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OAB - Testes Comentados - Direito Civil - Parte Geral
PARTE GERAL – TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1. (SC-2007-1) Assinale a alternativa correta:
a) Pode ser decretada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.
b) De acordo com a Lei de introdução ao código civil, salvo disposição contrária, a
lei começa a vigorar em todo o País 60 (sessenta) dias depois de oficialmente
publicada.
c) Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo.
d) Pode-se requerer a sucessão definitiva, provando-se que o ausente conta setenta
anos de idade, e que de três datam as últimas notícias dele.
A alternativa correta é a letra “a”, pois a extrema probabilidade de morte de
quem estava em perigo de vida e o desaparecimento em campanha ou sido feito
prisioneiro e desaparecido até dois anos após o término da guerra são as duas
possibilidades de declaração de morte presumida sem decretação de ausência.
Salientando que tal declaração somente poderá ser requerida após esgotadas as
buscas e averiguações e a sentença fixará a data provável do falecimento (art. 7º,
CC).
O prazo da "vacatio legis" em território nacional é de 45 dias depois de
oficialmente publicada a lei, salvo disposição em contrário (art. 1º, LIIC).
Cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a evento futuro e certo é
termo inicial e não condição. A condição é aquela cláusula que subordina a eficácia
(condição suspensiva) ou ineficácia (condição resolutiva) do negócio jurídico a
evento futuro e incerto (arts. 121 e seguintes, CC).
A sucessão definitiva poderá ser requerida após dez anos da sentença que
concede a sucessão provisória ou provando que o ausente conta com oitenta anos
de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele (art. 37, CC).
2. (PR-2006-1) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
I - A morte presumida somente pode ser declarada após prévia declaração de
ausência, com a abertura da sucessão definitiva.
II - Aqueles que, por deficiência mental, tenham o seu discernimento reduzido são,
à luz do Código Civil de 2002, relativamente incapazes.
III – Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, conforme o Código
Civil de 2002, são relativamente incapazes.
a) todas as afirmativas estão corretas.
b) apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) apenas a afirmativa III está correta.
d) apenas a afirmativa II está correta.
A morte presumida é declarada com a abertura da sucessão definitiva (art. 6º,
CC), porém, mesmo sem esta poderá ocorrer aquela em duas hipóteses: extrema
probabilidade de morte de quem estava em perigo e desaparecimento em
campanha ou feito prisioneiro se não for encontrado até dois anos após o término
da guerra (art. 7º, CC).
São relativamente incapazes para os atos da vida civil os menores de 18 e
maiores de 16 anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxico , e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido, os excepcionais sem
desenvolvimento completo e os pródigos (art. 4º, CC).
Assim, a alternativa correta é a letra “b”, pois apenas as afirmativas II e III estão
corretas.
3. (RS-2006-1) Quanto à capacidade civil, pode-se afirmar que:
a) Os menores de 18 anos são absolutamente incapazes para exercer pessoalmente
qualquer ato da vida civil.
b) Os pródigos são incapazes relativamente a certos atos.
c) São relativamente incapazes os que, mesmo por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade.
d) Os menores de 16 anos podem contratar, sem que haja vício de vontade.
Os menores de 16 anos (impúberes) é que são absolutamente incapazes,
juntamente com os enfermos mentais ou deficientes que não tiverem o necessário
discernimento para os atos de vida civil e os que, mesmo por causa transitória, não
puderem exprimir a sua vontade (art. 3º, CC). O negócio jurídico celebrado por
absolutamente incapaz é eivado de vício de nulidade (art. 166, I, CC), assim sendo,
menores de 16 anos não podem contratar ou serem contratados.
Já os relativamente incapazes (art. 4º, CC) são os menores de 18 e maiores de
16 anos (púberes), bem como os ébrios habituais (alcoólatras), os viciados em
tóxicos e os que, por enfermidade mental, tiverem o discernimento reduzido, os
excepcionais sem desenvolvimento mental completo e os pródigos (sujeito que
dilapida seu patrimônio). Assim, a alternativa correta é a “b”.
4. (RS-2006-1) Assinale a assertiva correta sobre a validade do ato jurídico:
a) O negócio jurídico, quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz, é nulo
de pleno direito, porém sujeito à ratificação.
b) Quando a solenidade exigir forma prescrita em lei, se formalizado por outros
meios, desde que alcançado o objetivo, é válido o ato praticado.
c) Existem atos jurídicos que, mesmo celebrados por incapazes, poderão gerar
efeitos.
d)O negócio jurídico depende da vontade da lei para ser eficaz.
A preterição de solenidade exigida por lei é um dos vícios de nulidade que
inquinam um ato jurídico (art. 166, CC), e sendo nulo, tal ato não é passível de
ratificação e nem convalesce pelo decurso do tempo (art. 169, CC).
O negócio jurídico, espécie de ato jurídico (fato humano), gera efeitos regulados
entre a disposição volitiva das partes e apenas balizados pelos limites normativos,
pois baseia-se no princípio da autonomia da vontade e da estipulação negocial.
Destarte, a afirmativa correta é a letra “c” pois os atos jurídicos realizados por
relativamente incapazes são anuláveis (art. 171, I, CC), e estes, ao contrário dos
atos nulos, se convalescem no tempo (escoando o prazo decadencial - arts. 178 e
179, CC) e podem ser confirmados pelas partes (art. 172, CC), tendo eficácia até a
sentença que declara a anulabilidade (sentença com efeitos "ex nunc").
5. (PR-2007-1) Sobre os negócios jurídicos assinale a alternativa CORRETA:
a) É nulo o negocio jurídico simulado celebrado após a vigência do Código Civil de
2002, exceto quando se tratar de simulação relativa, hipótese em que o negocio
jurídico será anulável.
b) É anulável o negócio jurídico realizado após a vigência do Código Civil de 2002,
exceto quando se tratar de simulação relativa, hipótese em que o negocio jurídico
será nulo.
c) os negócios jurídicos realizados em fraude contra credores, conforme o Código
Civil, sempre dependem da prova cabal do cosilium fraudis
d) Os negocio jurídicos nulos não podem ser confirmados, mas podem sofrer
conversão substancial em negócios jurídicos válidos.
A simulação absoluta é aquela em que o sujeito declara uma vontade criando a
expectativa de um negócio jurídico, que em verdade, ele não tem intenção
nenhuma de realizá-lo. Enquanto que na simulação relativa um negócio jurídico se
efetiva, porém, sob a aparência de outro, fictício. As duas formas de simulação, com
o advento do Código Civil de 2002, são vícios de nulidade (art. 167, CC). Não se
confunde estas espécies de simulação com a dissimulação que é a utilização de um
artifício para ocultar um negócio jurídico existente, subsistindo este (negócio
existente e dissimulado) se válido for na forma e na substância.
A fraude contra credores assim como a simulação é um vício social, porém, ao
contrário desta, induz anulabilidade. São atos que desfalcam o patrimônio do
devedor, evitando uma futura execução. Se o ato for de liberalidade como a doação
(art. 538, CC) ou a remissão de dívidas (art. 385, CC) e praticado por devedor
insolvente ou em decorrência destes atos se reduzir a ela é necessário a
configuração do "consilium fraudis", isto é, que os atos tenham sido realizados com
má-fé do devedor, ou deste com terceiro, com intenção de prejudicar o credor.
Entretanto, quando os atos de desfalque do patrimônio de devedor forem a título
oneroso não é necessário a existência do "consilium fraudis", necessitando porém
que a insolvência do devedor seja notória ou que haja motivo para ser conhecida do
outro contratante (art. 159, CC).
O negócio jurídico nulo, ao contrário do anulável, é insuscetível de convalidação
ou de confirmação (art. 169, CC). Todavia, pode o negócio jurídico nulo se converter
em outro válido quando não proibido legalmente, estando presentes os requisitos
do novo negócio e houver a intenção dos contratantes em efetivá-lo (art. 170, CC).
Assim, a alternativa correta é a letra “d”, pois o negócio jurídico nulo não se
confirma nem se convalesce, mas pode se transformar em outro negócio estando
presentes o requisitos de forma e substância do novo contrato, havendo a intenção
das partes e não sendo vedado legalmente.
6. (RS-2006-1) Em se tratando de direitos da personalidade, assinale a assertiva
correta:
a) Na hipótese de manutenção da ordem pública, a lei civil autoriza a divulgação da
imagem da pessoa sem a sua devida e prévia autorização.
b) Os direitos da personalidade enquadram-se no campo dos direitos relativos.
c) Ocorrendo a morte da pessoa, cessa a tutela sobre sua personalidade.
d) Não há previsão legal que regule a possibilidade de alteração do sobrenome da
pessoa.
Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis e indisponíveis
(art. 11, CC). Também: absolutos, indisponíveis, imprescritíveis, impenhoráveis,
inexpropriáveis e ilimitados. Todavia, existem alguns direitos da personalidade que
podem sofrer restrições admitidas legalmente como a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra ou a publicação, exposição ou a utilização da imagem de
uma pessoa, sem sua prévia autorização, quando for necessário à administração da
justiça ou a manutenção da ordem pública (art. 20, caput, CC), estando correta a
letra “a”.
Com a morte do sujeito, que não cessa a tutela sobre a sua personalidade, ou
mesmo com a sua ausência, é parte legítima para requerer a proteção de seus
direitos o seu cônjuge, ascendentes ou seus descendentes (art. 20, parágrafo único,
CC).
O nome civil da pessoa natural é parte integrante de sua personalidade e
elemento que individualiza o sujeito perante o corpo social. É formado pelo
prenome (ex. José), e pelo sobrenome, ou também chamado de patronímico (ex.
Silva), que poderá advir maternal ou paternalmente, podendo conter também um
agnome (ex. filho, neto etc.). A alteração ou retificação do prenome, sobrenome ou
agnome é possível em determinadas hipóteses e possui previsão legal (Lei nº
6.015/73).
7. (RS-2007-1) Em relação aos direitos de personalidade, assinale a assertiva
correta.
a) Em princípio, o prenome da pessoa natural é definitivo.
b) Somente o cônjuge pode tutelar a honra da pessoa falecida.
c) Nosso ordenamento legal não outorga proteção ao pseudônimo.
d) O ato de disposição do próprio corpo não admite restrições de qualquer espécie.
São partes legítimas para requerer a proteção dos direitos da personalidade do
sujeito falecido o seu cônjuge, ascendentes e descendentes (art. 20, parágrafo
único, CC).
O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da mesma proteção jurídica
dada ao nome (art. 19, CC).
O ato de disposição do próprio corpo, feita por pessoa capaz, é possível desde
que não contrarie os bons costumes, não traga risco para a integridade física do
doador nem comprometa suas aptidões vitais e não provoque deformação ou
mutilação (art. 13, CC; Lei nº 9.434/97 art. 9º). A disposição do próprio corpo, em
vida ou depois da morte, só é permitida de forma gratuita e para fins científicos
(estudos) ou terapêuticos (transplantes).
A alternativa correta é a letra “a”. A retificação ou alteração do prenome é
possível somente em determinadas hipóteses como a exposição ao ridículo,
homonímias, apelido público conhecido, erro gráfico evidente, tradução, proteção à
testemunhas etc.(art. 58 da Lei nº 6.015/73). Ora, como o nome não pode ser
alterado ao mero alvedrio, ele é, em princípio, definitivo.
8. (RS-2006-2) Em se tratando de pessoa física, assinale a assertiva correta.
a) A emancipação feita pelos pais prescinde de escritura pública.
b) Não se admite morte presumida.
c) Para alteração do prenome, é suficiente a manifestação de vontade do titular
junto ao Cartório de Registro Civil.
d) Após a morte da pessoa, sua honra poderá ser defendida por seus parentes.
A emancipação voluntária depende de escritura pública e independe de
homologação judicial (art. 5º, I, e 9º, II, CC). A emancipação judicial também se dá
por instrumento público (art. 91 da Lei nº 6.015/73).
A morte presumida é admitida com ou sem a decretação de ausência, sendo que
nesta, apenas em determinadas hipóteses (art. 6º e 7º, CC).
A alteração do prenome não está submetida ao talante de seu titular, podendo
ocorrer a alteração apenas em determinadas hipóteses (art. 58 da Lei nº 6.015/73).
Após a morte do sujeito titular dos direitos da personalidade, estes podem ser
defendidos por seus ascendentes, descendentes e cônjuge (art. 20, parágrafo único,
do CC). Correta a letra “d”.
9. (PR-2007-1) Sobre a personalidade jurídica e a capacidade de exercício, assinale
a alternativa CORRETA:
a) Sabendo que a capacidade de exercício é a medida da personalidade jurídica,
pode-se afirmar que, sendo os menores de 16 (dezesseis anos) absolutamente
incapazes, não são eles dotados de personalidade jurídica.
b) Todas as pessoas naturais, mesmo as absolutamente incapazes, são dotadas de
direitos da personalidade, conceito este que não é sinônimo de personalidade
jurídica.
c) Afirmar-se que os viciados em tóxico são relativamente incapazes é o mesmo
que afirmar que eles são dotados de personalidade condicional.
d) a personalidade jurídica do absolutamente incapaz sem discernimento para os
atos da vida civil somente é subtraída após a sentença de interdição.
A personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair
deveres, sendo adquirida no nascimento (art. 2º, CC) e extinguida na morte da
pessoa natural. Assim, todo o ser humano é dotado de personalidade jurídica, seja
ele capaz ou incapaz. Aliás, toda a pessoa possui capacidade de direito ou de gozo,
pois a capacidade citada nos artigos 3º e 4º do nosso Código Civil se refere a
capacidade de fato ou de exercício, esta sim, sendo a medida da personalidade.
A sentença de interdição subtrai a capacidade de fato de uma pessoa mas nunca
a sua personalidade jurídica, necessitando ela de outra pessoa (representante ou
assistente) para poder exercer seus direitos e contrair deveres. Em suma, a
personalidade jurídica de uma pessoa e a sua capacidade civil de direito jamais
podem ser cerceados ou mitigados, extinguindo-se apenas com a morte.
Na alternativa “b”, que é a correta, aparece outro conceito que são os direitos
da personalidade; estes são os direitos subjetivos de uma pessoa em defender
aquilo que lhe é próprio (vida, integridade, liberdade etc.). Estes direitos não se
confundem com a personalidade jurídica, pois esta é a aptidão da pessoa para
contrair deveres e direitos, inclusive os direitos de personalidade, que podem ser ou
não inatos. Com a morte do sujeito, a aptidão para contrair direitos e deveres
(personalidade jurídica) se extingue, porém, os seus direitos de personalidade
continuam a existir e são ainda tutelados pelo ordenamento jurídico.
Destarte, todas as pessoas naturais, capazes de exercerem seus direitos ou não,
são dotadas de personalidade jurídica e titulares de direitos da personalidade.
10. (RS-2006-1) Em nosso ordenamento jurídico, quanto às pessoas jurídicas,
assinale a assertiva correta:
a) O Ministério Público é parte ilegítima para requerer a desconsideração da
personalidade jurídica em caso de desvio de finalidade.
b) Não se aplica às pessoas jurídicas o regime dos direitos da personalidade
previsto no Código Civil.
c) As pessoas jurídicas não podem pleitear dano moral.
d) Quando se tratar de tutela do consumidor, a desconsideração da personalidade
jurídica poderá ocorrer mesmo que não se configure o abuso de direito.
A proteção aos direitos da personalidade é aplicável, no que couber (nome,
marca, honra, imagem etc.), às pessoas jurídicas (art. 52, CC). Violados estes
direitos, nasce na pessoa jurídica a pretensão na reparação de possíveis danos
materiais e morais.
A pessoa jurídica é autônoma em relação aos seus membros no tocante ao
exercício de seus direitos e cumprimento de suas obrigações. Entretanto, o abuso
de sua personalidade jurídica pelos seus membros, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, configura abuso de direito e dá azo a
desconsideração da personalidade jurídica estendendo a responsabilidade
patrimonial, provisoriamente e em caso determinado, sobre os bens particulares
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. A desconsideração pode ser
requerida pela parte ou pelo Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, sendo parte legítima para tal requerimento (art. 50, CC).
No que tange a relação de consumo a desconsideração da personalidade da
pessoa jurídica pode ocorrer pelo abuso do direito ou mesmo por outros motivos
como a falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa
jurídica provocados por má administração (art. 28, CDC) , ou mesmo quando a
personalidade obstaculizar de alguma forma o ressarcimento de prejuízos causados
aos consumidores (art. 28, parágrafo 5º, CDC). Assim a assertiva correta é a letra
“d” pois a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica quando situada em
uma relação de consumo pode ocorrer mesmo sem o abuso do direito, baseando-se
em outras hipóteses normativas.
11. (PR-2006-3) Assinale a alternativa CORRETA:
a) A personalidade jurídica das pessoas jurídicas de direitos privado - que também
pode ser denominada como direitos da personalidade – sempre poderá ser
desconsiderada quando se revelar como óbice ao ressarcimento integral dos danos
produzidos às pessoas naturais ou a outras pessoas jurídicas.
b) A afirmativa constante no Código Civil de que “toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil” comporta exceções, sendo exemplo mais emblemático a
incapacidade absoluta dos menores de 16 (dezesseis) anos, pelo que se pode
afirmar que somente são dotados de personalidade jurídica aqueles entes ou
sujeitos aos quais a lei atribui plena capacidade de exercício.
c) Nem todos os direitos da personalidade se aplicam às pessoas jurídicas.
d) Atendendo ao princípio da segurança jurídica, base fundante no ordenamento
jurídico, o Código Civil tipifica de modo exauriente o rol dos direitos da
personalidade passíveis de proteção jurídica.
A personalidade jurídica da pessoa (natural ou jurídica) não se confunde com os
seus direitos de personalidade. Estes, são os poderes que toda a pessoa possui de
defender o que lhe é próprio (nome, honra, vida etc.). Aquela, é a aptidão genérica
para contrair direitos e deveres, sendo inerente a todo ser humano, capaz ou
incapaz.
A personalidade jurídica da pessoa jurídica pode ser desconsiderada sempre que
houver o seu abuso, o que configura abuso de direito (art. 187, CC), caracterizado
pelo desvio da finalidade ou pela confusão patrimonial (art. 50, CC). A hipótese da
personalidade como óbice para ressarcimento aplica-se apenas na relação de
consumo, quando os credores são consumidores (art. 28 parágrafo 5º, CDC).
Os direitos da personalidade não são arrolados taxativamente e nem regulados
de forma esgotável pelo Código Civil que serve ao tema apenas onze artigos.
No tocante às pessoas jurídicas, nem todos os direitos da personalidade lhes são
aplicados, reservando apenas o que couber (art. 52, CC). Correta a alternativa “c”.
12. (RS-2006-2) Em se tratando de pessoa jurídica, assinale a assertiva correta:
a) A decretação da desconsideração da personalidade da pessoa jurídica pressupõe
a existência de fraude a credores
b) A pessoa jurídica tem direito a pleitear dano moral.
c) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público.
d) Adquire-se a personalidade jurídica mediante a assinatura do contrato social.
A fraude contra credores, vício social de anulabilidade, não é pressuposto para a
desconsideração da personalidade da pessoa jurídica que ocorre em caso de abuso
de direito configurado com o desvio de finalidade ou a confusão patrimonial (art.
50, CC), ou em se tratando de relação de consumo, em outras hipóteses (art. 28,
CDC).
Os partidos políticos são pessoas jurídica de direito privado (art. 44, inciso V,
CC).
A personalidade jurídica da pessoa jurídica é obtida a partir de sua existência
legal, o que, em caso de pessoa jurídica de direito privado, inicia com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro (art. 45, CC; art. 119 da Lei nº 6.015/73).
A alternativa correta é a letra “b”, pois a pessoa jurídica, como titular de direitos
subjetivos, pode pleitear judicialmente danos materiais e morais.
13. (RS-2007-1) Sobre pessoas jurídicas, assinale a assertiva incorreta.
a) Para que se altere o estatuto da fundação, é necessário dar vista ao Ministério
Público.
b) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado.
c) Compete tanto à assembléia-geral quanto ao Conselho de Administração alterar
o estatuto da associação.
d) Os condomínios edilícios são pessoas jurídicas de direito privado
A alteração do estatuto de uma fundação requer: deliberação de dois terços dos
membros competentes para gerir e representar a fundação; que a modificação não
contrarie ou desvirtue o fim da pessoa jurídica; e que seja aprovada pelo Ministério
Público, ou, em caso de denegação deste, pelo Poder Judiciário (art. 67, CC).
São pessoas jurídicas de direito privado as associações, as sociedades, as
fundações, as organizações religiosas e os partidos políticos (art. 44, CC).
14. (PR-2007-1) Sobre as pessoas jurídicas, assinale a alternativa CORRETA:
a) Nas pessoas jurídicas constituídas sob a forma de associações, não há entre os
associados, nos termos do Código Civil, direitos e obrigações recíprocos.
b) Nos termos do Código Civil, as sociedades existem como pessoas jurídicas desde
o instante em que é firmado o contrato social.
c) A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica implica a sua
despersonalização para todo e qualquer fim.
d) A desconsideração da personalidade jurídica da pessoa jurídica gera a
responsabilização patrimonial dos administradores, jamais estendendo, porém, os
efeitos das obrigações da pessoa jurídica ao patrimônio de sócios não
administradores.
As sociedades, bem como as outras pessoas jurídicas de direito privado,
adquirem a personalidade jurídica a partir de sua existência legal, que acontece
com o registro do titulo constitutivo no respectivo registro (arts. 45, 985, e 1.150,
CC).
A desconsideração da personalidade da pessoa jurídica estende a
responsabilização patrimonial aos bens particulares dos administradores, podendo
alcançar os dos sócios não administradores da pessoa jurídica. Porém, os bens dos
sócios não podem ser executados antes dos bens sociais (benefício de ordem).
A desconsideração da personalidade jurídica é episódica, ou seja, é feita
provisoriamente e em dado caso concreto, surtindo efeitos em certas e
determinadas relações de obrigações (art. 50, CC).
Destarte, a alternativa correta é a letra “a”, conforme parágrafo único do artigo
53 do CC. Cada associado constitui uma universalidade de direitos, deveres e bens
e a associação outra (princípio da autonomia da pessoa jurídica). Não se confunde a
inexistência sinalagmática entre os associados com a igualdade de direitos entre
eles (art. 55, CC), pois estes são postos em detrimento deles com a associação,
podendo ser reduzido com a instituição de categoria e vantagens especiais.
15. (PR-2006-1) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
I – As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito publico
interno, arroladas em tal condição no Código Civil de 2002.
II – A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, como regra,
independe de registro, bastando a aprovação de seu contrato social pelo Poder
Executivo.
III – nem todos os direitos de personalidade se aplicam às pessoas jurídicas.
a)todas as afirmativas estão corretas.
b)apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c)apenas a afirmativa III está correta.
d)apenas a afirmativa II está correta.
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, da
Administração indireta.
A existência legal e a personalidade jurídica da pessoa jurídica é obtida a partir
da inscrição do ato constitutivo no respectivo registro (art. 45, CC; art. 119 da Lei nº
6.015/73).
No tocante às pessoas jurídicas, nem todos os direitos da personalidade lhes são
aplicados, reservando apenas o que couber (art. 52, CC).
Assim, a alternativa correta é a letra “c”, sendo que apenas a afirmativa III é
verdadeira.
16. (RS-2006-1) Quanto à matéria de prescrição e decadência, assinale a assertiva
correta:
a) Os novos prazos prescricionais instituídos pelo Código Civil de 2002 têm
aplicação imediata, sem a incidência de regra de transição relativamente aos
prazos do Código de 1916.
b) Os prazos prescricionais podem ser alterados pelas partes, tendo em vista o
princípio da autonomia da vontade.
c) A interrupção da prescrição somente pode ser utilizada uma vez pelo particular.
d) Aplicam-se à decadência, de regra, as normas que impedem, suspendem ou
interrompem a prescrição.
Os novos prazos estabelecidos pelo Código de 2002 (Lei nº 10.406), inclusive os
decadenciais e prescricionais, possuem regra de transição em relação aos prazos do
diploma revogado (art. 2.028, CC).
Os prazos prescricionais não podem ser estabelecidos ou alterados pela vontade
das partes (art. 192, CC); sendo silente a lei, o prazo será de dez anos (art. 205,
CC). A sua interrupção, que poderá ser feita por qualquer interessado (art. 203, CC),
somente poderá ocorrer uma vez (letra “c” correta), reiniciando o fluxo
prescricional ( art. 202, CC).
As causas preclusivas (suspensão, interrupção e impedimento) do fluxo temporal
prescricional não são aplicadas ao instituto da decadência (art. 207, CC), salvo
disposição legal em contrário, como as causas obstativas do fluxo decadencial em
reclamar sobre vícios de produtos ou serviços (art. 26, CDC).
17. (RS-2006-2) Em relação à prescrição, assinale a assertiva correta.
a) A ação declaratória de nulidade não prescreve.
b) A ação de investigação de paternidade prescreve em 10 anos.
c) O Juiz não pode declarar de ofício a prescrição.
d) A alegação de prescrição somente pode ocorrer em primeiro grau de jurisdição.
As ações declaratórias são imprescritíveis em sentido amplo (correta a letra “a”),
isto é, não estão sujeitas à prazo prescricional nem decadencial, bem como as
ações constitutivas que não tenham prazo como, por exemplo, a investigação de
paternidade. Assim, estão sujeitas à prescrição (lato sensu) todas as ações
condenatórias (sujeitas à prescrição) e as ações constitutivas que possuam prazo
(sujeitas à decadência).
A alegação da prescrição pode ocorrer em qualquer grau de jurisdição (art. 193,
CC) e pode ser reconhecida "ex officio" pelo órgão judicante (art. 194 do CC
revogado pela Lei nº 11.280/06, com redação ao parágrafo 5º do art. 219 do CPC).
18. (PR-2006-2) Assinale a alternativa CORRETA:
a) A decadência convencional pode ser objeto de renúncia.
b) A prescrição não pode ser conhecida de ofício pelo juiz, salvo se favorecer ao
absolutamente incapaz.
c) Ao fluir do prazo decadencial se suspende na hipótese de casamento entre
credor e devedora.
d) Admite-se a renúncia à prescrição no que diz respeito às pretensões creditícias,
desde que a renúncia seja definida desde logo, no momento da celebração da
avença.
A prescrição pode ser reconhecida "ex officio" pelo órgão judicante em qualquer
caso (art. 194 do CC revogado pela lei 11.280/06, com redação ao parágrafo 5º do
art. 219 do CPC).
É a prescrição que não corre entre os cônjuges na constância da sociedade
conjugal (art. 197, I, CC), podendo ser uma causa impeditiva ou suspensiva, o que
vai depender se o casamento ou a união estável for contraída antes ou depois de
iniciar o fluxo temporal.
A prescrição pode ser renunciada tácita ou expressamente pelo prescribente
somente após consumada e sem prejuízo de terceiros.
A decadência pode ser legal ("ex vi legis") ou convencional ("ex vi voluntatis"). A
primeira, não pode ser objeto de renúncia (art. 209, CC) e pode ser reconhecida "ex
officio" pelo juiz. A segunda, pode ser renunciada (alternativa “a” correta) e não
pode ser reconhecida "ex officio" pelo juiz (art. 211, CC).
19. (RS-2006-1) Relativamente à Lei de Introdução do Código Civil, assinale a
assertiva correta:
a) A lei começa a vigorar no prazo de 45 dias após sua promulgação, sem exceções.
b) Considera-se ato jurídico perfeito aquele já consumado segundo a lei vigente ao
tempo em
que se efetuou.
c) O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país onde foi
celebrado o casamento.
d) Na aplicação da lei, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia.
O prazo da "vacatio legis" será de 45 dias depois de oficialmente publicada
apenas se não houver disposição em contrário. Ressaltando que nos Estados
estrangeiros,a lei brasileira admitida tem a vacância de três meses (art. 1º, LICC).
O regime de bens legal ou convencional aplicado à sociedade conjugal ou a
união estável obedece à lei do país em que os nubentes tiverem domicílio e, sendo
este diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal (art. 7º, parágrafo 4º, LICC). Não
tendo domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele
em que se encontre. (art. 7º, parágrafo 8º, LICC).
O juiz utiliza a analogia, os princípios gerais do direito e os costumes para decidir
em casos onde há omissão legislativa, e não na aplicação da lei (arts. 4º LICC, 126
CPC, e 8º CLT).
A alternativa correta é a letra “b” que utilizou o conceito de ato jurídico perfeito
dado pelo artigo 6º, parágrafo 1º, da LICC.
20. (RS-2006-3) Em relação aos direitos civis, é correto afirmar que
a) a prodigalidade conduz à incapacidade absoluta.
b) em princípio, as pertenças acompanham a sorte do principal.
c) havendo conflito de interesse entre representante e representado, o negócio
jurídico praticado é passível de anulação.
d) não corre prescrição contra os relativamente incapazes.
Os pródigos, após sentença de interdição, são relativamente incapazes (art. 4º,
IV, CC).
Pertenças são os bens que, não constituindo parte integrante do principal (e aqui
ele se diferencia do acessório), se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço
ou ao aformoseamento de outro (art. 92, CC). Em regra, ao contrário dos bens
acessórios, as pertenças não acompanham o principal, salvo se o contrário resultar
da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso (art. 93 CC).
A prescrição (e a decadênica) não corre contra os absolutamente incapazes (art.
198, I, e 3º, CC).
O negócio jurídico realizado pelo representante em conflito de interesse com o
representado, com pessoa que sabia ou deveria saber de tal conflito, é passível de
anulação, com um prazo decadencial de 180 dias contados a partir da cessação da
incapacidade (art. 119, CC). Correta a letra “c”.
21. (PR-2006-1) Assinale a alternativa CORRETA:
a) Não serão anuláveis por fraude contra credores os contratos de disposição
gratuita dos bens do devedor insolvente quando a insolvência não for notória, ou
não houver motivo para ser conhecida do devedor ou do outro contratante.
b) As garantias de dívida que o devedor já insolvente der a algum credor se
presumem, em regra, como fraudatórias dos direitos dos outros credores.
c) O negócio jurídico simulado praticado a partir do dia 12 de janeiro de 2003 é
anulável.
d) A convalescença do negocio jurídico nulo de dá por sua conversão substancial,
que sempre deverá contar com o consentimento de todos os integrantes da relação
jurídica.
A fraude contra credores é um vício social que induz anulabilidade. São atos que
desfalcam o patrimônio do devedor, evitando uma futura execução. A insolvência
notória ou com motivo para ser conhecida são requisitos para configuração da
fraude contra credores quando os atos que desfalcam o patrimônio do devedor
forem a título oneroso.(art. 159, CC). Se o ato for de liberalidade, como a doação
(art. 538, CC) ou a remissão de dívidas (art. 385, CC), não é necessário estes
requisitos; aliás, nem mesmo necessita o devedor estar em insolvência, desde que
os atos de liberalidade o reduzam a tal. Todavia, na fraude contra credores de
negócio jurídicos a título gratuito se faz necessário o "consilium fraudis".
A garantia real (art. 1419, CC) dada a um credor pelo devedor insolvente
presume-se fraudatória dos direitos dos demais credores (art. 163, CC). Correta a
letra “b”.
A simulação é também vicio social e induz nulidade nos negócio jurídicos
realizados sob a égide no Código Civil de 2002 (art. 167, CC).
O negócio jurídico nulo, ao contrário do anulável, é insuscetível de convalidação
ou de confirmação (art. 169, CC). Todavia, pode o negócio jurídico nulo se converter
em outro válido quando não proibido legalmente, estando presentes os requisitos
do novo negócio e houver a intenção dos contratantes em efetivá-lo (art. 170, CC).
Mas, se trata de conversão substancial em outro negócio jurídico e não a
convalescença do negócio nulo.
22. (PR-2006-2) Sobre o negócio jurídico, assinale a alternativa CORRETA:
a) O Código Civil admite hipóteses de anulação do negócio jurídico por erro de
direito.
b) O negócio jurídico de disposição patrimonial onerosa poderá ser anulado por
fraude contra credores, ainda que o adquirente não saiba da insolvência do
alienante nem tenha motivos para conhecê-la.
c) Somente a comprovação de má-fé por parte do adquirente propicia a anulação
do negócio jurídico de disposição patrimonial gratuita sob o fundamento da fraude
contra credores.
d) A simulação absoluta gera nulidade do negócio jurídico, ao passo que a
simulação relativa gera a sua anulabilidade.
A fraude contra credores feita a título oneroso é anulável desde que feita por
devedor cuja insolvência seja notória ou que exista motivos para conhecê-la,
dispensando o "consilium fraudis" (art. 159, CC). Porém, se o ato de desfalque do
patrimônio for a título gratuito(art. 158, CC) é necessário, além do "consilium
fraudis" (ma-fé do devedor ou do devedor com terceiro) que o devedor seja
insolvente ou que se reduza a ela com os atos fraudulentos. Assim, é preciso não
somente a comprovação da má-fé, como também os elementos do "eventus damni"
(ato de desfalque) e a insolvência (anterior ou posterior ao ato).
A simulação absoluta é aquela em que o sujeito declara uma vontade criando a
expectativa de um negócio jurídico, que em verdade, ele não tem intenção
nenhuma de realizá-lo. Enquanto que na simulação relativa um negócio jurídico se
efetiva, porém, sob a aparência de outro, fictício. As duas formas de simulação, com
o advento do Código Civil de 2002, são vícios de nulidade (art. 167, CC).
O erro é uma falsa noção da realidade por uma das partes, o que macula de
anulabilidade o negócio jurídico, quando este erro for substancial e escusável (art.
138, CC). O erro de direito é a ignorância, o falso conhecimento ou a má
interpretação de uma norma jurídica, o que vicia o consentimento apenas se a
manifestação volitiva eivada de erro for o único motivo ou o motivo principal do
negócio jurídico (139, III, CC). Não se trata de uma escusa ao cumprimento da lei
(art. 3º, LICC), mas sim, de um cumprimento defeituoso por um erro na
manifestação volitiva única ou principal, visto que somente poderá incidir em
normas dispositivas (sujeita ao livre acordo das partes) e jamais em norma cogente
ou impositiva. Assim, a resposta correta é a letra “a”.
23. (PR-2006-3) Assinale a alternativa CORRETA:
a) O termo inicial suspende a aquisição do direito subjetivo.
b) A condição suspensiva, quando implementada, interrompe a possibilidade de
exercício de um direito subjetivo que já existia quando da celebração do negócio
jurídico.
c) Em regra, enquanto o encargo não é cumprido, o beneficiário do ato de
liberalidade não adquire o direito subjetivo.
d) A inexecução do encargo imposto a uma liberalidade, em regra, não gera a
extinção de pleno direto do direito adquirido por meio do ato de liberalidade.
O termo é a cláusula que subordina a eficácia (termo inicial ou suspensivo) ou a
ineficácia (termo final ou resolutivo) do negócio jurídico a evento futuro e certo.
A condição é a cláusula que subordina a eficácia (condição supensiva) ou a
ineficácia (condição resolutiva) do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Encargo ou modo é a cláusula que impõe ao adquirente um ônus em decorrência
da coisa adquirida.
O termo inicial suspende o exercício do direito subjetivo, mas não a sua
aquisição (art. 131, CC). O encargo, por sua vez, não suspende nem a aquisição
nem o exercício do direito subjetivo (art. 136, CC), salvo se imposto pelo disponente
como condição suspensiva, visto que esta, suspende tanto a aquisição como o
exercício do direito subjetivo (art. 125, CC).
Dessarte, a alternativa correta é a letra “d” (embora infeliz sintatica e
semânticamente), pois a inexecução do encargo, em regra, não extingue o direito
adquirido na liberalidade.