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temposemanal Terça-feira :: 22 de Maio de 2010, Ano 08, Nº 396, 1$ Director :: Mário Gama Directores adjuntos :: Júlio Babo e Belina Mendes Design e paginação :: seday

Alkatiri pede a Xanana para não provocar a FretilinO secretário-geral do partido da FRETILIN, Mari Alkatiri, pediu ao primeiro-ministro Kay Rala Xanana Gusmão para não provocar o partido da FRETILIN com discursos mentirosos como os que fez na consulta pública do Plano Estraté-gico de Desenvolvimento Nacional.

O seminário, que contou com a par-ticipação de membros do Parlamento Nacional, membros do Governo, da sociedade civil, estudantes e membros da comunicação social, teve como ob-jectivo dar início a um diálogo nacional que visa encontrar a melhor maneira de gerir a riqueza petrolífera de Timor-Leste, aproveitando os conhecimentos dos peritos nacionais e internacionais.

Alkatiri rejeita as declarações do PM Xa-nana durante a consulta do PEDN, onde disse que ele cancelou um projeto de au-toestrada que iria de Com em Lautém até Mota Ain em Bobonaro, porque havia indi-

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Os principais temas discutidos foram: o impacto do petróleo na economia doméstica, os investimentos no Mer-cado Financeiro Internacional e as consequências das diferentes opções de investimento, no futuro, do Fun-do de Petróleo de Timor-Leste. Para muitos países em desenvolvimento, o petróleo tem produzido um impacto

Identidade nacional — Contributos para o debate sobre a língua portu-

guesa em Timor-Leste

“Eu não acredito que Xanana me tenha acusado” Alkatiri >> 04

Poemas >> 11

Mundo assinala 65 anos de Suu Kyi

Colaboração com o Programa de Assistência Petrolífera da Noruega

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Alkatiri rejeita as declarações do PM Xanana durante a consulta do PEDN, onde disse que ele cancelou um proje-to de autoestrada que iria de Com em Lautém até Mota Ain em Bobonaro, porque havia indicação de corrupção.

De acordo com Alkatiri não há projeto de autoestrada entre o Gov-erno de Timor-Leste e o Governo do Kuwait, há apenas um estudo. E no próprio estudo o governo não gastou nenhum centavo.

O Presidente de Timor-Leste, José Ra-mos-Horta, disse hoje que a segurança do país “depende sobretudo da classe política, que tem de ser mais prudente nos seus discursos inflamatórios”.

Em declarações aos jornalistas à margem das comemorações do oi-tavo aniversário da restauração da in-dependência. Ramos-Horta apontou como uma das prioridades da jovem nação consolidar a segurança, re-sponsabilizando alguns políticos por focos de instabilidade.

“A segurança não depende apenas do policiamento, mas sobretudo da classe política e da elite social que tem

destaque

Alkatiri pede a Xanana para não provocar a Fretilin

Chefe de estado adverte políticos de que devem conter discursos Inflamatórios

02• terça

“Não há programa ou projeto para uma autoestrada de Com a Mota Ain, há um estudo. Isto nunca se tornou num projeto no meu tempo. Nunca ninguém assinou nada para ser pro-jeto, isto é um estudo prévio que eles fizeram e não gastaram nenhum cen-tavo de Timor. Eles próprios é que fiz-eram o estudo, “disse Alkatiri ontem numa conferência de imprensa, na sala da bancada da FRETILIN no Parla-mento Nacional.

Por este motivo, ele considera que o PM Xanana está confuso e depois acusa as outras pessoas.

Ele pede ao PM Xanana para pro-curar um bom assessor para ele, em vez de chamar um assessor que lhe faz sempre confusão.

“Na minha cabeça isto está certo, por isso, é melhor procurar um bom as-sessor, não precisa de me provocar. Para falar é melhor dizer a verdade, não pode mentir ao povo, isso não está certo”, de-clarou Alkatiri.

“No meu tempo mesmo, quando fui para o Kuwait eu recusei a assinar porque ainda não havia uma con-clusão, não assinei nada até eu sair, ou até quando o Dr. Ramos Horta foi primeiro-ministro, ele é que foi ao Ku-

“No meu tempo mesmo, quando fui para o Kuwait eu recusei

a assinar porque ainda não havia uma conclusão”

de ser mais prudente nos seus discur-sos”, disse.

“Instigam os seus adeptos uns contra os outros. Alguns políticos têm aprendido e outros não. Continuam com esses discursos inflamatórios, mas, felizmente, ao contrário de cer-tos líderes, o povo é mais prudente e, com a sua sabedoria, sabe-os punir nos actos eleitorais”, comentou.

Ramos-Horta não deixou de as-sinalar que a segurança melhorou, com poucos incidentes graves e a criminalidade baixa, mas observou que não se pode ainda dizer que es-teja consolidada.

“Enquanto não tivermos uma força policial totalmente profissionalizada e de confiança no seu comportamento é difícil dizer que está consolidada”, disse.

Segundo o Presidente da Repúbli-ca, ao fim de oito anos, os desafios que Timor-Leste enfrenta “continuam os de sempre: a luta contra a extrema pobreza, a redução do desemprego e maior apoio à Educação”.

“Temos uma população bastante jo-vem e numerosa, com crescimentos de-mográficos dos mais elevados do mun-do, e isso significa que é preciso maior investimento na Educação, na Saúde e nas infraestruturas”, referiu.

Os navios-patrulha encomendados à China por Timor-Leste deverão chegar quarta feira ao porto de Díli, fundean-do frente ao Palácio do Gover-no, no dia em que se comemora a restaura-ção da independência timorense.

A cerimónia de entrega formal dos novos navios-patrulha pela empresa chinesa Poly Tecnologies Inc deverá ter lugar a 11 de junho, data em que será feito o batismo das duas embar-cações e em que será realizada uma

Navios patrulha aguardados no dia da restauração da independência

Surik Lenon

Júlio Dinis

O secretário-geral do partido da FRETILIN, Mari Alkatiri, pediu ao primeiro-ministro Kay Rala

Xanana Gusmão para não provocar o partido da FRETILIN com discursos mentirosos como os

que fez na consulta pública do Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional.

Mariano Cruz

wait em serviço, e aí ele pediu a minha opinião, e eu disse que não devia as-sinar nada. Porque precisa de se fazer uma avaliação para este estudo”, disse Alkatiri.

Alkatiri disse que ele ouviu que o PM Xanana é que assinou um acordo com o Governo do Kuwait, mas que ele não sabe o conteúdo deste acordo.

“Quando nós recebemos o relatório do CVA, depois é que eu ouvi que o primeiro-ministro Xanana foi ao Ku-wait para assinar, e eu ouvi também que assinou um documento, eu não sei, e eu não quero mentir”, afirmou Alkatiri.

Mas Alkatiri acrescentou que este acordo não é válido porque o PM Xa-nana assinou apenas numa língua.

“No Kuwait quem assina tem que assinar em Inglês e na língua Árabe, se não assinar nas duas línguas, então, to-dos os documentos não têm validade”, disse Alkatiri.

Por isso, ele diz que ele próprio que liderou o I Governo Constitucio-nal e Horta que liderou o II Governo Constitucional, e ainda Estanislau que liderou o III Governo Constitucional não assinaram o projeto para a au-toestrada.

Ele acrescentou ainda que o PM Xanana diz que se perderam $8 mil-hões, mas, PM Xanana, para que pro-jeto se perderam?

Anteriormente, o PM Xanana infor-mou na sua consulta do PEDN que, da parte dele não concorda com o plano de se fazer a autoestrada de Com a Batugade, pois, ele acha que talvez possa haver corrupção aí.

“Na minha cabeça isto está certo, por isso, é melhor procurar um bom assessor, não precisa de me provocar. Para falar é melhor dizer a verdade, não pode mentir ao povo, isso não está certo”, declarou Alkatiri.

“No Kuwait quem assina tem que assinar em Inglês e na língua Árabe, se não assinar nas duas línguas, então, todos os documentos não têm validade”, disse Alkatiri.

“Instigam os seus adeptos uns contra os outros. Alguns políticos têm aprendido e outros não. Continuam com esses discursos inflamatórios, mas, felizmente, ao contrário de certos líderes, o povo é mais prudente e, com a sua sabedoria, sabe-os punir nos actos eleitorais” Ramos Horta

Segunda, 11Janeiru 2010 Numeru II - Tinan IV - 2010 50 Centavos

AmeerahHaqSeiHala’oNiniaKna’arIhaTLDili - Ameerah Haq to’oona iha Timor Leste nosei hala’o nia serbisuhanesan Reprezentanteespesiál husi SekretáriuJerál Nasaun Unidas ni-an iha Timor Leste Am-eerah Haq mós foin da-udaun ne’e serbisu nu’-udar reprezentante es-pesiál ba Adjuntu Sekr-etáriu Jerál nian iha Su-daun no mós nu’udarkoordenadór rezidenteno koordenadór uman-itária Nasoins ..P>15

Manufahi-Tinan barakona estudante husi EskolaPrimária Motaquela hal-a’o prosesu aprendizajeniha situasaun difisil nia la-ran, maibé liu husi projetupakote referendu (PPR)ne’ebé IV Governu Kons-titusionál oferese ba em-prezáriu lokál sira bele foanin fresku ba komunid-ade liu ba estudante EPMotaquela, tanba konst-rusaun eskola ne’ebé ha-la’o husi emprezáriu lokáliha Distritu Same belefasilita ona estudante siraAfonso da Costa xefe daEP Motaquela..P>15

PPRHadi’aEskola fóAninFreskubaEstudante

Foto/adeVise Primeiru Ministru ba Asuntus Administrasaun noVoagovernasaun Eng. Mario Viegas Carrascalao hatudu bajornalista dokumentus indikasaun maladministrasaun, avuzupoder, nepotizmu, koluzaun, korrupsaun nebe mosu ihaministeriu sira iha governu AMP nia laran.

Dili, Tempo SemanálIstoria moruk Soeha-

rto nian kona-ba pekadukorrupsaun mesmu aninhuu moos ba daudaunona husi povu Indoneziania oin maibé anin huumai soe hela iha ilha ki’ikTimor-Leste nian ne’ebéesperitualmente hakribitebetebes pekadu korru-psaun. Klaru katak maio-ria sidadaun timor oanhakribi moras at ne’e, m-aibé laos ema tomak hak-

ribi tanba sei iha ema balune’ebé hetan daet morasne’e no agora sira sikat anhaleu Primeiru MinistruKay Rala Xanana Gusm-ão.Normalmente, laiha e-ma ida berani hafoer PMXanana nia naran, maibése PM pasivu demais has-oru korruptor sira makaPM rasik liu-liu governa-nte to’o familia PM nianbalu mak sei tau iha kauzaPM Xanana, ninia digni-dade Sinal kona-ba..p>4

Mario la Hatene $18 JutaTama Bolsu Familia PM

NEWMACHLdaKonsideraTenderMinaEDTLIhaManipulasaun

Dili, Tempo SemanálMaski Governu liu husi

Diresaun Nasionál deAprovizionamentu fó saiona rezultadu tenderiza-saun projetu Suplay minaba Eletrisidade de TimorLeste (EDTL) ne’ebé ident-ifika kompañia EsperansaTimor Oan (ETO) sai han-esan vensedor, maibé de-

sizaun ne’e hetan protestano kritika makas husi em-prezáriu sira seluk, tanbadeskonfia iha indikasaunmanipulasaun ba prosesuselesaun dokumentu s.

Kestaun ne’e sai duv-ida ba públiku, tanba emabalu hahú dehan lideransabalu envolve iha prosesufó projetu..P>8

NewSRSGArrives ToDiliDili- Today AmeerahHaq arrived in Dili to takeup her post as the specialrepresentative of thesecretary general of theunited nations in timor

leste. Ms Haq Mostrecently served asdeputiy specialreprenstative of thesecretary general insudan as wel as theunited nations residentcoordinator andhumanitarian ..P>8

MSSTenkeFotiDadus Foun

Dili - Bazeia ba programaIV Governu konstitusio-nál ne’ebé trasa planu liuhusi Ministériu Solida-riedade Sosiál (MSS) hodifó subsídiu ba ferik katuassira, maibe realidade ke-staun ne’e hamosu preku-pasaun makas husi kom-unidade sira iha suku Ba-ha Mori tanba ekipa husiMinisteriu SolidaridadeSosial (MSS) ne’ebé ba fo-ti dadus to’o agora seida-uk foti hotu tanba..P>14

DezastreNaturais:Populasaun2000 EvakuabaGMTDili-Maiske ekipa inter-vensaun husi MinistériuSolidariedade Sosiál (MS-S) liu husi Diresaun Jest-aun Dezastre Naturais se-rvisu ho hamutuk Minist-ériu Infraestrutura PNTL,Falintil-FDTL, Bombeirusno Seguransa Sivíl, hodihala’o prevensaun ba ak-ontesimentu hirak ne’e,maibé sempre akontesedezastre Naturais..P>13

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Mari Alkatiri

Navios de patrulha encomendados à China

FRASE

temposemanal

•0312 de Maio 2010

parada militar com guarda de honra.Os dois navios que o governo de

Timor-Leste encomendou à República Popular da China pertencem à classe

“Shangai III”, com autonomia de até 700 milhas e capazes de operar por longos períodos em alto mar.

As duas embarcações vão permitir melhorar o patrulhamento marítimo, reconhecido como vulnerável, sobre-tudo dentro da Zona Económica Ex-clusiva timorense, onde têm sido ref-erenciadas actividades de pesca ilegal.

Os dois novos navios, que vão re-forçar a frota da componente naval das Forças de Defesa de Timor-Leste,

têm uma tripulação de 36 marin-heiros, que receberam formação na República Popular da China, nome-adamente nas áreas de eletrónica e mecânica naval, além de treino naval.

O objetivo da compra dos dois navios é fornecer meios à compo-nente naval das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), para controlar o Mar de Timor.

Segundo foi revelado pelo Chefe de Estado-Maior General das F-FDTL,

Navios patrulha aguardados no dia da restauração da independência

Os dois navios que o governo de Timor-Leste encomen-dou à República Popular da China pertencem à classe “Shangai III”, com autonomia de até 700 milhas e capazes de operar por longos períodos em alto mar.

O objetivo da compra dos dois navios é fornecer meios à componente naval das Forças de Defesa de Timor--Leste (F-FDTL), para controlar o Mar de Timor.

O primeiro ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse hoje que o Governo “vai continuar a dotar as Forças Ar-madas, e em particular a sua componente naval, dos meios necessários para assegurar a sua integridade territorial.

Xanana Gusmão falava na entrega oficial às For-ças de Defesa (F-FDTL) de dois navios-patrulha encomendados à China, referindo diretamente no seu discurso as reservas com que a Austrália encarou a operação.





















Os dois navios que o governo de Timor-Leste encomendou à República Popular da China pertencem à classe “Shangai III”, com autonomia de até 700 milhas e capazes de operar por longos períodos em alto mar.

general Matan Ruak, os novos barcos vão permitir a Timor-Leste desenvolver a cooperação em patrulhas conjuntas de segurança marítima, com os países vizinhos, e também no mapeamento hidrográfico e oceanográfico.

Navios de patrulha encomendados à China

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MUNDO

temposemanal

Portugal e Timor-Leste assinaram um

aditamento de reforço ao protocolo de

cooperação entre os ministérios da Justiça.

“Recebemos muito apoio de Portugal e penso que devemos continuar com essa boa cooperação e, ainda mais, reforçar dentro das áreas específicas que o Governo de Timor-Leste pre-tende realizar, nomeadamente, sobre a polícia de investigação criminal”, disse Lúcia Lobato, Ministra da Justiça de Timor-Leste.

Segundo o ministro da Justiça por-tuguês, Alberto Martins, o encontro com a ministra timorense “possibili-tou estender um protocolo de coop-eração que existe, estabelecendo a regularidade das comunicações entre

O secretário-geral do partido Fretilin, durante uma conferência de imprensa na sede do partido em Comoro, que ele não acredita que Xanana Gusmão o tenha acusado dizendo que ele mandou incendiar o escritório da alfândega em 2006, mas que foi uma mera invenção do STL.

“Se ela (a declaração de Gusmão) tivesse sido feita em 2007, eu pode-ria ter acreditado. No entanto, se ele disse isso em 2010, ele é um mentiro-so, porque ele teve acesso a todos os dados sobre isso”, disse Alkatiri.

Alkatiri fez a declaração depois do jornal diário Suara Timor Lorosae (STL), ter publicado na segunda-feira

Portugal e Timor-Leste, e sobretudo, corresponder ao apoio, a colabora-ção e a cooperação na área de inves-tigação criminal, o que vai ser feito com a articulação da Polícia Judiciária (PJ) no apoio às funções da investiga-

ção criminal que Timor-Leste está a desenhar.”

Lúcia Lobato referiu ainda que duas missões da PJ já estiveram em Timor-Leste, no âmbito deste protocolo. Nesta visita a Portugal manteve ainda um encontro com o director nacional da PJ, José Maria Almeida Rodrigues, e visitou ainda o centro de formação da entidade.

“Esperamos brevemente em Timor-Leste instalar a unidade da polícia de investigação criminal espe-cializada, para reforçar os trabalhos do setor da Justiça. Já temos algum

04• terça

Ministros da justiça de Portugal e de Timor-Leste reforçam cooperação

“Eu não acredito que Xanana me tenha acusado”

Nova Zelândia suporta o ingresso de Timor-Leste na ASEAN

a declaração do PM Xanana, onde este acusou a Fretilin como mais cor-rupta do que AMP e acusou Alkatiri de ter ordenado queimar a alfande-ga, em Colmera, em 2006.

“Eu não acredito que Xanana disse isso, é uma fabricação do STL e foi feita com a intenção de criar tensões entre a Fretilin e o CNRT, porque existe a possi-bilidade dos dois partidos fazerem uma coligação”, disse o ex-primeiro-ministro que foi deposto em 2006.

Ele disse que os membros da Fretilin es-tão por toda parte a participar na consulta do primeiro-ministro e as suas fontes dis-seram que não houve tal declaração do primeiro-ministro Xanana Gusmão.

“Nós (Fretilin) acompanhamos o processo porque a Fretilin está em toda parte”, disse Alkatiri.

Ele argumentou que os documentos foram totalmente protegidos e que, por-tanto, não havia nada perdido sobre os dados do Departamento da Alfândega.

Quanto à consulta do Plano Nacional de Desenvolvimento 2020, Alkatiri disse que Gusmão está realmente a fazer uma pré-campanha.

Ele disse que a consulta deveria ser feita pela sua equipa técnica, mas o seu envolvimento direto no processo é mais do que uma campanha política.

Mariana Rosa

nacional

“apoiar a iniciativa do Gov-erno, neste caso do primeiro-ministro Xanana Gusmão, em negociar com a Austrália para que o pipeline vá até Timor-Leste”.

“Esperamos brevemente em Timor-Leste instalar a unidade da polícia de investigação criminal especializada, para reforçar os trabalhos do setor da Justiça. Já temos algum trabalho feito. Agora estamos a esperar aprovação da lei para a criação desta polícia de investigação criminal, ainda este ano”, Lúcia Lobato

Zélia Gusmão

McCully fez os comentários quando o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Zacarias Albano da Costa, se reuniu com ele na terça-feira em Wellington.

McCully disse ainda que o seu gov-erno estaria preparado para fornecer suporte técnico, incluindo os recursos humanos nas áreas mais prioritárias.

O ministro da Costa e o seu homólogo McCully também falaram sobre a cooperação entre Timor Leste e a Nova Zelândia no futuro, particu-larmente, no domínio da Defesa, Se-gurança, Agricultura e Educação.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da

Nova Zelândia, Murray McCully, disse que

o seu Governo se compromete a apoiar

Timor Leste para este se tornar membro

das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Beto Ximenes

Ministra da Justiça, Lúcia Lobato





















FRASE

temposemanal

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O Secretário de Estado para a Formação Profissional e Emprego (SEFOPE), Bendito Freitas, efectuou uma visita oficial à Coreia do Sul

Programa alimentar

mundial apoia grávidas

O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai apoiar uma fábrica da empresa timorense, Timor Global, na produção de alimentos nutritivos para grávidas e lactentes.

As grávidas, lactentes e crianças com menos de cinco anos em Timor--Leste vão receber um estímulo nu-tricional, graças a uma nova fábrica de alimentos fortificados, instalada com o apoio do Programa Alimen-tar Mundial (PAM). O suplemento alimentar vai ter o nome Timor-Vita e vai ser distribuído em pequenos pacotes.

A produção local irá permitir a substituição das importações e tornar o preço dos produtos mais acesível, além de ter vantagens sobre os produtos importados congéneres quanto ao prazo de validade. Um dos problemas dos produtos importa-dos direccionados para este tipo de consumo, é que são rapidamente perecíveis devido ao longo período de transporte.

Segunda-feira começa a Cimeira Mundial da Alimentação, em Roma, e o que Sheeran descreveu à Reuters é um cenário dramático. O Programa Alimentar Mundial conseguiu apenas metade dos 6700 milhões de dólares que tinha definido como objectivo para este ano. Apesar disso, os 3700 milhões de dólares que a organização prevê obter este ano representam o segundo melhor financiamento de sempre, mas estão muito longe de ser o suficiente para colmatar a crise humanitária causada pela fome.

Este é, disse Sheeran, “um ano de escolhas difíceis”, marcado pela seca nos países do Corno de África, cheias nas Filipinas ou confrontos no Paquistão, com a fome a emergir como consequência destas situações.

A visita de Bendito Freitas à Coreia do Sul, teve como o objectivo de refor-çar a cooperação bilateral, bem como para renovar o Memorando de Enten-dimento sobre o Sistema de Entrada para Trabalhadores com o Ministério de Trabalho da Coreia do Sul, relativo ao programa de envio dos trabalha-dores de Timor-Leste para aquele país.

Durante a visita, o Secretário de Estado e a sua comitiva reuniram-se com o Presidente do Serviço de De-senvolvimento dos Recursos Humanos (SDRH) da Coreia (Human Resources Development Service of Korea), Sr. Yu, Jae Soub, para explicar a actividade de preparação dos trabalhadores de Timor-Leste, que pretendem trabal-har na Coreia do Sul. O Secretário de Estado reforçou a importância da presença do SDRH em Díli visto que, em breve, se pretende alargar a apren-dizagem da língua coreana, por parte do SEFOPE, à parte Leste e Oeste de Timor-Leste para proporcionar opor-tunidade a todos quantos queiram trabalhar na Coreia do Sul.

O Presidente da SDRH afirmou, por seu lado, que: “A SDRH tem interesse em prestar apoio aos trabalhadores timorenses na Coreia do Sul, e propor-ciona ideias relativas à preparação dos trabalhadores de Timor-Leste, impor-tantes para causar boa impressão aos Empregadores sul coreanos. Existem várias empresas que desconhecem ai-nda a existência deste Memorando de Entendimento sobre o envio de trabal-hadores de Timor-Leste”. O Sr. Yu, Jae Soub, falou, ainda, da experiência que a Coreia do Sul teve no passado, quan-do enviou os seus trabalhadores para o estrangeiro, afirmando que estes, posteriormente, vieram melhor habil-itados para desenvolver, com sucesso, o seu País. “Cabe a Timor-Leste, que dispõe de recursos naturais, o dever de administrar tais recursos e conseguir o desenvolvimento para o seu país e o bem-estar do povo”, concluiu.

O número de trabalhadores aprovados no TLC 2009 foi de 515 pessoas, estando já na Coreia do Sul 105 trabalhadores timorenses (nas áreas fabril e pescas). Está planeado o envio de mais 197 trabalhadores, que neste momento participam nas formações preliminares, na Agência de Emprego no Exterior (Overseas Employment Office), antes de avan-çarem para o TLC, após o curso da

•0512 de Maio 2010

trabalho feito. Agora estamos a es-perar aprovação da lei para a criação desta polícia de investigação criminal, ainda este ano”, disse Lúcia Lobato.

A ministra pediu ao ministro da Justiça de Portugal ajuda com técnicos e especialistas nesta área, “para fazer o projecto de lei andar para frente”, considerando que este é muito “im-portante para o país”.

“No sentido de reforçar os laços de cooperação interministerial, os signatários criam um mecanismo de

consultas mútuas, de carácter técnico e político, consubstanciado em re-uniões bilaterais de nível ministerial, a realizar com uma periodicidade mín-ima anual”, diz o texto do protocolo hoje assinado.

Sobre a polémica na exploração do campo de petróleo Greater Sunrise, Lúcia Lobato disse que vai “apoiar a iniciativa do Governo, neste caso do

primeiro-ministro Xanana Gusmão, em negociar com a Austrália para que o pipeline vá até Timor-Leste”.

A empresa australiana Woodside, que lidera o consórcio que vai explorar o campo petrolífero Greater Sunrise anun-ciou que pretende construir uma plata-forma flutuante, em detrimento de um gasoduto em território timorense.

O Governo timorense já fez saber que não aceita esta proposta e que pre-tende que seja construído um gasoduto para o seu território.

Em relação à reforma no regime eleitoral, a ministra timorense referiu que “vai chegar a altura do parlamento ter que discutir e aprovar o sistema eleitoral, talvez alterar a lei das eleições, isto é normal e pode fazer-se.”

Sobre possíveis divergências do seu partido (PSD) com o Governo timo-rense, Lúcia Lobato afirmou que “não há problemas.”

Apresentado plano para desenvolver a justiça nos próximos 20 anos

Timor-leste e Coreia do Sul reforçam cooperação bilateral

Trata-se de um documento orientador do desenvolvimento da Justiça para as próximas duas décadas, definindo várias áreas temáticas, que vão desde a formação à construção de instala-ções, passando pela consolidação das instituições, com metas definidas.

Melhorar as condições de funcio-namento dos tribunais, da Procura-doria, da Defensoria Pública, e dos serviços do Ministério da Justiça são objectivos do Plano, que, segundo a ministra da tutela, é “modelado pelos valores garantidos na Constituição do Timor-Leste, na estrutura institucional do sector de Justiça e nas aspirações e trabalho dos líderes e profissionais do sector da Justiça”.

Partindo de uma visão de “acesso à Justiça para todas as pessoas, baseado no respeito pelos Direitos Humanos e a regra da Lei”, o Plano está estruturado

Língua Coreana. Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino, uma campânula de bronze inerte, depois de tanto haver dobrado pela morte de seres humanos, chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ou-vir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham con-fiado, para aqueles que dela espera-vam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simples-mente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendas-sem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sem-pre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exacto e rigoroso sinónimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispen-sável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribun-ais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em acção, uma justiça em que se manifestasse, como um ini-ludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser hu-mano assiste.

A SDRH tem interesse em prestar apoio aos trabalhadores timorenses na Coreia do Sul, e proporciona ideias rel-ativas à preparação dos trabalhadores de Timor-Leste, importantes para cau-sar boa impressão aos Empregadores sul coreanos. Existem várias empresas que desconhecem ainda a existência deste Memorando de Entendimento sobre o envio de trabalhadores de Timor-Leste”. O Sr. Yu, Jae Soub, falou, ainda, da experiência que a Coreia do Sul teve no passado, quando enviou os seus trabalhadores para o estrangeiro, afirmando que estes, posteriormente, vieram melhor habilitados para desen-volver, com sucesso, o seu País.

Beto Ximenes

O Plano Estratégico para a Justiça foi hoje apresen-tado publicamente em Díli, pela ministra da Justiça de Timor-Leste, Lúcia Lobato, na presença de magis-trados e outros profissionais do sector.

Beto Ximenes

Esperamos brevemente em Timor-Leste instalar a unidade da polícia de investigação criminal especializada, para reforçar os trabalhos do setor da Justiça.

em áreas temáticas, com 14 metas, e para cada meta são definidas a estra-tégia, objectivo e actividades principais.

O presidente do Supremo Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes, presen-te no evento, disse que “o Plano Estra-tégico para o sector da Justiça é muito importante porque estabelece o que vai ser feito nos próximos 20 anos no sector”.

São indicados passos que têm de ser dados para a formação dos recur-sos humanos, para o desenvolvim-ento das instituições que existem e a criação de outras, como a instalação do Tribunal Superior Administrativo, Fiscal e de Contas.

Contempla também o desenvolvi-mento das infraestruturas necessárias, serviços e edifícios para alojar todo o pessoal que vai trabalhar no aparelho judiciário”, explicou.

FRASECRISE Centenas de estudantes, professores e

funcionários da Universidade Nacio-nal Timor Lorosae (UNTL) saíram hoje à rua numa manifestação para exigir a promulgação do Estatuto da Autonomia Universitária.

“Instigam os seus adeptos uns contra os outros. Alguns políticos têm aprendido e outros não. Continuam com esses discursos inflamatórios, mas, felizmente, ao contrário de certos líderes, o povo é mais prudente e, com a sua sabedoria, sabe-os punir nos actos eleitorais” Ramos Horta

temposemanal

06• terça

internacional

Mundo assinala 65 anos de Suu Kyi com apelos à sua libertação

Feridas profundas da violência no Quirguistão

Aung San Suu Kyi faz hoje 65 anos e os apelos à libertação da líder

da oposição birmanesa, mantida em prisão domiciliária, vieram de

todo o mundo: Barack Obama, David Cameron e Ban Kin-moon são

os nomes mais sonantes.

Distinguida em 1991 com o Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi é um dos presos políticos mais conhecidos em todo o mundo, com um estatuto equiparável ao de que gozou outrora o sul-africano Nelson Mandela.

Em vários países estão marcadas manifestações a pedir, uma vez mais, a sua libertação, enquanto o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon se declarava “profundamente preocu-pado” por a junta militar birmanesa ainda não lhe ter dado liberdade.

“Tenho vindo a exigir persistente-mente que todos os presos políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, sejam libertados sem condições, logo que possível, de modo a que possam par-ticipar no processo político”, disse.

David Cameron, o primeiro-ministro britânico, prometeu “fazer tudo o que seja possível” para pôr fim “à injustiça” que representa a prisão de Suu Kyi. “A in-justiça da sua detenção prolonda reflecte a injustiça a que o regime submente o seu povo e o seu país há tantos anos”, escreveu o chefe do Governo de Londres

numa carta aberta à líder da oposição birmanesa.

“A sua contínua detenção e a de mais de 2100 outros presos políticos birmane-ses é contra a lei internacional dos direitos humanos”, disse, por seu turno, o minis-tro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague.

Obama referiu-se a Suu Kyi como “o único laureado com o Nobel da Paz que se encontra detido”. Ela passou em prisão domiciliária 15 dos últimos 20 anos, em-bora com alguns intervalos de liberdade.

A coligação Free Burma organizou já ontem uma manifestação frente à embaixada birmanesa em Manila, depois de na quinta-feira o grupo de estadistas The Elders, fundado por Mandela, ter deixado simbolicamente um lugar vago para ela numa reunião efectuada na África do Sul.

A Liga Nacional para a Democracia ganhou as legislativas birmanesas de 1990, mas não foi autorizada a formar governo. Em vez disso, o partido teve de passar à clandestinidade e os militares continuaram no poder.

Diversos casos de violação foram de-tectados pelos serviços de assistência médica. Nem menores, nem grávidas foram poupados. Poderão ser cerca de um milhão os habitantes do Quir-guistão necessitados de assistência humanitária.

O número baseia-se na estimativa da representante da UNICEF, Christine Ber-tion, e inclui vítimas directas da violência, refugiados e famílias que os acolhem.

A ONU destinou um fundo de 65 milhões de dólares para assistência às vítimas dos confrontos étnicos entre quirguizes e uzbeques.

Há medida que, no terreno, se de-senvolve o trabalho das organizações de assistência, vão-se conhecendo out-ras faces da violência que ali reinou.

Diversos casos de violação foram detectados pelos serviços de assistência médica. Uma médica local afirmou que “só numa rua foram violadas mais de dez mulheres”. Os agressores não pou-param, nem menores nem grávidas.

Segundo a agência Interfax, na ci-dade de Och, onde os confrontos foram mais violentos, não se consegue ainda calcular as dimensões reais dos danos.

Em alguns bairros, onde vivem so-bretudo uzbeques, ainda há barrica-

Tenho vindo a exi-gir persistentemente que todos os presos políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, sejam libertados sem condições, logo que possível, de modo a que possam par-ticipar no processo políticoSecretário-Geral das Nações UnidasBan Ki-moon

Público

JN

Em Praga, na República Checa, foi pintado um mural para dar parabens a Suu Kyidas. Decorre ainda troca de reféns, cujo número real se sabe, mas as auto-ridades locais pensam que sejam ainda “bastantes”.

O recolher obrigatório mantém-se nas províncias de Och e Djalal-Abad até amanhã, domingo.

Os números oficiais indicam que foram 192 as vítimas mortais dos confrontos e cerca de dois mil feridos. No entanto, a presidente do Gover-no provisório do Quirguistão, Roza Otunbaieva, que ontem visitou Och, admitiu, numa entrevista ao jornal russo “Kommersant”, “que multipli-caria por dez esses números oficiais”.

Representantes das comunidades uzbeques lamentaram-se, ontem, sexta-feira, de não terem tido acesso à chefe do governo durante a sua visita a Och.

Entretanto, o filho do presidente deposto do Quirgistão, Kourmanbek Bakiev, solicitou um pedido de asilo ao Reino Unido, onde entrou no pas-sado dia 13.

“só numa rua foram violadas mais de dez mulheres”

192 as vítimas mortais dos confrontos e cerca de dois mil feridos

Violência no Quiquistão

“A sua contínua detenção e a de mais de 2100 outros presos políticos birmaneses é contra a lei internacio-nal dos direitos humanos”

FRASE

Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague sobre Suu Kyi

temposemanal

•0712 de Maio 2010

90 mortos em inundações na China

As Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) vão participar, em conjunto com fuzileiros norte-ameri-canos, no exercício “Croco-dilo” durante uma semana, anunciou hoje a Embaixada dos EUA em Díli.

As fortes chuvadas rebentaram com reservatórios, fizeram rios transbordar, causaram desabamentos de terras, cor-tes de energia e estradas danificadas.

O número de mortos pelas cheias que esta semana atingiram o sul da China subiu, hoje, sábado, para 90, enquanto cerca de 1,4 milhões de pessoas foram retiradas das regiões inundadas, devido à previsão de mais tempestades.

Cinquenta pessoas estão desapa-recidas em nove províncias e regiões do sul da China, referiu o gabinete es-tatal responsável pelo socorro.

Os níveis de água ultrapassaram os níveis seguros em dezenas de rios, in-

A Marinha dos Estados Unidos está a deslocar para o Mar de Savu o navio de assalto anfíbio USS Peleliu (LHA 5) e lanchas de desembarque do navio USS Pearl Harbor (LSD 52), que serão visíveis da costa a partir de 19 de Junho, para participarem no exercício militar conjunto.

Os soldados das F-FDTL e das For-ças de Estabilização Internacional (ISF) vão treinar com 15.ª Unidade Expedi-cionária dos Fuzileiros (MEU) dos EUA, ao longo da costa timorense, durante uma semana, no exercício designado “Crocodilo”.

Segundo o comandante da 15.ª Uni-dade Expedicionária, Roy Osborn, a re-alização do exercício conjunto oferece “potencial para futuras operações”.

“Em conjunto com os nossos par-ceiros na região, seremos capazes de realizar uma ampla gama de treino re-

JN

Levantado alerta para tsunami na Indonésia

O alerta para tsunami que tinha sido decretado na Indonésia, após um sismo de magnitude 7,2 na província de Aceh, foi levantado. O abalo provocou o pânico entre a população, mas não fez feridos, tendo apenas provocado danos numa escola em construção.

O sismo foi registado às 12h59 locais (06h59 em Lisboa) a uma profundidade de 30 quilómetros e a 66 quilómetros a sudoeste de Meu-laboh, na costa de Aceh, indicou a agência local de meteorologia e geofísica. Por sua vez, o instituto de cluindo o Rio das Pérolas, no coração

da região industrial da China.Segundo o mesmo gabinete, já foram

afectadas 5,5 milhões de pessoas pelas inundações.

O director adjunto do gabinete chinês, citado pelo jornal “China Dai-ly”, mais de 1,4 milhão de moradores foram deslocados das áreas mais baix-as desde quinta-feira.

O Centro Meteorológico Nacional advertiu para chuvas fortes até à tarde de domingo.

As fortes chuvadas rebentaram com reservatórios, fizeram rios transbordar, causaram desabamentos de terras, cor-tes de energia e estradas danificadas, é

referido no site do gabinete de socorro.O “China Daily” informou que nove

funcionários locais da Região Autóno-ma de Guangxi Zhuang tinham sido punidos por abandono da sua função no combate à inundação, incluindo um monitor de um reservatório que foi apanhado a jogar ‘poker’.

A estação chuvosa na China, que começou em Maio, segue-se à pior seca do ultimo séculos nas províncias de Yun-nan, Guizhou e Guangxi.

A seca afectou 61 milhões de pes-soas, deixando milhões de pessoas sem água potável e cinco milhões de hect-ares estéreis desde o ano passado.

geofísica norte-americano (USGS) situou a magnitude do sismo em 7,4 e a profundidade a que ocorreu em 61 quilómetros.

O sismo reavivou a memória dos indonésios de Aceh para o violento sismo de magnitude 9,3, que a 26 de Dezembro de 2004 devastou a região e uma dezena de países do oceano Índico. A Indonésia foi o país mais afectado pelo tsunami que se seguiu ao abalo, com 168 mil das perto de 220 mil pessoas que morreram.

F-FDTL participam em exercício conjun-to com marinha dos EUA

alístico, num ambiente desafiador trop-ical”, comentou o coronel Roy Osborn.

Além da formação militar, os pro-fissionais médicos e odontológicos da unidade irão a terra para ajudar os trabalhadores de saúde local na prestação de cuidados às populações.

“Os cuidados médicos são uma forma de demonstrar o compromisso dos Estados Unidos de apoio ao desen-volvimento da nação de Timor-Leste”, disse o cirurgião militar George Linville, da força anfíbia, acrescentando que “os esforços para levar assistência médica e odontológica para os cidadãos de Timor-Leste representam a melhor tradição da equipa de saúde da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais”.

Além dos cuidados de saúde, fuz-ileiros e marinheiros norte-americanos irão visitar dois orfanatos em Díli e fornec-er material para uma escola básica.

Inundações na China

A ONU lançou na sexta feira um apelo aos países doadores para um fundo de emergência de 71 milhões de dólares para ajuda humanitária ao Quirguistão. Esta ajuda visa sobretudo fazer face a uma falta de alimentos, segundo o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.

Conflito entre turcos e os curdos do PKK já fez mais de 40 mil mortos desde 1984. Os curdos exigem ser independentes no sul da Turquia.

temposemanal

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O seminário, que contou com a par-ticipação de membros do Parlamento Nacional, membros do Governo, da sociedade civil, estudantes e membros da comunicação social, teve como ob-jectivo dar início a um diálogo nacional que visa encontrar a melhor maneira de gerir a riqueza petrolífera de Timor-Leste, aproveitando os conhecimentos dos peritos nacionais e internacionais.

Os principais temas discutidos foram: o impacto do petróleo na eco-nomia doméstica, os investimentos no Mercado Financeiro Internacional e as consequências das diferentes op-ções de investimento, no futuro, do Fundo de Petróleo de Timor-Leste.

Para muitos países em desenvolvi-mento, o petróleo tem produzido um impacto adverso para a economia doméstica devido às suas caracter-ísticas. Porém, durante o seminário todos os oradores concordaram que Timor-Leste começou a sua gestão da melhor forma, tendo estabelecido instituições e mecanismos de modo a evitar esses efeitos negativos, muitas vezes apelidados de “a maldição do petróleo”. Contudo, no seminário foi ainda salientada a importância da dis-ciplina fiscal, do desenvolvimento do

capital humano e a necessidade de ter paciência de forma a que seja pos-sível alcançar os melhores rendimen-tos na diversificação da economia.

Durante o seminário foram, tam-bém, discutidos os Princípios de San-tiago, que são os princípios e práticas aceites na generalidade por todos os Estados Soberanos que possuem riqueza petrolífera em todo o mundo. Estes princípios são importantes para garantir uma boa gestão e sublinhar a transparência como um factor-chave.

O Governo de Timor-Leste tem participado activamente no desen-volvimento deste princípios que foram adoptados em Santiago em Outubro de 2008.

Realizou nos dias 10 e 11 de Maio, em Díli, um seminário

sobre a Gestão do Fundo Petrolífero de Timor-Leste.

O Ministério das Finanças, em colaboração com o Programa de Assistência Petrolífera da Noruega

08• terça

A ministra das Finanças e do Planeamento, Emília Pires, afirmou que com base na análise do recente Projeto Referendum esta indicou que US$ 2 milhões do orçamento do estado foram gastos para nada.

“Eu estou a falar com base no relatório dos resultados da equipa de trabalho do Governo e de vários técnicos dos minis-térios”, disse Pires. Pires disse que havia 808 projetos do Pacote Referendum e 17 deles tinham falta de qualidade, o equivalente a dois por cento, e isso sig-

Governo reconhece que $ 2 milhões foram gastos para nada

Mário Jerónimo

Mário Jerónimo

economia

“O que este Governo quer é trans-formar o Fundo Petrolífero num saco azul pior do que no tempo indonésio, para poder ir buscar quanto quiser e em que basta uma ordem da ministra das Finanças”, disse, em declarações à Agência Lusa.

“A própria Lei prevê a revisão, mas é preciso ver o que é que se vai rever. Os princípios que regem a Lei não”, defendeu Mari Alkatiri.

“Não se pode dizer que ainda te-mos mais, porque as gerações são infinitas, mas os recursos do subsolo são escassos e esgotam, pelo que não vale a pena fazer cálculos em termos de vinte ou trinta anos”, de-clarou o líder da FRETILIN.

Mari Alkatiri disse que não é fanáti-co por uma Lei aprovada no tempo em que foi primeiro ministro, ao ponto de estar contra a sua revisão.

Neste momento, investindo só no Tesouro norte-americano não obte-mos os três por cento que garantam a reposição do valor das reservas. Re-conheço, por isso, a necessidade de revisão da Lei para aumentar essa per-centagem e investir de forma diversi-ficada nos mercados financeiros, para aumentar o rendimento real, disse.

Já quanto ao montante a retirar do Fundo Petrolífero para desenvolver o país, Alakatiri defendeu a prudência e disse desconfiar de alguns “entusi-asmos”.

Falar em retirar 15 por cento é uma ilusão, porque nenhuma aplicação dá esse rendimento de forma a ficar ga-rantida a sustentabilidade, sustentou Alkatiri.

Concordou que é preciso investir na Educação, na Saúde, nas infraestru-turas, mas reclamou “um estudo prévio para mostrar o impacto social e económico, a médio e longo prazo”.

Os principais temas discu-tidos foram: o impacto do petróleo na economia do-méstica, os investimentos no Mercado Financeiro Interna-cional e as consequências das diferentes opções de investi-mento, no futuro, do Fundo de Petróleo de Timor-Leste.

Durante o seminário todos os oradores concordaram que Timor-Leste começou a sua gestão da melhor forma, tendo estabelecido instituições e mecanismos de modo a evitar esses efeitos negativos, muitas vezes apelidados de “a maldição do petróleo”.

Gasoduto

nificava que US $ 2 milhões foram gastos para nada. “Estou a dizer isso com base no relatório de que há 17 projetos com falta de qualidade o equivalente a dois por cento.” O valor dos dois por cento é de $2.6922,38, portanto, podemos considerar que a qualidade dos projetos não é boa, é pior”, disse Pires.

Entretanto, o deputado Manuel Til-man do KOTA disse que ele estava con-fuso com a declaração da ministra Pires porque o Para muitos países em desen-volvimento, o petróleo tem produzido um impacto adverso para a economia doméstica devido às suas característi-cas, tendo estabelecido instituições e mecanismos de modo a evitar esses efeitos negativos diretor do ministério das Infraestruturas disse que 60% dos projetos não tinham qualidade.

808 projetos do Pacote Ref-erendum e 17 deles tinham falta de qualidade

SEGUNDA, 11 JANEIRU 2010

Seguransa 13

Dili,janeiro 2010Kompania AviasaunAustasia anunsia onakatak kompania ne’easina kontratu hokompania aviasaun ruahodi fornese treinamentuba pilotu no engineriuTimor oan.

Director Gestaun Sr.Ed Turner hateten “Helikoptru Heliwest ihaAustralia sei fornesetreinamentu ba pilotuhelikoptru no Engineriuaviaun, Akademia FlyingAustralia husiUniversidade Curtin ihakolegiu Muresk Perth seifornese treinamentu ba

Austasia HakarakFo Treinamentu PilotuEngeineru ba Timor oan

pilotu kona ba loriaviaun.

Bain hira kompletatreinamentu, pilotu noengineria sira sei serviceiha operasaun aviasauniha Timor Leste. Austasiasei oferese pozisaun bapilotu no engineria wainhira sira rematatreinamentu ne’e berefere.

Austasia foin lalaisne’e submete onaproposta ba Governuhodi fo suporta baprograma treinamentune’e liu husi fornesebolsu estudu ba Timoroan.Ed Turner hateten

diskusaun mos halao onaentre agensiaDezenvolvimentu ihaTimor Leste, PalmiraPires husi intitusaun ne’esei halo asesumentu nomonitorizasaun baestudante durante siraestuda iha Australia.

Porta vos husi parteGovernu hateten batreinamentu ba pilotu noengineriu ne’e ensensialtebes hodi kobrenesesidade Aviasaun ihanasaun ida ne’e, liu liu bapersonalia aviasaun ihaindustria mina nooliu.(**)

l iu-liu komunidadene’ebé hela besik mota ni-nin hanesan foin lalais n-e’e akontese iha KapitálDili. Kestaun hirak ne’ehato’o husi Diretór Dezas-tre Naturais Francisco doRozario iha knaar fatinfoin lalais ne’e.

Nia kestiona mós kat-ak, alende sira mós fotidadus kuaze ema rihunrua (2000) ne’ebé afetaduhusi parte Metinaru, He-

ra, Dili kuaze fatin barakmós afetadu ba ida ne’enune’e mós iha loron Sáb-adu 2 Janeiru 2010 ako-ntese iha Sidade Dili han-esan Aldeia Kaikoli, Mas-karinhas, Ai-Turi laran,Lekintai, Bekuse Sentru,Bekuse Kraik, Berbidu,Bidau , Delta 3 no Bemori.

Hodi nune’e sira niaekipa tun diretamentefoti dadus no mós fó apoiuai-han no materiál hane-

san ajuda emerjénsia. Nohala’o evakuasaun ba fa-mília 103 populasaun hu-si Kaikoli no Rai Kotu baiha ‘Gedung Matahari Te-rbit’ (GMT) hetan apoiuhusi Falintil-FDTL konse-ge hala’o evakuasaun du-rante loron rua.

Sira mós hala’o koord-enasaun ho Xefe Suku noAldeia kona ba ema ne’e-bé seidauk hetan apoiuhodi nune’e sira tenkehala’o konfirmasaun. Ta-nba balun hateten seidau-k simu ajuda materiál en-taun tenke hala’o cross ce-k kona ba dadus ne’ebésira hetan apoiu. Karik si-ra nia uma hetan duni af-etadu iha verifikasaun oulevantamentu dadus ent-aun sira mós iha diretuatu simu apoiu umanitár-iu. Kona ba Distritu tuirnia iha ona estrutura Jes-taun Dezastre no montaona iha Distritu 13 ne’ebékoloka ba AdministradórDistritu ne’ebé hetan ori-entasaun diretamente hokoordenadór KomisaunDistritál ba JestaunDezastre...P>15

Dezastre. Husi Paj...............................1



Seguransa 13

















Kla'akSemanal 04 Maiu 2009 5LENO

Homework Ba PGR Foun

Bainhira halo kobertura ba work-shop nasional seitór justisanian semana hirak liu ba ihasalaun konferensia Ministeriudos Negosiu Estranjeiru, Pantai

Kelapa, Dili, PM. Xanana Gusmão rekoñesekatak durante ne’e iha duni frakeja barak makmosu iha seitór justisa. Relasiona ho kazu4000 too 5000 resin ne’ebé pendenti helaiha prokurador geral da republika (PGR) bain-hira komandante jeral PNTL foun LonguinhosMonteiro sei asumi kargu tuan nudar PGR,Adjunto Provedoria Dereitus Humanus e Jus-tisa (PDHJ), Silverio Pinto Baptista haktuir ka-tak, kazu barak ne’ebé pendenti iha minis-

“Hau espera katak,DR. Ana Pesoa hatenebuat barak iha areane’ebé refere”

- Aniceto Neves

teriu publiku iha numeru la hanesan. Tuir Bap-tista numeru ne’ebé Prokurador Geral daRepublika fó sai iha tempu ne’eba hamutukKuatru Mil etal, iha parte seluk PGR nia ad-juntu DR. Ivo Valente fó sai numeru kazune’ebé pendenti iha Minsiteriu Publiku ha-mutuk Sinco Mil etal.

Baptista mensiona katak, rezaun tanbasaida? “Hau nia hanoin rezaun simplis, kazubarak pendenti tamba primeiru limitasun derekursus humanus. Ita hatene katak proku-rador sira ne’ebé maka agora daudaun ha-la’o sira nia knaar iha tribunal distrital hat(4) ne’ebé ezisti foin mak ema nai’in SanuluResin Tolu deit iha Timor laran tomak”. Ra-zaun seluk tuir Baptista katak, kuaze tinanrua ita nia prokurador Timor oan sira la-hala’o sira nia funsaun, tanba ne’e kazu sirane’ebé mak uluk sira kaer pendente hotukedas. “Durante tinan Rua ho balu ita niajudisiariu Timor oan sira tuir treinamentu ihasentru judisiariu Caicoli, entaun kuaze kazubarak mak pendenti inklui kazu sira ne’ebémaka akontese iha tempu krize”, tenik Baptista.

Atu kompleta ka troka servisu juis Timoroan nian, Baptista afirma katak, tuir nia ha-tene UNDP servisu hamutuk ho MinisteriuJustisa halo kontratu ho prokurador no juis

internasional sira hodi asumi Timor oan sirania kargu balu hanesan prokurador, juis nodefensor publiku. “Mais ita hakarak hatetekatak numeru ne’ebé maka mai halo kontratuhanesan prokurador internasional no juisinternasional numeru ida ki’ik oan liu ihatempu ne’eba”, Baptista salientou.

Mezmu nune’e, tuir adjuntu provedoriane’e, oras ne’e daudaun ho prokurador sirane’ebé maka agora hala’o sira nia knar inkluiprokurador Hat seluk ne’ebé mak foin dadaunsimu pose, iha futuru sei iha jestaun ne’ebédiak husi prokurador geral da republika founno nia adjuntu atu bele delega ka distribuikazu sira ne’e ba kada prokurador sira paraatu bele hala’o sira nia knaar ida ne’e.

Relasiona ho pozisaun PGR ne’ebé DR.Ana Pesoa agora asumi, Baptista realsa katak,prokurador geral da republika no nia ad-juntu nudar pozisaun politika. Se’e ita ha-tete ne’e pozisaun politika, entaun klaru idane’e Prezidenti Republika nia knaar absolutapara atu nomeia ema ne’ebé maka tuir niaharee bele ezekuta duni politika estadu nianiha area justisa. “Tamba ida ne’e maka Pre-zidenti Republika DR. Ramos Horta fó kon-fiansa ba DR. Ana Pesoa hodi asumi fali karguhanesan prokuradora geral da republikaTimor-Leste ba tinan hat (4) mai.

Nudar dosente no ema ne’ebé mak servisuiha area judisiariu no dereitus humanus, Ani-ceto Neves ba jornal kla'akhaktuir katak,primeiru ita tenke rekoñese, ne’e bele emaai-leba ida mós hatene katak, numeru autórjudisiariu ihaTimor-Leste ne’e limitadu. Mas-ke ita restora ita nia indepensia besik tinanualu (8) nia laran ona maibe numeru pro-

kurador laiha mudansa signifikante. “La-ihadezenvolvimentu ida ke’e maka’as ba iha re-kursu otoritariu judisiariu nian”, tenik Neves.

Dosente FISIPOL UNTL ne’e haklean liutan katak, kazu ne’ebé maka tama iha listatribunal nia numeru boot liu fali duke kazune’ebé mak konsege hakotu iha tribunal,“Kuantidade kazu ne’ebé tama boot liu dukenumeru autór judisiariu ne’e rasik,” hateteNeves. Kestaun ne’e mak tuir Neves sai ha-nesan obstaklu boot hodi rezulta servisujudisiariu nian ihaTimor-Leste. Alende re-kursus limitadu, tuir Neves, nesesariu (sa-lariu no kestaun insentivu-red) ema judi-siariu nian iha nivel distritu sai mós hanesanbarometer ida ba servisu ne’ebé durante ne’ela la’o.

Relasiona ho problema hirak ne’e, Nevesfila fali isplika katak, buat ne’ebé DR. AnaPesoa tenke halo mak premeiru, nudar PGRfoun, DR. Ana Pesoa tenke hatudu ba publikuhodi hala’o nia knaar ho independenti maskenia mai husi partidu FRETILIN, maibe la loriinterese partidu nian. Segundu, nia tenke ad-ministra ba kazu hotu-hotu mak tama ihaarea PGR nian, tanba iha mandatu PGR tuankazu kuaze 5000 liu mak pendenti inklui 70%kazu sivil. Terseiru, hatudu komitmentu nu-dar lideransa iha ministru publiku.

DR. Ana Pesoa tuir Neves, ema ne’ebémak iha background edukasaun iha parte di-reitu justisa no servisu kleur iha area judisiariuPortugal, no hau espera katak nia hatene buatbarak iha area ne’ebé refere. “Bainhira no-meadu hanesan PGR, hau pesoal fó agra-desimentu ba nia nudar pesoal ne’ebé belelori kazu hirak ne’e ba oin”, Neves hatete.

avan PEDRO

situasaun aat, terus, humilidade ho ins-pirasaun, integridade no esperansa ba pro-sesu ida ke justu no los atu vitima sira belemoris ho dame.

“Tinan sanulu no ami sei hamrik metinatu buka no husu justisa,” tenik São TiagoCancela iha ninia deklarasaun eskrita. Can-cela ne’ebe mak salva-an husi masakre idane’e hatutan liu tan katak tribunal bonekane’ebe harii iha Jakarta, (ho naran tribunalAd Hoc-red), Indonezia laiha ema ida makkonsege tama ba iha tribunal.

Tuir deklarasun eskrita ne’ebe mak Can-cela lee iha familia vitima nia le’et ne’e,hateten katak familia vitima sira mak hetandisvantajen, wainhira laiha justisa no lia los.“Ita sei la fiar malu nafatin, wainhira kri-minozu sira ne’e la lori ba tesi lia iha justisalaran maibe hetan fali amnestia,” deklara.

Maske estadu Timor-Leste no Indoneziala iha inisiativa diak atu harii tribunal idajustu ba masakre barak kontra humanidadene’ebe mak halo husi milisia no militar in-donezia, maibe familia vitima sira, sei kon-tinua hakilar nafatin atu ema ne’ebe. “Tenkiharii tribunal internasional ida ne’ebe inde-pendenti ba violasaun direitus humanusne’ebe akontese iha Timor-Leste. ak halokrimi kontra humanidade tenki lori ba jus-tisa. Tenk halo extradisaun ba ema sirane’ebe halo krimi. Husu ba Parlamentu Na-sional halo lei nasional ida konaba krimigrave no amnestia,” hateten Cancela ihaninia deklarasaun.

Familia vitima no vitima sira ne’ebe maksei moris to’o agora, oras ne’e dau-daunbarak mak halao sira nia vida ho silensiu.Wainhira mak sira bele hetan fali mate ruinfamilia sira ne’ebe mak milisia oho no tetakhanesan animal. Iha loron 17 Abril 1999,durante oras barak nia laran, milisia sirahatudu duni sira nia brutalizmu hodi ohono tetak Timor-oan sira ne’ebe mak de-fende dignidade povu Timor-Leste sira nianatu sai husi korrenti violensia. “Maibemilisia sira oho ami nia ema hanesan ani-mal, hanesan oho laho ka busa,” katak CrisCarrascalão iha ninia sasin ne’ebe mak niarasik hato’o, wainhira komemora masakre17 Abril 1999.

“Ami, sobreviventes no familia vitimalamenta, maibe ami mos la komprende

nusa mak ita nia lider siraladun iha inisiativa atu loketribunal ida ke justu,” realsaCancela. Cancela husu ba Es-tadu Timor-Leste atu la belesoe povu nia hamrok ba jus-tisa. “Ita harii hela nasaun idane’ebe tenki bazeia ba prin-sipius ne’ebe justu ho justisa,igualdade, integridade, nodignidade,” afirma Cancela.

Pe. Francisco Barreto ihaninia reflesaun, fo sasin katakTimor-oan sira ne’ebe mak mi-lisia sira oho, sira ne’e mesakMártires Pátria. “Maibe siramos Mártires ba Igreja Kató-lika. Wainhira hau vizita siraiha rezidensia ida ne’e, sirasempre kaer tersu halao ora-saun ne’ebe nakonu ho fiar nofé. Sira nunka para, atu haloorasaun,” esplika Pe. Barretoiha ninia sasin iha 17 Abril liuba.

Realidade ida ne’e makvitima sira infrenta iha sira niamoris, wainhira hanoin fila-falihahalok brutalizmu ne’ebemak milisia sira halo ba povuTimor-Leste ne’ebe buka fatinhakmatek iha ManuelCarrascalão nia uma, ihaLecidere 17 Abril 1999 liu ba,antes atu halao konsultapopular.

Saida mak oras ne’e dau-daun familia vitima sira buka:la’os kadeira, la’os mos osan.Maibe justisa no lia los. Sirane’ebe mak milisa no militarIndonézia sira oho, oras ne’edau-daun nia rate iha ne’ebe?Estadu hakarak hakuak maluho jeneral sira ne’ebe mak in-volve krimi iha 1999, maibehaluha vitima sira ne’ebe makuluk fakar ran ba rai ida ne’e?Dezesperu la’os razaun. La’osmos rezignasaun, Timor-oansira tenki hakilar nafatin hodibuka justisa no lia los.

Sira Mártires Pátria no Igreja>tutan husi pajina 12


Seguransa 13


















Seguransa 13






















- Aniceto Neves












avan PEDRO












Canalizar o gás para uma instalação de LNG em Timor Leste seria uma opção "cara". Woodside, Royal Dutch Shell Plc, ConocoPhillips e Osaka Gas Co. têm como objetivo utilizar uma plataforma flutuante de LNG para produzir 4 milhões de toneladas do combustível por ano, a partir do campo que fica entre a Austrália e Timor Leste.

Don Voelte

temposemanal

Lech Walesa falava aos jornalistas após ter participado nas cerimónias comemorativas dos oito anos da res-tauração da independência de Timor-Leste, em Díli, tendo comentado a crise europeia, mas também os confli-tos que vão eclodindo pelo mundo e o desrespeito pelos direitos humanos.

Sobre a actual crise europeia e o futuro do euro, Lech Walesa disse que “as mudanças no mundo exigem maior coordenação entre os países europeus e não basta resolver a crise financeira. É preciso criar condições para que as pessoas possam ter aces-so a esse dinheiro”.

Em declarações à Lusa, à margem de um debate sobre a revisão da Lei do Fundo Petrolífero promovido pela or-ganização não governamental “Lao Hamutuk”, Mari Alkatiri admitiu que a intenção do Governo de rever a Lei pode ter a sua concordância, desde que asseguradas algumas condições.

“Estou pronto a concordar se a re-visão não prejudicar a filosofia da Lei do Fundo Petrolífero”, disse.

Durante o debate, como um dos oradores, Mari Alkatiri disse não ver problema em aumentar para 25 por cento o montante das recei-

Mari Alkatiri, líder do maior partido da oposição em Timor-Leste (FRETILIN), disse hoje estar

aberto à revisão da Lei do Fundo Petrolífero, desde que seja mantida a filosofia de acautelar

o interesse das gerações futuras.

O antigo Presidente da Polónia e Nobel da Paz, Lech Walesa, disse hoje ser preciso “fazer uma revolução” sobre a desproporção da riqueza, “promov-endo a equidade e igualdade de oportu-nidades para todos”.

O Nobel da Paz, Lech Walesa, disse hoje ser preciso “fazer uma revolução” da riqueza.

Para o ex-Presidente polaco, “a consolidação do euro na Europa é uma inevitabilidade, mas os diferentes programas, estratégias e progressos no desenvolvimento económico dos vários países são grandes obstáculos a uma política comum”.

“É preciso fazer uma revolução neste século sobre a desproporção da riqueza e eliminar as desigualdades, promovendo a equidade e igualdade de oportunidades para todos, tam-bém na Europa”, defendeu.

Questionado sobre os crimes contra os direitos humanos que se registam à escala global, Lech Walesa sublinhou

que “são uma questão internacional, e não deste ou daquele país”.

“Como um premiado Nobel da Paz, sempre lutarei pelos direitos hu-manos, entendendo que não devem ser perturbados por ninguém. Não me sinto bem quando vejo que há países que até hoje ainda violam os direitos humanos, mas resolver este problema não é fácil”, disse.

“Não basta dizermos todos que os abusos de direitos humanos não podem continuar. Devemos realizar actividades para defender os direitos humanos no mundo, incluindo em países marcados por graves viola-ções”, defendeu.

•0912 de Maio 2010

Maria Neves

Os últimos desenvolvimentos na Tailândia mostram, segundo Walesa, a necessidade de novos mecanismos internacionais que possam desem-penhar o papel de mediação.

“O mundo é demasiado bonito para o destruirmos com os conflitos e não nos podemos sentir confortáveis perante o que se passa nessa zona do continente asiático”, disse.

Os confrontos entre o exército tailandês e os “camisas vermelhas”, que exigem a demissão do primeiro-ministro, já provocaram mais de 80 mortos desde Março.

“Temos de inventar instituições que possam mediar esses conflitos quando eles surgem, em qualquer parte do mundo, e não deixar que uma pequena chama, que resulta de situações que não têm sido claras, possa transformar-se num grande incêndio. Penso que o mundo devia, em solidariedade, assistir esses países a restabelecer o diálogo”, comentou.

Em relação à sua presença em Timor-Leste, explicou que correspon-deu ao interesse em conhecer “um jovem país que conquistou a sua in-dependência há muito pouco tempo”.

“Pelo que podemos observar, é um exemplo de que, com essa inde-pendência, conseguiu melhorar as suas condições. Se Timor-Leste con-seguir aproveitar e tirar vantagens das oportunidades que surgem, es-tou convencido de que brevemente se juntará aos países em desenvolvi-mento”, considerou.

Mário Jerónimo

“São declarações incompletas e enganosas quanto à economia das outras opções, que consequentemente, também não foi abordada nos relatórios exigidos pelos reguladores, ao abrigo do contrato de partilha, e visam apenas dar justificação à preferência da Woodside”, a reação do Ágio Pereira, O porta-voz do governo sobre a declarações do Don Voelte, presidente da petrolífera Woodside.

Na sua opinião, o país tem din-heiro suficiente para se desenvolver se houver capacidade de gerir o din-heiro dos rendimentos do petróleo.

“O primeiro ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, defende que a estratégia “conservadora” de gestão do Fundo Petrolífero deve ser revista, tendo em conta a realidade financeira internacional e as necessidades de de-senvolvimento do país.

“É preciso fazer uma revolução neste século sobre a desproporção da riqueza e eliminar as desigualdades, promovendo a equidade e igualdade de oportunidades para todos, também na Europa”, defendeu.

Nobel da Paz, Lech Waleza

Mari Alkatiri diz que Fretilin está aberta a rever lei do fundo petrolífero

tas petrolíferas destinadas a investi-mento não financeiro, e mesmo que, mais tarde, essa percentagem possa atingir os 30 por cento.

Questionado sobre o facto de an-tes se opor a essa alteração, o ex-primeiro-ministro justificou, dizendo que, na altura, o país não estava preparado para gerir verbas tão el-evadas.

“Não tenho nenhum problema com isso. No início não queria au-mentar para 25 por cento por causa da nossa própria capacidade institu-cional para realizar a gestão e por out-ros aspectos”, disse, sem especificar.

Já Manuel Tilman, que preside à comissão parlamentar de Economia,

Finanças e Combate à Corrupção, defendeu no debate ser mais pru-dente manter o Fundo Petrolífero como está, afirmando não ver ne-cessidade de rever a Lei.

“Neste momento não é preciso alterar a Lei, porque está a funcionar bem”, disse.

Manuel Tilman recordou que já na Assembleia que preparou a aprova-ção da actual Lei, e em cujo processo participou activamente, havia a pre-ocupação de assegurar uma reserva

financeira para o futuro, e lamentou que ainda não tenha sido criado um banco central, para evitar a confusão com as poupanças oriundas das re-ceitas do petróleo, actualmente sob supervisão da Autoridade Bancária de Pagamentos (ABP).

Abraão Vasconcelos, director daquela instituição, afirmou que as dificuldades enfrentadas pela ABP são, sobretudo, de natureza operacional.

O responsável abordou a diver-sificação das aplicações do Fundo Petrolífero, explicando o seu funcio-namento e alertando que a aplica-ção noutras divisas que não a moeda oficial (o dólar) deve ser moderada, já que pode vir a ter vários impactos.

“Estou pronto a concordar se a revisão não prejudicar a filosofia da Lei do Fundo Petrolífero”


Seguransa 13


















Seguransa 13






















- Aniceto Neves












avan PEDRO












"aumentar a flexibilidade da taxa cambiária e voltar ao regime de flutuação controada de antes da crise financeira global é bem-vinda",

ECONOMIA

elogio de Strauss-Kahn sobre a flexibilidade cambial chinesa

temposemanal

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“Sorte Grande” da brasileira Ivete San-galo e “Toque de Timbaleiro” da banda brasileira Timbalada, entre outros. Já as bandas locais deram um toque de rum-ba flamenca, um estilo musical variante do flamenco tradicional ao evento, ao tocarem clássicos como: “Bamboleo” e “Volare”, do grupo francês Gipsy Kings.

O relançamento do debate sobre o papel da língua portuguesa em Timor-Leste permitiu nas últimas semanas a recolha de diferentes contributos que colocam o papel fundamental da lín-gua como factor de construção de uma identidade nacional.

Em Timor-Leste, dez anos depois da Independência, convivem hoje duas re-alidades linguísticas no que diz respeito aos idiomas oficiais do país. De um lado, o Tétum falado pela larga maioria da população. Do outro, o Português, ligado sobretudo às elites políticas e culturais. Pelo meio, as influências an-glo-saxónicas e o bahasa contribuem para este avolumar deste complexo panorama linguístico timorense.

Prova desta confluência linguística em Timor é o facto da língua franca nacional, o Tétum Praça, ter uma clara influência «lusificada», como refere Ken Westmoreland. O linguista refere mesmo que o que se considera serem 15 dialectos de Tétum espalhados pelo país são na verdade «línguas tão dife-rentes uma da outra como o inglês, o português e o finlandês».

10• terça

Isabel Feijó, Membro de uma missão do PNUD de avaliação da situação lin-guística na Administração Pública em Timor-Leste entre Outubro e Dezem-bro de 2008, em e-mail endereçado à redacção da PNN e entretanto divul-gado na íntegra em vários blogs timo-renses, defende que a especificidade linguística timorense, entre o Tétum e o Português, é o «reflexo da cultura híb-rida leste-timorense, onde se misturam elementos indígenas e latinos numa síntese que é elemento essencial da identidade de Timor-Leste».

Na actual questão linguística timo-rense o que está também em causa é sobretudo a estratégia de ensino nas escolas timorenses. Se é um facto que a maioria das crianças timorens-es quando entram para a escola não apresentam fluência no Português, foi recentemente reconhecido por Kirsty Sword-Gusmão, em entrev-ista à cadeia australiana ABC que «a população timorense tem uma capa-cidade tremenda para adquirir outras línguas. É uma sociedade poliglota». A responsável pela equipa de trab-alho do Conselho Nacional da Educa-ção, constituído por representantes do Ministério da Educação, socie-dade civil, instituições ligadas ao en-sino e Igreja Católica, tem, segundo Isabel Feijó «defendido a promoção da utilização correcta do Tétum, no-meadamente recorrendo ao padrão ortográfico conhecido como ‘tetun ofisial’ que foi desenvolvido pelo In-stituto Nacional de Linguística».

Mas se as palavras indicam uma atitude de defesa da cultura linguísti-

Lídia Neves

cultura

Identidade nacional — Contributos para o debate sobre a língua portuguesa em Timor-Leste

Carnaval volta às ruas de Dili

ca timorense, a verdade é que Kirsty Sword-Gusmão tem também os seus críticos que lhe apontam a defesa do tétum como forma de ataque ao português. António Veríssimo, no blog Timor Lorosae Nação, aponta a existência de «reuniões na Austrália com elementos do Grupo de Trab-alho» da CNE, chegando mesmo a acusar Kirsty Sword Gusmão de ser a principal «dinamizadora» de movi-mentos «secretos» com vista ao afas-tamento do português como língua oficial de Timor-Leste.

Kirsty Sword-Gusmão é uma acér-rima defensora do Tétum. Na referida entrevista à ABC, Kirsty defendeu as suas posições dizendo «this is not an anti-Portuguese initiative» (isto não é uma iniciativa anti-Portuguesa). Mas a decisão de retirar os seus filhos da Escola Portuguesa de Díli indicam uma outra posição não tão concili-adora por parte da esposa do Primei-ro Ministro Xanana Gusmão, figura histórica da Liberdade e da própria identidade Timorense.

Em Timor-Leste, dez anos depois da Independência, convivem hoje duas realidades linguísticas no que diz respeito aos idiomas ofici-ais do país. De um lado, o Tétum falado pela larga maioria da população. Do outro, o Português, ligado sobretudo às elites políticas e culturais.

Prova desta confluência linguísti-ca em Timor é o facto da língua franca nacional, o Tétum Praça, ter uma clara influência «lusifi-cada», como refere Ken Westmo-reland. O linguista refere mesmo que o que se considera serem 15 dialectos de Tétum espalhados pelo país são na verdade «línguas tão diferentes uma da outra como o inglês, o português e o finlandês».

Com o intuito de fixar o evento no calendário do sudeste asiático, o Minis-tério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI) timorense com o apoio da Em-baixada Brasileira em Dili, promoveu pela segunda vez após a Independên-cia de Timor-Leste o carnaval nas ruas de Dili, com o tema: “Alegria na Liber-dade e Pluralidade”.

A festa de carnaval inicialmente pro-gramada para acontecer entre os dias 12-16/02, teve seu início às 15:00Hs (hora local) do dia 14/02/2010 (domin-go), no Ginásio da Universidade Nacio-nal Timor Lorosa’e (UNTL) em Dili, com

a apresentação de atividades culturais e de bandas locais.

Às 19:00Hs o Premier timorense, Xanana Gusmão, fez a abertura oficial do carnaval de Timor-Leste. Logo em seguida foi entregue a chave da cidade ao rei momo e aconteceram então, desfiles de roupas tradicionais e mod-ernas, concursos de fantasias, apresen-tação da cantora brasileira residente em Sydney (Austrália), Jeanne Bastos e de um grupo de DJ’s indonésios.

A cantora brasileira animou as dezenas de timorenses e estrangeiros presentes no ginásio, com os “hits”:

Finalizando a noite, um grupo de Dj’s indonésios vindos de Jakarta, acompanhados de duas dançarinas, animaram os presentes com clássicos da “dance music”. O evento do dia 14 foi finalizado por volta de meia-noite.Dia 15/02 o evento carnavalesco con-tinuou com a apresentação de uma banda musical no Ministério dos Negó-cios Estrangeiros em Dili. Por volta das 14:30Hs o Ministro do Turismo, Comér-cio e Indústria timorense juntamente com o Embaixador brasileiro fizeram a abertura oficial do “desfile de car-naval”. Este foi animado mais uma vez

pela cantora Jeanne Bastos que con-duziu os “foliões” pelas ruas de Dili até o Estádio Municipal da cidade. Segun-do o programa oficial do evento, no Es-tádio após o fim do desfile de carnaval, aconteceriam competição de fantasias e apresentação de bandas locais e de DJ’s indonésios.

Diferentemente do ano passado, onde um professor brasileiro foi agre-dido por um policial da GNR, nenhum incidente mais sério foi registrado, so-mente as fortes chuvas que assolaram a capital timorense e que tiraram um pouco do brilho da festa do dia 15, último dia do evento em Timor-Leste. Diferentemente de outros países, o Timor não considera como “feriado” o “período momino” e com isso restringe a participação de muitos no evento.

Lídia Neves

Casa típica timorense

Mistura de ritmos tradicionais, clás-sicos da resistência, reggae, rap, funk e rock, Galaxy é o grupo mais impor-tante da música moderna timorense e faz a sua estreia europeia em Sines.

MUSICA

temposemanal

não foi fácil chegar à China, admite Glória de Castro, directora do pavil-hão. “Tivemos grandes dificuldades no início, mas conseguiu-se”, afirma à Renascença. Na Expo 98, em Lisboa, Timor não era independente, estava apenas simbolicamente na exposição. Em Xangai, exibe o mesmo orgulho que o Japão, há cem anos, quando participou, em Paris, na sua primeira exposição mundial.

«Temos hoje uma relação bilat-eral com a China que diria excelente, e temos de aproveitar estas opor-tunidades para reforçar ainda mais os benefícios que daí podem advir para o nosso país», disse Ágio Pereira à Lusa.

«A China é um mercado enorme que, comparativamente com Aus-

•1112 de Maio 2010

PÁTRIA

Pátria é, pois, o sol que deu o serDrama, poema, tempo e o espaço,Das gerações, que passam, forte laçoE as verdades que estamos a viver.

Pátria... é sepultura... é sofrerDe quem marca, co'a vida, um novo passoAo povo - uma Pátria - é, num traçosimples... Independência até morrer!

Do trabalho o berço, paz tormento,Pátria é a vida, orgulho, a aliançaDa alegria, do amor do sentimento.

Pátria... é tradições, passado e herança!O som da bala é... Pátria, de momento!Pátria... é do futuro a esperança!

OH! LIBERDADE!

Se eu pudessepelas frias manhãsacordar tiritandofustigado pela ventaniaque me abre a cortina do céue ver, do cimo dos meus montes,o quadro roxo,de um perturbado nascer do sola leste de Timor

Se eu pudessepelos tórridos sóiscavalgar embevecidode encontro a mim mesmonas serenas planícies do capime sentir o cheiro de animaisbebendo das nascentesque murmurariam no arlendas de Timor

Se eu pudessepelas tardes de calmasentir o cansaçoda natureza sensualespreguiçando-se no seu suore ouvir contar as canseirassob os risosdas crianças nuas e descalças

GERAÇÕESNomes sem rostocorações esfaqueadosde lembrançasnas lágrimas de criançaschorando pelos pais...

Mais do que a morteque os fez calarem cada gota de lágrimaa cena cruel

...uma mãe que gemiasem forças seu corpo desenhavamarcas da angústiaesgotada

Os farrapos que a cobriamRasgadosno ruído da sua própria carnesob o selvático escárniodos soldados indonésiosem cima dela, um por um

Já inerte, o corpo da mulherse tornou cadáverinsensível à justiça do punhalque a libertara da vida

enquanto...golpes de coronhadasse repercutiamnas gotas de lágrimas que iam caindoda mesma face das crianças

Um pai se ofenderano último não da sua vidaa mulher violadaassassinada sob os seus olhos

O cheiro da pólvoravinha de muitos furosdaquele corpoque já não era corpoestendidosem forma de morte

e...

As lágrimas secaramnas lembranças das criançasveio o suor da lutaporque as crianças cresceram

Quando os jovens seiosestremecem sob o choque eléctricoe as vaginasqueimadas com pontas de cigarroquando testículos de jovensestremecem sob o choque eléctricoe os seus corposrasgados com lâminaseles lembram-se, eles lembram-se sempre:

A luta continuará sem tréguas!

Cipinang, 5 de Novembro de 1995

de todo o TimorSe eu pudesseao entardecer das ondascaminhar pela areiaentregue a mim mesmono enlevo molhado da brisae tocar a imensidão do marnum sopro da almaque permita meditar o futuroda ilha de Timor

Se eu pudesseao cantar dos grilosfalar para a luapelas janelas da noitee contar-lhes romances do povoa união inviolável dos corpospara criar filhose ensinar-lhes a crescer e a amara Pátria Timor!

Cipinang, 8 de Outubro de 1995

Timor-Leste apresenta-se independente em Xangai

Timor-Leste é o país mais novo na expo de Xangai. Apresenta-se em 324 met-ros quadrados de pavilhão, cuja entrada imita a porta do palácio presidencial. É a primeira vez que o país soberano par-ticipa numa exposição mundial. Para estar representado, Timor recebeu o apoio financeiro chinês. Mesmo assim,

Pavilhão de Timor-Leste no Expo de Xangai

temposemanal

trália, por exemplo, não é assim tão caro, e podemos usufruir do que a China produz, a preços acessíveis para as nossas populações como vestuário, calçado, semicondutores, por exem-plo, acrescentou.

No meio dos 192 países, Timor-Leste não tem passado despercebido: “Tínhamos uma média diária, no mês de Maio, de 16 mil visitantes por dia, agora estamos em 30 mil”, avança Glória de Castro. Artesanato e um filme é a oferta do antigo território português, que se apresenta num pavilhão que tem como tema “Estás connosco, estás com a natureza”.

Luís Silva

Milhares de curiosos e fãs com ban-deirinhas timorenses receberam hoje, frente ao novo Palácio Presidencial de Díli, os ciclistas participantes no I Tour de Timor-Leste, que foi ganho ao “sprint” pelo australiano Neil Van der Ploeg.

Após aceso despique, numa prova que decorreu em altitudes que cheg-aram aos dois mil metros, Neil Van der Ploeg acabou por ser o grande vencedor da primeira volta a Timor-Leste, em bicicleta de montanha, numa extensão de 450 quilómetros.

Mark Frendo, australiano da mes-ma categoria e segundo classificado na geral, foi o vencedor da etapa final de hoje, assumindo a dianteira a 92.5 quilómetros e cortando a meta com um segundo de diferença na frente de Van der Ploeg.

Na terceira posição chegou Benja-mim Grieve-Johnson, também austra-liano, que detinha a camisola amarela, antes da última etapa, e acabou em terceiro lugar na classificação geral.

A australiana Tory Thomas con-quistou o primeiro lugar na categoria feminina.

Os resultados alcançados pelos ciclistas timorenses não foram divul-gados no comunicado remetido à Lusa pela organização da prova.

A atleta portuguesa, vencedora da Maratona de Boston por três vezes, campeã do mundo e olímpica na mesma modalidade, desloca-se a Timor-Leste a convite do Presidente da República.

Rosa Mota deverá chegar terça fei-ra a Díli, onde vai permanecer durante uma semana, participando dia 20 na Maratona de Díli, em que se juntará a Ramos-Horta no percurso e acom-panhará a equipa nacional nos dias antecedentes.

Num comunicado alusivo à presen-ça da atleta portuguesa, o Presidente de Timor-Leste refere ser “uma honra receber, em nome do Estado, uma das maiores lendas do atletismo na Mara-tona de Díli”.

“Este é um evento inaugural que irá ajudar a pôr Timor-Leste no seu legítimo lugar no palco mundial. Rosa Mota, a maratonista mais famosa de todos os tempos, ao apoiar a nossa primeira maratona, demonstrou soli-

O futebolista do Benfica Nuno Gomes tomou hoje posse, em Díli, como embaixador de Timor-Leste para o Desporto e Turismo, perante o Presidente timorense, José Ramos-Horta.

Durante a cerimónia, Nuno Gomes recebeu do ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, o respetivo pas-saporte diplomático.

A cerimónia, que teve lugar no Palácio Presidencial Nicolau Lobato, em Díli, teve uma assistência pouco habitual para atos do género, devido à popularidade do jogador, como disse Ramos-Horta durante o seu discurso.

Quem se mostrou particular-mente orgulhoso com o novo cargo foi Nuno Gomes que, aos 33 anos, ficou “comovido e orgulhoso” com a função que lhe foi atribuída por Ramos-Horta.

“Quero ter muitos carimbos no passaporte porque é sinal que cum-pri bem a minha missão de embaixa-dor. Aceitei sem pensar, liguei logo para casa e é também o reconheci-mento do meu trabalho. Quando se corre por gosto, não cansa”, desaba-fou o internacional português.

Mais que o presidente. Já José Ramos-Horta, de 60 anos, revelou ter atribuído a Nuno Gomes “uma tarefa honrosa”, mas também “pe-nosa”. O facto de o camisola 21 dos encarnados ter aceitado sem hesitar o convite endereçado na véspera, “revela dedicação” ao país asiático.

O presidente da República de Timor-Leste mostrou-se ainda satis-feito pela “coroação” feita ontem no palácio presidencial perante a pre-sença de Zacarias da Costa, ministro dos Negócios Estrangeiros do país, e numa sala devidamente engalanada.

“O Nuno Gomes tem muitos fãs e nem quando eu tomei posse como presi-dente estava aqui tanta gente a assistir”, revelou, com humor, Ramos-Horta.

12• terça

Os ciclistas e respectivas equipas de apoio consideraram que, apesar de ser uma das mais duras provas, decorreu de forma satisfatória e a maioria promete regressar em próximas edições.

O presidente da república timo-rense, Ramos-Horta, que promoveu a realização da primeira volta a Timor-Leste em bicicleta, em declarações no final da prova, considerou-a um sucesso e fez votos para que melhore e tenha continuidade nos próximos anos.

“Espero que seja o começo e que para o ano que vem, e nos anos seguintes, melhore a nossa prestação, mais pessoas participem e a prova fique mais competitiva e recompensa-dora”, disse.

“Mas mais do que os resultados desportivos, espero que promova amizades e construa pontes de en-tendimento entre pessoas de toda a parte de Timor-Leste e do mundo”, acrescentou.

O Tour de Timor-Leste foi instituído pela primeira vez este ano pelo Presiden-te da República e insere-se nas comem-orações do 10º aniversário da consulta popular de 30 de Agosto de 1999, que conduziu à independência.

desporto

Tour de Timor – Australianos dominaram a volta a Timor-Leste em bicicleta

Rosa Mota corre com Ramos Horta para lançar a marato-na de Díli

Nuno Gomes é embaixador para o desporto e turismo de Timor-Leste

Lídia Neves

Lídia Neves

Rosa Mota vai correr simbolicamente ao lado do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, na I Maratona de Díli, anunciou hoje a Presidência da República timorense.

dariedade e confiança na nossa capac-idade de promover aquilo que será fu-turamente um evento famoso a nível internacional”, sublinha Ramos-Horta.

Prevê-se a participação de mais de 1000 atletas de todos os níveis na primeira edição, que contará com uma meia maratona (21km) e corridas de 10 e cinco quilómetros, além de um percurso de mais de 42 quilómetros.

A Presidência da República anun-ciou hoje que Ramos-Horta será tam-bém ele próprio um dos participantes, na corrida dos cinco quilómetros.

“A Maratona de Díli será uma ex-periência inesquecível para todos e como evento anual, demonstrará ao mundo que as portas de Timor-Leste estão abertas e que o seu povo está preparado para acolher os visitantes nesta magnífica nação”, antevê o Presidente da República.

«Não há desculpa. Sabemos o trabalho que temos de fazer, haverá mais pressão mas temos de estar habituados a isso. Não sei o que aconteceu, não fomos suficientemente bons. Temos de dar os parabéns à Argélia, lutou para conquistar este ponto, mas a culpa é sobretudo nossa. Temos de ver o que fizemos mal e dar o máximo no último jogo».Gerrard

temposemanal






- Aniceto Neves












avan PEDRO












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14• terça

Agora empenhada nas actividades da Fundação Alola, criada em 2002, Kirsty Sword Gusmão, a esposa do ac-tual primeiro-ministro Xanana Gusmão diz, em entrevista ao PÚBLICO, estar consciente do papel do marido “neste momento crucial para o futuro” do jo-vem país. Kirsty é uma australiana que nasceu em 1966 na cidade de Mel-bourne e há sete anos casou-se com o mítico guerrilheiro timorense.

Continua a considerar-se uma primeira dama (agora que o seu marido é o novo primeiro-ministro e que o Presidente Ramos-Horta não se encontra casado)?

Em primeiro lugar, permita-me salien-tar que as presentes declarações são feitas em meu nome pessoal, como Presidente da Fundação Alola, por mim criada em Março de 2001 e não em nome do meu marido, Xanana, nem tão pouco do Governo. Claro que já não me considero primeira-dama! O título, aliás, nunca fez sen-tido na medida em que o estatuto de ‘primeira-dama’ nunca foi recon-hecido oficialmente nem recebeu qualquer financiamento por parte do Governo. Todo o trabalho desen-volvido pela Alola, em áreas como a advocacia, emprego, educação, saúde materno-infantil e assistência

Kirsty Sword Gusmão“Xanana dará o melhor de si própriopara governar Timor-Leste até ao fim do mandato”

humanitária, tem sido financiado por doadores de todas as partes do mun-do, individuais e institucionais.

Como é que vê esta transição de Xanana da primeira para a ter-ceira posição na hierarquia do Es-tado (depois dos presidentes da República e do Parlamento)?

Encaro o cargo actual de Xanana es-sencialmente como um acréscimo de responsabilidades e de ocupação do seu tempo, em prejuízo da nossa vida familiar. Mas, é um sacrifício que nós aceitámos sem hesitação, na medida em que estamos conscientes da importância do papel de Xanana neste momento crucial para o fu-turo de Timor. Nem eu nem Xanana damos muito valor às posições de poder, a nossa maior preocupação é

tentar contribuir para a melhoria das condições de vida do povo timorense, a que ele tem dedicado quase toda a sua vida. Xanana deveria estar já a descansar; mas a libertação do seu povo (agora da miséria) continua a ser a sua grande prioridade.

Está convicta de que um Gov-erno com base na AMP (Aliança com Maioria Parlamentar) tem condições para cumprir toda uma legislatura?

Estou confiante que Xanana, bem como as outras pessoas que integram o IV Governo, darão o melhor de si próprias para governar o país até fi-nal do seu mandato. Por outro lado, é absolutamente necessário que sejam criadas as condições de estabilidade política e social que permitam mostrar ao mundo que os timorenses são ca-pazes de governar o seu próprio país.

Preocupa-a em particular o grande número de desalojados que ainda há em Timor-Leste?

A questão dos desalojados é muito preocupante, principalmente pelas condições precárias em que os mes-mos se encontram, há tanto tempo. É ainda procupante pelo facto da sua existência traduzir a falta de segu-

rança e de estabilidade político-social que se tem vivido no país.

Admite que dentro de dois a três anos o clima económico e social do país possa ser melhor do que é hoje?

Tenho muita esperança que em breve o povo timorense verá as suas condições de vida melhorar e que, a médio prazo, se possa considerar que o clima económico e social do país sofreu realmente um impulso positivo rumo ao desenvolvimento e paz social. Com o empenho de

Angelita Pires, a companheira de Alfre-do Reinado que foi absolvida no pro-cesso dos atentados contra o Presiden-te e o primeiro-ministro de Timor-Leste, anunciou na Austrália a intenção de processar Ramos-Horta por difamação.

Angelita Pires disse que o presi-dente José Ramos-Horta foi uma força instigadora por trás das denúncias do seu envolvimento no atentado contra

Tenho muita esperança que em breve o povo timorense verá as suas condições de vida melhorar e que, a médio prazo, se possa considerar que o clima económico e so-cial do país sofreu realmente um impulso positivo rumo ao desenvolvimento e paz social.

Nem eu nem Xanana damos muito valor às posições de poder, a nossa maior preocupa-ção é tentar contribuir para a melhoria das condições de vida do povo timorense, a que ele tem dedicado quase toda a sua vida.

Angelita Pires ameaça processar Ramos-Horta por difamação, depois de absolvida

Ana Loro Metan

Helder rosário, PUBLICO

espaço público

Entrevistas a Kristy Sword Gusmão

a sua vida e a do Primeiro-Ministro Xa-nana Gusmão em Fevereiro de 2008.

“Já dei instruções aos meus ad-vogados para entrarem com uma

acção civil contra as pessoas que me difamaram, incluindo o presidente”, anunciou Angelita Pires, citada pela imprensa australiana.

Segundo o jornal The Sydney Morn-ing Herald, Angelita Pires tenciona re-gressar a Timor-Leste “brevemente”, tencionando desenvolver actividade política para combater as injustiças so-ciais, a corrupção e a pobreza”.

Angelita Pires revelou também estar a trabalhar numa autobiografia que in-cidirá sobre o tempo que privou com Alfredo Reinado.

“Alfredo deixou para trás um monte de boas memórias para mim e penso que é importante fazer esse registo”, disse.

Fonte da Presidência da República contactada pela agência Lusa comunicou

que o Presidente José Ramos-Horta não comenta as declarações feitas por An-gelita Pires na Austrália, sobre a intenção de lhe mover uma acção judicial.

O Tribunal de Díli, que julgou o pro-cesso do duplo atentado contra o Presi-dente da República e o Primeiro-Ministro em 2008, condenou em Março 24 dos 28 arguidos, a penas de prisão entre os nove anos e meio e os 16 anos, dando como provada quase toda a acusação.

Angelita Pires, que era acusada pelo Ministério Público de ser a autora moral ou instigadora dos atentados, devido à sua influência sobre Alfredo Reinado, foi ilibada de todos os crimes que lhe eram imputados e viu agora ser confirmada a sua absolvição em última instância.

“Já dei instruções aos meus advogados para entrarem com uma acção civil contra as pessoas que me difamaram, incluindo o presidente”Angelita Pires

temposemanal

•1512 de Maio 2010

todos – governo, oposição e socie-dade civil – na defesa deste grande objectivo nacional, acredito que isso será possível. Pela minha parte, con-tinuarei a contribuir para melhorar as condições de vida das mulheres e cri-anças, em particular, através do tra-balho que a Fundação Alola vem de-senvolvendo no sentido de melhorar a sua educação, saúde e rendimento e apoiando-as na sua luta por uma maior participação na sociedade.

Esta posição da Luta Hamutuk é para reforçar ainda mais a preo-cupação do povo em relação à incapacidade do Sr. Gil Alves (atual ministro do MTCI) de executar o seu trabalho como ministro do Turismo, Comercio e Indústria. Analisemos a sua prestação de serviços no MTCI durante três anos e os problemas que sempre acontecem com este ministro neste país. Um exemplo, o próprio ministro não tem boa vontade para reparar os mecanismos e o sistema da distribuição do arroz, que é uma exigência feita pelo povo em todo o território

O problema do arroz baixou a performance deste Governo, e mais ainda, manchou a governação de sua Ex.ª, o primeiro-min-istro Kay Rala Xanana Gusmão. Por isso, nós exigimos ao primeiro-ministro para demitir o Sr. Gil Alves do seu cargo de ministro do MTCI. Esta exigência é também uma manifestação do direito de cidadão de Timor Leste consagrado na Constituição da RDTL e também como uma sociedade civil que durante este tempo fiscalizou o Orçamento Geral do Estado. Esta exigência da Luta Hamutuk tem a intenção de retificar a performance do Gov-erno, pois, quando o MTCI usa o dinheiro do povo tem de demon-strar boa vontade para servir esta terra e o seu povo.

Nós constatamos que o Sr. GIL Alves não tem boa vontade nem a capacidade para liderar o MTCI de modo a servir esta terra e o seu povo. Não é pedir que a Luta Hamutuk se transforme num partido para que deste modo seja respeitada (notícia do jornal STL na edição de 16-06-2010). O raciocínio do Sr. ministro é muito pobre em relação às críticas e à opinião do povo, e o seu pensamento demonstra-nos e refletem também a capacidade do ministro do MTCI que é bastante pobre.

Nós afirmamos mais uma vez que chegou a hora para Sua Ex.ª o primeiro-ministro tomar uma decisão imediata nesta questão, porque em quase todo o território o povo exige a de-missão rápida do Sr., Gil Alves, pois, este não tem capacidade para manter o cargo dentro do Governo da AMP.

Nós temos confiança que o primeiro-ministro encare esta questão como um problema urgente, para que este problema do MTCI não prejudicar a governação da AMP. Ficamos à espera...!!!

As perguntas da sondagem valem o que valem e os resultados idem, as-pas. Importância, tem na realidade a informação que nos deram de que as eleições em Timor estão para breve. Fala-se no mês de Agosto, no máx-imo. Acredito. Não é por acaso que Gusmão anda a viajar pelo país, pa-rece que em pré-campanha. Acusam-no disso. Parece que com razão.

À pergunta: “A presente crise Xa-nana Gusmão versus Zacarias da Costa veio uma vez mais demonstrar o des-moronamento da AMP. O PR Ramos Horta vai marcar eleições antecipadas para Agosto. Está de acordo com a decisão a anunciar pelo Presidente da República?”

Confesso que não esperava o re-sultado retumbante que ficou expres-so. 60 por cento estão de acordo com eleições antecipadas em Agosto. Se isto não é uma maioria, o que é? Sim. Sabemos. Vale o que vale. Mas a ver-dade é que o espírito em Timor-Leste é exactamente este. A percentagem talvez seja superior ao da nossa sond-agem. O governo de Gusmão está “a cair de maduro”. É recomendável que o PR Ramos Horta não o deixe apod-recer e tome a decisão acertada antes da completa queda e apodrecimento.

Não menos curioso foi o que ex-pressaram na pergunta “No caso de as eleições legislativas se realizarem em breve, entre os actuais partidos com assento parlamentar qual vai ser a sua tendência na votação?”

Primeiro, assistimos a maior partici-pação dos que quiseram mostrar a sua tendência de voto. Segundo, se estas sondagens valessem alguma credibi-lidade a Fretilin voltaria a ser governo com uma maioria desafogada, 57 por cento. Terceiro, o CNRT continuaria o segundo maior partido político, com 16 por cento, mas com uma queda muito acentuada se tomarmos por referência as eleições de 2007, quan-do beneficiou de pouco mais de 24 por cento.

O PSD, aqui chegou aos 14 por cento. Também caiu relativamente a 2007, em que esteve próximo dos 16 por cento, mas uma queda bem menor que a do CNRT, muito menor. Menos de dois pontos percentuais. Nada mau, para um partido político que integra o governo AMP.

Queda razoável, também foi aqui ex-pressa sobre o PD, Partido Democrático de La Sama. Agora 7 por cento quando em 2007 teve por resultado quase 12

por cento (11.7). Terá isto que ver por ser um incondicional de Gusmão? É muito provável.

O PUN, Partido de Unidade Nacio-nal, viu expressarem-lhe 4 por cento da intenção de voto. Menos de um ponto percentual que nas eleições de 2007. Queda menor. Outros partidos constantes não mereceram a atenção dos que se interessaram pela nossa sondagem. Devemos dizer que não incluímos na sondagem a ASDT por considerarmos que por resultado das eleições de 2007 se aliou ao PSD, formando a Aliança Democrática. Presumimos que volte a fazê-lo em próximas eleições.

Considerando os resultados, a Fretilin sai aqui vencedora. Vamos ver em Agosto, caso Ramos Horta decida como nos informaram. Mas, tudo seria muito aceitável e normal em democracia se na realidade existisse democracia em Timor-Leste. Quero dizer: se Gusmão e muitos dos que o rodeiam (os tais malandros de que Mário Carrascalão falou em 2007) não optarem por criar condições para que não hajam eleições em Agosto. Entenda-se por “condições” posições e atitudes antidemocráticas. Da parte de Gusmão já nada me admira. De preferência que tenha a coragem de se assumir e mostrar um ditador ro-deado de párias e gananciosos que se servem do país em vez de o servir. Vamos ver o que acontece e até que nível Gusmão está disposto a desmas-carar-se para os que ainda acreditam nele e que vai desiludir com toda a certeza. Refiro-me aos apoiantes com um elevado grau de ingenuidade ou ignorância, nunca aos que o apoiam com o objectivo único de rechearem as suas contas bancárias.

Eleições Em Agosto Gusmão Anda Em Pré-Campanha Eleitoral

Luta Hamutuk reafirma: O Sr. Gil Alves tem de ser demitido do cargo de ministro do MTCI

Ana Loro Metan

O governo de Gusmão está “a cair de maduro”. É recomendável que o PR Ramos Horta não o deixe apodrecer e tome a decisão acertada antes da completa queda e apodrecimento.

Merício Akara, Director de Luta Hamutuk

Alfredo Reinado e Gastão Salsinha lideraram o chamado grupo dos “Peti-cionários”, que em Abril de 2006, ale-gando haver discriminação nas forças militares e na polícia em função da origem geográfica, esteve envolvido em vários confrontos violentos, numa crise que culminou nos atentados con-tra Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em que o último saiu ileso.

Alfredo Reinado acabou por ser morto, juntamente com Leopoldino Exposto na casa do Presidente da República, durante o atentado em que este ficou gravemente ferido.

“Alfredo deixou para trás um monte de boas memórias para mim e penso que é importante fazer esse registo”

"Para chegar ao fundo do 11 de fevereiro temos que olhar para a crise de 2006... uma crise política para derrubar um governo legítimo que, no caso, era a Fretilin, na altura"

OPINIÃO

Angelita Pires

temposemanal

16• terça, 12 de Maio 2010SEGUNDA,11JANEIRU2010

Ingles 8

coordinator for sudan(2007-2009).Prior to thatshe served as deputyspecial representative ofthe secretary general forafganistan,as well as theunited nations residentcoordinator and h-umanitarian coordinatorfor Afganistan (2004-2007) .With broad managementexperience of complexmissions,as well as over 30years experience with theunited Nations,especiallyinthe Asian region,Ms Haq iswell placed to lead the

integrated peacekeepingmission in timor leste. shewas formerly the deputyassistant administrador anddeputy director of the Bureaufor crisis prevention andrecovery at united nationsdevelopment programe(UNDP)head quarters in newyork.she served as the UNresedent coordinator andUNDP resident reprenstativein malysia from 1994 to 1997and in the same capacity inLaos from 1991 to 1994.

Ms Haq worked in theregional Bureau for Asia andthe Pacific at UNDP headQuarters in various capacitiesfrom 1980-1990,which

included responsibilities for aidcoordination mechanisms andas desk offcer for Thai-land,Myanmar andBhutan.she(UNFEM)from 1985to 1987.she started her careerin 1976 as a junior professionaloffce in Jakarta,Indonesia andwas transferred,to Afghanistanas assistant residentepresentantive in 1978.Ms Haqholds masters degrees incommunity organization andplanning and in business admi-nistration from ColumbiaUniversity and New YorkUniversi ty,respectively ,aswell as a bachelor of artsdegree from westem collegein Oxford Ohio.ts

US$18,000,000.00ba kompañia ETO, ne’eduni iha loron Sesta feiraliu ba, jornalista TempoSemanál hakat ba ihaPalasio da Governu hodidada lia ho Vise PrimeiruMinistru ba Asuntu Adm-inistrasaun no Voagover-nasaun, Eng. Mário ViegasCarrascalão kona baasuntu refere.Liu husi dada lia ne’e, VisePrimeiru Ministru baAsuntu Administrasaunno Voagovernasaun, Eng.

Marito Viegas Carrascalãohateten, ema balu ne’ebédehan ha’u envolve ihaprosesu fó projetu ba donaArmandina nia oan ne’e,ema ne’e keta mehi kariktanba projetu ida ne’e dir-etamente ligadu Ministér-iu Finansas. “Ha’u neinsimu liafuan ruma husiMinistériu Finansasno ha’-u rasik la hatene saida makakontese. Tender halo kala halo, ida ne’e halo ajust-amentu de’it, negosiasaunde’it, indikasaun direita,

Ami sente duvida hopresu 0,75 ne’ebé kompa-ñia ETO aprezenta, tanbapresu pertamina nian baz-eia ba presu internasionálho teks 0,78, maibé oinsákompañia ETO bele halo‘penawaran’ 0,75 ho orsa-mentu U$ 18 juta dolarAmerikanu ne’ebé ko-ntráriu ho presu intern-asionál.

Maski kompañia ETOhalo ‘penawaran di bahwaharga estandar inter-nasionál’, maibé Governupresiza hatene mina niniakualidade no kuantidadene’ebé kompañia ETO atufornese ba Governu hopresu ne’ebé baratu, tanbaselae sira bele halo ‘pena-waran’ ho presu baratu,maibé ba sosa fali minane’ebé la iha kualidade di-’ak no to’o ikus estraga falijeradór sira.

Klaru katak, ema bisni-smen hakarakbuka mananla’ós atu lakon, ne’e dunikarik buat hirak ne’e beleakontese mós, maibé bakompañia NEW MACHlakohi buat hirak ne’e atuakontese, tan ne’e siraninia presu bazeia nafatinba presu internasionálne’ebé iha.

“Presu ne’ebé komp-añia NEW MACH aprezen-ta 0,78 ho orsamentu 18-,672,000.00, ne’e duniami labele halo manipula-saun hasoru Governu hodihalo ‘penawaran’ oin seluk

single source,bazeadu bakompeténsiasaida, buat sirane’e hotu ha’ula hatene.”

Resp ondekona ba de-sizaun hirakne’e, Diretórk o m p a ñ i aNEW MACH.Lda DomingosS i t o r u shateten, Nu’udar sidadau-n Timor ema hotu ihadireitu para tuir konkursupúbliku ne’ebé hala’o husiGovernu, inklui KompañiaEsperansa Timor Oan(ETO) ne’ebé manan onatender Suplay mina EDTL.Maibé, hare fila fali ba pr-osesu tenderizasaun, hat-udu iha monopóliu no ma-nipulasaun makas, tanbakompañia ETO hetan onaprojetu husi Governu ha-mutuk 5 mak hanesan,transporte tula Mina EDTLnian iha Distritu 13, hetankupaun enxe mina ba ka-rreta Governu iha parteLeste durante tinan 3,fornese mina ba OspitálSaúde iha Distritu, fornesemina ba Prizaun DistrituDili no Ermera no mós for-nese mina ba DistrituOekusi, maibé agora dau-daun kompañia referehetan tan Suplay of HSDTFULL ba EDTL.

“Ho razaun hirak ne’e,ami kompañia Timor oan

sira seluk konsidera, pro-sesu tenderizasaun forne-se mina baEDTL iha indik-asaun manipulasaun nomonopóliu makas, tanbahanesan timor oan amisente la iha direitu atupartisipa iha prosesudezenvolvimentu nasaunnian “konfesa Diretór Ko-mpañia NEW MACH Do-mingos Sitorus ba JornálTempo Semanál iha OtélVentura Sábadu foin lalais.

Ho liman hatudu helaba dokumentu s teknikalproposal ne’ebé hatuurhela iha meza leten, dire-tór ne’e klarifika ho oin ha-mnasa katak, tuir loloosGovernu tenke hare didi’-ak prosesu tenderizasaun,atu nune’e la iha ema idamak bele monopóliu nohala’o manipulasaun baprosesu tenderizasaun,hodi nune’e bele fó mósoportunidade ba kompa-ñia sira seluk ne’ebé seid-auk hetan oportunidadehusi Governu atu kaer pro-

jetu, la’ós fó ba kompañiane’ebé hetan ona projetubarak husi Governu makkaer nafatin.

Tuir esplikasaun husidiretór kompañia NEWMACH katak, dala barakmosu problema kona bamina ne’ebé enxe ba tankeEDTL nian, tanba dehanmina hirak ne’e semprekahur nafatin ho bee to’o50 ton, nune’e mós inf-ormasaun seluk dehankatak, mina ne’ebé tula baDistritu dala barak la to’oiha ne’ebá, tan ne’e ko-mpañia NEWMACH mosuhodi hola parte iha konk-ursu ida ne’e para belekolabora ho Governu hodiSuplay mina.

Kompañia NEWMACHsei kaer metin ninia prins-ípiu no sei la sees an husipertamina estranjeiru,tanba iha Timor pertam-ina mak Suplay mina hokuantidade di’ak no niniapresu tuir estandarinternasionál...P>9

New. Husi Paj....1

. Foto/ts RicoDiretur Kompainia NEW MACH Domingos Sitoruswainhira dadalia ho Jornalista Tempo Semanal iha Otel Ventura


Que longa ausência...

Não há desculpas, mas todos já sabem da minha falta de tempo...As fotografias continuam à espera da minha atenção dedicada...Os desenhos também estão a aguardar as aguarelas...

Não há como partilhar as coisas assim como estão (ou então não saem da "gaveta")!

Esta é a rua principal de Maubisse, no interior de Timor. Do lado esquerdo da rua, mesmo junto às árvores, fica a loja Bensa au Ama, que significa Benção ao Pai - gesto típico que se usa muito em Timor e se usava muito em Portugal, pedir a benção aos familiares mais velhos.

Bom, a loja é de um tio da Ketta. São muitas as aventuras que o tio Tonito tem para contar, sobretudo durante a ocupação indonésia. Desde os favores que se tinham de fazer para não lhe fecharem a loja, à preocupação de cuidar de toda a gente de Maubisse, para que não lhes faltasse arroz.É um homem incrível, com um sorriso contagiante. Faz-nos sentir em casa... como se fôssemos família de sangue!

Quem for a Timor tem de ir conhecer a Bensa au Ama!

Diário Gráfico

No dia em que cheguei a Timor o Crisaldo estava doente.Mais tarde vim a saber que só saiu de casa para ir ao aeroporto porque queria saber quem era o malai (estrangeiro) que ia ficar ali em casa durante tantas semanas...

Perguntei o que tinha e disseram-me que malária. Estava deitado na cama com ar doente e muito cansado. Perguntei-lhe se podia desen-há-lo... mostrei-lhe os desenhos do diário gráfico para o convencer...

Quando ficou bom estava sempre a pedir-me o caderno para mostrar aos primos como estava desenhado....... acho que vou falar bastante deste miúdo...... quando cheguei tratava-me por malai, mas passados um ou dois dias já era o mão (de irmão) Mário...

Tempo e Clima

Su Doku

Clima tropical de monção. É muito quente e seco de julho a no-vembro, com a monção oeste trazendo as chuvas de dezembro a março. É mais frio e mais úmido na região montanhosa.

temposemanal

Angelita Pires ameaça processar Ramos-Horta por difamação, depois de absolvida

O Nobel da Paz, Lech Walesa, disse hoje ser preciso “fazer uma revolução” da riqueza.

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