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leandromarques2009
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O Tabaco e a Fecundidade O tabaco tem uma influência directa sobre a fertilidade.
As mulheres fumadoras, incluindo as expostas ao fumo
passivo, necessitam mais de 1 ano para engravidar (mais de
54% que as não fumadoras).
A FSH (harmónio estimulante folicular) estimula o
amadurecimento do Folículo de Graaf do ovário e a secreção
de estrogénios, aumenta em mais 66% nas fumadoras e 39%
nas fumadoras passivas relativamente às não fumadoras.
Os ciclos menstruais são inferiores a 28 dias. A produção
de heterogéneos diminuem.
Alguns dos constituintes químicos do tabaco
interferem com a divisão das células germinativas
(efeito encontrado também a nível dos
espermatozóides).
Fumar está associado a um maior risco de aborto
espontâneo.
Talvez por um efeito sobre o aumento das vaginoses,
verifica-se um aumento dos abortos tardios e de parto
prematuro.
Estudo epidemiológico da Dra. Ana Aroso,
ginecologista e obstetra, identificou que o consumo
de tabaco durante a gravidez causa a diminuição da
produção de espermatozóides em filhos de mulheres
fumadoras.
Fumar tem efeitos directos sobre a reactividade da
frequência cardíaca fetal. Este efeito tem de ser tido
em conta na interpretação do registo cardio-
tocográfico da vigilância do bem estar fetal ante
natal.
O TABACO E A GRAVIDEZ
São conhecidos mais de 4000 químicos na
composição do tabaco.
Os mais prejudiciais são a nicotina, o monóxido de
carbono (CO) e o cianeto de hidrogénio.
A nicotina causa vasoconstrição com diminuição da
circulação placentar contribuindo para a hipoxia
(Deficiência de oxigénio nos tecidos) fetal.
A afinidade da hemoglobina é 200 vezes maior para
o monóxido de carbono que para o oxigénio,
reduzindo a libertação de oxigénio nos tecidos
maternos e fetais.
Estes efeitos implicam o atraso do crescimento
intra-uterino dos fetos das mães fumadoras.
Alguns carcinogéneos do tabaco atravessam a
placenta tendo uma acção sobre o desenvolvimento
fetal, independentemente do número de cigarros
fumados.
TRATAMENTO NAS
GRÁVIDAS FUMADORAS
Aconselhar as grávidas a deixar de fumar, se for
necessário ajudar com a prescrição de Bupropiona.
Se for impossível a suspensão do uso do tabaco por
causa do síndrome de abstinência é preferível usar
pastilhas ou adesivos de nicotina.
É indicado marcar consultas com frequência para
monitorizar a suspensão do tabaco e verificar o apoio
imprescindível da família e amigos.
FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ
Filhos de mães que fumaram 20 ou mais cigarros
durante a gravidez têm maior tendência para a
dependência da nicotina ao longo da vida do que os
filhos de mães que não fumaram durante a gravidez.
Fumar afecta a função fertilizante das mulheres e
diminui as suas possibilidades de engravidar.
Ter em atenção, pois cada vez mais mulheres
desejam ter filhos depois dos 35 anos de idade.
CAPACIDADE REPRODUTIVA
DA MULHER
As mulheres que fumam têm uma menopausa
precoce.
Esta ocorre, em média, por volta dos 47 anos nas
fumadoras e depois dos 49 nas não fumadoras.
As fumadoras têm problemas uterinos mais
frequentes do que as não fumadoras.
EFEITOS DO TABACO NO FETO
Diminuição do oxigénio entregue ao feto. Pois o
oxigénio que deveria passar da mãe para o
filho, perde lugar para o monóxido de carbono que
está no fumo do cigarro, e essa falta de oxigénio
prejudica o desenvolvimento do feto.
A placenta fica prejudicada pelas substâncias do
fumo e o sangue que chega ao feto é também menor,
pois o cigarro aumenta a liberação de catecolaminas
que tem efeitos de diminuir o fluxo de sangue que
chega ao bebé.
Assim, falham alguns nutrientes que o bebé
necessita para se desenvolver.
Alguns estudos mostraram que o cigarro liberta
substâncias tóxicas ao cérebro do feto, o que pode
trazer lesão motoras e de aprendizagem.
Um único cigarro, é capaz de acelerar os
batimentos cardíacos do feto, devido aos seus efeitos
no aparelho cardiovascular do bebé.
Imagine os efeitos de vários cigarros durante a
gravidez.