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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 15 de julho de 2015, Ano XL, Nº 8759 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Combinação explosiva VITRINE Mini JCW de terceira geração adota motor 2.0 turbo e se torna o mais potente da história PÁG. 7 DIVULGAÇÃO TESTE Tempero sem exagero Versão T-Jet reforça a esportividade do Fiat Bravo, mas estética prima pela discrição PÁG. 6 DIVULGAÇÃO Os mais vendidos no 1° semestre de 2015 Pela 1 a vez em anos o Gol não lidera categoria de Entrada no semestre H ouve poucas novida- des no ranking dos carros mais vendidos no Brasil, por categoria, no 1° semestre, por categoria. A briga mais quen- te acontece entre os SUVs, com tantos lançamentos de peso nes- ta primeira metade do ano. Sem mudanças importantes desde a segunda geração, em 2012, o Ford EcoSport segurou por pouco a li- derança, com apenas 274 unida- des de vantagem sobre o novato Honda HR-V, lançado em março. No geral, as vendas de automó- veis e comerciais leves (picapes e furgões) amargaram o pior 1° se- mestre desde 2007, com queda de 20,7% sobre o mesmo período de 2014, segundo a Federação Nacio- nal da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). PÁG. 4 FOTOS DIVULGAÇÃO

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AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 15 de julho de 2015, Ano XL, Nº 8759 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Combinação explosiva

VITRINE

Mini JCW de terceira geração adota motor 2.0 turbo e se torna o mais potente da história PÁG. 7

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TESTE

Tempero sem exageroVersão T-Jet reforça a esportividade do Fiat Bravo, mas estética prima pela discrição PÁG. 6

DIVULGAÇÃO

Os mais vendidos no 1° semestre de 2015Pela 1a vez em anos o Gol não lidera categoria de Entrada no semestre

Houve poucas novida-des no ranking dos carros mais vendidos no Brasil,

por categoria, no 1° semestre, por categoria. A briga mais quen-te acontece entre os SUVs, com tantos lançamentos de peso nes-ta primeira metade do ano. Sem mudanças importantes desde a segunda geração, em 2012, o Ford EcoSport segurou por pouco a li-derança, com apenas 274 unida-des de vantagem sobre o novato Honda HR-V, lançado em março.

No geral, as vendas de automó-veis e comerciais leves (picapes e furgões) amargaram o pior 1° se-mestre desde 2007, com queda de 20,7% sobre o mesmo período de 2014, segundo a Federação Nacio-nal da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). PÁG. 4

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 15 de julho de 2015

AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

Grandes possibilidades

A Renault apresentou na última semana seu novo mo-delo compacto global, o Kwid. O carrinho, mostrado como conceito no Salão de Paris ano passado, é o primeiro produto da parceria entre a marca francesa e a Nissan. O modelo tem 3,68 metros de comprimento e 18 cm de distância livre para o solo e deve ser o provável sucessor do Clio aqui no Brasil. Sobre o visual, o novo hatch lembra um pouco o Sandero, princi-palmente na parte dianteira,

devido aos faróis e à grade.O interior não foi revelado,

mas cogita-se que o Kwid te-nha uma tela multifuncional de 7 polegadas “touch”, além de direção, vidros, travas e retrovisores elétricos. Sob o capô, o modelo deverá ser equipado com o propulsor 1.0 litro de três cilindros, o mesmo do Nissan March. A mais forte especulação é que o Kwid deverá ser fabricado no Brasil e será o carro de en-trada da Renault para a Amé-rica Latina.

Audi TT tecnológico

Prestes a desembarcar no Brasil, a terceira geração do Audi TT já tem site exclusivo por aqui. Ainda sem preços definidos, o cupê será ven-dido em duas versões: Atrac-tion e Ambition – a primeira com rodas de liga leve aro 18 e faróis de xênon, e a segunda com rodas liga leve aro 19 e faróis de leds. Internamente, o modelo chama atenção pe-lo seu painel de instrumentos totalmente digital com tela de LCD de 12,3 polegadas com até dez funções, detalhes

em alumínio, bancos de couro e volante multifuncional de pegada esportiva.

Em ambas as configura-ções, o cupê esportivo será impulsionado pelo motor 2.0 TSFI de 230 cv de potência, acoplado a transmissão S -Tronic de dupla embreagem e sete velocidades. Com tal motorização, o Audi TT é ca-paz de percorrer o zero a 100 km/h em apenas 5,9 segun-dos, com velocidade máxima limitada eletronicamente a 250 km/h.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 15 de julho de 2015

Houve poucas novidades no ranking dos carros mais vendidos no Bra-

sil, por categoria, no 1° semes-tre, por categoria. A briga mais quente acontece entre os SU-Vs, com tantos lançamentos de peso nesta primeira metade do ano. Sem mudanças importan-tes desde a segunda geração, em 2012, o Ford EcoSport segurou por pouco a liderança, com ape-

nas 274 unidades de vantagem sobre o novato Honda HR-V, lançado em março.

No geral, as vendas de auto-móveis e comerciais leves (pica-pes e furgões) amargaram o pior 1° semestre desde 2007, com queda de 20,7% sobre o mesmo período de 2014, segundo a Fe-deração Nacional da Distribui-ção de Veículos Automotores (Fenabrave).

VITRINE

Os mais vendidosBriga mais quente foi entre SUVs,com EcoSport e HR-V disputando topo

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RANKING FENABRAVE

Entrada

1. Fiat Palio - 62.757 unidades2. Ford Ka - 45.988 unidades3. Volkswagen Gol - 44.900 unidades4. Fiat Uno - 43.777 unidades5. Volkswagen Up! - 27.729 unidades

Na categoria que mais vende, a maior diferença para a lista do 1º semestre de 2014 é a troca na liderança. Dominada pelo Gol até o ano passado, agora ela é liderada pelo Fiat Palio - as-sim como fazia com o hatch da marca alemã, a Fenabrave soma vendas da geração antiga (Palio Fire, na foto acima) com a atual

do modelo.O Gol, cuja geração antiga

(G4) foi aposentada no início de 2014 e desde então só conta com os emplacamentos da atu-al, ficou em terceiro, atrás no novato Ford Ka, que não existia no 1º semestre do ano passado. E o Up!, sucessor do Gol G4, é apenas o 5º.

RANKING FENABRAVE

Hatch pequeno

1. Chevrolet Onix - 55.789 unidades2. Hyundai HB20 - 51.349 unidades3. Volkswagen Fox/CrossFox - 43.059 unidades4. Renault Sandero - 38.382 unidades5. Ford Fiesta - 23.035 unidades

Os top 5 são os mesmos do 1º semestre de 2014 e do fechamen-to do ano passado, com alguns al-ternando posições. O Onix segue na liderança, mas o Fiesta, que estava em 2º no 1º semestre de 2014, ainda somando os empla-camentos do New Fiesta Hatch com os da geração antiga, Rocam, aposentada no ano passado, caiu para 5º.

Outra curiosidade é que os 2 primeiros colocados, Onix e HB20, venderam mais, indi-vidualmente, que os top 5 da categoria de Entrada, exceto o Palio. Mas a categoria Hatch Pequeno foi a que mais teve redução na participação nos emplacamentos em geral, sain-do de 26,07% no 1º semestre de 2014 para 23,08%.

RANKING FENABRAVE

Hatch médio

1. Fiat Punto - 8.444 unidades2. Ford Focus - 7.497 unidades3. Volkswagen Golf - 5.414 unidades4. GM Cruze Sport6 - 5.137 unidades5. Fiat Bravo - 1.627 unidades

Foram poucas as novida-des da categoria neste ano. A reestilização levou o Bravo a entrar para o top 5, dispen-sando o Peugeot 308. O Focus

segue em segundo: o efeito do lançamento da reestilização, que acaba de ocorrer no Bra-sil, só deverá ser sentido no 2º semestre.

RANKING FENABRAVE

Sedans pequenos

1. GM Prisma - 34.459 unidades2. Fiat Siena - 31.973 unidades3. Hyundai HB20S - 26.495 unidades4. Volkswagen Voyage - 23.637 unidades5. Chevrolet Classic - 18.136 unidades

Os modelos no top 5 continu-am os mesmos. A novidade é a liderança do Chevrolet Prisma sobre o modelo da Fiat. O "se-

dan do Onix" era vice-líder até o fim de 2014. O "sedan do HB20" manteve o terceiro lugar do 1º semestre do ano passado.

RANKING FENABRAVE

Sedans compactos

1. Honda City - 15.010 unidades2. GM Cobalt - 13.104 unidades3. Ford New Fiesta - 3.993 unidades4. Volkswagen Polo Sedan - 1.395 unidades5. Jac J3 Turin - 704 unidades

A renovação, no fim do ano, empurrou o City para a lide-rança, superando o Cobalt. Na verdade, estes são os dois únicos "jogadores" da catego-ria. Os demais t|êm números

muito abaixo. Vale registrar o "sumiço" do GM Sonic Sedan, com o fim das importações, o que deve acontecer, mais para frente, com o Polo, que está se despedindo.

RANKING FENABRAVE

Sedans médios

1. Toyota Corolla - 31.935 unidades2. Honda Civic - 17.196 unidades3. Nissan Sentra - 7.804 unidades4. Chevrolet Cruze - 6.109 unidades5. Volkswagen Jetta - 4.498 unidades

O lançamento da nova gera-ção, em março de 2014, já tinha feito o Corolla roubar a lide-rança do City no fechamento do ano. O modelo deu uma "surra" no rival e emplacou mais do que o dobro do que o

City, campeão de Sedans Com-pactos.

A falta de novidades tam-bém prejudicou o Cruze, que perdeu posição para o Sentra. O Jetta voltou ao top 5, desban-cando o Ford Fusion.

RANKING FENABRAVE

Sedans grandes

1. BMW 320 - 2.566 unidades2. Mercedes-Benz Classe C180 - 1.619 unidades3. BMW 328 - 565 unidades4. Mercedes-Benz C 250 - 550 unidades5. Audi A4 - 545 unidades

O Série 3 segue firme na li-derança com o modelo inter-mediário, 320, que tem motor flex. A BMW emplacou ainda o 328, mais caro, na terceira colocação.

O vice-campeão, Classe C

180 foi um dos poucos que conseguiram crescer as ven-das neste 1º semestre. O C 250 ficou em quarto. Quem sumiu do top 5 foi o "primo" CLA, as-sim como o Hyundai Azera. O Audi A4 entrou.

RANKING FENABRAVE

SUVS

1. Ford EcoSport - 17.847 unidades2. Honda HR-V - 17.573 unidades3. Renault Duster - 16.772 unidades4. Hyundai iX35 - 8.142 unidades5. Hyundai Tucson - 6.525 unidades

Na categoria mais animada do ano, com diversos lança-mentos, o EcoSport ainda se se-gura na liderança, mas o novato HR-V, lançado em março, está bem perto: no acumulado, a di-

ferença entre eles foi de apenas 274 unidades.

Outro "calouro", o Jeep Rene-gade, lançado em abril, também mostrou fôlego e não chegou ao top 5 por pouco (ficou em 6º).

RANKING FENABRAVE

Pick-ups pequenas

1. Fiat Strada - 54.508 unidades2. Volkswagen Saveiro - 32.3983. Chevrolet Montana - 13.9934. Hafei Mini - 175. Ford Courier - 1 (estoque: deixou de ser produzida em 2014)

RANKING FENABRAVE

Pick-ups grandes

1. Chevrolet S10 - 19.023 unidades2. Toyota Hilux - 16.611 unidades3. Ford Ranger - 9.669 unidades4. Mitsubishi L200 - 7.872 unidades5. Volkswagen Amarok - 6.313 unidades

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 15 de julho de 2015

TESTE

Tempero sem exageroVersão T-Jet reforça a esportividade do Fiat Bravo, mas estética prima pela discriçãopor Raphael PanaroAuto Press

Não tem jeito. Por mais que as versões esporti-vas valorizem a imagem

de agressividade e sofistica-ção de um carro “comum”, na prática, funcionam melhor no marketing do que nas vendas. Por muito tempo essa teoria não se aplicava ao Fiat Bravo T-Jet, que arrebatava expressi-vos 10% do “mix” de vendas da linha – que chegou a emplacar mil unidades mensais. Porém, atualmente essa máxima é bem plausível ao hatch médio da marca italiana. Hoje, a par-ticipação da versão turbinada é mais realista – apenas por 5% dos quase 400 emplacamen-tos/mês do Bravo. Apesar do declínio nas vendas, que refle-te a situação geral do mercado automotivo brasileiro, o Bravo T-Jet não perdeu suas premis-sas básicas: aliar bom com-portamento dinâmico e motor potente sem deixar de lado a praticidade e o conforto de um carro para o uso diário.

Um dos fatores que colabora no cotidiano é o visual discreto. Em fevereiro deste ano, toda linha do Bravo recebeu uma branda atualização estética. Visto de frente, há uma nova grade de ar, agora reforçada por uma barra cromada com o logotipo da marca centralizado. O para-choque traz linhas bem acentuadas e uma barra croma-da em V, que acomoda as novas molduras dos faróis de neblina. O conjunto traseiro apresenta para-choque redesenhado com defletores de ar, novas lanternas com molduras pretas e spoiler traseiro. O T-Jet ainda conta com discretas saias laterais, ro-das de 17 polegadas e grafismos nas laterais específicos da con-figuração.

Sem um visual “vitamina-do”, a esportividade do Bravo T-Jet é garantida pelo que está escondido sob o capô. Lá resi-de o conhecido motor 1.4 16V turbinado, que fornece 152 cv a 5.500 rpm e torque de 21,1 kgfm entre 2.250 rpm e 4.500 rpm. Ainda há a função Over-booster, que eleva a pressão do turbo de 0,9 para 1,3 bar e, con-sequentemente, o torque sobe para 23 kgfm nas 3 mil rotações. A transmissão é sempre manu-al com seis velocidades. Os dois alavancam o hatch de 1.435 kg a 100 km/h em 8,7 segundos e à velocidade máxima de 206 km/h.

Por ser a topo de linha, a versão T-Jet é a que melhor tem a oferecer em termos de equipamentos. Ela traz de sé-rie volante multifuncional, ar-condicionado de duas zonas, teto solar duplo, assistente de partida em rampa, piloto auto-

FICHA TÉCNICA

Fiat Bravo T-Jet ● MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Turbocompressor, intercooler, injeção eletrônica

multiponto sequencial e acelerador eletrônico. ● TRANSMISSÃO: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Possui controle eletrônico de tração. ● POTÊNCIA máxima: 152 cv a 5.500 rpm.

● ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 8,7 segundos. ● VELOCIDADE máxima: 206 km/h. ● TORQUE máximo: 21,1 kgfm entre 2.250 e 4.500 rpm. Com o Overbooster ligado: 23 kgfm a 3 mil rpm. ● DIÂMETRO e curso: 72 mm x 84 mm. Taxa de compressão: 9,8:1. ● RODAS semi-independentes e barra estabilizadora.

Se carro esportivo dependesse de visual espalhafatoso, o Fiat Bravo T-Jet estaria excluído dessa classificação. Mas apenas por esse quesito. Porque motor potente e bom comportamento dinâmico estão presentes. A versão “top” do hatch médio da marca italiana parece um carro “civil”

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mático e controles eletrônicos de estabilidade e tração. O no-vo sistema de entretenimento Uconnect Touch agora substitui a opcional tela de 6,5 polegadas oferecida anteriormente. Nele, funções de mídia e telefone são comandadas por voz a partir de um toque no volante multifun-cional – revestido em couro. Ele tem tela sensível ao toque de 5 polegadas, que pode reprodu-zir a imagem da câmara de ré e aceita audio streamming, Blue-tooth e USB compatível com iPod e iPhone, além da entrada auxiliar.

Com estes itens, a Fiat pede iniciais R$ 79.980 pelo Bravo T-Jet. Porém, a conta pode che-gar a muito mais. Com faróis de xenon, GPS integrado, airbags laterais, de cortina e de joelho, revestimento dos bancos par-cialmente em couro, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de estacionamento dianteiro, câmara de ré, entre outros, o custo/benefício do Bravo T-Jet vai pelos ares: R$ 96.714.

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – Motores turbi-nados costumam ser sinônimo de desempenho. No Fiat Bravo T-Jet, isso acontece diferente. O 1.4 litro turbo de 152 cv conse-gue deixar o hatch bem explosivo. Porém, só depois das 3 mil rpm quando o “turbolag” é vencido. Antes da turbina encher, o mode-lo tem um comportamento “paca-to”. A sensação de esportividade é ampliada pelo câmbio manual de seis marchas, que tem o esca-lonamento correto, mas merecia engates mais precisos. Nota 9.

● ESTABILIDADE – O Bravo é um hatch com uma bela dinâmica. A versão T-Jet só incrementa as coisas. O acerto um pouquinho mais firme da suspensão colabo-ra para ampliar o controle sobre o carro. O médio segura bem nas curvas – com rolagens da carro-ceria controladas – e uma ótima sensação de segurança. Nota 9.

● INTERATIVIDADE – Apesar de seus muitos botões, é fácil lidar com o Bravo T-Jet no dia a dia. O ar-condicionado bizone e o novo sistema Uconnect Touch têm comandos intuitivos. Os pedais

com acabamento em alumínio são adequados à proposta do T-Jet. Talvez o volante com o di-âmetro menor reforçasse ainda mais a sensação de esportivida-de. Nota 8.

● CONSUMO – O Programa Brasi-leiro de Etiquetagem do InMe-tro não foi generoso com o Fiat Bravo T-Jet. O hatch – movido somente a gasolina – registrou média de 9 km/l na cidade e 10,4 km/l em trecho rodoviário. As notas dadas foram “E” den-tro do segmento e “C” no geral. Já o índice energético ficou em elevados 2,29 MJ/km. Durante a avaliação, o computador de bor-do do Bravo marcou 8,7 km/l em ciclo urbano e 10 km/l na estrada. Nota 5.

● CONFORTO – O Bravo T-Jet ofe-rece um bom espaço para os ocupantes frontais. Os bancos também são aconchegantes. Atrás, duas pessoas se acomo-dam relativamente bem. Porém, dependem da boa vontade e do ajuste dos bancos do condutor e carona para melhorar o con-forto. O conjunto suspensivo

mais esportivo não afeta tanto o rodar – as pancadas secas como resposta a buracos mais fundos continuam. Nota 7.

● TECNOLOGIA – A lista de equipa-mentos de série do Bravo T-Jet conta com itens interessantes, como ar-condicionado dual zone, teto solar, controles de estabilida-de e tração e sistema multimídia com tela sensível ao toque. Os opcionais podem deixam o hatch ainda mais equipado, com faróis de xenônio, airbags adicionais e GPS integrado. O câmbio impor-tado da Itália poderia ter trocas mais precisas. Nota 8.

● HABITABILIDADE – O teto solar na frente e atrás – só o diantei-ro é rebatível – eleva a sensa-ção de espaço no Bravo T-Jet. Os porta-objetos poderiam ser mais eficientes em levar itens de uso rápido, como carteira, celu-lares e chaves. Já entrar na parte de trás do hatch pode se tornar uma sessão de alongamento por causa do caimento acentuado do teto. Nada grave, no entanto. O porta-malas “engole” razoáveis 400 litros. Nota 7.

● ACABAMENTO – A reestilização do Bravo T-Jet chegou ao interior. Uma nova iluminação branca nos comandos internos e uma grafia diferente no quadro de instru-mentos dão um toque sofisticado ao habitáculo. Soma-se ainda o painel todo em plástico emborra-chado e com uma textura agradá-vel ao toque. Em partes menos nobres, há um material mais duro, mas que não compromete o aca-bamento. Os encaixes também mostram precisão. Nota 8.

● DESIGN – O Bravo T-Jet é um exemplo de que a esportividade não está atrelada a um visual es-palhafatoso. O hatch médio preza mais pela elegância do que para os “penduricalhos” estéticos. No recente face-lift, a Fiat optou por manter a discreção. A versão T-Jet é identificável apenas pelas rodas com desenho exclusivo e decalques nas laterais alusivos à versão. Nota 8.

● CUSTO/BENEFÍCIO – O Fiat Bravo T-Jet custa iniciais R$ 79.980 e, além do motor turbo de 152 cv, traz ar-condicionado dual zone, hill assist, teto solar e um sistema

multimídia com tela de 5 polega-das. O valor pode ultrapassar os R$ 96 mil com opcionais, como airbags laterais, de cortina e de joelho, GPS integrado, revesti-mento dos bancos parcialmen-te em couro, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de esta-cionamento dianteiro e câmara de ré. Um concorrente direto é o Peugeot 308 THP, que é equi-pado também com um propulsor turbinado, mas 1.6 de 165 cv e câmbio automático de seis mar-chas. O preço é de R$ 80.490. O valor é mais caro, porém o ha-tch francês vem com airbags de cortina – opcionais no T-Jet. Já o porta-malas é inferior: 343 litros. O Citroën DS4, dotado do mes-mo propulsor, começa na casa dos R$ 100 mil. O Volkswagen Golf parte de R$ 74.300 na ver-são Confortline dotada do motor 1.4 TSI de 140 cv e transmissão manual de seis relações. A conta do hatch alemão pode beirar os R$ 90 mil com todos os opcio-nais. Nota 6.

● TOTAL – O Fiat Bravo T-Jet somou 74 pontos em 100 possíveis.

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Combinação explosivaMini JCW de terceira geração adota motor 2.0 turbo e se torna o mais potente da históriapor Raphael PanaroAuto Press

D ito e feito. Antes de apre-sentar a terceira e atual geração do Cooper, a

Mini adiantou que a numerosa gama do icônico carrinho so-freria mudanças. A fabricante, que pertence ao Grupo BMW, afirmou que iria se concentrar em “apenas” cinco carrocerias para o modelo – a antiga gera-ção tinha sete. Nos planos da marca inglesa estão a existente hatch – com duas e quatro por-tas –, o conversível, o crossover Countyman, a station Clubman e um futuro modelo ainda inde-finido. Com isso, as configura-ções roadster e cupê deixam a linha. Outras variantes que permanecem em pauta são as esportivas preparadas pela Jo-hn Cooper Works. E, claro, a primeira a aparecer nessa nova fase é no tradicional Cooper. O novo JCW chega com a creden-cial de ser o Mini mais potente a ser oferecido em 55 anos de história.

Para dar esse título ao mode-lo, a engenharia mandou para longe a ideia de downsizing. O motor 1.6 THP de 211 cv e 26,5 kgfm de torque – que equipava o modelo anterior – deu lugar ao 2.0 litros turbinado, que está atualmente sob o capô da ver-são “normal” Cooper S. Porém, em vez de 192 cv, o propulsor foi calibrado para fornecer 231 cv entre 5.200 e 6 mil rpm, além de 32,6 kgfm de torque entre 1.250 e 4.800 rotações. Com trans-missão manual de seis marchas, o Cooper JCW cumpre o zero a 100 km/h em 6,3 segundos. Já com a caixa automática, tam-bém de seis relações, o tempo cai para 6,1 segundos. A velo-cidade máxima é de 246 km/h.

2.0 litrosMotor 2.0 litros turbinado

231 cvPotência máxima

NÚMEROS

A vocação esportiva ainda aparece no visual, porém de forma menos “exagerada”. Com 3,87 metros de compri-mento, 1,72 m de largura, 1,41 m de altura e 2,49 m de distância entre-eixos, o Mini John Coo-per Works conserva muito do design do conceito apresentado no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, em janeiro de 2014. Os para-choques são diferencia-dos com mais tomadas de ar, há saias laterais, spoiler integrado e dupla saída de escapamento central. As rodas são de 17 po-legadas com desenho exclusivo para a versão – 18 polegadas são opcionais.

A potência extra demandou alguns cuidados da Mini em relação à segurança. O mode-lo conta, de série, com airbags frontais, laterais e de cortina, além de freios da Brembo. O conjunto suspensivo foi reca-librado e o carrinho ganhou bloqueio eletrônico de diferen-cial com a opção de controle eletrônico de amortecimento. Entre as comodidades para o motorista estão os bancos es-portivos, sistema multimídia, head-up display, park assist, câmaras de ré, ar-condicionado digital bizone e som premium Harman Kardon. Na Inglater-ra, o Mini John Cooper Works parte de 24.380 libras – cerca de R$ 116 mil. O carro aterrisa no Brasil ainda esse ano, mas sem preço definido.

O Mini John Coopers Works é o mais potente de todos os tempos. Combina a sensação de um carro de corrida com uma “pegada” premium. Graças à tecnologia do motor, a aerodinâmica e tecnologia de suspensão derivada diretamente das pistas, possibilita um prazer de condução extremo. Tração dianteira, baixo centro de gravidade, ampla largura e arquitetura rígida são outros itens que corroboram esse “feeling”

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AUTOMUNDO

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