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Serviço Público Federal
Universidade Federal da Bahia
FACULDADE DE ARQUITETURA
Endereço: Rua Caetano Moura, 121 - Federação – CEP:
40.210-905 – Salvador / Bahia
Telefone: (071) 3283-5884 Fax: (071) 3283-5881
E-mail: [email protected]
Convenio UFBA/IPHAN
TED 03/2017
TERREIRO: ZOGBODO MALE BOGUN SEJA HUNDE (Terreiro do Ventura)
Projeto de Restauração do Peji de Baixo, Casa dos Ogãs e Construção das Casas de Hóspedes
Salvador, Junho de 2019
Equipe Técnica
Arq. Silvia Pimenta d’Affonsêca – Responsável Técnico Projeto Arquitetônico
Eng Marcio Lins de figueiredo – Responsável Técnico Projeto Estrutural
Eng. Inácio Antônio dos Santos Alves - Responsável Técnico Orçamentista
Eng. Paulo Marcio de Matos Brito - Responsável Técnico Orçamentista
Eng. Marco Antônio Lima de Oliveira Responsável Técnico Termo de Referência:
Arq. Daniel Marostegan e Carvalho
Arq. Fabio Velame de Macedo
Arq. Naia Alban Suarez
Acadêmica Bruna de Oliveira Barbosa
Acadêmico Luís Guilherme Cruz Pires
SUMÁRIO
Apresentação
Diagnóstico de Estado de Conservação
Memorial Descritivo e especificações de materiais
Planilha Orçamentária
Plantas do Projeto
1. Planta de localização
2. Planta de situação
3. Peji de Baixo
a. Levantamento Cadastral (planta baixa, cortes e fachadas)
b. Projeto arquitetônico
c. Projeto estrutural da cobertura e reforço dos pilares
d. Cozinha Anexa
4. Casa dos Ogãs
a. Levantamento Cadastral (planta baixa, cortes e fachadas)
b. Projeto arquitetônico
5. Casa de Hospedes de Baixo
a. Levantamento Cadastral (planta baixa, cortes e fachadas)
b. Projeto arquitetônico
c. Projeto estrutural
6. Casa de Hospedes de Cima
a. Projeto arquitetônico
b. Projeto estrutural
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo subsidiar a obra de restauração de parte
dos edifícios que compõem conjunto arquitetônico do Terreiro Zogbodo Male
Bogun Seja Hunde, também chamado de Terreiro do Ventura, localizado na Rua
Benjamim Constant s/ nº, Fazenda Ventura no município de Cachoeira -BA.
Apresenta-se dividido em 5 partes: Termo de Referência, Diagnóstico do estado
de conservação dos edifícios, Memorial de serviços e especificações,
Orçamento Básico e o conjunto de plantas que fazem parte dos projetos
arquitetônico e estrutural.
A importância cultural do Terreiro do Ventura é descrita por vários estudiosos
das religiões de matriz africana. Resumidamente podemos nos apropriar do que
escreveu em 2009, o Presidente da Associação Zogbodo Male Bogun Seja
Hunde, Sr. Edvaldo de Jesus Conceição, em carta ao então Superintendente do
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) justificando o
pedido de Tombamento, na qual afirma que o Terreiro do Ventura é depositário
e responsável pela preservação da liturgia do Candomblé da nação jeje-mahi,
originaria nos cultos às divindades chamadas vodun, praticados na atual
Republica do Benin, além de ser reconhecido como centro de referência nacional
de difusão dos cultos aos voduns. (Processo de Tombamento do Terreiro do
Ventura, v 1, pg51).
A Roça do Ventura constitui uma reserva de mata atlântica, por onde passa o rio
Caquende, com diversas arvores sagradas. Da portaria da fazenda, até a Roça
de Baixo onde estão implantadas as construções do terreiro, percorre-se uma
estrada de terra, em declive, até que se descortina um espaço amplo onde estão
as edificações e alguns assentamentos, e onde são realizados os rituais e as
festas. Quatro pequenas construções formam o conjunto edificado do terreiro e
são identificadas como Casa de Ogãs, Peji de Cima, Peji de Baixo, com cozinha
Cozinha, Casa de hospedes.
Além destes, que podemos identificar como edifícios chaves, completam o
espaço construído pequenas edificações que são assentamentos religiosos.
Todas as construções são bastantes singelas, com técnicas construtivas
simples, compostas por alvenarias de diferentes materiais como bloco cerâmico,
tijolos, adobes e taipa de sopapo, na maioria das vezes sem amarração das
estruturas e sem acabamento. Os pisos são em terra batida e a cobertura em
duas águas, com telhas cerâmicas artesanais do tipo capa e canal. A
simplicidade e rusticidade das edificações é um elemento da estética jeje Mahi
Das quatro edificações que formam o conjunto edificado da Roça do Ventura,
três - Casa de Ogãs, Peji de Baixo e cozinha anexa e Casa de hospedes - são
objeto do presente projeto e serão submetidas a obras de conservação. Além
destas será construída ao lado da Casa dos Ogãs, a casa de Hospedes de Cima.
DIAGNÓSTICO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
A edificações localizam-se na parte baixa da Roça, em uma área relativamente
ampla, na descida rio Caquende, e como o terreno é em declive, um dos
principais problemas das construções localiza-se nas fundações superficiais, em
alvenaria de pedra, devido ao carreamento do solo pelas águas de chuva. (Fig 1
e 2)
O aspecto físico e o estado de conservação das edificações que compõem o
conjunto do Terreiro do Ventura e que serão objeto de intervenção no presente
projeto, são descritos a seguir
Fig 1 – Estrada na Roça do Ventura que
leva ao espaço do Terreiro. Fig 2 – Edificações que formam o Terreiro
O PEJI DE BAIXO
Pela técnica construtiva existente nesta edificação, parece ter sido o edifício
nuclear, ou seja, o primeiro a ser construído na Roça de Baixo. É composto por
cinco cômodos, assim distribuídos: salão de festas (barracão), o sabagi - quarto
do líder do terreiro, o peji, propriamente dito, que é o espaço dos sacrários, e o
roncó - espaço que abriga as pessoas em processo de iniciação. A construção
é térrea, assentada sobre um embasamento de pedra bruta argamassada, cuja
altura vai diminuindo, adequando-se à topografia do terreno, de forma que a
edificação se apresenta nivelada internamente. Apresenta fachada assimétrica
composta por uma porta e duas janelas, com telhado em duas águas e empena
(Fig. 3 e 4). Na frente da construção, o embasamento em pedra avança além da
prumada da parede, compondo a escada que dá acesso a casa.
Fig 3 – Fachada principal do Peji de baixo
Fig 4 – Fachada lateral esquerda do peji de baixo; embasamento em pedra cuja altura diminui em direção ao fundo da construção.
A escadaria não apresenta regularidade nem na largura dos pisos nem na altura
dos espelhos, pois com seu formato curvo, acompanha o desnível do terreno no
espaço onde ela se desenvolve. Desta forma, um mesmo degrau, apesar de
plano, apresenta espelho com altura variada. Não foi possível identificar o
material de construção da escada por ser esta revestida por uma camada de
argamassa de cimento, no entanto, presume-se, pela presença do
embasamento em pedra, que esta seja também em pedra.
O embasamento de pedra na frente da edificação apresenta-se desnivelado, em
consequência de um afundamento, cujas causas são até então desconhecidas,
mas supostamente relacionada a infiltração de águas pluviais (Fig 5). É
necessária uma prospecção para investigação e identificação da causa, uma vez
que as paredes próximas a esta área se apresentam integras. A escada, por sua
vez apresenta descolamento da camada de cimentado e algumas frestas que
possibilitam a infiltração da água. Externamente, não há calçada, o que prejudica
a construção devido ao contato direto do embasamento em pedra com as águas
de chuva provenientes do telhado e da falta de drenagem do terreno, o que
favorece o carreamento do solo na base das construções. (Fig 6)
Fig 5 - Embasamento de pedra na frente da edificação com afundamento devido a acúmulo de água
Fig 6 - Vista lateral da escadaria de acesso apresentando desnivelamento dos pisos e espelhos, descolamento da camada de cimentado.
A caixa muraria é composta de alvenaria de diferentes materiais, bloco cerâmico
de seis furos, adobes, tijolinhos, o que caracteriza diferentes etapas de
construção, como ampliações ou reconstruções (Fig 7). Internamente, ainda
encontramos algumas paredes divisórias construídas em taipa de sopapo.
Algumas paredes apresentam fissuras verticais e inclinadas, decorrentes
basicamente de três fatos: carga pontual do telhado, falta de amarração entre as
paredes de diferentes materiais, ou entre paredes e pilares, falta de verga ou
contra verga nos vãos de porta e janelas. A parede em taipa de sopapo
apresenta desagregação do barro e apodrecimento das peças de madeira que
fazem parte da sua estrutura. (Fig 8 a 13)
Fig 7 - Planta do Peji de Baixo com indicação dos diferentes tipos de alvenaria
Fig 8 - Fissura devido a ausencia de verga acresdida da sobrecarga da peça do telhado (frechal)
Fig 9 - Fissura vertical decorrente da falta de amarração entre parede (em bloco cerâmico) e pilar.
Fig 10 - Fissura devido a ausencia de verga Fig 11 - Fissura decorrente da falta de
amarração entre as paredes de taipa de sopapo e alvenaria de tijolos maciços.
Fig 12 - Parede em taipa de sopapo apresentando desagregação do barro em função do apodrecimento do madeiramento da estrutura
Fig 13 - Desagregação da estrutura em taipa de sopapo
Algumas alvenarias encontram-se, ainda, desniveladas e desaprumadas o que
reduz a capacidade de resistência aos esforços de compressão provenientes da
carga da cobertura, cujas peças descansam sobre as paredes. Estas paredes
encontram-se também sem argamassas de revestimentos, porém a maioria dos
adobes e tijolos não apresentam degradações. (Fig 14 e 15)
Fig 14 - Paredes desalinhadas em alvenaria de tijolos maciços e em adobe, sobre alvenaria de pedra irregular
Fig 15 – Detalhe da alvenaria em adobe sobre embasamento de pedra irregular.
O piso de toda edificação é em terra batida, e segundo os membros da casa, é
periodicamente recuperado, seguindo rituais específicos.
O telhado em duas águas, é composto por terças, caibros e ripas, variando entre
peças roliças e serradas, com cobertura em telha cerâmica, tipo capa e canal,
com trechos em telha artesanal e outros em telha industrializada.
Observa-se um desalinhamento e desnivelamento do telhado cujas causas são
diversas: desnivelamento das paredes que recebem as cargas; diferentes
dimensões das peças com a mesma função, diferentes acabamentos das peças
de madeira: serrada, lavrada, roliça; mudança do posicionamento e
direcionamento das peças de cumeeira. Tudo isto leva a acreditar que o telhado
foi sendo recuperado ao longo do tempo, adaptando-se de acordo com a
necessidade e o material disponível. Acarreta ainda o desnivelamento do
telhado, o apodrecimento de algumas peças de madeira. (Fig 16 e 17)
Fig 16 - Telhado do salão, desnivelado e coberto por vegetação
Fig 17 - Os três planos do telhado: barracão, peji e roncó, com cumeeira desnivelada e desalinhada
No salão, uma tesoura simples (Fig 18), apoiada em pilares, auxilia na
distribuição das cargas do telhado, enquanto, no restante da edificação as
cargas são distribuídas diretamente nas paredes através de pontaletes ou do
frechal, que na maioria das vezes está desnivelado (Fig 19 a 21). No roncó, a
cumeeira é apoiada nas empenas das paredes e em pontaletes que
descarregam as cargas em peças de madeira perpendicular ao menor vão. (Fig
22 e 23). Observa-se também a presença de galerias de xilófagos no
madeiramento. A cobertura é, em grande parte é em telhas artesanais, com
trechos complementados com telhas industrializadas.
Fig 18 - Tesoura existente no salão. Madeiramente em peças serradas em bom estado de conservação
Fig 19 - Madeiramento que compoem a estrutura do tellhado no local da mudança do posicionamento da cumeeira.
Fig 20 - Peça de madeira serrada, assentada sobre outra peça de madeira com seção irregular, provocando desnivelamento do telhado.
Fig 21 - Peça de madeira com pontalete em madeira, usado como apoio da cumeeira. Observar a presença de galerias de xilofagos nas peças. Telhas artesanais e industrializadas em uma água do telhado e artesal na outra.
Fig 22 – Peça de madeira selada em função da carga do telhado e com fendilhamento.
Fig 23 - Porta de acesso ao Roncó, em madeira, tipo calha. Fixada no esteio que estrutura a parede de taipa de sopapo
As esquadrias, todas em madeira, são na sua maioria tipo calha (Fig 23). As
janelas, apenas em número de quatro e localizadas no salão, assim como a porta
de acesso são de abrir com uma folha, e estão razoavelmente conservadas. As
portas de acesso ao sabaji, peji e ao roncó, também tipo calha, são assentadas
diretamente nos montantes de madeira que delimitam os vãos e estruturam as
paredes, já que nestes espaços as alvenarias são de taipa. A segunda porta do
roncó, que dá para a área externa, é em madeira, do tipo almofadada (Fig 24).
Em geral as portas e janelas estão em razoável estado de conservação,
necessitando, no entanto, de revisão, com relação às ferragens e algumas peças
ou pontos apodrecidos, como por exemplo os peitoris das janelas que são em
madeira e algumas partes da própria esquadria que se apresenta com danos.
Fig 24 - Porta externa em madeira almofadada.
Fig 25 - Fiação elétrica solta na parede.
Com relação a instalações, a única existente é a elétrica, muito precária, composta de
pontos de luz e pontos de tomada em poucos ambientes. Toda fiação é aparente,
algumas vezes fixadas nas peças do telhado e em alguns trechos pendurada nas
paredes. (Fig 25). No salão, onde a decoração é feita com bandeirolas e fitas de papel,
ocorre o risco de curto circuito e consequentemente de incêndio.
COZINHA ANEXA
Localizada ao fundo do Peji de Baixo, a área denominada cozinha, é um espaço,
composto por área de cozinha propriamente dita, por depósito, por sanitário e
por um espaço coberto que abriga o fogão a lenha.
A cozinha é uma construção bastante simples, de bloco cerâmico sobre um
embasamento superficial de pedra argamassada e cobertura em telhas
cerâmicas industrializadas, assentadas sobre madeiramento composto por
terças, caibros e ripas. Internamente, as paredes estão rebocadas e pintadas
(Fig. 26), porém externamente, recebem, apenas e de forma parcial uma fina
camada de chapisco (Fig. 27). Pela cozinha, se tem acesso ao depósito que tem
como cobertura uma laje de concreto armado, que por sua vez, também cobre o
sanitário. Anexo à parede da cozinha, um telhado de telhas de fibrocimento,
abriga o fogão a lenha e dá também, acesso ao sanitário (Fig. 28).
O espaço da cozinha está relativamente bem conservado, com madeiramento e
telhas novas. Porém, assim como nas demais edificações do terreiro, não há
cinta de amarração no topo das paredes, tampouco vergas e contra vergas nos
vãos das esquadrias, o que favorece o surgimento de fissuras. (Fig.29).
A laje de concreto que cobre o depósito e o sanitário não recebe nenhum tipo de
proteção contra as intempéries, e, em épocas de chuvas, é acometida por
infiltrações de águas pluviais, o que tem prejudicado não só os ambientes como
a própria laje, que está coberta de microrganismos. Sobre esta laje, estão dois
reservatórios de água que abastecem o terreiro, com instalações hidráulicas
aparentes.
O pequeno sanitário não tem ventilação e apresenta manchas de infiltração
decorrente da falta de impermeabilização da laje, fatores que tornam o ambiente
bastante insalubre.
Assim como nas demais edificações, o piso de todos os ambientes é em terra
batida.
Fig. 26 – Vista interna da cozinha, onde é possível observar o telhado
Fig. 27 –. Detalhe da base em pedra e da alvenaria em bloco cerâmico da cozinha.
Fig. 28 – Vista interna da cozinha, onde é possível observar o telhado
Fig 29 – Fissuras horizontais na parede da cozinha, à altura do engaste da laje de concreto armado e fissura oblíqua na aresta do vão da porta, devido a falta de verga
CASA DOS OGÃS
A casa dos Ogãs, é um espaço de receber, onde ficam hospedados as pessoas
iniciadas na religião e que vão participar das celebrações. Está localizada na
parte mais alta do terreno, sendo a primeira edificação avistada quando se chega
no terreiro. A edificação é simples, construída em alvenaria de bloco cerâmico
furado sobre uma base de alvenaria de pedra bruta, telhado em duas águas com
estrutura em madeira composta por terças, caibros e ripas e cobertura em telhas
cerâmicas artesanais. A fachada é composta por duas janelas e uma porta,
distribuídas de forma assimétrica. Internamente é composta de um lado por duas
salas contíguas e do outro por dois pequenos quartos seguido por sanitário. (Fig
30 e 31).
Fig 30 - Fachada da casa dos Ogãs Fig 31 – Vista lateral da casa dos Ogãs
As alvenarias apresentam várias fissuras decorrentes da falta de amarração
entre as paredes, da falta de cinta de amarração, de vergas e de contra vergas.
Observa-se ainda, uma fissura no embasamento em alvenaria de pedra,
provavelmente provocado pelo carreamento do solo. (Fig 32 a 34)
Fig 32 - Fissura devido a recalque da fundação e falta de contra-verga
Fig 33 - Fissura por falta de verga e recalque de fundação
Fig 34 - Fissura por falta de amarração nas paredes. Observar a presença de galeria de térmitas
Fig 35 - Cobertura em duas águas com cumeeira apoiada nas paredes através de pontaletes. Composta por terças, caibros roliços, ripas e telhas artesanais.
A cobertura, em duas águas, é, como dito anteriormente, composta por terças,
caibros roliços e ripas e em telhas cerâmicas artesanais. A cumeeira e as terças
são apoiadas em pontaletes de madeira que descarregam as cargas diretamente
sobre as paredes. (Fig 35)
O piso, como em todas as outras edificações, é em terra batida, e regularmente
é reformado pelos membros da casa, com preparações e rituais próprios.
CASA DE HÓSPEDES DE BAIXO
Esta construção também é bastante singela, assentada sobre um embasamento
de pedra bruta argamassada. A edificação, de planta retangular, recebe telhado
de duas águas com cumeeira paralela a fachada principal. Internamente é
composta por um pequeno hall de acesso, sanitário e dois quartos, tem a função
como o nome já diz, de abrigar os visitantes.
A edificação está implantada em um pequeno platô do terreno, que é seguido de
um grande desnível. Sobre este platô, uma pequena alvenaria de pedra é
assentada, superficialmente no solo, o que vem causando problemas estruturais
na edificação, principalmente devido ao carreamento do solo por falta de
drenagens das águas pluviais. (Fig 36 e 37)
As alvenarias são em tijolos maciços e muitas vezes estão assentados sem
amarração, principalmente nos encontros entre paredes. Assim como nas outras
edificações do terreiro, não existem as cintas de amarração sobre as alvenarias,
nem verga e contra verga nas portas e janelas. Com consequência e associado
a deficiência do embasamento, as paredes apresentam fissuras verticais, nas
arestas das paredes, e inclinadas, próximo aos vãos de portas e janelas.
As configurações parabólicas apresentadas pelas lesões, na parte inferior das
alvenarias e no embasamento, são indícios de translação vertical, isto é
afundamento de parte da parede/edifício, isto é recalque diferencial. As causas
podem ser associadas à ineficiência da fundação em distribuir adequadamente
as cargas no nível em que foi assentada no solo (Fig 38 a 41).
Fig 36 - Fachada da casa dos hospedes. Observar desnível do terreno.
Fig 37 - Construção implantada sobre platô, com grande desnível na parte posterior o que provocou instabilidade da fundação, que é superficial.
Fig 40 – Movimentação da alvenaria de tíjolo e da base em pedra, em função de recalque diferencial
Fig 41 – Movimentação da alvenaria de tíjolo e da base em pedra, em função de recalque diferencial
O piso, como das outras casas, é em terra batida, preparado com rituais pelos
membros da casa e, é frequentemente restaurado.
Fig 38 – Fissura vertical em canto de parede, devido à falta de amarração e à deficiência na fundação
Fig 39 – Fissura devido a recalque na fundação
A cobertura em duas águas é apoiada em pontaletes de alvenaria de tijolos
maciços. O madeiramento, composto por terças, caibros roliços e ripas
apresenta-se completamente comprometido com o ataque de térmitas, sendo
identificado inclusive uma casa de cupim no telhado. As telhas são do tipo capa
e canal, confeccionadas artesanalmente e encontram-se deslocadas,
comprometendo a estanqueidade da cobertura. (Fig 42 a 44).
Fig 42 – Vista do telhado apoiado em pontaletes de alvenaria de tijolos maciços. Madeiramento comprometido pelo ataque de térmitas.
Fig 43– Cobertura composta por terças, caibros roliços e ripas, com telhas artesanais.
Fig 44– Vista da peça de madeira - frechal – completamente atacada por térmitas.
Diante dos problemas estruturais apresentados na casa e da pouca qualidade
da construção, optou-se pela demolição total e reconstrução de uma nova casa
de hospedes no mesmo local.
PEJI DE CIMA
A edificação referente ao Peji de Cima, não será contemplada por obras no
momento e, portanto, não foi incluída no presente diagnóstico. No entanto,
registra-se aqui que após a conclusão dos levantamentos físicos das
edificações, no dia 13 de outubro de 2018, ocorreu a queda de uma árvore sobre
o Peji de Cima, levando-o ao quase que completo arruinamento, restando
apenas a parte posterior da cozinha. A comunidade, muito abalada, não só pela
perda material, mas acima de tudo pelo dano no espaço sagrado, em um
momento em que se iniciavam as celebrações, transformou mais uma vez, a dor
da perda, em união, solidariedade e força e no espaço de 15 dias, reconstruiu
os espaços, utilizando recursos oriundos de doações. A nova edificação foi
erigida no mesmo local e, segundo a comunidade, respeitando a mesma
distribuição interna e as dimensões da que desabou. Esta nova edificação não
foi contemplada com novo levantamento físico.
MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES
O presente documento corresponde ao memorial descritivo para execução de
obras de reforma em duas edificações pertencentes ao conjunto arquitetônico do
Terreiro do Ventura localizado na Rua Benjamin Constant, na Roça de Baixo da
Fazenda Ventura no município de Cachoeira -BA. Além da reforma destas casas
serão construídas duas casas de hospedes, uma no mesmo local da existente
hoje, que em função do estado de degradação será demolida, e a outra na parte
alta do terreiro, ao lado da casa de hospedes.
Nesta etapa estão previstos, resumidamente, os seguintes serviços:
PEJI DE BAIXO: Execução de pilares, verga, contra vergas e cinta de
amarração, substituição total da cobertura, execução de passeios e calhas,
revisão geral na parte elétrica e pintura. Na cozinha anexa, estão previstos os
seguintes serviços: ampliação da cobertura, execução de reboco externo e
pintura geral
CASA DOS OGÃS: Consolidação de fissuras, execução de verga, contra vergas
e cinta de amarração, reforço da fundação, substituição total da cobertura,
execução de passeios, revisão geral das instalações elétricas e hidro sanitárias
e pintura geral.
CASA DE HOSPEDES DE BAIXO: Demolição da casa existente e construção
de uma casa nova.
CASA DE HOSPEDES DE CIMA: Construção completamente nova.
A condução e fiscalização da obra estará a cargo da Faculdade de Arquitetura e
da SUMAI – Superintendência de Meio Ambiente e infraestrutura da
Universidade Federal da Bahia
ESPECIFICAÇÕES
1. SERVIÇOS INICIAIS
Os serviços deverão ser executados em estreita observância às indicações
constantes nos projetos.
Por se tratar de obras em espaços sagrados, no momento inicial a empresa
responsável pela obra deverá acordar junto às lideranças da comunidade de
terreiro as regras básicas de funcionamento da obra, envolvendo: locais
permitidos para depósito de materiais, horários de chegada e de saída de
funcionários, locais de descanso e alimentação dos trabalhadores, descarte e
chegada de material entre outras questões.
Alguns materiais, sejam eles novos ou existentes, antes de serem utilizados e/ou
descartados, poderão necessitar de passar por rituais que serão realizados pela
comunidade do terreiro. A fim de facilitar o andamento da obra, a empresa
contratada deverá prever a contratação de mão de obra envolvendo membros
do terreiro, e que sejam conhecedoras das técnicas construtivas, para trabalhar
na obra, tendo em vista a existência de lugares sagrados onde não é permitido
livre acesso de pessoas não iniciadas no culto.
2. INSTALAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA OBRA
No acesso ao Terreiro deverão ser instaladas as placas de todos os
intervenientes no projeto de acordo com as normas especificadas pelo CREA,
IPHAN e UFBA.
As instalações provisórias do canteiro de obras deverão ser realizadas em
acordo com as determinações da comunidade do terreiro, respeitando os
espaços sagrados e se atendo ao mínimo de instalações necessárias para o bom
andamento da obra, evitando assim maiores perturbações às práticas cotidianas
do terreiro.
Um posto de administração da obra deverá ser instalado no canteiro, contendo
sempre um responsável e os desenhos técnicos de execução da obra, de forma
a permitir visitas de acompanhamento e fiscalização por parte das autoridades
locais, do IPHAN, da UFBA e de representantes da comunidade do terreiro.
3. SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO
A CASA DE HOSPEDES será totalmente demolida para construção de uma nova
casa, no mesmo local.
Serão removidas as coberturas do PEJI DE BAIXO e da CASA DOS OGÃS para
confecção de cinta de amarração das paredes e reconstrução total de acordo
com o novo projeto.
Todo material proveniente da demolição só poderá ser descartado após consulta
aos membros do terreiro, e durante o período que permanecerem no terreiro
devem ser acumulados em local apropriado, indicado pela comunidade, para que
não interfira nas atividades do terreiro, até serem descartados em local
apropriado.
4. LOCAÇÃO E NIVELAMENTO
Deverá ser instalado gabarito de madeira, facilitando a conferência dos pontos
de locação das novas edificações CASA DE HOSPEDES BAIXO E CASA DE
HOSPEDES DE CIMA. Uma referência de nivel (RN) deverá ser instalada em
local protegido, para facilitar a conferência dos níveis e altimetrias durante a
execução da obra.
A Casa de Hospedes de Baixo deverá ser construída no mesmo local da que
será demolida.
5. REFORÇO ESTRUTURAL
Todos os vãos, de portas e janelas, da CASA DOS OGÃS e do PEJI DE BAIXO
e COZINHA ANEXA, receberão verga e contra verga em concreto armado. As
vergas e contra vergas deverão ser pré-moldadas ou confeccionada in locu, em
concreto armado com altura de 20cm e largura de acordo com a espessura da
parede (9 a 12) cm, com aço de 4 Ø 8 e estribo a cada 20cm (Ø 5). As vergas e
contra vergas deverão ultrapassar a dimensão do vão em 30 cm de cada lado.
No topo de todas as paredes, excetuando as paredes confeccionadas em taipa
de sopapo do Peji de Baixo, deverá ser executada cinta de amarração em
concreto armado. Esta, deverá ser confeccionada em bloco calha de (9X19X39)
cm, preenchida com concreto armado, com 2 Ø 8, conforme projeto estrutural
em anexo.
A CASA DOS OGÃS apresenta fissuras nas paredes. Essas fissuras deverão
ser costuradas, com grampos metálicos em forma de “U”, assentados
alternadamente a cada 50 cm, conforme detalhado no projeto estrutural, com
argamassa de cimento e areia no traço 1:3 aditivada com Bianco ou outro
produto similar. Deverá ser avaliado ainda a necessidade de uso de tela
estrutural (tela FIX) em algumas fissuras. Além do tratamento das fissuras, esta
edificação receberá um reforço de fundação. A fundação deverá ser escavada,
em trechos de 50cm, alternados, escorada, e reforçada com alvenaria de pedra,
preenchida com argamassa de cimento no traço de 1:4, conforme projeto
estrutural.
O PEJI DE BAIXO além das vergas, contra vergas e cinta de amarração,
receberá pilares novos confeccionados em concreto armado na dimensão de
15x15, com 4Ø8, com estribo de Ø5 a cada 15 cm e fck 25MPA, revestidos com
tijolos cerâmicos que ficaram à vista. Estes novos pilares serão ligados as
paredes de vedação existentes através de haste, a cada 40cm (altura de dois
blocos) composta por ferro CA -50 de Ø8, com comprimento médio de 140 cm,
desde que penetre no mínimo 50cm ao longo de cada parede. A fundação da
edificação identificada como PEJI DE BAIXO, na lateral esquerda da casa deverá
passar por reforço, nos mesmos moldes descrito para a Casa de hóspedes.
Todos estes reforços estão detalhados no projeto estrutural do PEJI DE BAIXO.
AS CASAS DE HOSPEDES, terão fundações em alvenaria de pedra corrida,
com espessura mínima de 40 cm e profundidade mínima de 50cm, na cota mais
alta do terreno, aumentando a profundidade da mesma de acordo com o desnível
do terreno, de forma que se tenha no mínimo 50cm de alvenaria de pedra
enterrada, assentada sobre lastro de concreto magro de 3 cm de espessura e
aditivado com impermeabilizante, conforme projeto. Completará a estrutura das
casas, a execução de vergas, contra vergas e cinta de amarração, executadas
conforme previsto no projeto estrutural.
6. ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
Todas as alvenarias que apresentarem pequenas trincas, excetuando aquelas
indicadas no projeto de reforço estrutural que terão tratamento específico,
deverão ser tratadas com argamassas de cimento e areia no traço 1:3, se forem
em alvenaria de bloco ou tijolo cerâmico.
As paredes em taipa de sopapo do PEJI DE BAIXO deverão ser refeitas com
apoio de pessoas vinculadas ao Terreiro, por ser um ritual sagrado.
As paredes que porventura tiverem o reboco cortado para qualquer intervenção
deverão ter seus revestimentos reintegrados com argamassa após a finalização
dos serviços.
As alvenarias das CASAS DE HOSPEDES serão em bloco cerâmico de 6 furos,
assentados com argamassa de cimento e areia, chapiscada e com massa única
para receber pintura. Os blocos deverão ser assentados com juntas
desencontradas para ter amarração.
7. COBERTURA
As coberturas da CASA DOS OGÃS E DO PEJI DE BAIXO serão completamente
novas, tanto estruturas como as coberturas propriamente ditas. Na COZINHA
anexa ao Peji de Baixo, a cobertura assim como o madeiramento será
reaproveitado e a nova água, resultado da ampliação terá madeiramento e
cobertura nova. Toda as estruturas em madeira deverão ser em madeira
maçaranduba ou similar, desde que autorizada pela fiscalização da obra, serrada
e imunizada. A cobertura será executada em telhas cerâmicas, capa e canal, tipo
colonial, na cor branca. Todas as telhas deverão ser grampeadas com arame de
cobre ou aço inox e a cumeeira emboçada com argamassa. Os beirais em torno
da construção deverão receber calhas e condutores, em PVC, de forma a evitar
que a água de chuva infiltre nas fundações e no pé das alvenarias.
A estrutura de madeira da cobertura da CASA DOS OGÃS, será constituída por
terças, caibros e ripas. As terças, assim como a peça de cumeeira, estarão
apoiadas em pontaletes de alvenaria, construídos de forma escalonada sobre a
cinta de amarração, conforme projeto.
A estrutura da cobertura do PEJI DE BAIXO será constituída de tesouras, terças,
caibros e ripas. As tesouras deverão ser assentadas nos eixos dos pilares, sobre
a cinta de amarração e fixada nesta última através de chapa metálica como
detalhado no projeto estrutural da cobertura.
A cobertura das CASAS DE HOSPEDES terá estrutura em madeira, composta
por tesouras, terças, caibros e ripas, serrada e imunizada.
Todas as peças deverão ser executadas em madeira maçaranduba ou similar,
desde que autorizada pela fiscalização da obra. A cobertura será executada em
telhas cerâmicas, capa e canal, tipo colonial, na cor branca. Todas as telhas
deverão ser grampeadas com arame de cobre ou aço inox e a cumeeira
emboçada com argamassa. Os beirais em torno da construção deverão receber
calhas e condutores, em PVC, de forma a evitar que a água de chuva infiltre nas
fundações e no pé das alvenarias. A tesoura deverá ser fixada na cinta de
amarração através de chapa metálica. A estrutura da cobertura deverá ser
executada de acordo com o projeto estrutural de cobertura.
8. ESQUADRIA
Todas as esquadrias deverão ser removidas para execução das vergas e contra
vergas. As mesmas deverão passar por revisão com intuito de corrigir eventuais
danos, serem imunizadas, reassentadas e pintadas. As ferragens também
deverão passar por revisão ou serem substituídas caso seja necessário.
As esquadrias novas serão do tipo calha e deverão ser imunizadas, lixadas e
emassadas para receber pintura.
9. PAVIMENTAÇÕES
Nos sanitários deverão ser executados contrapisos, argamassa de regularização
e assentados pisos cerâmicos, na cor branca, na dimensão de 35x35, tipo A,
com juntas de no máximo 3mm e soleiras em granito andorinha na cor cinza.
Os pisos internos, dos demais ambientes, serão em terra batida e executados
pela comunidade, com o material fornecido pela empresa contratada.
Externamente deverão ser executados passeios com largura de 50cm e
inclinação de 1%, no sentido da área externa. Estes deverão ser executados em
concreto de 20MPA, com armação em tela soldada com 7 cm de trama,
espessura de 12cm, assentados sobre um lastro de concreto magro aditivado
com impermeabilizante, que por sua vez estará assentado sobre lona plástica
preta.
Ao longo dos passeios deverão ser assentadas calhas para drenagem as águas
pluviais. Estas serão pré-moldadas em concreto simples, em meia cana, com
diâmetro de 20cm.
Nas CASAS DE HOSPEDES, nos sanitários, deverão ser executados
contrapisos, argamassa de regularização e assentados pisos cerâmicos, na cor
branca, na dimensão de 35x35, tipo A, com juntas de no máximo 3mm e soleiras
em granito andorinha na cor cinza.
Os pisos internos, dos demais ambientes, serão em terra batida e executados
pela comunidade, com o material fornecido pela empresa contratada.
Externamente receberá passeios como descrito anteriormente.
10. REVESTIMENTOS
As paredes dos sanitários das CASAS DE HOSPEDES deverão receber
revestimento cerâmico até a altura de 1,50m. Estes deverão ser da dimensão de
20x20cm, na cor branca, assentados com juntas de acordo com a recomendação
do fabricante. Os revestimentos cerâmicos deverão ser assentados com
argamassa pronta, conforme especificação do fabricante.
As demais paredes, tanto das CASAS DE HOSPEDES como do PEJI DE BAIXO
E CASA DOS OGÃS receberão como revestimento, camada de regularização
composta de chapisco e massa única para pintura.
11. PINTURA
As paredes internas deverão receber pintura com tinta látex PVA na cor branca
aplicada em duas demãos, sobre massa PVA e fundo preparador. Os locais em
que as alvenarias foram consolidadas, deverão receber tratamento prévio como
massa corrida e fundo preparador, assim com as alvenarias novas. As alvenarias
deverão receber tratamento com lixa para regularização das imperfeições antes
de serem pintadas.
As paredes externas receberão pintura com tinta látex acrílico, em duas cores,
conforme o padrão do terreiro, aplicada em duas demãos, sobre massa acrílica
e fundo preparador.
As paredes de adobe e de taipa deverão receber pintura a base de cal.
As esquadrias em madeira, assim como os alisares e contra marcos, receberão
pintura em esmalte sintético acetinado fosco, na cor verde, aplicado em duas
demãos, sobre emassamento.
Toda a pintura deve ser realizada com preparação dos espaços e superfícies,
utilizando lonas, fitas adesivas ou material similar que garantam a boa limpeza e
o bom acabamento do serviço.
12. INSTALAÇÃO HIDRO SANITARIA E DE ESGOTO
Estão incluídos neste item a instalação de vasos sanitários com descarga
acoplada, mictórios, lavatórios com coluna, chuveiros, reservatório e respectivas
ferragens, nas CASAS DE HOSPEDES, além de revisão das instalações hidro
sanitárias e de esgoto dos sanitários e das instalações do reservatório de água
fria, já existentes.
Serão também substituídas todas as torneiras e registros dos sanitários
existentes.
13. INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Toda a instalação elétrica deverá passar por revisão, com instalação de pontos
de tomada, pontos de iluminação e de luminárias, que tenham sido danificadas
e/ou alteradas em função da obra.
Também deve ser verificado o quadro geral de distribuição.
AS CASAS DE HOSPEDES receberão instalações elétricas aparente, composta
por iluminação e tomadas.
14. LIMPEZA GERAL
Deverá ser retirado toda a estrutura montada para o canteiro, tais como:
instalações e ligações provisórias, tapumes, entulhos e andaimes. Os materiais
inservíveis da obra só poderão ser descartados após autorização dos membros
do terreiro.
Após conclusão da obra deverá ser feita limpeza geral em todo espaço da obra,
sendo considerada entregue e finalizado os serviços somente quando o espaço
de realização das intervenções estiver limpo e em ordem.