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PROFESSSOR: KHEYDER LOYOLA 16. TEORIA GERAL DOS RECURSOS 16.1 Conceito Recurso é o meio de impugnação de decisões judiciais, de caráter voluntário, posto à disposição das partes, do Ministério Público e do terceiro prejudicado, interno à relação jurídica processual em que se forma o ato judicial atacado, submetendo-o a um reexame, por um órgão distinto, via de regra, tendo como objetivo sua anulação ou reforma. 16.2 Princípios a) Duplo grau de jurisdição – resulta do fato de que toda decisão judicial, de que resulte prejuízo jurídico para alguém, admite revisão judicial por outro órgão pertencente ao Poder Judiciário. Não se encontra expressamente previsto na CF, por isso não podemos afirmar que ela seja uma garantia constitucional. É uma garantia de boa justiça. b) Taxatividade – o recurso só é cabível se arrolado por lei federal (art. 496 do CPC e outros previstos em leis especiais), enumerados taxativamente. c) Unirrecorribilidade – para cada espécie de ato judicial a ser recorrido, deve ser cabível um único recurso. É necessário analisar o conteúdo da decisão para identificar a natureza do ato judicial e assim detectar qual o recurso adequado para o caso. d) Fungibilidade – presta-se para não prejudicar a parte que, diante de dúvida objetiva, interpõe recurso que pode não ser considerado cabível. Devem estar presentes os requisitos da: Dúvida objetiva a respeito do recurso cabível. Inexistência de erro grosseiro adequado para o recurso correto. § Mesmo prazo para o recurso. e) Princípio da proibição da reformatio in pejus – interposto exclusivamente por um dos sujeitos, o recurso não pode tornar sua situação pior do que aquela anterior. Entretanto, excepcionalmente, o princípio

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PROFESSSOR: KHEYDER LOYOLA

Professsor: kheyder loyola

16. TEORIA GERAL DOS RECURSOS16.1 ConceitoRecurso o meio de impugnao de decises judiciais, de carter voluntrio, posto disposio das partes, do Ministrio Pblico e do terceiro prejudicado, interno relao jurdica processual em que se forma o ato judicial atacado, submetendo-o a um reexame, por um rgo distinto, via de regra, tendo como objetivo sua anulao ou reforma.16.2 Princpiosa)Duplo grau de jurisdio resulta do fato de que toda deciso judicial, de que resulte prejuzo jurdico para algum, admite reviso judicial por outro rgo pertencente ao Poder Judicirio. No se encontra expressamente previsto na CF, por isso no podemos afirmar que ela seja uma garantia constitucional. uma garantia de boa justia.b)Taxatividade o recurso s cabvel se arrolado por lei federal (art.496 do CPC e outros previstos em leis especiais), enumerados taxativamente.c)Unirrecorribilidade para cada espcie de ato judicial a ser recorrido, deve ser cabvel um nico recurso. necessrio analisar o contedo da deciso para identificar a natureza do ato judicial e assim detectar qual o recurso adequado para o caso.d)Fungibilidade presta-se para no prejudicar a parte que, diante de dvida objetiva, interpe recurso que pode no ser considerado cabvel. Devem estar presentes os requisitos da:Dvida objetiva a respeito do recurso cabvel.Inexistncia de erro grosseiro adequado para o recurso correto.Mesmo prazo para o recurso.e)Princpio da proibio da reformatio in pejus interposto exclusivamente por um dos sujeitos, o recurso no pode tornar sua situao pior do que aquela anterior. Entretanto, excepcionalmente, o princpio no se aplica em relao s matrias que competem ao juzo conhecer de ofcio (ex.: art.301 do CPC, salvo o inc. IX).16.3 Caractersticas dos recursosa)Os recursos so interpostos em uma mesma relao processual, no se confundindo com as aes autnomas.b)Servem para impedir ou retardar a precluso e a formao de coisa julgada.Interposio perante o rgo a quo com exceo do agravo de instrumento.c)Substitutividade do acrdo o Tribunal pode receber ou no o recurso e dar provimento ou neg-lo. Uma coisa admitir seu processamento para o reexame (receber), outra conhecer do direito (provimento).Pode ser alegado o error in procedendo (processual) e o error in judicando (material).16.4 Pressupostos recursais16.4.1 ConceitoSo os chamados requisitos preliminares de admissibilidade. Doutrinariamente so divididos em pressupostos intrnsecos e extrnsecos.Intrnsecos relativos existncia do direito.a)Cabimento.b)Legitimidade.c)Interesse recursal.Extrnsecos relativos ao exerccio do direito.a)Tempestividade.b)Preparo.c)Regularidade formal.d)Inexistncia de fatos extintivos do direito de recorrer (renncia e aquiescncia).e)Inexistncia de fatos impeditivos do direito de recorrer ou do seguimento do recurso (desistncia; existncia de multa).16.5 Efeitosa)Efeito devolutivo devolve ao tribunal a rediscusso da matria impugnada, a manifestao do princpio dispositivo.b)Efeito suspensivo suspende a produo imediata dos efeitos da deciso sujeita reforma ou anulao, ou seja, inexequibilidade imediata da sentena.c)Efeito interruptivo no recurso de embargos, somente se admitidos interrompem o prazo do possvel recurso principal; uma vez apreciados, volta a correr o prazo.d)Efeito regressivo devolve ao mesmo rgo jurisdicional o reexame da matria.e)Efeito ativo antecipao dos efeitos da tutela recursal

Tabela de Recursos

ApelaoAgravo RetidoAgravo de InstrumentoEmbargos DeclaratriosEmb. D. Ef. InfringentesE.D. Prequest.Embargos InfringentesRec. AdesivoRec. Ordinrio Rec. EspecialRec. Extraordinrio

CabimentoSentena definitiva e terminativa arts.513 a 521.Deciso interlocutria. Deciso interlocutria. Sentena e acrdo art.535 do CPC.Para deciso interlocutria o entendimento doutrinrio: na prtica no cabe embargo de declarao de deciso interlocutria. Na doutrina cabe.Sentena e acrdo.Acrdo no unnime.Acrdo no unnime, que houver reformado, em grau de apelao, sentena de mrito, ou houver julgado procedente ao rescisria art.530 do CPC. cabvel quando a parte no recorreu dentro do prazo. admissvel na Apelao, Emb. Inf., Resp e Rex.Deciso denegatria de Tribunais Superiores. Pelo STJ (art.539, II, do CPC) e pelo STF (art.539, I, do CPC).Contrariedade a Tratado ou Lei Federal, ou negar-lhe vigncia, validar ato de governo local contestado por Lei Federal, der a Lei federal interpretao diver-gente da atribuda por outro tribunal (art.105, III, da CF).Acrdo que contrarie a Supremacia da Constituio Federal (art.102, III, da CF).

Prazo15 dias art.508 do CPC.10 dias10 dias5 dias arts.535 a 538. Atentar para o art.162, 2 e 3 (diferena entre deciso interlocutria e despacho).5 dias arts.535 a 538.5 dias 15 dias art.508 do CPC.15 dias art.500, I, do CPC.15 dias art.508 do CPC.15 dias art.508 do CPC.15 dias art.508 do CPC.

EfeitosDevolutivo/suspensivo.Devolutivo.Devolutivo/ suspensivo.Regressivo (mesma instncia que aprecia); interruptivo (interrompe o prazo para apelao) e devolutivo (devolve a matria). No Juizado Especial, pode ser atribudo o efeito suspensivo se admitidos forem os embargos.Regressivo, interruptivo, suspensivo (Juizado Especial), caso de alterao da sentena.Prequestionar matria a ser analisada em grau de recursos extremos. S cabe se houver contradio ou omisso, pois a obscuridade no ataca o decisum.Devolutivo/suspensivo.O objetivo fazer prevalecer o voto vencido (nada a mais), sendo assim requer o acolhimento do voto em sua integridade e no pode requerer complemento.Devolutivo.Devolutivo/suspensivoDevolutivo.Devolutivo.

PreparoSim NoSim arts.524 a 529 + porte de remessa e retorno.NoNo NoNoNoNo Sim + porte de remessa e retorno.Sim + porte de remessa e retorno.

InterposioNo juzo a quo (1 grau); havendo a admissibilidade do recurso (requisitos processuais), ser remetido ao Tribunal (ad quem) para anlise de mrito do recurso; pode haver retratao, que feita pelo juzo de primeira instncia.Agravo retido interposto no juzo a quo e s haver a apreciao se houver requerimento nesse sentido nas preliminares de apelao.Agravo de instrumento cabe de decises interlocutrias (art.162), ou seja, aquelas proferidas no curso do processo, que causarem gravame parte.Em qualquer grau de jurisdio. Em 1 e 2 instncias.Deve-se interpor no caso em que houve um error in procedendo no acrdo. Antes de interpor o recurso especial/extraordinrio, deve-se suscitar essa matria anteriormente matria de direito.Em 2 instncia ao rescisria, ou em face de acrdo no unnime (neste caso a petio ser dirigida ao relator); no caso de inadmisso de embargos infringentes cabe agravo interno.Em 1 Instncia e 2 instncia.2 instncia art.102 da CF, quando negado o mandado de segurana, habeas data e o mandado de injuno ou ainda quando o Estado for parte, sero decididos pelo Tribunal.2 instncia + art.542 do CPC.2 instncia + art.542 do CPC.

ProcedimentoAps o recebimento abrem-se vistas parte adversa para apresentao de contrarrazes; em seguida o juiz examinar as razes das partes e poder se retratar. No ocorrendo a retratao, os autos sobem ao Tribunal, onde sero examinados pela Turma Julgadora, composta por trs desembargadores (relator, revisor e vogal) que proferiro o acrdo em julgamento.Deve ser direcionada ao juzo a quo e dever ser apensado aos autos principais. Sua anlise ser realizada se houver apelao e se em preliminar a parte que interps o agravo requerer a sua apreciao.O agravo de instrumento deve ser direcionado ao Tribunal competente, juntando-se as peas elencadas no art.525 do CPC; sob pena de inadmissibilidade do recurso deve-se comprovar, no primeiro grau, a interposio, nos termos do art.526 do CPC.Deve ser interposto em face de omisso (deixa de apreciar), contradio (incompatibilidade do fundamento com a deciso) e obscuridade (falta de clareza). Quando protelatrio, pode haver a imposio de multa de 1% a 10 % (no caso de reincidncia).Obs.: No cabe diante de obscuridade,contradio e omisso, com o intuito de alterar o decisum.Deve-se suscitar matria de Lei Federal (REsp para o STJ) ou Constitucional (REx para o STF), para dar embasamento e evitar que seja negado seguimento aos recursos extremos.Requerer ao rgo colegiado dentro do Tribunal que faa prevalecer o voto vencido, para que seja mantida a sentena proferida em primeiro grau, ou a deciso que foi objeto de ao rescisria.Deve-se interpor o Recurso Adesivo quando foi arbitrada a sucumbncia. Inconformada, uma das partes interpe o Recurso Principal e a parte adversa o Adesivo.Deve-se interpor no juzo a quo em petio dirigida ao Presidente (ou Vice-Presidente vai depender do regimento interno de cada tribunal o ROC segue por subsidiariedade as disposies da apelao (art.34 da Lei n 8.038/1990)), e verificada a admissibilidade, os autos, so remetidos.Verificar o art.543-C do CPC alterado pela Lei n 11.672/2008 no tocante aos Recursos Idnticos, devendo-se interpor em 2 instncia, pois h a possibilidade do juzo de admissibilidade.Deve-se interpor em 2 instncia, pois h a possibilidade do juzo de admissibilidade.

LegitimidadeParte sucumbente na sentena, total ou parcialmente procedente. Se a sentena for parcialmente procedente, as duas partes, alm do Ministrio Pblico (como parte ou como fiscal da Lei) tm legitimidade para recorrer.Parte que sofreu um pequeno dano com um despacho proferido nos autos, sem que este tenha lhe causado gravame. O agravo de instrumento pode ser remetido primeira instncia quando o desembargador entender que no houve gravame parte e este dever transform-lo em agravo retido.Parte que sofreu gravame em decorrncia de uma deciso interlocutria proferida nos autos.A parte que houver sofrido ou puder vir a sofrer qualquer dano em decorrncia de omisso, contradio e/ou obscuridade.Parte sucumbente que pretende a alterao do decisum, para eventual retratao e alterao do dispositivo.A parte que tem inteno de interpor recurso ao STJ ou ao STF.Parte sucumbente. Verificar as duas correntes: vivel nulidade de sentena ou reforma de sentena. Se houver a invalidao, verificar a teoria da causa madura.Parte sucumbente: Ministrio Pblico (como parte). OBS.: O 3 interessado e o MP no so possveis como custus legis.Qualquer parte que houver sofrido o dano atentando-se aos preceitos do art.539, II, do CPC.Parte sucumbente: que entende haver ferido norma federal.Parte sucumbente: que entende ter havido ferimento Constituio Federal.

Sucum-bnciaSim No No No No No NoNo No Sim Sim

16.6 Pedido de reconsideraoO pedido de reconsiderao no tem forma prescrita, tampouco prazo especfico; entretanto, no poder ser utilizado quando h perda da faculdade processual que se quer exercer (precluso temporal, consumativa ou lgica). Observe que existem alguns atos que importam em reconsiderao, ainda que de ofcio (no provocados), como no caso do agravo, quando o juiz, espontaneamente, comunica que reformou a deciso (art.529 do CPC).17. PROCESSO DE EXECUO17.1 IntroduoNa execuo, no h sentena de mrito, mas resposta de mrito. O magistrado toma providncias para a satisfao do pedido, que, no processo de execuo, a satisfao do direito (crdito). A execuo uma ao, uma vez que h uma resposta de mrito, ou fase processual quando se busca a satisfatividade nos mesmos autos por cumprimento (art.461/461-A do CPC) ou execuo de sentena (art.475-J do CPC). Existe, portanto, necessidade de preencher as condies da ao.17.2 Requisitos do processo de execuoPara uma execuo, imperioso o preenchimento de dois requisitos essenciais: o inadimplemento do devedor e a existncia de um ttulo executivo.O ttulo executivo, por sua vez, deve conter os seguintes requisitos: liquidez, exigibilidade e certeza.Liquidez consiste na determinao ou determinabilidade do quantum debeatur (quantidade devida ao credor), a partir dos elementos contidos no ttulo. Um ttulo tem liquidez quando, a partir dele prprio, chega-se ao valor devido ao credor.Exigibilidade decorre do alcance do termo da obrigao. importante lembrar que o cheque uma ordem de pagamento vista.Certeza consiste na determinao exata dos elementos constitutivos do ttulo a ser satisfeito (quem o credor, quem o devedor, qual a obrigao a ser satisfeita). A execuo tem que ser feita no documento original, exceto no caso de o ttulo fazer parte de um processo criminal, quando a jurisprudncia admite cpia autenticada. Ex.: ladro que rouba cheque e preso. O cheque deve ser juntado ao processo-crime. Outra exceo o caso das aplices de seguro, que podem ser executadas por meio de cpias autenticadas.a)So ttulos executivos judiciais: rol do art.475-N do CPC:1.Sentena proferida no processo civil que reconhea a existncia da obrigao de fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar quantia (tpica). Antes de transitar em julgado, a sentena cvel condenatria poder servir de ttulo apenas para a execuo provisria;2.Sentena penal condenatria transitada em julgado torna certa a obrigao de reparar o dano na esfera cvel, fazendo, pois, coisa julgada material e formal;3.Sentena homologatria de conciliao ou de transao, ainda que inclua matria no posta em juzo:3.1 Transao e conciliao submetidas homologao judicial = ttulo executivo judicial (art.475-N, V, do CPC);3.2 Transao e conciliao no submetida homologao judicial = ttulo executivo extrajudicial, desde que tenham a assinatura de duas testemunhas (art.585, II, do CPC).4.Sentena arbitral (Lei n9.307/1996, art.31);5.Acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente (previso similar no art.57 da Lei n9.099/1995);6.A sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia (EC n45/2004);7.O formal e a certido de partilha, exclusivamente em relao ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a ttulo singular ou universal. Importante destacar que as sentenas de partilha proferidas em outras aes, que no as de inventrio, tambm so ttulos executivos judiciais entre as partes.b)Os ttulos extrajudiciais esto apresentados no rol do art.585 CPC; rol exemplificativo.Ateno:A execuo ser nula: Art.618 (...): I se o ttulo executivo extrajudicial no corresponder a obrigao certa, lquida e exigvel (art.586).17.3 Inadimplemento da obrigao pressuposto de exigibilidade e, consequentemente, do processo de execuo. 17.4 Liquidao de sentenaSo espcies de liquidao de sentena:liquidao por artigos (apurao de fatos novos no considerados na sentena de mrito e relevantes para fixao do quantum debeatur);arbitramento (percia: quando o objeto exigir; por determinao da sentena; ou conveno das prprias partes ou a matria exigir prova tcnica);clculos do exequente: mera operao aritmtica.Da deciso da liquidao de sentena cabe agravo de instrumento, sob pena de operar a precluso. 17.5 Responsabilidade patrimonialSujeio dos bens do devedor ao pagamento da dvida, salvo:a)absolutamente impenhorveis (art.649 do CPC);b)penhorveis na ausncia de outros (art.650 do CPC);c)bens gravados;d)bem de famlia (Lei n8.009/1990).17.6 Sujeito passivo da execuoa)O devedor principal.b)Esplio.c)Herdeiros.d)Sucessores do devedor.e)Devedor que assumiu a obrigao.f)Fiador judicial.17.7 Princpios do processo de execuoa) Princpio da mxima utilidade da execuo.b)Princpio do menor sacrifcio do executado.c)Princpio do contraditrio.d)Princpio da disponibilidade da execuo17.8 Classificao das espcies de execuoQuanto origem do ttulo executivo, a execuo pode ser judicial ou extrajudicial.No processo executivo de ttulo judicial no h mais momento certo para a nomeao de bens penhora pelo devedor e a avaliao feita pelo prprio oficial de justia. No que tange estabilidade do ttulo executivo, pode ser provisria ou definitiva. Antes a lei estabelecia que a execuo provisria ocorresse por meio de autos suplementares ou carta de sentena.Com o advento da Lei n11.232/2005 houve uma simplificao, uma vez que a legislao atribuiu ao prprio requerente da execuo provisria que instrua seu pedido com os principais documentos (cpias) do processo (art.475-O, 3, c/c o art.544, 1, do CPC).Antes de estudar a matria em comento, mister verificar que o processo executivo varia a depender do ttulo que possui o credor. Se tratar de ttulo executivo judicial (rol no art.475-N do CPC) a pretenso seguir, nos mesmo autos do processo de conhecimento, por execuo de sentena (art.475-J) para pagamento de quantia, e por cumprimento de sentena se versar sobre obrigao. Veja que neste caso, no s o processamento inicial como a resposta tambm distinta, uma vez que aqui no comporta embargos, mas sim a impugnao, no prazo de 15 dias. Aqui h intimao para impugnao, por ser ato no mesmo processo.Se o objeto da cobrana se originou por ttulo executivo extrajudicial (art.585 do CPC) a postulao do direito veicular por um processo novo, ou seja, no existe uma ao precedente que justifica a pretenso. A depender da modalidade pretendida, esta execuo poder ser para pagamento de quantia ou para as execues das obrigaes. Lembrando que a resposta se d por meio de embargos. Aqui h citao para chamar o devedor, pela primeira vez, a se defender na execuo.Note que, alm desses duas observaes, os estudando e concursando, necessitam saber que ainda existe a execuo de alimentos, que se promove pelo rito do art.733, 1 do CPC (referente aos trs ltimos meses e s prestaes que se vencerem no curso da ao sob pena de priso civil), bem como os alimentos anteriores a este, regidos pelo art.732 (dvida de valor, sem priso como sano).Ademais, cumpre esclarecer que o processamento da cobrana de dvida ativa da Fazenda Pblica se d pelas providncias Lei n 6.830/1980, que no se confunde com as execues j comentadas, pelo menos no que no contrariar. Por fim, a execuo pode ser:a)de obrigao de entregar coisa certa;b)de obrigao de entregar coisa incerta;c)de obrigao de fazer;d)de obrigao de no fazer.17.8.1 Execuo por quantia certa contra devedor solventeAplicao imediata na execuo de dvida de valor expressa em ttulo judicial (art.475-R).1. Fase inicialSo caractersticas da petio inicial: pea sucinta e simples apresentada juntamente com o ttulo executivo, formando um nico processo, porm com duas fases distintas. Anteriormente Lei n11.232/2005, o ttulo executivo judicial embasava o processo executivo em autos apartados dos autos do processo de conhecimento, juntamente com a petio inicial. Porm, a legislao supracitada prev atualmente apenas um requerimento informal, consistindo em uma passagem de uma fase para outra do mesmo processo, o que foi denominado de processo sincrtico.Omitindo-se o credor na apresentao do ttulo, o juiz abrir o prazo de dez dias para que o faa, sob pena de indeferimento da petio inicial. possvel a cumulao de demandas e, havendo penhora sobre bens gravados com garantia real, dever o credor ser intimado. O exequente poder, no ato da distribuio, obter certido comprobatria do ajuizamento da execuo, com identificao das partes e valor da causa, para fins de averbao no registro de imveis, registro de veculos ou registro de outros bens sujeitos penhora ou arresto. O exequente dever comunicar as averbaes ao juzo no prazo de dez dias (art.615-A, 1, do CPC). Na hiptese de prescrio da pretenso do credor, dever o juiz pronunciar-se de ofcio. O juiz, no despacho inicial, dever ainda pronunciar-se a respeito das verbas honorrias que devero ser pagas pelo executado. Em caso de omisso, cabveis embargos de declarao (art.652-A do CPC).A citao poder ser feita pessoalmente ou excepcionalmente por edital. Ter o executado trs dias para pagar a dvida. Se assim agir, as verbas honorrias sero reduzidas pela metade art.652-A, pargrafo nico, do CPC. Caso no pague, o oficial de justia arrestar imediatamente bens suficientes garantia da execuo e os avaliar, intimando na mesma oportunidade o executado, na pessoa de seu advogado ou excepcionalmente pessoalmente (caso no tenha advogado constitudo ou quando o devedor tem curador especial nomeado). O executado ter 15 dias aps a juntada aos autos do mandato de citao para propor embargos. O juiz poder dispensar a intimao do executado caso o oficial de justia no o encontre. Na petio inicial poder o exequente nomear bens penhora do executado.Objeo de pr-executividade consiste em criao jurisprudencial e doutrinria pelo qual o ru argui, a qualquer tempo e sem efeito suspensivo automtico, defeito de ordem pblica no curso do processo, podendo, por exemplo, recair sobre alguma das condies da ao ou pressupostos processuais, impedindo assim a satisfao do pedido do autor.O arresto (pr-penhora) de bens do devedor uma penhora prvia feita pelo oficial de justia, por no ter encontrado o devedor aps vrias diligncias para cit-lo. Em seguida o credor ter dez dias para requerer a intimao do devedor por edital. Permanecendo a revelia, h a converso do arresto em penhora. Aps esta, as intimaes posteriores sero feitas sempre por edital. Caso o devedor aparea poder nomear outros bens penhora. Ocorrendo a inrcia depois de decorrido o prazo do edital, nomeia-se curador especial para a propositura de embargos. O juiz poder, a qualquer tempo (de ofcio ou a requerimento do exequente), intimar o executado para nomear bens em substituio queles penhorados art.652, 3, do CPC.2. Fase preparatriaPenhoraAps o prazo de trs dias sem que o executado pague a dvida, o credor tem a faculdade de nomear outros bens penhora.Exceo: poder o executado nomear outro bem penhora (art.668 do CPC).Desde que faa requerimento no prazo de dez dias depois de intimado da penhora e comprove cabalmente que a substituio no trar prejuzo algum ao exequente e ser menos onerosa para ele (devedor).Deve ser respeitada a ordem de preferncia estipulada pelo art.655 do CPC. O avaliador poder sugerir a cmoda diviso quando o bem for propcio a desmembramento.A avaliao, anteriormente citada lei, era dispensada quando o bem era de pequeno valor. Agora ser feita ainda que tenha esta qualidade.A finalidade da avaliao fixar o parmetro econmico da expropriao. Ocorrendo as hipteses previstas no art.683 do CPC, poder ser feita nova avaliao.O laudo de avaliao integrar o auto de penhora ou, em caso de percia avaliadora (art.680 do CPC), ser apresentado no prazo fixado pelo juiz. O executado dever, no prazo fixado pelo juiz, indicar onde se encontram os bens sujeitos execuo, exibir a prova de sua propriedade e, se for o caso, certido negativa de nus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte ou embarace a realizao da penhora (arts.14, pargrafo nico,600 e656, 1, todos do CPC). Na hiptese de penhora de bem imvel, a meao do cnjuge recair na metade do produto da arrematao (art.655-B do CPC), ocasio em que ser intimado tambm o cnjuge do executado. Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dvida, ser determinado o cancelamento das averbaes (art.615-A do CPC) relativas queles que no tenham sido penhorados. A penhora de bens em outra comarca dever ser feita por carta precatria. A avaliao e a alienao ocorrero na comarca deprecada. A penhora poder ser alterada a qualquer tempo (aumentada, diminuda ou substituda). O executado poder requerer a alterao do bem penhorado para um bem imvel desde que haja prvia autorizao do cnjuge (art.656, 3, do CPC).Na fase de cumprimento de sentena (execuo de ttulos judiciais advindos do processo de conhecimento) a avaliao no feita, em regra, por perito ou avaliador, mas pelo prprio oficial de justia. O avaliador apenas atuar quando o oficial de justia no puder proceder avaliao, por depender de conhecimentos tcnicos.Depois de finalizadas as penhoras, sero intimados: cnjuge (se bem imvel), devedor (para embargar), coproprietrio ou terceiro proprietrio, terceiro credor com direito real, por intermdio do Oficial de Justia ou em cartrio, quando for analisar os autos. Se for imvel, a intimao ser pessoalmente na pessoa de seu advogado. Se a penhora recair sobre ttulo de crdito, o devedor do ttulo ser intimado a no pag-lo e a no dispor de crdito. Nesta hiptese a penhora ser feita no rosto dos autos.A penhora de faturamento de empresa ser feita por meio de um depsito feito a um administrador, abatendo no rendimento desta empresa o valor da dvida objeto da execuo, desde que o pedido de abatimento seja feito antes da hasta pblica. No caso de a empresa ser concessionria ou permissionria de servio pblico, devido ao princpio da continuidade, o juiz nomear administrador judicial para continuao do servio prestado.Inovao expressa trazida ao processo civil pela Lei n11.382/2006 Penhora on-line (art.659, 6, do CPC). Obedecidas as normas de segurana que forem institudas pelos Tribunais, sob critrios uniformes, a penhora de numerrio e as averbaes de penhoras de bens imveis e mveis podem ser realizadas por meios eletrnicos. Sistema de bloqueio dos ativos financeiros que estejam em nome do devedor, por meio do Sistema BACEN-JUD.Art.655-A Penhora de dinheiro em depsito ou aplicao financeira O juiz, a requerimento do exequente, requisitar autoridade supervisora do sistema bancrio, preferencialmente por meio eletrnico, informaes sobre a existncia de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, at o valor indicado na execuo.1 Limite das informaes existncia ou no de depsito ou aplicao at o valor indicado na execuo.Depsito dos bens penhoradosA finalidade a conservao do bem. O depositrio pode ser o devedor, credor ou terceiro. A falta de depsito no gera nulidade, ou seja, consiste em mera irregularidade. O principal efeito do depsito a transferncia da posse direta. O depositrio um auxiliar do juiz.O depsito poder ser concedido ao prprio executado nos casos de difcil remoo, desde que o exequente no se oponha (art.666, 1, do CPC).Por fim, o depsito de joias, pedras e outros objetos preciosos dever ser feito com o prvio registro do valor estimado de resgate (art.666, 2, do CPC).No h necessidade de ao de depsito para que se exija judicialmente o bem (conforme dispunha a revogada Smula n619 do STF). A pessoa pode recusar a funo de depositrio do bem, cabendo ao juiz a escolha de outra pessoa que assuma a funo (Sm. n319 do STJ).Alienao antecipada do bemOs bens podero ser antecipadamente alienados quando sujeitos a deteriorao ou depreciao e houver manifesta vantagem nesse procedimento (art.670 do CPC).Alienao judicial (arrematao)So espcies de alienao judicial: adjudicao em favor do exequente ou das pessoas indicadas no 2 do art.685-A do CPC; alienao por iniciativa particular; alienao em hasta pblica e usufruto de bem mvel ou imvel.No requerida a adjudicao e no realizada a alienao particular do bem penhorado, o bem ser levado a hasta pblica, para o que deve ser expedido edital, salvo se o valor dos bens penhorados no exceder 60 vezes o valor do salrio-mnimo vigente na data da avaliao, caso em que no poder ser arrematado por preo inferior ao da avaliao. Para a alienao em hasta pblica (leilo ou praa) a publicidade poder ser dada de vrias formas, inclusive por meio de instrumento eletrnico. Como regra geral, qualquer pessoa legitimada a arrematar, salvo aquelas elencadas pelo art.690-A do CPC. Caso seja o prprio exequente o arrematante, haver compensao quando feita pelo mesmo valor da dvida; quando superior o valor da arrematao, necessria se faz a devoluo da quantia que superou o valor da dvida, sob pena de ineficcia do ato. imperioso ressaltar que os vcios redibitrios no podem ser alegados em relao aos bens arrematados. Porm, nada impede recaiam sobre estes o fenmeno da evico e seus efeitos.O procedimento da alienao convencional pode ser substitudo por alienao realizada pela rede mundial de computadores (internet) (art.689-A do CPC) ou ainda por alienao por iniciativa particular (art.685-C do CPC).Usufruto executivo; entrega de dinheiroa)Adjudicao arts.685-A e 685-B do CPC: a transferncia in natura do bem, devido ao seu no arremate. Poder ser requerida pelo exequente, credor com garantia real, credor que penhorou o bem em outra execuo, cnjuge, descendente e ascendente. Ter preferncia em relao aos demais o cnjuge e, em seguida, os descendentes e ascendentes, nesta ordem. Na alienao de cotas societrias a preferncia atribuda aos demais scios.Aps a assinatura do auto de arrematao (juiz, arrematante, serventurio da justia ou leiloeiro), considerar-se- a execuo acabada e irretratvel, ainda que julgados procedentes os embargos do executado. Neste caso, o executado ter direito a haver do exequente o valor por este recebido como produto da arrematao; caso seja inferior ao valor do bem, haver do exequente tambm a diferena.Ser considerada sem efeito a arrematao art.694, 1, do CPC:Por vcio de nulidade;Se no for pago o preo ou se no for prestada a cauo;Quando o arrematante provar, nos cinco dias seguintes, a existncia de nus real ou de gravame (art.686, V, do CPC) no mencionado no edital;A requerimento do arrematante, na hiptese de embargos arrematao (art.746, 1 e 2, do CPC);Quando realizada por preo vil (art.692 do CPC);Nos casos previstos neste Cdigo (art.698 do CPC).No sendo pago o preo pelo arrematante nem por seu fiador, o juiz impor-lhe-, em favor do exequente, a perda da cauo, voltando os bens nova praa ou leilo, dos quais no sero admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos (art.695 do CPC).b)Usufruto executivo (judicial)Direito real que recair sobre o bem penhorado em benefcio do exequente, limitado o valor arrecadado ao da dvida, objeto da execuo. Tem legitimidade para o pedido somente o exequente. A avaliao dos frutos e tempo de usufruto ser feita pelo perito. Dever ser feita a averbao no registro do bem.A eficcia do usufruto, em relao ao executado e a terceiros, ter incio a partir da publicao da deciso que o conceda (art.718 do CPC).c)Entrega de dinheiroNa hiptese de apenas um credor ser o exequente do bem, haver a expedio do mandado de levantamento com a consequente quitao do credor.Havendo concurso de credores, dever ser respeitada uma ordem de preferncia. A deciso cabe ao juiz, e poder ser impugnada por meio de recurso de agravo de instrumento. Pagos os credores, o saldo ser devolvido ao devedor.3. Fase satisfativaRemio da execuoQualquer pessoa, antes da alienao ou adjudicao do bem, poder pagar totalmente a dvida. A isto se d o nome de remio da execuo.17.9 Cumprimento de sentena art.475-J e seguintes do CPC17.9.1 Panorama atual da execuoA sentena com eficcia condenatria proferida em processo judicial civil deixa de ser executada em processo autnomo. Assim:Ttulo executivo extrajudicial de obrigao de pagar quantia, fazer, no fazer, entregar coisa: permanece o processo autnomo de execuo.Sentena condenatria ao pagamento de quantia proferida em processo judicial civil: execuo dentro do prprio processo em que foi proferida; denominada fase de cumprimento de sentena.Sentena penal condenatria, sentena estrangeira homologada no Brasil e sentena arbitral: so executadas em processo prprio, porm aplicam-se as regras procedimentais iniciais do cumprimento de sentena.Ttulo executivo judicial que tenha por objeto obrigao de pagamento de quantia, mas cuja execuo se processa por meio de rito especial: continuam respeitando as regras pertinentes aos seus processos especiais.Sentena estrangeira, acordos extrajudiciais homologados que tenham como objeto obrigao de fazer, no fazer e entregar coisa: submetem-se s regras do processo de execuo de obrigao de fazer, no fazer e entregar coisa.Sentena proferida em processo judicial civil que imponha o cumprimento de dever de fazer, no fazer e entregar coisa: eficcia mandamental e executiva; segue as regras da execuo de fazer, no fazer e entregar coisa.17.9.2 Requerimento de cumprimento: art.475-J, caput, do CPCO credor requerer no prazo de seis meses o procedimento de cumprimento de sentena. Basta uma simples petio dirigida ao juiz do processo cognitivo. De acordo com a Sm. n150 do STF, a partir do trnsito em julgado da sentena condenatria, comea a contagem do tempo referente ao prazo prescricional da ao de conhecimento.17.9.3 PenhoraO devedor intimado da penhora feita e avaliada pelo oficial de justia, podendo manifestar-se a esse respeito. Neste novo procedimento, somente o credor tem ainda a possibilidade de sugerir bens penhora, em seu requerimento de incio de execuo. Quando do momento de sua resposta (por meio da impugnao e no embargos) que pode o executado garantir o juzo para discutir o pedido.17.9.4 AvaliaoComo regra, a avaliao ser feita pelo oficial de justia. Se restar necessrio o conhecimento tcnico a respeito da matria a ser avaliada, esta ser de responsabilidade do perito.17.9.5 Intimao da penhoraNa pessoa do advogado (j constitudo); do executado ou seu representante.17.9.6 Aplicam-se as regras anteriores sem modificao para os institutos jurdicos a seguir:arrematao;adjudicao;usufruto judicial e entrega de dinheiro;remio de bens;remio da execuo;suspenso e extino do processo de execuo.17.9.7 RecursoCaber agravo de instrumento (impossvel a limitao feita pela Lei n11.187/2005 quanto ao agravo retido).17.9.8 Direito intertemporalAplicam-se as regras do novo procedimento apenas s aes interpostas aps a entrada em vigor da Lei n11.232/2005: em vigor a partir de 23-6-2006.17.10 Processo de execuo das obrigaes de fazer e no fazer17.10.1 Obrigao de fazerPetio inicial: Requisitos: arts.282, 614 e 615 do CPC. Dever conter o pedido de citao do ru para cumprir a obrigao. A citao dar-se- por oficial de justia ou qualquer outra forma admitida no processo civil, salvo citao pelo correio. Em seguida, o Juiz expedir mandado executivo, fixando o prazo de cumprimento. O devedor poder atender o mandado (extino do processo aps a quitao das custas processuais pelo devedor); propor embargos no prazo de dez dias da juntada aos autos do mandado de citao (o processo ficar suspenso at o julgamento dos embargos em primeiro grau de jurisdio) ou permanecer inerte (a execuo prosseguir e a multa diria incidir a partir do prazo estabelecido pelo juiz art.645 do CPC , salvo se a obrigao especfica for inexequvel). Diante desta ltima situao, abrem-se duas possibilidades ao credor: a) pedir a converso em perdas e danos (a execuo dar-se- nos prprios autos da execuo em curso); ou b) pedir o cumprimento da obrigao por terceiro custa do devedor (art.634 do CPC). O exequente adiantar as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado. Se a obrigao for infungvel, haver a converso em perdas e danos, sendo executada nos prprios autos do processo em curso.17.10.2 Obrigao de no fazer17.10.2.1 ProcedimentoDeferida a petio inicial, haver a citao do ru. Em seguida ser expedido mandado judicial para o executado no praticar a conduta ou desfazer aquilo que j fez, sob pena de multa diria. Se o ru atender o mandado e pagar as custas do processo, ocorrer a extino do processo. Caso este proponha embargos em dez dias, haver a suspenso do processo. Caso permanea inerte, a multa incidir diariamente. O juiz poder autorizar o desfazimento do ato por terceiros custa do ru ou, se impossvel ou intil, condenar o ru em perdas e danos.No que tange multa, esta consiste no meio de coero imposto ao ru pelo juiz para que cumpra a obrigao (art.645 do CPC). Tem natureza processual de carter pblico. O valor poder ser fixado pelas partes ou pelo juiz, podendo ser aumentada ou diminuda de acordo com sua eficcia. Caso seja multa baseada em ttulo extrajudicial, o juiz aumentar ou diminuir de acordo com o avenado no prprio ttulo. O beneficirio da multa o autor da ao. A execuo da multa ser feita nos prprios autos.Sentena substitutiva de declarao de vontade consiste na substituio dos efeitos da declarao de vontade que deveria ter sido emitida pelo ru por uma sentena (arts.466-A e 466-B do CPC). O procedimento no tem carter executivo e a sentena tem natureza constitutiva.17.10.2.2 Resultado prtico equivalente aquele que o autor pretende ao propor a ao, ou seja, o bem da vida requerido na ao, sem que haja sub-rogao nas perdas e danos (art.461 do CPC).17.10.2.3 Converso em perdas e danosTem natureza excepcional (ocorre com a impossibilidade do resultado prtico final ou quando o autor requerer art.461, 1, do CPC). O pedido feito pelo autor no precisa de concordncia do ru para sua efetivao.Na consecuo da obrigao de entrega de coisa certa podero ser usados os mesmos instrumentos coercitivos da execuo da obrigao de fazer e no fazer. O ru intimado para cumprir espontaneamente a obrigao. No so cabveis embargos execuo, porm so cabveis embargos de terceiro. Ser expedida medida de busca e apreenso contra o ru.17.11 Processo de execuo para a entrega de coisa17.11.1 Execuo para entrega de coisa certa17.11.1.1 ProcedimentoDepois de apresentada a petio inicial com os requisitos dos arts.614 e 615 do CPC, a citao ser feita por oficial de justia, edital ou por hora certa, para que o ru entregue a coisa ou a deposite em juzo. Se o ru entrega a coisa em dez dias, a execuo extinta. Caso seja depositada no mesmo prazo acima, lavrar-se- o termo de depsito, tendo dez dias para interpor embargos. Interpostos embargos, a execuo ser suspensa at serem julgados. Julgados procedentes, o bem volta s mos do executado; julgados improcedentes, haver o levantamento do bem pelo exequente. O recurso cabvel a apelao, de ambas as decises acima, sendo que na primeira hiptese tem efeito suspensivo e na segunda no (art.520, caput, e V, do CPC). No depositada a coisa nem entregue em dez dias, o juiz expedir mandado de imisso na posse ou busca e apreenso e o executado ter dez dias para propor embargos execuo. A execuo ser extinta aps o julgamento dos embargos ou findo o prazo para a sua propositura. Havendo benfeitorias indenizveis feitas na coisa pelo devedor ou por terceiros, de cujo poder ela tiver sido tirada, a liquidao prvia obrigatria (art.628 do CPC). Para tutelar esse direito so cabveis embargos de reteno (art.745, IV, do CPC).Poder haver compensao entre os valores das benfeitorias e possveis crditos existentes em favor do exequente. Nas aes executivas lato sensu no possvel a propositura de embargos, portanto eventual compensao dever ser alegada no momento da contestao da ao, sob pena de precluso.17.11.2 Execuo para entrega de coisa incerta17.11.2.1 ProcedimentoO bem dever ser individualizado na petio inicial, quando couber ao credor a escolha, ou aps a citao para, no prazo de dez dias, o ru entregar o bem individualizado. No feita a escolha, o direito transferido para a outra parte. Feita a escolha, a parte contrria ter 48 horas para impugn-la. Para o executado, contar-se- da juntada do mandado de citao. Para o exequente, da juntada da intimao da entrega da coisa (arts.629 a 631 do CPC).Havendo impugnao, o juiz decide de plano (pode mandar fazer percia). A impugnao apresentada tempestivamente suspende o processo de execuo. Desta deciso cabe agravo de instrumento.17.12 Embargos do executado e impugnao ao cumprimento de sentena17.12.1 ObjetividadeMeios de defesa na execuo de ttulo extrajudicial (embargos) e judicial (impugnao).17.12.2 Embargos do executadoTem natureza jurdica de ao, mediante a qual o executado impugna a pretenso creditcia do exequente. Fundamenta-se na possibilidade do contraditrio no processo executivo. No ter efeito suspensivo (art.739-A do CPC). Nos embargos de reteno por benfeitorias poder o exequente requerer a compensao de seu valor com o dos frutos ou danos considerados devidos pelo executado.O Juiz poder conceder efeito suspensivo aos embargos quando:Houver requerimento do embargante;Relevantes seus fundamentos;Possa causar danos graves ao executado ou de difcil reparao;A execuo esteja garantida;No impedir os atos de penhora e avaliao;Sendo parcial, prosseguir a execuo em relao parte no abrangida;Sendo favorvel apenas a um dos embargantes, continuar em relao ao outro;A qualquer momento possam ser revistos os efeitos concedidos nos embargos, a requerimento da parte, desde que cessados os seus motivos.A sua finalidade a discusso do crdito, a desconstituio do ttulo e a correo de defeitos processuais. Tem natureza de ao de conhecimento incidental.Depois de proposta a ao, o embargado ouvido em 15 dias. Haver instruo apenas se necessrio. O julgamento se dar em dez dias.Nas execues por carta precatria a citao do executado ser imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrnicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicao (art.738, 2, do CPC). Havendo vrios rus (litisconsortes com defensores diferentes), tero prazo em dobro, salvo para a propositura dos embargos. O prazo se iniciar da data da juntada aos autos do ltimo aviso de recebimento ou mandado citatrio cumprido. No so admissveis embargos antes de estar seguro o juzo. Est dispensada a garantia caso o executado no disponha de bens para a penhora. Os embargos execuo fundada em ttulo judicial, os embargos arrematao e adjudicao, e os embargos s penhoras subsequentes primeira tm mbito limitado de matrias vinculadas. Caso os embargos estejam fundamentados no excesso de execuo, o autor dever declarar na petio inicial o valor que entende correto, sob pena de rejeio liminar dos embargos ou no conhecimento deste fundamento (art.739-A, 5, do CPC). Em regra, ser competente para o julgamento o juzo da execuo, salvo quando interpostos perante o juzo deprecado, quando tratarem de atos por ele praticados.17.12.3 Embargos adjudicao (art.746 do CPC)Nas hipteses elencadas no art.746 do CPC, podero ser apresentados os embargos adjudicao caso tenha ocorrido fato superveniente penhora, que anule a execuo ou extinga a obrigao subjacente.Ocorrida nova penhora aps a primeira j embargada, podero ser interpostos novos embargos por fatos supervenientes primeira.Oferecidos embargos, poder o adquirente desistir da aquisio. Em caso de embargos protelatrios, ser aplicada multa de 20% do valor da execuo em favor do exequente (art.740, pargrafo nico, do CPC). Havendo litigncia de m-f, a indenizao ou multa ser processada nos mesmos autos da execuo (art.739-B do CPC).17.12.3.1 Efeitos do julgamento dos embargosA coisa julgada alcanar apenas o objeto alegado pelo autor na petio inicial. Tem a deciso natureza declaratria.17.12.3.2 Pagamento parcelado da dvidaNo prazo para embargos, havendo o reconhecimento da dvida pelo executado e depositando este 30% do valor em execuo (inclusive custas e honorrios de advogado), poder pagar o restante em at seis parcelas (juros de 1% ao ms) (art.745-A do CPC).Havendo inadimplemento de alguma das parcelas, ocorrer o vencimento antecipado das vincendas e multa de 10% sobre o valor das parcelas pagas + vedao de oposio de embargos.17.12.4 Impugnao ao cumprimento de sentenaA impugnao no constitui ao autnoma como os embargos. O efeito suspensivo no automtico e deve respeitar os seguintes requisitos:1.Quando relevantes seus fundamentos;2.Quando o prosseguimento da ao puder gerar danos graves ou de difcil reparao.O efeito suspensivo se restringir somente parte impugnada at a deciso de primeiro grau (agravo no tem efeito suspensivo). Tambm se restringir ao autor da impugnao, salvo na hiptese de litisconsortes que estejam se valendo de fundamento comum. O prazo para apresentao de 15 dias. H aplicao do prazo em dobro para a hiptese de litisconsortes com advogados diferentes. Pressupe a segurana do juzo como nos embargos execuo. As matrias de interposio so vinculadas (art.475-L do CPC). As mesmas hipteses so reservadas aos embargos (art.741 do CPC), salvo:Para a impugnao o art.475-L (III) alude expressamente penhora incorreta ou avaliao errnea.Estar inclusa nas hipteses de impugnao a cumulao indevida de execues (art.475-L, V, do CPC).No est prevista para a impugnao a hiptese de alegao de exceo de impedimento, suspeio e incompetncia, tendo o impugnante que se socorrer das regras gerais do processo de conhecimento Livro I.Poder a fase do cumprimento de sentena ocorrer no juzo que no proferiu a sentena (art.475-P, pargrafo nico, do CPC).A petio dirigida ao juiz segue as mesmas formalidades da inicial dos embargos. Havendo alegao de excesso de penhora, deve estipular o valor, salvo se necessitar de percia para a sua apurao. autuado em apartado e tem natureza incidental. Quando o juiz acolhe a impugnao pe fim ao processo, cabendo recurso de apelao.17.12.5 Embargos de terceiro uma ao de conhecimento cuja finalidade livrar o bem de terceiro de atos indevidos de apreenso judicial. Os embargos de terceiro so cabveis quando:Houver apreenso judicial indevida de bens de terceiro.Houver fraude.Houver violao ao direito real de determinado credor.For legitimado aquele que no participou do processo.Deve ser aplicada a fungibilidade entre os embargos de terceiro e os embargos do devedor e entre estes e a impugnao da fase do cumprimento de sentena.No que tange interveno de terceiros, cabvel apenas a assistncia.Os embargos de terceiro podero ser propostos antes ou aps a propositura da ao a qualquer momento, salvo quando houver prazo estipulado aps o ato judicial de apreenso do bem (ex.: na execuo poder ser interposto antes da assinatura da carta de arrematao ou adjudicao). Como visto, o terceiro interessado poder, a qualquer tempo, salvo excees, se valer da proteo de seus interesses por meio dos embargos de terceiro, evitando que possvel bem seja objeto de satisfatividade em processo o qual no faz parte da relao jurdica.A distribuio feita por dependncia a ao correr no mesmo juzo que ordenou a apreenso. Com o recebimento dos embargos ocorrer a suspenso automtica do processo principal.Aps a apresentao da petio inicial embasada com a prova da posse do bem, havendo demonstrao suficiente da posse o juiz conceder a liminar de reintegrao da posse (deve haver cauo prvia). No havendo prova suficiente, necessrio se faz audincia de justificao prvia. A citao ser feita pessoalmente e a contestao dever ser apresentada em dez dias. No havendo contestao, o juiz decidir em cinco dias ou abrir oportunidade para a produo de provas. Da sentena que rejeita ou acolhe os embargos de terceiro cabe recurso de apelao (com efeito suspensivo). definitiva a execuo fundada em ttulo extrajudicial; provisria enquanto pendente apelao da sentena de improcedncia dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art.739 do CPC).17.12.5.1 SentenaA deciso de extino dos embargos de terceiro sem anlise do mrito e a sentena que os julga improcedentes tm natureza declaratria negativa, ao passo que a sentena de procedncia dos embargos ostenta natureza constitutiva negativa. A sentena de mrito gera coisa julgada material.17.13 Execuo contra devedor insolvente17.13.1 CaractersticasSer excutida a totalidade dos bens do devedor (presentes e futuros), ressalvados os absolutamente impenhorveis e de terceiros responsveis.H concurso de credores.Quando a declarao de insolvncia no requerida pelo devedor ou seu esplio, imprescindvel a apresentao de ttulo executivo judicial ou extrajudicial.Anlise prvia da situao de insolvncia para a declarao judicial de execuo universal.17.13.2 Legitimidade para requerer a declarao de insolvnciaSo legitimados para requerer a declarao de insolvncia:O devedor (jurisdio voluntria).O esplio (inventariante).O credor com ttulo executivo.No pode ser declarada de ofcio pelo juiz nem tero legitimidade passiva os devedores que no se submetem execuo por expropriao ou tiverem regime prprio de declarao de insolvncia (ex.: Fazenda Pblica).Aps a apresentao da petio inicial pelo credor d-se a citao do devedor para contest-la no prazo de dez dias. Este poder pagar a dvida, levando o juiz a extinguir o processo sem reconhecimento da insolvncia; no pagar nem apresentar embargos, hiptese em que o juiz proferir sentena em dez dias ou determinar a produo de provas pelo credor; depositar a importncia cobrada e apresentar embargos, relacionados com a dvida; apenas embargar, hiptese em que dever demonstrar o motivo por que no paga e a sua solvncia. O Juiz determinar a realizao de percia e designar audin-cia de instruo e julgamento. Desta deciso cabe apelao (com efeito suspensivo).O administrador da massa ser nomeado pelo juiz com as seguintes incumbncias:Arrecadar os bens do devedor.Representar a massa em juzo.Praticar atos de conservao dos direitos e aes do devedor, bem como cobrar os crditos do insolvente.Alienar os bens da massa com prvia autorizao do juiz.17.13.3 Classificao dos crditosProcedimento: os credores devero se habilitar nos primeiros 20 dias a partir da publicao do primeiro edital de convocao. Em seguida tero os demais credores o mesmo prazo para impugnar a habilitao. Ocorrendo impugnaes, estas devem ser julgadas. No havendo impugnao, o contador judicial organizar os crditos na ordem de preferncia. Em seguida sero concedidos dez dias de vista para qualquer interessado. Por fim ser proferida sentena.17.13.4 Pagamento aos credoresProcedimento: aps a verificao dos credores:Haver a alienao dos bens do devedor.Abatem-se o valor das custas, a remunerao do administrador e outras despesas da massa.Pagam-se os credores na ordem. Existem credores que preferem na ordem de receber seus crditos, como o caso do credor hipotecrio sobre o credor quirografrio. Da mesma forma para os crditos trabalhistas que, no havendo disposio em contrrio, tero preferncia no recebimento.Havendo credor que no tenha recebido, ter at cinco anos para receber do devedor (extino da obrigao por meio de sentena e publicao de edital).17.14 Execuo contra a FazendaO regime que justifica este procedimento especial de execuo (pagamento por precatrios) a inalienabilidade dos bens pblicos. Abrange apenas dvidas pecunirias. No que tange s dvidas alimentcias, formam um grupo em separado que ter preferncia em relao s demais, e que dever ser cumprido conforme a ordem cronolgica dos precatrios. Embasam a execuo contra a Fazenda Pblica, como regra, ttulos judiciais e excepcionalmente, de acordo com a doutrina e a jurisprudncia, extrajudiciais.17.14.1 ProcedimentoAps a propositura da ao, a Fazenda ser citada para oposio de embargos em 30 dias. Apresentados os embargos, a ao ser suspensa. Caso sejam rejeitados ou no interpostos, haver a requisio de pagamento pelo juiz. Confira todo o texto do art.100 da CF, com a redao dada pela EC n62/2009, em especial:Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.(...)12. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a atualizao de valores de requisitrios, aps sua expedio, at o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, ser feita pelo ndice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana, e, para fins de compensao da mora, incidiro juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupana, ficando excluda a incidncia de juros compensatrios.(...)16. A seu critrio exclusivo e na forma de lei, a Unio poder assumir dbitos, oriundos de precatrios, de Estados, Distrito Federal e Municpios, refinanciando-os diretamente.17.15 Execuo de prestao alimentcia17.15.1 ProcedimentoPoder embasar a execuo de alimentos, ttulo judicial ou extrajudicial (art.585, II, do CPC). Espcies de execuo:1.Desconto em folha de pagamento para as prestaes futuras, ou seja, o juiz emite uma ordem para o empregador separar o montante destinado prestao mensal. uma espcie de penhora e d ensejo aos embargos.2.Cobrana em alugueis ou outros rendimentos do devedor: alugueres de prdio ou quaisquer outros rendimentos (art.17 da Lei n5.478/1968), regra idntica ao desconto em folha de pagamento. 3.Expropriao de bens do devedor, medida esta subsidiria s medidas anteriores. Aplicam-se as regras da fase do cumprimento de sentena, com uma nica diferena: os embargos no suspendem a execuo, ou seja, se a penhora recair em dinheiro, o autor est autorizado a levantar o valor mensalmente.4.Coero (priso civil)Aps a apresentao da petio inicial o devedor ser citado para, em trs dias (art.733, 1, do CPC):Efetuar o pagamento gerando a extino do processo.Provar que j pagou, gerando tambm a extino do processo.Justificar a impossibilidade de pagar, afastando a possibilidade de priso: poder haver a transmudao para outro tipo de execuo (ex.: expropriao de bens).Se o devedor no pagar nem se escusar, ser decretada a priso civil (deve haver requerimento do autor). 17.16 Execuo fiscalA execuo fiscal tem ensejo quando a cobrana de dvida for feita pela Fazenda Pblica. O procedimento executrio tem natureza especial, conforme os termos da Lei n6.830/1980. O ttulo executivo composto pela certido da dvida ativa (ttulo extrajudicial), cuja formao se d por meio de iniciativa exclusiva da Fazenda Pblica (credora). Legitimidade ativa: entes de Direito Pblico, autarquias e fundaes pblicas.Ateno:Autarquia que exera funo exclusivamente privada no pode se valer das prerrogativas da Lei n6.830/1980.Legitimidade passiva: pode ser composta por devedor, fiador, esplio, massa falida, responsvel legal e sucessores (art.4 da LEF).O juiz ordenar a citao do ru e a penhora (arresto, se o devedor no tiver domiclio ou estiver se ocultando), registro da penhora ou do arresto e a avaliao dos bens. O devedor, em cinco dias:1.Poder pagar a dvida, total ou parcialmente.2.Poder garantir a execuo (no depsito de bens referentes ao valor da dvida, deve haver a anuncia da Fazenda).A Fazenda Pblica poder requerer justificadamente a remoo dos bens penhorados, desde que haja contraditrio. Aceita a nomeao, lavra-se auto de penhora. Aps, poder o executado opor embargos em 30 dias do depsito, da juntada da prova da fiana ou da intimao da penhora. Em seguida a Fazenda ter 30 dias para impugnar os embargos.