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15 | 07 | 2015 www.grupoastral.com.br .br PESQUISA COM AMOSTRA DE SANGUE VAI MAPEAR A DENGUE NO BRASIL Fonte: G1 Brasileiros de quase todas as regiões estão doando sangue para uma pesquisa que vai fazer o mapa da dengue no país. Com ele, o Ministério da Saúde vai definir como e onde será a vacina- ção. Este ano, o número de casos da doença aumentou quase 150% em comparação com o ano passado. Sete Lagoas, na região central de Minas Gerais, é um dos 63 municípios brasileiros que estão recrutando voluntários para participar da pesquisa do Ministério da Saúde. Essas cidades foram escolhidas porque registraram, até 2012, mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Apenas Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não participam porque a ocorrência de dengue foi baixa. A expectativa é coletar 63 mil amostras que estão sendo analisadas na região metropolitana de Belo Horizonte. Os voluntários devem ter de um a 20 anos de idade e podem ou não ter tido a doença. A dengue pode ser confundida com uma gripe, mal estar, por isso nem todos os casos são regis- trados oficialmente. Pela análise das amostras de sangue no laboratório, os pesquisadores vão conseguir fazer, por amostragem, um mapeamento mais preciso da doença. “O anticorpo IGG, que é o que a gente está testando nesse estudo, fica no corpo ao longo da vida da pessoa. Então a gente vai saber se ele teve dengue um mês atrás ou mesmo se ele tiver tido anos atrás, ele vai dar positivo”, explica a média Júnia Pérez. O mapeamento é uma das etapas para definir as estratégias de vacinação contra a dengue no país. Ele deve ficar pronto até o fim do ano. A Agência de Vigilância Sanitária está analisando duas pesquisas que desenvolveram vacinas para prevenir os quatro tipos da doença, mas ainda não tem data para o início da vacinação.

TecNews - 15/07/15

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PESQUISA COM AMOSTRA DE SANGUE VAI MAPEAR A DENGUE NO BRASILFonte: G1

Brasileiros de quase todas as regiões estão doando sangue para uma pesquisa que vai fazer o mapa da dengue no país. Com ele, o Ministério da Saúde vai definir como e onde será a vacina-ção. Este ano, o número de casos da doença aumentou quase 150% em comparação com o ano passado.

Sete Lagoas, na região central de Minas Gerais, é um dos 63 municípios brasileiros que estão recrutando voluntários para participar da pesquisa do Ministério da Saúde. Essas cidades foram escolhidas porque registraram, até 2012, mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Apenas Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não participam porque a ocorrência de dengue foi baixa.

A expectativa é coletar 63 mil amostras que estão sendo analisadas na região metropolitana de Belo Horizonte. Os voluntários devem ter de um a 20 anos de idade e podem ou não ter tido a doença.

A dengue pode ser confundida com uma gripe, mal estar, por isso nem todos os casos são regis-trados oficialmente. Pela análise das amostras de sangue no laboratório, os pesquisadores vão conseguir fazer, por amostragem, um mapeamento mais preciso da doença.

“O anticorpo IGG, que é o que a gente está testando nesse estudo, fica no corpo ao longo da vida da pessoa. Então a gente vai saber se ele teve dengue um mês atrás ou mesmo se ele tiver tido anos atrás, ele vai dar positivo”, explica a média Júnia Pérez.

O mapeamento é uma das etapas para definir as estratégias de vacinação contra a dengue no país. Ele deve ficar pronto até o fim do ano. A Agência de Vigilância Sanitária está analisando duas pesquisas que desenvolveram vacinas para prevenir os quatro tipos da doença, mas ainda não tem data para o início da vacinação.

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NÚMERO DE MORTES POR DENGUE CHEGA A 12 EM PERNAMBUCOFonte: G1

Pernambuco confirmou mais uma morte por dengue no estado, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta segunda-feira (13). Ao todo, 12 pessoas morreram este ano por complicações da doença. Outras 21 mortes estão sendo investigadas. No mesmo período do ano passado, foram confirmadas 30 mortes provocadas pelo mosquito Aedes aegypti.

As mortes foram confirmadas nos municípios de Jaboatão dos Guararapes (mulher, 47 anos; homem, 63 anos; homem, 56 anos); Recife (homem, 77 anos; e homem, 32 anos) e Paulista (homem, 37 anos), na Região Metropolitana; Água Preta (mulher, 20 anos), na Zona da Mata Sul; Macaparana (mulher, 25 anos), Tracunhaém (homem, 28 anos) e Araçoiaba (mulher, 38 anos), na Zona da Mata Norte; Serrita (homem, 48 anos), no Sertão; e Surubim (homem, 26 anos), no Agreste.

O balanço ainda aponta que os casos de dengue continuam crescendo no estado. Foram 76.145 notificações, com 24.634 casos confirmados até o momento, em 185 municípios, o que repre-senta aumento de 510,91% em relação às notificações do ano passado, quando foram registra-dos 12.464 casos suspeitos, sendo 5.137 confirmados.

As cidades com o maior número de notificações são Recife, com 17.091 casos; Jaboatão dos Guararapes, com 3.724; Camaragibe, com 2.985; e Caruaru, com 2.597. A localidade com maior incidência, ou seja, número de casos por 100 mil habitantes, é Fernando de Noronha, seguida por Poção, Afogados da Ingazeira e Taquaritinga do Norte.

Foram notificados também 64 casos suspeitos de dengue com agravamento, sendo 51 confir-mações até o momento. No mesmo período do ano passado, foram 54 casos confirmados de dengue grave. O balanço não trouxe novas informações sobre os casos do zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypt, mesmo mosquito da dengue, no estado.

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EPIDEMIA DE ZIKA PODE ESTAR LIGADA A AUMENTO DE CASOS DE SÍNDROME RARAFonte: G1

A Bahia está enfrentando o que a Secretaria Estadual de Saúde chama de tríplice epidemia: dengue, chikun-gunya e zika. E a zika pode estar relacionada com o aumento de casos de uma síndrome rara.

Uma menina de 6 anos está internada num hospital em Feira de Santana, no interior da Bahia. O diag-nóstico: síndrome de Guillain Barré. “A menina chora, chora mesmo de se desesperar qualquer um e cortar o

coração de qualquer um”, contou a mãe, Ana Lúcia de Jesus.

Em Salvador, uma mulher de 26 anos com o mesmo diagnóstico morreu depois de um mês inter-nada no hospital.

A síndrome de Guillain Barré é uma reação do organismo que pode ocorrer até um mês depois de uma infecção causada por vírus ou bactérias e ataca o sistema nervoso, provoca paralisia que começa pelos pés e sobe pelo corpo até chegar ao rosto. Nos casos mais graves, provoca paralisia respiratória.

O tratamento é à base de um medicamento, a imunoglobulina. A maioria dos pacientes consegue se recuperar.

É uma síndrome rara. A média é de um caso por cem mil habitantes. Mas, de dois meses pra cá, 55 casos foram notificados na Bahia, 29 deles já confirmados pelo Ministério da Saúde.

Os especialistas suspeitam que esses casos tenham relação com a epidemia de zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. O estado notificou este ano mais de 32 mil casos de zika.

“É uma forte indicação por causa dos dados que já ocorreram em epidemias de zika vírus em outros países e a associação que nós estamos tendo hoje com esse aumento grande, acima do esperado, após exatamente a introdução do zika vírus”, disse o infectologista Antônio Bandeira.

A Secretaria de Saúde reservou leitos em 16 hospitais em todo o estado para receber os pacientes da síndrome. Em Salvador, um deles é o Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia. Na capital, são 18 leitos à disposição desses doentes. Para a secretaria, um número suficiente, por enquanto.

A secretária de Saúde do estado declarou que tem medicamentos em estoque pra tratar a sín-drome, mas já pediu ajuda ao governo federal. “Nós fizemos um pedido agora de R$ 15 milhões para implantação de ações imediatas para intensificar o combate. Além disso, do fornecimento de imunoglobulina. Cada ampla custa R$ 1,5 mil”, disse o subsecretário de Saúde da Bahia, Roberto Badaró.

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