Também, iniciamos o BLOG M - Galeria Vieira Portuensegaleriavieiraportuense.com/cadernosDarte/caderno0509.pdf · pinturas: com a ajuda de um escadote e mestria do colocador, quinta

GALERIA VIEIRA PORTUENSEGALERIA VIEIRA PORTUENSEGALERIA VIEIRA PORTUENSEGALERIA VIEIRA PORTUENSE Largo dos lóios, 50 4050Largo dos lóios, 50 4050Largo dos lóios, 50 4050Largo dos lóios, 50 4050----338 Porto338 Porto338 Porto338 Porto +(351)22.2005156 +(351)22.2005156 +(351)22.2005156 +(351)22.2005156 [email protected]@[email protected]@galeriavieiraportuense.com www.galeriavieiraportuense.comwww.galeriavieiraportuense.comwww.galeriavieiraportuense.comwww.galeriavieiraportuense.com

http://www.galeriavieiraportuense.com/

http://vieiraportuense.blogspot.com/

http://pontesluso-galaicas.blogspot.com/

http://www.espacoloios.com/

1

ais um mês que se desprega do calendário na sisuda marcha do tempo, insensível

às indecisões dos humanos. Neste interim, renovamos o nosso espaço, fomos a Guimarães festejar a NOITE DOS MUSEUS e inaugurar a exposição de José Gomes Collado, rependuramos os quadros de Antia Sanchez, inauguramos a exposição de óleos, aguarelas e serigrafias no “VIA GARRETT” e acompanhamos PEDRO BUENO SALTO na vernissage da sua exposição na Galeria Vieira Portuense. Prosseguimos com o BLOG http://vieiraportuense.blogspot.com/, onde depositamos as informações relativas aos autores que de uma forma ou de outra se entrosam com a Galeria.

Também, iniciamos o BLOG http://pontesluso-galaicas.blogspot.com/ que utilizamos para dar visibilidade a uma iniciativa que vamos levar a cabo em conjunto com o CLUBE DOS FENIANOS PORTUENSES:

Salão Nobre do Clube dos Fenianos Portuenses onde

ocorrerá a exposição colectiva “PONTES LUSO-GALAICAS” a comemoração dos 900 anos do nascimento de Afonso Henriques, que constará de duas palestras relativas à figura do nosso primeiro rei e o que hoje representa para a história de Portugal e

uma exposição colectiva de artistas portugueses e galegos que designamos “Pontes Luso-Galaicas”. Foi com alguma pena que deixamos para trás as mostras de artesanato. Todavia as lides com a Galeria, mais outros afazeres profissionais, não nos deixam tempo para levar por diante a tarefa de prestar atenção a essa mais que milenar arte. Destinando-se estes Cadernos d’Arte” a serem incluídos no nosso site http://www.galeriavieiraportuense.com/ vê-mo-nos na necessidade de lhes encurtar as páginas, já que de várias latitudes nos chegaram reclamações relativas à abertura do ficheiro que, por demasiado “pesado”, não “abre” com facilidade. Por isso, de ora em diante, não ultrapassaremos as 10 páginas.

M






2

o passado dia 20 do mês de Maio, teve lugar, na Galeria Vieira Portuense, a

inauguração de uma exposição de pintura, do conceituado pintor Galego, da Corunha, Pedro Bueno Salto. Os convidados presentes, ouviram atentamente a apresentação feita a este pintor e à sua pintura, por Álvaro Nazaré. Focou o trabalho que dá ser auto-didacta, que não tem escudos em

escolas, cores e técnicas, que as mesmas ensinam.

Antes sim, a sua paleta é o universo, a vida e todas as escolas do mundo.

Além das técnicas, combinação de cores, que se podem investigar, há sobretudo sentimentos e raízes.

As cores cinza, preto, branco, magenta, descrevem as neblinas frias

N

Pedro Bueno Pedro Bueno Pedro Bueno Pedro Bueno SaltoSaltoSaltoSalto






3

das rias mágicas da Galiza, as suas mulheres sensuais contorcidas em rituais ancestrais, trazidos pelos Celtas e Vikings que desceram até à fertilidade das águas que envolvem esta terra, as paisagens abraçadas ao tempo cinzento e húmido desta Galiza que o pintor ama.

Numa prenda a esta cidade do Porto, que o acolheu, trouxe uma Avenida da Liberdade, em dia cinzento, irmã do Sul duma Galiza com a mesma identidade.

Os convidados observaram de seguida e demoradamente a exposição, confraternizando com o pintor e pondo-lhe algumas questões. Seguiu-se, como é habitual, um Porto de Honra, onde todos os presentes brindaram à Arte e ao que ela representa na vida.

O pintor agradeceu a recepção à Galeria Vieira Portuense, a apresentação de Álvaro Nazaré, com o que ficou encerrada esta pequena cerimónia de inauguração.

COLLADO NO PAÇO DOS DUQUES DE

BRAGANÇA






4

Jornada de

Arte A Galeria Vieira Portuense, por terras de

Guimarães, a convite do Paço dos Duques

de Bragança, iniciou no passado dia do

mês de Maio, a sua jornada de Arte,

inserida na comemoração do dia mundial

dos Museus.

A maratona da montagem da exposição

constituída por quadros, alguns de grande

dimensão, teve o seu custo.

O vetusto palácio, de pé direito muito

alto, tornava difícil a colocação das

pinturas: com a ajuda de um escadote e

mestria do colocador, quinta e sexta-feira

serviram para a execução de tal tarefa.

No sábado, saímos do Porto pelas quinze

e trinta, era necessário dar os últimos

retoques na iluminação, colocar

estrategicamente os catálogos.

O dia não ajudou a esta festa: cinzentão,






5

acabou por desabar uma chuva copiosa,

tocada a frio intenso.

Mas dentro do Palácio, as cores alegres,

os temas de um quotidiano festeiro, a

presença do pintor, José González

Collado, e dos visitantes do Monumento,

que quiseram honrar esta exposição com

a sua presença, acabaram por fazer

esquecer o mau tempo.

A presença da doutora Filomena e do

Director do Paço fizeram valer o esforço

que esta equipa dirigente dos destinos

artísticos e culturais daquela casa, na

senda de um Portugal mais atento às

manifestações de alma de um povo.

A abertura desta exposição teve uma

apresentação deste pintor Galego, sua

vida e obra.

Produziu muito e com qualidade,

manifestando traço firme, cores em

simbiose perfeita, temas e paisagens da

sua terra Natal.

O dia terminou, no restaurante

patrocinador deste evento,

Nora do Zé da Curva, que serviu ao pintor

e seus familiares, uma lauta refeição

constituída por uma amostragem dos

pratos típicos da Cidade Berço, que

deixou nos visitantes a vontade de cá

tornarem.

NOVA SALA DE EXPOSIÇÕES

Dispôs-se a Galeria Vieira Portuense a

fazer obras para transladar, a sua sala de

exposições temporárias, do primeiro

andar para o rés-do-chão.

O r/c estava ocupado pelo artesanato que

fazia parte desta loja ao serviço da Arte,

mas com todo o respeito que temos por

esta arte, tornou-se incompatível a junção

dos dois mesteres. Assim sendo, depois

de terminadas as obras a sala de

exposições temporárias passará para o

rés-do-chão, o primeiro andar do edifício

ocupará exposições permanentes.






6

Puebla de la Sierra

e o projecto do

Vale dos Sonhos

Se quer chegar a esta terra serrana vá

pela estrada N1 no sentido de Burgos até

à saída 76, volte á esquerda no stop e

percorra 285 m, desvie à direita e entre

na M-137 no sentido de Gandullas,

Montejo de la Sierra.

Siga por esta estrada até à entrada da

povoação de Prádena de Rincón. Na

entrada de Pradena desvie à direita e siga

pela M-130 até chegar a Puebla de la

Sierra.

Entra numa paisagem de montanha - um

anfiteatro rochoso, salpicado de árvores e

bordejada de rios cristalinos.

Situa-se a 1161 m de altitude e conta com

108 habitantes. Povoação criadora de

gado, com alguma agricultura, mas hoje

essencialmente turística.

Diz-se ter origem numa povoação moura.

No século XII, o Rei Afonso XII, oferece-a a

cristãos pois tem interesse por motivos

defensivos, criar aí povoações estáveis.

Oferece aos seus visitantes três caminhos

pedestres: a senda das Pontes Velhas, a






7

senda Circular Collado Larda que nos leva

até a barracos para guardar o gado, senda

Circular da Torrecilla.

Tem para visitar a Praça do Municipio, a

Igreja paroquial da Puríssima Conceição, a

Ermida da Saudade a Fonte Velha o

Moínho de Baixo.

Mas o que comove nesta paisagem de

montanha, considerada pela Unesco,

Reserva da Biosfera é a generosidade de

um punhado de escultores espanhóis que

resolveram oferecer à montanha um

conjunto de esculturas que a tornam mais

humana e misteriosa ao mesmo tempo.

São os escultores: Lucia Loren, Federico

Eguia, Xavier Raventós, Karfer, Antonio

Garza, Rafael Nadales, Joaquim Manzano,

Ana Pérez Pereda, José Pablo Arriaga,

Damián Girones, Perry Oliver, Maria José

Zanón,Lorenzo Duque,J. Carlos López

Páchon, Juan de Dios Sánchez, Antonio

Morillo, Daniel Alonso Pérez, Sofia Isus

Ventura, Alfredo Garzón,Luís

Elorriaga,Juan Luís Molero, J0sé Ignacio

López,Jorge Egea IzQuierdo,BCB.

Com sonhos e mãos construíram as

estátuas para este, por eles baptizado,






8

Vale dos Sonhos, enchendo-o de beleza e

mistério, fazendo deste sítio um altar

onde os velhos Celtas moldadores de

ferro e outros metais, virão em noites de

tempestade continuar sacrifícios em

honra dos deuses das florestas.

De dois em dois anos uma bienal

realizada por eles na Puebla de la Sierra ,

acrescenta à montanha mais umas

quantas estátuas que por certo

chamarão os peregrinos da arte ,por

montes e vales até chegarem a este

santuário cultural.

O circuito do Vale dos Sonhos inicia-se na

esquina das ruas Mayor e da Igreja. A

obra em bronze que inicia o percurso é do

escultor Eguia, grande impulsionador

deste projecto e que escreveu o nome

desta terra na história da escultura

espanhola.

Um dia destes lá tornaremos a ver se

Eguia, Mazano, Nadales, ou outros

cultores da escultura lá acrescentaram

mais caminho aos caminhos do vale dos

sonhos.






9

Fundação Berruti No circuito montanhoso à volta das serras

de Madrid encontra-se um vale telúrico

chamado Valdemanco, bordejado do

granito serrano e águas cristalinas que

escorrem dos rochedos piedosos.

De repente, no meio da rocha surge algo

espantoso: A Fundação Berruti. Para estes

lados os escultores juraram devolver à

montanha a sua dignidade de deusa -

uma fileira de estátuas esventradas em

ferro retorcido e dorido em dias de

trabalho árduo , espantam viajeiros e

pássaros.

As estátuas e pedras confundem-se numa

sinfonia de infinito, gritando sentimentos

entalados na música de Mozart que

celebra as viagens interiores e os silêncios

cheios.

Este homem que criou no nada deste

vale, esta Fundação, nasceu no Uruguai e

veio parar a Espanha para estudar novas

técnicas no trabalho de metais, aqui ficou

para fazer nas telas e no ferro as suas

viagens interiores e encher os seus medos






10

e fantasmas de formas perdidas no

tempo.

A sua casa atelier passou a ser museu ao

ar livre de escultura e a sua Fundação

serve de investigação à arte actual.

Domina além da escultura e pintura,

cerâmica, pastel, etc. Pinta num atelier

envidraçado, olhando os silêncios da

montanha, trazendo em pinceladas

sentimentais para as telas as suas

vivências e ausências, medos e

desamores.

VALDEMANCOVALDEMANCOVALDEMANCOVALDEMANCO Vi por ali lágrimas e suorVi por ali lágrimas e suorVi por ali lágrimas e suorVi por ali lágrimas e suor em ânsias de pássaros feridem ânsias de pássaros feridem ânsias de pássaros feridem ânsias de pássaros feridosososos Mãos ardentes trazendo de Mãos ardentes trazendo de Mãos ardentes trazendo de Mãos ardentes trazendo de todos os ventres todos os ventres todos os ventres todos os ventres as obras há muito tempo as obras há muito tempo as obras há muito tempo as obras há muito tempo desejadas,desejadas,desejadas,desejadas, marteladas em forjas incendiadas,marteladas em forjas incendiadas,marteladas em forjas incendiadas,marteladas em forjas incendiadas, por fogos que a montanhapor fogos que a montanhapor fogos que a montanhapor fogos que a montanha háháháhá----de sarar!de sarar!de sarar!de sarar! E eu que sou aprendiza de poetaE eu que sou aprendiza de poetaE eu que sou aprendiza de poetaE eu que sou aprendiza de poeta e amasso as palavras tiradas das e amasso as palavras tiradas das e amasso as palavras tiradas das e amasso as palavras tiradas das raízes ancestraisraízes ancestraisraízes ancestraisraízes ancestrais vindas em barcos Fvindas em barcos Fvindas em barcos Fvindas em barcos Feníciosenícioseníciosenícios Achei que a minha poesiaAchei que a minha poesiaAchei que a minha poesiaAchei que a minha poesia ali podia ficarali podia ficarali podia ficarali podia ficar com os silêncios formaiscom os silêncios formaiscom os silêncios formaiscom os silêncios formais das estátuas imortaisdas estátuas imortaisdas estátuas imortaisdas estátuas imortais fazendo coros com os ventos.fazendo coros com os ventos.fazendo coros com os ventos.fazendo coros com os ventos.

Documents

Também, iniciamos o BLOG M - Galeria Vieira Portuensegaleriavieiraportuense.com/cadernosDarte/caderno0509.pdf · pinturas: com a ajuda de um escadote e mestria do colocador, quinta