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Técnicas de Processamento de Imagens Digitais Os métodos de análise de dados de Sensoriamento Remoto podem ser classificados em: análise digital e análise visual. Apesar dos métodos de análise visual terem se desenvolvido primeiro historicamente, o processamento digital é uma etapa que precede a análise visual, tendo em vista que este processo gera imagens realçadas para serem analisadas visualmente. As técnicas de processamento de imagens digitais podem ser classificadas em: técnicas de pré-processamento, técnicas de realce e técnicas de classificação.

Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

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Técnicas de Processamento de Imagens Digitais. Os métodos de análise de dados de Sensoriamento Remoto podem ser classificados em: análise digital e análise visual. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Os métodos de análise de dados de Sensoriamento Remoto podem ser classificados em: análise digital e análise visual.

Apesar dos métodos de análise visual terem se desenvolvido primeiro historicamente, o processamento digital é uma etapa que precede a análise visual, tendo em vista que este processo gera imagens realçadas para serem analisadas visualmente.

As técnicas de processamento de imagens digitais podem ser classificadas em: técnicas de pré-processamento, técnicas de realce e técnicas de classificação.

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Técnicas de Pré-processamento

a) Correção Radiométrica: a função dos programas de correção radiométrica é minimizar diferenças entre os níveis de cinza registrados por uma matriz de detectores. Tais diferenças ocorrem devido a problemas de calibração dos detectores.

b) Correção Geométrica: a função dos programas de correção geométrica é reorganizar os pixels da imagem em relação a determinado sistema de projeção cartográfica. As distorções geométricas das imagens podem estar relacionadas a fatores como rotação da Terra durante o imageamento, curvatura da Terra; ao grande campo de visada de alguns sensores; variações na altitude, velocidade e atitude da plataforma.

c) Correção Atmosférica: o objetivo das técnicas de correção atmosférica é reduzir o efeito da interferência da atmosfera sobre os valores de nível de cinza registrados em uma dada cena.

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Técnicas de Correção Geométrica

Alocação do vizinho mais próximo - o nível de cinza do pixel z terá o mesmo valor do nível de cinza do pixel vizinho.

Interpolação bilinear - o nível de cinza do pixel z é determinado a partir dos valores dos 4 pixels vizinhos.

Convolução cúbica - o nível de cinza do pixel z é determinado por cálculos realizados numa matriz de 16 pixels na sua vizinhança.

Cela geograficamente correta na qual os níveis de cinza dos pixels a, b, c, d devem ser colocados

z

Page 4: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Registro de Imagens

Para que duas imagens sejam perfeitamente coincidentes no espaço é necessário que sofram um tipo de transformação espacial conhecido por registro. O registro se faz necessário para realizar uma análise multitemporal, sobrepondo imagens de datas diferentes, juntar imagens adjacentes para a montagem de um mosaico, sobrepor imagens de sensores diferentes (Crósta, 1992).

É importante, contudo, fazer uma distinção clara entre registro e correção geométrica. O processo de correção geométrica de imagens elimina as distorções geométricas sistemáticas introduzidas na etapa de formação das imagens, enquanto o registro apenas usa transformações geométricas simples (usualmente transformações polinomiais de 1o e 2o graus) para estabelecer um mapeamento entre coordenadas de imagem e coordenadas geográficas.

Page 5: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Técnicas de Realce de Imagens

As técnicas de realce têm como objetivo melhorar a visualização da cena. Dentre as técnicas podemos destacar:

Manipulação de contraste - consiste em procedimentos que através de modificação da forma do histograma, ampliam o contraste da imagem.

Filtragem espacial - resultará numa uniformização dos níveis de cinza da cena.

Transformações de imagens - visa melhorar a visualização dos objetos de interesse. Envolve a manipulação de múltiplas bandas, imagem multiespectral ou duas ou mais imagens da mesma área adquiridas em datas diferentes,

imagem multitemporal.

Page 6: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Manipulação de Contraste Histograma - é um gráfico que representa a distribuição estatística dos níveis de cinza

em uma cena em termos de freqüência de ocorrência de pixels para cada valor digital (0 a 255), por exemplo.

Ampliação de Contraste - após identificar o nível de cinza mais alto e mais baixo da imagem, por exemplo 70 e 150, a técnica ampliação de contraste irá ampliar o intervalo da cena para variar entre 0 e 255, o que resultará em um aumento do contraste.

Page 7: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Transformações de Imagens

Diferentes bandas de dados multiespectrais, geralmente possuem alta correlação e portanto, contém informações similares. A transformação por componentes principais (B) é utilizada para reduzir a dimensionalidade dos dados, ou seja, concentrar as informações contidas em diferentes canais em um menor número de dimensões.

Um tipo de imagem transformação é a imagem subtração (A), onde se aplica uma simples operação aritmética. É geralmente usada para identificar mudanças que ocorreram entre imagens coletadas em datas diferentes. A imagem subtração é muito utilizada para mapear mudanças no desenvolvimento de áreas urbanas e para identificar áreas onde ocorreu desmatamento.

B

A

Page 8: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Imagem NDVI (Normalized Difference Vegetation Index)

O comportamento espectral de uma vegetação verde e sadia mostra um evidente contraste entre a região do visível, especificamente do vermelho, e do infravermelho próximo. Em geral, quanto maior o contraste entre o comportamento espectral nestas duas regiões do espectro, maior vigor vegetativo na área imageada.

É uma medida específica de abundância de clorofila e absorção de luz, mas também é muito usada para quantificar a biomassa da vegetação.

NDVI=IVprox-Verm.\IVprox+Verm.

Page 9: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

http://metart.fao.org/

Barbados

NDVI

Page 10: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Modelo Linear de Mistura Espectral

É uma ferramenta de processamento digital de imagens que permite separar as contribuições espectrais de cada objeto dentro de um pixel, a partir de um conjunto de componentes puros da imagem.

ri= a*vegei + b*soloi + c*sombrai + ei

ri é a resposta espectral do “pixel” na banda i

a, b e c são as proporções de vegetação, solo e sombra (ou água)

vegei, soloi sombrai são as respostas espectrais dos componentes vege, solo e sombra

ei, é o erro na banda i

Page 11: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Imagem TM 3R, 4G e 5B

Imagem fração solo

Page 12: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Restauração

Pode-se dizer que a imagem digital é uma cópia borrada da cena, dado que os detalhes vistos na cena são suavizados, devido às limitações do sensor.

A idéia de restaurar a imagem é reduzir este efeito de borramento, e portanto obter uma imagem realçada.

A correção é realizada por um filtro linear. Os pesos do filtro de restauração são obtidos a partir das características do sensor, e não de forma empírica como é feito no caso dos filtros de realce tradicionais. Neste caso, o filtro é específico para cada tipo de sensor e banda espectral.

Este tipo de processamento é recomendado para ser realizado sobre a imagem original sem qualquer outro tipo de processamento

Page 13: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Imagem Landsat -TM5 30 m Imagem restaurada 10 m

Page 14: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Técnicas de Classificação Digital

A classificação digital de imagens tem como objetivo associar para cada pixel da imagem um significado real. Quando essa operação é efetuada para todos os pixels de uma determinada área, o resultado é um mapa temático com a distribuição geográfica de temas (vegetação, solo, área urbana, etc.)

As técnicas de classificação digital podem ser divididas em:

Classificação supervisionada

Classificação não-supervisionada

Page 15: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Classificação Supervisionada

O analista está em constante interação com o sistema de análise. Para que seja possível realizar uma classificação supervisionada é necessário obter amostras de treinamento, as quais representam o comportamento médio das classes que deverão ser mapeadas automaticamente.

Normalmente, as amostras de treinamento são selecionadas a partir de conhecimento prévio que o analista tem da cena.

Page 16: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Classificação Não-supervisionada

Para as classificações não-supervisiondas, o analista tem pouco controle sobre a separação entre as classes. Além disto, ele não precisa preocupar-se com a homogeneidade das amostras.

Os pixels nas áreas de treinamento são submetidos a algoritmos de grupamento (clustering), que determinam o agregamento natural dos dados.

Uma das vantagens da classificação não-supervisionada é que ela não requer, do analista, um conhecimento prévio da área de estudo.

Page 17: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Segmentação de Imagens

A segmentação é o processo que permite que uma imagem seja subdividida em partes constituintes ou regiões, a partir de propriedades dos pixels, tais como nível de cinza e textura (Hussian, 1991).

Limiar de similaridade: é o valor mínimo abaixo do qual duas classes são consideradas similares e agrupadas em uma única região.

Limiar de área: menor valor de área (em pixel) para que uma região seja separada de outra

Page 18: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Técnicas de Análise Visual

Os objetos podem ser diferenciados pela cor (imagens coloridas) ou pelas variações de tonalidades ou nível de cinza (imagens preto e branco). Mas as cores ou os tons de cinza irão variar conforme o comportamento espectral de cada alvo.

Além das cores dos objetos, estes podem ser diferenciados pela forma, textura e pelo contexto ou associação entre eles. Por exemplo, pela textura e pela forma é possível diferenciar áreas de reflorestamento de áreas florestais.

Page 19: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Experiência do Fotointérprete

Deve estar relacionada a três parâmetros básicos:

Conhecimento do problema

Conhecimento da técnica

Conhecimento da região

Page 20: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Exemplos de Aplicações de Sensoriamento Remoto

Mapeamento de vegetação aquática

Mapeamento de culturas e previsão de safras

Mapeamento dos tipos de vegetação

Mapeamento de desmatamentos

Estratificação de áreas urbanas

Mapeamentos de áreas de risco para determinadas endemias

Page 21: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Identificação dos Tipos de Plantas Aquáticas

Imagem RADARSAT

Imagem LANDSAT TM

Fusão das Imagens Radar-TM

FONTE: Graciani, 2003

Page 22: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Estudos de Uso do Solo (mosaico)

Page 23: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Monitoramento de Desmatamentos

1973

Imagens LANDSATRondônia

INPE\OBT

Page 24: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

1991

INPE\OBT

Page 25: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

1999

INPE\OBT

Page 26: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Estudos de Áreas UrbanasSatélite de alta resolução, IKONOS. Imagem da cidade de São José dos Campos.

Cedida por Madalena Niero. INPE\DSR

Page 27: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Aplicação na Agricultura Entre as aplicações na agricultura, as imagens de satélite e aéreas

podem ser utilizadas para mapear e classificar tipos de culturas; monitorar práticas agrícolas; realizar previsões de safras.

Câmera CCD do satélite

CBERS-2. Região de

Ribeirão Preto

Page 28: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Aplicação na Epidemiologia

O uso das técnicas de sensoriamento remoto permite relacionar índices de ocorrência de doenças e características do homem e seu ambiente, o que possibilita observar exatamente a área geográfica e determinar como os fatores físicos (rios, montanhas, vegetação) podem influenciar na disseminação ou controle de uma doença.

Para que isso seja possível, é importante conhecer a ecologia do transmissor da doença para:

a)identificar que determinantes ambientais podem estar relacionados com sua abundância;

b) definir a escala de detecção; c) analisar determinantes ambientais passíveis de detecção a partir das

imagens de satélites; d) analisar a validade dos dados orbitais mediante informações obtidas in situ.

Page 29: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Referências

NOVO, E.M.L.M. (1988). Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. São José dos Campos: INPE.

ULABY, F.T.; MOORE, R.K.; FUNG, A.K. (1981). Microwave remote sensing: active and passive. Reading Mass: Assison-Wesley. v.1.

CLINE, B.L. (1970). New eyes for epidemiologists, aerial photography and other remote sensing techniques. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.92, p.85-89.

ROBERTS, D.R.; RODRIGUES, M.H. (1994). The Environment, remote sensing, and malaria control. Annals New York Academy of Sciences, New York, p.396-402.

GRACIANI, S.D. (2003). Determinação da cobertura de macrófitas aquáticas em reservatórios tropicais. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 11., 2003, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: INPE. 1 CD-ROM.

MOREIRA, M.A. (2003). Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. UFV, 2 ed.

http://www.cbers.inpe.br http://www.eduspace.esa.int/eduspace/main.asp

http://www.ccrs.nrcan.gc.ca/ccrs/learn/tutorials http://lagavulin.ltid.inpe.br:1905/col/dpi.inpe.br/lise/2002/03.25.17.22.28/doc/mirror.cgi http://www.engesat.com.br/satelites/orbview.htm http://www.geoexplore.com.br/proimg0.asp

Page 30: Técnicas de Processamento de Imagens Digitais

Sites Interessantes

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