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Administração Pública
Processo administrativo. Funções de administração:
planejamento, organização, direção e controle. Planejamento
tático. Planejamento operacional.
Processo Administrativo (Conteúdo extraído da 3.ed./2013 do
Livro Administração Pública)
A sequência das principais funções do administrador formam as
etapas do processo administrativo e/ou ciclo administrativo.
Planejamento
O planejamento corresponde à primeira e a mais
importante das quatro funções administrativas, e consiste
num processo racional para determinar antecipadamente os
objetivos e os meios para alcançá-los(projetos, ações, métodos,
técnicas, etc).
O planejamento é inerente ao trabalho do administrador e não se
restringe ao presente, mas projeta-se para o futuro, por isso as
decisões do administrador voltadas para o futuro devem resultar
de um processo que sintetize e apresente de forma organizada as
principais informações da organização, tanto internas como
externas.
Organização A função administrativa de organizar inclui todos os recursos
(financeiros, humanos, etc) e conduznecessariamente à criação
da estrutura organizacional - compreende os meios que a
organização necessita para por em prática o planejamento
elaborado e para o desempenho das demais funções
administrativas.
Organizar é procurar a melhor forma para executar o que foi
planejado, a melhor forma para agir. Compreendeorganizar a
estrutura e agrupar as atividades necessárias para realizar o
planejamento estabelecido: estabelecer a estrutura com
os sistemas de Autoridades, Atividades e Comunicação.
Direção
Compreende guiar e orientar o comportamento das pessoas para o
alcance dos objetivos pretendidos. É umaatividade gerencial que
envolve liderança, comunicação e motivação.
Dirigir (ou liderar) significa interpretar os planos para as pessoas
e dar instruções e orientações sobre como executá-los, a fim de
garantir o alcance dos objetivos. Dirigir significa fazer
acontecer. O papel do dirigente é acionar a empresa, é fazer as
coisas acontecerem.
Controle O controle tem a finalidade de assegurar que o planejado,
organizado e dirigido seja executado em conformidade com o
determinado, visando o alcance dos objetivos.
O controle é assim constituído: existência de um padrão,
observação do desempenho, comparação do desempenho com o
padrão estabelecido e ação corretiva para os desvios.
Controlar consiste em comparar o que foi planejado, os objetivos
estabelecidos, os resultados pretendidos - com os alcançados -
para avaliar o sucesso ou insucesso de todo o processo
administrativo. O controle visa assegurar bons resultados e a
melhoria contínua do Processo de Administrar. Conteúdo extraído da 2.ed./2013 do Livro Administração Pública
para AFRFeAFT O Planejamento pode ser estratégico, tático ou
operacional. O estratégico é de responsabilidade da alta
administração, tem foco no longo prazo e na efetividade, abrange
toda a organização, define rumos, objetivos, estratégias, etc;
o tático é decorrente do estratégico, tem foco na eficácia, orienta-
se para o médio prazo, aloca recursos, e é feito para cada área
funcional, cuja responsabilidade cabe aos diretores/gerentes
departamentais; e o operacional tem foco no curso prazo e na
eficiência - na execução das ações que tornarão concretos os
planejamentos tático e estratégico: é o momento em que se define
o que fazer, como fazer, quem fará, e com que meios. Cada tipo
de planejamento comporta objetivos específicos, mas todos
concorrem para o alcance dos objetivos estratégicos da
organização.
Tipo de
Planejamento
Perspectiva
Temporal
Conteúdo
do Plano
Escopo ou
Abrangência Foco
Estratégico Longo
Prazo
Amplo e
Genérico
Toda a
Organização Efetividade
Tático Médio
Prazo
Pouco
Detalhado Setor ou Área Eficácia
Operacional Curto Prazo Detalhado Atividades/Tarefas Eficiência
Fonte: Paludo e Procopiuk. Planejamento Governamental, Atlas,
2011, ampliado.
.Redes e alianças (Conteúdo extraído da 3.ed./2013 do Livro
Administração Pública)
Redes são organizações temporárias (várias organizações
independentes – ou organizações e demais atores) conectadas pela
Tecnologia da Informação, com compartilhamento de
competências, ideias, soluções, infraestrutura, processos - e muita
colaboração, com vistas a resolução de problemas ou a obtenção
de ganhos de toda espécie.
Uma rede é uma estrutura de comunicação e de gestão aberta,
dispersiva, dinâmica, moderna e “capaz de se expandir de forma
ilimitada”: é a estrutura atual das organizações modernas. É
um espaço em que as pessoas e grupos interagem, compartilhando
ideias e recursos de forma ágil e eficiente, para encontrar soluções
para os problemas ou visando alcançar objetivos comuns.
Redes são formas superiores de organização, que tendem para
a excelência, pois promovem inovações, trabalham com
flexibilidade, com cooperação e envolvimento pessoal.
As redes podem ser intra e interorganizacionais.
As intraorganizacionais ultrapassam os antigos departamentos e
unem a empresa como um todo, tanto em busca de soluções gerais
quanto específicas. Essa interação entre as diversas equipes ou
grupos facilita a adaptação às constantes mudanças no ambiente.
Asinterorganizacionais alcançam outras empresas diversas que
estão dispostas a cooperarem entre si, numa espécie de
“governança em rede”, em que a colaboração permite adquirir
competências novas e de alto valor para o incremento de sua
competitividade. Parcerias, acordos, contratos e joint
ventures também fazem parte desse contexto. Para Manuel
Castells (1999), “a cooperação e os sistemas em rede oferecem a
única possibilidade de dividir custos e riscos, bem como manter-
se em dia com a informação constantemente renovada”.
As redes são mais flexíveis, se adaptam mais facilmente às
mudanças e se mostram capazes de cumprir diferentes funções,
que incluem tanto a função estratégica, no que se refere à
redução da incerteza em relação à atitude dos demais atores,
parceiros e competidores, ou relacionadas ao aumento da
competitividade; quanto a função instrumental, de melhorar a
eficácia dos resultados esperados.
A marca central das ações em rede é a cooperação, obtida
através da confiança entre os diversos atores autônomos e
interdependentes, mas que trabalham como um grupo, por
determinado período de tempo, respeitando e considerando os
interesses dos parceiros, cientes de que as redes são um caminho
para o alcance de seus objetivos particulares.
Um exemplo de Instituição Pública que atua em rede –
vencedora do Prêmio Nacional de Qualidade em Gestão Pública
2010 – é o Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial.
O Estado-rede surge também como forma de responder aos
novos desafios trazidos pela era da informação e pelas novas
tecnologias. Nos dias atuais tudo funciona em forma de rede (a
própria família é uma rede), a tecnologia, a economia globalizada,
enfim, o sistema global tem a forma de rede. Assim, mediante
os benefícios e a flexibilidade proporcionados pelas tecnologias
da informação e da comunicação pode-se conectar tudo o que
interessa e que tem valor e desconectar tudo o que não vale. Isso
inclui territórios, governos, empresas, pessoas etc.
Exemplo de atuação em rede: em dezembro de 2009 – numa
ação conjunta da Petrobras e do Ministério do Planejamento, por
meio do Programa Gespública, Fundação Nacional da Qualidade
e Movimento Brasil Competitivo –, representantes de 50
instituições com atividades ligadas ao Grupo Petrobras
concordaram com a implantação de uma rede nacional, cujo
objetivo é contribuir para que haja uma cadeia de suprimento em
escala global e sustentável, nas dimensões econômica, social e
ambiental.
Rede de políticas públicas é definida por Borzel
(1998) apud Pedro Cavalcante (2009) como: um conjunto de
relações relativamente estáveis, de natureza não hierárquica e
independente, que vinculam uma variedade de atores que
compartilham interesses comuns em relação a uma política e que
trocam entre si recursos para perseguir esses interesses comuns,
admitindo que a cooperação é a melhor maneira de alcançar as
metas comuns.
A Rede de Gestão de políticas públicas procura meios para tornar
real e concreto os direitos assegurados pelo regime jurídico
vigente, eliminando problemas ou encontrando novas formas
possíveis para sua concretização. Nesse contexto, o processo
racional central dos governos cede seu lugar ao processo
participativo híbrido, envolvendo atores estatais e não
estatais. Um bom exemplo de programa de política pública implantado em
rede é o Bolsa-Família, mas também utilizam a forma de rede,
programas na área de Educação, Saúde etc.
.Administração por objetivos (Conteúdo extraído da 3.ed./2013 do
Livro Administração Pública)
A administração por objetivo corresponde a uma espécie de
contratualização dos serviços públicos em que os gestores
negociam com a autoridade superior os objetivos a serem
alcançados. É um sistema de administração que vincula
objetivos e metas organizacionais com o desempenho individual,
em todos os setores. Corresponde a um processo pelo qual
gerentes e subordinados identificam objetivos e metas comuns,
definem os resultados esperados nas diferentes áreas de
responsabilidade e procuram identificar a contribuição de cada
membro no alcance dos resultados.
Uma vez estabelecidos os objetivos e metas, a administração
superior dispõe de informações necessárias à premiação por
desempenho, ou para interferir e resolver problemas quando o
desempenho for insuficiente. Nesse modelo de administração,
quando os gestores conseguem atingir ou superar os objetivos
previamente definidos, há algum tipo de benefício financeiro,
geralmente uma gratificação.
A administração por objetivos apregoa um sistema de
remuneração variável, vinculado ao alcance dos objetivos e
metas. A remuneração variável é um incentivo a mais para o
servidor (ou para a equipe) na busca por melhores resultados.
.Orçamento público. Princípios orçamentários. Métodos, técnicas
e instrumentos do orçamento público. Receita pública: categorias,
fontes, estágios; dívida ativa. Despesa pública: categorias,
estágios. Suprimento de fundos. Restos a pagar. Despesas de
exercícios anteriores. A conta única do Tesouro.
O texto a seguir não compreende todo o conteúdo necessário para
compreensão desses temas – aos que puderem recomendo a
aquisição da 4.ed./2013 do meu Livro Orçamento
Público/Afo/Lrf – do qual foram extraído os conceitos abaixo.
De maneira simples, o orçamento é uma estimativa, uma
previsão. Ao final do processo de elaboração, o Orçamento
Público materializa-se numa lei, a LOA – Lei Orçamentária
Anual.
O Orçamento Público é o instrumento de viabilização do
planejamento governamental e de realização das Políticas
Públicas organizadas em programas, mediante a quantificação das
metas e a alocação de recursos para as ações orçamentárias
(projetos, atividades e operações especiais).
Os princípios orçamentários são regras válidas para todo o
processo orçamentário (elaboração, execução e
controle/avaliação) – aplicam-se tanto à LOA como aos créditos
adicionais – e visam assegurar-lhe racionalidade, eficiência e
transparência, mas não têm caráter absoluto, visto que apresentam
exceções.
São princípios orçamentários: princípio da legalidade, da
anualidade ou periodicidade, da universalidade, do Orçamento
Bruto, da exclusividade, da unidade/totalidade, da especificação,
especialização ou discriminação, da não afetação de receitas, da
publicidade, do equilíbrio, do planejamento e da programação, do
não estorno, e princípio da clareza.
Tipos/Técnicas Orçamentárias compreendem um conjunto de
teorias, características, padrões, finalidades e classificações
próprias, que identificam/definem o orçamento público de
determinada época/período. Essas técnicas denominam-se:
orçamento Tradicional/Clássico, de Desempenho/Funcional,
Orçamento Programa, orçamento Base-Zero, Orçamento
Participativo, e Orçamento Incremental.
Receita pública corresponde ao “obter recursos”. Os recursos
públicos são obtidos através da execução (arrecadação) das
receitas, que são ingressos financeiros nos cofres públicos.
Entendemos que receita pública é qualquer recurso obtido pelo
Estado, num determinado período financeiro,disponível para
custear despesas públicas.
A classificação da receita por categoria econômica é utilizada
para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia
nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.).
Existem somente duas categorias econômicas: correntes e
capital
Receitas correntes são receitas que aumentam somente o
patrimônio não duradouro do Estado, isto é, que se esgotam
dentro do período compreendido pela Lei Orçamentária Anual.
São correntes as receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços e outras
receitas correntes.
Receitas de capital são as receitas que alteram o patrimônio
duradouro do Estado. Essas receitas são representadas por
mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio
público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais. São
de capital as receitas: alienação de bens, operações de crédito,
amortização de empréstimos, transferências de capital e outras
receitas de capital.
Entende-se por grupo fonte de recursos a origem ou a
procedência dos recursos que devem ser gastos com uma
determinada finalidade. As fontes de recursos servem para
indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. Elas são
constituídas por determinados agrupamentos de naturezas de
receita, que atendem a uma determinada regra de destinação legal,
e devem ser individualizadas de modo a permitir a identificação
de sua aplicação de acordo com a determinação legal.
Os estágios da Receita Orçamentária Pública na forma prevista
na Lei nº 4.320/1964, são: lançamento, arrecadação e
recolhimento.
Lançamento da receita é o ato da repartição competente, que
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora, e inscreve o débito desta.
Arrecadação corresponde ao momento que o contribuinte
comparece ao banco e efetua o pagamento da obrigação.
Recolhimento é a transferência dos valores arrecadados pelos
agentes administrativos ou pelos bancos autorizados à Conta
Única do Tesouro Nacional.
De acordo com o Manual da dívida ativa da STN, a dívida
ativa constitui-se de um conjunto de direitos ou créditos de
várias naturezas, em favor da Fazenda Pública, com prazos
estabelecidos na legislação pertinente, vencidos e não pagos pelos
devedores.
A dívida ativa divide-se em tributária (oriunda de impostos,
taxas e contribuições) e não tributária (oriunda dos demais
direitos a receber). Ambas incluem juros, multas e atualizações,
que formarão o valor principal.
A despesa pública corresponde a “despender recursos”. É com
a execução das despesas públicas que os programas e ações de
Governo são realizados e as necessidades da população são
atendidas.
Entendemos que despesa pública consiste na aplicação de
recursos públicos objetivando realizar as finalidades do Estado. É
o compromisso de gasto dos recursos públicos para atender às
necessidades da coletividade previstas no orçamento.
Existem somente duas categorias econômicas: correntes e
capital.
Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as
despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital – compreende os grupos: 1–
pessoal e encargos sociais; 2 – juros e encargos da dívida; 3 –
outras despesas correntes. Essas despesas destinam-se à
manutenção ou ao custeio das atividades dos órgãos e entidades
públicas – são as despesas necessárias ao seu funcionamento.
Exemplo de Despesas Correntes: diárias, passagens, material de
consumo, aluguel, serviços de terceiros, despesas com pessoal,
locação de mão de obra, despesas com luz, água, telefone etc.
Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas
despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital – compreende os grupos: 4 –
investimentos; 5 – inversão financeira; 6-amortização da dívida.
De acordo com a Lei nº 4.320/1964, abrangem também auxílios
para obras públicas, auxílios para equipamentos e instalações,
auxílios para inversões financeiras e outras contribuições.
Os estágios ou fases da despesa orçamentária pública na forma
prevista na Lei nº 4.320/1964 são: empenho, liquidação e
pagamento.
Empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado a obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição.
Liquidação da despesa é a verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
O estágio do pagamento corresponde ao efetivo desembolso
financeiro público, precedido do empenho e da liquidação.
Também conhecido como “adiantamento”, o Suprimento de
Fundos corresponde a um regime especial de execução da
despesa, mas que deve cumprir os estágios de empenho,
liquidação e pagamento.
Suprimento de fundos é um meio de realizar despesas que, pela
sua urgência e eventualidade, não possam aguardar o
processamento normal da execução orçamentária.
Suprimento de fundos ou adiantamento consiste na entrega de
numerário a servidor, sempre precedida de empenho prévio na
dotação própria à despesa a realizar, para despesa que não possa
subordinar-se ao processo normal de execução, concedido a
critério do ordenador de despesas, e sob sua inteira
responsabilidade.
Restos a Pagar são resíduos passivos cujos pagamentos poderão,
ou não, ocorrer em exercício(s) seguinte(s). Embora a regra para a
inscrição seja despesa “empenhada e não paga” – essa inscrição
está sujeita ao atendimento de condições impostas pelas normas
vigentes: I– Deve corresponder a uma das quatro situações
contempladas no art. 35 do Decreto nº 93.872/1986: a) vigente o
prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida; b) vencido o prazo de que trata o item anterior, mas
esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de interesse da
administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo
credor; c) se destinar a atender transferências a instituições
públicas ou privadas; d) corresponder a compromissos assumido
no exterior. II– Deve existir suficiente disponibilidade de caixa
para atender as despesas inscritas, em atendimento ao art. 42 da
LRF. III– No caso de restos a pagar não processados fica
condicionada à indicação pelo ordenador de despesas.
Despesas de Exercícios Anteriores são aquelas cujas
obrigações se referem a exercícios findos, que não foram sequer
empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados –
indevidamente ou por falta de saldo financeiro para a sua
inscrição em Restos a Pagar. Podem se referir a um ou vários
exercícios concomitantemente.
As Despesas de Exercícios Anteriores podem ser oriundas de três
situações: a) Despesas que não se tenham processado na época
própria: aquelas cujo empenho tenha sido considerado
insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor
tenha cumprido sua obrigação; b) Restos a Pagar com
prescrição interrompida: a despesa cuja inscrição como Restos
a Pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do
credor; c) Compromissos reconhecidos após o encerramento
do exercício: a obrigação de pagamento criada em virtude de lei,
mas somente reconhecido o direito do reclamante após o
encerramento do exercício correspondente.
Conta Única do Tesouro Nacional é o mecanismo/instrumento
que permite a movimentação on-line de recursos financeiros dos
órgãos e entidades ligadas ao SIAFI em conta unificada.
A Conta Única do Tesouro Nacional é mantida no Banco Central
do Brasil, administrada pela Secretaria do Tesouro Nacional, e
tem como agente financeiro o Banco do Brasil, mas tanto o Bacen
quanto a STN e o Banco do Brasil operacionalizam a Conta
Única. Sua finalidade é registrar a movimentação dos recursos
financeiros de responsabilidade dos órgãos e entidades da
Administração Pública e das pessoas jurídicas de Direito Privado
que façam uso do SIAFI por meio de termo de cooperação técnica
firmado com a STN.
.Ato administrativo.Requisição.
Segundo Vicente Paludo e Marcelo Alexandrino (2013) ato
administrativo é “Manifestação ou declaração da administração
pública, nesta qualidade, ou de particulares no exercício de
prerrogativas públicas, que tenha por fim imediato a produção de
efeitos jurídicos determinados, em conformidade com o interesse
público e sobre regime predominante de direito público”.
Requisição – pode ser vista em dois enfoques distintos:
1.a requisição administrativa compreende a utilização pelo
Poder Público de bens (móveis ou imóveis) ou serviços
particulares, independente de seu consentimento, com a finalidade
de atender o interesse público (promoção do bem-estar da
coletividade) ou em casos de perigo iminente. Pode haver
indenização posterior por parte do Estado se houver dano. O
amparo legal encontra-se no art. 5º, inciso XXV, da CF/1988.
2.a requisição de servidor público ocorre quando um
órgão/entidade pública requisita de outro órgão/entidade pública
um servidor para ocupar cargo em comissão ou função de
confiança. É irrecusável visto que ocorre no interesse
administrativo público, e o servidor requisitado continua
vinculado ao órgão de origem. O amparo legal encontra-se no art.
93 da Lei nº 8.112/1990.
.Código de Ética dos agentes públicos do MTE (Portaria/MTE nº
2.973/2010). 9.3 Comportamento profissional; atitudes no
serviço; organização do trabalho; prioridade em serviço; 10
Conflito de interesses. 10.1 Lei nº 12.813/2013.
A conduta ética dos agentes públicos do MTE rege-se pelo
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, pelo Código de Conduta da Alta
Administração Federal, e, subsidiariamentepelo código
específico estabelecido pela Portaria 2.973/2010, sem prejuízo
de outras normas de conduta ética.
O Código de Ética dos agentes públicos do MTE (Portaria
2.973/2010) define como agentes públicos os servidores efetivos,
os ocupantes de cargos em comissão, os funcionários ou
empregados cedidos ao MTE, por outros órgãos públicos, além
daqueles que, por força de lei, contrato ou qualquer outro ato
jurídico, prestem serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que
vinculados direta ou indiretamente ao MTE.
A posse dos servidores do MTE deverá ser acompanhada
de compromisso formal de obediência a este Código, ao Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, ao Código de Conduta da Alta Administração
Federal, quando cabível, e a outras normas de conduta ética
aplicáveis.
Segundo o código, são princípios fundamentais e valores
éticos que devem nortear a conduta profissional do agente público
do MTE: a dignidade, o decoro, o zelo, a probidade, o respeito à
hierarquia, a dedicação, a cortesia, a assiduidade e a presteza;
interesse público.
O referido código traz ainda um extenso rol
de deveres e vedações, e ainda, algumas normas
complementares de conduta.
Este código de ética poderá ser encontrado na página do
MTE, item legislação.
A lei 12813/2013 dispõe sobre conflito de interesses e se aplica,
apenas, a: ministro de Estado; cargos de natureza especial ou
equivalentes; presidente, vice-presidente, diretor, ou equivalentes,
de autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou
sociedades de economia mista; Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, níveis 6 e 5 ou equivalentes. Mais os agentes
públicos os ocupantes de cargos ou empregos cujo exercício
proporcione acesso a informação privilegiada capaz de trazer
vantagem econômica ou financeira para o agente público ou para
terceiro, conforme definido em regulamento.
Considera-se conflito de interesses: a situação gerada pelo
confronto entre interesses públicos e privados, que possa
comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira
imprópria, o desempenho da função pública.
Considera-se informação privilegiada: a que diz respeito a
assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no
âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão
econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento
público.
Atenção: A ocorrência de conflito de interesses independe da
existência de lesão ao patrimônio público, bem como do
recebimento de qualquer vantagem ou ganho pelo agente público
ou por terceiro.