Sustentabilidade e a cadeia de valor: Do insumo ao consumidor

Profa. Sylmara Gonçalves Dias

Sustentabilidade e

a cadeia de valor:

Do insumo ao consumidor (e ainda o pós-consumo)

Profa. Dra. Sylmara Gonçalves Dias


Eixos para nossa conversa

• O que significa Sustentabilidade na cadeia de valor ?

• Desafios para gestão da sustentabilidade na cadeia de valor

Referências:

ALIGLERI, L.; ALIGLERI, L.A., KRUGLIANSKAS, I. Gestão Socioambiental Responsabilidade e Sustentabilidade do Negócio. In: Cap 2. CADEIA DE NEGÓCIOS: UM ARRANJO PARA A SUSTENTABILIDADE ESTRATÉGICA. São Paulo: Atlas,2009

GONÇALVES-DIAS, S. L.F., Labegalini, L., Csillag, J.M. Sustentabilidade e cadeia de suprimentos: uma perspectiva comparada de publicações nacionais e internacionais. Produção (São Paulo. Impresso). São Paulo: ABEPRO/Poli-USP, v.22, p.517 - 533, 2012.


http://www.youtube.com/watch?v=v7SZyidY7mQ

23 de Março de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=v7SZyidY7mQ


CASE NESTLÉ X GREENPEACE

GIVE YOURSELF A BREAK

GIVE RAINFORESTS A BREAK

MANIFESTO



Exclusão de comentários em mídias sociais e de vídeo do YouTube: Acostumada a ser uma das maiores empresas de bem de consumo do mundo e a ter controle

sobre a comunicação com seu mercado consumidor, utilizando abordagem autoritária e unidirecional como solução para um problema comunitário.



Disseminação: Vimeo + Hotsite + Twitter


RESULTADOS

1,5 milhão de visualizações do vídeo no YouTube

78.5 mil visualizações do vídeo no Vimeo nas primeiras 4 horas

1.5 mil menções no Twitter nas primeiras 24 horas

Batalha extrapola ambiente online: The Guardian e Sky noticiam o caso

200 mil e-mails enviados à Nestlé após 10 semanas de campanha

“Nestlé x Greenpeace” no Google gera 1.030.000 resultados


Notícia - 17 mai 2010

O orangotango está ameaçado pela destruição das florestas da Indonésia

©Greenpeace/Natalie Behring-Chisholm

Após campanha do Greenpeace, maior empresa alimentícia do

mundo lança nova política interna para excluir o desmatamento de florestas tropicais de sua linha de produção.

A Nestlé, a maior empresa alimentícia do mundo, anunciou hoje a intenção de parar de comprar matéria-prima cuja produção tenha provocado o desmatamento de florestas tropicais.

http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2010/5/orangotango.jpg

http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2010/5/orangotango.jpg


LERNER, G. K., GONÇALVES-DIAS, S. L.F. Mídias Sociais e causas ambientais: análise de um caso de cyberativismo do Greenpeace. In: XIII ENGEMA, 2011, São Paulo. In: Anais... São Paulo: EAESP-FGV, 2011.

RESULTADOS

Suspensão de seu contrato de compra do óleo de palma

Parceria com uma ONG de proteção às florestas chamada “The Forest Trust”

Adoção de uma política interna que visa excluir o desmatamento de florestas tropicais de sua linha de produção

Até 2015 se compromete a comprar apenas óleo de palma certificado, data esta que a empresa acredita que a oferta deste produto será compatível com sua demanda.

Fonte: http://www.nestle.co.uk/PressOffice/PressReleases/


Os efeitos do desequilíbrio ecológico provocado por apenas um século de intensa industrialização aumentam dia-a-dia, [...]

trazendo conseqüências para toda a cadeia de negócios, que vão desde [...]

• a extração de matérias-primas,

• a elaboração dos produtos,

• a distribuição através dos canais,

• até o produto chegar ao consumidor.


5. O que significa Sustentabilidade na cadeia de valor ?


Relacionamento entre as diferentes disciplinas e a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

Fonte: adaptada de Linton et al (2007, p. 1079)


“Tonalidades” de Verde

O debate sobre a incorporação da Responsabilidade Sociambiental Empresarial é recente e …

“(…) a assimilação do conceito não se dá igualmente entre as empresas pertencentes a uma determinada cadeia produtiva” (Aglieri et al, 2009).

As empresas estão se tornando verdes em

diferentes proporções


•

(Aglieri et al, 2009)


Cadeia socialmente responsável

(Aglieri et al, 2009)


Adaptada Srivastava, 2007


Pensando uma operaçao varejista…

Fonte: Fórum Varejo e Consumo Sustentável (MMA/EAESP-FGV, 2008


Impacto do varejo no meio ambiente

Fonte: Fábio Cyrillo, in: Fórum Varejo e Consumo Sustentável. 2008


• O conceito de valor compartilhado (PORTER e KRAMER, 2006,

2011) envolve a criação de valor econômico, juntamente com a criação de valor para a sociedade, abordando as suas necessidades e desafios.

• É preciso reconectar o sucesso da empresa ao progresso social.

• Valor compartilhado não é responsabilidade social, filantropia ou mesmo sustentabilidade, mas uma nova forma de obter sucesso econômico...

• Não é algo na periferia daquilo que a empresa faz, mas no centro (core). E, pode desencadear a próxima grande transformação no pensamento administrativo...


Desafios para gestao da sustentabilidade na cadeia de valor

Pensando em aspectos ambientais,

sociais e econômicos...

Seguem alguns desafios nos quais

os líderes da cadeia de suprimento

devem pensar...


Ambiental

• Os equipamentos usados nos processos de movimentação de materiais são modernos e energeticamente eficientes?

• Os materiais recicláveis (ex: embalagens) são selecionados e processados adequadamente?

• Os projetos de embalagens são desenhados para proteger o produto com o mínimo de material possível?

• As empresas da cadeia de suprimento apóiam iniciativas ambientais e ecológicas nas regiões em que atuam?

• É analisada a viabilidade do uso de meios de transporte menos poluentes?


Análise do Ciclo de Vida


Dificuldade para inserir critérios




Impacto ambiental

No caso de um produto,

precisamos lembrar que ele está

inserido dentro de uma cadeia de

produção: que inclui a extração

da matéria-prima, a fabricação, o

descarte de resíduos, a

embalagem, a distribuição, entre

outros.

Ter acesso às informações

ambientais do produto, portanto,

gera uma segurança ainda maior

para que o consumidor possa

fazer escolhas sustentáveis.




O setor pecuário na Amazônia

é responsável por quase 14%

do desmatamento anual global

(1.72 milhões de hectares são

desmatados na Amazônia todos

os anos e 12.57 milhões de

hectares por ano são desmatados

globalmente).

O sumário executivo do relatório “Farra do Boi na Amazônia” está disponível em:

http://www.greenpeace.org.br/gado/farradoboinaamazonia.pdf


Os produtos investigados pelo Greenpeace incluem:

• CALÇADOS:

China é o maior produtor e exportador de sapatos

Processadores de couro

.

Bertin

China e Vietna

Fabricante de Tênis

Italia (Rino Mastrotto Group

Gruppo Mastrotto

Nike, Timberland e Adidas/Reebok

Boss, Geox,

Gucci, Hilfiger,

Luis Vuitton e Prada.


BELEZA & HIGIENE:

é fornecedora

Unilever,

Colgate Palmolive

e Johnson & Johnson.

Bertin


• CARROS:

Bertin é fornecedor exlcusivo Eagle Ottawa

BMW, Ford, Honda, Toyota e outras.

norte-americana, responsável

por 20% do mercado global

de couro para estofamentos

de veículos.


• REFEIÇÕES PRONTAS & COMIDA CASEIRA:

•

A JBS controla 50% da divisão de carne do Gruppo Cremonini, da Itália, fornecedor exclusivo da empresa Italian Railway, que inclui o Grupo EuroStar.

O Gruppo Cremonini também fornece para as empresas ferroviárias francesas SNCF e Thalys International.

40% da carne processada do Reino Unido (preparada, cozida ou enlatada) vêm do Brasil;

desses, quase 90% vêm da Bertin, JBS ou Marfrig.

No Brasil, a Bertin, JBS e Marfrig também fornecem para o Carrefour, Wal-Mart e Grupo Pão de Açúcar (afiliada da empresa francesa Casino), gigantes do setor de supermercados que controlam quase 40% do mercado.


Exemplificando …

“ Então um de nossos fornecedores

explora o trabalho infantil. Temos

um código de conduta que deve

ser observado por nossos

contratados; não podemos

controlar todos os nossos

fornecedores.”

Premissa falsa Os seus fornecedores trabalham para você; a sobrevivência deles depende da observância de todas as suas especificações. Você também pode impor exigências rigorosas quanto ao trabalho infantil.


Exemplificando …

“ Não posso acreditar que os ativistas

ainda estejam nos atacando por

aquele dano ambiental. Aquele

estrago foi feito pela administração

anterior e estamos trabalhando

duro para limpar a sujeira.”

Premissa falsa

Na realidade, os stakeholders ativistas não se importam; você ainda é a empresa poluidora.

Trabalhadores da British Petroleum tentando remover petróleo acumulado em uma praia de Los Angeles ( Golfo do México )


Social

• Os salários pagos aos funcionários da cadeia de

suprimento são justos?

• Todos os equipamentos de segurança necessários são

usados adequadamente?

• A pressão pela produtividade e velocidade não se

sobrepõe à segurança dos funcionários e da

sociedade? (ex: horas de trabalho dos caminhoneiros)

• Os programas sociais das comunidades locais recebem

apoio das empresas participantes da cadeia de

suprimento?

Profa. Sylmara Gonçalves Dias Gestão de riscos


16/08/2011 - Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava

19/12/2011 –Zara assina TAC com Ministério Público

http://www.youtube.com/watch?v=wKyFkBrusnY

http://www.youtube.com/watch?v=wKyFkBrusnY


17/03/2010 - Escravidão é flagrada em oficina de costura ligada à Marisa

Partilha do valor pago por uma peça

vendida pela Marisa

R$ 2,00 (4%) - Trabalhador R$ 2,00 (4%) - Dono da oficina (CSV) R$ 17,00 (34%) - Intermediárias (Dranys/Gerson de Almeida/Elle Sete) R$ 28,99 (58%) - Lojas Marisa

R$ 49,99 - Preço Final

Blusa exposta para a venda em unidade da Marisa na capital

paulista


27/03/2012

Marisa assina Pacto contra escravidão e anuncia mudanças

Junto com mais 19 fornecedores, rede varejista assina compromisso para combater o trabalho escravo e promove alterações na sua cadeia produtiva

Roberto Sampaio, diretor de compras, apresenta as mudanças adotadas pela empresa

Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em setembro de 2010 com a Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região (PRT-2)


http://www.youtube.com/watch?v=MtgD2mi7fcw&feature=player_embedded

• Bangladesh factory disaster: How culpable are Western companies?

A building that collapsed Wednesday in Savar, near Dhaka, Bangladesh,Thursday, April 25, 2013. /

• The horrible collapse of a garment factory building in Bangladesh has renewed questions over whether Western companies should be held accountable for lax safety standards in the factories where their products are made. Below, we get you up to speed on the debate.

http://www.youtube.com/watch?v=MtgD2mi7fcw&feature=player_embedded



Econômica

• Os fornecedores da cadeia recebem um preço justo

pelos seus produtos ou são pressionados a reduzir sua

margem de lucro a quase zero?

• Todos os elos da cadeia recebem um lucro adequado

pelo serviço oferecido?

• A competição é feita de forma ética e responsável?

• Os riscos de longo prazo para as empresas e a cadeia

de suprimento como um todo são analisados

regularmente, e ações preventivas são tomadas?

• As leis são respeitadas e seguidas?

• Os clientes finais e intermediários da cadeia recebem

o valor pelo qual estão pagando?


Indústria

Pré-Indústria

Atravessadores

Catadores

Capital Trabalho

A lógica inversa do campo

Fonte: MNCR,2009


Cadeia de Suprimentos de alimentos é remunerada pela sustentabilidade

Mais da metade dos fornecedores de alimentos e bebidas entrevistados por uma

pesquisa Aberdeen Group (2008) citaram “a necessidade de vantagem competitiva” como a principal razão de seu foco em

iniciativas sustentáveis. Ao elevar a qualidade, segurança e sobretudo a responsabilidade corporativa

sobre o alimento, companhias lideres em bebidas e alimentos atingiram os seguintes resultados:

• Queda de 19% nos custos energéticos • Queda de 17% em custos com lixo / disposição • Queda de 13% nos defeitos / não-conformidade dos bens nos últimos 12 meses • Queda de 5% nos custos operacionais anuais relativos a volume de negócios • Elevação de 15% na taxa de compras

O estudo foi realizado em conformidade ao Marrakech Process da ONU e seu

programa sobre Produção e Consumo Sustentáveis.

http://www.google.com/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=1&url=http%3A%2F%2Fesa.un.org%2Fmarrakechprocess%2F&ei=yW66Sby9IJnMsAPX3OlA&usg=AFQjCNHVFPQYMa7Izw6br8PZKxxg7y5xag&sig2=zSXbzewhEZVCIJWFPbRRJg


Não existe verdade absoluta sobre a sustentabilidade.

A aproximação intersetorial é um passo importante para essa busca.

Mais de 30 empresas e organizações nos EUA são os membros

do Stewardship Index for Specialty Crops, índice que

desenvolverá um sistema para otimizar a cadeia de

fornecimento para desenvolvimento, distribuição e venda de

diversas culturas especiais –

incluindo frutas, legumes, nozes e

horticulturas.

http://www.stewardshipindex.org/index.php







Movimento Nossa São Paulo (nov.2008)

“CONEXÕES SUSTENTÁVEIS: “SÃO PAULO – AMAZÔNIA

PACTO EMPRESARIAL PELO FINANCIAMENTO, PRODUÇÃO, USO, DISTRIBUIÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS DE produtos ORIUNDOS DA AMAZONIA E DESTINADOS À CIDADE DE SÃO PAULO

• PRODUTOS DA PECUÁRIA BOVINA

• GRÃOS DE SOJA (IN NATURA OU PROCESSADOS)

• Produtos derivados da madeira




A produção responsável socioambientalmente envolve

Critérios sociambientais de rastreabilidade, de bem-estar animal e de segurança alimentar

# Ambiente - Vai desde a obediência à legislação ambiental referente, por exemplo, às áreas de preservação permanente (APP) e de reserva legal, à destinação correta das embalagens de agrotóxicos # Social - Deve-se fornecer condições de trabalho dignas ao trabalhador, da carteira assinada, exigida por lei, a programas voluntários de capacitação e educacionais, voltados também para seus dependentes # Certificação - Atesta que

o produto, processo ou serviço obedece a requisitos pré-definidos. Valoriza o produto sob o ponto de vista dos 3 princípios da sustentabilidade: “economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente adequado."


Como se gera valor compartilhado??

• Pode-se criar valor econômico com a criação de valor social.

• Há três saídas distinta:

- reconceber produtos e mercados,

- redefinir a produtividade na cadeia de valor e

- montar clusters setoriais de apoio nas localidades da empresa.

Cada uma delas é parte do círculo virtuoso do valor compartilhado; melhorar o valor em uma área abre oportunidades nas outras.


Ações possíveis

i

Garanta a rastreabilidade de seus produtos e insumos: instale processos que permitam rastrear seus

produtos.Saber a origem dos produtos que são fornecidos à sua empresa é a chave da rastreabilidade e

certificações;

Crie programas de acompanhamento, certificação e auditoria dos fornecedores: estabeleça padrões de exigência rigorosa em qualidade e responsabilidade

socioambiental, incluindo visitas e monitoramento das atividades de seus fornecedores. Inclua um programa de

comunicação com o mercado consumidor;


• Tenha regras claras com critérios de qualidade e responsabilidade socioambiental no contrato de fornecedores: o contrato, entre outras cláusulas, deve prever a obrigatoriedade do respeito às leis trabalhistas, ambientais, sanitárias e de dignidade humana, sob pena de rescisão nos casos de descumprimento;

• Crie programas e cursos de capacitação para seus fornecedores: para que eles possam adotar normas e regras socioambientais e respeitar as leis sanitárias e trabalhistas em seus sistemas de produção;


• Pense no ciclo de vida do produto em conjunto com os procedimentos logísticos: esta operação apresenta pontos críticos em todas as fases do ciclo de vida do produto [desenvolvimento, produção, distribuição, consumo e pós-consumo]. Não se esqueça de pensar no fim da vida útil, reciclagem, remanufatura, reprocessamento, entre outros;

•

• Procure selecionar fornecedores de serviços logísticos adotando critérios que vão além da redução de custos de transporte: pense nas distâncias, roteirização, localização dos centros de distribuição, combustíveis alternativos. Avalie principalmente na redução das emissões de gases de efeito estufa gerados pelo transporte da mercadoria;

•

• Seja transparente e trabalhe de forma cooperada com os stakeholders para resolução de pontos críticos nos processos de produção e produtos finais: demonstre continuamente o que está fazendo para buscar soluções.

•


A quantidade de ações pode parecer grande e inviável para o curto prazo

• Isto não deve impedir a cadeia de suprimento de tomar os

primeiros passos em direção à sustentabilidade, e de traçar um plano de longo prazo neste sentido.

• Claro que em um momento inicial estas iniciativas envolvem custos, mas são estes investimentos que permitirão a sobrevivência de longo prazo das empresas da cadeia.


Lembre-se

Aos poucos eles migrarão para comprar daquelas empresas que não só oferecem um bom produto,

A sofisticação dos clientes está aumentando, assim como seu acesso às informações.

mas também ... um bom processo de produção e entrega

BOM = sustentável


Sustentabilidade é um processo, não um fim, e passa por:

• diálogo com a sociedade civil, onde as diferenças virão à

tona e serão a base para criação de novos modelos de negócios;

• comunicação da responsabilidade socioambiental do setor.

• expressão de conhecimento técnico,

já que o debate sobre a sustentabilidade ainda é carregado de emoção.


Cooperativo, coletivo, conjunto

Cadeia produtiva

Governo

Universidades

Sociedade Civil

organizada

Consumidor

Sustentabilidade


[…] “A transformação se faz no andar”.

(Bauman, 2001, p.183)

(Bauman, 2011)


Obrigada!!!

Sylmara Gonçalves-Dias

[email protected]

mailto:[email protected]

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