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teoria sobre redes

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A teoria[editar | editar cdigo-fonte]Na teoria ator rede, o ator definido a partir do papel que desempenha, do quo ativo, repercussivo , e quanto efeito produz na sua rede, portanto, pode-se dizer que pessoas, animais, coisas, objetos e instituies podem ser um ator[2] . J a rede representa interligaes de conexes ns onde os atores esto envolvidos. A rede pode seguir para qualquer lado ou direo e estabelecer conexes com atores que mostrem algumas similaridade ou relao.Ela foi desenvolvida luz de uma perspectiva construtivista e baseia-se principalmente em dois conceitos traduo e rede e dois princpios extrados do filsofo-socilogo vid Bloor o princpio de imparcialidade (no devemos conceder um privilgio quele que conseguiu a reputao de ter ganhado e de ter tido razo em face de uma controvrsia cientfica), e o princpio de simetria (os mesmos tipos de causas explicam as crenas verdadeiras e as crenas falsas). A TAR enfatiza a ideia de que os atores, humanos e no humanos, esto constantemente ligados a uma rede social de elementos (materiais e imateriais). O termo actante utilizado como uma forma neutra de se referir a atores tanto humanos como no humanos, j que seus principais autores consideram que a palavra "ator" tem uma carga simblica ligada ao "ser pessoas"[3] .A teoria explica que, na cultura contempornea, o atores no humanos (que podem ser um dispositivo inteligente, como computadores, smartphones, sensores, wearables, servidores, entre outros) e humanos agem mutuamente, interferem e influenciam o comportamento um do outro, com a diferena que o no humano pode ser ajustado pelo o humano de acordo com a sua necessidade. Por permitir a conexo entre outros no humanos e ter como caracterstica principal a inteligncia, o no humano altera a ordem da vida humana, ditando o ritmo de se pensar e agir. Neste sentido, o no humano pode ser chamado de mediador, medida que estabelece a interao humana em todos os nveis sociais entre humanos e media a relao destes com outros no humanos.Para a TAR, a produo de redes e associaes surge da relao de mobilidade estabelecida entre os atores humanos e no humanos que se d na convergncia dos novos meios de sociabilidade que aparecem com a cultura digital, como por exemplo as redes sociais e as comunidades virtuais.[4]Origem[editar | editar cdigo-fonte]Durante a decada 1980 os pesquisadores do CSI (Centro da sociologia e da inovao, um laboratorio de sociologia da Ecole des Mines, Frana) Michel Callon, Bruno Latour e Madelaine Akrich se interessaram por as estudas dos valores dos modernos. Uma das caractersticas da modernidade a confianza na razo cientfica. Segundo os modernos as condies materiais, histricas e antropolgicas no importam[5] . Por isso esses pesquisadores se interessaram por a criao do acto cientfico. Eles se perguntaram como um facto cientfico se tornou aceitado para toda uma comunidade,como estava transmitido, e como a cincia e a sociedade interagiam. [6] A teoria encontra a sua originalidade na recusa da viso tradicional sobre este questo, seja a sociologia da sociedade. [7] Seguindo Bruno Latour o mundo e a sociedade no devem ser considerados como imveis mas pelo contrrio como dinmicos, como estar a construir se. Ento o facto cientfico no se pode explicar simplemente com o contexto social em que ocurre. Por isso, os autores da teoria do ator-rede introduzem a noo de simetria. Os factos so construidos pela associo entre atores humanos e no-humanos.Os conceitos[editar | editar cdigo-fonte]As inscries[editar | editar cdigo-fonte]Os autores da teoria do ator-rede consideram que o desenvolvimento das cincias no vem somente do esprito cientfico dos homens mas para muito graas s inscries. [8] Seguindo Bruno Latour o trabalho do pesquisador a produo de imagens. Ele vai criar experincias para interrogar a natureza e obter respostas sobre as propriedades do elemento investigado (por exemplo um feixe de ons sobre um material). Mas sozinho o pesquisador no pode deduzir nada das propriedades; precisa grficos, curvas, fotografias...[9]Essas imagens so analisadas, combinadas e traduzidas para obter a informao procurada. A epistemologia classica separa o mundo dos enunicados do mundo das coisas. A TAR, pelo contrrio, considera que os enunciados traduzem as coisas, que so um jeito de lhes representar. A circulao dessas representaes permite a acumulao das informaeprovindo do inteiro mundo num lugar. Ento o desenvolvimento das tecnicas de insrcio tm um papel essencial nas descobertas cientficas. A impresso no sculo XV foi primordial para que os pesquisadores desse tempo houvessem acesso aos modelos j existentes. Elizabeth Eisenstein considera por exemplo que Copernic no criou uma nova cincia, rompendo sculos duma cincia normal, mas que ele forneceu um modelo sintetisando todos os conhecimentos disponivis nos livros do seu tempo.[10] .A introduo sistemtica da produo de imagens pelo acto cientfico permite tambm de entender como os factos vo ser aceitados ou rejeitados para uma comunidade de pesquisadores. Um enunciado cientfico vai circular entre os lugares interessados pelo sujeito (os laboratrios por exemplo)e vai ser modificado, refutado ou aceitado segundo os interesses e crenas da gente interessada pelo enunciado. Para que sejan aceitados os enunciados precisam ser cada vez mais precisos e verificados. Segundo Bruno Latour os critrios que caracterisam as invenes que vo ser aceitadas so a acelerao ds mobilidade das inscries, a imutabilidade, a legibilidade e as seus combinaes[11] .A simetria[editar | editar cdigo-fonte]Seguindo Bruno Latour a sociedade substituida para redes sociotcnicos. [12] Existe um rede muito complexo ligando os humanos, os seus objetivos e todos os meios tcnicos utilisados para atingir os. (Por exemplo um motorista, para chegar ao lugar que quiser, precisa um carro, as estradas, gasolineiras, um codigo da conduo, semforos...) A maioria do tempo no distinguimos este rede; ele aperece geralmente quando tem um acidente ou um problema com o funcionamento duma mquina.[13] A anomalia desvenda todos os actantes que permitem uma aco individual. Esta tomada de conscincia provoca uma redefinio da relao entre humanos e no-humanos. Na TAR o objeito no-humano no subordinado aos humanos mas um ator igual. A sociedade de humanos substituida por colectivo de seres humanos e de actantes no-humanos.[14]Os limites[editar | editar cdigo-fonte]Varias crticas foram emitidas contra a teoria do ator-rede. No seu texto "Os limites da simetria" Michel Grossetti expe argumentos contra o princpio da simetria.[15] Segundo Michel Grossetti os autores da TAR tm uma viso binrio da sociologia. Para eles as sociologias existentes so sociologias da sociedade, ou seja que consideram que todo ocurre segundo o contexto social. A TAR, pelo contrrio, considera que o mundo dinmico e no provem duma ordem social. O risco dessa posio, no inverso, de considerar que todo movimento e ignorar o que fixo.[16]Os objectos no-humanos sempre foram estudados nas estudas sociolgicas. Mas nunca foram apelidos e reconhecidos como atores. A TAR confia uma legitimidade a essos objectos. Mas implica tambm que os humanos e os no-humanos sejam considerados iguais e no mesmo tempo rejete todas as teorias anteriores da sociologia. Esse rejeito equivalente construo duma nova paradigma sociolgica[17]A TAR subestima o papel da linguagem nas interaes entre os atores, e em particular as interes directas que ocorrem entre os humanos. Eles no precisam absolutamente das inscries. A linguagem pode deixar recordaes sem objecto material. Alm disso parece impossvel avaliar relaes entre os humanos e no-humanos do mesmo jeito que entre seres humanos. Habitualmente so avaliadas em funo da fora dos laos, a frequncia das interaes, a intimidade ou a intensidade emocional. Todos esses critrios no podem ser aplicados para os no humanos, o que introduze uma asimetria entre humanos e objectos[18] .