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TEORIA GERAL DOS RECURSOS 493 CAPÍTULO 3 Teoria geral dos recursos INTRODUÇÃO Neste terceiro capítulo, Teoria Geral dos Recursos, estudaremos os aspectos teóricos comuns aos recursos no Processo do Trabalho. Esse estudo servirá de base para a compreensão do recursos em espécie que analisaremos na sequencia, neste mesmo capítulo. O objetivo é que você conheça os recursos cabíveis em nosso Processo, bem como seus pressu- postos. Vamos lá! 1. RECURSOS CABÍVEIS NO PROCESSO DO TRABALHO As decisões proferidas na Justiça do Trabalho admitem os seguintes recursos: RO – Recurso Ordinário, RR – Recurso de Revista, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EMBARGOS AO TST, AGRAVO DE PETIÇÃO E AGRAVO DE INSTRUMENTO. Além desses, há também o agravo regimental, o agra- vo inominado e o pedido de revisão. O art. 893 da CLT dispõe os recursos cabíveis no Processo do Trabalho. Observe:

Teoria Geral Dos Recursos Trabalhistas(Aryane)

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Teoria Geral Dos Recursos Trabalhistas

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  • Teoria geral dos recursos

    493

    CAPTULO 3

    Teoria geral dos recursos

    INTRODUONeste terceiro captulo, Teoria Geral dos Recursos, estudaremos os

    aspectos tericos comuns aos recursos no Processo do Trabalho. Esse estudo servir de base para a compreenso do recursos em espcie que analisaremos na sequencia, neste mesmo captulo. O objetivo que voc conhea os recursos cabveis em nosso Processo, bem como seus pressu-postos. Vamos l!

    1. ReCURsOs CAbveIs NO PROCessO DO TRAbALhOAs decises proferidas na Justia do Trabalho admitem os seguintes

    recursos: RO Recurso Ordinrio, RR Recurso de Revista, EMBARGOS DE DECLARAO, EMBARGOS AO TST, AGRAVO DE PETIO E AGRAVO DE INSTRUMENTO. Alm desses, h tambm o agravo regimental, o agra-vo inominado e o pedido de reviso.

    O art. 893 da CLT dispe os recursos cabveis no Processo do Trabalho. Observe:

  • Art. 893, CLT. Das decises so admissveis os seguintes recursos: I embargos; II recurso ordinrio; III recurso de revista; IV agravo.

    2. efeITOs DOs ReCURsOsOs recursos no Processo do Trabalho tem efeito meramente devoluti-

    vo, ou seja, no possuem efeito suspensivo, no tendo o condo de impe-dir o incio da execuo provisria, a qual, nos termos do art. 899 da CLT, limita-se penhora.

    A execuo provisria se desenvolve do mesmo modo que a execu-o definitiva, CONTUDO, limita-se aos atos de constrio, isto , na exe-cuo provisria no ocorrem os atos de expropriao (venda dos bens).

    Art. 899, CLT. Os recursos sero interpostos por simples petio e te-ro efeito meramente devolutivo, salvo as excees previstas neste Titulo, permitida a execuo provisria at a penhora.

    Existem excees a tal regra, dentre as quais se destaca a do artigo 14 da Lei 10.192/2001, segundo o qual o recurso interposto de deciso nor-mativa na Justia do Trabalho ter efeito suspensivo na medida e na ex-tenso conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Tra-balho. Nesse caso, portanto, admite-se a execuo provisria do julgado.

    A jurisprudncia tem acolhido a propositura de ao cautelar para im-primir efeito suspensivo a recurso no Processo do Trabalho quando este possui apenas efeito devolutivo, como se pode observar pela redao do inciso I, da smula 414, do TST.

    Seguem os demais efeitos dos recursos:

    Efeitoregressivo,iterativooudiferido:permite retratao ou recon-siderao da deciso pela mesma autoridade prolatora da sentena. Cabvel no agravo de instrumento, por exemplo.

    Efeitosuspensivo: suspende os efeitos da deciso at que haja pro-nunciamento do rgo no recurso. No processo do trabalho, os recur-sos, em regra, no so dotados de efeito suspensivo.

    Efeitotranslativo: em relao s questes de ordem pblica, as quais devem ser conhecidas de ofcio, no se opera a precluso, podendo o juiz ou tribunal decidir tais questes ainda que no constem das ra-zes recursais ou das contrarrazes, gerando o denominado efeito translativo do recurso.

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    Efeitoextensivoouexpansivo: aplicado no caso de litisconsorte uni-trio, quando a deciso tiver de ser uniforme para todos os litisconsor-tes (art. 509 do CPC).

    Efeitodevolutivo: os recursos, no processo do trabalho, so dotados, em regra, de efeito devolutivo, permitindo-se ao credor a extrao de carta de sentena para realizar a execuo provisria.

    Efeitosubstitutivo: o julgamento proferido pelo tribunal substituir a sentena ou a deciso recorrida no que tiver sido objeto de recur-so. Conforme o artigo 512 do CPC, o efeito substitutivo nasce quan-do o tribunal aprecia e julga o mrito da causa, operando-se a substi-tuio da sentena a quo, pelo acrdo do Tribunal, na parte objeto do apelo.

    3. PROCessAmeNTO DOs ReCURsOsO recurso interposto perante o juzo que proferiu a deciso recorri-

    da (a quo), o qual verificar se esto presentes os pressupostos recursais. Em caso afirmativo, o juzo receber o recurso e o recorrido ser notifi-cado para apresentar contrarrazes, em igual prazo ao que tiver tido o recorrente, nos termos do art. 900 da CLT.

    Art. 900, CLT. Interposto o recurso, ser notificado o recorrido para oferecer as suas razes, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente.

    Aps a apresentao das contrarrazes, caso o juzo a quo mantenha sua deciso acerca do recebimento do recurso, encaminhar o recurso ao Tribunal competente para julg-lo.

    No Tribunal, o recurso ser distribudo ao relator por sorteio, como determina o art. 548 do CPC, que verificar mais uma vez a presena dos pressupostos de admissibilidade do recurso. Caso todos estejam presen-tes o recurso ser conhecido, dando o relator seguimento ao recurso.

    Como bem esclarece Mauro Schiavi23 a questo do revisor discipli-nada nos Regimentos Internos dos TRTs, no sendo obrigatria a sua exis-tncia.

    Assim, no havendo revisor, os autos sero dirigidos Turma com a designao da sesso de julgamento que analisar o mrito, dando ou no

    23. SCHIAV, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 3. Ed. So Paulo: LTr, 2010. p. 730.

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    provimento ao recurso. Ressalto que por se tratar de matria de ordem pblica, a Turma tambm pode apontar a ausncia de algum dos pressu-postos de admissibilidade. Posteriormente, o relator redigir o voto, ou se for vencido, o autor do primeiro voto vencedor, nos termos do art. 556 do CPC.

    4. DeCIses INTeRLOCUTRIAsAs decises interlocutrias, no Processo do Trabalho, so irrecorrveis

    de imediato. O artigo 893, 1 da CLT determina que as decises interlo-cutrias sero impugnadas somente por meio de recurso de uma deciso definitiva.

    Art. 893, 1, CLT. Os incidentes do processo so resolvidos pelo pr-prio Juzo ou Tribunal, admitindo-se a apreciao do merecimento das decises interlocutrias somente em recurso da deciso definitiva.

    Entretanto,hexceesaestaregra,ouseja,casosespecficosemqueasdecises interlocutriasseropassveisderecursode imediato.Seguemalgunsdessescasos:

    A) Smula 214 do TSTSmula214,TST.Na Justia do Trabalho, nos termos do art. 893, 1, da CLT, as decises interlocutrias no ensejam recurso imediato, salvo nas hipteses de deciso:a) de Tribunal Regional do Trabalho contrria Smula ou Orientao Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;b) suscetvel de impugnao mediante recurso para o mesmo Tribu-nal;c) que acolhe exceo de incompetncia territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juzo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 2, da CLT.

    B) Pedido de RevisoNo Processo Civil, a meno ao valor da causa um dos requisitos da

    petio inicial, exigido pelo artigo 282, V do CPC. No entanto, o artigo 840, 1 da CLT, exige que a exordial contenha apenas:

    a) endereamento ao rgo judicirio a que dirigida;b) a qualificao das partes;

    c) fatos e fundamentos inerentes ao;d) pedido, ee) data e assinatura do autor, ou de seu representante legal.

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    Assim, o valor da causa no requisito da petio inicial no Processo do Trabalho, salvo no procedimento sumarssimo em que o reclamante deve apresentar pedidos lquidos (art. 852-B, I, CLT).

    Nos demais procedimentos, nos termos do artigo 2 da Lei 5584/70, caso o reclamante no aponte o valor da causa na petio inicial, o juiz o fixar em audincia, aps a primeira tentativa conciliatria, leitura da petio inicial, se no dispensada, e apresentao da defesa antes da ins-truo processual.

    Art.2,Lei5584/70. Nos dissdios individuais, proposta a conciliao, e no havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz,antesdepas-sarinstruodacausa,fixar-lhe-ovalorparaadeterminaodaalada,seesteforindeterminadonopedido.

    Caso uma das partes no concorde com o valor fixado poder, no pra-zo de 48 horas, interpor pedido de reviso da deciso ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, nos termos do artigo 2, 1 da Lei 5584/70.

    Art.2,1. Em audincia, ao aduzir razes finais, poder qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, seoJuizomantiver,pedirrevisodadeciso,noprazode48(quarentaeoito)horas,aoPresidentedoTribunalRegional.

    Observe que o pedido de reviso um recurso interposto em face de uma deciso interlocutria e, portanto, representa uma exceo ao princ-pio da irrecorribilidade imediata das decises interlocutrias.

    Nos termos do artigo 2, 2, da Lei 5584/70, o pedido de reviso deve-r ser instrudo pelos seguintes documentos: cpia da petio inicial;

    cpia autenticada da ata de audincia e

    outro documento que seja relevante para o convencimento do Juzo ad quem.Formado o instrumento, o Presidente do TRT ter o prazo de 48 horas

    para julg-lo, contados a partir do seu recebimento, sendo que esta deci-so irrecorrvel24.

    Art.2,2.O pedido de reviso, que no ter efeito suspensivo deve-rserinstrudocomapetioinicialeaAtadaAudincia,emcpiaautenticada pela Secretaria da Junta, e serjulgadoem48(quarentaeoito)horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.

    24. TEIXEIRA FILHO, Manoel. Curso de Direito Processual do Trabalho. v. 2. So Paulo: Ltr, 2009. p. 1745.

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    C) Smula 414, II, do TSTSmula414,TST. I A antecipao da tutela concedida na sentena no comporta impugnao pela via do mandado de segurana, por ser impugnvel mediante recurso ordinrio. A ao cautelar o meio prprio para se obter efeito suspensivo a recurso. IINocasodatu-telaantecipada(ouliminar)serconcedidaantesdasentena,cabeaimpetraodomandadodesegurana,emfacedainexistnciaderecursoprprio.III A supervenincia da sentena, nos autos origi-nrios, faz perder o objeto do mandado de segurana que impugnava a concesso da tutela antecipada (ou liminar).

    5. PRessUsPOsTOs De ADmIssIbILIDADeOs pressupostos de admissibilidade so exigncias legais, que devem

    ser cumpridas, a fim de que seja analisado o mrito do recurso e devem ser preenchidos, todos, sob pena de no conhecimento do recurso.

    Estes so subdivididos em: intrnsecos e extrnsecos.

    5.1. Pressupostos de Admissibilidade IntrnsecosOs pressupostos de admissibilidade intrnsecos, tambm denomina-

    dos subjetivos, so os ligados s partes, sendo eles: Legitimidade daparte (o recurso poder ser interposto pela parte ven-

    cida, pelo terceiro prejudicado ou pelo Ministrio Pblico); Capacidade daparte (a parte deve demonstrar capacidade processual

    para interposio do recurso); Interesse daparte (o processo deve ser til para a parte que o inter-

    pe).

    5.2. Pressupostos de Admissibilidade extrnsecosOs pressupostos de admissibilidade extrnsecos esto relacionados

    com o recurso, isto , com o cumprimento das exigncias previstas em lei para admitir a interposio de determinado recurso. So eles: Recorribilidade,

    Adequao,

    Tempestividade,

    Depsito Recursal,

    Custas; e

    Regularidade de Representao.

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    5.2.1. Tempestividade (prazos recursais)O conhecimento do recurso dependente da interposio dentro

    do prazo legal. No Processo do Trabalho, o prazo unificado, por fora do artigo 6 da Lei 5584/70. Assim, para interpor recurso, bem como para apresentar contrarrazes, o prazo de 8 (oito) dias. Salvo os embargos de declarao, que representam exceo regra, pois o seu prazo para interposio de 5 (cinco) dias.

    Art.6,Lei5584/70. Ser de 8 (oito) dias o prazo para interpor e con-tra-arrazoar qualquer recurso (CLT, art. 893).

    Art. 900, CLT. Interposto o recurso, ser notificado o recorrido para oferecer as suas razes, em prazo igual ao que tiver o recorrente.

    Ainda com relao aos prazos processuais destaca-se:

    as pessoas jurdicas de direito pblico, ou seja, os rgos da Adminis-trao Pblica Direta, Autrquica e Fundacional da Unio, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municpios, tem prazo em dobro para recorrer (art. 1, III, DL 779/69) e em qudruplo para contestar (art. 1, II, DL 779/69). Tambm para a oposio de embargos de declarao o prazo em dobro (OJ 192, SDI 1, TST).

    Art.1,Dec.Lei779/69. Nos processos perante a Justia do Trabalho, constituem privilgio da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e das autarquias ou fundaes de direito pblico federais, estaduais ou municipais que no explorem atividade econmica:

    I a presuno relativa de validade dos recibos de quitao ou pedi-dos de demisso de seus empregados ainda que no homologados nem submetidos assistncia mencionada nos pargrafos 1, 2 e 3 do artigo 477 da Consolidao das Leis do Trabalho;

    II o qudruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolida-o das Leis do Trabalho;

    III o prazo em dobro para recurso;

    IV a dispensa de depsito para interposio de recurso;

    V o recurso ordinrio ex officio das decises que lhe sejam total ou parcialmente contrrias;

    VI o pagamento de custas a final salva quanto Unio Federal, que no as pagar.

    Art. 188,CPC. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.

    OJ192,SDI1,TST. em dobro o prazo para a interposio de embar-gos declaratrios por pessoa jurdica de direito pblico.

  • AryAnnA MAnfredini

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    O artigo 775, nico da CLT, dispe que os prazos vencidos em sba-dos, domingos ou feriados, terminar no primeiro dia til seguinte. J a smula 385 do TST estabelece que compete parte comprovar, quando da interposio do recurso, a existncia de feriado local ou de dia til em que no haja expediente forense que tenha levado a pror-rogao do prazo. Admite-se, entretanto, a reconsiderao da anlise da anlise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo regimental, agravo de Instrumento ou em-bargos de Declarao. Observe:

    Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Ttulo contam-se com excluso do dia do comeo e incluso do dia do vencimento, e so contnuos e irrelevveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessrio pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de fora maior, devidamente comprovada. Pargrafo nico. Ospra-zosquesevencerememsbado,domingoouferiado,terminaronoprimeirodiatilseguinte.

    Smula 385, TST. FERIADO LOCAL. AUSNCIA DE EXPEDIENTE FO-RENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAO. COMPROVAO. NE-CESSIDADE. ATO ADMINISTRATIVO DO JUZO A QUO (redao alterada na sesso do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) Res. 185/2012 DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. I Incumbe parte o nus de provar, quando da interposio do recurso, a existncia de feriado local que autorize a prorrogao do prazo recursal. II Na hiptese de feriado forense, incumbir autoridade que proferir a deciso de admissibilidade certificar o expediente nos autos. III Na hiptese do inciso II, admite-se a reconsiderao da anlise da tem-pestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de De-clarao.

    A smula 434 do TST afirma que o recurso interposto antes da publica-o da deciso no ser conhecido.

    Smula434,TST. RECURSO. INTERPOSIO ANTES DA PUBLICAO DO ACRDO IMPUGNADO. EXTEMPORANEIDADE (converso da Orientao Jurisprudencial n 357 da SBDI-1 e insero do item II redao) Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012 I) extemporneo recurso interposto antes de publicado o acrdo im-pugnado. (ex-OJ n 357 da SBDI-1 inserida em 14.03.2008) II) A inter-rupo do prazo recursal em razo da interposio de embargos de declarao pela parte adversa no acarreta qualquer prejuzo quele que apresentou seu recurso tempestivamente.

    A smula 387 do TST, por sua vez, regula a contagem dos prazos quan-do o recurso for interposto via fax.

  • Teoria geral dos recursos

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    Smula387,TST. I A Lei n 9.800/1999 aplicvel somente a recur-sos interpostos aps o incio de sua vigncia. II A contagem do quin-qudio para apresentao dos originais de recurso interposto por in-termdio de fac-smile comeaafluirdodiasubsequenteaotrminodoprazorecursal, nos termos do art. 2 da Lei 9.800/1999, eNOdodiaseguinteinterposiodorecurso,seestasedeuantesdotermofinaldoprazo. III No se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificao, pois a parte, ao interpor o recurso, j tem ci-ncia de seu nus processual, noseaplicaaregradoart.184doCPCquantoao"diesaquo",podendocoincidircomsbado,domingoouferiado. IV A autorizao para utilizao do fac-smile, constante do art. 1 da Lei n 9.800, de 26.05.1999, somente alcana as hipteses em que o documento dirigido diretamente ao rgo jurisdicional, no se aplicando transmisso ocorrida entre particulares. (includoemmaiode2011)

    Dosdispositivoslegaisejurisprudenciaisacercadeinterposiodorecursoviafax,extrai-seoseguinte:

    I Os originais devem ser juntados no prazo de 5 (cinco) dias conta-dos do dia subsequente ao trmino do prazo recursal e no do dia subsequente ao envio do fax. Assim, mesmo que o recurso seja en-viado ao rgo do poder judicirio via fax no terceiro dia do prazo recursal, o quinqudio para apresentao dos originais conta-se do dia subsequente ao oitavo dia do prazo;

    II O primeiro dos 5 (cinco) dias para a juntada dos originais pode coincidir com sbado, domingo ou feriado:

    III O item IV da smula destaca que a Lei 9800/99 permite a pr-tica dos atos processuais por fax, mediante o envio do documento diretamente ao rgo jurisdicional. No admite que o documento seja transmitido entre particulares para somente depois, em ato contnuo, ser encaminhado ao rgo jurisdicional. Logo, os comprovantes de depsito recursal e de custas processuais encaminhados da matriz para a filial via fax e somente depois, ato contnuo, encaminhados ao rgo jurisdicional no so reputados autnticos, segundo o entendi-mento do TST.

    Por fim, nos termos da OJ 310 da SDI1 do TST, o artigo 191 do CPC, segundo o qual litisconsortes com procuradores diferentes tm pra-zo em dobro, inaplicvel ao Processo do Trabalho devido a sua in-compatibilidade com o Princpio da Celeridade. Portanto, litisconsorte com procuradores diferentes NO tem prazo em dobro no processo trabalhista. Observe:

    OJ 310, SDI 1, TST. A regra contida no artigo 191 do CPC inaplic-vel ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princpio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

  • AryAnnA MAnfredini

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    Art. 191, CPC.Quando os litisconsortes tiverem diferentes procura-dores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

    5.2.2. Depsito recursal

    O depsito recursal tem naturezadegarantiadojuzo, portanto, srealizadopeloreclamadoeseesteforempregador (art. 899, 4, CLT). Ressalte-se que empregado no efetua depsito recursal.

    A IN 27/2005 do TST estabelece no pargrafo nico de seu artigo 2 que o depsito recursal tambm exigido para as novas aes de compe-tncia da Justia do Trabalho, nos moldes da CLT, logo o tomador dos ser-vios tambm dever efetuar o depsito para a interposio de recurso, quando houver condenao em pecnia e no se enquadrar em nenhuma das circunstncias de isenes previstas em lei.

    Art. 2, IN/TST 27/2005.A sistemtica recursal a ser observada a prevista na Consolidao das Leis do Trabalho, inclusive no tocante nomenclatura, alada, aos prazos e s competncias. Pargrafonico. O depsito recursal a que se refere o art. 899 da CLT sempre exigvel como requisito extrnseco do recurso, quando houver conde-nao em pecnia.

    Osrecursosqueexigemodepsitorecursalso: recurso ordinrio, recurso de revista, embargos ao TST, recurso extraordinrio e recurso or-dinrio em ao Rescisria.

    MEMORIZAR! O reclamado depositar o valor da condenao ain-da no depositado, at o limite do teto estabelecido pelo TST.

    Os tetos estabelecidos pelo TST a partir de 1 de agosto de 2011 so de R$6598,21 para o RO e R$13196,42 para RR, ETST, REXT e recurso ordinrio em ao rescisria.

    A Lei 12.275/2010 inseriu o 7 no artigo 899 da CLT, passando a exigir depsitorecursalparainterposiodoagravodeinstrumento, no impor-te de 50% (cinquenta por cento) do valor do depsito de recurso ao qual se pretende destrancar. Ressalte-se, entretanto, que quando todo o valor da condenao j estiver depositado, nada mais poder ser exigido a ttulo de depsito recursal. Assim, para apurar o valor a ser depositado devemos utilizar o seguinte raciocnio:

  • Teoria geral dos recursos

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    MEMORIZAR! O reclamado depositar o valor da condenao ainda no depositado at o limite de 50%dovalordodep-sitodorecursotrancado.

    Observe os exemplos:

    Exemplo1:Ao proferir a sentena o juiz atribuiu condenao o va-lor provisrio de R$ 16.598,21. O reclamado interps RO, depositando R$ 6.598,21 (o valor da condenao ainda no depositado at o limite do teto estabelecido pelo TST para o RO). O juiz do trabalho entendeu que o re-curso era intempestivo, denegando seguimento ao mesmo, o qual ficou trancado. Para destranc-lo o reclamado interps agravo de instrumento. Qual o valor a ser depositado?

    Depositaremos o valor da condenao ainda no depositado (R$ 10.000,00) at o limite de 50% do valor do depsito do recurso trancado (R$ 3.145,00). Depositaremos o valor menor, R$ 3299,10.

    Observe, entretanto, o segundo exemplo:

    Exemplo2:Ao proferir a sentena o juiz atribuiu condenao o va-lor provisrio de R$ 7598,21. O reclamado interps RO, depositando R$ 6598,21 (o valor da condenao ainda no depositado at o limite do teto estabelecido pelo TST para o RO). O juiz do trabalho entendeu que o re-curso era intempestivo, denegando seguimento ao mesmo, o qual ficou trancado. Para destranc-lo o reclamado interps agravo de instrumento. Qual o valor a ser depositado?

    Depositaremos o valor da condenao ainda no depositado (R$ 1000,00) at o limite de 50% do valor do depsito do recurso trancado (R$ 3299,10). Depositaremos o valor menor, R$ 1000,00.

    Seguem suposies em que o depsito recursal inexigvel:

    O depsito recursal s ser exigvel quando houver condenaoempecnia (smula 161, TST).

    A massafalida isenta do depsito, bem como do recolhimento das custas processuais. Tal vantagem, entretanto, no se aplica s empre-sas em liquidao extrajudicial. Nesse sentido a smula 86 do TST.

    Nos termos do art. Art. 1, IV, do Dec. Lei 779/69, a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fun-daes pblicas que no explorem atividade econmica esto dispen-sadas da realizao de depsito recursal.

  • recurso ordinrio

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    Item Pontuao Nota

    12. REQUERIMENTOS FINAIS Conhecimento do recurso; acolhimento da preliminar; provimento do recurso para refor-mada da sentena com a procedncia das postulaes. (0 = falta de pedido ou pedido inadequado / 0,1 = incompleto / 0,2 = completo)

    0 / 0,1 / 0,2

    Total 5,00

    ? QUARTO eXeRCCIO De ReCURsO ORDINRIOEm face da sentena abaixo, voc, na qualidade de advogado do reclamado, dever

    interpor o recurso cabvel para a instncia superior, informando-a acerca de preparo por-ventura efetuado.

    2VARADOTRABALHODERIODEJANEIRO-RJ

    Reclamante:MURILOJOOGRILO

    Reclamado:AUTODACOMPADECIDASOLUESEMPRESARIAISLTDA.

    Processon2811.2011.2.08.0015procedimentosumarssimo

    Aos 28 dias do ms de novembro de 2011, s 10 horas, na sala de audincias desta Vara do Trabalho, o Meritssimo Juiz proferiu, observadas as formalidades legais, a seguinte

    SENTENA

    Dispensado o relatrio, a teor do disposto no artigo 852, I, in fine da CLT.FUNDAMENTAO

    DA PEREMPO Muito embora tenha ficado comprovado nos autos pelos do-cumentos de fls. que a reclamante deu causa ao arquivamento de duas reclamaes trabalhistas seguidas por no comparecer em audincia, com a mesma causa de pedir e pedidos desta, ajuizada apenas 30 dias aps o ltimo arquivamento, rejeito a prelimi-nar de contestao, pois o acesso Justia inafastvel, nos termos do art. 5, XXXV, CF.

    DA PRESCRIO QUINQUENAL O autor ajuizou a presente reclamao trabalhista em 02/02/2011, postulando verbas que retroagem data do incio do contrato de tra-balho em 28/11/2005, sendo assim acolho a prescrio quinquenal alegada pelo recla-mado, para declarar extintas as verbas postuladas anteriores aos ltimos cinco anos, contados, entretanto, da data do trmino do contrato de trabalho.

    DA GREVE O autor afirma que em julho de 2008 teve descontados do seu salrio 10 dias de trabalho em razo da paralisao decorrente de sua adeso greve. Os recibos de pagamento de fls. comprovam que de fato houve o desconto e que no foi assegurado em norma coletiva tal pagamento, tendo sido a greve declarada abu-siva. Entendo que os dias de paralisao em razo do exerccio regular do direito de greve devem ser pagos pelo empregador, independentemente de ajuste normativo ou da declarao de abusividade da greve, acrescidos de juros e correo monetria. Defiro.

  • AryAnnA MAnfredini

    566

    DA PARTICIPAO NOS LUCROS E RESULTADOS O autor postulou a integrao ao seu salrio da participao nos lucros e resultados paga a cada seis meses pelo em-pregador por determinao de conveno coletiva de trabalho, a fim de gerar reflexos nas demais verbas legais e contratuais. Tendo a parcela denominada participao nos lucros e resultados natureza salarial, defiro o pedido de sua integrao no salrio do reclamante e os reflexos nas demais verbas trabalhistas.

    FERIADOS O reclamante persegue a condenao do reclamado ao pagamento dos dias trabalhados nos feriados de sete de setembro e 15 de novembro nos quais sempre trabalhou sem que usufrusse de outro dia de folga e que foram pagos em dobro pelo empregador, sob o argumento de que so devidos em triplo.

    Com razo o reclamante. Ficou comprovado pelos recibos de pagamento de fls. que o reclamante recebeu apenas em dobro pelos dias de feriados trabalhados e no compensados. A legislao vigente assegura ao empregado o pagamento do dobro do dia do feriado, sem prejuzo do pagamento do salrio mensal, sendo devido, portanto, em triplo. Defiro.

    REINTEGRAO O acionante deseja sua reintegrao no emprego tendo em vista que ocupa a 12 posio na listagem dos eleitos direo do sindicato, como titular, tendo em vista que seu estatuto prev a eleio de 20 titulares e, respectivamente, 20 suplentes. Uma vez que cabe aos sindicatos a previso do nmero de dirigentes sindicais em normas coletivas, sendo vedada ao Estado sua interveno nos mesmos, todos os eleitos tem estabilidade provisria no emprego. Defiro o pedido de reinte-grao do reclamante.

    DA INDENIZAO PELAS HORAS EXTRAS SUPRIMIDAS Postula o autor indeniza-o pelas horas extras suprimidas, a razo de um ms de horas extras suprimida a cada frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. Comprova-se pelo depoimento das testemunhas, cartes de ponto de fls. e recibos de pagamento de fls. que de fato aps 11 meses de horas extras ininterruptas elas foram su-primidas. A supresso parcial ou total de horas extras prestadas com habitualidade pelo empregado obriga o empregador a indenizar o empregado na forma postulada pelo re-clamante, observando-se no clculo a mdia das horas suplementares nos ltimos 12 meses anteriores mudana, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso.

    FALTAS JUSTIFICADAS E DESCANSO SEMANAL REMUNERADO Postula o autor a condenao do reclamado ao pagamento dos dias de falta justificadas ao servio e repouso semanal remunerado descontados de seu salrio nos anos de 2009 e 2010. A reclamada argumenta que os descontos decorreram de faltas injustificadas do recla-mante ao trabalho e do descanso semanal remunerado da respectiva semana. Para corroborar suas alegaes junta os cartes de ponto que comprovam referidas faltas. Restou comprovado pelas declaraes mdicas anexadas aos autos que as faltas do reclamante ocorrem para acompanhar o filho, de 9 anos de idade, ao mdico, uma vez por ms, para tratamento de febre reumtica, justiando, portanto, sua ausncia ao servio. Outrossim, o desconto do dia em que o reclamante no compareceu ao servi-o e tambm do descanso semanal remunerado constitui bis in idem, o que vedado no ordenamento jurdico brasileiro. Por todo o exposto, julgo procedente o pedido do reclamante.

    Diante do exposto, julgo procedentes os pedidos, na forma da fundamentao, que integra este decisum. Custas de R$ 200,00 sobre R$ 10.000,00, pelas rs. Intimem-se.

  • recurso ordinrio

    567

    Resoluo do quarto exerccio de recurso ordinrio

    EXCELENTSSIMOSENHORDOUTORJUIZDA2VARADOTRABALHODORIODEJANEIRO-RJ

    Processon.2811.2011.2.08.0015

    AUTODACOMPADECIDASOLUESEMPRESARIAISLTDA., j qualificada nos au-tos em epgrafe, em que contende com MURILOJOOGRILO, tambm qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelncia, por intermdio de seu advogado adiante assinado, com fulcro no art. 895, I, da CLT, interpor:

    RECURSOORDINRIO

    para o Egrgio Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regio.

    Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, den-tre os quais se destacam: a legitimidade, capacidade; interesse processual, tempestivi-dade e regularidade de representao. Alm destes, ressaltam-se, ainda:

    Depsito recursal: recolhido no valor de R$ 6598,21, no prazo do recurso, por meio da guia GFIP anexa, nos termos da smula 245 e 426 do TST.

    Custas: recolhidas no importe de R$ 200,00, correspondente a 2% sobre o valor da condenao, no prazo do recurso, conforme guia GRU anexa, nos termos do art. 789, 1, da CLT.

    Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimao da outra parte para apresentar contrarrazes ao recurso ordinrio, no prazo de 8 dias, conforme estabelece o art. 900 da CLT e a posterior remessa ao Egrgio Tribunal do Trabalho da 1 Regio.

    Nestes Termos,

    Pede Deferimento.

    Local e data

    Advogado

    OAB n

    EGRGIOTRIBUNALREGIONALDOTRABALHODA1REGIO

    RAZESDORECURSOORDINRIO

    Arespeitvelsentenanomerecesermantida,razopelaqualrequerasuare-forma.

    IPrejudiciaisdemrito

    1.Prescrioquinquenal

    O juiz acolheu a prescrio quinquenal a partir da data do trmino do contrato de trabalho.

  • AryAnnA MAnfredini

    568

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos da smula 308, I, do TST o prazo de prescrio quinquenal conta-se do ajuizamento da ao.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena, de modo que seja determinada a extino do processo, com resoluo do mrito, nos termos do art. 269, IV, quanto s verbas postuladas anteriores aos ltimos cinco anos contados da data do ajuizamento da ao, ou seja, anteriores a 02/02/2006.

    Legislaoespecfica

    Smula308,I,TST.PrescrioQuinquenaldaAoTrabalhista I - Respeitado o bi-nio subsequente cessao contratual, a prescrio da ao trabalhista concerne s pretenses imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamao e, no, s anteriores ao quinqunio da data da extino do contrato. (ex-OJ n 204 da SBDI-1 inserida em 08.11.2000)

    Art.269,IV,CPC.Haver resoluo de mrito:IV - quando o juiz pronunciar a deca-dncia ou a prescrio;

    IIMrito

    1.Perempo

    O juiz rejeitou a perempo alegada pelo reclamado, sustentando ser inafastvel o acesso ao judicirio.

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos do termos do art. 267, V, o juiz deve extinguir o processo sem resoluo do mrito quando verificar a perempo, a qual, nos termos do art. 732 da CLT ocorre quando o reclamante d causa a dois arquivamentos seguidos da reclamao trabalhista por no comparecer em audincia (art. 844 da CLT).

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para que seja acolhida a alegao de perempo e determinada a extino do processo sem resoluo do mrito, nos termos do art. 267, V, do CPC.

    Legislaoespecfica

    Art.732,CLT. Na mesma pena do artigo anterior incorrer o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.

    Art.844,CLT. O no-comparecimento do reclamante audincia importa o arquiva-mento da reclamao, e o no-comparecimento do reclamado importa revelia, alm de confisso quanto matria de fato.

    Art.267,V,CPC. Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito: I quando o juiz indeferir a petio inicial; Il quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligncia das partes; III quando, por no promover os atos e diligncias que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV quando se verifi-car a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo; Vquandoojuizacolheraalegaodeperempo,litispendnciaou

  • recurso ordinrio

    569

    decoisajulgada;Vl quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Vll pela conveno de arbitragem; Vlll quando o autor desistir da ao; IX quando a ao for considerada intransmissvel por disposio legal; X quando ocorrer confuso en-tre autor e ru; XI nos demais casos prescritos neste Cdigo.

    2.Salriosnopagosemvirtudedegreve

    O juiz julgou procedente o pedido do reclamante de pagamento de dez dias de sa-lrios, acrescidos de juros e correo monetria, no pagos no ms de julho de 2008, em virtude de paralisao em razo da adeso do Autor a greve declarada abusiva.

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos do art. 7 da Lei 7783/89, du-rante o perodo de paralisao do trabalho em razo de greve o contrato de trabalho fica suspenso e, como tal, no enseja o pagamento de salrios, salvo se existente nor-ma coletiva em sentido contrrio. Ademais, nos termos da Orientao Jurisprudencial n 10 da SDC, incompatvel com a declarao de abusividade de movimento grevista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias a seus partcipes, que assumi-ram os riscos inerentes utilizao do instrumento de presso mximo.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para excluir da condenao o pagamento dos salrios neste perodo, bem como, a incidncia de juros e atualizao monetria.

    Legislaoespecfica

    Art.7,Lei7783/89. Observadas as condies previstas nesta Lei, a participao em greve SUSPENDE o contrato de trabalho, devendo as relaes obrigacionais, durante o perodo, ser regidas pelo acordo, conveno, laudo arbitral ou deciso da Justia do Trabalho.

    OJ 10, SDC, TST. incompatvel com a declarao de abusividade de movimento gre-vista o estabelecimento de quaisquer vantagens ou garantias a seus partcipes, que assumiram os riscos inerentes utilizao do instrumento de presso mximo.

    3.Participaonoslucros

    O juiz julgou procedente o pedido do reclamante de integrao da verba paga semes-tralmente, sob o ttulo de participao nos lucros e resultados, prevista por norma cole-tiva, durante o perodo contratual, bem como reflexos nas demais verbas trabalhistas.

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos do art. 7, inciso XI, da Consti-tuio Federal, o pagamento da participao nos lucros ou resultados se d de forma desvinculada da remunerao, no havendo assim que se falar em reflexos nas verbas trabalhistas. Tambm o art. 3 da Lei 10.101/2000 estabelece que a PLR no constitui base de incidncia de qualquer encargo trabalhista, no se lhe aplicando o princpio da habitualidade.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para que seja excluda da conde-nao a integrao da participao nos lucros ou resultados ao salrio do reclamante, bem como seus reflexos.

  • AryAnnA MAnfredini

    570

    Legislaoespecfica

    Art.7,XI,CF/88. So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: XI participao nos lucros, ou resultados, DESVINCULADADAREMUNERAO, e, excepcionalmente, participao na gesto da empresa, conforme definido em lei;

    Art.3,Lei10101/2000. A participao de que trata o art. 2 no substitui ou comple-menta a remunerao devida a qualquer empregado, NEMCONSTITUIBASEDEIN-CIDNCIADEQUALQUERENCARGOTRABALHISTA, no se lhe aplicando o princpio da habitualidade.

    LertambmsobrePLR:DECISOEXPLICAAPLR

    TRT-PR-08-04-2011PARTICIPAONOSLUCROSERESULTADOS.NECESSIDADEDENEGOCIAOENTREAEMPRESAESEUSEMPREGADOS. Apesar de haver previso constitucional de pagamento da participao nos lucros e resultados (artigo 7, XI, da CF), esse direito depende de regulamentao. Tal regulamentao foi realizada por meio da Lei n 10.101/2000, a qual, por sua vez, prev a necessidade da verba ser es-tabelecida por negociao entre a empresa e seus empregados, em que sero deter-minadas "regras claras e objetivas quanto fixao dos direitos substantivos da par-ticipao e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferio das informaes pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuio, perodo de vigncia e prazos para reviso do acordo". A gnese do benefcio intentado se assen-ta em negociao sindical e a concesso depende do alcance das metas estabelecidas pela empresa e ao atendimento de condies objetivas. Tratando-se o PLR tambm de uma concesso patronal voluntria, desprovida de natureza salarial, sem a prova de conveno fixando a obrigao para a empregadora, tampouco da concretizao dos pressupostos objetivos para a partilha, invivel se mostra a imposio unilateral, no dissdio individual. Sentena mantida.

    OJ-SDI1-390,TST.PARTICIPAONOSLUCROSERESULTADOS.RESCISOCONTRA-TUALANTERIORDATADADISTRIBUIODOSLUCROS.PAGAMENTOPROPOR-CIONALAOSMESESTRABALHADOS.PRINCPIODAISONOMIA. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) Fere o princpio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepo da parcela participao nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data pre-vista para a distribuio dos lucros. Assim, inclusive na resciso contratual antecipa-da, devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa.

    4.Feriados

    O juiz julgou procedente o pedido do autor de condenao do recorrente ao paga-mento dos dias de feriados de sete de setembro e 15 de novembro, trabalhados, muito embora tenha recebido por eles em dobro, sob o argumento de que so devidos em triplo.

  • recurso ordinrio

    571

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos do art. 9 da Lei 605/49 e s-mula 146 do TST, o trabalho prestado em feriados, no compensados, deve ser pago apenas em dobro.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para que seja excludo da conde-nao o pagamento dos dias trabalhados nos feriados referidos mais uma vez.

    Legislaoespecficaferiadosemdobro Art.9,Lei605/49. Nas atividades em que no for possvel, em virtude das exigncias

    tcnicas das empresas, a suspenso do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remunerao ser paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga.

    Smula146,TST. TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NO COMPENSADO (in-corporada a Orientao Jurisprudencial n 93 da SBDI-1) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O trabalho prestado em domingos e feriados, no compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuzo da remunerao relativa ao repouso semanal.

    5.Reintegrao

    O juiz julgou procedente o pedido do autor de reintegrao no emprego por ocupar a 12 posio dentre os eleitos direo do sindicato, como titular, tendo em vista que seu estatuto prev a eleio de 20 titulares e 20 suplentes.

    A sentena no merece ser mantida, pois nos termos do artigo 522 da CLT, a ad-ministrao do sindicato ser exercida por uma diretoria constituda por no mximo sete e no mnimo de trs membros. A smula 369, II, do TST, esclarece que o art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituio Federal de 1988, limitando assim a estabi-lidade a que alude o art. 8, VIII, CF e art. 543, 3 , da CLT a sete dirigentes sindicais e igual nmero de suplentes. Sendo o reclamante eleito o 12 dirigente sindical no detentor de estabilidade provisria no emprego, no fazendo jus a reintegrao postulada.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para que seja afastada a reinte-grao do empregado deferida.

    Legislaoespecfica

    Art.522,CLT. A administrao do sindicato ser exercida por uma diretoria constitu-da no mximo de sete e no mnimo de trs membros e de um Conselho Fiscal compos-to de trs membros, eleitos esses rgos pela Assembleia Geral.

    Smula369,TST.DIRIGENTESINDICAL.ESTABILIDADEPROVISRIA.I indispen-svel a comunicao, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do 5 do art. 543 da CLT. II O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituio Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, 3 , da CLT asetedirigentessindicaiseigualnmerodesuplentes. III O empregado de categoria diferenciada

  • AryAnnA MAnfredini

    572

    eleito dirigente sindical s goza de estabilidade se exercer na empresa atividade perti-nente categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.IV Haven-do extino da atividade empresarial no mbito da base territorial do sindicato, no h razo para subsistir a estabilidade.V O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o perodo de aviso prvio, ainda que indenizado, no lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicvel a regra do 3 do art. 543 da Consolidao das Leis do Trabalho.

    Art.543,CLT. O empregado eleito para cargo de administrao sindical ou represen-tao profissional, inclusive junto a rgo de deliberao coletiva, no poder ser im-pedido do exerccio de suas funes, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossvel o desempenho das suas atribuies sindicais. 3 Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direo ou representao de entidade sindical ou de associao profissional, at 1 (um) ano aps o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidao.

    Art.8,VIII,CF. vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos ter-mos da lei.

    RECURSODEREVISTA.ESTABILIDADEPROVISRIA.DIRIGENTESINDICAL.LIMITA-O.A interpretao do art. 543, 3, c/c o art. 522 da CLT nos leva ao entendimento segundo o qual gozam de estabilidade provisria os dirigentes sindicais integrantes da diretoria at o limite mximo de sete diretores e sete suplentes. Por conseguinte, se eleito um nmero de diretores que exceda o limite previsto em lei, no ser assegu-rada a garantia no emprego queles representantes alm da stima posio. Assim, o fato de o sindicato ter em sua composio 29 membros representantes, sendo 10 da diretoria executiva, enquanto a lei limita esse nmero a, no mximo, sete membros, no afasta o direito do reclamante estabilidade provisria, uma vez que ocupa a sexta posio na composio da diretoria, sendo diretor de assuntos jurdicos. Viola-o de dispositivos de lei e divergncia jurisprudencial no configuradas. Recurso de revista de que no se conhece.

    6.Horasextrassuprimidas

    O juiz julgou procedente o pedido do reclamante de pagamento de indenizao pelas horas extras suprimidas.

    No assiste razo ao reclamante, pois nos termos da smula 291 do tst apenas a supresso total ou parcial, pelo empregador, de servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito indenizao postulada e, no presente caso, as horas extras foram prestadas com habi-tualidade por apenas 11 meses.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para afastar da condenao a indenizao deferida.

  • recurso ordinrio

    573

    Legislaoespecfica

    Smula291,TST.HORASEXTRAS.HABITUALIDADE.SUPRESSO.INDENIZAO. A supresso total ou parcial, pelo empregador, de servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito indenizao correspondente ao valor de 1 (um) ms das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementa-res nos ltimos 12 (doze) meses anteriores mudana, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso.

    7.Faltasinjustificadasedescansosemanalremunerado

    O juzo a quo julgou procedente o pedido de condenao da reclamada ao paga-mento dos dias descontados do salrio do reclamante em razo de falta ao servio e do descanso semanal remunerado da respectiva semana.

    A sentena no merece ser mantida, pois a legislao no prev o abono de faltas no caso do empregado que se ausenta do trabalho para acompanhar seu dependente em consulta mdica independente de idade ou condio de sade. O art. 60, 3, da Lei 8213/91 impe ao empregador o pagamento dos primeiros 15 dias de ausncia do empregado ao servio por motivo de doena apenas deste. Tem-se, portanto, que as faltas eram injustificadas.

    Alm disso, nos termos do art. 6 da Lei 605/49 no ser devida a remunerao do descanso semanal remunerado quando, sem motivo justificado, o empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu ho-rrio de trabalho, salvo, nos termos do pargrafo primeiro, alnea f, por doena do empregado, devidamente comprovada. O mesmo dispe o art. 11, caput, e 12, f, do Decreto 27. 048/49.

    Diante do exposto, requer a reforma da sentena para afastar da condenao o pa-gamento dos dias de falta injustificada e repouso semanal remunerado descontados do salrio do reclamante.

    Legislaoespecfica

    Art.60,Lei8213/91. O auxlio-doena ser devido ao segurado empregado a con-tar do dcimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais se-gurados, a contar da data do incio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. 3Duranteosprimeirosquinzediasconsecutivosaodoafastamentodaatividadepormotivodedoena,incumbirempresapagaraoseguradoem-pregadooseusalrio integral. 4 A empresa que dispuser de servio mdico, prprio ou em convnio, ter a seu cargo o exame mdico e o abono das faltas correpondentes ao perodo referido no 3, somente devendo encaminhar o se-gurado percia mdica da Previdncia Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

  • AryAnnA MAnfredini

    574

    EMENTA: FALTAS AO TRABALHO ATESTADO MDICO ABONO PELO EMPREGA-DOR ORDEM PREFERENCIAL. Incumbeaoempregadorarcarcomopagamentodossalriosrelativosaosprimeirosquinzediasconsecutivosaoafastamentodoempregado, pormotivo de doena (Lei n 8.213/91, art. 60, 3). Se dispuser de servio mdico, prprio ou em convnio, cabe-lhe, portanto, abonar as faltas do empregado ao trabalho (4.), no podendo o empregado insurgir-se contra o des-conto salarial correspondente aos dias de ausncia se no observa a ordem prefe-rencial legal quanto origem do atestado mdico, estabelecida no art. 6. da Lei n 605/49. Esse entendimento encontra respaldo no teor das Smulas 15 e 282 do TST, e do Precedente Normativo n 40 deste Regional. (00902-2007-030-03-00-6 RO 2T. TRT 3R.)

    Art.6,Lei605/49. No ser devida a remunerao quando, sem motivo justifica-do, o empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horrio de trabalho. 1Somotivosjustificados:a) os previs-tos no artigo 473 e seu pargrafo nico da Consolidao das Leis do Trabalho; b) a ausncia do empregado devidamente justificada, a critrio da administrao do estabelecimento; c) a paralisao do servio nos dias em que, por convenincia do empregador, no tenha havido trabalho;d) a ausncia do empregado, at trs dias consecutivos, em virtude do seu casamento; e) a falta ao servio com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; f)adoenadoempregado,devidamentecom-provada.

    Art.12,Dec.27.048/49. Constituem motivos justificados: a) os previstos no art. 473, e seu pargrafo da Consolidao das Leis do Trabalho; b) a ausncia do empregado, justificada, a critrio da administrao do estabelecimento, mediante documento por esta fornecido; c) a paralisao do servio nos dias em que, por convenincia do empregador, no tenha havido trabalho; d) a falta ao servio, com fundamento na Lei de Acidentes do Trabalho; e) a ausncia do empregado, at trs dias conse-cutivos, em virtude de seu casamento; f) a doena do empregado devidamentecomprovada,at15dias,casoemquearemuneraocorresponderadoisterosdafixadanoart.10.

    III.RequerimentosFinais

    Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, o acolhimento das prejudiciais de mrito para reformar a sentena e determinar a extino do processo com resoluo do mrito, nos termos do art. 269, IV do CPC, quanto s verbas pos-tuladas anteriores aos ltimos cinco anos contados da data do ajuizamento da ao, anteriores a 02/02/2006 e, no mrito, o provimento do recurso para fins de reforma da sentena nos moldes supra referidos.

    Nestes Termos,

    Pede Deferimento.

    Local e Data

    Advogado

    OAB n

  • recurso ordinrio

    575

    espelho de correo

    PEAPROCESSUAL CRITRIOSPARACORREO

    PONTOS NOTA

    01.Endereamento

    Indicao de encaminhamento do recurso com 2 peas: uma dirigida ao juiz e outra ao TRT, com correto endereamento 2 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. [0,2 = um endereamento / 0,4 = completo (endere-amento, indicao das partes, nmero do processo e duplicidade de peas).

    0/ 0,20/ 0,40

    02.Prejudicial/prescrioquin-

    quenal

    Prejudicial de Mrito arguir a prescrio quinquenal. Fundamentando na smula 308, I, TST = 0,10 / requerer extino do processo com resoluo de mrito nos ter-mos do artigo 269, IV, CPC = 0,10.

    0 / 0,10/ 0,20

    03.Perempo

    Alegao a ocorrncia de perempo em razo do arquivamento por duas vezes seguidas da RT por no comparecer em audincia (0,2) Fundamento: art. 844, CLT e art. 732, CLT (0,2).Requer a reforma da sentena para deter-minar a extino do processo sem resolu-o do mrito, nos termos do art. 267, V, CPC (art. 0,2).

    0/ 0,20 / 0,40 / 0,60

    04.Salriosnopagosemvirtude

    degreve

    A greve hiptese de suspenso do con-trato do trabalho, sendo indevido o paga-mento dos salrios, salvo norma coletiva em sentido contrrio (0,3). Fundamento: art. 7, Lei 7783/89 (0,4)

    0/ 0,30 /0,40/ 0,70

    05.Participaonoslucros

    A participao nos lucros ou resultados desvinculada da remunerao conforme definido em lei (0,2). Fundamentao: art. 7, inciso XI da Constituio Federal (0,2); art. 3, Lei 10101/00 (0,2).

    0 / 0,20 / 0,40 / 0,60

    06.FeriadosFeriados so devidos em dobro (0,2). Fundamentao: art. 9, Lei 605/49 (0,2); smula 146, TST (0,2).

    0 / 0,20 / 0,40 / 0,60

    07.Reintegrao

    Reintegrao indevida, pois a estabilidade s assegurada a 7 dirigentes sindicais e 7 suplentes (0,2). Fundamentao: art. 522 da CLT (0,2); smula 369, II do TST (0,2).

    0 / 0,20 / 0,40/ 0,60

  • AryAnnA MAnfredini

    576

    08.HorasExtrasSuprimidas

    Indenizao pela supresso total ou par-cial, pelo empregador, de servio suple-mentar devida apenas quando prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 ano (0,2). Fundamentao: smula 291 do TST (0,2)

    0 / 0,20 / 0,40

    09.Faltasinjustifi-cadaseDSR

    A legislao no prev o abono de faltas no caso do empregado que se ausenta do tra-balho para acompanhar seu dependente em consulta mdica (0,1). Fundamentao: art. 60, 3, Lei 8213/91 (0,2)Devida a remunerao do descanso sema-nal remunerado quando, sem motivo justi-ficado, o empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior (0,1). Fun-damentao: art. 6 da Lei 605/49 e art. 11, caput, e 12, f, do Decreto 27. 048/49 (0,2)

    0 / 0,1/ 0,2 / 0,3 / 0,4 /

    0,5 / 0,6

    10.RequerimentosApresentar concluso, requerendo a reforma da sentena, datar e indicar o nome do advogado.

    0,30

    TOTAL 5,00