22
Caracterização de Polímeros Relatório das aulas Práticas da disciplina PMT 2424 Gabriel Yoshimura Lívia Lima Marina Tajiri Renata Guedes

Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

  • Upload
    liviabl

  • View
    833

  • Download
    6

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Caracterização de Polímeros

Relatório das aulas Práticas da disciplina PMT 2424

Gabriel Yoshimura

Lívia Lima

Marina Tajiri

Renata Guedes

Page 2: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Teste de identificação simples – Relatório 2

Objetivos

O objetivo dessa aula prática é identificar um parque de amostras

através de testes experimentais de queima, inflamabilidade, densidade,

temperatura de amolecimento e solubilidade, a partir da observação das

características de queima e polímero e da comparação das características

observadas durante a queima com a tabela do Teste de Chama e determinar a

velocidade de ignição dessas mesmas amostras através do Teste de

Inflamabilidade UL 94-HB. Além de comparar as mesmas em relação as suas

densidades e temperaturas de amolecimento com dados conhecidos.

Introdução teórica

Teste de Chama

É possível, através de experimentos físico-químicos, como por exemplo,

diferença de densidade e teste de chama, identificar de forma prática os

polímeros mais comuns, porém nem sempre se pode concluir certamente qual

é o polímero em questão, mas esses testes servem para dar uma noção de

qual material se trata. Esses testes são amplamente usados por recicladores

de plásticos, uma vez que é muito comum os resíduos chegarem às

cooperativas descaracterizados, sendo necessário, antes de dar andamento ao

processo de reciclagem, identificar e separar o material. Os materiais

poliméricos utilizados comercialmente, principalmente em embalagens, são

identificados por códigos segundo a norma ABNT 13230, Tabela 1, porém nem

sempre quando esse material chega ao reciclador ele está inteiro e com o

código visível sendo preciso identificar esse material de alguma outra maneira

simples e rápida. Uma dessas formas de identificação é através da queima de

um pedaço do polímero que se deseja identificar. Este é um teste simples e

que possibilita identificar o polímero facilmente através de uma comparação de

características observadas durante a queima com a Tabela de Teste de

Chama, Tabela 2.

Page 3: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Tabela 1 Identificação de Polímeros e suas principais características, segundo norma ABNT 13230.

A queima de um material polimérico exibe características específicas

que podem ser observadas pela cor da chama, odor e pH da fumaça, tipo de

incineração e se, quando retirada a fonte de calor, o material continua a

queimar ou não. O fato da queima de cada polímero ser diferente possibilita a

identificação dos mesmos através do teste de queima.

Page 4: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Tabela 2 Tabela comparativa de Teste de Chama que apresenta características dos polímeros durante a queima.

Teste de Inflamabilidade

Polímeros resistentes ao fogo ou retardantes à chama são os que

apresentam baixa velocidade de queima quando em contato com uma fonte de

calor ou que suprimem rapidamente a chama quando a fonte é retirada. Hoje,

polímeros são utilizados em diversas aplicações e muitas delas requerem

polímeros capazes de retardar a chama ou que sejam auto-extinguíveis, como

por exemplo, na construção civil e na fabricação de peças de automóveis. Os

polímeros podem ser auto-extinguíveis, como o policarbonato ou o policloreto

de vinila, mas em geral são adicionados aditivos, chamados retardadores de

chama, para que o material apresente essa característica. Quando um

polímero queima gera dois tipos de resíduo: gases, que é o que mantém a

chama, e uma parte sólida carbonizada. Quanto mais resíduo sólido

carbonizado for gerado, por menos tempo a chama será mantida.

Para avaliar a inflamabilidade dos materiais poliméricos três

características são analisadas a partir de testes de inflamabilidade ou testes

antichama: ponto de ignição, velocidade de propagação da chama e liberação

Page 5: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

de calor. Os testes que podem ser aplicados para avaliar essas três

características são os descritos nas normas UL 94 (Underwriters Laboratories

Inc.) e ASTM D635 (American Society for Testing and Materials). Nessa aula

prática foi realizado um dos testes descritos nas UL 94, o Teste de

Inflamabilidade Horizontal UL 94-HB (Horizontal Burning), que fornece a taxa

de queima do polímero, ou seja, a velocidade de propagação da chama. Esse

teste consiste em colocar um corpo de prova, com 125 ± 5 mm de largura e

com espessura máxima de 13mm marcado, a partir de uma das extremidades,

em 5mm, 25±1mm e 100±1mm , na posição horizontal em contato com uma

fonte de calor, que deve permanecer em contato com o polímero somente até a

marca de 5mm, em uma ou duas etapas de 10 segundos, até que a chama do

polímero atinja a marca de 25mm, então retira-se a fonte de calor e observa-se

o tempo despendido para que a chama atinja a marca previamente feita em

100mm. O tempo que a chama leva para se propagar nos 70mm do corpo de

prova é aferido com um cronometro, e a partir dessas medidas obtêm-se a

velocidade de propagação da chama no material. Na Figura 1 é possível

observar o esquema do aparato para o ensaio de inflamabilidade horizontal, UL

94-HB.

Figura 1 Esquema do ensaio UL 94-HB.

É importante notar, também durante o ensaio, se há gotejamento, se o

material extingue a chama e se sim, em quanto tempo isso ocorre,

Page 6: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

características da fumaça e do gotejamento se houver. Essas características

também são importantes para algumas aplicações.

Teste de densidade

A maioria dos polímeros possuem densidades entre 0,8 e 1,4g/cm3.

Para a determinação da densidade de polímero é possivel aplicar diversas

técnicas como a comparação por densidade de líquidos (separação por

sedimentação), que será abordada neste tópico, ou por ensaios de PVT, .....

A análise da densidade por sedimentação é um método fácil, rápido,

prático e por essa razão é utilizado por recicladores. Esta técnica consiste em

preparar várias soluções com densidades conhecidas e verificar se o polímero

quando mergulhado nelas afundam ou flutuam. O resultado obtido por esta

técnica não é exato, e sim uma faixa de densidade que o polímero se encontra.

Por esse motivo esta técnica não é muito utilizada nas grandes industrias pois

necessitam de uma maior precisão dos valores.

As soluções de densidade menor que 1g/cm3 são utilizadas misturas de

água e álcool, já para as com densidade maiores misturas de cloreto de sódio

ou cloreto de cálcio e água são preparadas.

A figura a seguir mostra um exemplo de identificação de densidade por

este método.

Page 7: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Figura 2 Separação de resinas por diferença de densidade. O PET e o PVC podem ser separados por flotação

Teste de amolecimento

A determinação da temperatura de amolecimento (fusão) é outro fator

importante que auxilia na identificação de polímeros.

Consiste em submeter a amostra a um aquecimento constante e

contínuo, de modo que o mesmo comece a apresentar uma diminuição

gradativa da viscosidade. A partir de um certo ponto, o material irá decompor-

se. A faixa de temperatura na qual ocorre o amolecimento é ampla.

Teste de solubilidade

A solubilidade de um polímero em certos solventes e a tendência de um

solvente difundir-se pelo polímero e/ou inchá-lo são pontos importantes para as

aplicações. A solubilidade de um polímero em um dado solvente é

extremamente influenciada pelos elementos e relacionada com o mero. Isso

porque semelhante dissolve semelhante, o que significa que um polímero não

dissolverá em um solvente ao menos que a estrutura química do mero seja

semelhante a do solvente. É importante lembrar que a solubilidade irá afetar

outras propriedades como a permeabilidade.

Page 8: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Se uma molécula interage fortemente com o polímero, esta não será

susceptível a difundir-se por ele. Normalmente, fortes ligações polares ou

ligações com hidrogênio no polímero interferem na permeabilidade das

moléculas polares, essa é a razão para que o PE e outros polímeros de

hidrocarbonetos altamente cristalinos tenham solubilidade limitada à maioria

dos solventes. Assim, a solubilidade de um polímero em um solvente influencia

na permeabilidade entre estes. A solubilidade normalmente reduz a

permeabilidade porque a molécula que está interagindo com o polímero

simplesmente não se difunde por ele. É certo que, se a solubilidade é alta o

suficiente, eventualmente, o solvente irá passar para o outro lado.

Além desses fatores, quanto maior cristalinidade e/ou densidade do

polímero, menor é a permeabilidade, pois o volume livre por onde a molécula

pode difundir-se é reduzido. Ligações cruzadas reduzem a permeabilidade, ao

menos que a cristalinidade seja destruída pelo processo de formação das

ligações cruzadas.

Os testes para analisar o comportamento de um polímero em relação a

um solvente são simples e consistem em inserir o dado polímero no solvente e

verificar se há solubilização ou se o polímero incha com o tempo.

Materiais e Métodos

Teste de Chama

O Teste de Chama foi realizado em uma bancada, através da queima,

com isqueiro, de cada uma das 19 amostras. Os polímeros a serem

identificados são denominados por B1, B2, B3, B4 e B5, e para cada um

desses polímeros há 5 corpos de prova que serão analisados.

O monitor da disciplina queimou a ponta de cada uma das amostras e

nos permitiu observar o comportamento do material durante a queima, as

características relevantes foram anotadas e estão descritas na Tabela 5.

Page 9: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Teste de Inflamabilidade

Foram ensaiadas 5 amostras, uma de cada polímero, em um aparato

formado por um estrutura metálica onde foram presas as amostras, um Bico de

Bunsen como fonte de calor, e um cronometro para aferir o tempo que a chama

leva para propagar-se pelo corpo de prova. O ensaio foi realizado em uma

capela.

O ensaio foi realizado de acordo com o que é descrito na norma UL 94-

HB, colocando-se a amostra em posição horizontal, com uma fonte de calor em

contato por 10 segundos apenas na região, de 5mm, onde a chama deve

permanecer, e aguardando a chama atingir a marca de 25mm, previamente

feita no corpo de prova. Após a chama atingir essa marca passa-se a contar o

tempo que a chama leva para percorrer os 70mm do corpo de prova que faltam

para atingir a outra marca feita na amostra, de 100mm. Durante esse teste

também foram observadas características da fumaça emitida, do gotejamento e

da chama. As observações estão dispostas na Tabela 7.

Teste de densidade

Foram preparadas 9 soluções com densidades diferentes (mostradas na

tabela 3 e 4) porém conhecidas. As amostras foram mergulhadas nas soluções

para verificar se estas afundam ou flutuam. Ou seja, se a amostra afundar quer

dizer que esta possui densidade maior, caso flutue, possui densidade menor.

Tabela 3 Densidade das soluções a serem preparadas

Densidade (g/cm3) Solução

0,86 70% álcool + 30 % água = Solução A

0,90 13 partes de solução A : 7 partes de água

0,93 1 parte de solução A : 1 parte de água

0,96 1 partes de solução A : 2 partes de água

1,00 Água

Page 10: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Tabela 4 Densidade das soluções de água e cloreto de sódio preparadas

Densidade

(g/cm3)

Massa de cloreto de sódio/litro

de água

1,05 75

1,10 150

1,15 230

1,20 320

Vale lembrar que neste teste um cuidado deve ser tomado, as amostras

não podem apresentar bolhas (internas e em volta delas).

Teste de amolecimento

As 5 amostras a serem identificadas foram colocadas, cada uma, em um

tubo de ensaio e este introduzido em um béquer preenchido com um banho de

silicone.

O béquer foi aquecido e sua temperatura controlada por um termômetro.

Quando o termômetro marcava a temperatura desejada para realizar o teste,

os tubos de ensaios eram retirados do banho e com o auxilio de um bastião de

vidro era verificado se houve ou não amolecimento da amostra.

Teste de solubilidade

Este teste consiste em dissolver ou tentar dissolver as amostras em

diferentes solventes orgânicos para obter mais informações a respeito das

amostras. Para isso foram utilizados solventes como: Ácido Acético; Acetona;

Tolueno; Ácido Fórmico e Benzeno.

Em cada ERLENMEYER (cada um com solvente diferente) foi

mergulhado uma pequena parte da amostra e deixada por cerca de 1 minuto.

Depois as amostras eram retiradas e no tato se observou se a amostra

dissolvia, não dissolvia ou inchava (esfarelava/melava).

Page 11: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Resultados e Discussão

Teste de Chama

As características observadas durante o ensaio de queima dos

polímeros estão dispostas na Tabela 5. Esses resultados podem ser

comparados com a Tabela 1, já apresentada.

Tabela 5 Características observadas durante o Teste de Chama aplicado nas amostras.

Amostra Características da Queima

1

Amostra inflama na chama e continua queimando mesmo

após retirada da fonte de calor; há pouco gotejamento;

chama azul na base e amarela no topo; odor de vela durante

a queima; após a queima tem textura pegajosa e

consistência mole.

2

Amostra difícil de inflamar, e pára de queimar rapidamente

após a retirada da fonte de calor; não há gotejamento;

chama avermelhada na base e amarelada no topo; não tem

odor característico.

3

Amostra difícil de inflamar, e pára de queimar rapidamente

após a retirada da fonte de calor; há pouco gotejamento;

chama avermelhada na base e amarelada no topo; odor de

pele queimada; borbulha durante a queima.

4

Amostra inflama instantaneamente e continua queimando

mesmo após retirada da fonte de calor; chama avermelhada

da base ao topo; odor de isopor queimado; libera fuligem

durante a queima.

5

Amostra difícil de inflamar e extingue a chama tão logo a

fonte de calor é retirada; chama esverdeada na base e

vermelha no topo.

Page 12: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Comparando os dados obtidos no teste com a tabela de Teste de

Chama, chega-se a identificação proposta na Tabela 6.

Tabela 6 Identificação das Amostras ensaiadas pelo Teste de Chama.

Amostra Polímero

1 Polipropileno

2

3

4 Poliestireno

5

Teste de Inflamabilidade

Tabela 7 Resultados obtidos no ensaio de inflamabilidade UL 94-HB.

Amostras Características

Tempo de

Propagação da

Chama

(s)

Velocidade de

Propagação da

chama

(mm/s)

1

Ignição moderada; há gotejamento; gotas

formadas também queimam; odor de vela

durante a queima; chama com cor normal.

256 0,2734375

2

Houveram 3 tentativas de 10 s cada uma e a

amostra extinguiu a chama antes da mesma

atingir os 25mm marcados no corpo de prova.

3

Houveram duas tentativas de 10s e 13s

respectivamente para que ocorresse a ignição;

há gotejamento; gotas não continuam

queimando; retarda a chama e extingue-a

após certo tempo; borbulha.

4Ignição rápida; consome o material; não há

gotejamento; há desprendimento de material 237 0,29535865

Page 13: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

que continua queimando; fumaça preta e

liberação de grande quantidade de fuligem;

odor de isopor durante a queima.

5

Ignição difícil; extingue a chama rapidamente;

aumenta a chama enquanto em contato com a

fonte de calor; pouca combustão.

Teste de densidade

O resultado do teste de densidade ou sedimentação é mostrado na

tabela 8 a seguir.

Tabela 8 Resultados do teste de densidade

Densidade

(g/cm3)

Amostras

1 2 3 4 5

0,86 A A A A A

0,90 A A A A A

0,93 F A A A A

0,96 F A A A A

1,00 F A A A A

1,05 F A A F* A

1,10 F A A F A

1,15 F A F* F A

1,20 F A F F A

Observação: (A) Afundou; (F) Flutuou; (F*) Imerso no meio da solução

Com os resultados acima pode-se verificar que a amostra 1 possue

densidade entre 0,90 e 0,93 g/cm3, as amostras 2 e 5 acima de 1,20 g/cm3 e as

amostras 3 e 4 ficaram imersas no meio da solução, ou seja, estas possuem

densidades bem próximas das soluções, que são 1,15 g/cm3 e 1,05 g/cm3

respectivamente.

A tabela a seguir mostra alguns possíveis polímeros das respectivas

amostras.

Page 14: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

Amostra Polímeros

1 Polietileno, polipropileno

2PVC, PET, acetato de celulose, Policarbonato, poliuretano, poliacetal, acetato

butirato de celulose, PTFE (Teflon)

3 PET, Nylon-6, Nylon-6.6 (PA), PMMA, acetato butirato de celulose

4 Poliestireno, ABS, SAN, Nylon-11 (PA)

5PVC, PET, acetato de celulose, Policarbonato, poliuretano, poliacetal, acetato

butirato de celulose, PTFE (Teflon)

Teste de amolecimento

Podem-se observar os resultados do teste de amolecimento na tabela 9.

Tabela 9 Resultados do teste de amolecimento

Amostra

Temperatura B1 B2 B3 B4 B5

80 °C N N N N N

120 °C +/- N N N N

130 °C +/- N N N N

150 °C A N N N N

180 °C N N N +/-

200 °C N A A A

215 °C A

Observação: (A) amolece; (N) não amolece; (+/-) começa a amolecer

Comparando os valores de temperatura de amolecimento (fusão) das

amostras com a tabela 2 e com dados contidos na referência [7], obteve-se os

seguintes possíveis polímeros (Tabela 10).

Tabela 10 Possíveis polímeros

Amostra Possíveis polímeros

1 Polietileno, Poliacetal, PVC, Policarbonato, PMMA

Page 15: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

2 ABS, Acetato de butirato de celulose, Poliuretano, Nylon-6, nylon-6.10, PVC

3 PVC, Poliuretano, PTFE

4 PVC, Poliuretano, PTFE

5 PET, acetato de celulose, Acetato de butirato de celulose, nylon-11, Poliuretano

Teste de solubilidade

A tabela 11, a seguir mostra a solubilidade de cada amostra nos 5 solventes.

Tabela 11 - Resultado do teste de solubilidade em 5 solventes diferentes.

Polímero Acetona Tolueno Ácido fórmico

Clorofórmio Ácido acético

1 ND ND ND D + I ND2 ND ND ND ND ND3 ND ND D + I ND D4 D + I D + I ND D + I D5 D + I D + I ND D + I ND

Comparando a tabela acima com dados da bibliografia (7) podemos ter uma evidencia maior que a amostra 1 é o polipropileno, que não dissolve em quase nenhum solvente e que a 4 é o poliestireno, que se dissolveu em quase todos os solventes.

Para a amostra 2 ainda não podemos afirmar nada sobre ela pois há vários polímeros que não se dissolvem nestes solventes, e nem das amostras 3 e 4, pelo mesmo motivo da 2, que há vários polímeros com o mesmo comportamento.

Conclusão

É difícil, através de testes simples de identificação, afirmar com quais

polímeros se está lidando. Porém o Teste de Chama, apesar de simples,

consegue de forma muito eficaz identificar polímeros comumente utilizados em

embalagens e encontrados no cotidiano, diferenciando uns dos outros de forma

rápida e de simples entendimento. Já o Teste de Inflamabilidade não nos

retorna uma identificação do material, mas sim a possibilidade de se utilizar

esse material em aplicações mais nobres, como a construção civil ou na

Page 16: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

fábricação de automóveis ou eletrodomésticos e móveis, nas quais há uma

maior preocupação com a extinção da chama no caso de um incêndio.

Apenas com o teste de amolecimento, não é possível identificar os

polímeros, pois há polímeros diferentes que possuem temperatura de

amolecimento (fusão) muito próxima. Além disso, o teste apresenta pouca

confiabilidade uma vez que não há experiências por parte do grupo nesse tipo

de teste, ou seja, o ponto de amolecimento não é preciso. Outras técnicas,

mais precisas como o DSC, devem ser utilizadas para descobrir o ponto de

amolecimento/fusão dos materiais.

O teste de solubilidade serviu mais como uma peneira para excluir

alguns polímeros que estavam na listas dos materiais prováveis e para

aumentar ainda mais as evidencias dos testes anteriormente realizados.

Por causa da incerteza ou a gama de prováveis polímeros, mais

testes/análise devem ser realizados, como infravermelho, DSC (citado

anteriormente), ensaios mecânicos, entre outros.

Bibliografia

[1] Beber, R. C. (agosto de 2008). Apostila sobre Polímeros da Universidade

Federal de Santa Catarina. Santa Catarina.

[2] Gallo, J. B., & Agnelli., J. A. (Jan/Mar de 1998). Aspectos do

Comportamento de Polímeros em Condições de Incêndio. Revista Polímeros:

Ciência e Tecnologia , 23-37.

[3] Herter, F. F. (Junho de 2010). Desempenho de Compósitos Tri-Componente

Epóxi/Fibra de Vidro/Hidróxidos Duplos Lamelares. Trabalho de Diplomação .

[4] http://www.paulitecplasticos.com.br. (s.d.). Acesso em 16 de novembro de

2012, disponível em Paulitec Plásticos:

http://www.paulitecplasticos.com.br/materialtecnico.html

Page 17: Teste de Chama, Densidade e Solubilidade

[5] http://www.tudosobreplasticos.com. (s.d.). Acesso em 16 de Novembro de

2012, disponível em Tudo sobre Plásticos:

http://www.tudosobreplasticos.com/antichamas.html

[6] LAPOL UFRGS. (s.d.). Acesso em 16 de novembro de 2012, disponível em

http://www.ufrgs.br/lapol: http://www.ufrgs.br/lapol/materias_primas/v_59_2.html

[7] Piva, A. M., & Wiebeck, H. (2004). Reciclagem do Plástico- Como fazer da

reciclagem um negócio lucrativo. São Paulo: Artliber.

[8] UL Inc. (s.d.). Acesso em 16 de Novembro de 2012, disponível em

http://www.ul.com/global/eng/pages/offerings/industries/chemicals/plastics/

testing/flame/