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MODELO SIMPLIFICADO PARA ANALISE DE LANÇAMENTO DE ESTRUTURAS OFFSHORE TIPO JAQUETA Sergio Guillermo Hormazâbal Rodríguez TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CltNCIAS (M.Sc.) Aprovada por: RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JUNHO DE 1982 on Sphaier

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ... · 2017-12-13 · tendo desta forma atestado a validade da teoria e obtendo um modelo simplificado

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MODELO SIMPLIFICADO PARA ANALISE DE LANÇAMENTO DE

ESTRUTURAS OFFSHORE TIPO JAQUETA

Sergio Guillermo Hormazâbal Rodríguez

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS

DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A

OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CltNCIAS (M.Sc.)

Aprovada por:

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

JUNHO DE 1982

on Sphaier

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i i

RODRIGUEZ, SERGIO GUILLERMO H.

Modelo Simplificado para Anâlise de Lançamento de

de Estruturas Offshore tipo Jaqueta (Rio de Janeiro)

1 982.

viii, p.93 29,7cm (COPPE-UFRJ, M.Sc., Engenha-

ria Civil, 1982).

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fa

culdade de Engenharia.

1. Modelo Simplificado

(sêrie).

I. COPPE/UFRJ II. Título

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i i i

AGRADECIMENTOS

Aos Professores da COPPE/UFRJ pelos conhecimen­

tos transmitidos, especialmente ao Prof. Agustin Juan Ferrante

por sua orientação e estímulo constante durante o desenvolvi­

mento do trabalho.

Aos Engenheiros Sergio Mueller e Adolfo Pinhei­

ro Andion pelo incentivo e apoio recebido para cursar o Progr~

ma de Pós-Graduação em Engenharia Offshore.

A todos os colegas da PETROBRAS pelo apoio eco

laboração recebidos no decorrer das diversas etapas deste tra­

balho.

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i V

RESUMO

Na anã 1 i se de Insta 1 ação de Plataformas offshore

Fixas, e usual estudar a fase de lançamento de estruturas do tjpo j~

queta na parte final do projeto estrutural, cujo comportamento

dinâmico t.ridimensional e com características não lineares, nao

está definido nas normas existentes.

Desta maneira na prática usual utiliza-se

uma série de simplificações provenientes da experiência dos

projetistas e dos ensaios com modelos reduzidos.

Como existe pouca I iteratura -nesta matéria espec.I.__

fica, é muito mais difícil ainda determinar a validade das sim

plificações feitas nas análises dos projetistas.

Desta meneira o objetivo do presente trabalho é

apresentar uma teoria matemática baseada na 2~ lei de Newton

(Conservação do momentum) e apl icâ-la a um modelo simplificado,

tendo desta forma atestado a validade da teoria e obtendo um

modelo simplificado para analisar o lançamento na primeira eta

pado projeto.

Como a equaçao obtida é uma equaçao diferencial

de 1~ ordem, sua solução é determina_da pelo método das _çliferen

_ças finitas.

Finalmente sao comparados os resultados obtidos

por este método e os obtidos por outras teorias e p regramas

atualmente .utilizados, bem como com resultados experimentais de

um caso típico de uma estrutura de jaqueta•

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V

SUMMARY

ln the analysis of Fixed Offshore Platforms,

usually the study of the launching process is performed on the

final pass of the project.

this analysis.

The standards do not stabl i sh the conditions for

Thus the designer should· proceed is based on his

own experience and/or in model test results.

The bibl iography is reduced to very few papers,

and the simplifications introduced

necessarely justified.

i n some of them are not

The main ogjective of the present work is to

nd 1 . develop a mathematical theory based on 2 Newton s law, and to

implementa simplified model to test the theory and to provide

a design ·tool

of the project.

to study a jacket launching in the first stage

The equat ion is a fi rst arder differential equation,

and its solution is worked out by the finite differences.

Finally the results from the program developed,

other computer programs, and model tests typical are compared,

using data from a real case.

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V Í

ÍNDICE

- INTRODUÇIIO •••••••.••.••••••.•••••••••••••••••••••••

1 • l

1 • 2

- DETALHES PRELIMINARES

- OBJETIVOS DO TRABALHO 3

11 - ANALISE DO LANÇAMENTO DE JAQUETAS.................. 5

1 1. 1 - DESCRIÇÃO DO PROBLEMA . • • • • • . • • • • . • • • • • • • • • • 5

11. 2 - FASES DO LANÇAMENTO • • • • • • • • • • • • . • • • • • . • • • • • 7

li :2.1 - FASE 1 - POSIÇÃO DE LANÇAMENTO • .•• 7 11.2.2 - FASE 2 - DESLIZAMENTO DA JAQUETA ••.• 7

11.2.3 - FASE 3 - ROTAÇÃO DA ESTRUTURA ••••• 9

11.2.4 - FASE 4 - ROTAÇÃO DE DESLIZAMENTO..... 9

11 .2.5 - FASE 5 - ENTRADA NA AGUA • • • • • • •• . • 9

11. 3 - FORÇAS NO LANÇAMENTO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 12

11.3.1 - IDENTIFICAÇÃO DAS FORÇAS •••••••••. 12

11 .3.2 - ANALISE DESCRITIVA DAS FORÇAS......... 15

1 1. 4 - H I PÕTESES E PARJ!.METROS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 18

11.4.1 - INTRODUÇÃO •••.•••••••••.••••••••.. 18

11.4.2 - JAQUETA

1 1 • 4. 3 - BARCAÇA

1 8

1 8

11 .4.4 - ATRITO • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • •• 19

111 - FORMULAÇIIO MATEMATICA .•..••••••••.••••.•.•••••••••• 20

IV

111.1 - INTRODUÇÃO ..••••.•••••.•.•••••••••••••••••• 20

1 11. 2 - EQUAÇÕES PARA A JAQUETA . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 22

1 11. 3 - EQUAÇÕES PARA A BARCAÇA • . • • • • • . • • • • • • • • • • • • 26

111 .4 - ANALISE PR~VIA DAS EQUAÇÕES

- FORMULAÇÃO MATEMATICA BIDIMENSIONAL

28

30

30

30

32

32

1 V. 1

IV.2

1 V. 3

- 1 NTRODUÇÃO ••••••••••••••..•••••••••••••••••

- MOVIMENTO PLANO •••..••.•.•••••••••••..••.•.

- BARCAÇA FIXA ••••••.•••.•••.•••..••••••••..•

IV.3.1 - FASE 1 - POSIÇÃO DE LANÇAMENTO •••.

IV.3.2 - FASE 2 - DESLIZAMENTO DA JAQUETA •••• 32

IV.3.2.1 - EQUAÇÕES ••••••.•••.•••. 32

1 V. 3 • 2 • 2 - C O N D I Ç O E S DE CONTORNO • • • • 3 5

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V Í i

1 V. 3. 3 - FASE 3 - ROTAÇ/\0 NA VIGA EXTREMA .... 35

IV.3.3.1 - EQUAÇÕES . . . . . .......... 35

IV.3.3.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 37 1 V. 3. 4 - FASE 4 - ROTAÇ/\0 E DESLIZAMENTO ..... 38

IV.3.4.1 - EQUAÇÕES . . . . . . . . . . . .... 38

IV.3.4.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 39

1 V. 3. 5 - FASE 5 - ENTRADA NA IIGUA .......... 4 1

1 V. 3. 5. 1 - EQUAÇÕES ............... 41

IV.3.5.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 4 1

IV.4 - BARCAÇA MÕVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 4 1

1 V. 4. 1 - FASE 2 - DESLIZAMENTO DA JAQUETA ... 42

IV.4.1.1 - EQUAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . 42

IV.4.1.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 44

1 V. 4. 2 - FASE 3 - ROTAÇ/\0 NA VIGA EXTREMA ..... 45

IV.4.2.1 - EQUAÇÕES ............... 45

IV.4.2.2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 46

1 V. 4. 3 - FASE 4 - ROTAÇ/\0 E DESLIZAMENTO ...... 48

1 V. 4. 3. 1 - EQUAÇÕES ............... 48

1 V. 4. 3. 2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 48

1 V. 4. 4 - FASE 5 - ENTRADA NA IIGUA .......... 48

IV.4.4.1 - EQUAÇÕES ............... 48

1 V. 4. 4. 2 - CONDIÇÕES DE CONTORNO .... 49 IV.5 - FORMULAÇ/\0 MATRICIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49

1 V. 5. 1 - EQUAÇÕES MATRICIAIS . . . . . . . . . . . . ... 49

1 V. 5. 2 - SOLUÇ/\0 DAS EQUAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . 55

V - MODELO APLICADO A UMA JAQUETA SIMPLIFICADA ......... 57

V. 1 - MODELO MATEMIITICO .......................... 57 V.2 - EQUAÇÕES SIMPLIFICADAS DO MODELO ........... 58

V. 2. 1 - FASE 1 ............................ 58 V.2.2 - FASE 1 1 - ENTRADA NA IIGUA ......... 60

V.2.3 - FASE 1 1 1 - ROTAÇ/\0 ................ 60 V.2.4 - COORDENADAS ....................... 63 V.2.5 - /IREAS SECCIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

V.3 - PROGRAMAS DE COMPUTADOR .................... 65 V. 3. 1 - PROGRAMA PRINCIPAL ................ 65 V.3.2 - PROGRAMA DIFFIN ................... 66

V. 3. 3 - PROGRAMA POSJAC ................... 66

V.3.4 - PROGRAMA ENTRA G ................... 66

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v.3.5

v.3.6

Vi i i

- PROGRAMA MOMEN

- PROGRAMA TABLE

66 66

VI - COMPORTAMENTO NUMtRICO DO MODELO •••.•.••••••.•••••. 68

Vl.1 - EXEMPLO ILUSTRATIVO ••••••••••••••••.•••.••• 68

VI. 2 - ESTUDO NUM~RI CO • • • . • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • . • • • 69

VI. 3 - COMPARAÇIIO DE RESULTADOS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 86

V 1. 4 - COMPARAÇIIO COM RESULTADOS PRODUZI DOS POR OUTROS • • • 86

VI .5 - COMPARAÇIIO COM RESULTADOS EXPERIMENTAIS • • • • • • • • • 87

VI 1 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ••••••.•••••••••••••••••• 88

VI 1. 1 - RESUMO DOS RESULTADOS • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • 88

V 1 1. 2 - OR I ENTAÇIIO PARA PESQUISAS FUTURAS • • • • • • • • • • 90

BIBLIOGRAFIA • • • • • • • • • • • . • • • • • • •• • • • • •• • • • • • • • • • • • • • . • • • • • 91

ANEXOS • • • . • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 93

- IIREAS SECCIONAIS ................................... 93

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CAPITULO

- 1 NTRODUÇ.110

1 .1 - Detalhes Preliminares

O desenvolvimento da atividade offshore no Brasil

trouxe inúmeros desafios para a engenharia de projetos.

A medida que as estruturas de Plataformas Fixas

tipo Jaqueta foram aumentando de tamanho e de peso, as dificui

dades de instalação aumentaram, sendo necessãrias teorias em~

todos para representar os problemas físicos o mais real possí

ve l.

Um dos problemas mais complexos a serem anal is~

dos i o correspondente i instalação da Plataforma uma vez ter­

minada a fabricação em terra.

Os estudos da instalação de uma estrutura de Pla

taforma Fixa tipo Jaqueta compreende os seguintes temas:

- Carregamento da estrutura da jaqueta na balsa

- Transporte ati o lugar de instalação

- Lançamento da estrutura da jaqueta no local

- Flutuação

- Verticalização

- Estabi 1 idade

- Cravação das estacas

Todas estas fases sao importantes para o dimen­

sionamento da estrutura e para fixar os procedimentos de insta

lação.

Em geral as normas existentes mencionam a neces

sidade de serem efetuadas as anãlises relativas as fases aci

ma, mas não dizem como devem ser feitas nem as considerações

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2

teóricas que podem ser uti 1 izadas nem os procedimentos que de­

vem ser elaborados.

Da mesma maneira nao existe literatura relativa

a essas fases que possa ser aplicada a este tipo de estrutura

de jaqueta, a nao ser uma publicação de autoria de Cheng-Heng Lu

(ref. 1) muito sucinta.

Especificamente no caso da Petrobrás, esta fase

da instalação tem sido estudada e resolvida por companhias de

projeto estrangeiras, e os programas de computador utilizados

são de propriedade dessas firmas.

Atualmente a Petrobrás possui um programa muito

completo e versátil que permite estudar a fase de flutuação da

jaqueta em forma estática e similar a verticalização em forma

discreta considerando ou não o uso do guindaste. Este programa

foi desenvolvido integralmente no Brasil e reflete o estado de

arte de engenharia nesta área.

Em forma comercial existe no Brasil atualmente

um sistema chamado OSCAR que permite estudar ~s diferentes fa

ses da instalação de jaquetas em forma dinâmica em função do

tempo, considerando a influência das ondas e correntezas, amar

raçoes e embarcações se for o caso.

Das fases citadas acima, no presente trabalho é analisa-·

do o Lançamento de Jaquetas, por ser a fase em que sâo geradas gra!!_

des tensões localizadas em áreas reduzidas da estrutura, espe-

cificamente os nós e membros em contato com as vigas de

ção da balsa que possui uma area muito pequena.

rota-

Estas tensões são provocadas pelas forças de iné.!:

cia,forças hidrodinâmicas, forças de empuxo, e reação da balsa '

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3

sobre a ja~ueta nas vigas de rotaçao.

Neste ponto também sao importantes as condições

de equilíbrio e estabilidade para evitar os fenõmenos de rota­

çao e levantamento da jaqueta.

Para poder estudar corretamente os problemas ci

tados acima e indispensável conhecer a trajetória da jaqueta

durante a operação de lançámento, o qual pode ser feito atra

vês de modelo físico no laboratório ou de modelo numérico no

computador.

Para a Petrobrás ê importante ter um programa de

computador que permita uma análise rápida e preliminar de uma

jaqueta na fase de lançamento no primeiro estágio do projeto,

ainda que do lado conservativo da solução.

1 .2 - Objetivos do Trabalho

O trabalho a ser desenvolvido nos capítulos se­

guintes, tenta analisar e resolver preliminarmente este probl~

ma, mediante a utilização de um modelo matemático simplificado,

cuja formulação foi preparada especialmente. Para analisares

te problema, será desenvolvida uma análise dividida nos segui~

tes itens:

- Formulação do Problema

Será descrito o problema em forma genérica, dis

cutindo as diversas fases em que pode ser dividido,

principais parámetros que intervêm e a influência

dentro de cada passo. Também serão identificadas as

relevantes que atuam em cada fase.

com os

que tem

forças

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4

- ·Formulação Teôrica.

Será apresentada a teoria tridimensional que re

ge o fen5meno, com ~ma formulação das equaçoes básicas.

A seguir será apresentada a teoria bidimensional

do conjunto barcaça-jaqueta, com um planteamento das equações:

O desenvolvimento das equações será feito para a teoria bidi

mensional, considerando a barcaça fixa primeiro, e depois m-ª.

vel .indicando as condições de contorno em cada fase em que

foi dividido o fen5meno.

Finalmente serão solucionadas as equaçoes de equj_

l íbrio, usando métodos iterativos para integrar as equaçoes

de movimento.

- Programas de Computador

O modelo matemático analisado sera transformado

em um programa de computador que dará a solução do problema,

nas diferentes fases em que foi dividido.

- Exemplo Ilustrativo

Finalmente sera resolvido um exemplo de uma ja­

queta real, para representar graficamente as condições dura_!!

te flutuação e lançamento considerando diversas alternativas.

- Comparação do Modelo Matemático com Resultados Experimentais

em Modelo Reduzido

Será incluído um resultado de lançamento de ja­

queta, efetuado em ensaios em modelo reduzido, e comparados

os resultados obtidos, com aqueles correspondentes ao modelo

matemático.

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5

CAPITULO II

11 - ANIIL I SE D_O LANÇAMENTO DE JAQUETAS

11.1 - Descrição do Problema

O lançamento de Estruturas Offshore tipo jaque-

ta, ê efetuado normalmente de .uma barcaça de serviço, que

tambêm serve para o transporte da estrutura, e que ê especial­

mente equipada para este tipo de trabalho.

Uma vez que a jaqueta ê fabricada no canteiro,

ela e carregada por deslizamento, desde as vigas sobreàscjua·is

foi construída, e colocada sobre as vigas de lançamento da bar

caça, sobre a qual ê fixada na posição para transporte, por meio

de amarraçoes especiais, como indicado na Figura 11 .1.

Terminada esta fase, a barcaça leva a estrutura

atê o local da instalação, onde seri lançada e posici~nada no

local

A barcaça ê posicionada de maneira a minimizar

os esforços de onda, vento e correnteza sobre o conjunto na op~

ração de lançamento.

O lançamento pode ser iniciado basicamente de

duas (2) maneiras:

( i) dando um ângulo de inclinação inicial na barcaça,

(ii) e/ou usando um guincho para dar o movimento inicial

O resto dos mêtodos, são variantes dos apresen­

tados aqui, usando macaco em lugar de guincho, ou ainda uma ou

tra barcaça para puxar a jaqueta e iniciar o lançamento.

Iniciado o movimento, a jaqueta desliza atê che

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-POSIÇAO DE FABRICAÇAO POSIÇÃO DE TRANSPORTE

CANTEIRO DE FABRICAÇÃO

BALSA DE TRANSPORTE E LANÇAMENTO

FIG. II-1

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7

gar nas vigas extremas separadas das vigas de lançamento e que

possuem a capacidade de girar em torno de um pino, fazendo com

que a jaqueta gire e comece a entrar na agua.

Depois de entrar na agua, a jaqueta continua em

movimento atê alcançar a posição de equilíbrio estático flutuan

te e rebocada atê o local de verticalização.

F I na l mente a jaqueta ê l i g a d a por me i·o de um gu i ~

daste já posicionado para essa operação, e verticalizada para

ser instalada no sítio exato, para posteriormente s_e proceder a

cravação das estacas de fixação da plataforma no local.

li .2 - Fases do Lançamento

A seguir serão apresentadas as diferentes fases

durante o processo de lançamento já descrito.

11 .2.1 - Fase 1 - Posição de Lançamento

A posição de lançamento ê determinada de modo

que a força do guincho sobre a estrutura para vencer o atrito

estático, seja mínima; ajudando-se para esse efeito com um an-

gula inicial na barcaça por meio de uma variação nos

de lastro, tal como indicado na Figura 11.2.

11.2.2 - Fase 2 - Deslizamento da Jaqueta

Iniciado o movimento, a jaqueta desliza

tanques

sobre

as vigas de lançamento da Barcaça atê que o Centro de Gravida­

de da estrutura alcança o pino de rotação da viga extrema, de­

nominada Viga de Rotação. O ângulo de inclinação da Barcaça

começa a aumentar, Iniciando-se um movimento de retrocesso da

Barcaça, como Indicado na Figura 1·1.3.

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8

CG

--+-

FASE 1

FIG. II - 2

FASE 2

FIG. II - 3

ÂNGULO INICIAL <"TRIM")

F GUINCHO ~-« J

DIREÇÃO DO MOVIMENTO

__ ' 2~~-_______ __,

----- ---

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9

-Neste ponto a estrutura pode ou nao entrar na

agua, dependendo das condições do lançamento e as característi

cas da jaqueta.

1 1. 2. 3 - Fase 3 - Rotação da Estrutura

Uma vez que o C.G. passa sobre o pino de rota

çao (P) da viga extrema, o movimento da jaqueta que antes era

de deslizamento, passa a ser de rotação. Dependendo das carac-

terísticas da estrutura, do atrito e do ãngulo i n i eia l , esta

fase pode ser mista, ou seja, rotaçao e deslizamento como indi

cada na Figura 11 .4.

Nesta fase a jaqueta já terá entrado na agua,

modificando as características do movimento. A viga de rota

çao acompanha o movimento da jaqueta, e a Barcaça começa a vol

tar ao ângulo inicial, continuando o movimento de retrocesso.

11 .2.4 - Fase 4 - Rotação e Deslizamento

Depois que a jaqueta começa a rotaçao e entra

na agua, o movimento continua misto ou seja rotação e desliza­

mento sobre a viga extrema, chegando no limite a ser puro desli

zamento, até a estrutura entrar completamente na agua. A Barca

ça continua no movimento de retrocesso, cada vez mais pronun­

ciado como se vê na Figura li ,5,

11 .2,5 - Fase 5 - Entrada na Água

A jaqueta final mente des 1 i za na ponta da viga

extrema da Barcaça, e entra completamente na água, chegando até

o afundamento máximo, e continuando o movimento até a posição

de equi 1 Íbrio estático de flutuação.

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1,.o

• FASE 3

FIG. 11-4

MOVIMENTO DA BARCA A D

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-FASE 4

FIG. Il-5

MOVIMENTO DA BARCA A _-

---

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1 2

A Barcaça continua em movimento, até chegar a

sua prõpria posição de equilíbrio final como indicado na Figu­

ra 1 1 . 6.

Basicamente estas cinco fases, sao as fases pri~

cipais do lançamento, e que servem para identificar todas for­

ças e as condiç~es de contorno ou restriç~es do problema.

11.3 - For9as no Lan9amento

11.3.1 - Identificação das Forças

Como o lançamento estã dividido em várias fases

diferentes, serão identificadas duas fases intermediárias, e

colocadas as forças que atuam em geral. Estas forças poderão

ser nulas em alguma outra fase do lançamento, tal como indica­

do na Figura 11 .7.

WJ Peso da jaqueta, atuando no Centro de Gravidade da j~

queta (C.GJ);

Peso da Barcaça, incluído lastreamento para lançamento,

atuando no Centro de Gravidade da Barcaça (C.GB);

BB Empuxo da Barcaça, atuando no Centro de Empuxo (C.BB);

FW = Força no guincho, necessãria para vencer. o atrito está-

tico;

R = Força resistente devido ao peso da jaqueta e ao atrito

entre jaqueta e Barcaça na area de contato;

Fp = Reação no pino da viga extrema da Barcaça;

BJ Empuxo da jaqueta, ou parte dela, atuando no Centro de

Empuxo da parte submersa;

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EQUILÍBRIO

G

---

~-- --------­MAXIMO AFUNDAMENTO

• FASE 5

FIG. II - 6

-w

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' FASE INTERMEDIARIA

---- --

WJ - PESO DA JAQUETA

Wb - DESLOCAMENTO DA BARCAÇA

Bb - EMPUXO DA BARCAÇA

Fw - FORÇA NO GUINCHO

R - FORÇA DO. ATRITO RESISTENTE

--- - - Fp

FIG. II- 7

FASE INICIAL

Cj Gj

wb lwl R

CG

CbBb

Bb

REAÇÃO NO PINO DA VIGA

Bj - EMPUXO DA JAQUETA

Fj - FORÇA RESISTENTE DA ÁGUA SOBRE A JAQUETA

Fb - FORÇA RESISTENTE DA ÁGUA NA BARCAÇA "

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1 5

= Força resistente da água sobre a jaqueta, atuando nos

diferentes elementos submersos da estrutura;

= Força resistente da água na Barcaça.

11 .3.2 - Análise Descritiva das Forças

WJ = Peso da Jaqueta:

usados.

Depende da geometria da estrutura e dos materiais

tum valor fixo, e sua distribuição na geom~

tria, determinará a posição do Centro de Gravidade da

jaqueta.

WB = Peso da Barcaça:

Depende da geometria da Barcaça, dos equipamen­

tos, do lastro que está sendo usado, e dos materiais que

compoem a estrutura. Esta distribuição de pesos e geo-

metria determina a posição do Centro de Gravidade da Bar

caça.

FW = Força no Guincho:

Esta força e uma função direta do peso da estr~

tu ra (WJ), do atrito estático ( f ) e n t r e as áreas de s

con

tato entre jaqueta e Barcaça, e o lubrificante ou graxa

que está sendo usado entre as duas superfícies de desli

zamento •. Uma vez iniciado o movimento, esta força dei­

xa de atuar.

R = Força de Atrito:

Esta força deve ser dividida em duas partes, d~

vide as características do fenômeno físico. Uma força

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1 6

R5

, provenieffte âo-·àEritÓ está_}ico, e outra f·Ôrça Rd,

proveniente do atrito dinâmico-·uma vez- i-niciado--o movi

menta. Estas duas forças servem para dimensionar a_ca

pacidade do guincho de lançamento.

B8

= Empuxo da Barcaça:

Esta força é causada pela condi ç_ã_o de flutuação

da barcaça, e é função do peso total de barcaça, _da d_i~

tribuição dos tanques de lastro e da configuração geo­

métrica da barcaça.

Seu valor é variável no tempo, já que depende da

posição relativa da barcaça com respeito à linha da água,

e da posição da jaqueta sobre a balsa.

BJ = Empuxo da Jaqueta:

O empuxo da jaqueta, e uma força que depende das

características geométricas da estrutura, dos materiais

e da distribuição dos pesos e volumes das diferentes com

ponentes.

Esta força varia à medida que a estrutura entra

na agua, nas diferentes fases de lançamento, e atua no

Centro de Empuxo da parte submersa.

FP = Reação do Pino:

A reaçao no pino da viga extrema da barcaça, e

originada pelo pe·so próprio da jaqueta w J • a força de empu-

xo sobre a jaqueta B J ' a força de atrito Rd entre j~

queta e Viga_ de rotação, e a força resistente da agua

sobre a parte submersa da jaqueta FJ.

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17

Esta força varia no tempo, dependendo das fases

de lançamento.

F J = Força Resistente da Água sobre a Parte Submersa da Jaqueta:

Esta força é derivada da resistência que a agua

exerce sobre os membros da jaqueta que estão entrando na

água, à medida que a estrutura vai submergindo.

Em geral depende do tipo do elemento, do arras­

to, da inércia das massas, da viscosidade da água e da

velocidade e geometria da estrutura.

Normalmente se considera como uma força do tipo

"Força de Morison", tal como é usado na teoria de ondas

para calcular forças de onda sobre elementos,

rando a influência da massa adicionada.

conside-

Esta força é variável no tempo, devido as diver

sàs fases de lançamento.

F 8 = Força Resistente da Água sobre a Baraaça:

A força resistente da água sobre a barcaça, e

uma força hidrodinâmica devida ao movimento de retroces

soque suporta a balsa, quando a estrutura está em movi

menta.

Esta força depende da geometria da barcaça, do

arrasto, da inércia das massas e da viscosidade da água,

e é variável no tempo devido às diferentes fases de lan

çamento.

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1 8

1 1. 4 - Hipóteses e Parâmetros·

1 1. 4. 1 - Introdução

Será feita uma análise par-a os dois corpos que

tomam parte deste fenômeno físico, considerando como hipótese

principal que a água como elemento participante, tem caracte­

rísticas físicas definidas e não tem ondas nem correnteza.

Também não será considerado o efeito do vento

sobre os dois corpos, pelo menos com influência direta nas equ~

çoes.

Adicionalmente os dois corpos, serao considera­

dos corpos rígidos, para analisar as equações de movimento.

11.4.2 - Jaqueta

Será identificada por um sistema de coordenadas

próprio, similar ao usado na Análise Estrutural mediante comp~

tador.

11 .4.3 - Baraaça

A barcaça será considerada como corpo rígido, e

identificada pelas dimensões mais representativas, tais como,

comprimento total, comprimento na base, altura total, largura,

Centro de Gravidade, peso, ~ementes de inércia, altura da viga

de lançamento, coeficientes de arrasto e de inércia.

Para os coeficientes de arrasto e de inércia p~

derão ser usados valores empíricos de· b-arcaças típicas, ou cal . . ·'

culados com fórmulas aproximadas.

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19

1 1 . 4. 4 - Atrito

Os coeficientes de atrito estático f e dinâ s

mico f 0 , serao considerados nas equaçeos, e seus valores se-

rão determinados posteriormente, já que dependem das áreas em

contato. Normalmente são usadas áreas típicas de contato tais

como: aço-aço; aço-teflon; madera-madeira, e/ou colocando lu

brificante entre ambas superfícies.

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20

CAPITULO III

111 - FORMULAÇÃO MATEMATICA

111 .1 - Introdução

Será desenvolvida nesta parte a formulação mate

mática tridimensional, considerando os dois corpos, como sól i­

dos completamente rígidos, ligados por condições de compatibi-

1 idade durante o movimento.

Cada corpo será analisado independentemen.te, usan­

do o princípio de Newton para corpos em movimento (2~ lei) e de

pois serao impostas as condições de contorno e de compatibili­

dade.

Para equacionar o problema e ter referência úni

ca, são usados três sistemas de eixos:

Sistema absoluto fixo ao nível da agua, com o eixo X p~

i i

ralelo à direção de movimento e o eixo Z

tiva fora da água:

X, Y, Z.

Sistema local no C.G. da jaqueta: ' j ' k.

iii) Sistema local no C.G. da Barcaça: x, y, z,

como indicado na Figura 111 .1.

vertical posi-

Cada corpo tem movimento de translação e rotação,

e este movtmento pode ser representado com respeito aos eixos

locais ou absolutos e .. para tal serao usados os 11 1\ngulos de

Euler", segundo i, j, k, ou x, y, z.

Seja

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z

y N

~~~b=r--\~~~~~~ Fj Wj Fpj

0

CG )(-b

Bb

wb

FIG. III - 1

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22

u o vetor de deslocamento do corpo, e

w o vetor de velocidade angular, que pode ser representado

em função dos 111\ngulos de Euler".

Segundo a zê Lei de Newton:

,: F mü d (CE~) variação de momentum 1 i n ea 1 (111.1) = = dt

. d (!!:')

- (111.2) EM = Iw = variaçao de momentum angular dt

m = matriz de massas associadas ao movimento

F = vetor de forças atuantes sobre o corpo

I = matriz de momento de inércia das massas

M = vetor de momentos das forças aplicadas

111.2 - Equações para a Jaqueta

a Aplicando a 2- Ley de Newton a jaqueta como cor

po isolado, temos:

~J~J = ~J + ~J + ~J + ~pJ + R ( 1 1 1 • 3 )

.. I. w. = Mf. + Mb. + M • + Mf • + d x F • + M_ R - J- J - J - J -WJ - PJ - PJ

( 1 1 1 . 4)

Analisando os termos da equaçao ( 111.3), temos:

n ~J = matriz de massas da Jaqueta = n = n? de bar-

rase pesos distribuídos.

d = distãncia entre C.GJ e P (pino da gang~rra)

= peso da jaqueta= ~J . g

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~PJ =

23

reaçao do pino da viga sobre a jaqueta

n = empuxo das barras submersas= n = n? de barras

submersas.

~J = força de arrasto e de inércia nas barras submersas.

n

~J = f. = _, força da agua sobre a barra

sabemos que F. = F + F -J -d -m

com

e

n ~d = f =

i=l-d

F = -m

n

i = 1

f = -m

n cd . .!?E.~./~./

i = 1 1 2g - 1 1

n e _e_

mi 2g ':'. i i= 1

( 1 1 1 . 5)

(111.6) arrasto

( 1 1 1 . 7) inércia

mas como o movimento de cada barra é uma rotação relativa a seu

próprio sistema no C.G. da jaqueta, podemos colocar que:

v. = velocidade relativa de cada barra aos eixos globais -,

S. Global S. Local

v.=Ü,+w.r. - _I - 1 - 1 1

( 1 1 1 . 8) relativo ao sistema absoluto.

O Índice

rígido

identifica a barra.

Substituindo (111.8) em (111.7) e por ser corpo

u. = u. - 1 - J

F -m n [ e· .

i= 1 mi ...e.. u. + e . ...e.. 2g -J m1 2g r. ~-)

1 - 1

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ou

com m • -a,

F = -m

24

n (m .ü. + L.w.)

i=l -a,-J _,_, (111.9)

= matriz de massas adicionadas de cada barra

L. matriz de massas adicionadas que relaciona movi -, mento angular e linear de cada barra

substituindo (111 .9) em (111.3)

m.u. = _Fd - E L.w. - Em .ü. + B. + W, + F . -J-J -,-, -a,-J -J -J -pJ

o índice 1., identifica a Jaqueta.

R =forçado atrito entre jaqueta e barcaça.

( 1 1 1 • 1 O)

C . ~ 1 + C tal como definído na eq.de Marison. m, m

C = coeficiente de massa hidrodinâmica m

Cd coeficiente de arrasto.

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25

Para a equaçao (111.4) temos:

!J matriz dos momentos de inêrcia das massas da jaqueta=

~bJ

M -wJ

M -fpJ

~f J

=

=

=

=

n = E

l

2 m. r. -1-1

vetor de momentos das forças de empuxo

vetor de momentos da força peso

vetor de momentos no pino da viga extrema

vetor de momentos das forças de arrasto, de inêi-·cia e da força do

atrito

Mf. - J

Segundo ( 111. 9) ·temos:-

n

= ~fd + i = 1

(I ,{,, + L.ü.) -a1-1 - 1-1

(111.11)

~fd = vetor de momentos das forças de arrasto

I . = momento de inêrcia das massas adicionadas da barra -a1

então substituindo (111 .11) em (111.4):

. I.w. = -J-J ~fd -

n

i =l I .w. --a1-1

n L.Ü. + Mb. + M . + Mf . + d x F . - 1 - J - J -WJ - PJ -pJ i =1

( 1 1 1 • 12)

As equaçoes ( 111 .1 O) e ( 111 .12) representam o mo

vimento da jaqueta referido ao sistema fixo,

influências de todas as cargas e parâmetros.

considerando as

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26

111 .3 - Equações para a Barcaça

Para a Barcaça podemos usar o desenvo"lviâô no 'ca-

so das equaçoes da jaqueta, temos assim da equação (111.3) e

( 1 1 1 • 4) :

':' B~ 8 = ~ B + ~ B + ~ 8 + ~ p B + R (111.13)

. !s~B ~fB + ~88 + ~wB + d x ~pB (111.14)

onde cada termo tem o mesmo significado que anteriormente, so

que ap 1 i cada na barcaça.

Aplicando o já desenvolvido para a jaqueta, te­

mos que a equação ( 111 .1 O) e ( li 1. 12) podem ser transformadas a:

= _Fd - L L.W. - L - 1 - 1

barcaça e um corpo sólido.

m • ü. -a1-1 + ~8 + ~B + ~pB + R

já que a

<':'s + ':'as) ~B + ~B~B =~d+ ~B + ~B + ~pB +~ (lll.lS)

Analogamente:

( 1 1 1 • 16)

O Jndice 8 indica barcaça.

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27

As equaçoes (111.10), (111.12), (111.15) e (111.16) em

conjunto, refletem o movimento da jaqueta e barcaça, referidos

aos mesmos eixos fixos.

. '

As incôgnitas neste. caso sao ~J' ~B' ~J' ~B' ~pJ' ~pB'

~fpJ' ~fpB' todos vetores de x 3, o que dá 24 incógnitas, e

12 equações, mas temos que por condição de compatibilidade:

F ; - ' l -pJ -pB

M ; - ~fpB ·, -fpJ

)

entao reduz imos as incógnitas a 18 ao tod_o ._.

Para solucionar então estas equações precisamos

de duas equações matriciais a mais, que vem das condições de

contorno e compat i bi 1 idade de cada fase do lançamento.

Adicionalmente devem incluir-se as matrizes de

rotaçao para transformar as direções dos movimentos relativos

entre sistemas coordenados, e que serão desenvolvidas para ca­

da caso particular nos capítulos seguintes.

Em resumo, as equaçoes dos dois corpos em movi­

mento estão representadas da seguinte maneira:

n n

~J~J + m -~ + L.~. ;

~dJ + ~J+~J+ ~pJ+ ~ ( 1 1 1 . 1 O) i ;1 -a1 i ;1 -1-1

JAQUETA n n

• ~!~J + s~+ I ·.w. ; ~dJ + ~a:r + ~wJ + ~FpJ + ~J X ~pJ i ;1 i ;1 -a1-1

(1 1 1 . 12)

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~d B + ~B + ~B + ~pB + R ( 1 1 1 • 15)

BARCAÇA

<!s + !as) ~B + ~B ~B = ~Fd + ~BB + ~wB + (- ~FpJ) + (- ~B X ~pJ)

(111.16)

1 1 1 • 4 - Anátise Prévia das Equações

Como já- foi dito, estas equaçoes representam o

movimento de dois corpos, que estão 1 igados por um ponto no pJ_

no da viga extrema de rotação, com 18 inc6gnitas e 12 equações

para resolver em componentes.

Para poder efetivar a sua aplicação falta ainda

desenvolver as condições de contorno e de compatibi 1 idadP. en-

tre os dois corpos, mas independentemente, pode ser analisada

cada equação.

Estas equaçoes de movimento, sao -equêçoes. de equJ_

1 Íbrio de forças e momentos, variáveis no tempo, e com ·ter~os

nao I ineares, tais como as forças de arrasto Fd ou com varia

çao tanto contínua quanto discreta como uma dificuldade na so~

lução simples destas equações e deverá recorrer-se a simplifi­

cações ou/e ainda usar métodos iterativos os quais eventualmen

te podem apresentar problemas de convergência.

Outro problema e a presença da matriz L que ac:?_

pla as acelerações lineares com as acelerações angulares, e cu

jos valores podem ser de difícil cálculo ou ainda

çao duvidosa.

interpreta-

O mais importante ê a influência das massas adi

cionadas nos movimentos angulares da jaqueta e barcaça, e que

aumentam a importância à medida que a estrutura entra na agua

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ou a barcaça varia de posição. Estes movimentos angulares têm

influência na própria aceleração angular, que modifica o movi­

mento resultante da jaqueta, e pelo tanto sua trajetória e afun

damente na agua.

Baseados nestas considerações, entraremos no pr~

ximo capítulo a desenvolver as equações do movimento bidimen­

sional.

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CAPITULO IV

IV - FORMULAÇAO MATEMATICA BIDIMENSIONAL

IV.1 - Introdução

Baseado na teoria desenvolvida no capítulo ant~

rior introduziremos algumas-simplificações na sua anál-ise-, considera.!2_

do sempre dois corpos rígidos, mas adicionando mais duas hipóteses que

modela com bastante fidelidade o nosso problema aqui a.bordado.

- O movimento é plano

- A barcaça e fixa

Primeiro sera analisado o movimento so com a hi

pótese de "movimento plano", e finalmente será incluída a segun­

da hipótese de "barcaça fixa" para estudar a influência nos re-

sultados.

1 V. 2 - Movimento Plano

Normalmente devido as características de sime-

trla das jaquetas e/ou distribuiçio de massas, verifica-seco­

mo demonstrado por ensaios em modelos reduzidos, que a maior in

fluência na trajetória e no movimento é refletida no plano do

movi"mento

veis.

(X, Z), e que as outras componentes sao desprezi_

Levando estas considerações a nossas equaçoes

(111.10), (111.12), (111.15), (111.16), temos que

u F X X

u = o F = o -p

u F z z

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o

w = w. J

o

3 1

M = -p

o

M y

o

Assim as 12 incôgnitas sao reduzidas para 6, com 6

equaçoes que seriam, 3 para a jaqueta e 3 para a barcaça:

u ü o F X X X

~ o + Em ai o + l:L. w = ~dJ + ~ + ~J + o + R (IV. 1) _, y

u u o F z J z z

o ü o o F X X

!J w + l:L. o + l:I w = ~FdJ + ~BJ + ~WJ + M + d X o ( IV .2) y _, -ai y y

o u o o F ·J

z X p p

Se assumimos intervalos de tempo 6t muito pe-

quenos, tais que o movimento é I inear, então podemos assumir

que o acoplamento entre a aceleração angular e a I inear é nu-

lo, e .entio a matriz L é i d e n t i c ame n te n u I a , o , que. for n e e e

3 equações com 5 incôgnitas, já que o momento no pirio

de rotação da viga extrema da barcaça, é identicamente nulo, se

aceitamos que existe uma rôtula perfeita sem atrito.

As mesmas considerações podem ser efetivadas p~

ra à barcaça, chegando as mesmas conclusões anteriores,

equaçoes com 5 incôgnitas.

de 3

Neste ponto estamos precisando_ de condi-

çoes adicionais para resolver a indeterminação, estas condições

são tiradas das condições de contorno e compatibilidade, entre

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jaqueta e barcaça, durante cada fase.

Para determinar estas condições em cada caso, fa­

remos a análise, primeiro com a barcaça fixa.

IV,3 - Baraaça Fixa

Como a barcaça está fixa, temos soas 6 equações da ja­

queta para o movimento de deslizamento sobre as vigas de lançamento.

Usando como sistema de referência fixo, um sis­

tema colocado na barcaça tal que o eixo Z passe pelo eixo de

rotaçao da viga extrema, podemos analisar então cada fase com

as suas condições de contorno (ver Figura IV.1).

IV.3.1 - Fase 1 - Posição de Lançamento

Esta fase nao será considerada nesta análise,

nem nas posteriores referências, por não ter influência no mo­

vimento, a menos do ângulo inicial para lançamento.

IV.3.2 - Fase 2 - Deslizamento da Jaqueta

rv.3.2.l - Equações

Devem ser distinguidos dois casos:

A jaqueta des 1 i za até que o C. G. chega na posição do pino P.

Início da rotaçao (Fase 3).

Neste caso por condição de movimento plano temos:

e. o w. = o u. F o l l l

e. F o ~- w. F o e u. = o ,· >· u. = u. = o J J J J J

ek = o wk = o uk F o

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z

FIG. IV-1

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com F = O -p

M = O , mas 8 . = O -p J

w. J

O , já que so te-

mos deslizamento, temos então 2 equações e 2 incógnitas, e a

equaçao IV.1 passa a ser:

mJ u + l:m ai u xi = w + F X X wx

mJ u + l:m a i ü z i = w + F z z wz

com

w = w cos a F = F - f w cos a rt = o f = f X wx w s

w = - w sen a F = o [t = t f = fd z wz

f atrito f s

estático f d= dinâmico

Para usar a referência absoluta dos eixos fixos,

devemos ter uma matriz de rotação r entre os dois sistemas.

r = [

cosa - sen ª] sena cosa

'!lJ u = ~J + F -w

eixos locais

:' G r :' .Q,

'!lJ :' G = r (~J + ~wl ( 1 V. 3)

equaçao de movimento em eixos globais, que pode ser resolvida

iterativamente até determinar quando o C.G. da jaqueta passa

por P .

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IV.3.2.2 - Condições de Contorno

No instante inicial, em t = O, a força no gui~

cho deve vencer o atrito estático, levando em consideração o

ângulo de inclinação inicial da barcaça, temos assim:

F > f W w s em t = - iJ e válida a igualdade;

quando t > o

Adicionalmente u = o u = o

Neste ponto pode ser decidido se a força do gui~

cho continua a atuar e até que limite de tempo ou movimento.

Adicionalmente e conhecida a distância inicial

entre o C.G. da jaqueta e o ponto p esta e usada para comp~

rar com o deslocamento u devido ao impulso da força

determinar quando o C.G. passa sobre o ponto P

F -w

e

Esta condição corresponde para o C.G. de jaque­

ta em coordenadas globais a:

Para as velocidades e deslocamentos neste instante, te-

mos que u e u ~

serao usados como condições iniciais da próxima fase, des

prezando as reações no pi no P da viga de rotaçao, que já começou a apare­

cer.

IV.3.3 - Fase 3 - Rotação na Viga Extrema (Gangorra)

IV.3.3.1 - Equações

São válidas as mesmas hipõtese que para a Fase

2, soque e agregado o ângulo e . J

que agora é diferente de ze

ro, além das reações no pino de rotação da viga extrema.

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36

Em resumo teremos

e . ,1 o J

e F # O -p

Neste ponto deve ser considerado o fato que a

jaqueta, pode começar a entrar na água, devendo ser considera­

das as forças ~d e ~J, o que será controlado com as condi­

ções de contorno.

As equaçoes (IV.1) e (IV.2) passam a ser:

f'.\J ~J + l:m u. = ~dJ + ~J + ~J + F + R -ai --1 -pJ

(IV.4)

!J w "+ l:I w. = ~FdJ + ~BJ + M' + d X F -J -ai -1 -WJ ~pJ ( 1 V. 5)

As incógnitas sao . w • y

cinco

em total para 3 equaçoes, mas sabendo que num movimento circu­

lar a aceleração 1 inear está relacionada com a aceleração ang~

1 ar.

Neste caso o C.G. J

roda em torno do pino da vi

ga de rotaçao, e a aceleração é:

(IV.6)

com vetor entre o C.G. J

e origem de coordenadas

Pp vetor entre o ponto P e origem de coordenadas,

chegamos, assim, a mais duas equaçoes para resolver nosso pro-

blema, já que w = e para movimento plano.

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37

Então as equaçoes (IV.4), (IV.S), (IV.6) sao as

equaçoes que representam o movimento de rotação de jaqueta,

quando esta passa sobre a viga extrema na fase de rotação.

Para representar em eixos globais este movimen­

to, devemos multiplicar as equações pela matriz de rotação r,

que a. rigor varia no tempo junto com 8, mas considerando que

a solução destas equações será feita por meio de métodos itera

ti vos, é suficiente usar um período do tempo curto para não afe

ta r a ma t ri z r • e, usar o valor de 8 , em cada caso segun-

do a nova posição de rotação no tempo que está sendo analisado.

IV.3.3.2 - Condições de Contorno

Nesta fase são consideradas as seguintes condi­

çoes de contorno:

No início da fase de rotaçao, sao usados como valores iniciais

os valores de tempo, velocidade, aceleração e forças

da fase anterior.

finais

- Todas as matrizes devem ser recalculadas no tempo para cada

passo, devido à rotação da jaqueta.

Detetar a possível entrada na agua, para caléulàrr Fd e Bj,

e as massas adicionadas da jaqueta.

- Verificar estabilidade para nao provocar "lifting" ou "tipping",

se a estrutura entra na água.

Verificar quando a jaqueta além de girar, começa a deslizar,

que corresponderia ao início da fase seguinte.

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38

IV.3.4 - Fase 4 - Rotaçao e DesZizamento

IV.3.4.l - Equações

Basicamente sao as mesmas equaçoes da fase ante

rior, já que a condição nova de deslizamento, é uma condição de

contorno, que sera -transformada, em equaçoes neste ponto.

A reação no pino é função da força normal

do atrito dinâmico fd

N, e

As duas incógnitas

N , j ã que:

F e F pz sao reduzidas px

a uma incógnita

F = N sen 8 - fd N cos 8 px

F N cos 8 + fd N sen 8 pz

sen e cos e

F = [N -p o o o ( 1 V. 7)

- cos e sen e

Temos então 3 equaçoes, e 4 incógnitas

N .

Adicionalmente existe entao, o movimento de des

lizamento da jaqueta sobre a viga extrema, e que nos dâ duas

equações a mais, e uma incógnita adicional, que nos deixa com

5 incógnitas e 5 equaçoes.

Esta equação e da forma da equaçao (IV.6):

( 1 V. 8)

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39

em que v e a aceleração linear da jaqueta segundo a viga ex­

trema relativa à direção de movimento.

IV.3.4.2 - Condições de Contorno

São as mesmas condições do ponto IV.3,3,2, so

que o movimento passa para a fase seguinte, quando a jaqueta

deixa a viga de rotação, e entra na água até alcançar a posi­

ção de equilíbrio estático.

Na posição da Figura (IV.2a) temos entao:

a) Rotação em to.rno de p

b) Relação entre u e w

u = w X e + w X (w X p) com p = eG - ep

No caso da Figura (IV.2b) e (IV.2c) temos analo

gamente:

a) Rotação segundo P, e. translação seguindo a superfície de

contato.

b) Relação entre u, w, V:

u W X e+ W X (w X e) + 2w x V com p = p - p - -G -p -

V= velocidade de deslizamento da jaqueta relativa aos

eixos fixos, na direção da viga de rotação.

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40

z

FIG. IV-2

(a)

X

( b)

X

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4 1

IV.3.5 - Fase 5 - Entrada na Água

IV,3,5,1 - Equações

São as mesmas equaçoes da fase anterior, soque

mudam as condições de contorno.

IV.3,5,2 - Condições de Contorno

Para este caso, a estrutura deixa a barcaça, en

tao temos:

Reação no pino da viga F = o -p

Momento no pino da viga M = o -p

- Atrito nulo f = fd = o 5

- Verificar se o afundamento da estrutura e admissível, ou se­

ja, a estrutura não bate no fundo.

Posição final da estrutura, ou seja atê que ü = u = O e/ou

w = w = O considerando os 3 graus de 1 iberdade da estrutura.

Foi apresentada nesta parte a anãl i se, correspo~

dente a corpo rígido no movimento plano e bidimensional, consi

derando a barcaça fixa.

Entraremos, agora, ao caso mais completo, consi

derando a barcaça môvel, e ligando os dois corpos por condições

de contorno entre as vigas de lançamento.

IV.4 - Barcaça MÓveZ

O que já foi desenvolvido no caso de movimento

plano da jaqueta com a barcaça môvel, será de utilidade nesta

análise.

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42

IV.4.1 - Fase 2 - Deslizamento da Jaqueta

IV.4.1.1 - Equações

Neste caso as equaçoes correspondem as equaçoes

completas de dois corpos em movimento segundo referido na Fig~

ra IV,3, 1 igados apenas nas vigas de deslizamento, sendo vál i­

das então as equações (111.10) a (111.16):

[ íl!J + í:m . ) ~J = ~dJ + ~J + ~J + F + R -a, -p ( 1 V. 9)

[ !J + í:I . ) r:!J = ~FdJ + ~BJ + ~wJ + M + ~J X F -a, -p -p (IV.10)

[ íl; B + ~aB) ~B = ~dB + ~B + ~B - F -p

(IV.11)

[ ! B + !a B) r:!s = ~dB + ~BB + M - M - ~B X F -wB -p -p (IV.12)

Como o movimento· e plano, entao, temos -ão':porÍ tó~·1 V: 2: ...... ___ ......,_,.:

JAQUETA: e . = o w. = o u. 1' o 1 1 1

e: 1' o = w. 1' o e u . = o = u . = u . = o J j j J J

ek = o wk = o uk 1' o

BARCAÇA: 6 o w o u 1' o X X X

e 1' o = w 1' o e u o = u u = o y y y y y

6 o w = o u 1' o z z z

As incógnitas destas equaçoes sao:

u. o u o 1 X

~J = o r:!J = W, ~B o 1::ls = w j y

uk o u o z

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-

Fw ~-

~

;

.::-.::-_...,.,~ _,

-·- --.

UI.

~ k

CG· J 1

z .

CGb

, i

V 'w - ,;J

X

wb ~

G IV-3 FI ·

,1

z

'

~MENro

~

"" -jsp - X

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44

F o X

F = o M = M -p -p y

F o z

Te mos um to ta l d e 9 i n c ô g n i tas , p a r a resolver com

6 equaçoes, precisamos então de mais 3 equações, que devem sair

das condições de contorno.

Como temos dois corpos em movimento, a relação

entre as acelerações dos dois corpos pode ser encontrada consi

derando o movimento relativo entre ambos:

~B + ~p + w2 p + Zw V (IV.13)

p = distância entre CGJ e CG8

V = velocidade relativa entre jaqueta e barcaça segundo a vi

ga de deslizamento.

Introduzimos mais 3 equaçoes, mas também, intro

duzimos V com duas incôgnitas, ou seja, sao 9 equaçoes e 11

incógnitas.

IV.4.1.2 - Condições de Contorno

Como o movimento entre jaqueta e barcaça nao e

independente, e estão ligadas através das vigas de lançamento

com um movimento conjunto, então as rotações são iguais até o

momento em que a viga extrema começa a girar.

8.=8 ~ w.=w J z J z

(IV.14)

Na fase de deslizamento a jaqueta e barcaça re-

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]acionam atrito e força normal entre as vigas de deslizamento:

N = vetor resultante das forças normais aplicadas

f = vetor de coeficientes de atrito estático e dinâmico

~A = vetor de força de atrito estático e dinâmico

F = f N -s s -

~d= fd N

-

(IV.15)

Estas equaçoes complementam as necessidades pa-

ra resolver 11 equações com 11 incógnitas.

Adicionalmente deve ser determinado quando a j~

queta alcança a viga de rotaçao, e quando o CGJ passa por so

bre o pino de rotação da viga extrema.

Também deve ser verificado se a jaqueta começa

a entrar na agua para considerar as forças

sas adicionadas.

~dJ' ~J' e as mas-

IV.4.2 - Fase 3 - Rotação na Viga Extrema (Gangorra)

IV.4.2.1 - Equações

Neste caso as equaçoes (IV.9) a (IV.12), conti­

nuam válidas, assim como as condições de movimento plano, e o

número de incógnitas equações originais. Ver Figura (IV.4).

As únicas coisas que mudam são as condições de

contorno e a relação entre as acelerações, já que agora odes-

l izamento, e uma rotação, e o movimento relativo já não pode

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z

X

----

FIG. IV-4

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47

ser representado pela equaçao (IV.13), se nao por meio da se

guinte relação:

~J = ~B + '::!J e, + w2 e, + ~B e2 + w2 P2 (IV.16)

-J B

com p 1 = vetor entre CGJ e p

P2 = vetor entre p e CG 8 ' sao então 8 equaçoes e

9 incógnitas.

IV.4.2.2 - Condições de Contorno

Neste caso, as rotações sao diferentes, mas p~

de ser considerado que o pi no não tem atrito dú.rante a rotação, e:

M = O -p

temos assim 8 equaçoes e 8 incógnitas para a solução do probl~

ma, e a condição matemática está completa.

Deve ser verificado o instante de entrada da j~

queta na agua, para considerar as forças hidrodinâmicas, ou se

ja, quando a estrutura corta a linha da água.

Adicionalmente deve-se controlar os ângulos de

rotação para prevenir a batida da estrutura no convés da barca

ça ("lifting")

Finalmente temos a condição de rotação e desl i­

zamento sobre a viga de rotação, que deve ser detectada para e.!:'.

trar na fase seguinte, e modificar as equações de movimento: A

condição limite é:

~A< f N na direção da viga de rotação.

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IV.4.3 - Fase 4 - Rotação e Deslizamento

IV.4.3.1 - Equações

Este caso é similar ao anterior, as equaçoes (IV.9)

a (IV.12) continuam vâlidas, assim como as condições de movime~

to plano, e o número de incógnitas e equações originais.

Analogamente, so mudam as condições de contorno

e as características do movimento, já que além das acelerações

angulares diferentes, temos o deslizamento da jaqueta sobre a

viga extrema, e a equação (IV.16) se transforma em:

IV.4.3.2 - Condições de Contorno

Analogamente, podemos considerar que

(IV.17)

M = O ou -p

que a influência da velocidade V não produz reações de momen

to importantes no pino da viga extrema.

Outra condição importante e saber exatamente o

instante que a jaqueta deixa a viga extrema e entra completa­

mente na água até chegar à máxima profundidade e alcançar o

equilíbrio estático de flutuação. Esta condição é determinada

pela trajetória de alguns pontos característicos da jaqueta.

IV.4.4 - Fase 5 - Entrada na Água

IV.4.4.1 - Equações

As equaçoes continuam válidas, so mudam as con­

dições de contorno.

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IV.4.4.2 - Condições de Contorno

São as mesmas condições do ponto IV.3.5.2, soque

adicionando o movimento da barcaça até a posição ·de equilíbrio

flutuante com:

~B = '!! B = o e/ou

'!s = '! B o

IV.5 - Formulação Matricial

Nós pa rág rafas anteriores foi desenvolvida uma for

mulação Bidimensional para movimentos de dois corpos

no plano, para cada fase do movimento, assinalando as

rígidos,

condi-

ções de contorno de cada uma, e determinando o numero de incó~

nitas e equações necessárias a cada passo.

Usando a teoria de matrizes, vamos desenvolver

uma equação geral e as condições de contorno de cada fase.

1 V. 5. 1 - Equações Matrioiais

Considerando as equaçoes (IV.9) a (IV.12),e usan

do vetores e matrizes, substituindo os valores conhecidos das

expressoes para cada força, temos:

m. o I.. o 1 1 1

~J = m. !J = I ..

J J J

o mk o 1 kk

j ' k sao os eixos locais da jaqueta

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u. 1

~J = u. J

uk

m ax

m = m -ai ay

m az

massas associadas

~dJ = í cdi ..12... 2g

~d = matriz

e = cdi L -ai 2g

~dJ =

B, 1

~J = B. J

Bk

D. 1

de

D. 1

50

w. 1

~J = w. J

• wk

I ax

I . = I para cada barra -ai ay

I eixos locais az

momento de inércia das

massas associadas.

n ~- 1~- 1 = e ~- 1 ~-1 --1 1 i =1 ai -1 1

n = ~d :'J e . 1 r d

i =1 -a1 ~) = rd

com x, y, z

~JI r d ~JI í e -ai

rotaçao que projeta perpendicular ao membro.

F d i u. u. 1 1 n Fdj !:d u.

1 !:d ~I e ai = ~d u. J i=l J

F dk u uk z

n com

com B. . k = í: b_, -1 ,J, ~

~J, = flutuação de cada

barra submersa

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5 1

b ,Q, = volume de agua deslocada da barra

b ,Q, = A X L

A = a rea de ·corte da barra com a linha da agua

L = comprimento submerso

C,Q, coordenadas do centro de empuxo da barra

w. 1

~J = w. J

wk

n F pi

com w .. k = w,Q, w,Q, = peso de cada barra 1 J J J i=l

F = F pj -p

Fpk

FFi MFd i M pi MBi

~F FFj ~FdJ = MFdj M = M pj ~BJ = MBj -p

FFk MFdk Mpk MBk

M wi Mki

~wJ M wj ~ ~F = Mkj

Mwk Mkk

Como m . e I . estão expressas em eixos lo -a 1 -a 1

cais, temos de usar uma matriz de rotação entre o sistema x,y,z

da barra e o sistema

m . = r m . -a 1 -o -a 1

i:,j, k x,y,z

i ,j ,k da jaqueta, que chamaremos

e I . = r I . + m • -a1 -o -a1 -ai

i ,j 'k x,y,z

r -o

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com

onde

onde

52

i c

pbi = jc i c' j c ' k coordenadas do centro de gr~ c

k vidade da barra no sistema c

i • j • k •

2 T pbi ·- pb. pb.

- 1 ·- 1

I I T

= r + m pb. pb. -ai -o -ai -ai - 1 - 1

i ,j. k x,y,z i ,j ,k

Substituindo em equaçoes (IV,9) e (IV.10).

m. + Em •. 1 ª' 1 n

m - m m . = -J -J -a 1

m. + Em ••

m •• a, 1

s+

I .. a 1 1

i =1 J a I J

significa a massa associada da barra na direção

do eixo de referência da jaqueta; e analogamen-

te para

n

i =1 I . = -a1

m • • .e ª'J

I .. + EI .. 1 1 a1 1

m 'k ª'

I .. + H .. JJ a I J

significa o momento de inêrcia da massa associada da

barra .i (m . ) na direção do eixo de referência da - ~ 1

jaqueta; analogamente para I .. ª'J

e I . k . ª'

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e

as

ou

53

u. B. + w. F pi 1 1 1

e :dJ + ~J + ~J + F = ~d u. + B. + W. + F pj +

-p. J J J

uk Bk + Wk F pk

MFd i + MBi + M wi + Mki

~FdJ + ~BJ + ~wJ + M + 'i.J x F = MFdj + MBj + M wj + Mkj -p -p

MFdk + MBk + Mwk + Mkk

= K + M -2 -P

equaçoes ( 1 V. 9) e (IV.10)

'!'J

o

m -o

~] UJ

WJ

u =

~d

o

e -o

m ü+C u+K =F -o - -o - -o -o

o

o

sao

'.J l WJ

u

da forma:

~1 +

o

+ K -O

:J F -p

+ M -p

+ F -o

em eixos locais

FFi

FFj

FFk

M pi

+ M pj

Mpk

(IV.18)

(IV.19)

e que seria análoga para a barcaça.

e

Em eixos globais X, Y, Z, temos que:

R. matriz de rotação dos ingulos de Euler t, e,* -O

rotação de i , j , k para X, Y, Z .

~1 =

cos e o

sen e

o

o

- cos

sen

cos

: sen e

8

]

* cos

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com

m -eJ

54

R o R o -o -o

m ü + e u + R K = R F -O o ~1

o o ~1 -o -o -o -o

'.1:1eJ u + ~eJ u + ~eJ = [eJ eixos globais (IV.20)

'-1:IJ

= o

e -eJ

K -eJ

F -eJ

o R -o

!J o

R -o

= e -o

o

= R K -o -O

= R F -o -o

o -

~1

o

~1

matdz de massas equivalentes da jaqueta.

matriz de amortecimento equivalente da j2_

queta.

matriz de forças externas da jaqueta.

vetor de forças resultantes do movimento

da jaqueta.

-Para a barcaça as expressoes sao similares, e

acoplando os dois corpos, podemos colocar:

Mü+Cu+K F (IV.21)

equaçao que deve ser usada com as condições adicionais deduzi­

das para cada caso:

com: o m -eJ

M =

o m -eB

e ~eJ o

o e -eB

K

~eJ o

o K -eB

F

F -eB

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55

UJ

[~::] WJ u =

uB mas em geral, a equaçao associada e da forma:

WB

= ~B + ~J ei + 2 + ~B E'2 + w2 E'2 + 21:1,; ~ l;lJ WJ f'1 B

mas- w2 = w w T V R V = -o -

T T 21:1,; ~o V (IV.22) UJ = u + ~J e, + ~J ~J e, + ~B E'2 + ~B ~B E'2 + B

IV.5.2 - Solução das Equações

Como a equação (IV.21) -e uma equaçao nao linear,

usaremos para sua solução o mêtodo de integração direta, assu­

mindo que a aceleração varia linearmente num intervalo bt p~

queno.

A aproximação mais simples e usar as Diferenças

Finitas:

seja ü ( t) = ü(t + il t)

da física -1 ··2 como V = V + at e X = X + V t~+·2

at. o O- o ~. , ,_

~ ( t) = u -O

+ ü(t)bt u = ~ ( t = to) (IV.23) o

u ( t) u + u il t + 2

ü ( t) bt 2

-o -o

Sub s t i tu i n d o ( 1 V . 2 3) em ( 1 V . 2 1 ) e recordando que

as matrizes devem ser avaliadas em t = t : o

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~o ~(t) + ~o (~o+ ü(t) L'lt) +~o; ~o

(M + C -o -o

M* ü ( t) + C u + K -o - -o -o -o

M* ü ( t) ; - e -o - -o

u e ti ; (~*r' (- e

+ K -o

F -o

F com M * ; M + C li t o -o -o -o

u + (F - K ) -o -o -o

u + F --o -o -O ~o) (IV.24)

com ü(t), calculamos ~(t) e u(t), e introduzimos estes v~

]ores em (IV.21) para calcular ü(t) e comparar os dois valo­

res, para assegurar a convergência.

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57

CAPITULO V

V - MODELO APLICADO A UMA JAQUETA SIMPLIFICADA

V.1 - Modelo Matemático

Como primeiro passo na aplicação das formulações

discutidas acima, e com o objetivo de implementar uma ferrame~

ta computacional adequada para uma rápida avaliação do fenôme­

no de lançamento.será desenvolvido um modelo matemático simpl~

ficado, baseado na teoria dos capftulos anteriores.

Para tanto sera necessário aplicar as equaçoes

já deduzidas, algumas hipóteses básicas:

) A hipótese mais simples seria a de assumir que a jaqueta

desliza sobre uma pista similar à utilizada no lançamento

de navios ou em outras palavras, que a barcaça estaria fi

xa e com uma inclinação determinada.

ii A segunda hipótese seria de aplicar a experiência prática

de que o movimento dos dois corpos durante o lançamento é

principalmente plano.

i) A terceira hipótese relacionada com a segunda e de que o

movimento pode ser representado pelo movimento do Centro

de Gravidade da jaqueta, com a massa equivalente concen­

trada nesse ponto.

iv A quarta hipótese é aproveitar a técnica de análise util~

zada na Engenharia Naval de considerar llreas Seccionais na

jaqueta ou pequenos elementos de volume.

v A quinta hipótese derivada das anteriores é de considerar

a força do arrastro função destas areas seccionais e de

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velocidade do C.G.

Para complementar estas hipóteses, a jaqueta se

rã ainda representada pelos quatro pontos dos vértices além do

C. G.

V.2 - Equações Simplificadas do Modelo

V. 2. 1 - Fase I

Usando as forças e diagramas da Figura V. 1 , e

as equaçoes ( 1 1 1 . 1 O) e ( 1 1 1 • 1 1 ) , temos:

SF = atrito estático Eq. Geral:

. GE = constante gravitacional AÜ + Bu + Cu + D = o

WJ = Peso da jaqueta

WJi = Peso sen Ct Ct = (et + s) o

WJk = Peso cos Ct

FF = µN = SF . WJk = SF Peso cos Ct

Peso m = GE

mü + FF = WINCH + WJi

mü + SF Peso cos . Ct - WINCH - Peso sen Ct = o FF º1

A Peso m =

GE

B o

e = o

D = SF Peso cos Ct - WINCH - Peso sen Ct

D = FF - WINCH - º1

W I N CH. = Força externa do guincho

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59

' EQUILIBRIO DE FORÇAS

FIG. V-1

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60

Programa D ; - (D1 + WI NCH - FF)

. AÜ + Bu +Cu+ D O

Peso GE

u - ( D1 + W I N C H - F F) ; O

V.2.2 - Fase II - Entrada na Agua

Usando as definições da Figura V.2, temos:

B J i ; V sen a

m ü + µ e os a (Peso - V) + B ~ + V se n a ; W I N C H + Peso . sen a o

mü + Bo u + PE cos a(Peso - V) + V se~ - Peso . sen (l - WINCH ; o F F - BVK • ºr B r o,

A Peso AO A, B' c' D sao as constan-; m ; ;

GE tes da eq.geral

B ; B ; DRAG ; B o o . AÜ + Bu + Cu + D ; o

c o c o

D ; F F - B K . D F + B J - D1 - W I N C H

; - ( D1 + W I N C H - F F + B K DF - BI); - DOO

Peso GE

u + D RA G u - ( D1 + W I N C H - F F + B K . D F - B I) ; O

v.2.3 - Fase III - Rotação

Usando as definições da Figura V.3, temos então

as seguintes equaçoes:

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61

z

X

. EQUILIBRIO DE FORÇAS

FIG.V-2

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( J

62

o

b

EQUILIBRIO DE FORÇAS

FIG. V-3

... X

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BJ ; V

. WJ ; Peso Iw + V C BI + B u CBK - Peso . CGI ; o

o

. b ; CBI Iw + B u

o CBK + V CBI - Peso CGI ; o

. a ; CGI AÜ + Bu + Cu + D ; o

c ; CBK A ; I ; A2

B ; DRAG B ; B CGK ; 82 o o

e ; o ; C2

D ; V . CBI - Peso . CGI ; D2

; - (Peso , CGI, - V . CBI) ·'

; - (AMW - AMB)

IÜ + B . CGK ~ - (AMW - AMB) ; O

V.2.4 - Coordenadas

Para calcular a posição da jaqueta e areas sec­

cionais usaremos a Figura V.4 como referência

X 1 ; C GI - a a ; c cos ( ('!. + s + o)

Y1 CGK - b b ; c sen ( ('!. + s + o)

c ; /h~G + (D14/2.) 2

X2; Xl + D12 cosa X3 ; X4 + D34 CDS (a + 2 S)

Y2 ; Yl + D12 sena Y3 ; Y4 + D34 sen (a + 2 S)

X4; Xl - D14 sen (a+ S) DIJ; distância do no I ao no J

Y4 ; Yl + D14 cos (a + S CGJ, CGK coordenadas do C.G.

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y

CASO I

-==----

CASO m

X

l

CGI

3

5

2

64

\

FIG. V-4

CASO ll CASO m

4 4

6 5 3

l

CASO V CASO 1ZI.

FIG; V-5

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,V·:2,:5 .. - Áreas Seccionais

Com as condições da Figura V.5 que define 6 ca­

sos possíveis, e usando as equações s seguir são determinadas

as áreas seccionais da jaqueta.

z = tx + n eq. da reta genérica PJ, PK, coordenadas dos nos

z - z1 T12 2 TANGENTE

- n tx = X=- n = z -

X2 ~ xl t

PK(2) - P K ( 1 ) P K ( 2) PI(2) T12

PI ( 2) PI ( 1 ) EN12 = - T12 * -

P K ( 3) - P K ( 2) P K ( 3) * PI(3) T23 = EN23 = - T23 PI ( 3) - PI(2)

T14 P K ( 4) - P K ( 1 ) EN14 PK(4) T14 PI(4) = = - * PI ( 4) - PI ( 1 )

T34 P K ( 4) - P K ( 3) EN34 P K ( 4) T34 PI ( 4) = - * PI(4) - PI (3)

V. 3 - Programas de Computador

Os programas detalhados sao apresentados a

seguir, porêm neste capítulo será dado um fluxodiagrama com

uma descrição breve dos programas elaborados.

Foi utilizado um programa principal com subroti

nas para calcular os diferentes passos principais do cálculo .

. v;3.J - Programa PrincipaZ

Este programa lê as condições iniciais, verifi­

ca a geometria e calcula as fases do processo e escreve a saí­

da dos resultados com a posição e velocidade do C.G.

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V.3.2 - Programa DIFFIN

Este programa integra as equaçoes diferenciais

do movimento utilizando o mêtodo das diferenças finitas, obte~

do-se as velocidades, deslocamentos e acelerações do C.G.

V.3.3 - Programa POSJAC

Este programa calcula a posição do C.G. e dos 4

pontos de referência da jaqueta a partir da última posição da

jaqueta.

V.3.4 - Programa ENTRAG

Este programa calcula a posição da jaqueta quan

do esta entra na agua, relacionando as ãreas seccionais aos p~

râmetros de empuxo da parte submersa.

V.3.5 - Programa MOMEN

Este programa calcula a influência dos momentos

de inêrcia e momentos das forças no movimento angular do

da jaqueta.

V.3.6 - Programa TABLE

C. G.

Este programa relaciona as areas seccionais aos

volumes submersos da jaqueta.

Finalmente relacionando estes programas segundo

ê indicado no bloco-diagrama a seguir, obtemos a posiçâo, velo

cidade e aceleração do C.G. da jaqueta.

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3

OIFFIN INTEGRA F)OR DIFERENÇAS

FINITAS

POSJAC

OIFFIN

MOMEN CALCULA

OS MOMENTOS

ENTRAG CALCULA

ENTRADA NA ÁGUA

TABLE

67

INÍCIO

LÊ CONDIÇÕES INICIAIS

CALCULA E DETERMINA AS FASES 112

FASE 3 CALCULA lJ, Ú, Ü

CALCULA ACÊLÉRAÇÕES ~----<

flNGULARES w,W

NÃO

, ----11,ICALCULA VOLUME r É POSICÁO

CALCULA ÁREAS )---11,I SECCIONAIS

FIG.::ll: - 6

DIFFIN

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CAPITULO VI

VI - COMPORTAMENTO NUMtR I CO DO MODELO

V 1 • 1 - Exemp Zo IZus trativo

Com o objetivo de verificar o comportamento do

modelo numérico simplificado, e utilizando o programa desenvo.!_

vida, considerou-se uma jaqueta real projetada para uma limina

d'água de 48 m com os seguintes dados característicos:

- Peso

- Empuxo submerso total com

todos os tubos fechados

- Inércia (eixos principais)

- Coordenadas do C.G. (eixos X

no nível d'água com Z ver Y

tical) Z

= 1604 t

= 1811 t

= 616458 t m seg 2

= - 0.40

- 0.88

= - 24.44

Além desses valores foram assumidos os seguintes

outros valores característicos ao fenômeno de lançamento:

- Coeficiente de atrito estático

Coeficiente de atrito dinimico

- /lngulo de deslizamento

O • 1 O

o.os

= variável

Os valores de peso, empuxo, inércia e C.G. foram

obtidos do programa STRUDL modificado ~ela Petrobrás para Off­

shore.

Estes dados foram usados porque o projeto de lan

çamento dessa plataforma foi executado com um programa de com­

putador sofisticado e porque, também, existem dados do ensaio

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69

experimental desta jaqueta e permitirão comparaçoes teóricas e

práticas.

Para a obtenção das areas seccionais da plata­

forma foi usado um programa de flutuação da Petrobrás que per­

mite obter o volume submerso de uma plataforma para qualquer ní

vel e orientação da superfície do mar.

Desta maneira foi obtida a curva apresentada no

Anexo r, relacionando volume com altura submersa.

A determinação do arrasto foi feita com o pro­

grama STRUDL atravis do comando Wave.

O estudo dos vários casos considerados levou a

conclusão que o coeficiente de arrasto para a jaqueta estudada

tinha uma variação de 15 O O a 2000.

VI .2 - Estudo Numérico

Foram realizadas diferentes rodadas, principal­

mente para conhecer o efeito do arrasto e do ângulo de lançame~

to da jaqueta.

Com os dados apresentados no item VI .1 foram rea

lizadas diversas rodadas variando a constante de arrasto de

800 ati 3000 com diversos ângulos de lançamento e diferen-

tes atritos entre jaqueta e barcaça, mantendo fixa a barcaça.

Os resultados destas rodadas de computador es­

tao resumidos no gráfico da Figura VI .1 a VI .5.

Comparando estas curvas com as curvas do modelo

reduzido e de outros programas, constatam-se algumas diferenças

entre os afundamentos máximos e a distância percorrida pela j~

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800 C(=

-··--­soo_ .. _ .. -·· 0<=6º

µ=10%

/

MOVIM. RELATIVO JAQLETA-BARCAÇA

FIG.JZI.-1

1 2 3 4 5 6 7 8

9 10 --.J

o

12

14

16

18

20

(m)

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µ=10%

(mi _..::c2fXlc.::_~-'-.I'~-=-º~~~--"'5::c,o:..._~~~~~-"''Ç0-=---.:,9P:__B.:c0:..._7:.c0---=6:cO---=:,:__---:s~c.::..-=c.--....:J=----i o

2000 .. / .. 0<=3º

1500 "/7

.,/ CX=3°'- // .// ------ /'/ 2000 ,,,,../.

CX=5º"-. ·· ' •, .. //

2000 -··-··- . 0<=6º'. ./ '· ./ ---

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 -..J

12

14

16

18

20

(mi

MOVIM. RELATIVO JAQUETA-BARCAÇA

FIG. 3ZI.- 2

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µ = 10%

2000 CX=3º

1500 0<=3º'·· .. ~ .......... ____ .. _..,.../

800 _,,/ ~~, /'

.............. _ ,.,......-,, -------

MOVIM. RELATIVO JAQUETA- BARCAÇA

FIG. :3ZI. - 3

o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

"' 12

N

14

16

18

20

(ml

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0<=3% o

200 180 150 100 90 80 70 60 50 30 20 10 o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

" w 12

14

16

18

20

(ml

MOVIM. RELATIVO JAQUETA- BARCAÇA

FIG. JZI. - 4

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800 0(=6º

150

µ=20%

2000 OC=6º'

100 90 80 70 60

' ' / ,.._ ---

FIG. 3ZI - 5

o

1

2

3

4

5 6

7 ___,

8 .,,..

9

10

12

14

16

( m l

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75

queta.

Sendo assim surgiu a idéia de tentar neste mode

lo simplificado de considerar o efeito de deslocamento de re

trocesso da balsa.

Este deslocamento foi calculado partindo da re-

lação:

com A = area da balsa que se opoe ao movimento, calculando a

velocidade e deslocamentos inversos para serem dedu

zidos do movimento do C.G.

A areada balsa foi variada de uma rodada

outra para saber da influência desta no movimento final.

para

Os resultados dessas rodadas são apresentados nas

Figuras VI .6 a VI .14.

O resumo dos casos estudados está incluído na

TabelaVl.1.

p densidade da agua

Cd = coeficiente de arrasto

V = velocidade da balsa

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(~

·-.~. ·~ ... ' .

. ... -·· ·_'·":":::--_._··~··+"-:::;,.."""",-----~ r1filºI E 1 1850 ···----·---( m)

- ---------- 0 -~~_\_. J __ ... LL _ Z--1º ~ · - -- ___ ·· -l · - ~-f.sc=c-.':'.C::·:::-~-:::::t=:--········ ·-·---· ---· -i-· --· - -- -- · -- - --- · -

' ' '

1 1 ' ' '

-20 ------- -+-----· - --1- - --- - -----·-------r- --- ----- -- ---· ··- . ·-

o (m)

. . '

25 50 100

LANCAMENTO - ALFA= 8., INERCIA ROTACIONAL Il E ALFA VARIAVEL I1 = 600000

FIG 1ZI - 6

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','.:~ ; 1'

-' -..,,,,,,.,. . j 1

1

'' -. ........ ;;;- <·-, ~5º : r:=6º 7º ·1

-----+-'·cs~'::.-.....;,,,_··s· -=-~-'c------1---+C:---i-------------'------- { ) oi -~;,e. . / 8º , ---- m , ''""-::::~L ____ ,_ C. 1 ! -,oL _______ J ______ , ________ _j ________ - --------i--------- ------ -- --·

1 i i i 1 • ' '

-ea------- -+-------- -1-- -- ----·-· -·-. -·-, ·-·-- - ·---- ··- ---1 ' •

i 1

O 25 ~ 100 1ml

LANCAMENTO - DRAG • 2000 COM ALFA VARIAVEL E INERCIA ROTACIONAL Il I1 = 600 000

FIG, :fil: - 7

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1 .:,:.:r.:1,,...1.....;.,,, : ' ' -----+-- ! 1

----·-· ·-·---· 1 ------~~J'J'tz.:.•it.b~it';ll.o. 1 -i:---. ---+-. ···""'~'"·\"'"êé'CC"'::'::''::'':':"::'=':.+=~=;;;.;::;::;;;:;;;;,;;:::;::~r;, ' i ------·-············· -------··4º

-20 -- - · ----+ --·-----i--· -------·-· -----i--· -· -------. -- . - --! i i ' O 25 50 100

1ml

LANCAMENTO - DRAG • 1000 COM RESISTENCIA DA BALSA, ALFA VARIAVEL E INERCIA II I 1 =600 000

FIG.::IZI-8

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LANCAMEN~O - DRAG; 1500 COM RESISTENCIA DA BALSA, ALFA; 4 E INERCIA VARIAVEL

FIG. 3ZI - 9

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LANCAMENTO - DRAG = 1500. COM RESISTENCIA BALSA, ALFA VARIAVEL E INERC:A Il I 1 = 600 000

FIG.311- 10

00 o

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3000 ,. /

_ .... · ;;:soo

i 1

-20 - · - · - · - · +-- · - · - · -i-- · --- . - ------ ----i. - -- . - . - . - . - . ·-. - . -! i i

' O 25 5·0 100 1ml

LANCAMENTO - ALFA= 3. COM INERCIA 11, DRAG VARIAVEL E BALSA ~IXA I1 = 600 000

FIG. 3ZI - 11

co

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-10

-20

l o

1ml

8 1500 . 1500 -"" -2000

_ I -· \... 3° ~- ,· ---~·-,.-"---(ml

.. -= ~-"""-~~i~~~~~~~~'E:_.:;:'~~:~:=~f" : · _____ . ___________ _ 1 1 r-·----------- ---- ____ ~ 2000 • • ! 6º - . - . - . - . + ----. - --1- - ---- . - -- -- -- -- --1 · - . - -- -- . ---- - . - . - --v ' ' '

! ! ! SEM INFLUÊNCIA 25 50 100 DA BALSA

1900 1800 1700

LANCAMENTO - ALFA= 6, INERCIA Il E COM DRAG VARIAVEL I1=600000

FIG. 3ZI - 12

co N

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1 t

~ i ; ... .,,._.,.,,_ ; 2 000 1 1600 ,..::_. I 500

~i i t 19001' 1700 /.~--- ---~::~ . ,-- e= - / ,. oi --~~)":::::::.:::!::.~,.,,,,j., ~~-~:::?:-.:: .... --- .. ~-- /

-10 L-. - _____ j ___ -----------·-f:--==.-c:---=-=-=-···-----------·· j ___ ----- -- · -- · -- ---· ---. i i i

-20 (--- ----·+-·- ·-----i----·-·-· -----· - . -t·--- --------·-·-· ----' ! ' 1

' 1

o (ml

25

LANCAMENTO - ALFA= 6, INERCIA Il Eco~ DRAG VAQIAVEL I1= 600 000

FIG. fil - 13

' 100

(ml 00 w

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------"' o

-10

2

o (m)

'"""

25

--OUTRO PROGRAMA

----ENSAIO

~ ----' ~ ---- '--'

50

TRAJETÓRIA DE LANÇAMENTO DA JAQUETA PCR-1

FIG. E - 14

1 m)

100

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TABELA VI. 1

/INGULO DE COEFICIENTE IN~RCIA DA COEFICIENTE BALSA BALSA LANÇAMENTO ( o ) DE ARRASTO JAQUETA DE ATRITO FIXA MÕVEL

3/5/6 800 600,000 O, 1 O X

3 1500 600,000 O, 1 O X

3/5/6 2000 600,000 O, 1 O X

3 800 600,000 0,03 X

3 800 600,000 0,05 X

6 800 600,000 0,20 X 6 2000 600,000 0,20 X

3/3,5/4/5 1500 600,000 0,10 X

3/3,5/4/5 1500 600,000 O, 1 O X

3/3,5/4/5 2000 600,000 O, 1 O X

2/2,5/3/4 1 000 600,000 O, 1 O X 5/6/7/8 2000 600,000 O, 1 O X

4 1500 600,000 O, 1 O X 4 1500 500,000 O, 1 O X 4 1500 400,000 O, 1 O X

4 1500 300,000 O, 1 O X 4 1500 200,000 O, 1 O X

6 2000 600,000 O, 1 O X

6 1900 600,000 O, 1 O X 6 1800 600,000 o' l o X 6 1700 600,000 O, 1 O X 6 1600 600,000 O, 1 O X

6 1500 600,000 o' l o X

3 1000 600,000 O, 1 O X

3 1500 600,000 O, 1 O X

3 2000 600,000 o' l o X

3 2500 600,000 O, 1 O X

3 3000 600,000 O, 1 O X

8 1850 600,000 O, 1 O X

8 1950 600,000 0,10 X 8 1970 600,000 o' lo X

8 1900 600,000 o' lo X 8 2000 600,000 o' lo X

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VI .3 - Comparação de Resultados

Analisando todas as rodadas e resultados dos ca

sos citados no ponto VI .2, podemos destacar os seguintes pontos

principais:

) A profundidade e distância alcançada diminui a medida que

o arrasto aumenta, provocando um amortecimento da trajetó­

ria.

ii) O mesmo efeito do item i) se deteta quando varia o ângulo

de lançamento, ou seja a trajetória é mais amortecida qua~

do o ângulo diminui.

iv) Analogamente ao efeito do item i) acontece com a variação

do atrito, se bem que esta influência aparentemente é pe­

quena.

v) A variação da inércia rotacional da jaqueta provoca o mes­

mo efeito de amortecimento, a medida que diminui, mais amor

tece a trajetória.

vi) A influência do movimento da balsa, provoca também um amor

tecimento da trajetória.

VI .4 - Comparação com Resultados Produzidos por Outros

Comparando os resultados da análise simplifica­

da com resultados produzidos por outros para a mesma jaqueta,

constatamos que as formas das curvas são similares, porém, exis

te maior amortecimento nos resultados produzidos por terceiros.

Este fato deve-se principalmente a que neste último resultado,

o modelo da jaqueta está representado por todas as barras, nós

e massas associadas e distribuídas em cada elemento, bem como

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o arrasto de cada uma, o que permite um efeito de amortecimen­

to mais representativo do fenômeno físico.

Outra influência importante e o movimen

to relativo entre balsa e jaqueta que amortece a trajetória.

O resultado do programa simplificado está do 1!!_

do conservativo da solução, e permite avaliar no primeiro está

gio do projeto, como a estrutura se comportará nesta fase da

instalação.

VI .5 - Comparação com Resultados E$perimentais

Analogamente ao item anterior, a comparaçao com

resultados experimentais da mesma jaqueta, fornece resultados

conservativos e mais amortecidos que os valores experimentais.

Constata-se que a ordem de precedência das cur

vas e a curva de resultados produzidos por outros com a mais

amortecida, segue a curva dos resultados experimentais e final

mente as curvas do modelo simplificado.

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CAPÍTULO VII

VI 1 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

VI 1 .l - Resumo dos Resultados

Para o estudo de lançamento sao necessãrios nor

malmente métodos e modelos que levem em conta a variação no tem

po do fenômeno físico bem como as não linearidades do arrasto.

Estas anãl ises e modelos são com muitos comple­

xos .e envolvem muito tempo de computador e de engenharia.

Para analisar o lançamento foi procurado um mo­

delo alternativo simplificado que permitisse obter conclusões

vãl idas com um mínimo de esforço e tempo, usando a 2~ lei de

Newton ou da conservaçao do momento e desenvolvendo as equaçoes

do movimento nessas bases teóricas.

O objetivo fundamental deste trabalho foi desen

volver uma teoria matemática que permita resolver no primeiro

estágio do projeto o problema dinimico do lançamento dado que

envolve dois corpos em movimento e quatro equaçoes diferenciais

a de 2- ordem.

Para tal efeito foram escolhidas certas hipóte­

ses básicas simpl ificatórias que permitam testar o comportame~

to do modelo numérico proposto, comparando os resultados obti­

dos para um caso real com resultados produzidos por outros e

resultados experimentais.

Tal como apresentado nas comparaçoes dos resul­

tados, verificamos que a influência do amortecimento no movi

menta é fundamental para a trajetória do lançamento e consegue~

temente com o afundamento máximo alcançado.

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Dependendo da estimativa do arrasto no primeiro

estágio do projeto, é que a curva será mais ou menos amorteci­

da e portanto mais ou menos conservativa, sendo a relação amor

tecimento conservativa do tipo inversa, ou seja quanto

amortecida a curva, menos conservativa será a solução.

mais

Ainda que a estimativa do arrasto seja a mais

próxima do valor real, incide sobre a forma da curva o modelo

simplificado utilizado que não considera a distribuição das mas

sas, do arrasto e do volume por sobre a jaqueta toda o que pr~

vocara uma modificação do movimento.

Outra consideração importante diz respeito da

influência do movimento da balsa na trajetória do lançamento da

jaqueta, diminuindo o afundamento e a distância total alcança­

da quando considerado o movimento da barcaça.

Outros aspectos que foram detectados de quando

se realizavam as rodadas de computado.r, diz respeito à sensibi

]idade de parâmetros tais como: atrito estático e dinâmico, a

força do guincho atuante no início do movimento e o intervalo

do tempo de integração das equações do movimento, que provocam

distorções na trajetória e nos resultados finais do lançamento.

Em resumo pode-se concluir que:

a) Ainda considerando o caso da balsa fixa e obtido um valor

bastante razoável no que diz respeito ao afundamento máximo

da jaqueta. Isto permite utilizar o programa para numa pr_!_

mei ra fase, determinar se a jaqueta poderá tocar o fundo,

com um mínimo de esforço computacional.

b) Quando se inclui, ainda que de uma maneira muito simplific~

da, o movimento de balsa, obtem-se uma muito melhor aproxi-

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maçao da trajetória da jaqueta. Isso indica a importância

da introdução de uma modelagem adequada do movimento de ba!

sa, nos programas mais avançados para análise de lançamento.

Porém o objetivo do trabalho foi alcançado já

que podemos dizer que a teoria matemática é satisfatória, bem

como o modelo numérico utilizado que permite no primeiro está­

gio do projeto, estimar a trajetória do lançamento do lado con

servativo, otimizando posteriormente a estrutura inicial.

menta r a

Adicionalmente achamos ter contribuido a compl~

iteratura existente dando mais um passo para incent~

var futuros complementos e desenvolvimentos a este respeito.

VI 1 .2 - Orientação para Pesquisas Futuras

O maior interesse em desenvolver o modelo apre­

sentado foi de obter uma maneira simples e rápida de saber se

um anteprojeto de uma plataforma atende os requisitos da fase

de lançamento além de fornecer as ferramentas e métodos básicos

para, futuramente elaborar um programa de computador sofistic~

do que considere todos os parâmetros sem simplificações.

Desta maneira seria interessante pesquisar no

modelo numérico desenvolvido outros métodos alternativos de in

tegração, bem como a influência da variação de cada parâmetro

no comportamento dinâmico da estrutura e na trajetória.

Continuando com este desenvolvimento finalmente

a complementação do presente trabalho seria elaborar um progr~

ma de computador sem simplificações e compará-lo com programas

comerciais ou de projetos, bem como com resultados experimen­

tai s.

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