Tema: Povo de Deus em Missão · 2020-01-26 · muito positivo e conforme os ensinamentos do Papa e da Igreja no Brasil. Podemos afirmar, com sinceridade: "O Plano é nosso!”. O

Tema: Povo de Deus em MissãoTema: Povo de Deus em MissãoTema: Povo de Deus em Missão

“A paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu vos envio” (Jo 20, 21)

AR LO 2T 0S 1A 9P - O 2N 0A 2L 2P

Plano Pastoral 2019 - 202202

APRESENTAÇÃO

Caros Irmãos e Irmãs em Jesus Cristo,Temos o prazer e a grata satisfação de apresentar aos fiéis e ao povo

da Diocese de Nova Iguaçu o novo Plano Pastoral Diocesano, que vigorará a partir da Festa de Cristo Rei de 2018 até a Festa de Cristo Rei do ano de 2022.

O texto, como é costume de nossa Igreja Particular, foi longamente preparado e estudado.

Inicialmente, no segundo semestre de 2017, nas Comunidades, Paró-quias e Regionais, foi feita uma avaliação do Plano Pastoral anterior e foram pedidas sugestões e propostas para o novo Plano Pastoral. A Comis-são Central da Assembleia Diocesana do Plano Pastoral reuniu-se e, fazen-do tesouro das reflexões enviadas pela base, percebeu que todas as ins-tâncias diocesanas concordavam em que deveríamos continuar com as Quatro Urgências anteriores, acrescentando uma que tratasse da Ação Sociotransformadora da Sociedade. Assim, a Comissão elaborou a primeira minuta, que foi apresentada, a partir do mês de Agosto, ao Grê-mio da Assembleia, composto pelos Bispos, Padres, Diáconos, Consagra-dos e Coordenadores Diocesanos das Pastorais, Movimentos, Serviços e Associações e dois representantes de cada Paróquia, com Assessoria do senhor Névio Fiorin, numa primeira sessão.

Com as novas contribuições oferecidas pelo Grêmio, a Comissão Cen-tral elaborou uma segunda minuta, também submetida ao Grêmio, que, novamente, apresentou diversas sugestões.

Mais uma vez, a Comissão Central se reuniu e preparou uma terceira minuta, que foi apresentada aos membros do Grêmio, no dia 9 de Outubro de 2018. Surgiram várias contribuições e sugestões. Finalmente, o texto, em sua elaboração completa, foi aprovado por unanimidade dos presen-tes, tornando-se, assim, oficialmente, o Novo Plano Pastoral da Dioce-se de Nova Iguaçu, que, agora, está ao alcance de todos.

Deste modo, pelo exposto acima, dois sentimentos invadem nosso coração.O primeiro: agradecer a quantos colaboraram em sua construção, sob a batuta da Coordenação Pastoral Diocesana. Foi um trabalho longo e minu-cioso, que exigiu o esforço e a paixão amorosa de todos. Não veio de umas poucas pessoas iluminadas. Sempre se procurou que refletisse o pensa-mento e o zelo pastoral de todos aqueles que desejaram contribuir. E isto é muito positivo e conforme os ensinamentos do Papa e da Igreja no Brasil. Podemos afirmar, com sinceridade: "O Plano é nosso!”.O segundo: fazer um apelo convicto, a fim de que, juntos, possamos colo-cá-lo em prática. De fato, o texto é bom (perfeito só Deus!), pois se desen-volve, seguindo três passos importantes e valiosos: fundamentação Bíblica e Magistério da Igreja; propostas a serem alcançadas; meios e ferramentas para concretizar os objetivos. Aqui, lembramo-

nos do Mestre: Jesus afirmava que “não bastam boas intenções, e, sim, realização de obras de bem, para que o Reino de Deus possa acontecer”.Deste modo, vamos todos, Ministros Ordenados e Leigos, assumir, com fé, coragem e em comunhão, este Plano, que deve ser por nós estudado, refletido e praticado. Urge que seja conhecido por todos os fiéis e "mastiga-do" pelos Conselhos Comunitários, Paroquiais, Regionais, Diocesano e por todas as Pastorais, Movimentos, Serviços e Associações, a fim de que, real-mente, seja colocado em ação, trazendo muitos frutos em prol da evangeli-zação, conforme a Palavra de Jesus: "Que todos tenham vida e vida em abundância".

Que o Deus do amor e da misericórdia, pela intercessão deNossa Senhora da Piedade e de Santo Antônio, continuedando-nos luz, força e ousadia, a fim que nossa Diocese

seja luz, sal e fermento à "sofrida e amada Baixada".

Dom Luciano BergaminBispo Diocesano

Dom Gilson Andrade da SilvaBispo Coadjutor

03Plano Pastoral 2019 - 2022

04 Plano Pastoral 2019 - 2022

No processo de Assembleia Diocesana, estamos a fim de propor urgências, objetivos e metas que se tornarão o próximo Plano Diocesano de Pastoral. Como Diocese, procuramos conhecer e praticar a Palavra de Deus que revela a ação Dele, sempre nova e atual. Igualmente nos esfor-çamos para manter a fidelidade aos ensinamentos autênticos da Igreja, expressos pelo Concílio Vaticano II, pelos Papas, pelo Catecismo, pelas Conferências da América Latina e Caribena, pelas Diretrizes da CNBB e pela caminhada concreta de nossa Igreja Particular.

São imensos os desafios que a Diocese enfrenta para ser real-mente “Igreja do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, encarnada na vida e realidade atuais da Baixa-da. Ventos fortes e ondas enor-mes nos ameaçam, tentando nos desviar do “essencial”: a vida e as atitudes de Jesus de Naza-ré. Por isso, desejo, brevemente, recordar algumas marcas que nunca poderemos perder, caso contrário, nos tornaremos uma instituição qualquer ou uma ONG, um sal sem sabor e uma lâmpada apagada.Igreja: Povo de Deus - Corpo de Cristo - Templo do Espírito

Santo - Sacramento visível de salvação -. (Concílio Vaticano II). Deus nos salva não de maneira individual, e sim comunitária, onde todos somos filhos e irmãos, com a mesma dignidade, embora com funções diferentes e complementares. A alma da Igreja é o Espírito Santo; por isso, “tudo é graça e de graça” e devemos ter gratidão. Esta gratidão se estende aos milhares de pessoas que nos precederam e plantaram a boa semente do amor nesta terra.Igreja Orante - A Liturgia é a fonte e o ponto alto de nosso encontro com o Senhor, portanto, necessitamos preparar com capricho e celebrar bem a Palavra de Deus, os Sacramentos, valorizando o Domingo e as Solenida-des. A Religiosidade Popular tem seu grande valor. Porém, cuidemos para que o “devocionismo exagerado” não substitua a autêntica manifestação dos mistérios divinos.Igreja Comunhão - Nossa comunhão é principalmente com Deus Pai, por Jesus Cristo no Santo Espírito. Em seguida, é com a Igreja Católica (uni-versal), com o Papa Francisco, com a CNBB e com o Leste 1 e continua

“TRAÇOS ECLESIAIS FUNDAMENTAIS QUENOSSA DIOCESE NÃO DEVE PERDER”


entre nós: Bispos, Padres, Diáconos, Consagradas (os), Leigos (as). Nos-sos relacionamentos devem estar marcados pela fraternidade e colabora-ção, nunca pela oposição e competição. Precisamos assumir as orientações diocesanas com fidelidade e empenho. Cuidado para não pecarmos por omissão, ou por sermos uma “igreja paralela que vai por sua conta”. Fofo-cas, calúnias, pessimismo e “leva e traz” prejudicam e matam!Igreja Organizada - Nossa estrutura Diocesana se alicerça sobre dois polos:a) Comuidades Eclesiais de Base, Paróquias, Regionais e Diocese;b) Comissões Pastorais, Movimentos, Serviços e Associações. Para um bom funcionamento e entrosamento são indispensáveis os Conselhos Pastorais e Administrativos (Comunitários, Paroquiais, Regionais e Diocesanos).

Desta maneira é possível alcançar a participação do laicato, valorizando os talentos de cada pessoa. Atenção para não criar grupos fechados, intransigentes e que se consideram “puros”. É urgente abrir espaço e dar formação para novas lideranças leigas!Igreja Ministerial - A Diocese, nos seus 58 anos, valorizou e valoriza os Ministérios Ordenados (Presbiterais e Diaconais) e os Não Ordenados (Lai-cais), entendidos não como cargos de poder e autoritarismo, e sim como serviços amorosos. Temos necessidade de “clérigos”, porém, não pode ser “clericalizada”. É fundamental uma formação sólida inicial e permanente, neste sentido o Seminário Paulo VI, e outras iniciativas prestam um exce-lente apoio. É recomendável que ninguém se “perpetue” num Ministério, a fim de evitar os “donos” disto ou daquilo... Igualmente é preciso entender que os Ministérios não se limitam à dimensão litúrgica. Cada vez mais é urgente abrir espaços a Ministérios novos ligados à dimensão social da Igre-ja. Necessitamos orar e trabalhar mais pelas vocações sacerdotais e consa-gradas (somos poucos!), mas, também, pelas vocações laicais (de casais e de solteiros). Merecem um destaque especial a presença e a ação das mulheres na vida de nossa Diocese. São dignos de louvor e deve aumentar o número de fiéis que, com competência e honestidade, se dedicam a car-gos públicos nas diversas esferas da sociedade.Igreja Evangelizadora e Missionária - Estamos a serviço do Reino de Deus, anunciando a todos a vida nova que Jesus trouxe à humanidade, por isto, precisamos investir mais na Iniciação à Vida Cristã, no estilo catecu-menal, conforme a proposta catequética elaborada pela nossa Comissão. Notamos com preocupação a visível diminuição de catequizandos crianças, adolescentes e jovens. O impulso forte dado pelo Papa Francisco a não ser-mos “Igrejas fechadas e sim Igrejas em saída” deve mexer conosco para nos animarmos mais com entusiasmo, procurando novos caminhos e méto-dos, e abrindo-nos mais para sermos comunidades com cunho bíblico, missi-onário e ecumênico. Para tanto, a base se encontra no amor à Palavra de Deus, na prática do amor fraterno e no respeito às diversas crenças.


Igreja Solidária e Misericordiosa - O povo da Bai-xada Fluminense sempre viveu com enormes dificul-dades pelo descaso do Poder Público e pela maldade de grupos prepotentes e gananciosos. Infelizmen-te, ainda hoje, estas realidades continuam. Por isto, em nome do Evangelho, nossa Diocese preci-sa continuar a ter a dimensão do Bom Samaritano, para se aproximar dos que necessitam: famílias,

jovens, excluídos, pobres, doentes etc. O clima de desemprego, insegurança, violência e corrupção, sobretudo pelo mercado assassino das drogas e armas, chega diariamente aos nossos ouvidos e corações. Precisamos dar continuidade às Obras Assistenciais, de Promoção Humana e à concretização das Políticas Públicas. Fortalecendo a Comissão Dio-cesana de Caridade, Justiça e Paz,

que reúne diversas entidades e grupos, poderemos ser “sal, luz e fermento” em

nossa Sociedade. A cidadania, como expres-são concreta da busca do bem comum para todos, é parte integrante de nossa fé e postura cristã. Ai de nós se transformarmos nossa fé numa reali-dade individualista, espiritualista e distante da prática da vida.Igreja da Esperança - Apesar de tantos desafios e sofrimentos, nossa Diocese nunca deverá perder a dimensão da Esperança que nos vem da certeza da presença do Senhor Ressuscitado: “Não tenhais medo, pequeno rebanho, sou eu e estou convosco!”. Por outro lado, acredita-mos que existem muitas pessoas de bem, católicas e de outras religiões, que desejam uma Baixada mais justa, fraterna e pacífica. Reconhecemos, no meio de uma infinidade de sinais de dor, injustiça e morte, também tan-tos outros sinais de fé, solidariedade e vida, particularmente, entre as pes-soas mais humildes e santas, por isto:

Corações ao alto! Com a santa cara de pau,mangas arregaçadas e sandálias aos pés.

É a nossa vez de colaborar na história viva da Diocese.O Senhor e o povo esperam isto de nós!

Obrigado e bom trabalho para todos,com as bênçãos de Deus.

Dom Luciano Bergamin, CRL


A comunidade missionária experi-menta o que o Senhor tomou como ini-ciativa, precedeu-a no amor (Jo 4,10), por isso, ela sabe ir a frente, sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e che-gar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. (EG 24)

Objetivo Geral da Ação Evangelizadora

da Igreja no Brasil 2015-2019Evangelizar com alegria, celebrando a fé viva em nossas Comunidades Eclesia-is de Base, perseverando na Comunhão Fraterna, na Palavra de Deus, na Oração e na Eucaristia, motivando a ação dos discípulos missionários de Jesus Cristo, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo.

Amados irmãs e irmãos!Depois de escutar as nossas Comunidades, através da realização das

Assembleias Comunitárias, Paroquial e Regional, o que possibilitou uma avaliação de nossa caminhada, estamos encaminhando as propostas de ação, em vista da construção de nosso Plano Diocesano de Pastoral. À luz da Palavra de Deus, das orientações dos documentos da Igreja e de um olhar sobre nossa realidade, propomos cinco grandes urgências para serem trabalhadas pelos próximos quatro anos, em vista da conversão da Paróquia:- A conversão da Paróquia em comunidades de comunidades consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado perma-nente de missão. Isso implica revisar a atuação dos Ministros Ordenados, Consagrados e Leigos, superando a acomodação e o desânimo. O discípulo de Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos (doc 100 p. 13).

IGREJA: COMUNIDADE DE COMUNIDADESIGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO

IGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA FAMÍLIAIGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE

IGREJA E EVANGELIZAÇÃO E AÇÃO SÓCIO-TRANSFORMADORA

TEMA: POVO DE DEUS EM MISSÃO

“A paz esteja com vocês!Assim como o Pai Me enviou, Eu Vos envio” (Jo 20,21)


Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados. Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação. Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém. (1 Pedro 4:8-11)

De acordo com o Documento de Aparecida, as paróquias “são células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial. São cha-madas a ser casa e escola de comunhão”. Os Bispos sugerem que as Paróquias se transformem “cada vez mais em comunidade de comuni-dades”. (Doc 100,138).

A grande Comunidade, praticamente impossibilitada de manter os vínculos humanos e sociais entre todos, pode ser setorizada em grupos menores. A Paróquia descentraliza seu atendimento e favorece o aumento de líderes e ministros leigos e vai ao encontro dos afastados. Não se deixa a referência territorial das Comunidades maiores, mas criam-se novas uni-dades sem tanta estrutura administrativa. (Doc 100, 244).PISTAS DE AÇÃO1. Que em cada Paróquia existam e funcionem os Conselhos Comuni-tários, Paroquiais e o Conselho Administrativo Paroquial, a partir do Estatu-to da Diocese.. Avaliar, motivar e cobrar a participação dos diversos representantes das pastorais, movimentos e associações;. Priorizar nas reuniões dos Conselhos, a Formação e Capacitação dos Con-selheiros, levando-os a conhecer melhor os documentos diocesanos.. Escolher pessoas que tenham capacidade de participação ativa e arti-culação.. Apresentar ao Conselho Administrativo Paroquial, regularmente, a pres-tação de contas de forma transparente.2. Valorizar a Dimensão Humana que possibilite um melhor relaciona-mento entre as pessoas, em vista da comunhão eclesial e da ação evangeli-zadora.. Criar entrosamentos, que possibilitem o autoconhecimento e o relaciona-mento de uns com os outros.. Valorizar a dimensão humana e espiritual dos membros da comunidade, com a ajuda de profissionais, visando o cuidado com as palavras, a acolhi-da as pessoas, sem imposição, para que todas as forças vivas da Paróquia

IGREJA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES

IGREJA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES

tenham comunhão entre si.3. Que as Comunidades tenham sempre presente o Plano Diocesano de Pastoral, que nos identifica como uma Igreja particular, em comunhão com o Papa e a Igreja no Brasil.. Que as Paróquias, com suas Comunidades, estudem o Plano Pastoral, para que o mesmo chegue até as bases.. Que a cada ano se faça uma avaliação do Plano de Pastoral nos âmbitos Paroquial, Regional e Diocesano.4. Valorizar a Formação Bíblica, a fim de que a Palavra de Deus seja o centro de animação da vida da Igreja.. Realizar a Reflexão da Palavra de Deus em todos os encontros.. Revitalizar a Formação Bíblica e os Círculos Bíblicos para uma maior apro-ximação dos fiéis com a Palavra de Deus.. Cultivar Grupos de Leitura Orante da Palavra de Deus.. Valorizar a Celebração da Palavra, possibilitando a participação e a criati-vidade de todos.. Realizar o estudo do Livro Bíblico proposto pela CNBB.5. Desenvolver a Formação de novos Coordenadores e Lideranças à luz da Palavra de Deus e do Magistério atual da Igreja.. Criar equipes Diocesana e Regionais que dinamizem a Formação dos Leigos.6. Que seja valorizado o Conselho Regional como instância de articu-lação pastoral e de expressão da Igreja local em cada Município.. Rever a metodologia e a dinâmica das reuniões nos âmbitos Regional e Diocesano.. Definir o que cabe a cada instância dos Conselhos.

IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO

Jesus nos chamou a sermos hoje seus discípu-los e suas discípulas na Diocese de Nova Iguaçu com a missão de anunciar com palavras e ações as Boas Notícias da Salvação na realidade da Baixada. Quan-do chamou os primeiros discípulos Ele os enviou com a missão de ser “luz do mundo e sal da terra” (Mt 5,13-14).

Nossos Bispos nos lembram no Documento 105: “Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vive para si mesmo. Sua mis-são é sair de si, iluminar, se doar, dar sabor e se dissolver” (13). Desde o primeiro momento quando os reuniu em comunidade Jesus “Reco-mendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado... mandou que andassem de sandálias



e que não levassem duas túnicas” disse também que entrassem nas casas e permanecessem, mas respeitando a liberdade dos moradores da casa (Mc 6, 8-10) e os advertiu: “Eis que envio vocês como ovelha no meio de lobos” (Mt 10,16)

A Paróquia tem a maravilhosa ocasião de responder às grandes neces-sidades de nossos povos. “Para isso, tem que seguir o caminho de Jesus e chegar a ser a boa samaritana como Ele” (DA 176).

“As Comunidades Eclesiais de Base tem sido escolas que têm aju-dado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e mis-sionários do Senhor, como testemunha da entrega generosa, até der-ramar o sangue de muitos de seus membros” (DA 178 ) O sequestro de Dom Adriano e o Martírio da Irmã Filomena são fatos que comprovam a fideli-dade da Diocese à missão que recebemos de Jesus através do Batismo.PISTAS DE AÇÃO1. Avançar nos temas da Missão, através da Formação Missionária, nas dimensões Espiritual, Pastoral e Social.. Utilizar, adaptar e criar subsídios de formação missionária, utilizando fer-ramentas de evangelização e dinamização missionárias para as diversas idades e situações.2. Criar o COMIPA (Comissão Missionária Paroquial) em todas as Paróquias e valorizá-lo onde já existe, em vista a uma ação concreta para conversão Pastoral e Missionária.. Que o COMIDI (Comissão Missionária Diocesana) seja dinamizado com a participação dos representantes Regionais, criando subsídios de Formação Missionária, animando Paróquias e fortalecendo Grupos Missio-nários, em vista da unidade Diocesana.3. Ir ao encontro das pessoas e das realidades diversas, como con-domínios, escolas, universidades, valorizando as capelanias ambientais, e ser presença solidária e fraterna da Igreja Samaritana nos diversos ambi-entes, tais como: hospitais, presídios, periferias e cemitérios, de acordo com a realidade local.. Fortalecer onde há e criar onde não há a Pastoral da Saúde e da Espe-rança.. Sinalizar os locais de evangelização e missão, mantendo as igrejas aber-tas por mais tempo.. Fazer visitas missionárias às famílias em seus momentos de dor e de alegria.. Valorizar os Profissionais da Educação, trabalhando com eles, a fim de que se tornem Agentes de Animação Missionários e Culturais em seus res-pectivos ambientes de trabalho.4. Melhorar a Dimensão Missionária na vivência religiosa, principal-mente, nas Festas dos Padroeiros, na Campanha da Fraternidade, na Qua-resma, no Mês Vocacional, no Mês Missionário e no Advento, promovendo eventos Paroquiais também nas Comunidades.

10



IGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA FAMÍLIA

Existe uma infinidade de Movimentos que desen-volvem trabalhos relacionados à evangelização, cons-cientização e, até mesmo, de reestruturação das famí-lias, porém, jamais poderá perder de vista a centrali-dade da sua missão, que é levar as famílias a um encon-tro mais íntimo com o Senhor.

Com efeito, o próprio mistério da família cristã só pode se compreender plenamente à luz do amor do Pai, que se manifestou em Cris-to entregue até ao fim e vivo entre nós. “Por isso, quero contemplar Cristo vivo que está presente em tantas histórias de amor e invocar o fogo do Espírito sobre todas as famílias do mundo”. (Amoris Laeti-tia, nº 59).

Num só corpo há muitos membros, e esses membros não tem todos a mesma função. O mesmo acontece conosco, embora sendo muitos, forma-mos um só corpo em Cristo, e, cada um por sua vez, é membro dos outros. Mais temos dons diferentes, conforme a Graça concedida a cada um de nós”. (Rm 12, 4 - 6).PISTAS DE AÇÃO1. Que seja criada a Pastoral Familiar em todas as Paróquias da Dioce-se com ajuda e orientação da Comissão Diocesana.. Que a Pastoral Familiar organize encontros formativos com a presença de quatro pessoas por Paróquia, para que sejam multiplicadoras da mesma.. Que os multiplicadores tenham a responsabilidade e o comprometimento de formar a Pastoral Familiar.. Que os representantes paroquiais, que realizam a Formação Diocesana,

. Fazer a Festa do Padroeiro Paroquial com atividades em todas as Comunidades.. Valorizar a preparação da Festa dos Padroeiros das Comunidades com atividades nos ambientes onde menos estamos presentes.5. Favorecer e valorizar a Vivência da Fé em pequenos grupos.. Revitalizar os Círculos Bíblicos com a presença pastoral junto às famíli-as, promovendo uma “Igreja em saída”.. Cuidar, especialmente, dos grupos de Iniciação à Vida Cristã.6. Utilizar os Meios de Comunicação como ferramentas indispensá-veis na Evangelização e Dinamização Missionárias.. Que se formem Agentes de Comunicação em toda a Diocese, a serviço da evangelização.. Que o subsídio que se encontra na Revista Caminhando, tenha uma dinâmica missionária que favoreça e anime todos os fiéis.



sejam responsáveis em se reunir com os catequistas dos sacramentos, para orientá-los e ajudá-los na corresponsabilidade dos pais na formação humana, cristã, vocacional e social de seus filhos.2. Que os Movimentos que desenvolvem trabalhos com casais (ECC, ACC, Encontros Familiares, etc) integrem-se à Pastoral Familiar Dioce-sana.3. Presença da Pastoral Familiar na preparação da vida sacramental (Batismo, Eucaristia, Crisma e Matrimônio), com trabalho efetivo de acom-panhamento, após a celebração dos sacramentos.. Orientar as famílias, para que se preocupem com a formação humana, cristã, vocacional e social de seus filhos.4. Valorizar e trabalhar a Semana da Família em todas as comunida-des da Paróquia, refletindo os temas propostos no livro “Hora da Família”.. Trabalhar a Semana da Família, também, nas casas.. Favorecer a Oração do Terço, a devoção das capelinhas e as bênçãos das famílias e das casas.5. Avançar no cuidado pastoral em relação à segunda união e a situações especiais: pessoas solteiras, pais separados, Pastoral da Diversidade, pesso-as viúvas, idosas e outras situações.6. Conscientizar sobre os males do abuso do álcool e do cigarro, valori-zando os grupos AA, NA e Pastoral da Sobriedade e evitando a venda de bebidas alcoólicas nos eventos da Igreja.

IGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE

“Jesus, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Mestre, onde moras? Ele res-

pondeu: Vinde e vede. Foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele aquele dia” (Jo 1,38-39).

A juventude mora no coração da Igreja e é fonte de renovação da sociedade. Os jovens de todos os tempos e lugares buscam a felicidade. A Igreja conti-nua olhando com amor para os jovens, mostrando-

lhes o verdadeiro Mestre — Caminho, Verdade e Vida — que os convida a viver com ele. Jesus envia a Igreja ao mundo para dar continuidade à sua obra. “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça. “Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa-Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: o com a cultura pós-moderna.PISTAS DE AÇÃO1. Dar espaço aos jovens, para que sejam ouvidos, tornando-se pro-tagonistas da Ação Evangelizadora, incentivando a presença e ação deles

SETORJU

EV NTUDE

IGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA FAMÍLIA

12


nos Ministérios e nos diversos Conselhos Pastorais e Municipais.. Que o Clero, os Consagrados e as Consagradas e as lideranças tenham

formação permanente, para dar apoio e incentivo à juventude, que partici-pa ou não da vida da Igreja.. Que a Igreja se preocupe em estar presente, com ação pastoral, nos espa-ços onde os jovens se encontram: escolas, universidades, trabalho, cultu-ra, lazer, entre outros. . Que haja investimento efetivo, inclusive financeiro, em projetos para a juventude.2. Intensificar a Formação de Assessores adultos que tenham sensi-bilidade, proximidade e estejam atualizados com os anseios dos jovens.3. Fortalecer o Setor Juventude Diocesano com a participação de todas as expressões juvenis, respeitando-se o modo de ser de cada movi-mento.. Que o Setor Juventude se torne um espaço de comunhão, ajudando as diferentes expressões juvenis a se unir na comum-missão da evangeliza-ção de jovens.. Que se faça uma revisão da metodologia do DNJ, fortalecendo o Pré-DNJ nos Regionais, sendo necessárias a renovação e a atualização destes momentos.4. Conceder atenção especial à Adolescência nas diversas dimensões formativas.

5. Promover, em todos os âmbitos da vida da Diocese, a Cultura Voca-

cional, valorizando e apoiando as iniciativas propostas pelo Serviço de Ani-

mação Vocacional.

. Que Junho se torne o Mês Vocacional Diocesano para melhor trabalhar as

Vocações.. Que o Setor Juventude valorize e incremente a Pastoral Vocacional e o

Sacramento da Crisma, por meio de formação e espiritualidade, incentivando os jovens a assumir Ministérios e Serviços na Comunidade e na Sociedade.6. Favorecer a formação do jovem como sujeito da Igreja e da Sociedade, por meio de formação humana, espiritual, cultural, esportiva, política, entre outras.. Possibilitar Subsídios de Formação para os jovens nas Paróquias e Regio-nais.

. Oferecer aulas de instrumentos musicais, abrindo os espaços das Comu-

nidades para atividades diversas.7. Realizar, anualmente, a Assembleia da Juventude, a partir das contribuições dos documentos da CNBB e do Sínodo.

IGREJA E EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE



Então os justos lhe perguntarão: "Senhor, quan-do foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi estrangei-ro e te acolhemos, nu e te vestimos? E quando é que te vimos doente ou na cadeia, e fomos visitar-te?' E, res-pondendo, o Rei lhes dirá: 'Eu lhes garanto: Todas as vezes que vocês fizeram isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizeram'. (Mt 25, 37-40).

Quando encontro uma pessoa a dormir ao relento, em uma noite fria, posso sentir que este vulto seja um imprevisto que me detém, um delinquente ocioso, um obstáculo no meu caminho, um aguilhão molesto para a minha consciência, um problema que os políticos devem resolver e talvez até um monte de lixo que suja o espaço público. Ou então posso reagir a partir da fé e da caridade e reconhecer nele um ser humano com a mesma dignidade que eu, uma criatura infinitamente amada pelo Pai, uma imagem de Deus, um irmão redimido por Jesus Cristo. Isto é ser cristão! Ou poder-se-á porven-tura entender a santidade prescindindo deste reconhecimento vivo da digni-dade de ser o ser humano? (Gaudete et Exsultate, 98).

“O fato de ser discípulos-missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos tenham vida n’Ele, leva-nos a assumir, evangelicamente, e, a partir da perspectiva do Reino, as tarefas prioritárias que contribuem para a dignifica-ção do ser humano e a trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem do ser humano. O amor de misericórdia para com todos os que vêem vulnerada sua vida em qualquer de suas dimensões, como bem nos mostra o Senhor em todos os seus gestos de misericórdia, requer que socor-ramos as necessidades urgentes, ao mesmo tempo que colaboremos com outros organismos ou instituições para organizar estruturas mais justas nos âmbitos nacional e internacional. É urgente criar estruturas que consolidem uma ordem social, econômica e política na qual não haja iniquidade e onde haja possibilidade para todos. Igualmente, requerem-se novas estruturas que promovam uma autêntica convivência humana, que impeçam a prepo-tência de alguns e que facilite o diálogo construtivo para os necessários con-sensos sociais.” (DA 384).PISTAS DE AÇÃO1. Compreender, a partir da vida e missão de Jesus, que a Ação Social é parte integrante e essencial da evangelização, permeando todas as dimen-sões eclesiais (Ministros Ordenados, Consagrados, Leigos, Agentes de Pasto-rais e Movimentos, Associações e Serviços).. Favorecer a Formação de todos os Agentes, em vista de uma conscientiza-ção social de toda Igreja.2. Fortalecer a Comissão Diocesana da Caridade, Justiça e Paz com

Plano Pastoral 2019 - 2022 19

a presença dos Regionais.. Que esta Comissão se faça presente nos Conselhos Regionais.3. Incentivar os Diáconos a participar da animação do Ministério da Cari-dade e das Pastorais Sociais, nos âmbitos Paroquial, Regional e Diocesano.. Fortalecer na Formação Diaconal conteúdos sobre a Doutrina Social da Igreja, para que os Diáconos colaborarem com as Pastorais Sociais.4. Valorizar as Pastorais Sociais existentes, as obras sociais diocesa-nas, a CÁRITAS e o Centro de Direitos Humanos (CDH) e as pequenas ações realizadas no cotidiano.. Elaborar um levantamento social nas Paróquias e propor ações a fim de responder às novas necessidades, procurando agir com prudência diante da violência generalizada, sem nos deixar paralisar pelo medo.. Preparar um folder que esclareça os trabalhos de cada Ação Social.5. Promover, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igre-ja, a formação de grupos de estudo e ação ligados à Fé e Cidadania.. Criar uma Comissão que proporcionará materiais de estudo a ser utiliza-dos pelos Regionais, Paróquias e Comunidades.6. Assumir, com empenho, os temas da Campanha da Fraternidade e do Dia do Pobre em todas as instâncias diocesanas.7. Abrir-se a parcerias, com Igrejas, entidades e grupos comprometidos com a ética, e que estejam orientados pelos mesmos ideais em favor da sociedade do bem viver para todos.8. Incentivar, preparar e acompanhar cristãos na participação dos Conselhos Municipais e Estaduais e também na participação em âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.9. Cuidar, com atenção, da nossa Casa Comum, desenvolvendo ações concretas, em prol da vida no Planeta.


666

REGIÃOREGIÃO1010

REGIÃO10

Documents

Tema: Povo de Deus em Missão · 2020-01-26 · muito positivo e conforme os ensinamentos do Papa e da Igreja no Brasil. Podemos afirmar, com sinceridade: "O Plano é nosso!”. O