Tecnologias de Produção Mais Limpa na Suinocultura Brasileira · (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono dia 28 maio 2015

Tecnologias de Produção Mais Limpa na Suinocultura Brasileira

Cleandro Pazinato Dias

[email protected]

O que é uma Produção Mais Limpa?

Uso racional da água

Uso racional da ração

Conclusões

O QUE EU VOU APRESENTAR?

O que é uma Produção Mais Limpa (P+L)?

O QUE EU VOU FALAR?

Mais Limpa= Menos poluente Produzir carne suína poluindo menos Vantagens para a produção (ISO 14001- Gestão Ambiental )

Reduz o consumo de matéria-prima, energia e água, reduz custos de produção, resíduos e emissões.

USO RACIONAL DA ÁGUA

Quais são os três gastos que temos com a água? 1º Gastamos para ter (captar, armazenar ...)

Fonte: Fazenda Mano Júlio – MT

(visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono em 2 jul. 2015).


Quais são os três gastos que temos com a água? 2º Gastamos para consumir

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/agrisustenta/2015/04/09/a-energia-limpa-agora-vem-dos-porcos/

http://lubing.com.br/site/index.php/produtos/suinos/


Quais são os três gastos que temos com a água? 3º Gastamos para tratar

Fonte: Granja Pizzato – SC (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono em 26 maio 2015).

Fonte: Fazenda Seis Amigos – MT, 30 jun. 2015.

Visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono.


Os três gastos que temos com a água: - Gastamos para ter (captar, armazenar ...) - Gastamos para consumir - Gastamos para tratar

http://www.popmundi.com.br/vidaeestilo/dicas-de-economia-como-terminar-o-mes-com-dinheiro/

Quanto estamos gastando...?

Quanto estamos economizando...?


Principais formas de desperdício de água: Bebedouros

http://www.opresenterural.com.br/caderno.php?c=5&m=90


Principais formas de desperdício de água: Excesso de água de limpeza

http://www.bayeravesesuinos.com.br/scripts/pages/pt/biossegurana/higienizao/passo_a_passo/passo_2_pagina_3.php?passo=2


Principais formas de desperdício de água: Vazamentos no sistema de distribuição Infiltrações da água da chuva

http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_n3r85f3h.pdf http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/58213/1/doc113.pdf


Principais formas de desperdício de água: Bebedouros Excesso de água de limpeza Vazamentos no sistema de distribuição Infiltrações da água da chuva

Excesso no volume de dejetos (litros/dia) Alta diluição dos dejetos (baixa densidade) Variação na produção de biogás Maiores custos para tratamento Maiores custos de distribuição

Sistema de Produção de Suínos Peso Vivo

Suínos (Kg)

Consumo Água

(L/animal/dia)

Ciclo Completo (CC) - 72,9

Unidade de Produção de Leitões (UPL) - 35,3

Unidade de Produção Desmamados (UPD) - 27,8

Crechários (CR) 6 – 28 2,5

Unidade de Terminação (UT)

23 - 120 8,3

Volume diário de Consumo de Água em sistemas de produção de suínos no Estado de Santa Catarina

Fonte: FATMA- Fundação do Meio Ambiente de SC (2014, Anexo 7).


Categoria de suíno Aporte médio de água (L/d)

Leitões (15 kg) 1,5 – 2

Suíno (50 kg) 5 – 8

Suíno (90 kg) 6 – 9

Suíno (150 kg) 7 – 10

Porca em gestação 15 – 20

Porca em lactação 30 – 40

Água necessária para a produção de suínos, em função do estado fisiológico, nas diferentes fases produtivas

Fonte: Bonazzi (2001).


Categoria de suíno Vazão de água (L/min)

Leitão Maternidade 0,25 – 0,40

Suíno (até 30kg) 0,50 – 0,60

Suíno (30 - 50kg) 0,60 – 0,75

Suíno (50 150kg) 0,75 – 1,00

Gestação/Cachaço 1,00 – 1,50

Lactação 1,50 – 2,00

Vazão mínima recomendada nos bebedouros em função da fase produtiva dos suínos

Fonte: Bonazzi (2001).


Chupeta Bite Ball

Taça/Concha

ecológica

Equipamentos para a dessedentação dos suínos: Chupeta, Bite Ball e Taça/Concha ecológica.

Fonte: Tavares (2012).


Componentes do sistema de filtração da água da chuva

para dessedentação animal

Fonte: Oliveira et al. (2012).


http://pt.engormix.com/MA-suinocultura/administracao/artigos/estimativa-volume-agua-pluvial-t1302/124-p0.htm

NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DE PRECIPITAÇÃO - ( 1961 a 1990)

REGIÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANO

Norte 391,4 423,6 466,4 368,4 229,5 106,9 101,1 82,2 84,0 159,0 214,8 314,6 2799

Nordeste 75,1 104,3 164,7 187,1 154,3 135,0 122,4 64,7 50,1 44,8 38,9 54,4 1195

Sudeste 206,6 144,3 139,5 89,5 60,1 39,4 40,5 37,7 66,6 120,9 167,0 216,2 1328

Sul 161,8 162,8 143,7 113,5 120,6 117,0 112,8 117,3 138,9 153,4 134,2 154,1 1630

CO 250,6 210,8 199,2 113,3 53,3 21,0 16,6 24,1 66,0 148,5 203,2 249,9 1564

Precipitação média mensal (mm) de 30 anos para as regiões do Brasil


Dados das Normais Climatológicas. Precipitação média mensal (mm) de 30 anos para as regiões do Brasil Fonte: INMET (Adaptado RAMOS; SANTOS; FORTES, 2009).

Comparativo de atendimento da demanda de água pela captação da chuva na produção de suínos nas diferentes

regiões do Brasil


Fonte: O autor.

Sistema de captação da água da chuva instalado no telhado de uma granja de suínos

Fonte: Granja Pizzato – SC

(visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono em 26 maio 2015).


Sistema de captação da água da chuva, filtros e cisterna

Fonte: Granja Thomazzoni – SC. (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono dia 28 maio 2015 28 maio 2015).


Sistema de captação da água diretamente do corpo de água, processo documentado/licenciado via outorga

Fonte: Fazenda Mano Júlio – MT (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono em 2 jul. 2015).


Hidrômetro para mensuração do volume de água captado do corpo de água

Fonte: Fazenda Mano Júlio – MT (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono em 2 jul. 2015).


Medir consumo!

Extração de água do aquífero subterrâneo. Hidrômetro para mensuração do volume de água utilizado

na granja e sistema de cloração de água




Medir consumo!

Pavilhão de engorda com lâmina d’água




Sistema de captação de água da lagoa de dejetos: Utiliza a água residual oriunda do próprio

tratamento de dejetos exclusivamente no sistema de limpeza das canaletas de dejetos.




Reuso da água


Fonte: Cooperativa Agroindustrial Frísia

potável potável reuso

USO RACIONAL DA RAÇÃO

http://www.opresenterural.com.br/noticias.php?n=1638

70-80% custo de produção

% excreta? Granja Pizzato – SC


Pontos fundamentais: Qualidade das matérias-primas Formulação adequada Produção da ração Transporte da ração Fornecimento da ração Digestão/absorção dos nutrientes

http://www.opresenterural.com.br/noticias.php?n=1638

REDUZIR % excretado

Variáveis de desempenho Médias D.P. Mínimo Máximo

Peso entrada (kg) 22,65 1,42 15,61 27,65

Nº suínos por lote entrada 668,87 340,06 102,00 2393,00

Peso de saída (kg) 116,75 5,01 98,81 137,81

Duração da engorda (dias) 107,39 4,15 93,00 120,00

Número suínos saída 652,87 328,53 98,00 2316,00

Consumo total ração/suíno (kg) 229,78 12,94 181,47 280,68

Consumo diário ração (kg) 2,14 0,10 1,82 2,50

Ganho total peso/suíno (kg) 94,10 5,03 75,69 113,26

Ganho de peso diário (kg) 0,88 0,05 0,72 1,03

Índice de conversão 2,45 0,12 2,13 2,86

Mortalidade (%) 2,24 1,31 0,00 10,69

SILVA; AGOSTINI; GASA (2015) – SINSUI DADOS NÃO PUBLICADOS

Desempenho crescimento/terminação

1533 lotes, 216 granjas de crescimento/terminação vinculadas a quatro cooperativas do estado do PR, totalizando 1.024.044 suínos alojados entre 2010-2012.

Dietas* Dieta 1 Dieta 2 Dieta 3 Dieta 4

Milho (%) 56,44 57,37 57,79 67,67

Farelo de soja (45%) (%) 36,60 35,66 35,24 25,02

Óleo de soja (%) 4,40 4,37 4,36 3,98

L-Lisina (%) – 0,03 0,041 0,351

DL-Metionina (%) – – 0,0018 0,074

L-Treonina (%) – – – 0,109

L-Triptofano (%) – – – 0,022

L-Valina (%) – – – 0,105

Outros (%) 2,56 2,57 2,57 2,67

Total (%) 100,0 100,00 100,00 100,0

Proteína bruta da ração (%) 21,00 20,67 20,53 17,20

Nitrogênio (%) 3,36 3,31 3,28 2,75

Redução do nitrogênio (%) – 1,48 2,38 18,15

Efeito da formulação com L-lisina, DL-metionina, L- treonina, L-triptofano e L-valina, sobre a redução do

nitrogênio da dieta.


Fonte: Ribeiro e Oelke (2013) *Dietas formuladas para porcas com 220 kg de peso vivo, com uma leitegada ganhando aproximadamente 2,8 kg/dia de peso (ROSTAGNO et al., 2011). 1A quantidade de proteína bruta final da ração foi de 20,53% conforme proposto por Rostagno et al. (2011). 2A quantidade de proteína bruta final da ração foi de 17,2% (NRC, 1998; NUNES et al., 2006).

Conceito de alimentação por fase

Fonte: Martínez-Ramírez, Oliveira e Gracioli (2014). Conceito de alimentação por fase, ilustrando a mudança contínua nos níveis nutricionais requeridos (% da diet) os níveis nutricionais constantes em uma alimentação de três fases e os períodos onde suínos são alimentados abaixo dos requerimentos.


Fase de gestação com arraçoamento manual, perdas de ração

Fonte: Master Nutrição Animal (2015).


Fase de gestação com arraçoamento automatizado, perdas de ração

Fonte: Dias, Silva e Manteca (2014).


Fase de gestação com arraçoamento manual e comedouro linear, perdas de ração



Fase de gestação com arraçoamento manual em comedouros auxiliares, redução das perdas de ração



Fase de gestação com comedouro e bebedouro e individual, redução das perdas de ração e água


Fonte: Cooperativa Agroindustrial Frísia

Sistema de alimentação eletrônica: fêmea consumindo ração dentro do túnel de alimentação

Fonte: PigTek Mannebeck (2014).


Alternativas tecnológicas


Proteína ideal (aminoácidos sintéticos)

Programas alimentares por fases

Alimentação eletrônica (fase gestacional)

Enzimas

Minerais orgânicos

Ractopamina

Imunocastração

Restrição alimentar

Sistema de Produção de Suínos Massa suínos (Kg)

Volume Dejetos (L/animal/dia)

Ciclo Completo (CC) - 47,1

Unidade de Produção de Leitões (UPL) - 22,8

Unidade Produção de Desmamados (UPD) 16,2

Crechários (CR) 6 – 28 2,3

Unidade de Terminação (UT) 23 - 120 4,5

Volume diário de dejetos líquidos (Litros/animal/dia) produzido em sistemas de produção de

suínos no Estado de Santa Catarina.

Fonte: Fundação do Meio Ambiente (2014, Anexo 7).


QUAIS SÃO AS CONCLUSÕES?

O que é uma Produção Mais Limpa?

Uso racional da água

Uso racional da ração

Conclusões

OBRIGADO

Cleandro Pazinato Dias

[email protected]

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Tecnologias de Produção Mais Limpa na Suinocultura Brasileira · (visita realizada pela equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono dia 28 maio 2015