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Fabiano Chaves Jornal O Tempo_JUL 2009 junho 2012 ar do pouco tempo de em fevereiro de 2008, ônica de Minas Gerais mulando respeito e se ncia em todo o país.”

Temporada 2012 | Junho

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Fabiano Chaves Jornal O Tempo_JUl 2009

junho 2012

“Apesar do pouco tempo de sua fundação, em fevereiro de 2008,

a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais já vem acumulando respeito e se

tornando uma referência em todo o país.”

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A Filarmônica é toda sua.

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Estão falando sobre você.Sobre você que é o motivo da Orquestra Filarmônica existir.Sobre você que é exigente com o que ouve.Sobre você que às terças e quintas espera se surpreender.Estão falando sobre você.Você que colabora para que a Filarmônica seja uma das melhores orquestras do país.Você que faz diferença a cada concerto.Você é a razão disso tudo. Pode se orgulhar.Quando falam sobre a Orquestra Filarmônica estão falando de você.Receba cada aplauso. Você é a orquestra.A Filarmônica é toda sua.

A família das cordas tem um importante papel de sustentação no som de uma orquestra. Os primeiros violinos, naipe mais numeroso, são a voz melódica, geralmente responsáveis pela realização do tema musical. O violino é um instrumento com grande variedade de expressão, capaz de produzir uma enormidade de sons e timbres. Ele também chama a atenção pela própria beleza do instrumento e pela fabricação sofisticada. Sua forma clássica foi forjada a partir do final do século XVI até início do XVIII, quando as famílias Amati, Stradivari, Guarnieri e Ruggeri o fabricaram em Cremona, Itália, cidade famosa por ter sido o berço de alguns dos melhores violinos já feitos na história. Nas últimas décadas, Cremona vive um renascimento na produção do instrumento. Na orquestra, os primeiros violinos ficam à esquerda do maestro e têm em sua primeira estante o spalla, violinista principal que lidera tanto o naipe como toda a orquestra, abaixo do maestro. A Filarmônica de Minas Gerais tem 14 primeiros violinos, chefiados pelo spalla Anthony Flint.

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pÁg. 7

Série vivace 5 de junho

Fabio Mechetti REGENTE

Misha Keylin VIOlI NO

ALEXIM Reações (Estreia mundial)STRAVINSKY Sinfonia em três movimentos

LALO Sinfonia EspanholaFALLA A vida breve: Interlúdio e Dança

Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam

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Caros amigos e amigas,

A Filarmônica traz em seu único concerto sinfônico do mês o violinista Misha Keylin interpretando a famosa Sinfonia Espanhola do compositor francês Edouard lalo. O caráter espanhol prevalece neste concerto com a execução de dois trechos da Vida Breve de Manuel de Falla. Continuando nossa missão de divulgar e valorizar os novos compositores brasileiros estrearemos Reações, encomendada ao último vencedor do Festival Tinta Fresca, Vicente Alexim. A diversidade do programa alcançará também uma das obras mais importantes de Igor Stravinsky, concebida dentro de uma visão neoclássica, mas que evidencia também a influência do jazz na obra do compositor russo.

Não obstante o fato de termos apenas um concerto de assinatura este mês, a Filarmônica participa em grande estilo como orquestra convidada do Palácio das Artes na produção de Tosca de Giacomo Puccini. Serão seis récitas que certamente demonstrarão a grande flexibilidade da nossa Filarmônica, tanto no campo sinfônico quanto operístico.

Espero que todos aqueles que amam a música sinfônica e a música lírica possam aproveitar essas oportunidades.

Tenham um bom concerto.

FA b I O M E C h E T TIDiretor Artístico e Regente Titular

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Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da bbC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere.

No brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Trabalhou com artistas como Alicia de larrocha, Thomas hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen battle, entre outros.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor.

Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

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FABIO

Mechetti

DIRETOR ARTíSTICO E REGENTE TITUlARORQUESTRA FIlARMôNICA DE MINAS GERAIS

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Fabio Mechetti

Misha Keylin

Vicente ALEXIM

Igor STRAVINSKY

Édouard LALO

Misha Keylin

INTERVALO

pROgRAMA

Manuel de FALLA

Reações (Estreia mundial)Obra comissionada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Sinfonia em três movimentosAllegroAndante – InterludioCon moto

Sinfonia Espanhola, op. 21Allegro non troppoScherzandoIntermezzo AndanteRondo

SOlISTA

REGENTE

VIOlINO

A vida breve: Interlúdio e Dança

20h30

5 junho

Grande Teatro do Palácio das Artes

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O violinista russo Misha Keylin vem consolidando rapidamente sua promissora carreira desde a estreia fenomenal no Carnegie hall aos 11 anos. Sua musicalidade exuberante, afiado discernimento interpretativo e rara beleza tonal conquistaram críticos e lhe trou-xeram a aclamação do público em todo o mundo. Indicado para uma vasta gama de repertórios, Keylin está atraindo atenção com a estreia mundial de uma série completa de três CDs com sete concertos para violino de henry Vieuxtemps, lançada recentemente pela Naxos. Essas gravações já ven-deram mais de 85.000 cópias em todo o mundo, receberam inúme-ros elogios da imprensa e prêmios (como a “escolha da crítica” pelo The New York Times, Gramophone e The Strad). Também para a Naxos, ele prepara gravações de peças de Vieuxtemps e de Max bruch.

Em uma carreira que já abrange quarenta países em cinco conti-nentes, Keylin tem colaborado com maestros ilustres como Roberto benzi, Richard bradshaw, Irwin hoffman, Eliahu Inbal, Vakhtang Jordania, Chosei Komatsu, Alexan-der Schneider, Jörg-Peter Weigle, bruno Weil e Takuo Yuasa. Como solista convidado, apresentou-se com a Orquestra Filarmônica de

Aos nove anos, Stephanie Jeong era uma das mais jovens estudantes admitidas no famoso Curtis Institute, na Filadélfia, para estudar com o renomado violinista Aaron Rosand.

MIshA

Keylin

Daqueles casos raros em que se tem pele de concertista... Monteiro tem o poder de sensibilizar o público através da epiderme, fazendo com que o espectador viva a música com ele, em uma espécie de comunhão. É um dom muito especial...Albert MAllofré, lA VAnguArdiA, espAnhA

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São Petersburgo, Orquestra de Câmara de leipzig, Filarmônica de Marselha, NDR Filarmônica de hannover, Israel Sinfonietta, Filarmônica de bolonha, Orquestra de Câmara Amadeus, Filarmônica de brandemburgo e Filarmônica do Chile. Também tocou com a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia, letônia, Colômbia, Cos-ta Rica e outros grupos notáveis. Concertos e recitais nos Estados Unidos o têm levado a eventos em Nova York, los Angeles, Chicago, Washington DC, Seattle, Charlotte, Indianápolis, Atlanta, Denver e São Francisco. Como camerista, é convidado frequente nos festivais de Aspen, Ravínia e de Música de Câmara Australiana.

Nascido em 1970, Misha Keylin ini-ciou os estudos musicais com a mãe em São Petersburgo. Emigrou para os EUA aos nove anos e foi imedia-tamente aceito como aluno pelo lendário Dorothy Delay na Juilliard School. Depois de ganhar o cobiça-do prêmio Waldo Mayo de Nova York como Melhor Intérprete Jovem do Ano, Keylin foi premiado nas pres-tigiosas competições de hannover, Paganini, Sarasate e Viña del Mar. Além disso, desde 1995 vem rece-bendo o prêmio anual da Clarisse b. Kampel Foundation. Atualmente, Misha Keylin reside em Nova York.

Seu timbre é rico, com um controle de cor penetrante e misterioso; sua técnica é impecável, há uma certa elegância eslava que traz o concerto à vida com leveza e virtuosidade. Gramophone, reino Unido

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[...] com timbres ruidosos que naturalmente se misturam contrastam-se sons facilmente distinguíveis que apresentam o material musical com clareza.

Nascido no Rio de Janeiro, o autor da obra que a Filarmônica de Minas Gerais executa hoje em primeiríssi-ma audição é bacharel em Clarinete pela Escola de Música da Universida-de Federal do Rio de Janeiro, formado na classe do professor Cristiano Alves. Vicente Alexim foi também aluno do curso de bacharelado em Composição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, sob a orientação dos professores Marcos lucas e Caio Senna.

Como clarinetista, integrou grupos como a Orquestra Sinfônica bra-sileira Jovem e a Orquestra Jovem do brasil. Atualmente, é membro do GNU (Grupo Novo da UNIRIO), grupo de câmara voltado à pesquisa e performance da música contempo-rânea. Junto ao GNU tem realizado trabalho significativo de fomento e divulgação da música atual, sendo responsável, como intérprete, por diversas estreias de obras dedicadas ao grupo, escritas por compositores brasileiros e estrangeiros.

Em sua atividade como compositor, Vicente Alexim teve obras executa-das em importantes eventos volta-dos à música contemporânea, como o Encontro Nacional de Composito-res Universitários, e em mostras na-cionais de grande prestígio, como o Panorama da Música brasileira Atual

e as bienais de Música brasileira Contemporânea. Na edição de 2009, a sua participação na XVIII bienal incluiu a execução, como solista, do Concerto de Câmara para clarineta e orquestra, de sua autoria, obten-do reação entusiástica de crítica e público. No ano seguinte, apresen-tou a mesma peça junto à Orquestra Sinfônica brasileira Jovem.

Em 2011, Alexim foi o vencedor da terceira edição do Festival Tinta Fresca, realizado pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, com a sua obra Três Poemas sobre Luz.

Atualmente, é aluno do curso de Mestrado em Clarineta da Manhattan School of Music, Estados Unidos.

A respeito da obra Reações, diz o autor:

Reações, de 2012, lida com a interação entre diferentes objetos sonoros. A obra propõe um ambiente em que identidades musicais diver-sas derivam-se umas das outras e influenciam-se mutuamente. Essa interação é explorada de diversas formas, sejam elas mais diretas – como a evidente transformação de um objeto em outro – ou mais sutis, como a gradual modificação de uma sonoridade a partir de intervenções de outros materiais sonoros.

ReaçõesESTREIA MUNDIAl

Para caracterizar essas diferentes identidades, a obra faz amplo uso de técnicas instrumentais para a obten-ção de sons não convencionais da orquestra, em paralelo com o idioma já tradicional dessa formação. Sendo assim, com timbres ruidosos que naturalmente se misturam, ocasio-nando a perda da individualidade dos diferentes instrumentos e grupos instrumentais, contrastam--se sons facilmente distinguíveis que apresentam o material musical com clareza.

Dentre as peças que compartilham certas características com Reações e, por isso, são uma valiosa forma de contato com essa linguagem, incluem-se a obra para orquestra Osiris (2008), de Matthias Pintscher, o quarteto de cordas Nymphea (1987), de Kaija Saariaho, e o concerto para violino Offertorium (1980), de Sofia Gubaidulina. Todas essas obras estão disponíveis para apreciação na internet.

bRASIl, 1987

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AlexiM

Para ouvirAtmosferas (1961), de György ligeti www.youtube.com/watch?v=fXh07JJeA28

Osiris (2008), de Matthias Pintscher youtu.be/MYywoMfsmbENymphea (1987), de Kaija Saariaho youtu.be/PsI-TYNR138Offertorium (1980), de Sofia Gubaidulina Parte 1: youtu.be/P_rWvfVugi0 Parte 2: youtu.be/2WAiIeli_kI Parte 3: youtu.be/wte-RghAtRc

ANO DE COMPOSIçãO_ 201214 min

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Nesse caminho neoclássico, Stravinsky nunca deixa de ser Stravinsky. Sobretudo na rítmica e no trabalho timbrístico das orquestrações, seu gênio inventivo permanece vigoroso.

Já é quase costume dizer que se podem notar, no início do século XX, duas grandes tendências nos proces-sos de criação musical: uma de orientação continuísta e, a outra, de orientação revolucionária. À primeira, associam-se os nomes dos integran-tes da Segunda Escola de Viena (Schoenberg, Webern e berg), cujos caminhos, abertos pelo cromatismo wagneriano, levam ao esfacelamento e à desintegração do Sistema Tonal. Na segunda tendência, mencionam-se quase sempre os nomes de Debussy e Stravinsky. Por demasiado simplifica-dora que seja essa abordagem, ela revela, realmente, caminhos significa-tivos que o século XX percorre no campo da criação musical e que trazem em comum um ponto substancial: o abandono, de uma forma ou de outra, do Sistema Tonal, que já não se mostra suficiente para as necessidades expressivas do homem contemporâneo. A dissonân-cia se liberta, o timbre e a rítmica adquirem nova dimensão em sua significação e a forma musical começa a ser abordada menos em estruturas preestabelecidas que por uma gestalt gerada pela própria obra.

Se os compositores da Segunda Escola de Viena fundaram uma “Escola”, Debussy e Stravinsky, porém, não deixaram seguidores. No entan-to, sua influência e a de suas lingua-

gens foram decisivas para as princi-pais correntes do século XX que os sucederam (e o são até hoje). Desde suas primeiras obras (O Pássaro de Fogo, Petrushka, A Sagração da Primavera), Stravinsky ao mesmo tempo deslumbra e causa assombro. No plano harmônico, seguindo a esteira antes inaugurada por Debussy, os agregados sonoros sem qualquer ligação com o Sistema Tonal são amplamente empregados. Ao mesmo tempo ele não hesita, por vezes, em recuperar elementos tonais, ora sobrepondo-os, ora usando-os sem mascaramentos, mas inseridos de tal forma em contextos inauditos, que acabam por criar uma sensação de ambiguidade que relativiza sua própria natureza. Na rítmica, a originalidade da técnica e a assime-tria audaciosa e perturbadora subvertem o sentido de causalidade da métrica tradicional. Mas é sobre-tudo no campo da forma musical que ele é realmente revolucionário. Em poucas palavras, se na harmonia ele não procura reformar nem fazer ruir totalmente o Sistema Tonal, Stravinsky é, usando de uma metáfo-ra, “atonal” na forma.

há quem sugira dividir em quatro fases a sua obra e sua linguagem: até 1914, as obras-primas dos primeiros balés. De 1914 a 1922, obras com pequenas formações instrumentais,

Sinfonia em Três Movimentos

cuja linguagem é mais voltada para a textura contrapontística que a harmônica (é desse período a genial História do Soldado). De 1922 a 1953, um olhar que se volta para a herança da Tradição Ocidental, em que se notam tendências neoclássicas. De 1953 até sua morte, em 1971, Stravinsky adota certa postura reacionária, fazendo frente às investidas ousadas de seus contem-porâneos e usando técnicas do Serialismo em seus processos de composição.

A Sinfonia em Três Movimentos pertence à terceira dessas fases, junto com outras obras de grande significa-do: a Sinfonia dos Salmos (composta em 1930), a Sinfonia em Dó (1940), Orpheus (balé composto em 1947) e a Missa (que data de 1951). Dessas obras, apenas a primeira não foi composta em solo norte-americano. Stravinsky toma residência em beverly hills desde 1940 – a quinze quilômetros de onde morava Schoen-berg! – e em 1945 se naturaliza cidadão estadunidense.

Encomendada pela Philharmonic Symphony Society de Nova York, a Sinfonia em Três Movimentos foi concluída em 1945 e estreada em janeiro do ano seguinte, pela Orques-tra Filarmônica de Nova York, sob a regência do próprio compositor.

Para lerCD Igor Stravinsky – Symphony in Three movements, Symphony in C and Symphony of Psalms – CbC Symphony Orchestra, Columbia Symphony Orchestra – Igor Stravinsky, regente – Sony – 1988

Para lerIgor Stravinski e Robert Craft – Conversas com Igor Stravinski – Tradução de Stella Rodrigo Octavio Moutinho – São Paulo – Perspectiva – 1984

Roland de Candé – história Universal da Música – Tradução de Eduardo brandão – vol. II, p. 194-216 – Martins Fontes – 1994

RúSSIA, 1882 – ESTADOS UNIDOS, 1971

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ANO DE COMPOSIçãO_ 194522 min

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Nessa obra, como em outras desse período, Stravinsky lança um olhar para o passado musical do Ocidente, não, porém, com a intenção de reconstituí-lo ou restaurá-lo, mas talvez numa tentativa de “chamada à ordem”, de sua própria linguagem, até então fundamentada em investi-das espantosamente originais e arrojadas. Nesse caminho neoclássi-co, contudo, Stravinsky nunca deixa de ser Stravinsky. Sobretudo na rítmica e no trabalho timbrístico das orquestrações dessa fase, seu gênio inventivo permanece vigoroso. Além disso, podem-se ouvir, na Sinfonia em Três Movimentos, materiais de obras anteriores: os ostinatos e acentos deslocados do terceiro movimento, por exemplo, parecem evocar trechos da Sagração da Primavera. Ademais, a reorganização de materiais de obras não concluídas também foi fonte para a elaboração dessa Sinfonia: a presença evidente do piano no

primeiro movimento vem provavel-mente de um projeto inacabado de um concerto para piano. A harpa é posta em relevo no segundo movi-mento, mas, no terceiro, ambos são tratados em mesmo grau de impor-tância.

Stravinsky se referia a essa obra como a sua “Sinfonia da Guerra” e a considerava como uma espécie de reação aos eventos da Segunda Guerra Mundial. Embora revele um Stravinsky menos provocador, se comparado ao da Sagração, essa obra não deixa de trazer a marca desse artista cuja obra ajudou a definir os rumos da Música Ocidental a partir do século XX.

Moacyr Laterza FilhoPianista e cravista, Doutor em literaturas de língua Portuguesa pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais e na Fundação de Educação Artística.

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O estilo de Lalo marca-se com características típicas da melhor tradição francesa: a clareza das ideias e das formas, a leveza de expressão e a nitidez do colorido orquestral.

Édouard lalo, excelente violinista, contribuiu consideravelmente para o renascimento da música instru-mental francesa no final do século XIX. Em 1855, abdicou da carreira de solista e criou o quarteto de cordas Armingaud, visando a difusão da música de câmara, gênero en-tão pouco valorizado na França. Apresentou ao público parisiense os quartetos de haydn, Mozart e beethoven. Em 1871, participou da fundação da Sociedade Nacional de Música, dedicada exclusivamente à divulgação do repertório e dos com-positores daquele país.

O estilo de lalo, elogiado por con-temporâneos como Fauré, Chausson, Debussy e Chabrier, marca-se com características típicas da melhor tra-dição francesa: a clareza das ideias e das formas, a leveza de expressão e a nitidez do colorido orquestral.

Em sua obra mais conhecida, a po-pular Sinfonia Espanhola, o compo-sitor explora os ritmos ibéricos que, na época, representavam inovação ousada para a música francesa e uma reação efetiva à hegemonia da música germânica. A ensolarada Espanha opunha-se, no imaginário francês, ao soturno universo wagne-riano. (A Carmen, de bizet, estreou pouco depois!). A Sinfonia foi dedi-cada ao célebre violinista espanhol

Pablo de Sarasate, que a estreou em Paris a 7 de fevereiro de 1875 nos Concertos Populares. Formalmente, a Sinfonia Espanhola aproxima-se muito de um concerto para violino e orquestra – apesar da ausência de cadências, as exigências ao intérprete são enormes e a peça integrou-se defini-tivamente ao repertório concertante dos violinistas. O título de Sinfonia provavelmente procura enfatizar o importante papel da orquestra no conjunto da peça que, sob esse aspecto, lembra também a forma da sinfonia concertante. Por outro lado, o emprego insistente de ritmos es-panhóis confere à partitura a feição de uma suíte de danças, ordenada em cinco movimentos:

O Allegro non troppo inicial segue a forma sonata de dois temas, man-tendo a organização de uma sinfo-nia tradicional. A discreta ambien-tação espanhola utiliza o ritmo da malagueña.

No Scherzando, o pizzicato da orquestra acompanha a sinuosa me-lodia do solista. O tema sincopado, com surpreendentes deslocamentos dos acentos, salta sobre o ritmo da seguidilla, em clima de livre impro-visação.

O Intermezzo – Allegretto é a parte mais tipicamente espanhola da

Sinfonia Espanhola, op. 21

obra, com o ritmo de uma habanera alegremente descontraída.

O Andante tem a forma A-b-A típica de canção. As cordas graves e os metais anunciam, com um coral sombrio e expressivo, o tema que, depois, será confiado ao violino. O aspecto hispânico confunde-se com os ritmos variados à moda cigana.

No Rondo-Allegro final, após uma le-víssima introdução (dois oboés, duas flautas e a harpa), o motivo exposto pelo fagote cria um baixo ostinato, sobre o qual o solista desenha a melodia de um saltarello em suces-sões de notas rápidas, virtuosísticas e sincopadas. há uma recordação da malagueña do primeiro movimento; um último tema – Poco più lento – desenvolve-se livremente; e o re-torno dos motivos iniciais do rondó conclui a obra de maneira brilhante.

paulo Sérgio Malheiros dos SantosPianista, Doutor em letras pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais, autor do livro Músico, doce músico.

Para ouvirCD lalo – Synphonie Espagnole – Royal Concertgebouw Orchestra – Charles Dutoit, regente – Sarah Chang, violino – EMI Classics – 1995

Para lerÉmile Veuillermoz – histoire de la Musique: lalo – Éditions Fayard – 1960

FRANçA, 1823 – 1892

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Como tudo na obra de Falla, La Vida Breve continua surpreendente! Com isso, revela genuinamente a criatividade desse grande rebento da arte espanhola.

O historiador e musicólogo francês Roland de Candé afirma categori-camente que “Manuel de Falla é o maior músico que a Espanha conhe-ceu desde Victoria, o mais autêntico e o mais interiormente espanhol”. O fato é que Candé nunca fica em meios-termos nas suas opiniões e raramente esconde seu entusiasmo (ou a falta dele), revelador de uma orientação crítica muito bem defini-da. Tendências pessoais à parte, se se puder abstrair um pouco do teor hiperbólico de tal afirmação, vê-se que ela tem realmente uma gran-de parcela de verdade. Os autores espanhóis da virada do século XIX para o século XX, cujos principais representantes são Isaac Albéniz e Enrique Granados, nunca consegui-ram se libertar de todo da lingua-gem romântica de que são herdeiros diretos. A essa linguagem, cujo prin-cipal modelo, tanto para um quanto para outro, é liszt (que foi inclusive professor de Albéniz), ambos con-seguem associar ao mesmo tempo aspectos das novas tendências da música francesa e certos aspectos ti-picamente característicos da música tradicional espanhola. Tendo ambos vivido na Paris da Belle Époque, aí travaram contato direto com Debussy e Ravel e apresentam a uma França maravilhada uma música bem diferente do Capricho Espanhol de Rimski-Korsakov, da Carmen de

bizet, ou da España de Chabrier. Al-béniz e Granados fazem uso de suas raízes folclóricas sem recair no mero emprego de “exotismos aplicados” (muito embora por vezes quase se rendam a eles), inaugurando uma corrente estética original, que cultiva o material regional atribuindo-lhe sempre novas significações. Por isso mesmo a Escola Espanhola é exem-plar e, se se afirma definitivamente com Albéniz e Granados, culmina em Manuel de Falla.

Nessa perspectiva, a música de Falla se torna um pouco menos enigmá-tica do que a sua própria figura: esse andaluz nascido em 1876, extrema-mente tímido e retraído, um tanto hipocondríaco, sempre cuidadoso em sua higiene pessoal, celibatário austero e profundamente religioso, parece ter sublimado suas paixões pelas vias da arte e do misticismo. Compositor meticuloso, cujos pro-cessos criativos eram naturalmente morosos em função de uma feroz autocrítica, deixou um legado nume-ricamente modesto: cerca de trinta e seis obras. No entanto, essa produti-vidade contida é um marco decisivo na Música Espanhola e inaugura um caminho insuspeito para a aurora dos Novecentos: se Albéniz e Grana-dos são herdeiros do Romantismo, Manuel de Falla é definitivamente um compositor do século XX.

A Vida Breve : Interlúdio e Dança

Seu trajeto como compositor, menos que uma linha evolutiva, parece traçar uma espiral, que acompanha também o uso que ele faz dos ele-mentos da música tradicional espa-nhola. A exuberância das primeiras obras vai cedendo lugar (inclusive no campo da orquestração e do trabalho timbrístico) a um despo-jamento depurado, destilando uma linguagem cada vez mais original e pessoal: uma espiral que aponta em direção ao alto, que parte da exterio-ridade iluminada que se ouve em El Sombrero de Três Picos e chega a uma espécie de desnudamento ascético, francamente adotado no Concerto para Cravo. Os “espanholismos” da primeira fase não são abandona-dos no percurso dessa espiral, mas filtrados infinitas vezes até chegar a suas porções mais essenciais. São desconstruídos e reconstruídos até que se lhe apresentem como maté-ria-prima nova e bruta.

La Vida Breve pertence àquela primeira fase e foi a obra que tirou Manuel de Falla do anonimato, ao ganhar o prêmio da Real Academia de belas Artes de Madri. No entanto, posto que composta entre 1904 e 1905, essa pequena ópera em dois atos somente foi estreada em 1913, em Nice. Durante esse período, Falla fez diversas revisões na partitura, so-bretudo na instrumentação, ajudado

Para ouvirCD Manuel de Falla – la Vida breve, El Amor brujo, El Sombrero de Tres Picos – Orquestra Nacional de España, Philharmonia Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – EMI – 2001

Para lerRoland de Candé – história Universal da Música – Tradução de Eduardo brandão – vol. II, p. 194-216 – Martins Fontes – 1994

ESPANhA, 1876 – ARGENTINA, 1946

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pelos conselhos do compositor Paul Dukas, seu amigo. Em La vida Breve Falla questiona, em primeiro lugar, o gênero: embora ópera, o tratamento sinfônico é de tal forma valorizado que adquire evidência até então pouco comum.

Ainda que obra de juventude, La Vida Breve já apresenta aspectos emba-sadores da linguagem de Manuel de Falla: a escrita austera e precisa, o emprego peculiar do material folclórico espanhol, sem recair em exotismos, mas depurado em ele-mentos fundamentais (o que pode ser entrevisto, por exemplo, no em-prego do violão em sua orquestra-ção), o uso, nas linhas melódicas, dos modalismos e das inflexões do canto tradicional espanhol, que põem em xeque o tratamento vocal segundo a tradição do bel canto. Seus trechos puramente instrumentais (sobre-tudo Interlúdio e Dança), mesmo desvinculados da ópera, assumem tal vigor em unidade e coesão, que acabaram por se incorporar ao re-pertório sinfônico.

La Vida Breve pode ser vista, assim, por um lado, como uma obra-chave na linguagem de Falla. Por outro lado, porém, pode ser entendida como uma espécie de síntese de ten-dências várias da música espanhola, apontadas por seus predecessores ou contemporâneos. Uma espécie de resultante (no sentido matemático do termo) das “fontes primárias”, sobretudo advindas do Romantismo Italiano e de liszt, e das fontes que lhe são (ao próprio Falla) diretas: seus contemporâneos franceses (so-bretudo Debussy) e espanhóis (em especial Albéniz), além do folclore musical andaluz. Como tudo na obra de Falla, La Vida Breve continua sur-preendente! Com isso, revela genui-namente a criatividade desse grande rebento da arte espanhola.

Moacyr Laterza FilhoPianista e cravista, Doutor em literaturas de língua Portuguesa pela PUC Minas, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais e na Fundação de Educação Artística.

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OlÁ,ASSinAnte

Quando você não puder comparecer a um concerto, doe seu ingresso.

Com o Ingresso Solidário, a Filarmônica leva a música clássica a escolas de música parceiras. É muito simples:

basta você enviar um e-mail para [email protected] ou ligar para a Assessoria de Relacionamento, telefone (31) 3219-9009.

Mas lembre-se: para viabilizar a doação, precisamos de, no mínimo, 24 horas de antecedência.

Saiba tu d o s o b re a sua Fi

larm

ônica

Agora, você que é assinante da Filarmônica tem mais um canal de comunicação com a Orquestra. Todos os meses, a página do assinante vai trazer novidades e informações importantes sobre concertos e tudo o que envolve a Filarmônica. E lembre-se de que você ainda conta com o e-mail [email protected], o telefone (31) 3219-9009 e o site www.filarmonica.art.br para se manter por dentro do que acontece com a sua Orquestra.

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concertoS para a JuventudeRealizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar pú-blico para a música clássica. As apresen-tações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas.local: Teatro Sesc Palladium horário: 11 horas da manhã Datas:25 de março 27 de maio 12 de agosto30 de setembro 21 de outubro11 de novembro

cláSSicoS no parqueRealizados em parques e praças da RMbh, proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscan-do democratizar o acesso da população em geral à música clássica. Em 2012 as datas são:

6 de maio Praça do Papa, Mangabeiras, 19 horas

20 de maio Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia, 11 horas

19 de agosto Praça Duque de Caxias, Santa Tereza, 11 horas

2 de setembro Praça da liberdade, Funcionários, 11 horas

16 de setembro Inhotim, brumadinho, 15h30

concertoS didáticoSDe caráter educativo, não são concer-tos abertos ao público, mas destinados exclusivamente a grupos de crianças e

jovens da rede escolar pública e particu-lar e instituições sociais. Serão realizados três grandes concertos no auditório do Sesc Palladium.

FeStivaiSO Festival Tinta Fresca procura identificar e promover novos compositores brasi-leiros. O concerto de encerramento será realizado no Sesc Palladium no dia 20 de setembro. O laboratório de Regência tem por finalidade dar oportunidade a jovens regentes brasileiros, de comprovada experiência, de desenvolver, na prática, a habilidade de lidar com uma orquestra profissional. Concerto no Sesc Palladium, dia 8 de dezembro.

turnêS eStaduaiSAs turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha o contato direto com música sinfônica de excelência. Nove municípios serão contemplados em 2012.

turnêS nacionaiS e internacionaiSCom essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colo-car o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clás-sica. Em 2012, a Orquestra se apresentará no Festival de Campos do Jordão e fará sua primeira turnê internacional para o Cone Sul, com concertos na Argentina (buenos Aires, Rosário e Córdoba), no Chile (Santiago) e no Uruguai (Montevideo).

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AcOMPAnhe A FIlArMÔnIcA eM OutrAs

SÉRieS de conceRtoS

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junho

turnê eStadual

6 de junhoquarta-feira, 19h ItabiraMarcos Arakaki REGENTE

VERDI/ VIllA-lObOS / DUKAS / PIAZZOllA / J. WIllIAMS / TChAIKOVSKY

temporada de Ópera da Fundação clÓviS Salgado

17, 19, 21, 23, 26 e 28 de junhoPalácio das ArtesRoberto Tibiriçá REGENTE

PUCCINI Tosca

julho

Série allegro

5 de julhoquinta-feira, 20h30 Palácio das ArtesFabio Mechetti REGENTE

Nelson Freire PIANO

bERIO/ MOZART / FAllA / RAVEl

Série vivace

17 de julhoterça-feira, 20h30 Palácio das ArtesFabio Mechetti REGENTE

Johannes Moser VIOlONCElO

WAGNER / hINDEMITh / R. STRAUSS

Série allegro

26 de julhoquinta-feira, 20h30Palácio das Artes

Fabio Mechetti REGENTE

luíz Filip VIOlINO

GUARNIERI / ShOSTAKOVICh

FeStival internacional de inverno de campoS do Jordão

28 de julhosábado, 21hFabio Mechetti REGENTE

luíz Filip VIOlINO

GUARNIERI / ShOSTAKOVICh

FeStival internacional de múSica colonial BraSileira e múSica antiga

29 de julhodomingo, 20h30Juiz de ForaFabio Mechetti REGENTE

luíz Filip VIOlINO

WAGNER / GUARNIERI / bERIO / RAVEl

*chefe de naipe **assistente de chefe de naipe ***chefe/assistente substituto ****músico convidado

oRQueSTRa FilaRMÔnica de MinaS GeRaiS

junhO 2012

diretor artíStico e regente titular

Fabio Mechettiregente aSSiStente

Marcos ArakakiprimeiroS violinoS

Anthony Flint spallaRommel Fernandes assistente de spallaAna ZivkovicArthur Vieira Tertobojana PantovicEliseu Martins de barrosJovana Trifunovic Marcio CecconelloMartha de Moura PacíficoMateus FreireRodolfo Marques ToffoloRodrigo de OliveiraTiago EllwangerSegundoS violinoS

Frank haemmer *leonidas Cáceres **Eri lou Miyake NogueiraGláucia de Andrade borgesJosé Augusto de Almeidaleonardo Ottoniluka MilanovicMarija Mihajlovic Radmila bocevRodrigo bustamante Valentina GostilovitchviolaS

João Carlos Ferreira *Roberto Papi **Cleusa de Sana NébiasGerry VaronaGilberto Paganini Glaúcia Martins de barrosMarcelo NébiasNathan MedinaKatarzyna Druzd William Martins violonceloS

Elise Pittenger ***Ana Isabel Zorro Camila PacíficoCamilla Ribeirolina Radovanovic Matthew Ryan-Kelzenberg Pedro bielschowskyRobson Fonseca contraBaixoS

Colin Chatfield *Nilson bellotto ** brian Fountain hector Manuel EspinosaMarcelo CunhaValdir Claudino

FlautaS

Cássia lima*Renata Xavier **Alexandre bragaElena SuchkovaoBoéS

Alexandre barros *Ravi Shankar **Israel Silas MunizMoisés PenaclarineteS

Dominic Desautels *Marcus Julius lander **Ney Campos FrancoAlexandre Silva FagoteS

Catherine Carignan * Ariana PedrosaAndrew huntrissRomeu RabeloFabio Cury **** trompaS

Evgueni Gerassimov *Gustavo Garcia Trindade **José Francisco dos Santoslucas Filho Fabio OgatatrompeteS

Marlon humphreys *Erico Oliveira Fonseca **Daniel lealtromBoneS

Mark John Mulley *Wagner Mayer **Renato lisboatuBa

Eleilton Cruz *tímpanoS

Patricio hernández Pradenas*percuSSão

Rafael Costa Alberto *Daniel lemos **Werner SilveiraSérgio AluottoHarpaS

Jennifer Campbell ****tecladoS

Ayumi Shigeta *gerente

Jussan FernandesinSpetora

Karolina limaaSSiStente adminiStrativo

Débora VieiraarquiviSta

Sergio AlmeidaaSSiStenteS

Ana lucia KobayashiKlênio CarvalhoMaíra Cimbleris

SuperviSor de montagem

Rodrigo Castromontador

Carlos Natanael

inSTiTuTo culTuRal FilaRMÔnica

diretoria executiva

Diretor Presidente Diomar Silveira Diretor Administrativo-financeiroTiago Cacique Moraes Diretora de ComunicaçãoJacqueline Guimarães FerreiraDiretor de Marketing e RelacionamentoThiago Nagib hinkelmann Diretor de Produção MusicalMarcos Souza equipe técnica

Gerente de Comunicação Merrina Godinho DelgadoGerente de Produção MusicalClaudia Guimarães ProdutoraCarolina Debrot Produtorluis Otávio Amorim ProdutorNarren Felipe Analista de Comunicação Andréa MendesAnalista de Comunicação Marcela DantésAnalista de Marketing de RelacionamentoMônica MoreiraAnalista de Marketing e ProjetosMariana TheodoricaAssistente de Comunicação Mariana Garcia Auxiliar de Produçãolucas Paivaequipe adminiStrativa

Analista Administrativo Eliana Salazar Analista de Recursos humanosQuézia Macedo SilvaAnalista FinanceiroThais boaventuraSecretária Executiva Flaviana Mendes Auxiliares AdministrativosCristiane Reis, João Paulo de Oliveira e Vivian FigueiredoRecepcionistalizonete Prates SiqueiraAuxiliar de Serviços GeraisAilda ConceiçãoMensageiroJeferson Silva Menor AprendizPietro Tayrone conSultora de programa

berenice Menegale

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PróxIMOs

conceRtoS

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foto

| A

ndré

Fos

sati

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PATROCíNIO

APOIO CUlTURAl

DIVUlGAçãO

APOIO INSTITUCIONAl

REAlIZAçãO

www. incon f i denc i a . com.b r

aparelHoS celulareS

Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

toSSe

Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. aplauSoS

Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente.pontualidade

Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.criançaS

Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

FotoS e gravaçõeS em áudio e vídeo

Não são permitidas na sala de concertos.

comidaS e BeBidaS

Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.

CUIDE DO SEU pROgRAMA DE CONCERTOS O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Desfrute da leitura e estudo.Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês.Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas e devolva-o, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro.O programa se encontra também disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br.

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www.filarmonica.art.br

R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários CEP 30130-917 | Belo Horizonte | MG Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030 [email protected]

REALIZAÇÃO

“Apesar do pouco tempo de sua fundação, em fevereiro de 2008,

a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais já vem acumulando respeito e se

tornando uma referência em todo o país.”