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TEORIA GERAL DOS RECURSOS TEORIA GERAL DOS RECURSOS remédio remédio voluntário voluntário idôneo idôneo a ensejar, a ensejar, dentro do mesmo processo dentro do mesmo processo , a reforma, a , a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a invalidação, o esclarecimento ou a integração de integração de decisão judicial decisão judicial que se que se impugna” José Carlos Barbosa Moreira impugna” José Carlos Barbosa Moreira Conceito de direito positivo Conceito de direito positivo Remessa necessária (art. 475, CPC) não é Remessa necessária (art. 475, CPC) não é recurso - está fora do capítulo dos recurso - está fora do capítulo dos recursos (art. 496 e ss.). recursos (art. 496 e ss.).

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS. “remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo , a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna” José Carlos Barbosa Moreira Conceito de direito positivo - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEORIA GERAL DOS RECURSOSTEORIA GERAL DOS RECURSOS

““remédio remédio voluntáriovoluntário idôneoidôneo a ensejar, a ensejar, dentro do dentro do mesmo processomesmo processo, a reforma, a invalidação, o , a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de esclarecimento ou a integração de decisão decisão judicialjudicial que se impugna” José Carlos Barbosa que se impugna” José Carlos Barbosa MoreiraMoreiraConceito de direito positivoConceito de direito positivoRemessa necessária (art. 475, CPC) não é Remessa necessária (art. 475, CPC) não é recurso - está fora do capítulo dos recursos (art. recurso - está fora do capítulo dos recursos (art. 496 e ss.).496 e ss.).

Page 2: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

O recurso prolonga o estado de O recurso prolonga o estado de litispendêncialitispendência

Não instaura processo novoNão instaura processo novo Estão fora do conceito de recurso as Estão fora do conceito de recurso as

ações autônomas de impugnação: ações autônomas de impugnação: ação rescisória, mandado de ação rescisória, mandado de segurança contra ato judicial, segurança contra ato judicial, reclamação constitucional, embargos reclamação constitucional, embargos de terceiro, querela nulitatis, etc.)de terceiro, querela nulitatis, etc.)22

Page 3: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

O direito de recorrer é direito O direito de recorrer é direito potestativo processualpotestativo processual

O direito de recorrer é conteúdo do O direito de recorrer é conteúdo do direito de ação (e também do direito direito de ação (e também do direito de exceção)de exceção)

Page 4: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

O RECURSO NO SISTEMA DOS MEIOS O RECURSO NO SISTEMA DOS MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO JUDICIALDE IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL

Sistema: recursos; ações autônomas de Sistema: recursos; ações autônomas de impugnação e sucedâneos recursais.impugnação e sucedâneos recursais.

Recursos: apelação, agravo, embargos de Recursos: apelação, agravo, embargos de declaração, embargos infringentes, recurso declaração, embargos infringentes, recurso ordinário constitucional, extraordinário, ordinário constitucional, extraordinário, especial, embargos de divergênciaespecial, embargos de divergência

Ações autônomas: ação rescisória, querela Ações autônomas: ação rescisória, querela nulitatis, mandado de segurança contra ato nulitatis, mandado de segurança contra ato judicial, habeas corpus contra ato judicial,judicial, habeas corpus contra ato judicial,

Sucedâneo recursal: pedido de Sucedâneo recursal: pedido de reconsideração, pedido de suspensão da reconsideração, pedido de suspensão da segurança, remessa necessáriasegurança, remessa necessária

Page 5: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PRINCÍPIO DO PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃODUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

Art. 5° ...Art. 5° ...

LV - aos litigantes, em processo judicial ou LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentescom os meios e recursos a ela inerentes;;

Garantia constitucional? Duas correntesGarantia constitucional? Duas correntes Art. 5°, § 2° c/c art. 8°, n. 2 do Pacto de San Art. 5°, § 2° c/c art. 8°, n. 2 do Pacto de San

José da Costa Rica – princípio do duplo grau José da Costa Rica – princípio do duplo grau de jurisdição se aplica ao processo penalde jurisdição se aplica ao processo penal

Page 6: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PONTOS NEGATIVOS DO PONTOS NEGATIVOS DO PRINCÍPIO - DOUTRINAPRINCÍPIO - DOUTRINA

DIFICULDADE DE ACESSO À JUSTICADIFICULDADE DE ACESSO À JUSTICA DESPRESTÍGIO DA PRIMEIRA INSTÂNCIADESPRESTÍGIO DA PRIMEIRA INSTÂNCIA QUEBRA DA UNIDADE – INSEGURANÇAQUEBRA DA UNIDADE – INSEGURANÇA AFASTAMENTO DA VERDADE REALAFASTAMENTO DA VERDADE REAL INUTILIDADE DO PROCEDIMENTO ORALINUTILIDADE DO PROCEDIMENTO ORAL HÁ CAUSAS DE COMPETÊNCIA HÁ CAUSAS DE COMPETÊNCIA

ORIGINÁRIA DO STFORIGINÁRIA DO STF

Page 7: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃODUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL – NÃO É PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL – NÃO É GARANTIA CONSTITUCIONAL, GARANTIA CONSTITUCIONAL, COMPORTANDO RESTRIÇÕES POR COMPORTANDO RESTRIÇÕES POR OUTROS PRINCÍPIOS OPOSTOS E OUTROS PRINCÍPIOS OPOSTOS E LIMITAÇÕES POR LEIS ORDINÁRIASLIMITAÇÕES POR LEIS ORDINÁRIAS

Page 8: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOSCLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS

Quanto à extensão da matéria: Quanto à extensão da matéria: recurso parcial e recurso totalrecurso parcial e recurso total

Quanto à fundamentação: Quanto à fundamentação: fundamentação livre e fundamentação livre e fundamentação vinculadafundamentação vinculada

Page 9: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO PARCIAL E RECURSO TOTALRECURSO PARCIAL E RECURSO TOTAL

Recurso parcialRecurso parcial é aquele que, em é aquele que, em virtude de limitação voluntária, não virtude de limitação voluntária, não compreende a totalidade do compreende a totalidade do conteúdo impugnável da decisãoconteúdo impugnável da decisão

Recurso totalRecurso total é aquele que abrange é aquele que abrange todo o conteúdo impugnável da todo o conteúdo impugnável da decisão recorridadecisão recorrida

Page 10: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Os capítulos acessórios reputam-se Os capítulos acessórios reputam-se incluídos no pedido recursal, mesmo incluídos no pedido recursal, mesmo que haja silêncio a respeito deles que haja silêncio a respeito deles (juros, correção monetária, verbas de (juros, correção monetária, verbas de sucumbência)sucumbência)

O capítulo não impugnado fica O capítulo não impugnado fica acobertado pela preclusão – se de acobertado pela preclusão – se de mérito, pela coisa julgada materialmérito, pela coisa julgada material

Page 11: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÃOOBSERVAÇÃO

Se a parte não especificar a parte da Se a parte não especificar a parte da decisão impugnada, entender-se-á decisão impugnada, entender-se-á total o recursototal o recurso

Page 12: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRERECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE

É aquele em que o recorrente está É aquele em que o recorrente está livre para, nas razões do seu recurso, livre para, nas razões do seu recurso, deduzir qualquer tipo de crítica em deduzir qualquer tipo de crítica em relação à decisão, sem que isso relação à decisão, sem que isso tenha influência na sua tenha influência na sua admissibilidade (ex. apelação, admissibilidade (ex. apelação, agravo, recurso ordinário, embargos agravo, recurso ordinário, embargos infringentes)infringentes)1212

Page 13: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADAVINCULADA

a lei limita o tipo de crítica que se a lei limita o tipo de crítica que se pode fazer contra a decisão pode fazer contra a decisão impugnada. Um dos tipos deve ser impugnada. Um dos tipos deve ser alegado para que o recurso seja alegado para que o recurso seja admitido (ex. embargos de admitido (ex. embargos de declaração, especial e declaração, especial e extraordinário)extraordinário)

Page 14: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

ATOS NÃO SUJEITOS A RECURSOATOS NÃO SUJEITOS A RECURSO

São irrecorríveis: os despachos, atos não São irrecorríveis: os despachos, atos não decisórios (art. 504, CPC); os atos ordinatórios decisórios (art. 504, CPC); os atos ordinatórios (art. 162, § 4°, CPC e art. 93, XIV, CF, red. EC 45); (art. 162, § 4°, CPC e art. 93, XIV, CF, red. EC 45); decisão de relator que concede ou indefere decisão de relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança no STF liminar em mandado de segurança no STF (súmula 622, STF); (súmula 622, STF); decisão de relator que decisão de relator que converte agravo de instrumento em agravo retido converte agravo de instrumento em agravo retido (art. 527, § único, CPC); decisão de relator que (art. 527, § único, CPC); decisão de relator que atribui efeito suspensivo a recurso (art. 527, § atribui efeito suspensivo a recurso (art. 527, § único, c/c art. 558, ambos CPC); decisão de único, c/c art. 558, ambos CPC); decisão de relator que antecipa total ou parcialmente a relator que antecipa total ou parcialmente a tutela recursal (art. 527, § único, CPC);tutela recursal (art. 527, § único, CPC); a parte a parte destacada é polêmica e será matéria de estudo destacada é polêmica e será matéria de estudo aprofundado à parteaprofundado à parte

Page 15: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

ATOS SUJEITOS A RECURSOATOS SUJEITOS A RECURSO Despachos que causem prejuízo à parte Despachos que causem prejuízo à parte

(excepcional)- a alegação do prejuízo é, (excepcional)- a alegação do prejuízo é, nesse caso, mais um requisito da nesse caso, mais um requisito da admissibilidade do recursoadmissibilidade do recurso

Decisões interlocutórias (toda decisão que Decisões interlocutórias (toda decisão que não encerrar o procedimento)não encerrar o procedimento)

Sentenças (decisão que encerra a instância)Sentenças (decisão que encerra a instância) OBS.: o STF não tem admitido embargos de OBS.: o STF não tem admitido embargos de

declaração de decisão monocrática por declaração de decisão monocrática por entender que o recurso cabível é o agravo entender que o recurso cabível é o agravo regimental, mas tem aplicado em tais casos regimental, mas tem aplicado em tais casos o princípio da fungibilidadeo princípio da fungibilidade

Page 16: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

O IMPACTO DA LEI 11.232/2005 O IMPACTO DA LEI 11.232/2005 SOBRE O CONCEITO DE SENTENÇASOBRE O CONCEITO DE SENTENÇA NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 162, CPC NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 162, CPC

(“SENTENÇA É O ATO DO JUIZ PROFERIDO (“SENTENÇA É O ATO DO JUIZ PROFERIDO CONFORME OS ARTS. 267 E 269 DESTA CONFORME OS ARTS. 267 E 269 DESTA LEI.”)LEI.”)

NEM TODA DECISÃO QUE TENHA POR NEM TODA DECISÃO QUE TENHA POR CONTEÚDO UMA DAS HIPÓTESES DOS ARTS. CONTEÚDO UMA DAS HIPÓTESES DOS ARTS. 267 OU 269 É SENTENÇA267 OU 269 É SENTENÇA

TODA SENTENÇA TERÁ COMO CONTEÚDO TODA SENTENÇA TERÁ COMO CONTEÚDO UMA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS ARTS. UMA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS ARTS. 267 OU 269, MAS NEM TODAS AS DECISÕES 267 OU 269, MAS NEM TODAS AS DECISÕES QUE TENHAM ESTE CONTEÚDO SERÃO QUE TENHAM ESTE CONTEÚDO SERÃO SENTENÇASSENTENÇAS

Page 17: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES A SENTENÇA NEM SEMPRE ENCERRA O A SENTENÇA NEM SEMPRE ENCERRA O

PROCEDIMENTO (PODE HAVER RECURSO). PROCEDIMENTO (PODE HAVER RECURSO). ENCERRA A INSTÂNCIA.ENCERRA A INSTÂNCIA.

NEM TODA DECISÃO QUE TIVER POR CONTEÚDO NEM TODA DECISÃO QUE TIVER POR CONTEÚDO UMA DAS HIPÓTESES DOS ARTS. 267 E 269 DO UMA DAS HIPÓTESES DOS ARTS. 267 E 269 DO CPC TERÁ POR EFEITO A EXTINÇÃO DO CPC TERÁ POR EFEITO A EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO (EXEMPLOS: DECISÃO QUE PROCEDIMENTO (EXEMPLOS: DECISÃO QUE INDEFERE PARCIALMENTE A INICIAL, QUE INDEFERE PARCIALMENTE A INICIAL, QUE RECONHECE A DECADÊNCIA DE UM DOS PEDIDOS RECONHECE A DECADÊNCIA DE UM DOS PEDIDOS CUMULADOS, QUE EXCLUI UM DOS CUMULADOS, QUE EXCLUI UM DOS LITISCONSORTES POR ILEGITIMIDADE, ETC.) – LITISCONSORTES POR ILEGITIMIDADE, ETC.) – ESSAS DECISÕES SÃO IMPUGNÁVEIS POR ESSAS DECISÕES SÃO IMPUGNÁVEIS POR AGRAVO (ART. 522, CPC)AGRAVO (ART. 522, CPC)

Page 18: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS PROFERIDAS POR JUÍZO SINGULAR E PROFERIDAS POR JUÍZO SINGULAR E

RECURSOS CABÍVEISRECURSOS CABÍVEIS Agravo de instrumento e retido (art. Agravo de instrumento e retido (art.

522, CPC)522, CPC) Agravo contra decisões que versam Agravo contra decisões que versam

sobre tutela de urgência nos JECF sobre tutela de urgência nos JECF (art. 5° da Lei 10.259/01)(art. 5° da Lei 10.259/01)

Apelação (art. 17 da Lei 1.060/50)Apelação (art. 17 da Lei 1.060/50) Recurso ordinário constitucional (art. Recurso ordinário constitucional (art.

539, II, § único, CPC c/c art. 105, II, c, 539, II, § único, CPC c/c art. 105, II, c, CF)CF) - polêmica - polêmica

Page 19: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

SENTENÇAS DE JUÍZO SINGULAR E SENTENÇAS DE JUÍZO SINGULAR E RECURSOS CABÍVEISRECURSOS CABÍVEIS

ApelaçãoApelação Recurso inominado (art. 41 da Lei n° Recurso inominado (art. 41 da Lei n°

9.099/95)9.099/95) Recurso ordinário constitucional (art. 539, Recurso ordinário constitucional (art. 539,

II, § único, CPC c/c art. 105, II, c, CF)II, § único, CPC c/c art. 105, II, c, CF) Embargos infringentes de alçada (art. 34 Embargos infringentes de alçada (art. 34

da Lei 6.830/80)da Lei 6.830/80) Recurso extraordinário em execução fiscal Recurso extraordinário em execução fiscal

de até 50 OTN (súmula 640, STF; art. 102, de até 50 OTN (súmula 640, STF; art. 102, III, CF)III, CF)

Page 20: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DECISÕES MONOCRÁTICAS DECISÕES MONOCRÁTICAS INTERLOCUTÓRIAS DO RELATOR E INTERLOCUTÓRIAS DO RELATOR E

RECURSOS CABÍVEISRECURSOS CABÍVEIS AGRAVO REGIMENTALAGRAVO REGIMENTAL EXCEÇÕES: decisões liminares em mandado EXCEÇÕES: decisões liminares em mandado

de segurança (súmula 622, STF); de segurança (súmula 622, STF); decisão de decisão de relator que converte agravo de instrumento relator que converte agravo de instrumento em agravo retido (art. 527, § único, CPC); em agravo retido (art. 527, § único, CPC); decisão de relator que atribui efeito decisão de relator que atribui efeito suspensivo a recurso (art. 527, § único, c/c suspensivo a recurso (art. 527, § único, c/c art. 558, ambos CPC); decisão de relator art. 558, ambos CPC); decisão de relator que antecipa total ou parcialmente a tutela que antecipa total ou parcialmente a tutela recursal (art. 527, § único, CPC);recursal (art. 527, § único, CPC); - polêmica - polêmica

Page 21: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DECISÕES FINAIS DO RELATOR E DECISÕES FINAIS DO RELATOR E RECURSOS CABÍVEISRECURSOS CABÍVEIS

AGRAVO REGIMENTAL (ART. 120, § AGRAVO REGIMENTAL (ART. 120, § único; 532; 557, § 1°; 545, todos do único; 532; 557, § 1°; 545, todos do CPC e art. 39 da Lei 8.038/90)CPC e art. 39 da Lei 8.038/90)

Page 22: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DECISÕES FINAIS DO PRESIDENTE E VICE-DECISÕES FINAIS DO PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL E RECURSOS CABÍVEISPRESIDENTE DO TRIBUNAL E RECURSOS CABÍVEIS

Agravo de instrumento contra decisão que Agravo de instrumento contra decisão que não admite recurso extraordinário ou não admite recurso extraordinário ou especial (art. 544 do CPC)especial (art. 544 do CPC)

Agravo no pedido de suspensão de Agravo no pedido de suspensão de segurança (art. 4°, § 3° da lei n. 8.437/92)segurança (art. 4°, § 3° da lei n. 8.437/92)

Agravo no pedido de homologação de Agravo no pedido de homologação de sentença estrangeira (art. 222, § único, sentença estrangeira (art. 222, § único, RITSTF, aplicável por analogia no STJ)RITSTF, aplicável por analogia no STJ)

Agravo interno (art. 39 da Lei Federal nº Agravo interno (art. 39 da Lei Federal nº 8.038/90)8.038/90)

Page 23: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

ACÓRDÃOS E RECURSOS CABÍVEISACÓRDÃOS E RECURSOS CABÍVEIS

Embargos infringentesEmbargos infringentes Recurso especialRecurso especial Recurso extraordinário (exceção Recurso extraordinário (exceção

súmula 735, STF)súmula 735, STF) Recurso ordinário constitucional (art. Recurso ordinário constitucional (art.

102, II, a, e art. 105, II, b, CF/88)102, II, a, e art. 105, II, b, CF/88) Embargos de divergênciaEmbargos de divergência Recurso extraordinário (JEC, súmula Recurso extraordinário (JEC, súmula

640, STF)640, STF)

Page 24: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

SÚMULA 735, STFSÚMULA 735, STF

NÃO CABE RECURSO NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE DEFERE MEDIDA ACÓRDÃO QUE DEFERE MEDIDA LIMINAR.LIMINAR.

Page 25: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DESISTÊNCIA DO DESISTÊNCIA DO RECURSORECURSO

Não comporta condição nem termoNão comporta condição nem termo Independe de consentimento da parte Independe de consentimento da parte

adversária (art. 501, CPC)adversária (art. 501, CPC) Independe de homologação judicial para Independe de homologação judicial para

produzir efeitos (art. 158)produzir efeitos (art. 158) Pressupõe recurso já interposto; se o Pressupõe recurso já interposto; se o

recurso ainda não foi interposto o caso é recurso ainda não foi interposto o caso é de renúncia.de renúncia.

Em caso de litisconsórcio unitário, a Em caso de litisconsórcio unitário, a desistência do recurso somente é eficaz se desistência do recurso somente é eficaz se todos os litisconsortes desistiremtodos os litisconsortes desistirem

Page 26: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DESISTÊNCIA DO RECURSODESISTÊNCIA DO RECURSO

A desistência impede uma nova A desistência impede uma nova interposição do recurso de que se interposição do recurso de que se desistiu, mesmo se ainda dentro do desistiu, mesmo se ainda dentro do prazoprazo

A desistência pode ser total ou parcialA desistência pode ser total ou parcial A desistência pode ocorrer até o início A desistência pode ocorrer até o início

do julgamentodo julgamento A desistência pode ser por escrito ou A desistência pode ser por escrito ou

em sustentação oralem sustentação oral

Page 27: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DESISTÊNCIA DO RECURSODESISTÊNCIA DO RECURSO

O STF não admitiu a desistência de O STF não admitiu a desistência de RE após prolatada a decisão, mesmo RE após prolatada a decisão, mesmo que ainda não publicada (AgReg no que ainda não publicada (AgReg no RE 212.671-3, Rel. Min. Carlos Brito, RE 212.671-3, Rel. Min. Carlos Brito, j. 02.09.2003), curiosamente, uma j. 02.09.2003), curiosamente, uma semana depois, o mesmo ministro semana depois, o mesmo ministro acolheu a desistência de mandado acolheu a desistência de mandado de segurança em sede de RE (RE de segurança em sede de RE (RE 287.978, j. 09.09.2003)287.978, j. 09.09.2003)

Page 28: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DESISTÊNCIA DO RECURSODESISTÊNCIA DO RECURSO

O poder de desistir do recurso é especial e O poder de desistir do recurso é especial e deve constar expressamente na deve constar expressamente na procuração outorgada ao advogado (art. procuração outorgada ao advogado (art. 38, CPC)38, CPC)

Se a desistência implicar a extinção do Se a desistência implicar a extinção do processo, com decisão de mérito processo, com decisão de mérito desfavorável ao recorrente (apelação), desfavorável ao recorrente (apelação), além do poder de desistir ao advogado além do poder de desistir ao advogado deve ter sido outorgado, também, o poder deve ter sido outorgado, também, o poder de transigirde transigir

Page 29: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DESISTÊNCIA DO RECURSODESISTÊNCIA DO RECURSO

A desistência do processo extingue-o A desistência do processo extingue-o sem resolução de mérito (art. 267, sem resolução de mérito (art. 267, VIII, CPC); a desistência do recurso VIII, CPC); a desistência do recurso pode implicar tanto a extinção do pode implicar tanto a extinção do processo com ou sem julgamento de processo com ou sem julgamento de mérito, bem como a não extinção do mérito, bem como a não extinção do processoprocesso

Não se pede desistência de recurso, Não se pede desistência de recurso, desiste-sedesiste-se

Page 30: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RENÚNCIA AO DIREITO DE RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRERRECORRER

É o ato pelo qual uma pessoa É o ato pelo qual uma pessoa manifesta a vontade de não interpor manifesta a vontade de não interpor o recurso de que poderia valer-se o recurso de que poderia valer-se contra determinada decisão – José contra determinada decisão – José Carlos Barbosa MoreiraCarlos Barbosa Moreira

Independe da aceitação da outra Independe da aceitação da outra parte (art. 502, CPC)parte (art. 502, CPC)

Page 31: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RENÚNCIA AO DIREITO DE RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRERRECORRER

Não se admite renúncia a termo ou Não se admite renúncia a termo ou sob condiçãosob condição

É anterior à interposição do recursoÉ anterior à interposição do recurso Não se admite renúncia antes do Não se admite renúncia antes do

momento em que o direito de momento em que o direito de recorrer seria exercitável, ou seja, recorrer seria exercitável, ou seja, antes da prolação da decisão que antes da prolação da decisão que poderia ser impugnadapoderia ser impugnada

Page 32: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RENÚNCIA AO DIREITO DE RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRERRECORRER

É possível a renúncia ao direito de É possível a renúncia ao direito de recorrer de forma independente, recorrer de forma independente, reservando-se o direito de recorrer reservando-se o direito de recorrer adesivamenteadesivamente

Havendo litisconsórcio unitário, a Havendo litisconsórcio unitário, a renúncia somente será eficaz se todos renúncia somente será eficaz se todos os litisconsortes a ela anuíremos litisconsortes a ela anuírem

Se após a renúncia houver interposição Se após a renúncia houver interposição de recurso este será inadmitidode recurso este será inadmitido

Page 33: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

AQUIESCÊNCIA À DECISÃOAQUIESCÊNCIA À DECISÃO Vontade por escrito ou tácita de conformar-se Vontade por escrito ou tácita de conformar-se

com a decisão proferidacom a decisão proferida Aceitação tácita (pedido de prazo para cumprir a Aceitação tácita (pedido de prazo para cumprir a

condenação ou o cumprimento espontâneo de condenação ou o cumprimento espontâneo de sentença ainda não exequível) – art. 503, CPCsentença ainda não exequível) – art. 503, CPC

Não se configura como aceitação o cumprimento Não se configura como aceitação o cumprimento forçado de liminarforçado de liminar

Admite-se a aceitação total e parcialAdmite-se a aceitação total e parcial Aceitação e renúncia implicam em preclusão Aceitação e renúncia implicam em preclusão

lógica do direito de recorrerlógica do direito de recorrer Pode haver aceitação depois do recurso Pode haver aceitação depois do recurso

interpostointerposto

Page 34: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

GENERALIDADES SOBRE O GENERALIDADES SOBRE O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEJUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Podem, em regra, serem conhecidas de Podem, em regra, serem conhecidas de ofício (exceto a não comprovação da ofício (exceto a não comprovação da interposição do agravo de instrumento – interposição do agravo de instrumento – art. 526, CPC)art. 526, CPC)

Em regra, os recursos são interpostos Em regra, os recursos são interpostos perante o órgão que proferiu a decisão perante o órgão que proferiu a decisão recorrida (exceto agravo de instrumento – recorrida (exceto agravo de instrumento – art. 524/527), o qual tem competência art. 524/527), o qual tem competência para verificar a admissibilidade, mas não para verificar a admissibilidade, mas não para examinar o méritopara examinar o mérito

Page 35: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

GENERALIDADES SOBRE O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEGENERALIDADES SOBRE O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

CASOS EM QUE SOMENTE O JUÍZO AD QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA CASOS EM QUE SOMENTE O JUÍZO AD QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA EXERCER O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEEXERCER O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Agravo retido (art. 523, CPC)Agravo retido (art. 523, CPC) Agravo de instrumento contra Agravo de instrumento contra

decisão de juiz de 1ª instância decisão de juiz de 1ª instância (art.524/527)(art.524/527)

Agravo de instrumento contra Agravo de instrumento contra inadmissão de RE e RESP (art. 544, inadmissão de RE e RESP (art. 544, CPC)CPC)

Page 36: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

GENERALIDADES SOBRE O GENERALIDADES SOBRE O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEJUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

O juízo de admissibilidade feito pelo órgão O juízo de admissibilidade feito pelo órgão perante o qual se interpõe o recurso (juízo perante o qual se interpõe o recurso (juízo prévio de admissibilidade) não subtrai do prévio de admissibilidade) não subtrai do juízo juízo ad quem ad quem o juízo posterior de o juízo posterior de admissibilidade. Tanto é assim que o juízo admissibilidade. Tanto é assim que o juízo a a quo quo pode em exame provisório de pode em exame provisório de admissibilidade entender que o recurso é admissibilidade entender que o recurso é incabível e protelatório, mas somente o incabível e protelatório, mas somente o juízo juízo ad quemad quem pode em juízo definitivo de pode em juízo definitivo de admissibilidade aplicar a multa do art. 17 admissibilidade aplicar a multa do art. 17 do CPC.do CPC.

Page 37: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBJETO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEOBJETO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Requisitos de admissibilidade Requisitos de admissibilidade (classificação tradicional)(classificação tradicional)

Intrínsecos: cabimento, legitimação, Intrínsecos: cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de impeditivo ou extintivo do poder de recorrerrecorrer

Extrínsecos: preparo, tempestividade Extrínsecos: preparo, tempestividade e regularidade formale regularidade formal

Page 38: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CABIMENTOCABIMENTO

Exame em dois tempos:Exame em dois tempos: 1º- Previsão legal do recurso ( a 1º- Previsão legal do recurso ( a

decisão é, em tese, recorrível?) – simdecisão é, em tese, recorrível?) – sim 2º- Adequação (este é o recurso 2º- Adequação (este é o recurso

cabível contra esta decisão?) – simcabível contra esta decisão?) – sim Conclusão: o recurso é cabível!!!Conclusão: o recurso é cabível!!! Tal análise pressupõe a atenção para Tal análise pressupõe a atenção para

três princípios: fungibilidade, três princípios: fungibilidade, unirrecorribilidade e taxatividade.unirrecorribilidade e taxatividade.

Page 39: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CABIMENTOCABIMENTO

Princípio da fungibilidade dos recursosPrincípio da fungibilidade dos recursos (instrumentalidade das formas) – (instrumentalidade das formas) – conversão de um recurso em outroconversão de um recurso em outro

Pressupostos: não haja erro grosseiro, não Pressupostos: não haja erro grosseiro, não tenha precluído o prazo para a tenha precluído o prazo para a interposição(STJ), haja dúvida objetiva interposição(STJ), haja dúvida objetiva (art. 325, CPC e art. 17 da Lei 1.060/50)(art. 325, CPC e art. 17 da Lei 1.060/50)

Súmula 272, STF: Não se admite como Súmula 272, STF: Não se admite como recurso ordinário, recurso extraordinário recurso ordinário, recurso extraordinário de decisão denegatória de mandado de de decisão denegatória de mandado de segurançasegurança

Page 40: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CABIMENTOCABIMENTO

Princípio da unicidade, Princípio da unicidade, unirrecorribilidade ou singularidadeunirrecorribilidade ou singularidade (em (em regra não é possível a utilização regra não é possível a utilização simultânea de dois recursos contra a simultânea de dois recursos contra a mesma decisão)-inadmissibilidade do mesma decisão)-inadmissibilidade do últimoúltimo

Contra acórdãos objetivamente Contra acórdãos objetivamente complexos (mais de um capítulo) é complexos (mais de um capítulo) é possível interpor simultaneamente mais possível interpor simultaneamente mais de um recurso (Ex. RE, RESP e EI) – art. de um recurso (Ex. RE, RESP e EI) – art. 498, CPC498, CPC

Page 41: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CABIMENTOCABIMENTO

Princípio da taxatividadePrincípio da taxatividade (previsão (previsão em lei federal)em lei federal)

Art. 24, XI, CF (procedimento x Art. 24, XI, CF (procedimento x processo)processo)

Page 42: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

LEGITIMIDADELEGITIMIDADE Art. 499, CPCArt. 499, CPC Parte vencida (autor ou réu)Parte vencida (autor ou réu) Terceiro interveniente (Terceiro interveniente (assistente simples?assistente simples?)) Terceiros legitimados a intervir no processo, salvo o Terceiros legitimados a intervir no processo, salvo o

opoente (opoente (e o opoente que alega error in procedendo?e o opoente que alega error in procedendo?)) Terceiro desobediente (art. 14, § único, CPC)Terceiro desobediente (art. 14, § único, CPC) Juiz suspeitoJuiz suspeito Litisconsorte necessário não citadoLitisconsorte necessário não citado Terceiro Terceiro juridicamente juridicamente prejudicado (art. 499, § 1°)prejudicado (art. 499, § 1°) Ministério Público (súmula 99 e 226 do STJ)Ministério Público (súmula 99 e 226 do STJ) A CVM quando atua como A CVM quando atua como amicus curiae amicus curiae tem legitimidade tem legitimidade

recursal subsidiária (art. 31, § 3º da Lei Federal nº recursal subsidiária (art. 31, § 3º da Lei Federal nº 6.385/76)6.385/76)

OBS.: O prazo do terceiro é o mesmo da parte e deve ser OBS.: O prazo do terceiro é o mesmo da parte e deve ser preparado (art. 6º, § 3º da Lei 11.636/2007)preparado (art. 6º, § 3º da Lei 11.636/2007)

Page 43: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

INTERESSEINTERESSE CONDIÇÃO DA AÇÃO: utilidade e necessidadeCONDIÇÃO DA AÇÃO: utilidade e necessidade EXERCÍCIO: EXERCÍCIO: SÓ O SUCUMBENTE PODE SÓ O SUCUMBENTE PODE

RECORRER?RECORRER? Terceiro pode recorrer e não é sucumbenteTerceiro pode recorrer e não é sucumbente Autor vitorioso no pedido subsidiário (art. 289, Autor vitorioso no pedido subsidiário (art. 289,

CPC) pode recorrer para obter o pedido principalCPC) pode recorrer para obter o pedido principal Súmula 126 do STJ (inutilidade) – “é inadmissível Súmula 126 do STJ (inutilidade) – “é inadmissível

recurso especial, quando o acórdão recorrido recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário” manifesta recurso extraordinário”

Page 44: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

INTERESSEINTERESSE

Agravo contra o mandado monitório Agravo contra o mandado monitório (desnecessário)(desnecessário)

Não se pode recorrer para discutir os Não se pode recorrer para discutir os motivos (art. 469, CPC)motivos (art. 469, CPC)

Page 45: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

INTERESSEINTERESSE Nos casos em que a coisa julgada é Nos casos em que a coisa julgada é secundum secundum

eventum probationis eventum probationis (mandado de segurança, (mandado de segurança, ações coletivas versando sobre interesses difusos ações coletivas versando sobre interesses difusos ou coletivos, ação popular, etc.) não há coisa ou coletivos, ação popular, etc.) não há coisa julgada se o juízo de improcedência se fundar na julgada se o juízo de improcedência se fundar na falta de prova; se a improcedência se falta de prova; se a improcedência se fundamentar na inexistência de direito, há coisa fundamentar na inexistência de direito, há coisa julgada material. Assim, há interesse recursal do julgada material. Assim, há interesse recursal do réu, por exemplo, em impugnar o fundamento de réu, por exemplo, em impugnar o fundamento de uma decisão, mesmo concordando com a uma decisão, mesmo concordando com a conclusão de improcedência: ele pode desejar conclusão de improcedência: ele pode desejar que a improcedência seja por inexistência de que a improcedência seja por inexistência de direito, e não por falta de prova, porque isso lhe direito, e não por falta de prova, porque isso lhe traria o benefício da coisa julgada material.traria o benefício da coisa julgada material.

Page 46: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORREREXTINTIVO DO PODER DE RECORRER

Impeditivo: a desistência, a renúncia Impeditivo: a desistência, a renúncia ao direito sobre o que se funda a ao direito sobre o que se funda a ação, o reconhecimento da ação, o reconhecimento da procedência do pedido (salvo se o procedência do pedido (salvo se o recorrente pretender discutir a recorrente pretender discutir a validade de tais atos)validade de tais atos)

Extintivo: a renúncia ao direito de Extintivo: a renúncia ao direito de recorrer e a aceitaçãorecorrer e a aceitação

Page 47: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE O prazo é peremptório (mas o juiz pode prorrogar O prazo é peremptório (mas o juiz pode prorrogar

– art. 182, CPC)– art. 182, CPC) Início (art. 506, CPC)Início (art. 506, CPC) Suspende-se o prazo: se houver superveniência Suspende-se o prazo: se houver superveniência

de férias (art. 179, CPC) – depois da EC 45 só há de férias (art. 179, CPC) – depois da EC 45 só há férias coletivas nos Tribunais Superiores; férias coletivas nos Tribunais Superiores; obstáculo criado pela parte ou pelo juízo; perda obstáculo criado pela parte ou pelo juízo; perda da capacidade processual de qualquer das partes da capacidade processual de qualquer das partes ou procuradorou procurador

Interrompe-se o prazo: o oferecimento de Interrompe-se o prazo: o oferecimento de embargos de declaração; falecimento da parte ou embargos de declaração; falecimento da parte ou do advogado durante o prazo de interposição; do advogado durante o prazo de interposição; motivo de força maior (art. 507, CPC)motivo de força maior (art. 507, CPC)

Page 48: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

Prazo em dobro para a Fazenda Prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público recorrer Pública e o Ministério Público recorrer (art. 188, CPC), igualmente para as (art. 188, CPC), igualmente para as autarquias e fundações públicas (art. autarquias e fundações públicas (art. 10 da Lei 9.469/97) – ver súmula 116 10 da Lei 9.469/97) – ver súmula 116 do STJdo STJ

Não há tal benefício para as contra-Não há tal benefício para as contra-razões, nem incide tais regras nos razões, nem incide tais regras nos JEF (art. 10, Lei 10.259/01)JEF (art. 10, Lei 10.259/01)

Page 49: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

Os defensores públicos têm prazo em dobro Os defensores públicos têm prazo em dobro para recorrer e responder ao recurso (arts. 44, para recorrer e responder ao recurso (arts. 44, I e 128, I, da Lei Complementar n. 80 e art. 5°, I e 128, I, da Lei Complementar n. 80 e art. 5°, § 5° da lei n. 1.060/50)§ 5° da lei n. 1.060/50)

A devolução tardia dos autos é irrelevante A devolução tardia dos autos é irrelevante para aferição da tempestividade do recurso, para aferição da tempestividade do recurso, importando a data do protocolo do mesmo importando a data do protocolo do mesmo (inaplicável na hipótese o art. 195 do CPC (inaplicável na hipótese o art. 195 do CPC para o desentranhamento ou não para o desentranhamento ou não conhecimento do recurso – RESP 852.701/SP; conhecimento do recurso – RESP 852.701/SP; RESP 505.371/DF ).RESP 505.371/DF ).

Page 50: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADE DO RECURSO TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PREMATUROPREMATURO

A jurisprudência, especialmente do A jurisprudência, especialmente do STF, era no sentido de considerar STF, era no sentido de considerar intempestivo o recurso prematuro (AI intempestivo o recurso prematuro (AI 375.124), contudo, recentemente 375.124), contudo, recentemente tanto o STJ, no ERESP n. 492.461, tanto o STJ, no ERESP n. 492.461, considerou tempestivo o recurso considerou tempestivo o recurso prematuro, como o STF (AO 1133)prematuro, como o STF (AO 1133)

Page 51: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

ART. 191, CPC (prazo em dobro para ART. 191, CPC (prazo em dobro para os litisconsortes com procuradores os litisconsortes com procuradores diferentes) diferentes)

Súmula 641 do STF : “não se conta Súmula 641 do STF : “não se conta em dobro o prazo para recorrer, em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja quando só um dos litisconsortes haja sucumbido” - (não se aplica p/ sucumbido” - (não se aplica p/ embargos de declaração pois ele não embargos de declaração pois ele não exige sucumbência)exige sucumbência)

Page 52: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

Recurso pode ser interposto por fax (art. 1°, Recurso pode ser interposto por fax (art. 1°, Lei 9.800/99), os originais devem ser Lei 9.800/99), os originais devem ser apresentados em até 5 dias do término do apresentados em até 5 dias do término do prazo (art. 2°) – o STJ interpretando estes prazo (art. 2°) – o STJ interpretando estes artigos entendeu aplicável o art. 184, CPC e artigos entendeu aplicável o art. 184, CPC e que a apresentação do recurso via fax que a apresentação do recurso via fax encerra o prazo (preclusão consumativa), encerra o prazo (preclusão consumativa), contando-se a partir desta data o prazo dos contando-se a partir desta data o prazo dos 5 dias (ERESP 406.948/RS)5 dias (ERESP 406.948/RS)

O STF tem entendimento contrário (RHC nº O STF tem entendimento contrário (RHC nº 86.952)86.952)

Page 53: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

O STJ entendeu possível a O STJ entendeu possível a interposição do agravo de interposição do agravo de instrumento por fac-símile, instrumento por fac-símile, desacompanhado das peças que desacompanhado das peças que deveriam compor esse mesmo deveriam compor esse mesmo instrumento, devendo os originais instrumento, devendo os originais conter a integralidade das cópias conter a integralidade das cópias obrigatórias (RESP nº 901.556-SP)obrigatórias (RESP nº 901.556-SP)

Page 54: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEMPESTIVIDADETEMPESTIVIDADE

O STJ e o TST divergem quanto a O STJ e o TST divergem quanto a possibilidade de apresentação de recurso possibilidade de apresentação de recurso por correio eletrônico aos moldes do que por correio eletrônico aos moldes do que ocorre com o fax, enquanto o STJ não ocorre com o fax, enquanto o STJ não admitiu (RESP nº 916.506/RN), o TST admitiu (RESP nº 916.506/RN), o TST admitiu (E-AIRR-1.246/2002-079-15-41.2)admitiu (E-AIRR-1.246/2002-079-15-41.2)

Súmula 216 do STJ: “A tempestividade de Súmula 216 do STJ: “A tempestividade de recurso interposto no STJ é aferida pelo recurso interposto no STJ é aferida pelo registro no protocolo da Secretaria e não registro no protocolo da Secretaria e não pela data da entrega na agência do pela data da entrega na agência do correio”.correio”.

Page 55: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

REGULARIDADE FORMALREGULARIDADE FORMAL Apresentar as razões impugnando especificamente as Apresentar as razões impugnando especificamente as

razões da decisão recorridarazões da decisão recorrida Juntar as peças obrigatórias no agravo de instrumentoJuntar as peças obrigatórias no agravo de instrumento RESP fundado em divergência, bem como transcrever RESP fundado em divergência, bem como transcrever

trechos do acórdão recorrido e do aresto paradigma trechos do acórdão recorrido e do aresto paradigma (art. 541, § único, CPC; art. 255, § 2º, RISTJ)(art. 541, § único, CPC; art. 255, § 2º, RISTJ)

Afirmar, em tópico ou item preliminar do recurso Afirmar, em tópico ou item preliminar do recurso extraordinário, a existência de repercussão geralextraordinário, a existência de repercussão geral

Formular pedido de nova decisão (Formular pedido de nova decisão (error in iudicandoerror in iudicando) ) ou de anulação da decisão recorrida (ou de anulação da decisão recorrida (error in error in iprocedendoiprocedendo))

Formular oralmente o agravo retido de decisão Formular oralmente o agravo retido de decisão proferida em audiência (art. 523, § 3°, CPC)proferida em audiência (art. 523, § 3°, CPC)

Page 56: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

REGULARIDADE FORMALREGULARIDADE FORMAL

Em regra os recursos devem ser Em regra os recursos devem ser apresentados de forma escrita, sendo apresentados de forma escrita, sendo vedada a apresentação por cota nos vedada a apresentação por cota nos autos, tendo em vista a impossibilidade de autos, tendo em vista a impossibilidade de aferição da tempestividadeaferição da tempestividade

Exceções: agravo retido em audiência e Exceções: agravo retido em audiência e embargos de declaração nos JEC’sembargos de declaração nos JEC’s

Princípio da dialeticidade – informar não só Princípio da dialeticidade – informar não só o inconformismo, mas os motivos de fato e o inconformismo, mas os motivos de fato e de direito pelos quais requer o novo de direito pelos quais requer o novo julgamento da questão nele cogitadajulgamento da questão nele cogitada

Page 57: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PREPAROPREPARO

Adiantamento das despesas relativas ao Adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. A sanção pela processamento do recurso. A sanção pela falta de preparo oportuno dá-se o nome de falta de preparo oportuno dá-se o nome de deserção.deserção.

Valor=taxa judiciária+porte de remessa e Valor=taxa judiciária+porte de remessa e de retorno dos autosde retorno dos autos

Há de ser comprovado no momento da Há de ser comprovado no momento da interposição (art. 511, CPC)interposição (art. 511, CPC)

Nos JEC é possível a comprovação em até Nos JEC é possível a comprovação em até 48 horas da interposição do recurso (art. 48 horas da interposição do recurso (art. 42, § 1º, 9.099/95)42, § 1º, 9.099/95)

Page 58: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PREPAROPREPARO Comprovação em até cinco dias após a Comprovação em até cinco dias após a

interposição nos casos de apelação ou interposição nos casos de apelação ou recurso ordinário constitucional contra recurso ordinário constitucional contra sentença, nas causas internacionais sentença, nas causas internacionais previstas no art. 109, II, CF/88previstas no art. 109, II, CF/88

Dispensados do preparo: Ministério Dispensados do preparo: Ministério Público, União, Estados, Municípios, Público, União, Estados, Municípios, autarquias, beneficiários da gratuidade (§ autarquias, beneficiários da gratuidade (§ 1° do art. 511, CPC)1° do art. 511, CPC)

INSS paga em ações acidentárias e de INSS paga em ações acidentárias e de benefícios propostas na Justiça Estadual – benefícios propostas na Justiça Estadual – súmula 178 do STJsúmula 178 do STJ

Page 59: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

DISPENSAM PREPARODISPENSAM PREPARO

Não se paga preparo para agravo retido Não se paga preparo para agravo retido (art. 522, § único), embargos (art. 522, § único), embargos infringentes de alçada (art. 34, L. infringentes de alçada (art. 34, L. 6.830/80), agravo de instrumento 6.830/80), agravo de instrumento contra decisão que nega seguimento a contra decisão que nega seguimento a recurso especial ou extraordinário (art. recurso especial ou extraordinário (art. 544, § 2°), os recursos do ECA (art. 198, 544, § 2°), os recursos do ECA (art. 198, I, ECA), agravo interno (art. 557, § 1°, I, ECA), agravo interno (art. 557, § 1°, CPC) e embargos de declaração (art. CPC) e embargos de declaração (art. 536, CPC)536, CPC)

Page 60: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PREPAROPREPARO Art. 511, § 2º.   A insuficiência no valor do preparo Art. 511, § 2º.   A insuficiência no valor do preparo

implicará deserção, se o recorrente, intimado, não implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. vier a supri-lo no prazo de cinco dias.

Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, o juiz o juiz relevará a pena de deserçãorelevará a pena de deserção, fixando-lhe , fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. – prazo para efetuar o preparo. – se aplica em todos se aplica em todos os recursosos recursos Parágrafo único. A decisão referida Parágrafo único. A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao tribunal neste artigo será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade. – apreciar-lhe a legitimidade. – o tribunal conhecerá o tribunal conhecerá em contra-razões/contra a decisão que denega a em contra-razões/contra a decisão que denega a relevação da deserção cabe agravo de relevação da deserção cabe agravo de instrumento, se a decisão for de juiz, ou instrumento, se a decisão for de juiz, ou regimental se de relatorregimental se de relator

Page 61: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PREPAROPREPARO

O deferimento da gratuidade judiciária O deferimento da gratuidade judiciária em grau de recurso é possível, mas só em grau de recurso é possível, mas só repercutirá sobre o futuro. Por conta repercutirá sobre o futuro. Por conta disso, eventual condenação ao disso, eventual condenação ao pagamento de custas e honorários pagamento de custas e honorários advocatícios imposta pela sentença advocatícios imposta pela sentença recorrida não poderá ter sua recorrida não poderá ter sua exigibilidade suspensa. Por ela exigibilidade suspensa. Por ela responderá normalmente o beneficiário responderá normalmente o beneficiário da gratuidade.da gratuidade.

Page 62: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PREPAROPREPARO

Haverá, contudo, suspensão da Haverá, contudo, suspensão da exigibilidade pelo prazo do art. 12 da exigibilidade pelo prazo do art. 12 da LAJ se o Tribunal, a pedido da parte LAJ se o Tribunal, a pedido da parte contrária, majorou a condenação. contrária, majorou a condenação. Mas, ainda assim, a suspensão Mas, ainda assim, a suspensão restringir-se-á à parcela majoradarestringir-se-á à parcela majorada

Page 63: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEDE ADMISSIBILIDADE

DUAS CORRENTES: Fredie Didier DUAS CORRENTES: Fredie Didier (minoritária) e José Carlos Barbosa (minoritária) e José Carlos Barbosa Moreira (majoritária)Moreira (majoritária)

Fredie – se positivo, é juízo Fredie – se positivo, é juízo declaratório da eficácia (ex tunc); se declaratório da eficácia (ex tunc); se negativo, será constitutivo negativo negativo, será constitutivo negativo (em regra ex nunc - ver art. 182, (em regra ex nunc - ver art. 182, CC/02)CC/02)

Barbosa Moreira – o juízo é sempre Barbosa Moreira – o juízo é sempre declaratóriodeclaratório

Page 64: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE – DE ADMISSIBILIDADE –

argumentos de Barbosa Moreiraargumentos de Barbosa Moreira Somente os recursos admissíveis produzem Somente os recursos admissíveis produzem

efeitosefeitos O juízo de admissibilidade, positivo ou O juízo de admissibilidade, positivo ou

negativo, tem natureza declaratória: “ao negativo, tem natureza declaratória: “ao proferí-lo, o que faz o órgão judicial é verificar proferí-lo, o que faz o órgão judicial é verificar se estão ou não satisfeitos os requisitos se estão ou não satisfeitos os requisitos indispensáveis à legítima apreciação do indispensáveis à legítima apreciação do mérito do recurso. A existência ou mérito do recurso. A existência ou inexistência de tais requisitos é, todavia, inexistência de tais requisitos é, todavia, anterior ao pronunciamento, que não a gera, anterior ao pronunciamento, que não a gera, mas simplesmente a reconhecemas simplesmente a reconhece

Page 65: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO NATUREZA JURÍDICA DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE – DE ADMISSIBILIDADE –

argumentos de Fredie Didierargumentos de Fredie Didier Os atos processuais, mesmo os Os atos processuais, mesmo os

defeituosos, produzem efeitos até o seu defeituosos, produzem efeitos até o seu desfazimento (exemplos: mantém litigiosa desfazimento (exemplos: mantém litigiosa a coisa, impede o trânsito em julgado e a a coisa, impede o trânsito em julgado e a propositura da mesma demanda, etc.)propositura da mesma demanda, etc.)

Em todo juízo constitutivo negativo há o Em todo juízo constitutivo negativo há o reconhecimento de uma situação fática reconhecimento de uma situação fática anterioranterior

O reconhecimento de fatos anteriores O reconhecimento de fatos anteriores anteriores à decisão não é exclusividade anteriores à decisão não é exclusividade dos juízos declaratóriosdos juízos declaratórios

Page 66: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CONCEITO DE JUÍZO DE MÉRITOCONCEITO DE JUÍZO DE MÉRITO

É a causa de pedir e a pretensão recursal É a causa de pedir e a pretensão recursal (invalidação, reforma ou esclarecimento (invalidação, reforma ou esclarecimento da decisão recorrida)da decisão recorrida)

O mérito do recurso pode não coincidir O mérito do recurso pode não coincidir com o mérito da causa (o mérito do com o mérito da causa (o mérito do recurso pode ser a admissibilidade da recurso pode ser a admissibilidade da causa)causa)

Jamais uma mesma questão pode ser de Jamais uma mesma questão pode ser de mérito e de admissibilidade de um mesmo mérito e de admissibilidade de um mesmo procedimentoprocedimento

Page 67: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CAUSA DE PEDIR RECURSALCAUSA DE PEDIR RECURSAL

Error in procedendoError in procedendo InvalidaçãoInvalidação Equívoco formalEquívoco formal Pouco importa o acertoPouco importa o acerto Prioridade do juízoPrioridade do juízo Julgamento rescindente (novo Julgamento rescindente (novo

julgamento)julgamento)

Page 68: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CAUSA DE PEDIR RECURSALCAUSA DE PEDIR RECURSAL

Erro in judicandoErro in judicando ReformaReforma Equívoco de juízo (sobre o direito Equívoco de juízo (sobre o direito

material e processual)material e processual) Discute o acerto da decisãoDiscute o acerto da decisão A fortioriA fortiori Juízo substitutivo (se o recurso for Juízo substitutivo (se o recurso for

conhecido)conhecido)

Page 69: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CAUSA DE PEDIR RECURSALCAUSA DE PEDIR RECURSAL

Há possibilidade de cumulação de pedidosHá possibilidade de cumulação de pedidos É possível um agravo para duas decisõesÉ possível um agravo para duas decisões Não é possível o acúmulo de pedidos Não é possível o acúmulo de pedidos

contra o mesmo capítulo de decisão, contra o mesmo capítulo de decisão, exceto se um for subsidiário de outroexceto se um for subsidiário de outro

A questão do prequestionamento no RESP A questão do prequestionamento no RESP (súmulas 211 e 98, STJ) e RE(súmulas 211 e 98, STJ) e RE

Julgamento extra petita ou ultra (Julgamento extra petita ou ultra (in in procedendoprocedendo sem rescisão – arts. 248 c/c § sem rescisão – arts. 248 c/c § 4° do 515)4° do 515)

Page 70: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

PROIBIÇÃO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUSREFORMATIO IN PEJUS

A PROIBIÇÃO NÃO AFSTA DE MODO A PROIBIÇÃO NÃO AFSTA DE MODO ALGUM A POSSIBILIDADE DE O TRIBUNAL ALGUM A POSSIBILIDADE DE O TRIBUNAL REVISAR AQUILO QUE REVISAR AQUILO QUE EX VI LEGISEX VI LEGIS SE SE SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, COMO AS QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA COMO AS QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA QUE, SE ACOLHIDA EM DETRIMENTO DO QUE, SE ACOLHIDA EM DETRIMENTO DO INTERESSE DO RECORRENTE, PODERÃO, INTERESSE DO RECORRENTE, PODERÃO, DE CERTO MODO, LEVAR A UMA REFORMA DE CERTO MODO, LEVAR A UMA REFORMA PARA PIOR.PARA PIOR.

VEDAÇÃO AO BENEFÍCIO COMUMVEDAÇÃO AO BENEFÍCIO COMUM

Page 71: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO INDEPENDENTE E RECURSO INDEPENDENTE E RECURSO ADESIVORECURSO ADESIVO

INDEPENDENTE É O RECURSO INTERPOSTO INDEPENDENTE É O RECURSO INTERPOSTO AUTONOMAMENTE POR QUALQUER DAS AUTONOMAMENTE POR QUALQUER DAS APRTES, SEM QUALQUER RELAÇÃO COM O APRTES, SEM QUALQUER RELAÇÃO COM O COMPORTAMENTO DO ADVERSÁRIOCOMPORTAMENTO DO ADVERSÁRIO

ADESIVO É O RECURSO CONTRAPOSTO AO ADESIVO É O RECURSO CONTRAPOSTO AO DA PARTE ADVERSA, POR AQUELA QUE SE DA PARTE ADVERSA, POR AQUELA QUE SE DISPUNHA A NÃO IMPUGNAR A DECISÃO, E DISPUNHA A NÃO IMPUGNAR A DECISÃO, E SÓ VEIO A IMPUGNÁ-LA PORQUE O FIZERA SÓ VEIO A IMPUGNÁ-LA PORQUE O FIZERA O OUTRO LITIGANTE, EM CASOS DE O OUTRO LITIGANTE, EM CASOS DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCASUCUMBÊNCIA RECÍPROCA

Page 72: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES Não é espécie de recurso é forma de interposiçãoNão é espécie de recurso é forma de interposição Só a apelação, os embargos infringentes, o recurso Só a apelação, os embargos infringentes, o recurso

especial e o extraordinário podem ser adesivos (art. especial e o extraordinário podem ser adesivos (art. 500, II, CPC)500, II, CPC)

Também se admite o recurso ordinário Também se admite o recurso ordinário constitucional na forma adesiva, quando fizer as constitucional na forma adesiva, quando fizer as vezes de apelação proposta por Município ou vezes de apelação proposta por Município ou pessoa residente no país (art. 539, II, “b”, CPC c/c pessoa residente no país (art. 539, II, “b”, CPC c/c 109, II, CF)109, II, CF)

Não cabe nos JEC’s, exceto quanto ao Não cabe nos JEC’s, exceto quanto ao extraordinárioextraordinário

Deve obedecer a todos os requisitos de Deve obedecer a todos os requisitos de admissibilidade do recurso principaladmissibilidade do recurso principal

Só se admite o recurso adesivo se à parte aderente Só se admite o recurso adesivo se à parte aderente coubesse o recurso principalcoubesse o recurso principal

Page 73: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

O recurso adesivo deve ser protocolado no O recurso adesivo deve ser protocolado no prazo da apresentação das contra-razõesprazo da apresentação das contra-razões

Os entes públicos e o Ministério Público Os entes públicos e o Ministério Público têm prazo em dobro para recorrer têm prazo em dobro para recorrer adesivamente (EDcl no REsp n. adesivamente (EDcl no REsp n. 171543/RS) = STF e STJ171543/RS) = STF e STJ

Predomina na doutrina a idéia da Predomina na doutrina a idéia da impossibilidade de recurso adesivo de impossibilidade de recurso adesivo de terceiro em razão da literalidade do art. terceiro em razão da literalidade do art. 500 do CPC500 do CPC

Page 74: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO ADESIVORECURSO ADESIVO O EXAME DO RECURSO ADESIVO FICA O EXAME DO RECURSO ADESIVO FICA

CONDICIONADO AO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE CONDICIONADO AO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE POSITIVO DO RECURSO PRNCIPALPOSITIVO DO RECURSO PRNCIPAL

O RECURSO ADESIVO PODE TER OBJETO DIVERSO O RECURSO ADESIVO PODE TER OBJETO DIVERSO DO QUESTIONADO NO RECURSO PRINCIPALDO QUESTIONADO NO RECURSO PRINCIPAL

A DESISTÊNCIA DO RECURSO PRINCIPAL IMPEDE A DESISTÊNCIA DO RECURSO PRINCIPAL IMPEDE O CONHECIMENTO DO RECURSO ADESIVOO CONHECIMENTO DO RECURSO ADESIVO

NÃO CABE RECURSO ADESIVO NA REMESSA NÃO CABE RECURSO ADESIVO NA REMESSA NECESSÁRIANECESSÁRIA

A FAZENDA PÚBLICA PODE RECORRER A FAZENDA PÚBLICA PODE RECORRER ADESIVAMENTE APESAR DA REMESSA NECESSÁIA, ADESIVAMENTE APESAR DA REMESSA NECESSÁIA, QUANDO NÃO RECORRER DE FORMA QUANDO NÃO RECORRER DE FORMA INDEPENDENTEINDEPENDENTE

Page 75: TEORIA GERAL DOS RECURSOS

RECURSO ESPECIAL/EXTRAORDINÁRIO RECURSO ESPECIAL/EXTRAORDINÁRIO ADESIVO CRUZADOADESIVO CRUZADO

RECURSO CUJA TRAMITAÇÃO É CONDICIONADA AO RECURSO CUJA TRAMITAÇÃO É CONDICIONADA AO ACOLHIMENTO DO PROCESSO INDEPENDENTEACOLHIMENTO DO PROCESSO INDEPENDENTE

““A” PROPÕE AÇÃO EM FACE DE “B”, FUNDAMENTANDO SEU A” PROPÕE AÇÃO EM FACE DE “B”, FUNDAMENTANDO SEU PEDIDO EM RAZÕES CONSTITUCIONAIS E PEDIDO EM RAZÕES CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS. O TRIBUNAL ACOLHE O PEDIDO, INFRACONSTITUCIONAIS. O TRIBUNAL ACOLHE O PEDIDO, MAS REJEITA O FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. A PARTE MAS REJEITA O FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. A PARTE VENCIDA PODERÁ INTERPOR RECURSO ESPECIAL. A PARTE VENCIDA PODERÁ INTERPOR RECURSO ESPECIAL. A PARTE VENCEDORA NÃO PODE INTERPOR RECURSO VENCEDORA NÃO PODE INTERPOR RECURSO EXTRAORDINÁRIO PORQUE NÃO PODE RECORRER APENAS EXTRAORDINÁRIO PORQUE NÃO PODE RECORRER APENAS PARA QUESTIONAR OS FUNDAMENTOS DE UMA DECISÃO. PARA QUESTIONAR OS FUNDAMENTOS DE UMA DECISÃO. ACASO O ESPECIAL FOR PROVIDO, O EXTRAORDINÁRIO ACASO O ESPECIAL FOR PROVIDO, O EXTRAORDINÁRIO ESTARÁ PRECLUSO. O QUE FAZ O RECORRIDO? INTERPÕE ESTARÁ PRECLUSO. O QUE FAZ O RECORRIDO? INTERPÕE EXTRAORDINÁRIO ADESIVO SOB CONDIÇÃO DE SÓ SER EXTRAORDINÁRIO ADESIVO SOB CONDIÇÃO DE SÓ SER APRECIADO ACASO O ESPECIAL SEJA ACOLHIDO.APRECIADO ACASO O ESPECIAL SEJA ACOLHIDO.