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trabalho pronto de tcc realizado na secretaria da escola
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INTRODUÇÃO
O tema foi escolhido por acreditar que a ergonomia é um passo
importante para o bem-estar do colaborador e para mostrar na prática o que
aprendeu-se na teoria, não existe lugar melhor do que o ambiente escolar para
aplicá-la. De acordo com Dul & Weerdmeester (1995), a Ergonomia estuda
vários aspectos ligados ao trabalho ou ao cotidiano das pessoas: a postura e
os movimentos corporais (a pessoa sentada ou em pé, empurrando, ou
puxando, ou levantando objetos), fatores ambientais (ruídos, vibrações,
iluminação, temperatura, umidade, pressões, etc.), dispositivos de controle e
informação, etc. Dentre esses aspectos estudados pela Ergonomia, a postura e
o movimento das pessoas têm sido motivo de constantes preocupações dos
ergonomistas, seja em postos de trabalho ou mesmo nas atividades não
laborais.
A ergonomia vem contribuindo diretamente nos ambientes de trabalho
no mundo atual, nas mais diversas atividades. Neste trabalho procura-se
relatar, informar, melhorar e conscientizar os trabalhadores da Secretaria da
Etec Padre Carlos Leôncio da Silva que é possível trabalhar com maior
segurança e conforto, dando ênfase nas posturas, condições, técnicas e ritmos
de trabalho que ofereçam uma melhoria na qualidade de vida dos mesmos,
evitando futuras doenças ocupacionais.
9
1 HISTÓRICO
Este capítulo apresentará o embasamento ao trabalho e consistirá na
história da saúde e segurança do trabalho que de acordo com a
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS em 10 de dezembro
de 1948, no Artigo III: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à
segurança pessoal e no Artigo XXIII no parágrafo 1º: Toda pessoa tem direito
ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de
trabalho e à proteção contra o desemprego. Ou seja, sempre procurando
qualidade de vida.
1.1 História da Segurança do Trabalho no Mundo
O êxito de qualquer atividade empresarial é diretamente proporcional ao
fato de se manter a sua peça fundamental: o trabalhador em condições ótimas
de saúde. As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua
capacidade física e raciocínio, o homem conseguiu, através da sua história,
criar uma tecnologia que possibilitou sua existência no planeta.
Uma revisão dos documentos históricos relacionados à Segurança do
Trabalho permitirá observar muitas referências a riscos do tipo profissional
misturados aos propósitos do homem de alcançar a sua maioridade.
Na antiguidade, a maioria dos trabalhos era desenvolvido
manualmente, uma prática que é encontrada em muitos trabalhos nos dias de
hoje.
10
Hipócrates em seus escritos que datam de quatro séculos antes de
Cristo fez menção à existência de sofrimento físico e moral entre trabalhadores,
mineiros e metalúrgicos.
Plínio, O Velho, que viveu antes do advento da era Cristã, descreveu
diversas moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento advindo do
manuseio de compostos de enxofre e zinco. Galeno, que viveu no século II, fez
várias referências a moléstias profissionais entre trabalhadores das ilhas do
mediterrâneo.
Georgius Agrícola, em 1556, publicava o livro "De Re Metallica", onde
foram estudados diversos problemas relacionados à extração de minerais
argentíferos e auríferos, e à fundição da prata e do ouro. Esta obra discute os
acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, dando
destaque à chamada "asma dos mineiros".
A descrição dos sintomas e a rápida evolução da doença parece
indicarem sem sombra de dúvida, tratarem de silicose (Doença resultante da
inalação da poeira da sílica que se fixa nos pulmões).
Em 1697 surge a primeira monografia sobre as relações entre trabalho
e doença de autoria de Paracelso: "Von Der Birgsucht Und Anderen Heiten".
São numerosas as citações relacionando métodos de trabalho e substâncias
manuseadas com doenças. Destaca-se que em relação à intoxicação pelo
mercúrio, os principais sintomas dessa doença profissional foram por ele
assinalados.
Em 1700 era publicado na Itália, um livro que iria ter notável
repercussão em todo o mundo. Tratava-se da obra "De Morbis Artificum
Diatriba" tradução as doenças dos trabalhadores de autoria do médico
Bernardino Ramazzini que, por esse motivo, é denominado o "Pai da Medicina
do Trabalho". Nessa importante obra, verdadeiro monumento da saúde
ocupacional são descritas cerca de 100 profissões e os riscos específicos de
cada uma. Um fato importante é que muitas dessas descrições são baseadas
11
nas próprias observações clínicas do autor o qual nunca se esquecia de
perguntar ao seu paciente: "Qual a sua ocupação?".
Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra a Revolução Industrial, marco
inicial da moderna industrialização que teve a sua origem com o aparecimento
da primeira máquina de fiar. Até o advento das primeiras máquinas de fiação e
tecelagem, o artesão era dono dos seus meios de produção. Com custo
elevado das máquinas ficou mais difícil de possuí-las. Desta maneira, os
capitalistas, antevendo as possibilidades econômicas dos altos níveis de
produção, decidiram adquiri-las e empregar pessoas para fazer funcionar.
Surgiram, assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o
Trabalho.
Somente com a revolução industrial, o aldeão, começou a agrupar-se
nas cidades. Deixou o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para
aceitar o risco de ser apanhado pelas garras de uma máquina.
A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou
integralmente o quadro industrial. A indústria que não mais dependia de cursos
d'água, veio para as grandes cidades, onde era abundante a mão de obra.
As más condições ambientais eram encontradas facilmente como,
calor, pouca ventilação e umidade, pois as "modernas" fábricas nada mais
eram que galpões improvisados. As máquinas primitivas não ofereciam
nenhuma segurança e as consequências tornaram-se tão críticas que começou
a haver clamores, inclusive de órgãos governamentais, exigindo um mínimo de
condições humanas para o trabalho. A improvisação das fábricas e a mão de
obra constituída não só de homens, mas também de mulheres e crianças, sem
quaisquer restrições quanto ao estado de saúde ou desenvolvimento físico.
Pressionado, o Parlamento Britânico aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde
e Moral dos Aprendizes”, que estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por
dia, proibiu o trabalho noturno. Mas o não cumprimento desta Lei obrigou o
Parlamento Britânico a criar, em 1833, a Lei das Fábricas, que estabeleceu a
inspeção das fábricas e instituiu a idade mínima de nove anos para o trabalho e
proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitou a jornada de
12
trabalho para 12 horas diárias e 69 horas por semana e introduziu medidas de
higiene nas fábricas. De acordo com (FERREIRA et al, 2011, p 17).
O fato de a máquina ocupar, parcialmente, o lugar da mão de obra significou sua desvalorização, acarretando baixos salários. Outro aspecto da mecanização da indústria é que muitas tarefas para as quais, anteriormente, a força do homem era vital, agora poderiam ser exercidas por mulheres ou crianças. Em face dessa realidade, verificou-se uma crescente utilização da mão de obra feminina e infantil, submetidas a níveis de remuneração ainda mais baixos [...].
Na Inglaterra, França e Alemanha a Revolução Industrial causou um
verdadeiro massacre a inocentes e os que sobreviveram foram tirados da cama
e arrastados para um mundo de calor, gases, poeiras e outras condições
adversas nas fábricas e minas. Esses fatos logo se colocaram em evidência
pelos altos índices de mortalidade entre os trabalhadores e especialmente
entre as crianças.
A sofisticação das máquinas, objetivando um produto final mais perfeito
e em maior quantidade, ocasionou o crescimento das taxas de acidentes e,
também, da gravidade desses acidentes.
Segundo Taylor (apud CHIAVENATO 2011, p. 61).
Não só a melhoria do salário, mas a adequação de ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção, para minimizar o esforço do trabalhador e a melhoria do ambiente físico está ligada ao bem estar do trabalhador e a melhoria da produção.
A fadiga definida por Gilbreth, (apud CHIAVENATO 2011, p. 58).
[...] sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário, verificou que a fadiga predispõe o trabalhador para: diminuição da produtividade e qualidade do trabalho, perda de tempo, aumento da rotatividade de pessoal, doenças, acidentes e diminuição da capacidade de esforço. Em suma, a fadiga é um redutor da eficiência.
Nessa época, a causa prevencionista ganhou um grande adepto:
Charles Dickens. Esse notável romancista inglês, através de críticas violentas,
procurava a todo custo condenar o tratamento impróprio que as crianças
recebiam nas indústrias britânicas. Pouco a pouco, a legislação foi se
modificando até chegar à teoria do risco social: o acidente do trabalho é um
13
risco inerente à atividade profissional exercida em benefício de toda a
comunidade, devendo a empresa amparar a vítima do acidente. Com tudo isso
a evolução da segurança do trabalho foi mera questão de tempo e a cada dia
que passa novos conceitos vão surgindo, sempre com o pensamento no
trabalhador e na qualidade de vida do mesmo.
1.2 História da Segurança do Trabalho no Brasil
No Brasil, para falar de Segurança do Trabalho, devem ser localizadas
na legislação as ações do governo que regularizam e aplicam práticas de
trabalho saudáveis.
No começo deste século, naqueles estados onde se iniciava a
industrialização – São Paulo e Rio de Janeiro – a situação dos ambientes de
trabalho era péssima, ocorrendo acidentes e doenças profissionais de toda
ordem.
W. Dean, em seu livro “A industrialização de São Paulo 1881–1945”,
afirmava que as condições de trabalho eram duríssimas: muitas estruturas que
abrigavam as máquinas não haviam sido, originalmente, destinadas a essa
finalidade, além de mal iluminadas e mal ventiladas, não dispunham de
instalações sanitárias. As máquinas amontoavam-se, ao lado umas das outras,
e suas correias e engrenagens giravam sem proteção alguma. Os acidentes
eram frequentes, porque os trabalhadores, cansados, que trabalhavam aos
domingos, eram multados por indolência ou por erros cometidos, se fossem
adultos, ou separados, se fossem crianças. Em 1923, criava-se a Inspetoria
de Higiene Industrial e Profissional junto ao Departamento Nacional de
Saúde, no Ministério do Interior e Justiça. Em 1934, introduz-se a Inspetoria de
Higiene e Segurança do Trabalho, no Departamento Nacional do Trabalho, do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Nesse mesmo ano, o governo de
14
Getúlio Vargas promulga a segunda Lei de Acidentes do Trabalho e dez anos
depois, ainda no governo Vargas, aparece à terceira Lei. Um ano antes, a
legislação trabalhista consagra-se na CLT (Consolidação das Leis do
Trabalhista), com todo o Capítulo V dedicado à Higiene e Segurança do
Trabalho. O Brasil já era signatário da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), mas somente com a Portaria 3227 de 1972 é que veio a obedecer à
Recomendação 112, de 1959, da Organização. Tornou-se, então, obrigatória a
existência de Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas, de
acordo com o número de empregados e o grau de risco em que se enquadram.
Ainda assim, em torno de 85% dos trabalhadores ficaram excluídos destes
serviços obrigatórios. Um fato alarmante é que os riscos e as condições
insalubres a que estes trabalhadores estão expostos são maiores em
empresas consideradas pequenas. Nas empresas de maior porte, as condições
financeiras e econômicas permitem um maior investimento em máquinas
modernas e processos com certa garantia de segurança e higiene do trabalho,
o que não ocorre nas pequenas empresas. Em 1972, foi criado o PNVT – Plano
Nacional de Valorização do Trabalhador, em função da situação alarmante do
número de acidentes registrados no país. A legislação em vigor foi publicada
em 22 de dezembro de 1977 e recebeu o número 6514. Ela altera o capítulo V,
do título II, da Consolidação das Leis do Trabalho. Decorrentes dessa Lei foram
baixadas 28 Normas Regulamentadoras, Portaria 3214, de 8 de junho de 1978,
pelo então Ministro do Trabalho e Previdência Social Arnaldo Prieto.
Na iniciativa privada, o pioneirismo fica com a Associação Brasileira
para Prevenção de Acidentes – ABPA, fundada em 21 de maio de 1941, com a
participação de algumas pessoas idealistas que não aceitavam a produção, o
lucro e a melhoria da qualidade de vida sem a prevenção dos acidentes
decorrentes do trabalho. Da mesma forma, mantido pela iniciativa privada CNI
– Confederação Nacional da Indústria foi criado em 22 de janeiro de 1942, pelo
Decreto lei nº 4048, o SENAI, que embora tenha como finalidade principal a
formação profissional, visualizou que não podia haver ensino de um trabalho
sem o conhecimento dos correspondentes riscos de acidentes. Daí o
surgimento da área de Segurança do Trabalho na Instituição, que hoje oferece
15
treinamentos específicos, promovendo permanente troca de informações e de
experiências entre empresas, a fim de conscientizar seus funcionários para as
práticas prevencionistas. Poucos anos depois surge o SESI – Serviço Social da
Indústria, também mantido pela iniciativa privada, com a finalidade de
proporcionar lazer e saúde ao trabalhador. A diferença do Brasil para outros
países foi a união das pessoas unidas por ideal, a saúde dos trabalhadores.
16
2 INTRODUÇÃO A ERGONOMIA
A Ergonomia já se fazia presente desde tempos do homem das
cavernas, pela necessidade de sobrevivência ele adequava seus instrumentos
de caça, afiavam as pedras até ficarem pontiagudas e transformar em uma
lança ou em machado ou quando posicionavam galhos ou troncos de árvores
sob rochas ou obstáculos, como alavancas.
De acordo com Moraes e Soares (1989, p 33) as noções sobre os
“componentes humanos“ dos sistemas homem-máquina começaram antes do
surgimento da Ergonomia. O interesse para entender como funcionava o
organismo humano partiu de fisiologistas, pesquisadores e físicos dando
origem as primeiras informações sistemáticas do corpo humano.
A palavra Ergonomia originou-se do grego Ergon [trabalho] e nomos
[normas, regras, leis]. Atualmente trata-se de uma ciência que estuda,
desenvolve e aplica normas e regras a fim de organizar o trabalho abordando
todos os aspectos da atividade humana, para que isso ocorra uma infinidade
de outras ciências são utilizadas. Segundo Dul e Weerdmeester (2004, p.1),
[...] Ergonomia é a reunião das leis que regem o trabalho, é uma ciência multidisciplinar (psicologia, fisiologia, biomecânica), que estuda as características com a finalidade de adaptar as tarefas e as ferramentas de trabalho às capacidades e necessidades [...].
O cientista Polonês Wojciech Jastrzebowski foi o primeiro a definir o
termo Ergonomia no ano de 1857,
O conceito de Jastrzebowski, para esta proposta, trata da maneira de
mobilizar quatro aspectos da natureza anímica (Que pertence à alma), quais
seriam a natureza, a natureza estética sensorial, a natureza mental-intelectual
e a natureza espiritual-moral. Esta ciência do trabalho, portanto significava a
ciência do esforço, jogo, pensamento e devoção. Uma das ideias básicas de
Jastrzebowski é a proposição chave de que estes atributos humanos
deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente.
17
Oficialmente, a Ergonomia nasceu no dia 12 de julho de 1949, na
Segunda Guerra Mundial. Durante todo esse dia ficaram reunidos
pesquisadores, cientista com o intuito de descobrir o porquê da
incompatibilidade do processo da adaptação humana com as máquinas
complexas e novas que as tropas teriam que usar, os equipamentos de guerra
exigiam decisões rápidas e execução de atividades novas, o que implicava
complexidade e riscos de decisão para os soldados.
Nessas novas circunstâncias foram formados, tanto na Inglaterra como
nos Estados Unidos, novos grupos interdisciplinares, agora com a participação
de psicólogos, somados aos engenheiros e médicos. Os objetivos eram os de
“elevar a eficácia, a segurança e o conforto dos soldados”.
Na década de 50 a Ergonomia se fundiu nos principais países
europeus, dando origem à primeira sociedade Ergonômica. Com um rápido
crescimento entre 1960 a 1980, as indústrias tiveram consciência da
importância que a Ergonomia traria na concepção dos produtos e dos sistemas
de trabalho. Aplicando, mais tarde, um rendimento ótimo, na criação das
condições mais favoráveis para o trabalho humano nas empresas.
Durante o desenvolvimento da ergonomia houve três fases importantes
em sua história, primeiro o direcionamento nas máquinas, o qual o trabalhador
tinha que se adaptar a ela. Em seguida observar os problemas obtidos pelos
erros humanos, procurou-se modificar as máquinas adaptando-se ao limite do
homem e por fim veio à análise do sistema do homem-máquina, “[...] seu fim é
determinar como esses locais de trabalho devem ser projetados ou adaptados,
de forma a evitar problemas de saúde para o trabalhador e aumentar a sua
eficiência” (FERREIRA et al, 2011, p 60).
Em meados de 1970, surge na Europa um conceito novo, a intervenção
Ergonômica, hoje, expressão usada nos EUA, Japão, França, Alemanha,
Canadá, Suécia e Brasil, que também são países com um maior avanço da
Ergonomia, com as mudanças econômicas dos anos 80, aumentaram os
avanços fazendo surgir duas novas considerações que dão seu formato atual
da ação ergonômica. Os projetos de melhoria Ergonômica são mais bem
18
sucedidos numa perspectiva maior e inseridos na estratégia organizacional,
chamada mais tarde de Macroergonomia por Brown Jr. em 1990. A segunda
amplia este mesmo debate para o nível de contingência social e cultural. Por
fim, na atualidade, pesquisas mostram que a Ergonomia continuou a
desenvolver-se e a diversificar-se. A ergonomia virou objetivo de estudos para
várias pessoas por ser de fácil entendimento e se encaixar em muitos assuntos
de pesquisas como, por exemplo, a antropométria, biomecânica, fisiológica e
do ambiente de trabalho.
No Brasil a Ergonomia começou a ser estudada na década de 60. Em
1983 nasceu a ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia). A ABERGO,
conta atualmente com cerca de 600 sócios oriundos de todas as regiões do
país e com formação em diversas áreas de conhecimento, tais como,
administração de empresas, arquitetura, assistência social, biologia, desenho
industrial, enfermagem, engenharias diversas, fisioterapia, medicina,
psicologia, terapia ocupacional, etc. A ABERGO foi criada com o objetivo de
estimular a formação, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no
campo da Ergonomia através da promoção e apoio a reuniões, cursos, eventos
e outras atividades que contribuam para o desenvolvimento, formação, difusão
e o intercâmbio de conhecimentos em Ergonomia no Brasil.
2.1 Objetivos da Ergonomia
Como já estabelecido, a ergonomia integra conhecimentos de diferentes
especialidades. São quatro os conceitos básicos a serem compreendidos.
O primeiro deles trata da distinção entre tarefa e atividade. Tarefa é
aquilo que a organização do trabalho estabelece ou prescreve para o trabalho
a ser realizado. A atividade, aquilo que o sujeito realmente faz para atingir os
19
objetivos prescritos. O esclarecimento destes termos leva necessariamente ao
conceito de trabalho e sua relação com a ergonomia.
O segundo está associado ao conceito de variabilidade. Esta é
associada tanto às características e condutas do homem que trabalha, bem
como, às características da empresa. Trata-se de reconhecer a diversidade no
interior das situações produtivas.
O terceiro trata do conceito de carga de trabalho. Este está associado às
diferentes dimensões humanas mobilizadas pelo o sujeito que trabalha,
englobando sua dimensão biológica, cognitiva e subjetiva.
Finalmente o conceito de modo operatório que decorre dos conceitos
anteriores e representa a resposta individual às determinantes de uma situação
de trabalho. Diz a NR 17, em seu item 17.1.2. “[...] para avaliar a adaptação
das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do trabalho”.
Segundo Taylor (apud CHIAVENATO 2011, p. 57). O trabalho e
executado melhor por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e
subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada tarefa.
Nos postos do trabalho e as situações cotidianas, a ergonomia focaliza
o homem. As condições de insegurança, insalubridade, desconforto e
ineficiência são eliminadas adaptando-as às capacidades e limitações físicas e
psicológicas do homem (trabalhador).
A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos
corporais (sentados, em pé, empurrando, puxando e levantando cargas),
fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima), informações captadas
pela visão, audição e outros sentidos, relações entre mostradores e controles,
bem como cargos e tarefas adequadas.
20
De acordo com Ferreira et al. (2011 p 61).
O conforto e a saúde dos trabalhadores, esta relacionado com o ambiente em todo, pois ao evitar ou combater os riscos e doenças ocupacionais, minimizam a fadiga, que esta relacionada com o metabolismo do organismo, o trabalho dos músculos e das articulações.
Conclui-se que os funcionários devem ser colocados em postos de
trabalho onde há condições adequadas, para que as tarefas possam ser
cumpridas da melhor maneira (TAYLOR, apud CHIAVENATO 2011).
A adequação desses fatores permite projetar ambientes seguros,
saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana.
A ergonomia baseia-se em conhecimentos de outras áreas científicas, como a
antropometria, biomecânica, fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia
mecânica, desenho industrial, eletrônica, informática e gerência industrial. Ela
reuniu e integrou os conhecimentos dessas áreas, para desenvolver métodos e
técnicas para aplicação desses conhecimentos na melhoria do trabalho.
21
3 ESTUDO DE CASO
Este capítulo apresentará o projeto de melhoria no ambiente escolar/
secretaria acadêmica da ETEC “Padre Carlos Leôncio da Silva” com ênfase em
ergonomia. Onde é notável a falta de informação dos colaboradores quanto a
posturas corretas, métodos de trabalho adequados quanto ao uso de
computadores, quanto à prevenção da fadiga e doenças, também nota-se que
o mobiliário não oferece uma condição favorável ao trabalho a ser executado
como, por exemplo, essa mesa com essa cadeira (figura 1 abaixo) que contra-
diz o que a norma brasileira sobre ergonomia fala. DIZ a NR nº17 (CURIA,
2012, p 374), em seu item 4.1, “Todos os equipamentos que compõem um
posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas
dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado”.
Figura 1- Mesa para atender o fax e fazer anotações.
22
A solução encontrada foi remover este mobiliário do local ou deixá-lo
apenas para colocar objetos como, por exemplo, vaso de flor.
3.1 Levantamentos/Correções
A primeira coisa a ser feita foi a análise do ambiente que;
Segundo a NR nº 17 em seu item 5.1e 5.2,
“As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros devem ter as seguintes condições de conforto níveis de ruído aceitáveis, índice de temperatura efetiva entre 20ºC e 23ºC (graus centígrados); velocidade do ar não superior a 0,75m/s; umidade relativa do ar não inferior a 40 por cento”.
Logo após a análise de risco do local e consequentemente elaborado o
Mapa de Risco que segundo a portaria nº 25 de 29 dezembros de1994 “o mapa
de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer
o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalhador na empresa”
(anexo 1 e apêndice 1). O mapa de risco tem 5 agentes de riscos e cada um
com sua cor de origem para facilitar a identificação, como riscos físicos na cor
verde, riscos químicos na cor vermelha, riscos biológicos na cor marrom, riscos
ergonômicos na cor amarela e riscos de acidentes na cor azul. Quando um
risco é encontrado ele é ilustrado no mapa de risco com um círculo, o tamanho
desse círculo varia de acordo com potencial do risco encontrado, se for
pequeno ele é representado por um círculo pequeno se for moderado ele é
representado por um círculo médio e se for um risco potencialmente grande ele
é representado por círculo grande.
Características do ambiente: pé direito 3.50 metros, piso ardósia,
paredes de alvenaria e pintadas, cobertura laje, ventilação artificial por
ventiladores e natural, iluminação artificial por lâmpadas fluorescente e natural.
23
Também foi feito a descrição das atividades que os colaboradores do
local fazem diariamente como atendimento ao público, atendimento ao
telefone, trabalhos de digitação, armazenamento de arquivos. Também foram
feitos as medições de ruído calor e luminosidade no local.
Segundo a NBR 9241-11 (2002 p. 05) a Descrição de ambientes.
“As características relevantes do ambiente físico e social precisam ser descritas. Os aspectos que podem ser necessários descrever incluem atributos de um amplo ambiente técnico (p.ex. a rede de trabalho local) o ambiente físico (p.ex. local de trabalho, mobiliário), o ambiente atmosférico (p.ex. temperatura, umidade) e o ambiente cultural e social (p.ex. práticas de trabalho, estrutura organizacional e atitudes)”.
Ruído foi avaliado segundo a norma NHO 01 DA FUNDACENTRO
(2001), que cita que o colaborador não pode receber uma dose diária de ruído
acima de 80 dB (decibéis), o aparelho usado na medição foi o Medidor de
pressão sonora DECIBELIMETRO. Segundo a NR nº17 em locais onde haja
trabalho que exijam uma grande concentração, a exposição ao ruído será no
Maximo de 60 dB, o valor encontrado na medição foi de aproximadamente 55
dB, o que esta dentro da norma acima citada.
Calor foi avaliado segundo a norma NHO 06 DA FUNDACENTRO
(2002), que cita em sua aplicação que o trabalhador em ambientes externos ou
internos com ou sem incidência solar em qualquer tipo de trabalho, não
estando portando voltada para a caracterização de conforto térmico, e sim para
a avaliação da exposição ao calor.
24
Figura 2 – janelas da sala.
O aparelho usado na medição foi o Medidor de stress térmio eletrônico ,
Termômetro de globo. De acordo com Dul e Weerdmeester (2012, p 96), em
uma tabela (anexo 4) apresenta as faixas de conforto para diversos tipos de
trabalhos e ela cita para trabalhos intelectuais leves, sentado à temperatura
deve estar entre 18 e 24ºc para o conforto do colaborador, o valor encontrado
na medição foi de aproximadamente 20ºc, o que significa que está normal, o
uso de ventiladores ajudam a manter a temperatura agradável.
Iluminação foi avaliada segundo a NBR 5413 – iluminância de interiores,
esta norma estabelece os valores de iluminação em locais de trabalho, onde se
realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras em
TABELA 1 – Iluminância por classe de tarefas visuais: classe B Iluminação
geral para área de trabalho. Tarefas com requisitos visuais normais, trabalho
médio de maquinaria, escritórios a iluminação deve ser entre 500 a 1000 lux.
O aparelho usado para a medição foi o luximetro. Segundo Dul e
Weerdmeester (2012, p 91), a intensidade da luz que incide sobre a superfície
de trabalho é expressa em lux. A iluminância (ou brilho) é a quantidade de luz
que refletida para os olhos. A iluminação do local estava insuficiente devido à
falta de lâmpadas no bocal. Como mostra a figura abaixo.
25
Figura 3 – luminária sem lâmpada.
A solução neste caso foi bem simples apenas foi colocada uma
lâmpada nova.
Foram encontrados três tipos de riscos no local de acordo com o mapa
de risco, de acidente (moderado), fiação exposta, iluminação inadequada,
arranjo físico inadequado. Risco físico (pequeno), ruído em horário de intervalo.
Riscos ergonômicos (grande) posturas inadequadas, mobiliário inadequado
trabalhos repetitivos.
26
Figura 4 – Foto dos riscos ao colaborador.
Nota-se que a fiação exposta no posto de trabalho, dos dois lados
cercando a colaboradora e a cadeira não oferece as características que são
estabelecidas na NR 17 que no mínimo ter a altura ajustável à estatura do
trabalhador e à natureza da função exercida, encosto com forma levemente adaptada ao
corpo para proteção da região lombar.
Na foto abaixo veremos que a falta de informação quanto ao uso dos
equipamentos poderá trazer doenças futuras ao colaborador, como dores nas costas por
exemplo.
27
Figura 5 – Ajuste no monitor.
Neste caso apenas foi levantado o monitor na altura dos olhos do
colaborador, quanto ao mobiliário (cadeira) foi solicitada a troca por uma que
ofereça mais conforto e segurança. Também se levou em conta a organização
do trabalho e como diz a NR 17 em seu item 17.6.1 A organização do trabalho
deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado. Seguindo essa ideia layout da sala foi
mudado para melhorar o visual dos colaboradores do local e melhor atender o
público sem torcer o corpo e forçando o colaborador (a) a se levantar do seu
posto de trabalho, também notou-se que todos os colaboradores tinham uma
garrafa de água em seu posto de trabalho, foi pedido para eles retirarem este
objeto, para que quando tiverem sede saiam do posto de trabalho, assim
movimentam o corpo, os músculos e previne a fadiga (cansaço) como mostra
essa foto abaixo tirada no local.
28
Figura 6 – Mudança de layout e prevenção da fadiga.
A fiação exposta era um risco claro de acidente, com cabos de rede e
de tensão pelo caminho, que o colaborador tinha que passar até chegar ao
balcão para atender o público, o ideal era passar os fios por um eletroduto por
de baixo do chão, o que foi solicitado à diretoria, mas foi adotada a medida
preventiva até a chegada desse recurso, que consiste na neutralização desse
risco por meio de fita adesiva presa no chão e tomada rente às mesas do
colaborador veja abaixo.
29
Figura 7 - Fita adesiva sobre a fiação.
Os interruptores e tomadas também apresentavam alguns problemas
como rachaduras e alguns quebrados. Foi aconselhada a troca de todos. Veja
como estavam e como ficaram.
Figura 8 – Tomada com defeito.
30
Soluções para este caso foi a troca de todas as tomadas e espelhos do
local como mostra a imagem abaixo.
Figura 9 – Tomadas e interruptores trocados.
Em especial havia um interruptor que, segundo os funcionários, para
apertá-lo o esforço era intenso como mostra a figura a seguir.
Figura 10 – Interruptor fora do alcance dos funcionários.
31
A solução neste caso foi mudar o interruptor de lugar deixando mais
acessível aos colaboradores e evitando torções na coluna. Foi colocado perto
da porta.
Figura 11 - Interruptor ajustado.
A imagem acima também nos revela que depois de todas essas
mudanças era preciso pintar o ambiente, pois a pintura era antiga e
apresentava sinais de fungos e de obras com partes das paredes apenas com
reboco em alguns locais, em uma pesquisa com os trabalhadores eles
gostariam que a sala fosse pintada e isso daria maior conforto deles sendo que
as cores no ambiente de trabalho também influenciam nas atividades então
não podemos colocar cores vibrantes, pois cansa a vista e são excitantes.
Como já havia no local as tintas para fazer pintura e as cores eram boas para o
ambiente, as portas e janelas foram pintadas de verde a as paredes de branco
harmonizando o ambiente.
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Segundo a NR 26 em seu item 26.1.3. e 26.1.4.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. 26.1.4. O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
É bom lembrar que Todos os trabalhos foram executados com
segurança, utilizando todos os EPIs necessários. Os equipamentos de
proteção individual utilizados nas atividades foram óculos de segurança, luvas
pigmentadas e mascara facial descartáveis. Veja na imagem a seguir.
Figura 12 – utilização dos EPIs.
Como o trabalho deles era na posição sentada e exigia digitação boa
parte do tempo, foi feita uma pesquisa com os colaboradores mediante um
questionário, segue em anexo, nesse questionário mostrou que 100% dos
funcionários sentiam algum tipo de dor nas mãos, braços ou nas costas.
De acordo com Itiro Iida (2005 p, 175).
A dor é causada pelo acúmulo dos subprodutos do metabolismo no interior dos músculos, decorre das contrações musculares acima da capacidade circulatórias em remover os subprodutos do metabolismo, pelo manuseio de cargas pesadas ou por posturas inadequadas ou por alongamentos excessivos e inflamação dos músculos, tendões e articulações.
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Então foi elaborado um treinamento sobre postura adequada métodos
de trabalho adequado e a introdução da ginástica laboral. Os funcionários
foram receptivos e mostraram-se curiosos e no final e afirmaram que vão dar
sequência ao aprendizado.
Figura 13 - Treinamento sobre ergonomia.
Pode se notar a diferença do local e a diminuição dos riscos através de
um mapa de risco elaborado no final do projeto (apêndice 2), onde mostra-se
a importância da análise de risco antes do projeto.
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CONCLUSÃO
Pode-se dizer que falta muita coisa para fazer, mas o mais importante é
conscientizar o trabalhador dos riscos e mostrar a ele onde buscar as soluções
e assim trabalhar melhor, sempre buscando o bem estar, e que é possível
evitar acidentes, lesões ou doenças com coisas simples.
Diante do conteúdo deste trabalho, verifica-se o quão é importante à
ergonomia para a vida laboral do homem. Com os conhecimentos adquiridos,
pode-se minimizar e até mesmo eliminar os riscos, prevenir doenças
ocupacionais, proporcionar conforto, bem estar e produtividade.
Com uma detalhada análise ergonômica o ambiente laboral foi
melhorado, o profissional foi instruído a respeito de posturas, das pausas para
compensar o esforço, dos benéficos exercícios de alongamento. Os
profissionais mostraram-se receptivos às novas adaptações, interessados em
dar prosseguimento ao que lhes foram propostos. Sabe-se que ainda há muito
a se fazer, mas já é um bom começo.
O projeto desenvolvido junto à secretaria da escola Etec ”Padre Carlos
Leôncio da Silva” atingiu plenos objetivos.
Cuide do seu corpo ele é seu maior bem!
Estando bem você pode fazer tudo o que quiser!
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO) disponível em <http://www.abergo.org.br> acesso em 25/09/2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5413: Iluminância de Interiores, 1.991. 18 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9241/11: Requisitos Ergonômicos para Trabalho de Escritórios com Computadores Parte 11 – Orientações sobre Usabilidade, 2002. 21 p.
Centro Universitário Positivo (UNICENP) do Paraná e Petrobras. Curso de formação de operadores de refinaria. Segurança Industrial, 2002. 70 p.
CHIAVENATO, Idalberto: Introdução a Teoria Geral da Administração. 8 ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2011.608 p.
COUTO, Hudson de Araujo, Como Constituir a Ergonomia na Empresa: 2 ed. São Paulo: Ergo.2011.312 p.
CURIA, Luiz Roberto, CÉSPEDES, Lívia e NICOLETTI, Juliana: Segurança e Medicina do Trabalho. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.1150 p.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOSAdotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
DUL, Jan, WEERDMEESTER, Bernard: Ergonomia Prática. São Paulo: Blucher, 1995. 147 p.
DUL, Jan, WEERDMEESTER, Bernard: Ergonomia Prática. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2004. 152 p.
DUL, Jan, WEERDMEESTER, Bernard: tradutor, Itiro Lida: Ergonomia Prática. 3 ed. São Paulo: Blucher, 2012. 163 p.
FERRREIRA, João Eduardo et al Núcleo Básico Segurança e qualidade. São Paulo: fundação Padre Anchieta v.5 2011.160 p.
FUNDAÇÃO COPPETEC - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias disponível em <http://www.edf.ufpr.br/Especializacao/Ergonomia/Introducao%20a%20Ergonomia%20Vidal%20CESERG.pdf>acesso em 21/07/2012.
Historia da segurança do trabalho no mundo Disponível em <http://reocities.com/Athens/troy/8084/historia.HTM> acesso em 20/07/2012.
36
LIDA, Itiro. Ergonomia Projeto e Produção: 2 ed. São Paulo: Blucher, 2005. 630 p.
MORAES, Anamaria de, SOARES, Marcelo Márcio. Ergonomia no Brasil e no Mundo: Rio de Janeiro, ABERGO/UNIVERTA, 1989. 186 p.
NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL-01 da FUNDACENTRO: Procedimento Técnico – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído: MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2001. 41 p.
NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL-06 da FUNDACENTRO: Procedimento Técnico – Avaliação da exposição ocupacional ao calor: MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2002. 50 p.
SILVA, Carlos Plácido, PASCHOARELLI, Luis Carlos: A Evolução Histórica da Ergonomia no Mundo e Seus Pioneiros. São Paulo Ed. Cultura Acadêmica, 2010. 104 p.
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ANEXO 1
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS,
DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES
CORRESPONDENTES.
Grupo 1
Verde
Grupo 2
Vermelho
Grupo 3
Marrom
Grupo 4
Amarelo
Grupo 5
Azul
Riscos
Físicos
Riscos
Químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso
Arranjo físico inadequado
Vibrações FumosBactérias Levantamento
e transporte manual de
peso
Máquinas e equipamentos sem proteção
Radiações ionizantes Névoas
Protozoários Exigência de postura
inadequada
Ferramentas inadequadas ou
defeituosas
Radiações não
ionizantes
Neblinas Fungos Controle rígido de
produtividade
Iluminação inadequada
Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos
excessivos
Eletricidade
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno noturno
Probabilidade de incêndio ou
explosão
Pressões anormais
Substâncias, compostos ou
produtos químicos em
geral.
- Jornada de trabalho
Armazenamento inadequado
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ANEXO 2
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APÊNDICE 1
Antes do projeto
APÊNDICE 2
40
Depois do projeto