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1. Lê o texto com atenção e, de seguida, seleciona as opções corretas: A IGNORÂNCIA DOS NOSSOS UNIVERSITÁRIOS 1 5 10 15 20 1.1. Ao longo de 100 entrevistas, conclui-se que as aparências iludem e as ideias preconcebidas também: as miúdas de óculos não são mais cultas do que os rapazes de aspecto alternativo, e a cultura geral de futuros engenheiros ou médicos não é mais escassa do que a de potenciais advogados, linguistas ou psicólogos. No fundo, os conhecimentos são idênticos. Uma aluna do 2.º ano da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, carregada de dossiês, não hesita em responder. Mas, minutos depois de ter terminado o questionário, volta atrás e exige que o seu nome não apareça na SÁBADO e que as suas fotografias sejam apagadas. Tem motivos para isso: não sabe o que é “a Capela Sistina nem o tecto”, nem quem é Maria João Pires; acha que Nova Iorque é a capital dos Estados Unidos; e dá um apelido alentejano à chanceler alemã: “Ai! Eu sei essa, eu sei essa. É qualquer coisa Mércola, Mértola, Mércola. O primeiro nome não sei.” À porta desta faculdade, no Campo Mártires da Pátria, passa Alexander Weber, estudante alemão de Erasmus na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de vários alunos terem respondido à pergunta “Quando se deu a revolução do 25 de Abril?” com os anos de 1973 e 1975, arriscamos perguntar o mesmo a um estrangeiro, que acerta logo nesta pergunta e em mais cinco. Esta questão teve aquela que poderia receber o prémio da desculpa mais esfarrapada. António Lopes, no 2.º ano de Economia e Gestão da Universidade Católica, diz logo que não sabe em que ano foi o 25 de Abril. E justifica: “Estudei 15 anos numa escola inglesa.” Mas o facto é que vive em Portugal há 19 anos e não tem sequer ideia da década em que se registou um dos acontecimentos mais marcantes da História recente do país. 18-11-2011, por André Barbosa e Tânia Pereirinha e imagem de Joana Mouta e Bruno Vaz In Site da revista Sábado (cons. dia 13/05/2013) 1.1. Na linha 1 do excerto, o sujeito do primeiro verbo a) simples. b) composto. c) nulo indeterminado. d) nulo expletivo. 1.2. A palavra “que” (l. 2) trata-se de a) um pronome relativo. b) uma conjunção comparativa. c) uma conjunção completiva. d) uma conjunção consecutiva.

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teste de escolha múltipla de gramática

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Page 1: teste gramatica

1. Lê o texto com atenção e, de seguida, seleciona as opções corretas:

A IGNORÂNCIA DOS NOSSOS UNIVERSITÁRIOS1

5

10

15

20

1.1.

Ao longo de 100 entrevistas, conclui-se que as aparências iludem e as ideias preconcebidas também: as miúdas de óculos não são mais cultas do que os rapazes de aspecto alternativo, e a cultura geral de futuros engenheiros ou médicos não é mais escassa do que a de potenciais advogados, linguistas ou psicólogos. No fundo, os conhecimentos são idênticos.  Uma aluna do 2.º ano da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, carregada de dossiês, não hesita em responder. Mas, minutos depois de ter terminado o questionário, volta atrás e exige que o seu nome não apareça na SÁBADO e que as suas fotografias sejam apagadas. Tem motivos para isso: não sabe o que é “a Capela Sistina nem o tecto”, nem quem é Maria João Pires; acha que Nova Iorque é a capital dos Estados Unidos; e dá um apelido alentejano à chanceler alemã: “Ai! Eu sei essa, eu sei essa. É qualquer coisa Mércola, Mértola, Mércola. O primeiro nome não sei.” À porta desta faculdade, no Campo Mártires da Pátria, passa Alexander Weber, estudante alemão de Erasmus na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de vários alunos terem respondido à pergunta “Quando se deu a revolução do 25 de Abril?” com os anos de 1973 e 1975, arriscamos perguntar o mesmo a um estrangeiro, que acerta logo nesta pergunta e em mais cinco.  Esta questão teve aquela que poderia receber o prémio da desculpa mais esfarrapada. António Lopes, no 2.º ano de Economia e Gestão da Universidade Católica, diz logo que não sabe em que ano foi o 25 de Abril. E justifica: “Estudei 15 anos numa escola inglesa.” Mas o facto é que vive em Portugal há 19 anos e não tem sequer ideia da década em que se registou um dos acontecimentos mais marcantes da História recente do país.  

18-11-2011, por André Barbosa e Tânia Pereirinha e imagem de Joana Mouta e Bruno VazIn Site da revista Sábado (cons. dia 13/05/2013)

1.1. Na linha 1 do excerto, o sujeito do primeiro verboa) simples.b) composto.c) nulo indeterminado.d) nulo expletivo.

1.2. A palavra “que” (l. 2) trata-se de a) um pronome relativo.b) uma conjunção comparativa.c) uma conjunção completiva.d) uma conjunção consecutiva.

1.3. Em relação ao grupo “profissões” as palavras “advogados, linguistas ou psicólogos” (l. 4) sãoa) hiperónimos.b) hipónimos.c) merónimos.d) sinónimos.

1.4. O constituinte sublinhado no enunciado “Mas, minutos depois de ter terminado o questionário, volta atrás e exige que o seu nome não apareça na SÁBADO” (ll. 6-7) desempenha a função sintática dea) modificador apositivo.b) vocativo.c) modificador de frase.d) modificador do grupo verbal.

1.5. No mesmo enunciado, a oração “que o seu nome não apareça na SÁBADO” classifica-se comoa) coordenada conclusiva.b) subordinada adjetiva relativa restritiva.

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c) subordinada adverbial concessiva.d) subordinada substantiva completiva.

1.6. Essa oração desempenha a função sintática dea) complemento direto.b) complemento oblíquo.c) sujeito.d) predicativo complemento direto.

1.7. O uso das aspas na linha 8 marcaa) o discurso direto.b) a utilização irónica de uma expressão.c) a citação de uma frase da estudante inquirida.d) um erro textual.

1.8. No complexo verbal “terem respondido” (l. 14), o verbo “ter” é um verbo auxiliara) modal.b) aspetual.c) dos tempos compostos.d) da voz passiva.

1.9. O complexo verbal “terem respondido” (l. 14), encontra-se noa) infinitivo pessoal.b) pretérito perfeito do conjuntivo.c) futuro do indicativo.d) condicional.

1.10. O adjetivo “esfarrapada” (l. 17) encontra-se no graua) normal.b) superlativo relativo de superioridade.c) comparativo de igualdade.d) superlativo absoluto analítico.

PROPOSTA DE CORREÇÃO:

1.1. C1.2. B1.3. B1.4. D1.5. D1.6. A1.7. A1.8. C1.9. A1.10. B