidade para um de maior capacidade e reflexão.

Tendo como enfoque ARIÈS ( 1978, p.54), pode-se ressaltar que a infância

Page 20: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

foi uma invenção da modernidade, visto que a infância que conhecemos hoje foi

uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas,

sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as crianças com o mesmo

referencial. A partir disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e

com os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as

peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais

às do século passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos.

O mesmo autor defende duas teses principais sobre a infância: na primeira,

afirma que a sociedade tradicional da Idade Média não via a criança como ser

distinto do adulto. Na segunda, indica a transformação pela qual a criança e a família

passam, ocupando um lugar central na dinâmica social. Com essa transformação, a

família tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e

filhos, o que não existia antes. A criança passou de um lugar sem importância a ser

o centro da família.

De acordo com as Orientações Pedagógicas para o Ensino Fundamental de

nove anos (2010, p. 11), a concepção de infância e de desenvolvimento infantil é

uma construção histórica. Nos tornamos humanos a partir da interação com outros

seres humanos, ou seja, a partir do contexto cultural, interação com diferentes

grupos, participação em práticas sociais historicamente construídas. Ter essa

compreensão é de fundamental importância para a escola, é uma das possibilidades

de que o trabalho pedagógico se efetive no âmbito educacional.

Pensando-se na superação do distanciamento entre os anos iniciais e finais

do Ensino Fundamental, é primordial que exista essa aproximação com um trabalho

que possibilite a complementaridade e continuidade do processo de ensino-

aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento e complexidade

dos conhecimentos sistematizados.

Com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, passou

a definir todas as crianças como sujeito de direitos, com necessidades específicas,

decorrentes de seu desenvolvimento peculiar, e que, por conta disso, deveriam

receber uma política de atenção integral a seus direitos construídos social e

historicamente. A mudança é radical, vai à raiz: o menor retoma seu lugar de

criança. O menor passa a ser visto como cidadão de direitos e não como um

Page 21: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

expectador das tentativas de sabê-lo vítima ou responsável pelas derrotas sociais. A

criança volta a ocupar o seu lugar de um ser humano, de um sujeito construído

historicamente, com direitos e deveres que devem ser exercidos hoje, com uma vida

concreta que pode ser muito dura e distante do sonho dourado da infância mítica da

classe média. Contudo, uma criança.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como a naturalização da adolescência e sua

homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as

características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas

quando inseridas na história ou contexto que as geraram.

Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser

adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que,

juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência

como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a

idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como

um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua

subjetividade e identidade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida

somente como uma fase de transição. A adolescência deve ser pensada como uma

categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói dentro de uma história e

tempos específicos.

Tendo como perspectiva a ideia de que hoje a escola é espaço fundamental

para introdução da criança e do adolescente em um meio social. Desde os primeiros

dias de aula de uma criança até o seu maior grau de formação, é de fundamental

importância respeitar seu desenvolvimento, possibilidades e limitações a escola

possibilita que o indivíduo participe de uma vida em grupo, encare novos desafios e

descubra o prazer de aprender a conviver de maneira natural. A vivência de novas

experiências traz à criança e o adolescente o despertar de uma sociedade que

busca inovações. Essas concepções trazem à nossa realidade enquanto escola, um

encargo maior de responsabilidade pelos menores, pois, vivemos em um contexto

social em que a família e a própria sociedade de maneira geral depositam toda a

responsabilidade da formação acadêmica/cidadã de uma criança ou adolescente na

Page 22: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

escola. As instituições escolares além de serem responsáveis pela educação

acadêmica, hoje são também formadoras de cidadãos críticos.

A escola vista como instituição social, deve estar atenta não somente ao

desenvolvimento acadêmico de uma criança ou adolescente, ela deve percebê-los

como seres vivos em fase de amadurecimento físico e amenizar os transtornos

psicológicos que esse amadurecimento traz como consequência, mediante a

erupção dos hormônios na puberdade, que trazem consigo as mais variadas

manifestações comportamentais, que por vezes podem parecer como isolamento

pessoal.

A infância não é um dado isolado, mas um dado histórico, construído, em

torno de uma realidade existente seja do desenvolvimento cientifico, religioso,

histórico e social.

De acordo com as Orientações Pedagógicas para o Ensino de Nove Anos

(2010, p. 16), na infância aprendemos muitas coisas brincando como: regras, limites,

cooperação, competição, valores, noções de topologia, lateralidade, esquema

corporal, expressão, cantigas, dança, movimentos motores, trabalhos em grupo,

cuidados, enfim uma série de fatores que serão de fundamental importância para

toda a vida escolar ou não. As atividades envolvendo a jogos e a brincadeira tanto

espontânea como dirigida são utilizadas para se ensinar conteúdos, constituindo

outro modo de ensinar. O professor é diretamente responsável pelo processo

pedagógico e a troca de experiência com outros professores, equipe pedagógica e

direção, trabalhando de forma mais articulada ao contesto que pertence.

Tendo como enfoque ARROYO (2000, p. 37), a infância como todo tempo de

formação é total. Uma infância quebrada, uma infância corrompida,

desumanizada,porque sua humanidade foi roubada, exige um profissional

transdisciplinar, porque as questões da dor, do sofrimento, da miséria e da vivência

no limite não encontram disciplina em nossa universidade e em nossa formação

acadêmica, não há disciplinas que tratam da morte, que tratam da dor humana e

menos da infância. Poderíamos dizer que há um distanciamento entre a formação

recebida na docência e a infância-adolescência popular com trabalho na extensão e

nas escolas.

A presença da família e principalmente da mãe é algo tão forte na construção

Page 23: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

da infância, da adolescência, da juventude e da vida adulta, popular. Deve-se ter um

pouco mais de atenção ainda ao peso formador da família e de todo trabalho. Por

que a figura da mãe representa a proteção em contextos sociais espaciais de

desproteção, discriminação, de desamparo e julgamento.

Para ARROYO (2000, p. 34):

A visão romântica da infância como anjinho, pura, flor se quebrou. De uma imagem angelical passamos a uma imagem diabólica-imoral. Estamos em tempos em que a sociedade não merece sua infância e adolescência. De alguma forma a sociedade vem construindo suas autoimagens e julgamentos. A imagem que temos da família é em função da infância. Como a imagem nossa de educadores(as) se reflete no espelho da infância-adolescência. A imagem da mulher está colada com a imagem da infância. Já a imagem patriarcal do macho não está tão colada à infância. A construção da infância popular está associada à autoimagem da sociedade, das instituições, das políticas do Estado, do Estado paterno, o Estado pai dos pobres, o Estado-previdência. Imagens da creche, da escola, e até da universidade, da Extensão. Muitas autoimagens salvadoras, educadoras de ONGs e de seus coletivos de educadores, se vem no espelho da infância e adolescência populares.

Baseado nas Orientações Pedagógicas para o Ensino de Nove Anos (2010,

p. 14), a inclusão das crianças de seis anos no Ensino Fundamental culmina em

inúmeras reflexões quanto ao processo ensino-aprendizagem, principalmente no

que se refere ao trabalho pedagógico e suas concepções. É de grande valia que os

professores tenham clareza e responsabilidade acerca da perspectiva teórica

adotada e expressa na Proposta para o Ensino de nove anos e também da

documentação existente na escola, o que deve ser feito em todas as disciplinas

escolares e com parceria entre diferentes instituições.

De acordo com o mesmo documento a organização didática estabelece

alguns desafios aos professores como adequação dos diferentes conteúdos no

tempo escolar, dando a todas as disciplinas a mesma importância e interligações

entre as mesmas. A obrigatoriedade do ingresso dessas crianças na escola com

um ano de antecedência, exige muitas adequações principalmente quanto a lúdico

e a recreação, tão importante e necessárias na idade de 6 anos, esse ingresso

também possibilidades que estas crianças estejam mais cedo ligadas ao universo

escolar desenvolvendo potencialidades relacionadas a alfabetização e ao cálculo,

que servirão de base para as etapas posteriores de ensino.

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,

Page 24: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do

grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que

oferece a sua comunidade. Nesse sentido, a sociedade cria o homem para si”.

(Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a

partir das contradições geradas pelo processo econômico.

Nas sociedades tradicionais a estabilidade da organização política, produtiva

e social garantia um ambiente educacional relativamente estável. Agora, a

velocidade do progresso científico e tecnológico e da transformação dos processos

de produção torna o conhecimento rapidamente superado, exige-se uma atualização

contínua que garanta uma postura de educador proporcionando aos alunos atitudes

críticas e ações que possam melhorar esta sociedade.

Segundo Demerval Saviani (1995, p. 55), o entendimento do mundo, como

funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender

as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata

aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem

historicamente.

Atílio Boron (1986, p.71) questiona, que tipo de sociedade deixa como

legados estes quinze anos de hegemonia do neoliberalismo? Uma sociedade

heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo –

classe, etnia, gênero, religião, etc. - que foram exacerbados com a aplicação das

políticas neoliberais. Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas

velocidades”, como costuma ser denominada na Europa, porque lá um amplo setor

social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode

ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se no mercado de trabalho formal

do capital desenvolvido. Essa crescente fragmentação do social que potencializaram

as políticas conservadoras foram por sua vez reforçada pelo excepcional avanço

tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

O homem produz a sua existência, como sujeito ativo de sua vida, faz sua

história, cria, recria, inventa coletivamente, articula teoria e prática. Possui valores e

saberes a serem desenvolvidos do trabalho, age sobre a natureza ajustando-as às

Page 25: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

suas necessidades e transformando-a.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

Partindo do pressuposto que o homem constituiu-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade, reconhecendo a existência do afro – brasileiro, a seus ancestrais

( africanos), sua trajetória na vida brasileira na condição de sujeitos na construção

da sociedade. Portanto, inovar buscando finalidades, os motivos, os objetivos e os

meios adequados, ao tratar esta temática, sem com isso desvalorizar as demais

culturas, todas significativas para o Brasil.

Nesse contexto, promover a releitura da história do mundo Africano

promovendo a cidadania e igualdade racial.

A escola é uma das instituições sociais que possibilita a formação de

cidadãos críticos e capazes de transformar em sociedade em um mundo melhor.

Para auxiliar nesse trabalho, o colégio pode contar com o Grêmio Estudantil,

que é uma organização de alunos com objetivos de proporcionar e cooperar numa

formação política, administrativa e social. Desta forma, contribui no desenvolvimento

de projetos, atividades recreativas, ações voluntárias, gincanas e outros.

Este grupo também se encarrega de propor e organizar palestras, ações

com pessoas voluntárias sugerido pelos alunos, visando a integração dos

estudantes a fim de fortalecer as ações, valorizando a participação, envolvimento

nos eventos e prioridades estabelecidas pela escola.

Ainda, o colégio conta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários -

APMF que é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Agentes Educacionais

do Estabelecimento de Ensino, sem fins lucrativos, constituído por prazo

indeterminado e tem como objetivo discutir e sugerir ações de assistência ao

educando de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Colégio, representa os

interesses da comunidade escolar, contribuindo desta forma, para a melhoria da

qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal. Ainda, gerir e

Page 26: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

administrar recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de

convênios, de acordo com as prioridades em reunião conjunta com o Conselho

Escolar, sugerindo alterações que julgar necessário no Projeto Político Pedagógico

do Colégio.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva

e fiscal, sem fins lucrativos que tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na

forma de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade

escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão auxiliar da direção. Tem

papel decisivo na democratização da educação e da escola, na medida em que

reúne diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e representantes da

comunidade para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento do Projeto

Político Pedagógico. No entanto, trata-se de enfrentar o desafio de construir uma

Gestão Democrática, participativa, possibilitando uma construção permanente e

coletiva.

A Gestão Democrática implica a efetivação de novos processos de

organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos

coletivos e participativos de decisão.

“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que

ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como

é ele próprio, um processo de trabalho”.(Saviani, 1992, p.19).

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita

para constituir-se e transformar a realidade.

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza.

A abordagem dos conteúdos integra uma série de conhecimentos de

diferentes disciplinas, que contribuem para a construção de instrumentos de

compreensão e intervenção na realidade em que os alunos vivem.

O professor como mediador do processo educativo, deverá fornecer

Page 27: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

condições necessárias para que os alunos consigam obter os conhecimentos

curriculares com sucesso.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma

de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento,

mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz

consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do

conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme Veiga

(Veiga, Ilma Passos, Projeto Político da Escola: uma construção coletiva – 1995,

p.27).

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do

conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”

(VEIGA, 1995 p. 28). Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos,

conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Na educação, a organização faz-se fundamental para a definição de políticas

educacionais que orientem a prática educativa e os processos de participação. É

importante convocar as pessoas que vivem em torno da escola, no sentido de

participar, de comprometer-se com o destino e com o sucesso da escola.

A escola proporciona um conjunto de práticas com o propósito de contribuir e

proporcionar a apropriação de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e

construtiva.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes

científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani(1995) afirma que “a ciência

merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de

conhecimento” (p. 56), ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de

pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é

indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que

vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo.

Page 28: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

A escola deve assumir-se como um espaço de vivência, não uma estância

normativa e normatizadora, mas um local social privilegiado de construção dos

significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania,

promovendo discussões sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos,

recusa categórica de formas de discriminação, importância da solidariedade e

observância das leis.

Organizar, sistematizar e desenvolver as capacidades científicas, éticas e

tecnológicas, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,

preparando-o para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O termo cidadania tem muitas conotações. Preliminarmente poderíamos

entender que ser cidadão é ter assegurado o direito à participação social de modo

consciente o que, por sua vez, só é possível quando o ser humano tem garantido o

direito ao trabalho. Em outras palavras, a cidadania aqui definida não possui o

mesmo sentido que lhe é atribuído pela concepção liberal, na qual a noção vincula-

se a criação dos meios que assegurem ao indivíduo o direito à propriedade. Pelo

contrário, admitimos que o exercício da cidadania ocorre quando os indivíduos têm

acesso às riquezas que, através do trabalho, ajudam a construir.

A prática escolar deve ter como objetivo formar cidadãos capazes de atuar

com competência e dignidade na sociedade, tendo como princípio de ensino

contemplar conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais cuja

aprendizagem e assimilação são essenciais para que os alunos possam exercer

seus direitos e deveres, condições fundamentais para o exercício da cidadania na

construção de uma sociedade crítica e democrática.

“O trabalho é uma atividade humana intencional que envolve forma de

organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998,

p.13).

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente é

nesta dimensão que está posto a formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma

atividade intencional que envolve, formas de organização necessária para a

formação do ser humano.

Page 29: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo)

do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos

conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações

para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio

intelectual do técnico e das formas de organização social sendo capaz de criar

soluções originais para problemas novos que exigem criatividade a partir do domínio

do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p.33 e 35).

Cabe a escola enfatizar a importância da interação dos indivíduos entre si,

enquanto sujeitos sociais e da relação destes como todo social no processo de

aquisição dos conhecimentos escolares.

A tarefa do professor e dos alunos desenvolve-se através de ações didático-

pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento escolar

num processo dialético que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato,

realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses,

classificar, conceituar...

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e

na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis,

livro didática, giz e lousa, televisão ou computador. A presença de aparato

tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender.

A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a

construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, critica e criativa por

parte de alunos e professores.

A política de valorização dos trabalhadores em educação referente aos

funcionários da escola, reconhece que todos os espaços da escola, além do espaço

da sala de aula, são importantes espaços educativos. Esse reconhecimento implica

uma nova visão e concepção de educador, reconhecendo os Agentes Educacionais I

e II como parte integrante do processo educativo.

Segundo Cristina Gomes Machado (2002, p. 68), o processo educativo há de

se revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador

do homem. É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia

mediante a qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite

à aprendizagem.

Page 30: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais

vigentes.

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a

formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER (2002, p.

45), a concepção que aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o

específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar

metodologicamente os conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e

alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento

das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de

estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.

Nosso país tem grande diversidade regional, cultural e com grandes

desigualdades sociais, portanto, não é possível pensar em um modelo único para

incorporação de recursos tecnológicos na educação. É necessário pensar em

propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada região ou

comunidade.

A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura)” (1992, p.19).

É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio

tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando as crianças e aos jovens

pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz

respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito

nacional e regional, como na que faz parte do patrimônio universal da humanidade.

Em torno das atividades culturais, os adolescentes e jovens adquirem e

difundem informações, desenvolvem a imaginação e expressam suas questões, das

convicções às dúvidas mais profundas.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura.

Como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para operar a

Page 31: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita; assume um papel político fundamental”, (Saviani, apud Frigotto, 1994,

p.189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita

cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço

motivador, aberto e democrático.

A análise de possibilidades de aprendizagem permite identificar com base em

Darsie (1994, p. 11) duas dimensões: recepção-repetição e significação.

A primeira inscreve-se num contexto de ensino em que é apresentado. Um

conteúdo em ritmo continuo e orientado por necessidades do professor e alheias aos

alunos, que cumprem rotinas, repetem em testes e provas definições e

terminologias, sem acrescentar algo de “classificação” dos alunos.

A segunda corresponde um contexto de ensino no qual os conhecimentos dos

alunos e aqueles propostos pela escola são postos em diálogo, pois, aprender um

conteúdo implica atribuir-lhe um significado, construir uma representação ou um

“modelo mental” do mesmo. A avaliação auxilia o professor na organização do

trabalho, fornece informações dos alcances e necessidades dos alunos (avaliação

do processo e não do produto). De classificatória a avaliação converte-se em

instrumento do ensino e da aprendizagem.

Faz parte do trabalho docente saber o que pretende ensinar, diagnosticar o

que os alunos sabem e pensam sobre o tema de estudo, definir suas intenções de

ensino, escolher os materiais didáticos e atividades pedagógicas adequados para

cada situação, avaliar as repercussões de suas intervenções e quais as dificuldades

na aprendizagem.

Há determinadas considerações a fazer a respeito do trabalho em sala de

aula, que extravasam as fronteiras de um tema ou área do conhecimento. Estas

considerações evidenciam que o ensino não pode estar limitado ao estabelecimento

de um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos. A prática

educativa é bastante complexa, pois o contexto de sala de aula traz uma grande

diversidade e abrange também questões de ordem afetiva, emocional, cognitiva,

física e de relação pessoal.

As orientações didáticas apontam alguns tópicos considerados essenciais no

Page 32: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

processo ensino-aprendizagem: autonomia, diversidade, interação e cooperação,

disponibilidade para a aprendizagem, organização do tempo, organização do

espaço, e seleção de material.

As novas demandas da educação básica, apontam que sejam trabalhados em

sala de aula, conteúdos que façam sentido para o momento de vida presente e que

ao mesmo tempo favoreçam o aprendizado do conhecimento científico

historicamente construído.

Para tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de desenvolver

o espírito crítico, favorecer a criatividade, a compreensão dos limites, alcances

lógicos das explicações propostas, desenvolvimento da autonomia do sujeito,

sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades de interagir num

trabalho de equipe.

Considerando que o mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a

tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades comuns, e para que

a escola cumpra sua função na formação de indivíduos que possam exercer sua

cidadania, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos,

percepções e demandas.

Parte-se, portanto, do pressuposto de que o homem, “... é efetivamente

cidadão, se pode efetivamente usufruir bens materiais necessários para sustentação

de sua existência física, dos bens simbólicos necessários para sustentação de sua

existência subjetiva e dos bens políticos para sustentação de sua existência social”

(SEVERINO, 1994, p.98).

“Neste sentido, ser cidadão implica em participar e apropriar-se das condições

materiais, sociais e culturais onde as relações (de poder) sejam democráticas, com

igualdade de oportunidades, pois a democracia é aquela característica de uma

sociedade que garante à totalidade de seus membros essas condições”.

(SEVERINO, 1994, p.94).

A valorização de todos os profissionais da educação é um dos marcos

importantes para a transformação da educação do país, com estímulo à qualificação

profissional, a recuperação da dignidade profissional pela atribuição de salários

justos. O Processo de formação continuada e o Plano de Carreira para os Agentes

Educacionais I e II expressam algumas das conquistas dos profissionais da

Page 33: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

educação.

A política curricular é o processo no qual selecionam e produzem saberes,

visões de mundo, habilidades, valores, símbolos e significados de culturas,

instituindo a forma de organizar o conhecimento tornando-a ensinável.

O currículo, pensando-se em definição é relacionado a um conjunto de

experiências, organizadas pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e

disponibiliza aos alunos, com o objetivo que aprendam algo. O eixo no qual o

currículo gira, é o Conhecimento Escolar, e a centralidade é o conhecimento.

Pode-se dizer que o Currículo apresenta quatro características:

1- Organizador: é um instrumento sistematizador do processo educativo

escolar, materializando a ação educativa.

2- Intenções e Práticas: são ações realizadas para concretizar a prática.

3- Escolhas: é um conjunto que ocorrem nas Secretarias de Educação, nas

escolas e vão até a sala de aula, justificando-se de acordo com os entendimentos e

interesses políticos científicos e pedagógicos.

4- Efeitos: contribui para a construção das identidades, deixando marcas da

instituição (escolar), de um professor, de um conhecimento em cada aluno.

O currículo deve ter escolhas coletivas, onde os professores tem o direito e o

dever de discuti-lo. Construir um currículo não é um trabalho técnico, que se faz

para os outros seguirem. O Planejamento, a implementação e a avaliação do

currículo deve ser tarefa de cada professor e a preocupação constante da busca

pelo novo.

Além dos conteúdos, a forma de organizá-los, quantas horas por disciplina,

quanto tempo de trabalhos extraescolares, etc. Coloca-se a necessidade da

Seleção e Organização, através da Hierarquização e da Distribuição, discutindo a

valorização de alguns saberes e a importância de outros.

É preciso enfrentar as questões curriculares em cada área do conhecimento,

estabelecendo discussões de ordem social, política e epistemológica, não

esquecendo os objetivos da escola, tão pouco, da inclusão ou integração do aluno

na sociedade desenvolvendo suas possibilidades e aptidões como sujeito de sua

formação pessoal, interagindo plenamente como pessoas e cidadãos.

A educação vive um clima de intensa efervescência em função dos novos

Page 34: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

paradigmas da Educação Especial. É necessário almejar uma escola que inclua

todos os alunos, independentemente das condições pessoais e socioculturais, lutar

contra a exclusão. Sob essa perspectiva deve residir o compromisso da escola com

todos e para todos. A construção de espaços escolares inclusivos requerem

modificações significativas e duradouras.

A prática escolar necessita de mudanças conceituais e pragmáticas dos

educadores, o que requer reflexão, flexibilidade e atualização contínua.

O respeito às dificuldades, exige dos responsáveis renovação, estudo de

observação, avaliação e argumentação, a fim de convencer a todos de que rejeitar

as mudanças, é, rejeitar o amanhã. A inclusão é desafio que necessita

reconhecimento, pela complexidade de condições necessárias, para que a escola

seja realmente inclusiva, ou seja, todos para todos e com todos. Por isso, não

depende somente de uma reforma do pensamento e da escola, mas, também, de

professores especializados, capazes de ministrar uma educação que venha atender

o seu público, em suas necessidades e potencialidades, permitindo a autonomia e

independência na construção dos processos de aprendizagem, nas adaptações

curriculares, metodologias inovadoras e avaliações. A prática de inclusão propõe um

novo modo de interação social, no qual há uma revolução de valores e atitudes que

exigem mudanças na estrutura da sociedade e na própria educação escolar, mas

principalmente o comprometimento de profissionais e políticas que permitam a

realização de pequenas e grandes ações que realmente tenham como objetivo o

crescimento e a realização do ser humano como um todo.

Dessa maneira, além de oportunizar o acesso à educação a todas às

pessoas, que no decorrer da história ficaram à margem da sociedade e do processo

educativo, obviamente, discutir a inclusão representa repensar conceitos e

preconceitos já impregnados. O processo da educação inclusiva faz-se necessário,

porém sabe-se que é um processo de construção gradativa.

“O ser humano é um ser social por natureza, ele só se constitui na presença

de outro ser humano, e só se desenvolve pelo indivíduo essencialmente social, tem

necessidade de sentir-se como pertencente a um grupo”. (Educar em Revista, p.46)

A concepção de inclusão social traz o pressuposto da organização da

sociedade para que sejam propiciadas as condições, o respeito e a valorização das

Page 35: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

diferenças.

Nesse contexto, a escola tem uma grande responsabilidade, sendo

fundamental, uma reflexão profunda sobre a forma de acolher e avaliar o estudante,

de forma que ele se sinta incluído em todo o processo e, principalmente no meio

social.

Avaliar é um processo que constitui a ação dos homens sobre o mundo.

Assim, com certeza, as formas de avaliação vigente na escola, não são invenções

individuais de cada professor, os padrões de avaliação refletem um longo percurso

de construção histórica e portanto coletiva.

Realidades institucionais burocratizadas, políticas pedagógicas desligadas

das necessidades práticas do trabalho escolar configuram-se em bom espaço de

sustentação de padrões de ensino e aprendizagem, conservadores e neste

dificilmente teremos a cobrança a novas atitudes profissionais dos docentes, de

onde a avaliação resultante seja formativa a professores e alunos em seus

percursos distintos no trabalho pedagógico.

A avaliação de aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que

se articula com um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino.

Para Luckesi (1996, p. 46)

Um educador, que se preocupa que a sua prática educacional esteja voltada para a transformação não poderá agir inconsciente e irrefletidamente: cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara, explícita, do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação.A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social.

Para avaliar não existe data marcada. Existe apenas a consciência do

educando e do educador para tornarem a educação um meio cultural, soberano,

meio pelo qual as pessoas que por ela passarem, sejam críticas, abertas e

sociáveis.

Nas palavras de Luckesi (1984): “A avaliação deverá manifestar-se como um

mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o crescimento e

não a estagnação disciplinadora”. ( p. 44)

Page 36: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Segundo LUCKESI (1984): “ela terá de ser o instrumento de reconhecimento

dos caminhos percorridos e de identificação dos caminhos a serem percorridos...”

A ação conjunta de um posicionamento pedagógico claro e explícito será o fio

que conduz uma prática consciente dos seus fins em todas as suas etapas de

planejamento, execução e conclusão.

Uma avaliação para ser justa tem de ser global, e isso só é possível com a

participação de todos aqueles que compõe o processo de ensino.

A avaliação da aprendizagem deve fazer com que educadores e educandos

cresçam como pessoas, integrados no grupo de trabalho, colaborando para o

enriquecimento individual e grupal. Disponibilidade, flexibilidade, entusiasmo, etc.

devem ser valorizados quando na luta por uma vida mais democrática, justa e livre.

Para LUCKESI (1995, p. 94): “para a avaliação escolar assumir seu

verdadeiro papel, de instrumento dialético, de diagnóstico para o crescimento, ela

terá que se situar e estar a serviço de uma pedagogia que esteja preocupada com a

transformação social e não com a sua conservação”.

Para acontecer esse resgate, dependerá de todos os envolvidos no processo

educativo, na realização de um trabalho voltado para a construção do novo,

possibilitando a emancipação dos alunos como seres individuais, livres, e com

características de serem cidadãos de caráter desafiador dessa sociedade que aí

está.

Boa avaliação não se faz sozinha, mas juntamente com uma boa educação,

procurando desta forma, realizar a Avaliação-Aprendizagem como um ato que não

ameace os alunos.

As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam

a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem

considerados provocam mudanças significativas no diálogo entre ensino e

aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na

comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e

ao que aprendem.

A partir de objetivos definidos pela escola, os quais são constituídos para a

discussão, levam-se em conta algumas análises sobre prática pedagógica. Angela

Dalben, define que existem inúmeras dimensões do Conselho de Classe como, a

Page 37: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

relação com o processo pedagógico da escola, intervenções na sala de aula com os

alunos, interferências nas discussões ou aspectos que orientam as possibilidades de

limites de restruturação do trabalho pedagógico, entre outras. A autora afirma

também que a organização do trabalho escolar, sendo parte do todo da escola o

tornam ao mesmo tempo expressão dessa totalidade.

Portanto, os aspectos que mais interferem na organização do trabalho,

permite consequentemente uma organização do processo do ensino aprendizagem

a partir de uma proposta integradora.

Dessa forma, entende-se que a existência desse espaço coletivo é necessário

para a reflexão e troca de experiências, centrada na análise do processo de ensino.

Sendo assim, torna-se imprescindível promover uma discussão mas aprofundada

das questões postas pelo processo de ensino e pela relação professor / aluno.

Neste sentido, o processo ensino-aprendizagem, tem abrangência e

finalidades, baseado numa perspectiva mais eficaz para todos, que organiza e dirige

situações de aprendizagem, mantendo um espaço amplo para as discussões e

procedimentos. A organização da escola deve respeitar os alunos e suas

temporalidades, levando em conta uma diversidade de questões.

Quando questiona-se modelos fechados e abstratos de igualdades e se

incorporam as diferenças, supera-se todas as formas de classificação e

segregação. É importante não deixar de reconhecer e estar atentos a diversidade de

contextos e aprendizagens e as trajetórias humanas sociais de cada educando e

também do coletivo.

Para LUCKESI (1995, p. 72), o ideal seria a inexistência do sistema de notas.

A aprovação ou a reprovação do educando deve se dar pela efetiva aprendizagem

dos conhecimentos mínimos necessários, como consequente desenvolvimento de

habilidades, hábitos e convicções.

Entretanto, diante da intensa utilização de notas e conceitos na prática

escolar e da própria legislação educacional que determina o uso de uma forma de

registro dos resultados da aprendizagem, é necessário sanar dificuldades pelo

conhecimento, habilidades e hábitos mínimos a serem adquiridos pelos educandos e

pelo encaminhamento do ensino a partir desta definição.

Portanto, através de uma avaliação diagnóstica, como meio investigativo da

Page 38: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

aprendizagem, são destacados três momentos interdependentes da avaliação:

coleta de dados, expressão de um juízo e tomada de decisão para que se faça um

repensar constante da prática educacional. Ajudar os alunos a escrever o melhor,

participar da aprendizagem e do desenvolvimento do projeto educativo.

Quanto aos procedimentos de recuperação das dificuldades de

aprendizagem, à superação das mesmas, a escola propõe a recuperação da

aprendizagem e não apenas da nota, sendo que a mesma deve ser processual e

paralelo.

Para que a recuperação de aprendizagem se efetive, entendemos que, mais

do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do educador no sentido

de garanti-la a todos os alunos, especialmente àqueles que tem maior dificuldades

em determinados momentos e conteúdos, adotando uma metodologia

participativa, servindo-se das horas atividades e projetos de apoio pedagógico

com recursos do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

O maior desafio da escola, hoje em dia, é formar um cidadão crítico e

consciente, bem como estabelecer parcerias para dar conta das novas demandas

que se apresentam.

Ainda, é muito grande o índice de evasão escolar, argumentada no trabalho

para contribuir na renda familiar. Portanto, mais difícil ainda, é formar esse cidadão

crítico e consciente sem a apropriação do conhecimento científico, quando ele não

frequenta a escola, ou quando muito cedo desistiu do processo de ensino-

aprendizagem.

A participação de toda a comunidade, criação de políticas públicas, uma

melhor distribuição de rendas, a inclusão de todas as diversidades, são algumas

ações que podem ajudar nesse desafio. Porém, esse é um trabalho coletivo, ético e

de muito compromisso.

Dentre muitas perspectivas relacionadas ao ensino, encontra-se a educação

Integral, esta, pressupõe um conjunto de estratégias para a formação completa do

ser humano, amplia a concepção da educação proporcionada pela escola e pela

família e abre espaço para o envolvimento e a responsabilização de toda a

sociedade em relação às novas gerações.

Tem como premissa a integração de tempos, espaços e conteúdos. Na

Page 39: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

perspectiva da fundação social, a circulação de crianças, adolescentes e jovens por

diversos ambientes possibilita a ampliação de repertórios relacionais, culturais,

científicos, artísticos, todos importantes para a criação de significados, a

compreensão da realidade e o fortalecimento da capacidade de intervenção positiva.

O conceito de educação integral, quando referido à escola contemporânea, é

um conceito em construção. Resulta da reavaliação do papel da instituição escolar,

ou seja, relaciona-se à busca dos limites e possibilidades de atuação dessa

instituição social.

A qualidade da educação brasileira tem sido preocupação intensa tanto por

parte do Governo quanto da sociedade civil. Nas últimas décadas, houve avanço

considerável em relação à democratização do Ensino Fundamental, em

contrapartida, as pesquisas na área, revelam acentuados problemas quanto à sua

eficiência. Considerando a relevância da influência de uma boa educação para

outros setores da sociedade como a saúde, a economia e o desenvolvimento, essa

pauta também integra diferentes agendas da nação.

Educação em tempo Integral, termo bastante difundido nos dias atuais, refere-

se basicamente à ideia de uma educação sendo oferecida em um período maior de

tempo que as quatro horas atualmente ofertadas pela grande maioria das

instituições escolares de nosso país, contudo, a palavra integral no termo educação

integral, tem uma dupla função dentro do conceito, que seria não só a de definir o

período maior de permanência do aluno no ambiente escolar, mas também definir a

formação do aluno de uma forma integral, completa, total. Aliado a esse conceito

consideraremos também o conceito de Educação Cidadã, defendido por Paulo

Freire, que seria justamente a formação do aluno na condição de cidadão, ou seja,

quebrar o paradigma da escola que ensina apenas o conteúdo de sua grade

curricular, procurando, utilizando-se desse tempo adicional concedido pela prática da

Educação Integral, formar o cidadão, cunhado em uma assimilação das práticas

sociais consideradas corretas do ponto de vista moral e ético da sociedade, através

da convivência harmoniosa e enriquecedora com os seus pares, guiado por uma

proposta pedagógica bem elaborada e eficaz que possibilite aos mesmos uma

diversidade de atividades e possibilidades de oportunidades que eles não têm

asseguradas no regime atual de ensino nem em outra instituição pública diferente da

Page 40: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

escol

A formação dos educadores associados à proposta de Educação Integral é

tarefa a ser construída, tanto pelos cursos de formação inicial e continuada quanto

pelos sistemas e pelas próprias escolas, levando-se em conta, essencialmente, uma

restruturação na formação e valorização dos educadores, na organização das

escolas e dos sistemas de ensino, na democratização e na eficiência da gestão.

Essa ampliação do campo da educação propõe ao administrador público um

desafio para o planejamento de políticas públicas de educação. Novos sujeitos

ganham legitimidade para propor políticas públicas de educação que se

complementam, uma vez que as diversas linguagens são reconhecidas como parte

de um mesmo processo de construção do conhecimento.

A Educação Integral articulada a um projeto de cidadania está, também,

intimamente, ligada a um projeto político-pedagógico de escola construído

democraticamente, com a participação da comunidade. É necessário reiterar o papel

de centralidade e de protagonismo da escola, cuja relevância social e política deverá

promover a articulação entre todos os agentes sociais que demonstram potencial

educativo. Isto envolve romper com o tradicional isolacionismo da escola, prevendo

uma disposição para o diálogo e para a construção de um projeto político e

pedagógico que contemple princípios e ações compartilhados rumo a uma Educação

Integral/integrada.

Um projeto pedagógico para a Educação Integral considera as múltiplas

dimensões da formação humana e os diferentes contextos em que acontece, como a

família, a escola, a comunidade próxima e a cidade, buscando favorecer

aprendizagens significativas relacionadas à convivência, à participação e à

autonomia. As ações daí decorrentes implicam um conjunto de espaços educativos,

incluindo a escola, que operam de forma integrada rompendo a histórica

fragmentação de projetos políticos e pedagógicos e das lógicas que confundem a

centralidade da escola nos processos educativos com a sua exclusividade na

educação de crianças, adolescentes e jovens.

É na crença e na luta pelo trabalho político-pedagógico projetado para a

dinâmica da vida e para as transformações necessárias a um mundo mais solidário

e justo, o qual integre relações de respeito às diferenças e ao meio ambiente e

Page 41: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

cultive a ética e a paz entre todos, que reside uma Educação Integral e integrada e

de qualidade.

Page 42: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

6 - MARCO OPERACIONAL

A educação é, sem dúvida nenhuma, uma obra complexa demais para ficar

apenas sob a responsabilidade da família ou da escola. Acredita-se que a educação

só apresentará melhoras quando todos os segmentos da comunidade escolar,

direção, professores, equipe pedagógica, agentes educacionais I e II, pais, alunos,

APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar trabalharem juntos, de maneira

participativa em torno de um objetivo maior, ou seja, do verdadeiro exercício da

cidadania, capaz de transformar, melhorar o meio em que está inserida.

Assim, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e

Médio, constrói seu Projeto Político Pedagógico de maneira participativa, incluindo

todos os segmentos da comunidade e, procuram juntos achar o melhor caminho

para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de maneira democrática,

oportunizando o acesso ao colégio, tornando o ambiente agradável, conservando o

patrimônio, disponibilizando os recursos que possui, buscando melhorar sempre,

para que o aluno sinta prazer em frequentar o colégio, se sinta incluído participando

do processo ensino-aprendizagem contando com o apoio e trabalho de todos,

principalmente do professor, direção e Equipe Pedagógica, respeitando as

diferenças, propondo alguns desafios para serem resolvidos individualmente e

outros coletivamente, priorizando sempre o saber científico.

O grande desafio da escola é possibilitar, reconhecer e valorizar as diferentes

culturas, para a criação de uma identidade cultural em que o aluno possa

compreender o mundo e sua relação com ele.

O comprometimento de toda a comunidade escolar com o processo de ensino

e aprendizagem inicia-se com um ambiente de cooperação e harmonia, com a

participação e comprometimento de toda a comunidade escolar com as dinâmicas

que envolvem a educação. É importante que os conhecimentos universais e

historicamente produzidos sejam priorizados, para isso, é de fundamental

importância que no Plano de Trabalho Docente estejam contemplados metodologias

que priorizem o processo de ensino e aprendizagem, utilizando atividades variadas,

recuperação de estudos, processos avaliativos mais abrangentes, trabalhando os

conteúdos de forma articulada e de acordo com as DCEs, fazendo a troca de

Page 43: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

experiência entre professores. Também é importante o comprometimento do governo

para a criação de políticas que possam dar subsídios financeiros e capacitação de

professores e funcionários e incentivo a formação continuada.

Conscientes dos diversos preconceitos e necessidades sociais existentes a

comunidade escolar proporcionará mecanismos de enfrentamento, para garantir o

direito ao acesso e permanência com qualidade no processo educacional

trabalhando com os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental,

Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e temas ligados ao Departamento da

Diversidade como: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Sexualidade e

Educação do campo.

Esses temas serão trabalhados interdisciplinarmente, promovendo a

pesquisa de textos informativos e literários, disponibilizando recursos audiovisuais

para servir de base aos debates, discussões, teatros, estudo de gráficos estatísticos

que reconheçam e valorizem a importância dos mesmos, e sua contribuição para o

país e para a humanidade. Durante o ano esses temas deverão ser trabalhados

pelas disciplinas de acordo com afinidades de cada uma, algumas paralelamente ao

conteúdo estudado, outras, de forma específica de acordo com a necessidade.As

produções serão socializadas na Semana Cultural de acordo com os temas

desenvolvidos na forma de textos, poesia, danças, teatros, maquetes, entre outros,

com a participação de toda a comunidade escolar.

Visando Possibilitar aos alunos e comunidade escolar o conhecimento de

outra língua, o colégio oferta duas turmas de CELEM/ Língua Espanhola em turno

intermediário. Para que o trabalho se efetive de maneira satisfatória é importante

que os alunos compareçam nas aulas e não desistam ao longo do processo, com

este intuito será Incentivada a participação dos mesmos com acompanhamento periódico

através conversas, incentivos, aulas bem preparadas. É importante que o professor organize

sua prática pedagógica com atividades que instiguem os alunos a pesquisa,

desenvolvendo de maneira natural e expressiva a familiaridade com essa nova

língua, utilizando-se para isso músicas, jogos, brincadeiras, vídeos, entre outros.

O colégio Estadual Barão do Rio Branco possui uma sala de CAEDEV

(Centro de Atendimento Especializado aos Deficientes Visuais). O objetivo principal

Page 44: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

é proporcionar a esses alunos, condições que favoreçam o desenvolvimento de

suas potencialidades, visando sua autorrealização, aprendizagem, integração e

independência. Tem também como objetivo desenvolver nestes alunos as

competências e readaptações para a inclusão social e o exercício da cidadania.

Para que isso se concretize será necessário Incentivar os professores da rede

regular a adaptar materiais de acordo com as necessidades dos alunos do CEDV

como: material ampliado, utilização de áudio, formas com relevo e textura, entre

outros; propor atividades práticas que levem estes alunos a ter uma maior

independência como: aguçar a sensibilidade de outros sentidos (tato, olfato, paladar

e gustação), ler e escrever em Braile, andar na rua com bengala, identificação no

espaço e estabelecer parcerias entre os professores da sala regular e o professor da

sala do CAEDV.

Através da articulação das disciplinas busca-se oportunizar conteúdos e

metodologias para que o estudante possa aprimorar-se de conhecimentos científicos

e construção de valores e atitudes de natureza diversa, que possibilitem a formação

de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais,

exercendo a verdadeira cidadania, para que as transformações sociais possam

acontecer, atendendo às necessidades e aspirações de todos.

Para que esse trabalho possa ser realizado cada vez melhor, quando o

professor manifestar vontade de aperfeiçoar-se através de cursos e outros eventos

com temas da educação, a escola autorizará a participação, porém se em horário de

aula, sem prejuízo para o aluno.

Para que o processo de ensino e aprendizagem se concretize o Colégio

através da direção e equipe pedagógica proporcionará condições favoráveis

suprindo necessidades materiais, físicas e humanas, de um ambiente de harmonia

de comprometimento através do diálogo, reuniões, debates e palestras. Também a

avaliação constante da prática pedagógica.

Através da direção, representando os segmentos do Colégio, buscar-se-á o

comprometimento também do governo para cobrar políticas públicas que possam

dar subsídio financeiro para que muitas ações possam sair do papel para a prática.

Também, que o governo possa ofertar a capacitação dos professores e funcionários

e, principalmente que sejam valorizados e bem remunerados. Em parceria com a

Page 45: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

APMF e governo municipal, busca parceria para a formação continuada dos

professores e funcionários, através dos cursos oferecidos ao nível de município.

Ainda que, por melhor que seja a escola, por mais bem que sejam preparados

seus professores, muitas vezes, a escola precisa suprir além das necessidades

inerentes à escola, a carência de uma família ausente e tudo que ela representa.

Sabendo da importância da participação da família na escola, o Colégio

possibilita o entrosamento entre diversos segmentos ligados a educação ( Conselho

Escolar, APMF, Grêmio, pais, alunos, professores, direção, equipe pedagógica,

agentes educacionais I e II) promovendo oficinas para pais trabalhando temas

como: limites, drogas, violência, lixo, meio ambiente entre outros. Os pais através de

convites e convocações, também participam de palestras que defendem a

importância da família na educação, como colaborar para a melhoria da qualidade

do ensino, entre outros. Além de participar das atividades culturais, jogos e

festividades realizados pelo Colégio.

Considerando que a escola também tem a responsabilidade de formar o

caráter, de educar para os desafios da vida, quebrar paradigmas sobre a diversidade

cultural, inclusão e cultivar valores éticos e morais, ainda, atendendo solicitação dos

pais, através da pesquisa, quando cobram da escola a oferta de palestras sobre

assuntos como: gravidez na adolescência, DSTs, profissões, valores e outras

informações que envolvem direitos e deveres do cidadão como código civil,

legislação trabalhista, tributária e casamento. Entendem os pais e professores, que

para se exercer verdadeiramente a cidadania, o aluno precisa ter conhecimento

mais aprofundado sobre temas que garantam uma melhor condição de vida, que

possa preservá-la e, principalmente o aluno do Ensino Médio, tenha o conhecimento

básico legal dos direitos e deveres do cidadão, do trabalhador, pois, uma grande

parte já está no mercado de trabalho.

Buscando uma ação concreta o Colégio, através da direção, num trabalho

conjunto com a prefeitura municipal e as universidades mais próximas, procura

suprir e atender os pais; na solicitação das palestras e oficinas. Assim são

trabalhados temas como: gravidez na adolescência e DSTs, drogas, limites, meio

ambiente, profissões, legislação trabalhista, código civil e tributário. Esses temas são

trabalhados em forma de palestras e oficinas, coordenadas pela direção,

Page 46: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

professores e alunos das Universidades e supervisionados pela direção da escola,

equipe pedagógica e auxílio da APMF e Conselho Escolar. Os Desafios

Contemporâneos (Enfrentamento à Violência e droga, Meio Ambiente, Educação

Fiscal), Temas da Diversidade como: Relações Étnico raciais e Afro descendentes,

sexualidade e Educação do Campo estão contemplados neste trabalho.

Partindo do pressuposto que as pessoas são resultantes de suas relações

sociais, busca-se maior conhecimento resultando assim na valorização da cultura

afro-brasileira e seus descendentes, bem como estar flexível à diversidade para

possíveis mudanças onde possamos incluir e oportunizar o desenvolvimento de

todos e de pessoas com necessidades educacionais especiais.

Aceitar as diferenças, não significa revestir o trabalho de docilidade ou

irracionalidade, significa sim, aprender com as riquezas dos encontros e das

interações entre pessoas. Não oferecemos metodologias para impressionar ou

engrandecer estatísticas mas, oportunizar alunos com necessidades especiais de

vivenciar novas situações que valorizem as diferenças onde cada um possa

desenvolver seu potencial. A Equipe Pedagógica juntamente com a família avaliam

individualmente e cuidadosamente cada criança na busca de identificação de sua

expressão no processo de aprendizagem, bem como, das necessidades

educacionais que apresenta. Com permissão e consentimento da mesma serão

tomadas as devidas iniciativas.

Para o tema valores (respeito, solidariedade, justiça, ética, limites, etc) serão

realizados estudos reflexivos, de acordo com a necessidade e as características do

grupo, sempre que o professor achar necessário.

Dentre as atividades práticas realizadas com o coletivo de alunos, o colégio

organiza a “ Oficina colaborativa” que tem por objetivo consolidar os temas respeito,

solidariedade, responsabilidade, justiça, inclusão e respeito a diversidade através de

atividades propostas no sentido de mostrar a importância de se trabalhar em prol de

um objetivo comum; de reconhecer e expressar a importância do outro; respeito às

diferenças individuais, intercâmbio de ideias, empenho e dedicação, sem prêmios,

onde a vitória e a derrota cedem lugar ao simples prazer da participação humana, e

do intercâmbio de sentimentos e doações. Esse trabalho é realizado nas

dependências do ginásio do Colégio, elaborado e supervisionado pelos professores

Page 47: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

de Educação Física, envolvendo todos os profissionais, cada um contribuindo de

uma maneira singular dentro de suas atribuições e responsabilidades no Colégio.

Para o tema profissões sugerido pelos pais para os alunos do Ensino Médio,

o Colégio através do Conselho Escolar, Direção e Equipe Pedagógica, elabora por

escrito uma pesquisa tendo como público alvo os alunos concluintes do Ensino

Médio, na qual consulta quais as profissões que o aluno acha interessante. Quais as

sugestões que ele daria para a escola para que tivesse maiores informações. Na

maioria das vezes, o aluno sugere uma conversa informal com profissionais das

diversas áreas.

Nos meses de setembro, outubro e novembro de cada ano letivo,

profissionais das diversas áreas, são convidados pela direção, equipe pedagógica e

Conselho Escolar para uma conversa na própria sala de aula, informando e

esclarecendo dúvidas dos alunos. Ainda, nos meses de julho e novembro, o Colégio,

através da direção e equipe pedagógica em parceria com o governo municipal

proporciona visitas às universidades, dentro de seus projetos de apresentar os

cursos oferecidos para os alunos. Nessas visitas, sempre há o acompanhamento de

Professores, direção e representante de pais.

Dentro do trabalho “O Jovem e o Campo” (escola de campo), pretende-se

estimular os jovens do Ensino Médio, para uma busca de alternativas para

diversificar as propriedades em que vivem, buscando melhorar a qualidade de vida

através de visitas a Escolas Agrícolas, Assentamentos, Casa Familiar Rural e

palestras com agrônomos da Emater, facilitar o acesso aos cursos, escolas que

ofereçam cursos de Técnico Agrícola. Esse acesso, será proporcionado através de

parcerias com a Prefeitura Municipal, Emater e outros.

Com o pensamento de que o esporte, arte e tecnologia são

reconhecidamente meios de inclusão e relação social, que despertam na maioria

dos jovens o fascínio e atração, e que são também poderosos aliados no resgate de

alunos evadidos, com dificuldades de aprendizagem, estimulando atividades

diferenciadas, vinculando à qualidade, interesse e dedicação aos estudos, o Colégio

Barão do Rio Branco oportunizará espaços de tempo para o acesso às tecnologias,

arte e ao esporte, seja em gincanas, pesquisa extraclasse, feiras, mostras de

talentos, entre outros .

Page 48: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

Para sensibilizar o aluno de sua responsabilidade e das consequências de

seus atos quanto ao cuidado com o ambiente em que vivemos, o Colégio

desenvolve o Projeto Material Reciclável, envolvendo todos os alunos, tanto do

Ensino Fundamental, quanto do Médio. Nesse projeto são desenvolvidas palestras e

ações que buscam sensibilizar o aluno da importância de se preservar desde as

instalações, até o mais simples objeto que compõe o patrimônio do colégio,

principalmente o compromisso em se preservar o meio ambiente ecologicamente.

Durante o ano letivo, todos os professores, principalmente os de Ciências,

Geografia, Artes e Biologia coordenam ações que são desenvolvidas envolvendo o

estudo e análise da evolução do processo de degradação da natureza, onde o aluno

em conjunto com seu familiares, fazem uma avaliação de qual era a preocupação

em se preservar a natureza tempos atrás e, após o surgimento de campanhas para

consciência ecológica; conduzem uma abordagem história com base nas

informações obtidas (palestras, estudos, vídeos e etc.), questionando e levando o

aluno a pensar e registrar através de poemas, ilustrações e textos, as mudanças

ocorridas no meio-ambiente, suas causas, consequências e ações concretas a

serem desenvolvidas para minimizarmos as consequências. Como ação concreta,

desenvolve uma campanha de coleta seletiva de lixo e recolhimento de material

reciclável; visitas ao aterro sanitário do município e empresas que compram e

processam o lixo reciclável; utilização de material reciclável na confecção, de

objetos de arte; plantio de árvores e flores no colégio e nas proximidades; em

parceria com a Emater e Secretaria Municipal da Agricultura e do Meio Ambiente,

reposição da mata ciliar, principalmente na faixa exigida às margens dos rios que

formam a bacia do Rio Marrecas, que abastece os habitantes do município de

Francisco Beltrão.

Ainda, o Colégio, dentro de suas ações desenvolve o projeto Maratona

Literária que tem como objetivo estimular a leitura da Literatura e a realização de

atividades afins como: festivais, varal literário, apresentações de peças teatrais,

declamação de poesias e outras apresentações.

Visando melhorar a prática e o gosto pela leitura, nas aulas em que faltam

professores (motivos legais), serão feitos momentos de leitura com diferentes

portadores de texto como: gibis, revistas, recortes de textos, poesias, livros literários,

Page 49: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

jornais, artigos, slides, piadas, frases, entre outros. Também serão realizados

momentos de leituras mensais, no qual toda a escola para para ler. Uma prática que

já existe é dispor no saguão do colégio uma frase de um livro que pertence ao

acervo bibliográfico da biblioteca do colégio. O aluno que mostrar o livro, ou souber

o nome do mesmo e a página que se encontra a frase, recebe um prêmio. Para

essa prática também buscaremos proporcionar espaço físico diferente, como uma

tenda para leitura.

A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelos alunos

e oferece aos homens em geral várias situações que possibilitam o desenvolvimento

do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino

dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades

dos alunos de compreender e transformar a realidade. Nos jogos, os conteúdos

matemáticos estão presentes e despertam a curiosidade dos alunos, que precisam

discutir e argumentar sobre as respostas encontradas, decidir se estão corretas ou

não, verificar o motivo dos seus erros e corrigi-los com o apoio do grupo. Nesse

momento, os alunos têm a oportunidade de ser mais ativos e de se supervisionarem

mutuamente, desenvolvendo a autonomia. Sabendo da importância desses jogos,

os professores de matemática confeccionarão alguns jogos matemáticos e utilizarão

os mesmos e os já existentes mais constantemente em sala de aula.

Nas aulas de Física e Química, serão feitas montagens práticas de fórmulas e

conteúdos com sistematização em sala de aula, os alunos também serão

incentivados a fazer experimentação do que vem sendo estudado, utilizando o

laboratório de Ciências.

Na elaboração do calendário escolar organiza-se com todos os professores

coordenados pelos professores de Língua Portuguesa um cronograma de atividades

que serão desenvolvidas. Para efetivação do cronograma das atividades os

professores farão reuniões periódicas utilizando parte das horas atividades e

extraclasse, planejamento e avaliando o cronograma. As ações dos alunos serão

socializadas para todos os alunos e também para a comunidade escolar.

Para os alunos interessados, será proporcionado o acesso à Informática

Básica em turno contrário e em parceria com a Secretaria de Ação Social que

atende com profissional disponível a demanda.

Page 50: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

As mudanças nas relações do mundo do trabalho, as novas necessidades

exigem que a escola tenha uma nova postura e busque melhor preparar os alunos

para essas relações sistematizadas historicamente . Pensando nisso o Colégio

Estadual Barão do Rio branco está ofertando para os alunos do Ensino Médio a

Proposta Pedagógica da Atividade Complementar Curricular em Contraturno, Mundo

do Trabalho e Geração de Rendas, no período vespertino, tendo como objetivo

proporcionar a estes conhecimentos básicos para que possam melhorar a

participação na sociedade, nas políticas e assim, possam exercer a cidadania plena.

Nesta proposta serão trabalhados conteúdos e temas referentes: noções

básicas de Direito Trabalhista (direitos e deveres do trabalhador, cálculo de valores

referentes aos direitos rescisórios); noções e situações problema envolvendo temas

como: Previdência Social, FGTS. seguro desemprego, Imposto de renda e outros;

Estudo e construção de documentos básicos (procurações, contratos, atas,

estatutos, livro caixa, declarações, etc); noções e cálculos dos Tributos e principais

impostos ( ICMS, ICMS Ecológico, IPI, e outros).

O Festival Estudantil da Canção tem por objetivo proporcionar o encontro de

talentos da música do colégio onde os alunos coordenados pelos professores das

disciplinas de Arte e Educação Física, são pré-classificados e após uma eliminatória

são selecionados para uma apresentação final na Semana Cultural.

Diante da necessidade de estarmos preparados a executar ações de

prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco da escola, existe o

Programa Prontidão Escolar Preventiva ( PEP) tendo em vista a importância de

docentes e discentes e toda a comunidade escolar estejam preparados, de maneira

eficaz para enfrentar esses acontecimentos. O programa consiste em capacitar a

comunidade escolar através de palestras com bombeiro, reuniões com membros da

comunidade escolar para criar a brigada de emergência e trabalhar com os alunos

planos de evacuação e exercícios de alerta.

Preocupados em preparar melhor nosso aluno e melhorar os índices ( IDEB

e ENEM e Olimpíada de Matemática) serão realizados estudos do material

disponibilizado pelo MEC nas diversas disciplinas melhorando a participação

responsável do aluno e consolidando com um simulado realizado em parceria com a

Secretaria Municipal de Educação, envolvendo todas as séries e modalidades de

Page 51: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

ensino.

A hora Atividade será trabalhada agrupando professores por áreas do

conhecimento, utilizando-as para preparar aulas, corrigir atividades dos alunos,

reuniões e discussões que envolvem a aprendizagem do aluno.

A matrícula com progressão parcial é garantida no Ensino Médio, quando o

aluno reprovado em uma disciplina pode matricular-se na série seguinte,

concomitantemente à disciplina na qual reprovou em turno contrário, chamada

dependência.

Quando o Colégio recebe transferência de alunos com progressão parcial

no Ensino Médio, com mais de uma disciplina, oferta um plano especial de estudos,

em forma de adaptação. Quando o aluno for do Ensino Fundamental, oferece-se

plano especial de estudos para as disciplinas em dependência, em forma de

adaptação.

A Biblioteca é atendida por um Agente Educacional II, que atende os alunos

na pesquisa, no empréstimo de livros de literatura, em datas e horários previamente

estabelecidos, bem como aberta à comunidade escolar, sempre que alguém quiser

fazer uso, no horário de atendimento da escola.

Para conservação do Livro Didático, o Colégio com sua equipe de Agentes

Educacionais I e II, tem realizado campanhas de recuperação e manutenção do livro

didático. No período de férias dos alunos, essa equipe verifica os livros, suas

condições e realiza trabalhos de recuperação, colocando-os em condições de uso.

Este trabalho vem sendo facilitado a cada ano pois, a maioria dos nossos alunos já

sabe da sua responsabilidade, graças a um trabalho de sensibilização realizado por

professores e alunos, através de teatros e campanhas.

A escola Possui o Grêmio Estudantil, abrangendo alunos do Ensino

Fundamental e Médio, os quais desenvolvem atividades como cinema, música no

intervalo para lanche, cuidados com o ambiente escolar, jornal estudantil, entre

outros.

Os Conselhos de Classe são realizados conforme calendário Escolar, com a

presença de representantes de turmas escolhidos previamente pelo regente da

turma que trará para o Conselho problemas e sugestões da turma. Também um

representante de pais do Conselho Escolar, Agente Educacional I e II. O Conselho

Page 52: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

tem como base ações para minimizar os problemas que forem apresentados, em

todos os segmentos da escola. O Conselho é organizado em três fases: Pré-

conselho, no qual são levantados dados com alunos, professores, pais sobre o

processo ligado ao ensino e aprendizagem; Conselho de Classe, são observados os

dados, discutidos, feitas reflexões e tomada de decisões pelo coletivo; no Pós-

conselho são aplicadas as decisões tomadas no conselho, como: chamar os pais,

realizadas conversa com alunos, mudanças na metodologia, forma de avaliação,

entre outros.

A recuperação paralela acontecerá durante o ano letivo, quando o professor

da disciplina diagnosticar que o aluno não aprendeu o conteúdo trabalhado deve

rever o mesmo com uma metodologia significativa e diferenciada, dando novas

oportunidade e condições de aprendizagem: como participação em trabalhos orais

ou escritos, pesquisas, seminários, maquetes, desenhos e sínteses. Diante do baixo

rendimento escolar os alunos matriculados no 6º e 9º Ano podem frequentar a sala

de apoio, casos específicos de transtorno de aprendizagem que possuem avaliação

psicopedagógica frequentam a Sala de Recurso, Sala Multifuncional e alunos com

baixa visão ou deficiência visual são atendidos no CAEDV.

Acreditamos que para que a escola possa formar cidadãos críticos, capazes

de transformar a realidade e o meio em que vivem, é necessário o empenho e a

participação de todos. Ainda, que o presente projeto não constitui em algo pronto e

acabado, devendo o mesmo estar aberto a questionamentos, alterações e

complementações.

O Projeto Político Pedagógico aponta um rumo, uma direção, um sentido

explícito para um compromisso estabelecido, construído e que deve ser executado

coletivamente. Tal esforço para elaboração do mesmo é compensado com melhores

resultados na ação pedagógica por parte de todos.

É preciso, no entanto, fazer uma avaliação do trabalho realizado, verificando

os pontos positivos e os que não foram atendidos, quais as causas, e possíveis

ações para melhorar. Essa avaliação será realizada no Conselho de Classe aos

sábados semestralmente, pois no Conselho de Classe estarão presentes,

professores, direção, equipe pedagógica, funcionários, Conselho Escolar, alunos e

pais.

Page 53: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

A partir de 2012, seguindo orientações do Parecer 407/11 teremos a

implantação simultânea do Ensino Fundamental de Nove Anos. Este ano a mais na

vida dos alunos do Ensino Fundamental contribuirá significativamente para a

melhoria dos processos ligados ao letramento, cálculo e alfabetização. É uma

oportunidade para estabelecer ligações e parcerias entre o 1º e 2º segmento do

Ensino Fundamental visando sempre a melhoria do Ensino. Com a implantação do

Ensino Fundamental de nove anos surgem novas oportunidades de prática

pedagógica refletindo sobre toda a realidade escolar. Com essas mudanças espera-

se que os alunos tenham mais oportunidade de desenvolver competências e

habilidades relacionadas aos saberes sistematizados, tendo um maior sucesso em

sua vida escolar. O ingresso dessas crianças exige que o grupo de profissionais

tenha um planejamento com atividades bem estruturadas e atitudes coerentes e

compartilhadas com as famílias lenvando-se em consideração aspectos

relacionados a infância e adolescência e as etapas do desenvolvimento humano e o

saber sistematizado.

O trabalho em equipe oferece chances maiores de produção de

conhecimentos através de trocas de opiniões permitindo relacionar, também, o

conhecimento com a ação, vive-se um processo de avanço do conhecimento, o qual

se assume como condição indispensável para a elaboração de propostas de

intervenção dos profissionais na política educativa. Tendo como base o respeito a

diversidade, as questões étnico-raciais, conhecimentos de leis, estatutos que

trabalham com essas questões, no Colégio Estadual Barão do Rio Branco existe a

Equipe Multidisciplinar. A Equipe Multidisciplinar é composta por diferentes

profissionais da escola e membros da comunidade escolar, que mensalmente se

reúnem para estudar, pesquisar, refletir, produzir trabalhos que envolvem a

diversidade com enfoque nas relações énico-raciais.

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução

da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 –

CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

Page 54: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das

disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos

Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para

que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de

seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

A discussão e proposta de trabalho na Equipe Multidisciplinar é um meio

extremamente importante justamente pelo ecletismo de visões, para que se possa

enxergar o aluno em sua amplitude e definir mais precisamente os rumos

educacionais trabalhando e valorizando a diversidade existente.

Na Matriz Curricular, o Colégio oferta 75% (setenta e cinco por cento) da

carga horária na Base Nacional Comum distribuída da seguinte forma: Ensino

Fundamental disciplinas de: Artes; Ciências; Educação Física; Ensino Religioso;

Geografia; História; Língua Portuguesa; Matemática. Ensino Médio disciplinas de:

Artes; Biologia; Educação Física; Física; Geografia; História; Língua Portuguesa;

Matemática; Química.

Na Parte Diversificada tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino

Médio, o colégio oferta até 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária,

contemplando somente a disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, para o

Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna – Inglês e Filosofia. Em turno contrário e intermediário, será ofertado 160

horas anuais de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol (CELEM - Língua

Espanhola). Quanto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) contempla o total de

carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental

e Médio com organização coletiva ou individual.

A Avaliação do PPP acontecerá anualmente no mês de novembro, por uma

comissão formada pelos membros do Conselho Escolar, que farão uma pesquisa

através de questionários entregues aos pais, onde serão levados a analisar as

atividades desenvolvidas pelo Colégio, de acordo com o PPP (Projeto Político

Pedagógico) e PPC ( Proposta Pedagógica Curricular), no ano letivo, bem como dar

Page 55: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

sugestões para melhorar o funcionamento do Colégio em todos os seus segmentos.

O Conselho Escolar organizará os dados coletados e, socializará a

comunidade escolar. Diante desses dados, no início do ano letivo, representantes

da comunidade escolar, convidados pelo Conselho Escolar, farão uma avaliação,

traçarão novos rumos, novos projetos, para sanar deficiências e melhorar cada vez

mais, o trabalho coletivo desenvolvido por todas as pessoas que formam o Colégio

Estadual Barão do Rio Branco.

Page 56: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, M. Meninas Perdidas. In: PRIORE, M. (Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000. p. 289-316.

AGUIAR, W; BOCK, A; OZELLA, S. A orientação profissional com adolescentes: um exemplo de prática na abordagem sócio-histórica. In: BOCK, A.; GONÇALVES, M. G.; FURTADO, O.(Orgs.). Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002.

ANDERY, Maria Amália. Olha para a história: caminhos para compreensão da ciência hoje. In : ANDERY,M.A.. Para compreender a ciência uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. São Paulo: EDUC,1998.

ARIÈS, P. A História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.

ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas – trajetórias e tempos de alunos e mestres.Petrópolis: Vozes, 2004 (4a. Edição).

ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis:Vozes, 2000 (8a. Edição).

ARROYO Miguel & NOSELLA, Paolo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 2000.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: CBIA, 1990.

BORON, Atílio. Império & imperialismo: uma leitura crítica de Michael Hardt e Antonio Negri. Buenos Aires: Clacso, 1986.

BUFFA, Ester; ARROYO Miguel & NOSELLA, Paolo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 2000.

CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.

COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

CONNEL, Robert W. Pobreza e educação. In: GENTILLI, Pablo (Org.). Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Petrópolis: Vozes, 1995.

Page 57: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

CURY, Carlos R. Jamil. Educação e Contradição. 5ª Edição. São Paulo, Cortez. Autores Associados, 1992.

DARSIE, M. M. P. A reflexão distanciada na construção dos conhecimentos profissionais do professor em curso de formação inicial. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade de São Paulo, 1994.

EISENSTADT, S. N. De geração em geração. São Paulo: Perspectiva, 1976.

FERREIRA, B. Adolescentes diante do mundo atual: identidade profissional e ideológica. 1992. 315 f. Tese (Doutorado Psicologia) – Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

FRESCA, Tânia Maria, Rosana F. Salvi , Rosely S. Archela . Dimensões do Espaço Paranaense. Londrina: Ed. UEL, 2002.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1989.

FRIGOTTO, Gaudêncio (org.) Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes, 1998.

FROTA, A. M. O desalojamento e a reinstalação do si-mesmo – um percurso fenomenológico para uma compreensão winnicottiana da adolescência, a partir de narrativas. 2001. 125 f.Tese(Doutorado Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 2ª Ed. Campinas, SP.Autores Associados. 2003.

HEYWOOD, Colin. Uma História da infância. Porto Alegre: Artmed, 2004.

JARDIM, C. Brincar – um campo de subjetivação na infância. São Paulo, Annablume; Fortaleza: Secult, 2003.

KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.

KUENZER, Acacia Z. A pedagogia da fabrica: as relações de produção e a educação do trabalhador. São Paulo, Cortez, 1985.

KUENZER, Acacia. Z. Pedagogia da fábrica: as relações de produção e a

Page 58: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

educação do trabalhador. São Paulo: Cortez, 2002.

LUCKESI, C. Avaliação educacional escolar; para além do autoritarismo. Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro,1984.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 5ª Edição. São Paulo, Cortez, 1997.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo : Cortez, 1995.

MACHADO, Cristina Gomes. Multiculturalismo: muito além da riqueza e da diferença. Rio de Janeiro: 2002. .

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA - Resolução 07/2010- Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

MOURA, E. Crianças operárias na recém-industrializada São Paulo. In: PRIORE, M. (Org.).História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.

NASCIMENTO, I. P. As representações sociais do projeto de vida dos adolescentes: um estudo psicossocial. 2002. 380 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós- Graduação em Psicologia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

NAZZARI, Rosana Kátia . Socialização Política e Construção da Cidadania do Paraná. Cascavel. Edunioeste, 2002.

OZELLA, S. (Org). Adolescências construídas – a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003.

PARO, Vitor Henrique & DOURADO, Fernandes (org.) Políticas públicas & educação básica. São Paulo: Xamã, 2001.

PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. 8ª Ed. São Paulo, Ática S.A, 1990.

PINTO, A. C. (1994). Cognição, Aprendizagem e Memória. Porto: Edição policopiada do Autor (1997, 4a ed.).

SACRISTAN, J Gimeno. O Currículo. Uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. da Rosa. 3ª Ed. Porto Alegre. Artmed, 2000.

Page 59: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 12ª Edição. Rio de Janeiro. Record, 2005.

SAVIANI, Nereide. "A conversão do conhecimento científico em Saber Escolar: uma luta inglória?" in Revista do SINPEEM, No. 2, São Paulo, fevereiro / 1995.

SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1985.

SAVIANI, Demerval. (1992). Neo-liberalismo ou pós-liberalismo ? Educação pública, crise do Estado e Democracia na América Latina. In: Estado e educação. Campinas: Papirus.

SAVIANI, Demerval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: Ferreti et. al. Novas tecnologias, trabalho e educação. Petrópolis: Vozes, 2002.

SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e Didática: problemas da unidade conteúdo/método no processo pedagógico, Campinas, Autores Associados, 1994.

SCLIAR, Moacyr. Um país chamado infância. São Paulo: Ática, 1995.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SEED. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações Pedagógicas para os anos iniciais/autores. Organizadores: Angela Maria Gusso Arleandra Cristina Talin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação, 2010.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO- Instrução 007/2011 SUED/SEED - critérios para a abertura da demanda de horas-aula, do suprimento e das atribuições dos profissionais das Salas de Apoio à Aprendizagem do Ensino Fundamental, da Rede Pública Estadual de Educação.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - Instrução 008/2011 SUED/SEED - Ensino Fundamental de Nove Anos.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SEED - Parecer 407/11 – Implantação do Ensino Fundamental, regime de nove (09) anos, 6º ao 9º Ano, de forma simultânea no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a cidadania. 22. ed., São Paulo: Cortez, 1994.

Page 60: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

SIRGADO, Angel Pino. O Social e o Cultural na Obra de Vigotski. In: Educação e sociedade, n.71. Campinas: Cedes, 2000

VÁZQUEZ, Adolfo Sanches. Filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.

VEIGA, I. P.ª (org). Projeto político pedagógico da escola: uma construção

possível. Campinas: Papirus, 1995.

VEIGA, Ilma Passos A. et al. Repensando a didática. São Paulo: Papirus, 1993.

VIGOTSKY, Lev Ivanovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Page 61: Sumário - Paraná · 2012-10-18 · desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final

9 - ANEXOS