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Lara M Quirino Araújo, 14/08/2008
Processo que leva a perda generalizada da função resultando em diminuição da reserva fisiológica (com perda da capacidade resposta ao estresse) e aumento do risco de doenças associadas, acarretando em aumento da chance de morrer
(Kirkwood, Blocklehurts)
Processo que transforma adultos saudáveis em frágeis com diminuição das reservas fisiológicas e aumento exponencial da vulnerabilidade às doenças e morte.
(Miller, Hazzard)
Exceptional longevity in men: modifiable factors associated with survival and function to age 90 years. Yates LB, Djoussé L, Kurth T, Buring JE, Gaziano JM. Arch Intern Med. 2008 Feb 11;168(3):284-90
Obesidade: IMC<25Sedentarismo: < 2- 4x/sem
25% - determinação genética 75% - fatores potencialmente
modificáveis Herskind AM, McGue M, Holm NV, Sorensen TI,
Harvald B, Vaupel JW. The heritability of human longevity: a population-based study of 2872 Danish twin pairs born 1870-1900. Hum Genet. 1996 Mar;97(3):319-23.
Humanos Idosos - Síndromes Progeróides – Células in vitro - células tronco
Camundongo Mamífero: duração de vida curta, genoma seqüenciado
Drosófila Fácil manipulação, longevidade alterável, genoma seqüenciado
C. elegans Longevidade manipulável, facilmente mutável, genoma seqüenciado
S. cerevisae Longevidade facilmente alterada, genoma seqüenciado
Marília AC Smith
1) Teoria Evolutiva:• Envelhecimento é uma diminuição
nas taxas de sobrevivência e de reprodução idade-específicas do organismo (Finch 1990, Rose 1991)
2) Teoria Operacional:• Envelhecimento é uma progressão
que resulta em um aumento da instabilidade do organismo com o tempo (Comfort 1979, Schneider 1987)Marília AC Smith
- Devem ser deletérias: reduzir a funcionalidade- Devem ser progressivas: estabelecer
gradualmente- Devem ser intrínsecas: o ambiente tem forte
influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças, apesar de não ser a sua causa
- Devem ser universais: dentro de uma mesma espécie
Processo natural do desenvolvimento? – - mecanismos de desenvolvimento do ovo à idade adulta – altamente regulado pela pressão seletiva- processo da idade adulta à idades acima dos 90 anos – danos acumulados, sem pressão seletiva
(Kirkwood, Blocklehurts)
Senescência - processo de mudanças degenerativas com o passar do tempo
Longevidade - período no qual se espera que o organismo viva
Envelhecimento Normal- declínio da capacidade ou do no de células necessárias para funcionamento ótimo - experimentos com moscas e dietas sugerem potencial para ser retardado.
Doença - patologia potencialmente reversível
Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Sinais diretos e indiretos diferem entre indivíduos da mesma espécie, por motivos genéticos e ambientais
Características e doenças comuns em organismos envelhecidos (ratos, cavalos, cães e humanos): Declínio na reserva cardiovascular Declínio na função neurossensorial Declínio na reposta imunológica
Como estabelecer a linha divisória entre envelhecimento normal e doença?(Kirkwood, Blocklehurts)
Características do indíviduo envelhecido semelhantes entre várias espécies, no entanto, com grande diferença no espaço de tempo necessário para ocorrerem Dentes cairem:
▪ nos roedores: 3 anos▪ Humanos: 60 anos
Mecanismo explicado em termos evolucionários mas ainda não em termos moleculares
(Kirkwood, Blocklehurts)
Níveis Organizacionais ComponentesMolecular Manutenção e reparo do genoma (DNA)
Fidelidade na Transferência da informação genética
Turnover de macromoléculas
Síntese de proteínas de estresse
Controle de radicais livresCelular(morfo-bioquímico) Manutenção da diferenciação celular
Controle e regulação da manutenção celular
Estabilidade das condições homeostáticas da célula incluindo: manutenção do pH, viscosidade, balanço iônico, controle hídrico
Estabilidade das membranas celularesManutenção das funções celulares
Histológico e de Órgãos Neutralização e remoção de substâncias químicas tóxicas\
Regeneração tecidual
Morte CelularFísiológico Resposta neuronal
Resposta hormonal
Resposta imune
Resposta ao Estresse
Termoregulação
Rattan SI. The nature of gerontogenes and vitagenes: antiaging effects of repeated heat shock on human fibroblasts. Ann. N.Y. Acad. Sci 1998; 854(1):54-60. Gottlieba MGV, Carvalhob D, Schneiderc RH, Cruzd IBMd. Aspectos genéticos do envelhecimento e doenças associadas: uma complexa rede de interações entre genes e ambiente. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(9).
Teorias intracelulares e intercelulares: efeitos ocorrem acidentalmente, de forma aleatória
danos moleculares que ocorrem ao acaso provocam a deterioração encontrada no envelhecimento
1. Teorias de Uso e Desgaste
2. Proteínas Alteradas3. Mutações Somáticas4. Erro Catastrófico5. Desdiferenciação6. Dano Oxidativo e
Radicais Livres7. Lipofuccina e o
Acúmulo de Detritos8. Mudanças Pós-
tradução em Proteínas
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO, Silvana de Araújo
Fatores Intrínsecos - determinam longevidade máxima
Fatores Extrínsecos - determinam a sobrevivência no meio ambiente Dieta - tanto o excesso de alimentação como a falta
reduzem o tempo de vida de muitas espécies animais e tem sido estudado a possibilidade da influência na expressão gênica.
A privação alimentar aguda acelera a deterioração da capacidade de sobrevivência
A privação alimentar crônica leva a adaptação biológica para diminuir a demanda de oxigênio (menor taxa metabólica) e retarda a deterioração em animais de laboratório.Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot
Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Fatores Intrínsecos Papel Biológico
Genética retarda a injúria do metabolismo endógeno das toxinas,
regula a taxa de maturação celular e metabolismo,
suprime a tendência à proliferação ilimitada
Metabolismo Basal mantém a capacidade de gerar energia pewlo DNA
mitocondrial e declina pela injúria pelos radicais livres
Sistema Endócrino declínio progressivo das funções reprodutivas e
homeostáticas após 30 anos, menopausa
Sistema Imune perda gradual da reposta imune
Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Fatores Extrínsecos Papel Biológico
Exercício proteção contra declínio cronológico dos
sistemas orgânicos
Dieta retarda a perda funcional pela dieta
balanceada, dieta não-balanceada levando a
doença cardiovascular
Mutações declínio acelerado da função na expressão
gênica
Radiação destruição do controle gênico das funções
teciduaisGallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Proteção Endógena (Origem Celular)
Enzimas degradadoras de radicais
livres e peroxidos
Superóxido dismutase, catalase,
glutation peroxidase
Enzimas facilitadoras da reposição de
componentes celulares danificados
Proteses, peptidases (proteínas),
fosfolipases (membrana), nucleases,
polimerases (DNA)
Proteção Exógena (Origem Dietética)
Rasteradores de radicais livres Vitamina E, A, C BHT (butilato
hidroxitolueno)
redutores da produção de radicais
livres
restrição dietética de 30 a 60% do
consumo ótimo de ingesta calórica
A base celular da produção de energia está na mitocôndria, e resulta na produção de compostos reativos derivados do oxigênio (ânion superóxido O2-, peróxido de hidrogênio H2O2, óxido nítrico NO) que fazem uma oxidação destrutiva de membranas, proteínas e DNA.
A defesa é pelas enzimas superóxido dismutase e catalase (que removem os radicais livres derivados do O2- e H2O2) e outras que convertem o NO em nitrito e íons nitratos.
Existem enzimas responsáveis pela reposição de componentes celulares danificados.
DNA e proteínas tem um metabolismo lento e seu dano acumulam no tempo, eventualmente comprometem o funcionamento celular.
Moscas com a longevidade aumentada tem altos níveis de atividade de superóxido dismutase.
Dietas ricas em vitamina E ou BHT prologa o tempo de vida de ratos e frangos.
Rowe JW, Kahn RL. Successful aging. Gerontolist 1997; 37: 433-440 / Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & Wilkins / Rowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Reações não-enzimática entre açúcares redutores (principalmente a glicose) e o grupo amina das proteínas
O produto resultante, proteínas com ligações cruzadas e estruturas alteradas, são a marca registrada da presença da senescência em diferentes organismos.
“Glicosilação não enzimática” Envelhecimento prematuro em diabéticos não
controlados? O fenômeno está exacerbado neles...
Principalmente no tecido conjuntivo e no sistema vascular
Animais em restrição calórica têm menos níveis de hemoglobina glicada...
Thiago Monaco
Resultado das cascatas de retroalimentação hierárquicas
Eventos sequenciais e coordenados que constituem o desenvolvimento dos organismos
Envolve participação genética e ambiental
Teorias metabólicas 1. Teoria da taxa de
vida2. Teoria do dano
mitocondrial Teorias genéticas Apoptose Fagocitose Teorias
neuroendócrinas Teorias
imunológicasTEORIAS DO ENVELHECIMENTO, Silvana de Araújo
ESTRESSE OXIDATIVO, ENVELHECIMENTO E DOENÇAS:
MITOCÔNDRIA E O mtDNA:
O processo patológico básico do envelhecimento e as doenças neuromusculares envolve mutações no genoma mitocondrial que codifica partes importantes do sistema de geração de energia;
A molécula de ATP é gerada exclusivamente pela mitocôndria RESPIRAÇÃO AERÓBICA depende do transporte de elétrons derivados de matabólitos degradados (ciclo de Krebs e ß- oxidação) que serão transferidos ao oxigênio, e através da injeção de prótons para o espaço intermembranas ocorre um gradiente eletroquímico que leva a conversão final de ADP em ATP e O2 em H2O
A Genética no Envelhecimento, Carolina Fischinger Moura de Souza
maturação dos órgãos reprodutores é influenciada por efeitos celulares e genéticos.
Fatores celulares ativam a mitose por meio de proto-oncogenes em condições normais e oncogenes em situação de mutação.
Androgênos e estrogênos estimulam o crescimento e funcionamento celular pela modulação de proto-oncogenes.
A mutação mais comum no câncer em humanos é a perda do gene supressor de tumor. A célula mutante é eliminada pela indução a apoptose. A frequência de mutações em oncogenes e genes supressores de tumor aumenta com a idade, devido a exposição a vários mutagenes (dieta, radiação, virus).
Interleucinas 1 e 2 , Fator de Necrose Tumoral e Interferon regulam a proliferação de linfócitos T e B. Excesso de sinal pela Interleucinas 2 estimula célula T e podeacarretar a auto-imunidade. Também há diminuição da resposta pela devido a alterações no processo de sinalização para o receptor apesar de reconhecer antígenos estranhos. Isto eleva os níveis dos autoanticorpos.
Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
1. Flutuação genética (Medawar, 1952) Acúmulo de mutações tardia das mutações
▪ Indivíduos já procriaram e muitos falecem antes por questões ambientais (fome, predadores, infecções)
▪ Não existe pressão seletiva e as mutações acumulam-se2. Pleiotropia antagônica (Williams,1957)
Genes favoráveis no início da vida podem ser deletérios nas fases mais tardias
gene que promove a divisão celular durante a embriogênese e mais tarde torna o indivíduo susceptível a neoplasia
3. Disposable soma (Kirkwood, 1977) – corpo descartável O organismo economiza energia para a reprodução e a
manutenção essencial do corpo os danos vão se acumulando e o reparo é realizado somente na
medida para manutenção Na idade avançada, quando não há motivo para a sobrevivência,
declina a taxa de manutenção e o erros passam a ser aparentes Ou seja, investimento na germinação em detrimento do somaThiago Monaco
1. Restrição calórica2. Moscas e vermes mutantes3. Camundongos mutantes com padrões
hormonais e de crescimento alterados4. Hormônios Insulina-like, abundância de
combustível e envelhecimento
(Kirkwood, Blocklehurts)
Restrição em 60% da ingestão calórica habitual de um rato ou camundongo aumenta em 40% a média de vida e longevidade máxima McCay CM, Crowell MF, Maynard LA. The effect of retarded growth upon the length of life and upon the ultimate body size. J Nutr. 1935;10:63-79.)
Os mecanismos são polêmicos Masoro EJ. Caloric restriction and aging: controversial issues. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2006 Jan;61(1):14-9.
(Kirkwood, Blocklehurts)
Drosophila melanogaster e Caenorhabditis elegans
Importantes para testar hipóteses gerais Expectativa de homologia com mamíferos
nos genes que regulam a longevidade Mutações pontuais podem afetar a
longevidade C. elegans:
todos os genes que aumentam o tempo de vida produzem resistência à luz UV, ROS e aquecimento – “heat shock genes”
Possuem pelo menos um gene que prolonga a vida: daf16▪ Os genes mutantes que prologam a vida, o fazem
por não reprimir o daf16▪ O daf16 regula uma espécie de hibernação em
períodos de escassez(Kirkwood, Blocklehurts)
C. elegans
Longevidade controlada por uma série de genes que regulam a maturação e desenvolvimento (clock genes) ou por uma séria de genes que suprimem o dano dos cromossomos por toxinas metabólicas por meio de enzimas protetoras como a superóxido dismutase? Estudos em verme (Caenrhabditis), mosca (Drosofila) e fungo
(Saccaharomices) tem mostrado o papel dos genes: age-1, clk-1 e daf. Esses “gerontogernes” agem por atuar no Sistema de Reparo do Cromossomo. Espera-se genes semelhantes nos humanos.
Síndrome de Werner - acelera o envelhecimento humano - é atribuída a uma mutação em gene de enzima da replicação normal do cromossomo.
Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
Camundongos com a mutação Ames dwarf vivem aproximadamente 50% a mais – primeira evidência de aumento da longevidade em mamíferos por gene único.Esquifino AI, Szary A, Brown-Borg HM, Bartke A. Age-related effects of ectopic pituitary transplants on the activation of Ames dwarf mouse lymphocytes in vitro. Proc Soc Exp Biol Med. 1996 Jan;211(1):87-93.
(Kirkwood, Blocklehurts)
(Kirkwood, Blocklehurts)
Murakami et al 1996; Kimura et al 1997
C. Elegans CamundongoHumano
DAF-2 INR INR IGF-1
Drosófila
ligante ligante ligante ligante
Desenvolvimento Longevidade
C. elegans: daf16 é controlado pelo receptor codificado pelo gene daf2 (parecido com o receptor do IGF-1 humano), de acordo a disponibilidade de comida Tese: IGF-1 nos mamíferos regula a disponibilidade de energia alternando entre tecidos de rápido crescimento e de resistência ao estresse. (Kirkwood, Blocklehurts)
1. Senescência clonal e biologia dos telômeros
2. Mapeamento genético Muitas evidências de relação de polimorfismos
com doenças Poucas evidências de influência no ritmo do
envelhecimento3. Síndrome de Werner e progérias4. Modelos transgênicos
estudos em cultura de fibroblastos - células tem número máximo de divisões.
Diminuição da capacidade replicativa com a senescência.
Iniciando com máximo de 61 mitoses das células de recém-nascidos, o número cai em 3 divisões a cada década.
Uma extrapolação sugere uma capacidade máxima de reprodução do fibroblasto até 200 anos.
células jovens células senescentes
Potencial replicativo:
50 divisões celulares –
senescência – morte
EVENTO PROGRAMADO
Fibroblastos de pulmão fetal
humano em cultura (Hayflick, 1961)
A existência de um número máximo de mitoses, é devido ao mecanismo molecular que impede o fim do cromossomo (telômero) ser replicado totalmente em cada ciclo mitótico.
Cada divisão sucessiva da célula causa uma diminuição progressiva da sequência dos nucleotídeos repetidos (TTAGGG) no telômero até ser impossível a replicação – Encurtamento dos Telômeros.
Células malignas, esperma e óvulos são ditas imortais devido a presença de uma enzima (telomerase) que corrige o encurtamento do telômero a cada divisão.
As células da linhagem HeLa são também imortais por expressar esse gene.
Outros mecanismos podem imortalizar células, como genes que controlam a proliferação celular, levando a transformação maligna. As células tem mecanismos protetores contra injúrias que levam a essa malignização.
Gallo JJ et al, Reichel’s Care of the Elderly, 1999, 5a ed. Lippincot Williams & WilkinsRowe JW et al, Geriatric Medicine, 1988, 2a ed. Little, Brown and Company
TELÔMERO, ENVELHECIMENTO E DOENÇAS:
TELÔMEROS:
Extremidade final dos cromossomos possuem nucleoproteínas estabilizam, conferem integridade genômica, impedem a degradação e fusão com outros;
A cada divisão celular a região telomérica encurta incapacidade da DNA polimerase completar a replicação na extremidade final do cromossomo;
O tamanho é um bom marcador biológico do envelhecimento;
Encurtamento telomérico sinal de dano no DNA induz a parada na divisão celular.
A Genética no Envelhecimento, Carolina Fischinger Moura de Souza
TELOMERASE:
Função de adicionar nucleotídeos na porção final dos cromossomos;
Ativada durante o desenvolvimento embrionário;
Em adultos está inibida nas células somáticas e ativa nas germinativas;
Em células tumorais- encontra-se ativa “escape” do estágio celular de senescência replicativa tornando-se imortal.
Pode ser ativada por vários compostos químicos, carcinógenos, radiação, vírus desencadeiam o escape da senescência celular.
A Genética no Envelhecimento, Carolina Fischinger Moura de Souza
Síndrome de Werner e progériasREPARO DO DNA, ENVELHECIMENTO E DOENÇAS: A falha no mecanismo de reparo do DNA é
uma das principais hipóteses para explicar a senescência e o dano cumulativo
Modelos: doenças associadas falha no reparo e envelhecimento precoce. Ex: síndrome de Werner mutações no WRN (enzima helicase) leva a uma instabilidade do DNA durante a replicação, recombinação e reparo no DNA acúmulo de várias mutações somáticas e rápida diminuição do tamanho das telomerases
AR, início na vida adulta, perda de cabelo, cardiopatia, elevado risco de neoplasias.
A Genética no Envelhecimento, Carolina Fischinger Moura de Souza
Mutações acumulam nas células somáticas (notadamente epiteliais)
Poucos mecanismos de defesa no DNA mitocondrial
Deficiências na fosforilação oxidativa? Alterações:
Na dosagem genética: aneuploidias, duplicações ou deleções, amplificações.
no arranjo dos genes: inversões e translocações. na estrutura primária dos genes: que alterem
seqüência dos pares ou sua leitura. Desdiferenciação ou epimutação:
Mudanças inapropriadas na expressão genética▪ Mudanças casuais no estado de metilação das citosinas do
DNA▪ Por espécies reativas do oxigênio? Thiago Monaco
GENE HELICASE DE WERNER (WR)Autossômica recessiva: 8pMutação no gene WRNHelicase na família RecQ (reparo do DNA)Homólogo na levedura: Sgs1Homólogo em E. coli: RecQ
Contribuição ao Estudo do Envelhecimento (S. cerevisiae) Sir2 (Silent Information Regulator) homólogos: Sgs1,Sir2, WRN helicase, SIRT3 Regula a expressão gênica: Controla recombinação pela histona desacetilase Instabilidade do rDNA Envelhecimento
(Sinclair, Guarantee 1997)
Síndromes Progeróides genéticasSusceptibilidade a neoplasiasNeuropatologia cerebral senilHipertensão arterialOsteoporoseAnormalidades cromossômicasDiabetes melitoDoenças autoimunesDoença degenerativa vascularCatarata
•Alzheimer: Payão et al. Gerontology, 1994 e 1998•Trissomia 21: Borsatto et al. Gerontology, 1996•Idosos: Melaragno, Smith, 1990
Padrão Metilação DNA - DA
NOR: AgNORTrissomia 21 e DA
Associação Satélites
Evidências Citogenéticas: genes ribossômicos e padrão metilação
Idosos (Matevi & Salzano, 1975)
Síndrome Progeróide
Herança Defeito genético Expectativa de Vida
Máxima (anos)
Patologias Associadas ao Envelhecimento
Alterações Celulares Alterações Moleculares
Síndrome de Werner
Autossômica Recessiva
Mutação no Gene WRN (família das helicases)
60 Atrofia da pele, perda de cabelo, atrofia muscular, osteoporose, aterosclerose, catarata, diabetes, hiperlipidemia, hipogonadismo e câncer.
Rearranjo cromossômico, capacidade reduzida de replicação celular, desenvolvimento lento,
Aumento da taxa de mutação,rápido encurtamento dos telômeros, replicação e reparo do DNA defeituosos.
Hutchinson-Gilford-Progeria
Autossômica Dominante
- 25 Atrofia da pele, perda da gordura subcutânea, perda da massa óssea, aterosclerose, hipogonadismo
-
Reparo do DNA defeituoso
Síndrome de Down
Esporádica Trissomia do 21 70 Amiloidose, Alzheimer, doença vascular, leucemia, diabetes, catarata, hipogonadismo
Elevada síntese do precursor da proteína amilóide (APP), reparo do DNA defeituoso.
Síndrome de Cockayne
Autossômica Recessiva
Mutação no gene Cs-B uma ATPase da famíla Swi2. Mutações em genes da famíla das helicases.
40(?) Perda da gordura subcutânea, fotosensibilidade na pele, neurodegeneração, hipogonadismo.
Sensível aos raios UV. Falha na transcrição e no reparo de nucleotídeos excisados.
Ataxia
Telangietacsia
Autossômica Recessiva
Perda da ATM, uma proteína kinase do PI-3
40-50 Neurodegeneração, imudeficiência, câncer, alterações oculocutâneas, telangiectasias, hipogonadismo.
Interrupções no reparo ciclo celular, rearranjo cromossômico, sensibilidade a radiação ionizante, reduzida capacidade replicativa.
Encurtamento telomérico, defeitos no reparo do DNA.
Gottlieba MGV, Carvalhob D, Schneiderc RH, Cruzd IBMd. Aspectos genéticos do envelhecimento e doenças associadas: uma complexa rede de interações entre genes e ambiente. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(9).
Produção de modelos animais com modificações no genoma Expressão em alto níveis séricos de enzimas Expressão de receptores Expressão de taxas alteradas de metilação Envelhecimento acelerado
1. Controle da taxa de síntese protéica1. Em roedores a síntese e degradação protéicas
são mais lentas. As proteínas ficam mais tempo disponíveis para rearranjos e modificações.
2. Biomarcadores de envelhecimento1. preditores de tempo de vida e declínio
funcional3. Biologia comparativa4. “Patologia gerontológica”
1. Sincronismo entre diferentes doenças (adiada por décadas em humanos e poucos anos em outras espécies)
2. Mecanismo que leva a doença a se manifestar na terceira idade
1. Controle da taxa de síntese protéica Muitos estudos ligaram envelhecimento a declínio na
síntese protéica Alguns associaram o fenômeno ao declínio na taxa de
transcrição genética Alguns estudos sugeriram ligação entre envelhecimento
e queda no turnover protéico. Diversas proteínas permaneceriam em uso por mais
tempo, podendoacumular danos casuais a sua estrutura e degenerar em produtos patológicos acumulados nas células
Muitos estudos mostraram proteínas alteradas (pós-tradução) em tecidos de animais idosos
Ainda não se demonstrou se o acúmulo de tais proteínas é funcionalmente prejudicial ! Thiago Monaco
Idosos Sadios Síndromes Progeróides:
Werner, Cockayne,Progéria, Rothmund-Thomson,,Displasia Ectodérmica CST)
Doença de Alzheimer, Síndrome Cromossômica: Trissomia 21
Sistema de Células in vitro sob ação agente oxidante
Modelo Animal: ratos pinealectomizados Doenças Multifatoriais associadas à
idade (Estudo Longitudinal do Envelhecimento - EPIDOSO –
Geriatria/UNIFESP) Maríla AC Smith
• Longevidade – gêmeos e famílias (h=25%)
• Fibroblastos em cultura (Hayflick 1961)
• Síndromes progeróides genéticas (Martin 1978)
• Telômeros
• Genes supressores de tumor: TP53 RB
• Genes de desenvolvimento e longevidade:
age-1,daf-2,Sir-2, IGF1
• Controle epigenético: herdado Maríla AC Smith
Humanos Idosos - Síndromes Progeróides – Células in
vitro - células tronco
Camundongo Mamífero: duração de vida curta, genoma
seqüenciado
Drosófila Fácil manipulação, longevidade alterável,
genoma seqüenciado
C. elegans Longevidade manipulável, facilmente mutável,
genoma seqüenciado
S. cerevisae Longevidade facilmente alterada, genoma
seqüenciado Marília AC Smith
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