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 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO Dinâmica da secreção de paratormônio após paratireoidectomia total e autotransplante LUIZ CARLOS CONTI DE FREITAS Ribeirão Preto 2007

Tese4 Doutorado Luiz Carlos Conti Freitas

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tese

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  • UNIVERSIDADE DE SO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRO PRETO

    Dinmica da secreo de paratormnio aps paratireoidectomia total e autotransplante

    LUIZ CARLOS CONTI DE FREITAS

    Ribeiro Preto 2007

  • LUIZ CARLOS CONTI DE FREITAS

    Dinmica da secreo de paratormnio aps paratireoidectomia total e autotransplante

    Tese apresentada Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo, para a obteno do ttulo de Doutor em Cincias Mdicas. rea de Concentrao: Morfofisiologia de Estruturas Faciais.

    Orientador: Prof. Dr. Rui Celso Martins Mamede

    Ribeiro Preto 2007

  • AUTORIZO A REPRODUO E DIVULGAO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

    FICHA CATALOGRFICA

    Freitas, Luiz Carlos Conti de Dinmica da secreo de paratormnio aps paratireoidectomia total e autotransplante. Ribeiro Preto, 2007. 130 p.: il.; 30cm Tese de Doutorado apresentada Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto/USP Programa: Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabea e Pescoo - Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabea e Pescoo. Orientador: Mamede, Rui Celso Martins

    1. Insuficincia renal crnica. 2. Paratireoidectomia. 3. Doenas sseas, 4. Osteopatias endcrinas. 5. Ostete fibrosa cstica.

  • FOLHA DE APROVAO

    Luiz Carlos Conti de Freitas

    Tese apresentada Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo, para a obteno do ttulo de Doutor em Cincias Mdicas. rea de Concentrao: Morfofisiologia de Estruturas Faciais.

    Aprovado em:

    Banca Examinadora

    Prof. Dr. _______________________________________________________

    Instituio: _____________________________________________________

    Assinatura:_____________________________________________________

    Prof. Dr. _______________________________________________________

    Instituio: _____________________________________________________

    Assinatura:_____________________________________________________

    Prof. Dr. _______________________________________________________

    Instituio: _____________________________________________________

    Assinatura:_____________________________________________________

    Prof. Dr. _______________________________________________________

    Instituio: _____________________________________________________

    Assinatura:_____________________________________________________

    Prof. Dr. _______________________________________________________

    Instituio: _____________________________________________________

    Assinatura:_____________________________________________________

  • DEDICATRIA

    Esta tese dedicada Cristina e aos meus filhos Pedro e Victor.

  • AGRADECIMENTOS

    Aos pacientes e indivduos saudveis, que participaram deste estudo,

    pela compreenso e indispensvel colaborao.

    Ao Prof. Dr. Rui Celso Martins Mamede, meu orientador, por sua

    contribuio marcante na minha formao cientfica, pelo empenho em

    viabilizar a realizao deste trabalho e pelo respeito com que dirigiu sua

    orientao, permitindo-me caminhar com independncia na realizao

    desta tese.

    Ao Prof. Dr. Milton Cesar Foss, por ter idealizado e acreditado na

    realizao deste trabalho, viabilizando a realizao dos testes dinmicos

    e dosagens necessrias nas dependncias da Diviso de Endocrinologia,

    sob sua chefia, e pela competncia com que orientou e colaborou na

    anlise dos dados e na elaborao desta tese.

    Ao Prof. Dr. Jos Abro Cardeal da Costa pela confiana e imensa

    colaborao, possibilitando a internao dos pacientes na Enfermaria

    de Nefrologia, e pelas sugestes que contriburam para o

    aprimoramento desta tese.

    Ao Prof. Dr. Fbio Luiz de Menezes Montenegro, ao Prof. Dr. Francisco

    Jos Albuquerque de Paula e ao Prof. Dr. Marcio Abraho pela

    disponibilidade, anlise crtica e sugestes, que contriburam para o

    aprimoramento desta tese.

    Ao Prof. Dr. Jesualdo Cherri pela ateno, disponibilidade e importante

    contribuio no aprimoramento cirrgico nas paratireoidectomias.

  • Ao Prof. Dr. Leandro Junior Lucca pela confiana e pela indispensvel

    colaborao na seleo e no acompanhamento clnico dos doentes

    operados e pela inestimvel colaborao na anlise dos dados.

    Ao Sr. Sebastio Lzaro Brando Filho pela inestimvel colaborao na

    realizao dos experimentos e dosagens especficas deste estudo.

    Aos colegas residentes da Cirurgia de Cabea e Pescoo, Endocrinologia

    e Nefrologia pelo trabalho em conjunto, pela disponibilidade e amizade.

    Aos funcionrios do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia

    e Cirurgia de Cabea e Pescoo, pela eficiente colaborao e

    disponibilidade.

    Aos Profissionais do Centro de Mtodos Quantitativos (CEMEQ) da

    Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto - USP, pelo empenho e

    competncia na anlise estatstica dos dados desta tese.

    Fundao de Amparo ao Ensino, Pesquisa e Assistncia (FAEPA), pelo

    apoio financeiro.

    A todos os colegas e amigos que direta ou indiretamente contriburam

    para a elaborao deste trabalho, o meu reconhecimento e gratido.

  • LISTA DE ABREVIATURAS

  • Lista de Abreviaturas

    1,25(OH)2Vit D 1,25 diidroxivitamina D 1,25(OH)2Vit D3 calcitriol 25(OH) Vit D 25 hidroxivitamina D ALT Alanina transaminase AST Aspartato transaminase CaR Receptor de clcio DMSO Dimetil-sulfxido EDTA cido etilenodiaminotetractico GGT Gamaglutamil transferase HCFMRP-USP Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo HP Hiperparatireoidismo HPP Hiperparatireoidismo primrio HPS Hiperparatireoidismo secundrio HPT Hiperparatireoidismo tercirio ICMA Imunoquimioluminomtrico IFMA Imunofluoromtrico IRC Insuficincia renal crnica IRMA Imunorradiomtrico POR Ps-operatrio recente POT Ps-operatrio tardio PTH Paratormnio RPMI Roswell Park Memorial Institute

  • LISTA DE FIGURAS

  • Lista de Figuras

    Figura 1: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ...........................................................................................37 Figura 2: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA...............................................................................39 Figura 3: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio ...........................................................................................41 Figura 4: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio ...............................................................................43 Figura 5: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral ............................................................................................................45 Figura 6: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral ..................................................................................................47 Figura 7: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ......................53 Figura 8: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ......................55 Figura 9: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l), durante teste com infuso endovenosa de EDTA para os grupos em estudo .................................................................................................56 Figura 10: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ......................58 Figura 11: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ......................60

  • Lista de Figuras

    Figura 12: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml), durante teste com infuso endovenosa de EDTA para os trs grupos em estudo.. ........................................................................................61 Figura 13: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de clcio.......................63 Figura 14: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l), durante teste com infuso endovenosa de clcio para os grupos em estudo .................................................................................................64 Figura 15: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de clcio.......................66 Figura 16: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) durante teste com infuso endovenosa de clcio para os grupos em estudo .................................................................................................67 Figura 17: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral...................................69 Figura 18: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral...................................71 Figura 19: Comparao entre as curvas padro dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) aps administrao de clcio por via oral para os trs grupos em estudo .............................................................................................................72 Figura 20: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral...................................74 Figura 21: Variao em relao aos valores basais dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral...................................76 Figura 22: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) aps administrao de clcio por via oral para os trs grupos em estudo .................................................................................................77

  • LISTA DE TABELAS

  • Lista de Tabelas

    Tabela 1: Caractersticas clnicas dos indivduos do grupo controle ....................34 Tabela 2: Dados laboratoriais dos indivduos do grupo controle ..........................35 Tabela 3: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA. .................................36 Tabela 4: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA. .................................38 Tabela 5: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio...................................40 Tabela 6: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio...................................42 Tabela 7: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral...............................................44 Tabela 8: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral...............................................46 Tabela 9: Caractersticas clnicas dos pacientes portadores de insuficincia renal crnica (IRC), com hiperparatireoidismo secundrio ...................................48 Tabela 10 Dados laboratoriais dos indivduos portadores de hiperparatireoidismo secundrio ...........................................................................49 Tabela 11: Dados laboratoriais, no perodo ps-operatrio recente (POR), dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante .............................50 Tabela 12: Dados laboratoriais, no perodo ps-operatrio tardio (POT), dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante .............................51 Tabela 13: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ...........................................................................................52 Tabela 14: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ...........................................................................................54

  • Lista de Tabelas

    Tabela 15: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ...........................................................................................57 Tabela 16: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA ...........................................................................................59 Tabela 17: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de clcio ...........................................................................................62 Tabela 18: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de clcio ...........................................................................................65 Tabela 19: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral ..................................................................................................68 Tabela 20: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral ..................................................................................................70 Tabela 21: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral ..................................................................................................73 Tabela 22: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, aps administrao de clcio por via oral ..................................................................................................75

  • RESUMO

  • Resumo

    FREITAS, L.C.C. Dinmica da secreo de paratormnio aps paratireoidectomia total e autotransplante 130f. Tese (Doutorado em Cincias Mdicas) Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto, Universidade de So Paulo, Ribeiro Preto, 2007.

    O hiperparatireoidismo secundrio uma complicao freqente em

    pacientes urmicos. A paratireoidectomia total associada ao autotransplante

    parcial tem conquistado a preferncia dentre as possibilidades de teraputica

    cirrgica. Entretanto, embora se tenha comprovado a capacidade de secreo

    de paratormnio (PTH) pelo tecido paratireideo autotransplantado, no foi

    realizada avaliao da dinmica de secreo de PTH em situaes de estmulo

    (hipocalcemia) e supresso (hipercalcemia). Os testes dinmicos possibilitam a

    deteco de alteraes da secreo do PTH, dificilmente identificadas apenas

    pela anlise dos nveis basais. Assim, o estudo teve o objetivo de avaliar a

    reserva secretora e a supressibilidade do tecido paratireideo

    autotransplantado em msculo braquiorradial atravs de testes dinmicos.

    Foram estudados 12 indivduos submetidos paratireoidectomia total

    com autotransplante e 14 indivduos saudveis que compuseram o grupo

    controle. Os testes foram realizados em dois tempos no perodo ps-operatrio.

    O primeiro teste foi realizado 165 (DP=16) dias aps a cirurgia, que

    denominamos de ps-operatrio recente (POR) e o segundo aps 345

    (DP=38) dias, que denominamos de ps-operatrio tardio (POT). Para anlise

    da capacidade de reserva secretora foi utilizado o teste de hipocalcemia

    induzida pelo cido etilenodiaminotetractico (EDTA) e para anlise da

    supresso da secreo glandular foram empregados os testes de

  • Resumo

    hipercalcemia induzida pela administrao de clcio por via oral, e,

    posteriormente, pela infuso endovenosa de gluconato de clcio.

    A anlise da correlao linear nos testes dinmicos dos indivduos

    saudveis no POR e POT demonstrou que a variao dos nveis sricos de

    clcio inico e PTH foram inversamente proporcionais, entretanto, o mesmo

    no foi comprovado nos pacientes avaliados atravs dos testes de estmulo e

    supresso, em ambos os tempos. A reduo dos nveis sricos de clcio

    durante o teste com EDTA foi comparvel quela observada nos indivduos

    controle. Da mesma maneira, a elevao dos nveis sricos de clcio inico

    durante o teste de supresso com clcio endovenoso foi semelhante

    observada nos indivduos controle. No entanto, a variao do clcio no teste

    realizado por via oral no foi suficiente para promover a supresso ao tecido

    paratireideo. Quanto secreo de PTH, no se observou, no teste de

    supresso com clcio endovenoso, queda significativa do PTH mdio, na

    anlise do ndice de inclinao da curva, diferentemente ao notado no grupo

    controle. Tambm, no foi observada alterao nos nveis sricos de PTH,

    durante os testes de estmulo no POR, no entanto, no POT, houve uma

    elevao no ndice de inclinao da curva, porm em nveis significativamente

    inferiores aos observados nos indivduos controle.

    Assim, conclui-se que pacientes submetidos paratireoidectomia total

    com autotransplante parcial apresentam anormalidade na funo secretora do

    implante durante o primeiro ano aps a cirurgia, pois se observa perda da

    correlao negativa entre as variaes de clcio inico e PTH. Alm disso,

  • Resumo

    observou-se incapacidade de supresso glandular no POT e perda da resposta

    secretora ao estmulo no POR, com recuperao parcial no POT.

    Palavras-chave: Hiperparatireoidismo, Insuficincia renal crnica, Ostete

    fibrosa cstica.

  • ABSTRACT

  • Abstract

    FREITAS, L.C.C. Dynamics of parathyroid hormone secretion after total parathyroidectomy and autotransplantation. 2007. 130f. Thesis Medical School of Ribeiro Preto, University of So Paulo.

    The secondary hyperparathyroidism is a frequent complication in uremic

    patients. Total parathyroidectomy and partial autotransplantation is preferred

    surgical therapeutic possibility. However, even so the secretion capacity of PTH

    from autotransplanted parathyroid tissue has been shown, it was not carried

    through an evaluation of the dynamic secretion of PTH in situations of

    stimulation (hypocalcemia) and suppression (hypercalcemia) tests. The

    dynamics tests make possible the detection of changes on PTH secretion, not

    identified only from analysis of the basal PTH levels. Thus, this study proposed

    to evaluate the secretion capacity of autotransplanted parathyroid tissue in

    brachioradialis muscle through dynamics tests.

    Twelve patients submitted to total parathyroidectomy with

    autotransplantation and fourteen healthy individuals were studied. The tests

    were performed twice in the postoperative period. The first evaluation was in the

    "recent postoperative" (RP) period, 165 (SD=16) days after the surgery, and the

    second in the "late postoperative" (LP) period, 345 (SD=38) days. For analysis

    of the secretion capacity it was used the test of EDTA induced hypocalcemia,

    and for analysis of the suppression capacity it was performed the intravenous

    infusion of calcium tests and the oral calcium administration tests, both inducing

    hypercalcemia.

  • Abstract

    The analysis of the linear correlation in the dynamic tests of the healthy

    individuals demonstrated that the variation of the ionic calcium levels and the

    serum concentration of PTH had been inversely proportional, however the same

    was not observed in RP or LP tests performed in patients submitted to surgery.

    The reduction of the calcium levels in patients during the test with EDTA had

    been closely similar. However, there was not change of calcium during the oral

    administration of calcium to promote suppression to the parathyroid tissue. The

    rise of ionic calcium levels during the test of suppression with intravenous

    calcium in transplanted patients was similar to that observed in healthy

    individuals. By inclination index curve analysis it was not observed significant

    changes of PTH in the LP period, differently of the healthy individuals group.

    Changes in the PTH serum levels were not observed during the stimulation

    tests in RP period, however, in the LP period, there was a rise in the inclination

    index curve, in significantly inferior levels to the observed in the healthy

    individuals group.

    Thus, we concluded that patient submitted to total parathyroidectomy

    with partial autotransplantation presents an abnormality in the secretion function

    of the autotransplanted tissue during the first year after surgery, it was also

    observed a loss of the proportionality between ionic calcium and PTH.

    Moreover, we observed incapacity of suppression in POT and lost of secretion

    after stimulation of the autotransplanted gland in POR, with a partial recovery in

    POT.

  • NDICE 1. INTRODUO....................................................................................................1 2. OBJETIVOS......................................................................................................16 3. CASUSTICA E MTODOS..............................................................................18

    3.1. Tcnica Cirrgica...............................................................................................21

    3.2. Testes Funcionais..............................................................................................22

    3.3. Anlise Estatstica.............................................................................................25 4. RESULTADOS .................................................................................................28

    4.1. Grupo Controle ..................................................................................................29

    4.2. Grupo de Paciente.............................................................................................30

    5. DISCUSSO.....................................................................................................78 6. CONCLUSES.................................................................................................92 7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.................................................................94 8. ANEXOS 9. ANEXO DE PUBLICAO

  • 1. INTRODUO

  • Introduo

    2

    O paratormnio (PTH) o principal hormnio responsvel pela

    homeostase do on clcio no organismo. Trata-se de uma protena de 84

    aminocidos produzida e secretada pelas clulas principais das glndulas

    paratireides. As paratireides possuem trs propriedades vitais para o

    controle dos nveis sangneos de clcio: elas sintetizam, processam e

    estocam PTH de maneira regulada, secretam rapidamente o PTH estocado e

    podem apresentar replicao celular quando estimuladas cronicamente. Essas

    caractersticas permitem uma resposta adequada para controle do clcio a

    curto, mdio e longo prazo.

    A sntese de PTH inicia-se a partir da transcrio do gene localizado no

    brao curto do cromossomo 11. Numa primeira fase, sintetizado um precursor

    do PTH denominado pr-pro-paratormnio, composto por 115 aminocidos. A

    poro pr desta protena precursora contm 25 aminocidos constituindo a

    cadeia amino-terminal, responsvel pelo transporte at o retculo

    endoplasmtico. A funo da poro pro, constituda por seis aminocidos,

    no completamente entendida. Aps a entrada da seqncia pro-PTH no

    complexo de Golgi, ocorrem a clivagem e a destruio dessa pequena poro,

    enquanto o PTH armazenado em vesculas, podendo ser secretado ou

    degradado (BRINGHURST; DEMAY; KRONENBERG, 1998).

    O PTH, em sua forma ativa, apresenta-se como molcula intacta.

    Entretanto, no sangue perifrico, podem ser encontrados fragmentos, tanto da

    regio carboxi-terminal quanto da poro mdia da cadeia de aminocidos. A

  • Introduo

    3

    existncia de fragmentos decorrente da metabolizao perifrica e da ao

    de proteases presentes no interior dos grnulos de secreo de PTH,

    configurando, desse modo, um mecanismo regulador de inativao do PTH

    estocado, uma vez que os fragmentos de PTH no parecem exercer atividade

    metablica. Estudos in vitro tm confirmado que a taxa de degradao

    intracelular de PTH est aumentada em estado hipercalcmico (MACGREGOR

    et al, 1979).

    Assim, o principal fator de regulao da secreo de PTH a

    concentrao de clcio inico no lquido extracelular. Embora se tenha

    observado que catecolaminas (FISHER; BLUM; BINSWANGER, 1973),

    alumnio (MORRISSEY; STALOPOLSKY, 1986), calcitonina (FISCHER et al,

    1971) e histamina (BROWN, 1980) possam interferir na secreo de PTH, a

    presena dos receptores especficos (CaR) nas clulas principais confere maior

    sensibilidade da glndula aos nveis sangneos de clcio (BROWN, 2000).

    Aproximadamente 99% do clcio presente no organismo encontrado

    sob a forma de hidroxiapatita, constituindo a estrutura do esqueleto humano.

    Apenas 1% est nos fluidos e tecidos moles (BRINGHURST, 1995). A

    manuteno do gradiente de concentrao intra e extracelular importante

    para o controle de diversos processos bioqumicos, sobretudo aqueles

    relacionados excitabilidade neuromuscular (ALBRIGHT et al, 1931). O PTH

    age no controle do metabolismo do clcio atuando diretamente sobre ossos e

    rins. Nos ossos, o PTH promove a mobilizao de clcio em direo ao sangue

    perifrico, enquanto nos rins, ele aumenta a reabsoro nos tbulos renais. De

    modo indireto, o PTH incrementa a absoro do clcio ingerido na dieta,

  • Introduo

    4

    atravs do estmulo sntese renal de 1,25 diidroxivitamina D [1,25(OH)2Vit D],

    responsvel pela otimizao da absoro intestinal de clcio. Assim como o on

    clcio, a maior parte do fsforo presente no organismo encontra-se na forma

    cristalizada, no entanto, o efeito do PTH sobre o controle do fsforo oposto

    quele observado em relao ao clcio. O PTH age inibindo a reabsoro do

    fsforo nos tbulos renais.

    A elevao patolgica dos nveis sricos de PTH constitui o estado de

    hiperparatireoidismo (HP). O HP pode advir de doena intrnseca a uma ou

    mais glndulas paratireides, tais como no adenoma ou carcinoma de

    paratireide, sendo assim, denominado hiperparatireoidismo primrio (HPP).

    Em outras situaes, o PTH pode se elevar em resposta hipocalcemia

    persistente, gerada por doena crnica sistmica, configurando o

    hiperparatireoidismo secundrio (HPS). Nesse caso, a maior parte dos

    pacientes portadora de doena renal crnica. Evolutivamente, esses

    pacientes podem apresentar hiperparatireoidismo tercirio (HPT), observado

    quando a glndula hiperplsica adquire autonomia quanto secreo de PTH

    (MARX, 2000).

    Embora o HPS tenha sido reconhecido a partir das observaes de

    Pappenheimer e Wilems (1935), os ensaios com melhor sensibilidade para

    dosagem sangnea de PTH s surgiram aps o isolamento de sua molcula

    (AURBACH, 1959). O primeiro mtodo utilizado foi o radioimunoensaio

    (BERSON et al, 1963). Posteriormente, surgiram os ensaios imunomtricos

    (WOODHEAD; DAVIES; LISTER, 1977), especialmente os ensaios

    imunorradiomtricos (IRMA), imunoquimioluminomtrico (ICMA) e

  • Introduo

    5

    imunofluoromtrico (IFMA) (NUSSBAUM et al, 1987; BROWN et al, 1987;

    DAVIES et al, 1990; VIEIRA et al, 1994). Devido heterogeneidade da

    molcula de PTH, com a presena de fragmentos caboxi-terminais circulantes,

    houve, mais recentemente, o desenvolvimento de uma nova gerao de

    ensaios imunomtricos, onde um dos anticorpos direcionado aos primeiros

    quatro aminocidos amino-terminais, o que confere maior especificidade na

    deteco do (1-84) PTH, impedindo a reao cruzada com fraes circulantes,

    tais como o (7-84) PTH e evitando, deste modo, que o PTH seja superestimado

    (BROSSARD et al, 1996; LEPAGE et al, 1998, GAO et al, 2001; POTTS, 2005;

    JOHN et al, 2006; KACZIREK et al, 2006).

    O HPS tem sido uma freqente complicao da doena renal crnica. As

    alteraes nas glndulas paratireides podem surgir precocemente no

    desenvolvimento da doena renal, mesmo antes que os pacientes necessitem

    de dilise. Os estados hipocalcmico e hiperfosfatmico so os principais

    fatores desencadeadores do HP em pacientes renais crnicos. Contribui para o

    desenvolvimento do HPS, a depleo da 1,25(OH)2Vit D decorrente da falha na

    converso a partir da 25-hidroxivitamina D [25(OH)Vit D] observada na vigncia

    de falncia renal. A 1,25(OH)2Vit D, alm de favorecer a absoro intestinal de

    clcio, parece atuar na inibio da proliferao de clulas da glndula

    paratireide (SZABO et al, 1989; RODRIGUEZ, et al, 1999). Alm disso, a

    diminuio da sensibilidade ou do nmero de receptores para 1,25(OH)2Vit D e

    clcio, tambm podem ser responsveis pelo estmulo secreo de PTH e

    proliferao celular na glndula (PATEL et al, 1995; GOGUSEV et al, 1997).

  • Introduo

    6

    As manifestaes clnicas do HPS so habitualmente relacionadas ao

    acometimento sseo (ostete fibrosa cstica). So comuns as queixas de

    fraqueza muscular e dor ssea que muitas vezes impedem o paciente de

    deambular, alm de fraturas patolgicas decorrentes da perda generalizada de

    massa ssea. O surgimento de tumor marrom, principalmente quando acomete

    a face, pode afetar a auto-estima levando depresso por seu aspecto

    desfigurante (LACATIVA et al, 2003). O tratamento do HPS deve ser

    introduzido o mais precocemente possvel. A maioria dos pacientes tratada

    adequadamente com medicao e dieta. O controle clnico baseia-se na

    diminuio dos fatores que induzem a hiperfuno das glndulas paratireides.

    A restrio alimentar de fsforo associada ao uso de quelantes podem

    contribuir no controle da hiperfosfatemia. O uso de calcitriol, para suprir sua

    deficincia endgena, tem efeito satisfatrio na supresso do PTH,

    normalizando os nveis sricos de clcio (NATIONAL KIDNEY FOUNDATION.

    K/DOQI Kidney Disease Outcomes Quality Initiative, 2003; FADEM; MOE,

    2007). Entretanto, alguns pacientes tornam-se resistentes ao tratamento

    clnico, necessitando de cirurgia.

    A prevalncia do HPS que requer tratamento cirrgico de cerca de

    5,5% dos pacientes em dilise. A necessidade de paratireoidectomia aumenta

    com o tempo de dilise. Antes de cinco anos, 3,3 por 1000 pacientes/ano

    requerem cirurgia, enquanto aps 10 anos de dilise, 30 por 1000

    pacientes/ano precisam ser operados (MALBERTI et al, 2001). Esses dados

    so relevantes ao se analisar que no Brasil, aproximadamente 70.872

    indivduos estejam em programas de dilise (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

  • Introduo

    7

    NEFROLOGIA - http://www.sbn.org.br/censo/2006, acessado em novembro de

    2007; SESSO, 2000). So indicados para paratireoidectomia os pacientes com

    HP persistente, refratrio ao tratamento clnico ou sintomtico aps o

    transplante renal; persistncia do produto clcio x fsforo > 55 mg2/dl2; dor

    ssea refratria ao tratamento clnico; artrite incapacitante; ruptura de tendes;

    fratura patolgica; calcificao ectpica; prurido intratvel e tumor marrom

    quando urgente a necessidade de regresso da massa (BRINGHURST et al,

    1998; DE FRANCISCO et al, 2002; FUKAGAWA; NAKANISHI, 2003; KREMPL;

    MEDINA; BOUKNIGHT, 2003; NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. K/DOQI

    Kidney Disease Outcomes Quality Initiative, 2003; TOMINAGA; MATSUOKA;

    SATO, 2005). Alguns autores preconizam a cirurgia em casos de elevao do

    PTH acima de 10 vezes o limite superior da normalidade para o mtodo de

    dosagem, devido ao provvel insucesso do tratamento clnico (ELDER, 2002).

    A identificao morfolgica das glndulas paratireides um fato

    relativamente recente. Somente h pouco mais de um sculo, as paratireides

    foram identificadas em humanos (EKNOYAN, 1995). O tratamento cirrgico

    iniciou-se a partir do reconhecimento da associao entre adenoma de

    paratireide e a ostete fibrosa cstica. Observou-se, a partir da resseco do

    adenoma, importante regresso da doena ssea (CORDEIRO, 1987).

    Entretanto, o HPS s passou a ser um problema de resoluo cirrgica a partir

    da evoluo dos mtodos de dilise no tratamento de portadores de

    insuficincia renal crnica (IRC), na segunda metade do sculo XX

    (GOTTSCHALK; FELLNER, 1997).

  • Introduo

    8

    Os maiores avanos nos procedimentos cirrgicos envolvendo as

    glndulas paratireides ocorreram a partir de 1960, quando Stanbury; Lumb e

    Nicholson (1960), com base nos conhecimentos acerca da hiperplasia

    reacional das glndulas paratireides em pacientes nefropatas, idealizaram a

    paratireoidectomia subtotal para tratamento de HPS. Era postulado que a

    reduo cirrgica de tecido paratireideo funcionante poderia reverter a ostete

    fibrosa em portadores de doena renal crnica refratrios ao uso de vitamina D.

    Por essa tcnica, as paratireides foram identificadas e ressecadas, sendo que

    uma delas foi seccionada, deixando no pescoo cerca de 0,2 a 0,3g da

    glndula ligada ao seu pedculo vascular. Esse foi o primeiro procedimento

    indicado para o tratamento do HPS que apresentou resultados satisfatrios.

    Entretanto, as recidivas cervicais associadas elevada morbi-mortalidade da

    reoperao no pescoo impeliram alguns autores a preconizar

    paratireoidectomia total no tratamento do HPS. Fordham III e Williams (1963)

    publicaram o relato de paciente portador de HPS submetido

    paratireoidectomia total, apresentando bom controle da calcemia no perodo

    ps-operatrio. De maneira semelhante, Felts et al (1965) descreveram um

    paciente que apresentou bom controle da calcemia no ps-operatrio,

    entretanto, necessitou de reposio prolongada de clcio e vitamina D.

    Posteriormente, outros autores consideraram relevantes as complicaes

    decorrentes dessa tcnica, como o hipoparatireoidismo de difcil controle e a

    doena ssea adinmica (OGG, 1973; FUKAGAWA; KAZAMA; KUROKAWA,

    2002; HEAF, 2003).

  • Introduo

    9

    Diante desse cenrio, foi introduzida a paratireoidectomia total com

    enxerto autlogo heterotpico de tecido paratireideo como uma nova opo

    de tratamento cirrgico no HPS. Em tese, diminua-se, assim, o risco de

    recidiva cervical ou persistncia do HP, observado mais freqentemente na

    paratireoidectomia subtotal (ROTHMUND; WAGNER; SCHARK, 1991), alm

    de manter a secreo de PTH, prevenindo-se o hipoparatireoidismo definitivo e

    suas complicaes. Segundo a tcnica descrita por Wells et al (1975), os

    pacientes portadores de HPS eram submetidos resseco das quatro

    glndulas paratireides, sendo uma ou duas, com aspecto macroscpico mais

    prximo da normalidade, seccionadas em fragmentos medindo cerca de 1mm3.

    Enquanto prosseguia com a sntese da ferida cirrgica cervical, uma inciso

    era feita na superfcie ventral do antebrao no-dominante, previamente

    preparado com medidas de antissepsia, onde, ento, eram realizados os

    implantes. Eram implantados aproximadamente 20 a 25 fragmentos de

    paratireide. Cada implante era posicionado em bolsas intramusculares

    separadas, que eram, ento, fechadas com fio inabsorvvel. A rea receptora

    era o antebrao, por duas razes: o tecido autotransplantado era facilmente

    acessvel nessa localizao e uma parte poderia ser removida com anestesia

    local em caso de recidiva. Alm disso, as medidas de PTH poderiam ser

    comparadas com o membro superior contralateral, com o objetivo de avaliar a

    viabilidade do enxerto. Houve, ainda, um importante avano na tcnica de

    criopreservao de paratireides. A disponibilidade de tecido paratireideo

    criopreservado trouxe a possibilidade de novo implante de tecido funcionante

    em casos de perda do autotransplante (ROTHMUND; WAGNER, 1984;

  • Introduo

    10

    WAGNER, 1986; WAGNER; SEESKO; ROTHMUND, 1991; MCHENRY;

    STENGER; CALANDRO, 1997; COHEN et al, 2005; MONTENEGRO et al,

    2007).

    Assim, o tratamento cirrgico do HPS consiste nas seguintes opes

    teraputicas: a paratireoidectomia subtotal (KATZ; KAPLAN, 1973;

    ALBERTSON; POOLE; MYERS, 1985; LEAPMAN et al, 1989; DEMEURE, et

    al, 1990; KIM et al, 1994; KOONSMAN, et al, 1994; YU; DEVITA; KOMISAR,

    1998); a paratireoidectomia total sem autotransplante (MONTENEGRO et al,

    1999; STRACKE et al, 1999, LORENZ et al, 2006) e a paratireoidectomia total

    com autotransplante (MOZES et al, 1980; DIAZ-BUXO et al, 1981;

    ROTHMUND; WAGNER, 1988; ROTHMUND; WAGNER; SCHARK, 1991;

    BAUMANN; WELLS, 1993). Entretanto, tem-se procurado definir a melhor

    modalidade teraputica nos pacientes portadores de doena renal

    (MONTENEGRO, 2000).

    Albertson; Poole e Myers (1985) compararam 22 pacientes submetidos

    paratireidectomia subtotal e 10 submetidos paratireoidectomia total com

    autotransplante, e observaram que os dois grupos obtiveram sucesso na

    capacidade de aliviar os sintomas e reverter a osteodistrofia renal, entretanto

    houve um caso de reoperao no grupo de autotransplantados. Os autores

    preconizaram a paratireoidectomia subtotal no tratamento do HPS.

    Koonsman et al (1994), avaliando pacientes em dilise, compararam um

    grupo de 53 pacientes submetidos paratireoidectomia subtotal com um grupo

    de 24 pacientes submetidos paratireoidectomia total com autotransplante e

  • Introduo

    11

    no foram observadas diferenas com relao aos nveis calcmicos no

    perodo ps-operatrio e quanto taxa de recorrncia.

    De modo semelhante, Hargrove et al (1999), em anlise comparativa,

    mostraram, que pacientes submetidos paratireoidectomia subtotal e total com

    autotransplante apresentaram resultados equivalentes com respeito ao nvel de

    PTH no perodo ps-operatrio e taxa de recorrncia.

    Zacara et al (1999) mostraram remisso dos sintomas, como dor ssea,

    prurido e fraqueza muscular, assim como melhora dos padres bioqumicos em

    pacientes autotransplantados. Entretanto, Tominaga et al (1992) descreveram

    os resultados de 248 pacientes em dilise submetidos paratireoidectomia, e

    observaram 21,1% de recorrncia aps paratireoidectomia subtotal, e 7,5%

    aps paratireoidectomia total com autotransplante. Em estudo subseqente, foi

    analisada a persistncia do HP em 1156 pacientes submetidos

    paratireoidectomia total e autotransplante. Com o objetivo de evitar glndulas

    supranumerrias no pescoo ou mediastino, foram realizadas timectomia,

    explorao da rea paratraqueal, paraesofgica e explorao da bainha

    carotdea, bilateralmente. Apesar da estratgia cirrgica mais agressiva, foi

    observado HP persistente em 4,2% dos pacientes operados (TOMINAGA et al,

    2003).

    Assim, embora esse assunto permanea ainda controverso (RICHARDS

    et al, 2006), a paratireoidectomia total com autotransplante tem sido indicada,

    preferencialmente s demais tcnicas, pois em havendo recorrncia do HP, a

    abordagem no antebrao , tecnicamente, mais simples, podendo ser realizada

  • Introduo

    12

    com bloqueio anestsico loco-regional, enquanto a abordagem cervical requer

    anestesia geral.

    A necessidade de preservao das glndulas paratireides durante a

    tireoidectomia motivou os primeiros estudos em transplante muscular de

    paratireides. Halsted (1909) demonstrou, atravs de observao histolgica, a

    viabilidade de enxertos de paratireides em ces, e Russel e Guittes (1959),

    estudando esse tipo de enxerto em ratos, mostraram a sua capacidade de

    manter um estado normocalcmico. Em humanos, a primeira descrio de

    autotransplante de glndula paratireide em tecido muscular foi feita por Lahey

    (1926). Posteriormente, Alveryd (1968) relatou o procedimento em pacientes

    submetidos tireoidectomia com remoo inadvertida da glndula paratireide,

    demonstrando controles satisfatrios dos ons clcio e fsforo.

    A primeira anlise da funo de tecido paratireideo implantado em

    humanos foi realizada por Wells et al (1975). A secreo de PTH a partir do

    tecido autotransplantado foi determinada por meio da ocluso venosa atravs

    de torniquetes em ambos os membros superiores acima do cotovelo. As

    coletas foram realizadas com 1, 3, 5 e 10 minutos, e mostraram haver maiores

    nveis sricos de PTH no membro que recebera o implante. Casanova et al

    (1991) relataram que a excluso do enxerto implantado da circulao

    sangunea, atravs do posicionamento de torniquete proximal localizao do

    enxerto, produz uma reduo concomitante da concentrao plasmtica de

    PTH. Outros estudos tm comparado a funo das glndulas

    autotransplantadas imediatamente, ou aps terem sido criopreservadas. Tem

  • Introduo

    13

    sido relatado melhor controle calcmico nos casos de autotransplante a fresco

    (WELLS et al, 1980).

    O estudo da dinmica de secreo de PTH tem sido utilizado para

    anlise do comportamento das glndulas paratireides em diferentes situaes

    clnicas, assim como em situaes patolgicas prprias das glndulas

    paratireides. Atravs de testes especficos, pode-se determinar a

    supressibilidade e a capacidade de secreo de PTH em condies induzidas

    de hipercalcemia e hipocalcemia, respectivamente.

    Para a induo da hipocalcemia tm sido utilizadas substncias

    quelantes desse on, como EDTA (cido etilenodiaminotetractico) (CASTRO

    et al, 1988; MONTENEGRO, 2001; PAULA et al, 2001; LANNA et al, 2002) ou

    citrato (RAMIREZ et al, 1993), infundidas por via endovenosa. A utilizao do

    EDTA como indutor de hipocalcemia um mtodo empregado h muitos anos

    para avaliar a funo das glndulas paratireides (SPENCER et al, 1952;

    JONES; WALLES; FOURMAN, 1963; KLOTZ; WILTCHITZ, 1963; KING;

    PORTNOY; GOLDSMITH, 1965). Esse agente reduz rapidamente o clcio

    inico srico, provocando, em situaes normais, uma resposta com aumento

    da secreo de PTH. A hipercalcemia tem sido obtida atravs da administrao

    de clcio por via oral ou via endovenosa (MADVIG; YONG; MARCUS, 1984;

    LIPS et al, 1991). Os testes dinmicos possibilitam a deteco de alteraes da

    secreo do PTH, dificilmente identificadas apenas pela anlise dos nveis

    basais.

    Castro et al (1988), estudando 10 indivduos normais, encontraram,

    durante o teste com EDTA, uma reduo mdia dos nveis sricos de clcio

  • Introduo

    14

    total de 1,8(DP=0,4)mg/dl, o que provocou uma resposta secretora na glndula

    paratireide com elevao do PTH em 141,2%, variando de 75% a 229%.

    Observou-se uma correlao inversamente proporcional entre os valores

    mdios de PTH e clcio, durante a infuso.

    Fatores como sexo e idade no parecem interferir na dinmica de

    secreo de PTH (HADEN et al, 2000). Entretanto, outras situaes clnicas

    como o diabetes mellitus e o estado de hipercortisolismo esto relacionados a

    alteraes na secreo de PTH (PAULA et al, 2001; LANNA et al, 2002).

    No HP, McCarron et al (1982) observaram diferenas entre indivduos

    normais e pacientes com HPT, quando se analisou a funo paratireidea

    atravs da medida do PTH durante variaes sricas de clcio. Outros autores

    tm observado diferentes respostas em pacientes portadores de HPS conforme

    o tipo de osteodistrofia renal, ou uso de calcitrol (DELMEZ et al, 1989).

    A partir desse estudo dinmico pode-se definir a concentrao de clcio

    capaz de reduzir a secreo de PTH metade de sua capacidade de secreo

    mxima, o que denominado set-point (BROWN et al, 1982; BROWN, 1983).

    Goodman et al (1995), estudando pacientes portadores de HPS leve,

    moderado e grave, no observaram variao na medida do set-point, na

    comparao entre indivduos normais e nos diferentes graus de severidade do

    HPS. Entretanto, a funo paratireidea avaliada atravs desse parmetro tem

    demonstrado resultados conflitantes (MESSA et al, 1997; MOYSS et al, 1999;

    BAS et al, 2005).

    A aplicao de testes dinmicos na avaliao da secreo de PTH pela

    glndula paratireide autotransplantada foi feita, inicialmente, por Giuliani et al

  • Introduo

    15

    (1981) que observaram em um paciente portador de HPP submetido ao

    autotransplante de tecido paratireideo, um aumento da secreo de PTH no

    teste de estmulo com EDTA. Entretanto, no teste de supresso no houve

    reduo da secreo de PTH durante a infuso de clcio.

    Posteriormente, Belgrano et al (1984), submeteram um paciente

    portador de HPS aps autotransplante ao teste dinmico tendo observado uma

    elevao do PTH no teste com EDTA, mostrando haver uma resposta

    secretora na glndula implantada. No teste com infuso de clcio, o paciente

    apresentou discreta supressibilidade.

    Assim, apesar da relevncia do entendimento da fisiologia das glndulas

    paratireides implantadas em portadores de IRC, no foi realizada, at o

    momento, uma avaliao comparativa in vivo entre o padro de resposta

    secretora de PTH em indivduos normais e pacientes com doena renal crnica

    submetidos ao autotransplante heterotpico de glndula paratireide. Maior

    esclarecimento acerca do comportamento do tecido glandular implantado pode

    contribuir para entendimento dos mecanismos fisiopatolgicos relacionados

    evoluo dos implantes, podendo fornecer subsdio cientfico para outros

    estudos voltados preveno, diagnstico e tratamento de recidivas.

  • 2. OBJETIVOS

  • Objetivos

    17

    Em pacientes portadores de HPS decorrente de IRC, submetidos

    paratireoidectomia total seguida por autotransplante parcial de glndulas

    paratireides em msculo braquiorradial, tivemos por objetivos:

    a- Avaliar a correlao entre as variaes de PTH e clcio em indivduos

    normais e nos pacientes estudados.

    b- Comparar os resultados dos testes de estmulo e supresso nos

    pacientes e indivduos normais.

    b1- Determinar a capacidade de estmulo da secreo do PTH do

    tecido glandular autotranplantado, nos perodos ps-operatrios

    recente e tardio.

    b2- Determinar a capacidade de supresso da secreo do PTH do

    tecido glandular autotransplantado, nos perodos ps-operatrios

    recente e tardio.

  • 3. CASUSTICA E MTODOS

  • Casustica e Mtodos 19

    Foram estudados doze pacientes com diagnstico de HPS IRC,

    acompanhados no Ambulatrio de Osteodistrofia Renal da Diviso de

    Nefrologia do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro

    Preto da Universidade de So Paulo (HCFMRP-USP), e encaminhados ao

    Servio de Cirurgia de Cabea e Pescoo do HCFMRP-USP para tratamento

    cirrgico.

    Todos foram submetidos avaliao clnica geral e especfica da regio

    de cabea e pescoo, alm da avaliao radiolgica e laboratorial, quando

    foram determinadas as medidas sricas de PTH, clcio total e inico, fsforo

    inorgnico, magnsio, fosfatase alcalina, alanina transaminase (ALT), aspartato

    transaminase (AST) e gamaglutamil transferase (GGT), alm de radiografias

    simples de crnio, de arcos costais, de mos e de ossos longos. A cintilografia

    de paratireide foi realizada antes da cirurgia para confirmar a presena e

    demonstrar a localizao das glndulas paratireides. Os doentes foram

    submetidos avaliao pr-operatria para determinao do risco cardaco e

    definio dos cuidados intra e ps-operatrios. A ostete fibrosa cstica ou

    doena mista foram confirmadas nos doentes atravs de bipsia transilaca

    seguida por histomorfometria ssea. Aps a cirurgia, todos os pacientes

    estavam em uso de clcio por via oral e\ou endovenosa, alm de calcitriol (1,25

    (OH)2 Vit D3), os quais, embora possam interferir na secreo de PTH, no

    foram suspensos pelo elevado risco de desencadear hipocalcemia com

    manifestaes clnicas graves (ANEXO A). Foram excludos os indivduos com

  • Casustica e Mtodos 20

    idade superior a 65 anos e inferior a 18 anos, mulheres grvidas e pacientes

    sabidamente portadores de doena ssea de outras etiologias.

    Quatorze indivduos voluntrios, selecionados nos ambulatrios do

    HCFMRP-USP constituram o grupo controle. Todos eram saudveis e no

    apresentavam queixas sugestivas de doena no diagnosticada, ou qualquer

    alterao observada durante a anamnese e exame fsico. Nenhum desses

    participantes fazia uso de medicao como clcio, vitamina D, ou outras drogas

    passveis de interferir no metabolismo do clcio ou na secreo de PTH. Foram

    realizadas as medidas sricas de PTH, clcio inico e magnsio.

    Para avaliao funcional das glndulas paratireides implantadas foram

    empregados, inicialmente, dois testes para o estudo da dinmica de secreo

    do PTH. Para anlise da capacidade de resposta ao estmulo, foi utilizado o

    teste de hipocalcemia induzida por EDTA e para anlise da supresso da

    secreo glandular foi empregado o teste de hipercalcemia induzida pela

    administrao de clcio por via oral. Os testes foram realizados em dois

    tempos no perodo ps-operatrio. O primeiro teste foi realizado 165 (DP=16)

    dias aps a cirurgia, que denominamos de ps-operatrio recente (POR) e o

    segundo aps 345 (DP=38) dias, que denominamos de ps-operatrio tardio

    (POT). No POT, os pacientes foram, ainda, submetidos a um terceiro teste,

    para avaliao da supresso glandular atravs da administrao endovenosa

    de gluconato de clcio. Os indivduos do grupo controle realizaram testes de

    estmulo da glndula paratireide com EDTA e supresso com clcio

    administrado por vias endovenosa e oral. Os testes foram realizados com

    intervalo de pelo menos uma semana.

  • Casustica e Mtodos 21

    O protocolo de trabalho foi aprovado previamente pela Comisso de

    tica em Pesquisa do HCFMRP-USP (Anexo B) e os pacientes e indivduos do

    grupo controle foram informados quanto aos procedimentos aos quais seriam

    submetidos e assinaram o Termo de Consentimento ps-informado.

    3.1. Tcnica Cirrgica

    A cirurgia empregada seguiu a tcnica descrita, inicialmente, por Wells

    et al. (1975), com modificaes relativas ao implante. Assim, atravs de

    cervicotomia transversa, cada um dos doze doentes foi submetido resseco

    das glndulas paratireides, confirmadas por anlise histopatolgica. As

    glndulas, que se apresentavam com o aspecto menos nodular, eram

    selecionadas para implante, sendo, nesse caso, as ltimas a serem

    ressecadas. Durante o procedimento, as glndulas eram preservadas em

    soluo de Roswell Park Memorial Institute (RPMI) 1640. Terminada a

    remoo, as glndulas eram fragmentadas em partes de aproximadamente

    1mm3 para o autotransplante e criopreservao enquanto era realizado o

    fechamento da ferida cirrgica.

    Uma inciso longitudinal na superfcie ventral do antebrao contralateral

    fstula artrio-venosa, com aproximadamente cinco centmetros de extenso,

    era utilizada para acessar o msculo braquiorradial, onde era realizado o

    implante glandular. Atravs de uma inciso sobre a fscia muscular, eram

    implantados 16 fragmentos de paratireide divididos em quatro leitos

    musculares separados. A fscia era suturada com fio do tipo mononylon 4-0

  • Casustica e Mtodos 22

    preto, que alm de conter o implante, facilitaria a identificao do mesmo, em

    uma possvel reexplorao cirrgica.

    Aps o fechamento da pele, outros 20 fragmentos de tecido

    paratireideo eram depositados em dois recipientes estreis contendo meio de

    criopreservao, composto de RPMI 1640 + Dimetil-sulfxido (DMSO) 10% +

    Soro fetal bovino 30%. Os recipientes eram armazenados em freezer a -700C

    durante 24 h e posteriormente levados ao nitrognio lquido, onde eram

    mantidos indefinidamente. Embora a criopreservao objetive disponibilizar

    tecido vivel em caso de perda ou necessidade de resseco do enxerto,

    nenhum paciente requereu tecido criopreservado at o trmino deste estudo.

    No perodo ps-operatrio, os pacientes foram submetidos

    monitorizao clnica e laboratorial, quanto aos nveis de clcio inico srico, e

    quando se apresentavam normocalcmicos e assintomticos, recebiam alta

    hospitalar, com reposio de clcio e vitamina D por via oral, alm de dieta rica

    em clcio e fsforo. Em alguns casos quando a manuteno da calcemia no

    era conseguida com os mesmos, utilizava-se a infuso endovenosa de clcio

    durante a hemodilise.

    3.2. Testes Funcionais

    Os testes funcionais iniciavam-se entre 8 e 9 horas da manh, aps

    jejum de 12 a 14 horas. O paciente era posicionado em decbito dorsal,

    realizada puno venosa com cateter butterfly nmero 21 no membro superior

    contralateral ao stio do autotransplante e coletada a primeira amostra para

    determinao dos nveis basais de PTH e clcio inico. O cateter venoso era

  • Casustica e Mtodos 23

    mantido heparinizado para as coletas subseqentes. O teste era iniciado,

    sendo o tipo de teste definido de maneira aleatria.

    No teste de estmulo da secreo de PTH, era preparada uma soluo

    composta de EDTA dissdico (30mg/kg) (Farmcia - HCFMRP-USP) e

    lidocana 2% (2,7mg/kg) (AstraZeneca), diludos em soluo de glicose 5%,

    completando um volume de 200ml. A lidocana teve a funo de amenizar a dor

    provocada pela infuso de EDTA. Realizava-se nova puno venosa no

    membro superior ipsilateral ao autotransplante, onde era iniciada a infuso. A

    durao do teste era de duas horas, utilizando-se bomba de infuso contnua

    (Harvard Apparatus), e as amostras eram colhidas a cada 10 minutos por um

    perodo de duas horas. Em cada amostra eram dosados os nveis sricos de

    clcio inico e PTH.

    No teste endovenoso de supresso da secreo do PTH, era preparada

    uma soluo de gluconato de clcio 10% (2,5mg/Kg) diluda em soluo de

    glicose 5%, totalizando um volume total de 100ml. Da mesma maneira,

    realizava-se puno venosa do membro superior ipsilateral ao autotransplante

    de paratireide, onde era iniciada a infuso, utilizando-se bomba de infuso

    contnua (Harvard Apparatus) por um perodo de duas horas. Na primeira hora,

    as coletas eram realizadas a cada dez minutos, e aps, na segunda hora,

    passava-se a coletar amostras a cada 20 minutos.

    No teste oral de supresso da secreo do PTH, aps a coleta das

    amostras de sangue para determinao dos nveis basais de clcio inico e de

    PTH, os pacientes ingeriam dois comprimidos de Calcium Sandoz F

    (lactogliconato de clcio e carbonato de clcio - equivalente a 500mg de clcio

  • Casustica e Mtodos 24

    ionizvel) dissolvidos em 100ml de gua. Eram colhidas amostras de sangue a

    cada trinta minutos, durante trs horas, para determinao de clcio inico e de

    PTH.

    Durante os testes, os pacientes foram continuamente monitorizados

    quanto s manifestaes clnicas decorrentes de hipo ou hipercalcemia.

    Precedendo os testes funcionais no POR e POT, eram colhidas amostras de

    sangue para dosagem sricas de PTH, clcio total e inico, fsforo inorgnico,

    magnsio, fosfatase alcalina, ALT, AST e GGT. Era realizada, ainda,

    cintilografia de paratireides, com o objetivo de se excluir a presena de tecido

    paratireideo cervical remanescente.

    O PTH, molcula intacta, foi dosado no soro pelo mtodo ICMA

    (Diagnostic products Corporation, Los Angeles, CA, USA). As amostras de

    sangue foram separadas utilizando-se uma centrfuga refrigerada, e

    armazenadas em freezer a -70oC at o momento da quantificao. Todas as

    amostras foram dosadas em duplicata e os resultados foram expressos em

    pg/ml (normal, 10 a 69 pg/ml). A dose mnima detectvel foi 1pg/ml e o

    coeficiente de variao intra-ensaio para pool controle foi de 1,2 a 3,7%, e

    inter-ensaio de 8,1%.

    O clcio inico foi dosado em um analisador com eletrodo clcio-

    especfico (Radiometer, Copenhagen, Denmark), sendo os resultados

    expressos em mmol/l (normal, 1,12 a 1,32 mmol/l). As dosagens foram obtidas

    imediatamente aps a coleta.

    As medidas sricas de clcio total (normal, 8,5 a 10,5 mg/dl), fsforo

    inorgnico (normal, 2,5 a 5,6 mg/dl), fosfatase alcalina (normal, 65 a 300 U/l),

  • Casustica e Mtodos 25

    ALT (normal, 0 a 34 U/l), AST (normal, 0 a 44 U/l), e GGT (normal, 7 a 50 U/l)

    foram realizadas conforme a rotina padronizada no Laboratrio Central do

    HCFMRP-USP, atravs da anlise espectrofotomtrica (KONELAB 60I, Thermo

    Clinical Labsystems, Finland).

    A dosagem de magnsio foi realizada conforme a rotina do Laboratrio

    de Pediatria da HCFMRP-USP, atravs da espectofotometria (EAA 55B,

    Varian, Australia). Os valores normais variavam de 1,4 a 2,3 mEq\l.

    3.3. Anlise Estatstica

    Os dados so apresentados em tabelas para cada teste no grupo

    controle, POR e POT, demonstrando a variao isolada dos nveis de clcio

    inico e de PTH, conforme o tempo de durao do teste. Essa variao ainda

    representada em grficos que demonstram as curvas individualizadas dos

    pacientes, construda a partir da variao em relao aos seus valores iniciais

    ou basais.

    Para a anlise dos nveis sricos de clcio inico e PTH aps infuso de

    EDTA, clcio endovenoso e clcio por via oral foi utilizado o Modelo Linear de

    Efeitos Mistos, onde as respostas de um mesmo indivduo esto agrupadas e a

    suposio de independncia entre as observaes num mesmo grupo no

    adequada (SCHALL, 1991), pois um mesmo paciente foi avaliado em vrios

    perodos de tempo no grupo controle, no POR e no POT. Foram considerados

    como efeitos fixos os grupos e as interaes entre grupos e perodos de tempo

    e como efeito aleatrio os pacientes e os perodos de tempo. Na aplicao do

  • Casustica e Mtodos 26

    Modelo Linear de Efeitos Mistos, foi utilizada a transformao logartmica

    neperiana na varivel tempo, visando a adequabilidade da metodologia.

    Foi utilizada uma anlise bayesiana, que consiste na obteno de

    medidas resumos ou distribuies a posteriori para os parmetros de

    interesse (BOX; TIAO, 1973; SPIEGELHALTER et al, 1999). Essas medidas ou

    distribuies so obtidas atravs de funo de verossimilhana, onde

    combinam-se informaes a priori sobre os parmetros de interesse e

    informaes contidas na amostra.

    As amostras da distribuio a posteriori conjunta dos parmetros de

    interesse foram obtidas atravs dos mtodos de simulao de Monte Carlo em

    Cadeias de Markov; foram geradas amostras das distribuies condicionais

    utilizando o algoritmo Gibbs Sampling (CASELLA; GEORGE, 1992).

    A implementao da metodologia foi realizada atravs do software

    Winbugs 14.

    O valor basal de cada teste consistiu na mdia dos valores basais

    individuais (tempos -30 ou 10 e 0), tanto de PTH, quanto de clcio inico.

    Foram avaliadas as variaes dos nveis de clcio em cada tempo,

    comparativamente aos basais individuais, e, da mesma maneira, a variao na

    secreo de PTH, positiva ou negativamente. Foram realizadas comparaes

    estatsticas entre os tempos estudados e em relao ao comportamento

    observado no grupo controle (ANEXO C). O nvel de significncia adotado para

    anlise dos testes funcionais foi de 5% (p

  • Casustica e Mtodos 27

    repetidas (BLAND; ALTMAN, 1995). Esse modelo mede o grau de associao

    linear entre duas variveis. Este coeficiente pode variar de 1 a 1, dependendo

    da relao encontrada: positivamente correlacionada ou negativamente

    correlacionada. Este procedimento foi realizado atravs de um programa

    implementado no software R (ANEXO D).

  • 4. RESULTADOS

  • Resultados 29

    4.1. Grupo controle

    Os indivduos do grupo controle apresentavam idade variando de 24 a

    46 anos [mdia (x) DP = 30,1 6,3] sendo 9 masculinos e 5 do sexo

    feminino. O peso variou de 49,3 a 97,5 kg (73,5 14,4 kg) e altura de 152 a

    182 cm (168 10,1 cm) (Tabela 1). Todos os indivduos do grupo controle

    apresentavam nveis sanguneos basais de clcio inico, magnsio e PTH

    dentro da normalidade, com clcio inico variando de 1,11 a 1,28 mmol/l (1,2

    0,04 mmol/l); PTH de 11 a 70 pg/ml (27,7 16,8 pg/ml) e magnsio de 1,65 a

    2,01 mg/dl (1,79 0,12 mg/dl) (Tabela 2).

    Dos quatorze indivduos includos no grupo controle, onze realizaram o

    teste de estmulo da secreo de PTH atravs da infuso de EDTA. Foi

    observada queda significativa dos nveis de clcio inico. Em condies basais,

    o clcio inico plasmtico mdio foi de 1,21 0,06 mmol/l, com queda at 1,03

    0,06 mmol/l ao trmino do teste, demonstrando uma variao de 14,9%

    (Tabela 3 e Figura 1). Concomitante queda dos nveis sricos de clcio inico

    houve um aumento na secreo do PTH. Os nveis basais foram de 27,2 14,9

    pg/ml chegando no tempo de 100 com a mdia de 125 61,9 pg/ml,

    representando uma elevao de 359% ( = 97,8 pg/ml) (Tabela 4 e Figura 2).

    Entre os quatorze indivduos, dez realizaram o teste de supresso da

    glndula paratireide, atravs da administrao de clcio. No teste realizado

    por via endovenosa, a mdia dos nveis sricos de clcio inico, em condies

    basais, foi de 1,20 0,02 mmol/l e ao trmino do teste foi de 1,39 0,04

  • Resultados 30

    mmol/l, com elevao de 15,8% (Tabela 5 e Figura 3). Esta elevao induziu a

    uma queda de 91% ( = 24,1 pg/ml) do nvel srico mdio de PTH dos

    indivduos, durante o teste (Tabela 6 e Figura 4). No teste realizado por via

    oral, a mdia dos nveis sricos de clcio inico em condies basais foi de

    1,21 0,03 mmol/l e ao trmino do teste foi de 1,28 0,03 mmol/l, com

    elevao de 7% (Tabela 7 e Figura 5). Concomitantemente, houve queda de

    70% ( = 21,1 pg/ml) do nvel srico mdio de PTH durante o teste (Tabela 8 e

    Figura 6).

    As curvas representativas dos nveis sricos de clcio inico e de PTH,

    obtidas durante o teste de estmulo com EDTA, assim como, nos testes de

    supresso com clcio endovenoso e oral, apresentaram variao significante

    em relao aos respectivos valores basais, quando analisados os coeficientes

    de inclinao das curvas. Alm disso, demonstrou-se uma correlao negativa

    significante quando se analisou as variaes de clcio e de PTH nos trs testes

    realizados (p

  • Resultados 31

    2,8 anos. As manifestaes clnicas mais freqentes foram a dor ssea e a

    fraqueza muscular (Tabela 9).

    Na avaliao pr-operatria, nenhum paciente apresentava

    hipercalcemia. A mdia dos nveis sricos de clcio inico foi de 1,10 0,1

    mmol/l. Os doentes apresentavam nveis sricos de PTH, fsforo e fosfatase

    alcalina elevados. O PTH variou de 1373 a 2500 pg/ml (2050,6 472,9 pg/ml),

    o fsforo inorgnico foi de 4 a 6,8 mg/dl (5,8 1,0 mg/dl) e a fosfatase alcalina

    variou de 520 a 2114U/l (1418 487,5U/l). Nenhum paciente apresentou

    alterao da funo heptica, mostrando nveis de ALT, AST e GGT dentro da

    normalidade (Tabela 10).

    Na avaliao no POR, observou-se queda nos nveis sricos mdios de

    PTH, de fsforo e de fosfatase alcalina. O PTH variou de

  • Resultados 32

    elevao observada no tempo 90 foi de 73% ( = 72 pg/ml) (Tabela 16 e

    Figura 11). A anlise das curvas de PTH mostrou diferena significante entre

    os tempos estudados, assim como em relao ao grupo controle (Figura 12).

    Os mesmos onze pacientes participaram do teste funcional de

    supresso da glndula paratireide com clcio endovenoso, realizado no POT.

    No incio do teste, a mdia do nvel srico basal de clcio inico foi de 0,98

    0,2 mmol/l. Com a infuso de gluconato de clcio 10% houve elevao dos

    nveis mdios de clcio at 1,1 0,2 mmol/l, representando um aumento de

    13% (Tabela 17 e Figura 13). A anlise do coeficiente de inclinao da curva

    dos nveis de clcio inico observados durante o teste no evidenciou diferena

    significante em relao ao grupo controle (Figura 14). Paralelamente, a mdia

    da concentrao srica de PTH em condies basais no incio do teste foi de

    114 pg/ml, chegando ao tempo 100 a 85 pg/ml ( = 32 pg/ml) (Tabela 18 e

    Figura 15). Na comparao com a curva obtida no teste realizado no grupo

    controle, no se comprovou diferena significante na resposta secretora

    durante o teste de supresso com clcio endovenoso (Figura 16). Entretanto,

    no se demonstrou queda significante, quando analisado o coeficiente de

    inclinao da curva de secreo de PTH.

    Onze pacientes foram, ainda, submetidos ao teste de supresso da

    glndula paratireide, realizado atravs da administrao de clcio por via oral.

    No incio do teste, realizado no POR, a mdia do nvel sangneo basal de

    clcio inico foi de 0,96 0,18mmol/l. Com a administrao de dois

    comprimidos de Calcium Sandoz F houve manuteno dos nveis mdios de

    clcio (0,950,18mmol/l) (Tabela 19 e Figura 17). Da mesma maneira, no teste

  • Resultados 33

    realizado em seis pacientes no POT, a mdia do nvel sangneo basal de

    clcio inico foi de 1,01 0,21 mmol/l. Aps a administrao oral de clcio,

    houve, tambm, manuteno dos nveis mdios de clcio (1,02 0,18 mmol/l)

    (Tabela 20 e Figura 18). A anlise do coeficiente de inclinao das curvas

    observadas durante os testes no evidenciou alterao do nvel de clcio

    inico, mostrando, desse modo, diferena estatstica em relao ao grupo

    controle, no qual foi observada uma elevao significante (Figura 19).

    Concomitantemente, a mdia da concentrao de PTH, em condies basais,

    no incio do teste realizado no POR, foi de 97 pg/ml, chegando ao trmino com

    115 pg/ml ( = 18 pg/ml) (Tabela 21 e Figura 20). No teste realizado no POT, a

    mdia da concentrao de PTH em condies basais no incio do teste foi de

    84 pg/ml, chegando ao ponto mnimo com 25 pg/ml ( = 49 pg/ml) (Tabela 22 e

    Figura 21). A avaliao estatstica da curva de PTH no demonstrou variao

    significante, quando observado seu coeficiente de inclinao. Houve diferena

    estatstica em relao ao grupo controle somente no teste realizado no POR,

    entretanto, com elevao do PTH, contrariamente ao esperado para o teste

    (Figura 22).

    A anlise da correlao entre as variveis PTH e clcio inico no POR e

    POT no demonstrou significncia nos doentes estudados nos trs testes

    empregados, podendo ser observada correlao negativa significante apenas

    nos indivduos do grupo controle.

  • Resultados 34

    Tabela 1: Caractersticas clnicas dos indivduos do grupo controle.

    Sexo Idade (anos) Peso (kg) Altura (cm)

    1 M 27 73 182

    2 M 27 81 179 3 M 24 75 176 4 M 27 73,2 172 5 M 29 67 167 6 M 25 82,8 181

    7 M 29 83 174 8 M 28 75 175 9 M 36 55,4 164

    10 F 25 52,9 161

    11 F 36 49,3 152 12 F 46 90,5 154 13 F 37 97,5 155 14 F 25 61,7 168

    MDIA 9M;5F 30,1 73,5 168,6

    DP 6,3 14,4 10,1

  • Resultados 35

    Tabela 2: Dados laboratoriais dos indivduos do grupo controle.

    PTH (pg/ml) Clcio inico (mmol/l) Magnsio (mEq/l)

    1 18 1,28 1,86 2 29 1,18 1,89 3 19 1,23 1,92 4 22 1,23 1,85

    5 15 1,22 1,71 6 70 1,20 1,70 7 11 1,20 1,59 8 27 1,20 1,81 9 55 1,20 1,70

    10 14 1,20 1,65 11 23 1,22 1,84 12 33 1,11 1,73 13 37 1,14 2,01

    14 15 1,25 1,75

    MDIA 27,7 1,20 1,79

    DP 16,8 0,04 0,12

  • Tabela 3: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    Tempo (minutos)

    na: no avaliado

    -10 0 BASAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    1 1,31 1,35 1,33 1,33 1,25 1,2 1,23 1,14 1,16 1,15 1,12 1,1 1,09 1,09 1,08

    2 1,16 1,18 1,17 1,15 1,14 1,13 1,13 1,1 1,08 1,07 1,06 1,05 1,05 1,04 1,01 3 1,22 1,23 1,225 1,21 1,19 1,15 1,15 1,11 1,12 1,1 1,11 1,09 1,08 1,06 Na 4 1,23 1,24 1,235 1,22 1,21 1,19 1,18 1,17 1,14 1,15 1,13 1,11 1,11 1,08 1,07 5 1,22 1,22 1,22 1,2 1,17 1,16 1,15 1,14 1,14 1,11 1,1 1,09 1,07 1,07 1,07 6 1,19 1,19 1,19 1,18 1,15 1,12 1,12 1,13 1,12 1,1 1,09 1,08 1,08 1,04 1,04

    9 1,2 1,2 1,2 1,19 1,18 1,17 1,13 1,12 1,12 1,13 1,12 1,07 1,07 1,07 1,07 10 1,2 1,21 1,205 1,19 1,15 1,15 1,13 1,11 1,1 1,05 1,06 1,06 1,04 1,01 1,02 11 1,23 1,24 1,235 1,21 1,2 1,19 1,18 1,17 1,16 1,13 1,13 1,03 1,1 1 1,05 12 1,11 1,11 1,11 1,11 1,1 1,07 1,05 1,03 1,01 1 0,91 na na na Na

    13 1,14 1,14 1,14 1,11 1,08 1,05 1,02 0,98 0,95 0,95 0,91 0,9 0,88 0,88 0,88

    MDIA 1,20 1,21 1,21 1,19 1,17 1,14 1,13 1,11 1,10 1,09 1,07 1,06 1,06 1,03 1,03

    DP 0,05 0,06 0,06 0,06 0,05 0,05 0,06 0,06 0,07 0,06 0,08 0,06 0,07 0,06 0,06

    Resultados

    36

  • -0,3

    -0,25

    -0,2

    -0,15

    -0,1

    -0,05

    0

    10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    9

    10

    11

    12

    13

    Figura 1: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    T e m p o ( m i n u t o s )

    Resultados

    37

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

  • Tabela 4: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    Tempo (minutos)

    -10 0 BASAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    1 16,8 13,5 15,15 33,3 51,7 47,3 65,3 67,8 46 55,8 59,3 58,9 58,5 81 86,2 2 21,8 21,8 21,8 99,4 97,1 97,3 106,6 116 157 153 154 151 154 154 157 3 11,7 15,2 13,45 47,4 62,6 57,9 53,3 68,7 72,3 70,2 68,1 71,1 80,8 81,6 79,3 4 22,7 22,1 22,4 77,5 86,6 120 91,1 80,7 97,3 124 135 136 137 107 117 5 12,4 17,8 15,1 87,5 96,5 102 102 116 110 140 144 148 161 157,5 154 6 55,3 59 57,15 230 211 223 235 181 230 215 201 150 147 156 142 9 53,5 47,6 50,55 107 121 140,5 160 160,5 161 149 163 214 265 225 193

    10 15,6 14,3 14,95 47,4 50 61,6 41,8 61 58,9 67,8 63,3 77,9 85,4 92,9 75,4 11 20 23,4 21,7 51,8 69,7 74,8 79,9 74,6 80,9 96,7 95 79,5 92,7 96,4 94 12 28,5 38,8 33,65 100 103 108 113 116 119 122 na na na na Na 13 31,9 34,7 33,3 73,7 81,1 75,6 66,8 76,9 86,6 78 79 73,4 68,9 78,3 69,9

    MDIA 26,4 28,0 27,2 86,8 93,7 100,7 101,3 101,7 110,8 115,6 116,2 116,0 125,0 123,0 116,8 DP 15,2 15,1 14,9 53,6 44,8 49,5 55,1 40,1 53,8 47,7 49,6 50,9 61,9 48,3 42,4

    na: no avaliado

    Resultados

    38

  • Figura 2: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    9

    10

    11

    12

    13

    T e m p o ( m i n u t o s )

    P

    T

    H

    (

    p

    g

    /

    m

    l

    )

    Resultados

    39

  • Tabela 5: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio.

    Tempo (minutos)

    -10 0 Basal 10 20 30 40 50 60 80 100 120

    1 1,16 1,17 1,165 1,2 1,22 1,24 1,27 1,29 1,31 1,34 1,36 1,38 5 1,21 1,22 1,215 1,24 1,26 1,28 1,3 1,31 1,32 1,33 1,34 1,34 6 1,2 1,2 1,2 1,23 1,26 1,26 1,27 1,29 1,29 1,3 1,32 1,32 7 1,2 1,2 1,2 1,22 1,24 1,24 1,26 1,31 1,3 1,35 1,38 1,39 8 1,2 1,2 1,2 1,21 1,28 1,29 1,31 1,31 1,36 1,35 1,36 1,39

    10 1,22 1,22 1,22 1,21 1,21 1,25 1,25 1,28 1,3 1,33 1,34 1,36 11 1,22 1,22 1,22 1,27 1,29 1,34 1,34 1,34 1,36 1,38 1,4 1,4 12 1,14 1,13 1,135 1,16 1,18 1,2 1,22 1,24 1,27 1,34 1,35 1,4 13 1,16 1,16 1,16 1,16 1,21 1,21 1,24 1,26 1,29 1,37 1,44 1,45 14 1,25 1,25 1,25 1,26 1,28 1,33 1,34 1,34 1,37 1,39 1,41 1,43

    MDIA 1,20 1,20 1,20 1,22 1,24 1,26 1,28 1,30 1,32 1,35 1,37 1,39 DP 0,03 0,03 0,03 0,04 0,04 0,05 0,04 0,03 0,03 0,03 0,04 0,04

    Resultados

    40

  • -0,05

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    0,2

    0,25

    0,3

    0,35 1

    5

    6

    7

    8

    10

    11

    12

    13

    14

    10 20 30 40 50 60 80 100 120

    Figura 3: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio.

    Resultados

    41

    T e m p o ( m i n u t o s )

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

  • Tabela 6: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio.

    Tempo (minutos)

    -10 0 Basal 10 20 30 40 50 60 80 100 120

    1 25,5 26,6 26,05 25 7,9 5,5 5,2 2,5 2,9 2,3 1,4 1,3 5 24,4 24,6 24,5 13 7,8 4,7 5,4 3,9 3,4 4,8 6,5 6,5

    6 59,1 61,2 60,15 47,4 27,8 19,9 15,4 13,4 12,5 10,7 6,6 13,5 7 10,7 10,8 10,75 7 3,3 0 0 0 0 0 0 0 8 23,2 19,6 21,4 0 0 0 0 0 0 1,8 1,1 0

    10 18,9 18,5 18,7 21 23,5 14,8 6,1 3,8 3,3 2,5 3 2,4 11 29 23,3 26,15 3,6 3,5 1,9 1,6 2,3 1,6 1,1 0 0

    12 33,1 34 33,55 12 4,6 3 2,4 1,7 1,7 0 1,4 0 13 29,1 25,4 27,25 2 0 0 0 0 0 0 0 0 14 15,4 10,4 12,9 8,7 3 1,4 0 0 0 0 0 0

    MDIA 26,8 25,4 26,1 14,0 8,1 5,1 3,6 2,8 2,5 2,3 2,0 2,4

    DP 13,2 14,5 13,8 14,2 9,7 6,8 4,8 4,0 3,8 3,3 2,6 4,4

    Resultados

    42

  • Figura 4: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, durante teste com infuso endovenosa de clcio.

    -60

    -50

    -40

    -30

    -20

    -10

    0

    101

    5

    6

    7

    8

    10

    11

    12

    13

    14

    10 20 30 40 50 60 80 100 120

    Resultados

    43

    P

    T

    H

    (

    p

    g

    /

    m

    l

    )

    T e m p o ( m i n u t o s )

  • Tabela 7: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral.

    Tempo (minutos)

    -30 0 Basal 30 60 90 120 150 180

    1 1,22 1,21 1,215 1,21 1,25 1,29 1,31 1,3 1,3 5 1,24 1,24 1,24 1,24 1,28 1,33 1,32 1,35 1,33

    6 1,21 1,21 1,21 1,21 1,23 1,26 1,28 1,29 1,29 7 1,2 1,2 1,2 1,2 1,27 1,28 1,28 1,29 1,3 8 1,22 1,22 1,22 1,22 1,24 1,26 1,25 1,26 1,26

    10 1,22 1,22 1,22 1,23 1,26 1,27 1,26 1,26 1,25 11 1,22 1,21 1,215 1,23 1,24 1,27 1,27 1,28 1,26

    12 1,12 1,13 1,125 1,17 1,23 1,24 1,24 1,24 1,23 13 1,18 1,18 1,18 1,21 1,24 1,25 1,26 1,27 1,27 14 1,25 1,25 1,25 1,25 1,27 1,28 1,28 1,28 1,28

    MDIA 1,21 1,21 1,21 1,22 1,25 1,27 1,28 1,28 1,28

    DP 0,04 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03

    Resultados

    44

  • Figura 5: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral.

    -0,05

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    30 60 90 120 150 180

    1

    5

    6

    7

    8

    10

    11

    12

    13

    14

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

    T e m p o ( m i n u t o s )

    Resultados

    45

  • Tabela 8: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral.

    Tempo (minutos)

    -30 0 Basal 30 60 90 120 150 180

    1 35,4 35,4 35,4 19,7 4,1 10,1 9,3 9,9 9 5 18,5 18,5 18,5 13,2 6,8 5 5,8 7,8 8,4 6 64,1 64,1 64,1 32,3 19,7 15 15,9 16,9 27,5 7 14,8 14,8 14,8 0 3,5 1,6 0 1,3 1,8

    8 28,4 28,4 28,4 16,3 13,1 7,9 17,2 17,3 17,3 10 18,5 18,5 18,5 13,2 6,8 5 5,8 7,8 8,4 11 24,5 24,5 24,5 17,3 13,1 7,7 9,6 8 11,7 12 45,7 45,7 45,7 7,7 5,4 0 0 0 0

    13 47,4 40,3 43,85 16,4 2,9 4,7 6,1 2 1,5 14 10,4 10,4 10,4 8,7 4,3 2,6 3,6 5,8 7,1

    MDIA 30,8 30,1 30,4 14,5 8,0 6,0 7,3 7,7 9,3

    DP 17,2 16,5 16,8 8,5 5,5 4,4 5,8 5,9 8,2

    Resultados

    46

  • Figura 6: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de paratormnio (pg/ml) dos indivduos do grupo controle, aps administrao de clcio por via oral.

    T e m p o ( m i n u t o s )

    Resultados

    47

    P

    T

    H

    (

    p

    g

    /

    m

    l

    )

    -60

    -50

    -40

    -30

    -20

    -10

    030 60 90 120 150 180

    1

    5

    6

    7

    8

    10

    11

    12

    13

    14

  • Tabela 9: Caractersticas clnicas dos pacientes portadores de insuficincia renal crnica (IRC), com hiperparatireoidismo secundrio.

    Pacientes

    Sexo

    Idade (anos)

    Peso (Kg)

    Altura (cm)

    Etiologia

    Tempo de dilise (anos)

    Sinais e Sintomas

    15 F 32 37,2 134 ind 10 DO + FM 16 F 32 43 155 PNC 4 DO + FM 17 M 24 41,7 160 S. Alport 6 T. marrom

    18 M 47 65,8 155 HAS 7 DO + FM + T. marrom 19 F 37 46 149 HAS 13 DO + FM 20 F 34 45 147 GNC 9 DO + Fratura + FM 21 F 51 60,5 153 Litase 7 DO + FM 22 F 51 48 147 ind 11 DO + FM

    23 F 37 56,2 145 ind 12 DO + FM 24 F 53 64,4 na HAS 11 DO + FM 25 M 46 64,2 165 HAS 5,3 DO + T. marrom 26 M 22 46 150 ind 8 T. marrom (leontase)

    MDIA 38,8 51,5 150,9 8,6

    DP 10,6 10,1 8,2 2,8

    DO: Dor ssea; FM: Fraqueza muscular; GNC: glomerulonefrite crnica; HAS: Hipertenso arterial; ind: etiologia indeterminada; PNC: Pielonefrite crnica; T. Marrom: Tumor marrrom.

    Resultados

    48

  • Tabela 10: Dados laboratoriais dos indivduos portadores de hiperparatireoidismo secundrio.

    Pacientes PTH (pg/ml) Clcio total

    (mg/dl) Ca inico (mmol/l)

    Magnsio (mEq/l)

    Fsforo (mg/dl)

    Fosfatase Alcalina (U/l)

    AST (U/l)

    ALT (U/l)

    GGT (U/l)

    15 >2500 10,2 1,12 1,7 4,8 898 19 24 17,1 16 2365 9 1 1,6 6,8 1300 19 24 25 17 2132 8,9 1,19 1,55 6,1 1928 32 25 36

    18 >2500 8,7 1,17 1,85 6,6 1029 10 23 65 19 1389 8,3 1,04 1,5 6,1 520 22 25 63 20 2466 10,4 1,12 2,15 5,9 1092 22,3 21,4 56 21 2432 8,6 1,18 1,8 6,8 1626 13 24 22

    22 >2500 9,0 0,99 1,25 5 2114 13 22 30 23 1373 9,8 1,23 1,35 4,5 1664 37 31 46 24 2197 10,4 1,31 1,40 4 1220 15 22 30 25 >2500 9,5 1,17 1,40 6,3 1630 15 23 78 26 >2500 8,6 1,15 1,50 6,7 1995 12 na 43

    MDIA 2050,6 9,5 1,1 1,59 5,8 1418,0 19,1 24,0 42,6

    DP 472,9 1,0 0,1 0,25 1,0 487,5 8,2 2,6 19,3

    Resultados

    49

  • Tabela 11: Dados laboratoriais, no perodo ps-operatrio recente (POR), dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante.

    Pacientes

    PTH (pg/ml)

    Clcio total (mg/dl)

    Ca inico (mmol/l)

    Magnsio (mEq/l)

    Fsforo (mg/dl)

    Fosfatase Alcalina(U/l)

    AST (U/l)

    ALT (U/l)

    GGT (U/l)

    15 135 6,4 0,8 1,5 4,3 257 14 25 15 16 125 6,5 na 1,47 3,8 266 19 28 26 17 33 5,9 0,72 1,47 2,8 197 19 28 26 18 58 8,3 0,87 1,29 2,8 138 9 26 na

    19 53 6,4 0,81 1,48 2,4 136 14 24 22 20

  • Tabela 12: Dados laboratoriais, no perodo ps-operatrio tardio (POT), dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante.

    Pacientes

    PTH (pg/ml)

    Clcio total (mg/dl)

    Ca inico (mmol/l)

    Magnsio (mEq/l)

    Fsforo (mg/dl)

    Fosfatase alcalina(U/l)

    TGO (U/ll)

    TGP (U/l)

    GGT (U/l)

    15 236 8,1 1,03 1,6 2,9 151 14 22 19 16 47 7,2 1,18 1,55 3,1 257 15 38 33 17 47 7,8 1,18 1,55 3,4 178 15 38 33 18 52 6,2 0,68 1,3 5,7 133 10 27 44 19 na 5,5 na na 3,5 na na na na

    20 23 10,7 1,21 1,58 2,7 112 24 45 49 21 58 7,9 1,01 1,54 6,4 67 13 27 15 22 50 8,9 1,07 1,75 2,9 135 11 22 16 23 245 7,7 0,76 1,94 4,1 412 18 29 44

    24 68 8,3 1,1 1,94 3,8 266 12 27 17 25 131 9,5 1,24 1,77 4 110 na 10,6 na 26 194 5,6 0,69 2 4,3 445 27 51 45

    MDIA 104,6 7,8 1,0 1,7 3,9 206,0 15,9 30,6 31,5

    DP 82,6 1,5 0,2 0,2 1,1 125,4 5,6 11,5 13,7 na: no avaliado

    Resultados

    51

  • Tabela 13: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    Tempo (minutos)

    -10 0 BASAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    15 0,78 0,78 0,78 0,77 0,76 0,75 0,71 0,72 0,71 0,69 0,71 0,71 Na na na 16 0,75 0,7 0,725 0,67 0,67 0,67 0,65 0,63 0,63 0,61 0,61 0,59 0,59 0,6 0,61 17 0,93 0,96 0,945 0,88 0,86 0,86 0,84 0,83 0,82 0,82 0,81 0,8 0,8 0,8 0,8 18 0,8 0,78 0,79 0,75 0,75 0,75 0,75 0,74 0,74 0,71 0,73 0,71 0,7 0,7 0,7

    19 0,61 0,58 0,595 0,56 0,55 0,54 0,52 0,53 0,51 0,52 na na Na na na 20 0,87 0,85 0,86 0,83 0,81 0,81 0,81 0,805 0,8 0,77 0,76 0,76 0,74 0,73 0,73 21 0,97 0,94 0,955 0,86 0,91 0,9 0,88 0,8 0,85 0,81 0,84 0,83 0,84 0,88 0,88 22 1,25 1,24 1,245 1,16 1,23 1,22 1,2 1,2 1,21 1,18 1,18 1,16 1,16 1,15 1,15

    23 0,94 0,9 0,92 0,89 0,89 0,86 0,85 0,86 0,86 0,85 0,83 0,83 0,83 0,79 0,8 24 1 0,96 0,98 0,94 0,93 0,94 0,93 0,91 0,92 0,91 0,93 0,89 0,9 0,88 0,87 25 1,17 1,16 1,165 1,12 1,11 1,14 1,11 1,08 1,09 1,09 1,08 1,08 1,06 1,05 1,05 26 na na na na na na na na na na na na Na na na

    MDIA 0,92 0,90 0,91 0,86 0,86 0,86 0,84 0,83 0,83 0,81 0,85 0,84 0,85 0,84 0,84

    DP 0,18 0,19 0,19 0,18 0,19 0,20 0,19 0,19 0,20 0,19 0,17 0,17 0,18 0,17 0,17

    na: no avaliado

    Resultados

    52

  • Figura 7: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    T e m p o ( m i n u t o s )

    -0,2

    -0,15

    -0,1

    -0,05

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    15

    16

    17

    18

    19

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

    Resultados

    53

  • Tabela 14: Nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    Tempo (minutos)

    -10 0 BASAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    15 1,03 1,03 1,03 1 1 0,98 1,07 0,95 0,92 0,93 0,92 0,9 0,97 0,97 0,9 16 0,75 0,71 0,73 0,69 0,68 0,67 0,67 0,65 0,65 na na na na na na 17 0,97 0,96 0,965 0,91 0,92 0,9 0,86 0,9 0,96 0,87 0,85 0,84 0,85 0,84 0,84

    18 0,76 0,73 0,745 0,73 0,69 0,66 0,67 0,67 0,65 0,63 0,62 0,63 0,6 na na 20 1,16 1,15 1,155 1,13 1,12 1,09 1,07 1,03 1,04 1,05 1,02 1,02 1,01 1,02 1,01 21 1,27 1,24 1,255 1,24 1,19 1,19 1,18 1,16 1,17 1,14 1,1 1,11 1,1 1,1 1,1 22 1,22 1,24 1,23 1,17 1,17 1,19 1,16 1,17 1,14 1,15 1,14 1,14 1,12 1,12 1,14 23 0,85 0,82 0,835 0,86 0,86 0,85 0,83 0,84 0,84 0,81 0,79 0,79 0,77 0,75 0,73

    25 1,26 1,29 1,275 1,27 1,27 1,22 1,24 1,25 1,23 1,21 1,2 1,19 1,18 1,18 1,18 26 0,69 0,69 0,69 0,66 0,63 0,63 0,62 0,63 0,62 0,63 0,64 0,63 na na na

    MDIA 1,00 0,99 0,99 0,97 0,95 0,94 0,94 0,93 0,92 0,94 0,92 0,92 0,95 1,00 0,99

    DP 0,22 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22 0,21 0,21 0,20 0,16 0,17

    na: no avaliado

    Resultados

    54

  • -0,2

    -0,15

    -0,1

    -0,05

    0

    0,05 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 15

    16

    17

    18

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    26

    Figura 8: Variao em relao aos valores basais, dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) no POT dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    T e m p o ( m i n u t o s )

    Resultados

    55

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

  • FIGURA 9: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) durante teste com infuso endovenosa de EDTA, para os grupos em estudo.

    Figura 9: Comparao entre as curvas-padro dos nveis sricos de clcio inico (mmol/l) durante teste com infuso endovenosa de EDTA para os grupos em estudo.

    T e m p o ( m i n u t o s )

    C

    a

    i

    (

    m

    m

    o

    l

    /

    l

    )

    -0,16

    -0,14

    -0,12

    -0,1

    -0,08

    -0,06

    -0,04

    -0,02

    0

    10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Grupo controle

    Ps-operatrio recente

    Ps-operatrio tardio

    Resultados

    56

  • Tabela 15: Nveis sricos de paratormnio (pg/ml) no POR dos pacientes submetidos paratireoidectomia e autotransplante, durante teste com infuso endovenosa de EDTA.

    Tempo (minutos)

    -10 0 BASAL 10 20 30