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OUTUBRO DE 2015 RAP NO PALÁCIO A MELHOR FESTA DE HIP HOP DA FRANÇA THE BLACK KEYS Conversamos com o líder do duo de blues-rock americano ARTE E AVENTURA A fotógrafa Krystle Wright rodou o mundo em busca de adrenalina AÇÃO TOTAL JASON CLARKE é a estrela do thriller de escalada Everest ALÉM DO COMUM BRASIL

The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

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OUTUBRO DE 2015

RAP NO PALÁCIO

A MELHOR FESTA DE HIP HOP

DA FRANÇA

THE BLACK KEYS Conversamos com o líder do duo de blues-rock americano

ARTE E AVENTURA A fotógrafa Krystle Wright rodou o mundo em busca de adrenalina

AÇÃO TOTAL

JASON CL A R K E é a es tr ela do th r iller de esc a la da Eve rest

ALÉM DO COMUM

BRASIL

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NO DESERTO Saímos para um rolê com o ator Jason Clarke e descobrimos: o cara manda bem no volante

24BEM-VINDO! Um mundo em que os grandes astros do cinema também curtem ação de verdade. Assim é com Jason Clarke. O astro de filmes como A Hora Mais Escura e Exterminador do Futuro: Gênesis saiu para acelerar um jipe na Califórnia e nos falar de sua paixão por carros e o novo filme, Everest, que estreia este mês nos cinemas. Recepção calorosa também recebemos em Paris, numa festa de rap como poucas vezes nós seres humanos pudemos acompanhar: a Yard Party, que rola dentro de um palácio centenário e coloca a cultura africana acima de tudo. Simplesmente alucinante! E tem ainda a estrela Joseph Gordon-Levitt contando sobre seu papel no filme A Travessia, sobre o equilibrista que caminhou entre as Torres Gêmeas. Acelere!

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“Quando meu pai viu o fi lme,

ele chorou,aterrorizado.”

JOSEPH GORDON-LEVITT, PÁG. 48

O MUNDO DE RED BULL

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NESTE MÊS

GALERIA

8 FOTOS Os melhores registros do mês

BULLEVARD

15 ANO DA LUZ Os lugares e momentos mais claros e mais escuros

DESTAQUES

24 Jason ClarkeO australiano que é a estrela em ascensão no cinema de ação

32 Krystle WrightEncarar situações extremas é a paixão dessa fotógrafa

46 Heróis do mêsO triatleta Sebastian Kienle, o ator Joseph Gordon-Levitt, Emmy Rossum – de Shameless – e o DJ Qbert

52 VoadoresTake 5: uma história em cinco fotos

58 Chris SharmaUm novo desafio de escalada

66 Yard PartyA cena incendiária de rap em Paris

AÇÃO!

73 O ESSENCIAL Para ficar por dentro do mundo dos esportes, da tecno-logia e do entretenimento

85 ESPECIAL VIDA ATIVA

90 EXPEDIENTE

92 MOMENTO MÁGICO

66 BALADA NO PALÁCIO Gente de todo lugar do mundo e o melhor som de hip hop de Paris numa só festa

PARA CIMAO desafio de um escalador também está na mente. Chris Sharma explica como fazer isso

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SEBASTIAN KIENLEO campeão do Ironman nos mostra o segredo para ter bom preparo e saber encarar grandes dificuldades

NOVA GERAÇÃOA Ferrari se mexe sempre na hora certa e apresenta o turbo 488 GTB, com mais potência e menos emissões

FOTOS DE AÇÃODe que modo o trabalho de fotógrafa de Krystle Wright a transformou em uma grande atleta

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OUTUBRO DE 2015

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BASTIDORESTHE RED BULLETINOUTUBRO DE 2015

RÜDIGER STURMEste jornalista de cinema mora em Munique, mas é um insider em Hollywood. Ele conversou com Emmy Rossum sobre lições de vida, sexo e queijo grelhado. Confira a entrevista na pág. 50.

KEFFER“Eu não sei fazer o twerk, mas adoro ver as mulheres fazendo isso”, diz Keffer, frequentador VIP das mais loucas noites parisienses. Nesta edi-ção, ele traz as fotos mais quentes na festa de rap Yard Party. Pág. 66

A ideia de fazer esse conceito de fotos surgiu após saber que Jason Clarke era fanático por carros. Mas quem conseguiria um para o fotógrafo Michael Muller? Entra Robert Acer: piloto de corrida de caminhão, filantropo, milionário misterioso e possivelmente um futuro super-herói (veja o trailer em robertacer.com). Ele emprestou seu caminhão e equipe para a sessão de fotos. E Clarke mandou bem. “Estou ameaçado”, disse Acer, que manteve a identidade em segredo, sem tirar o capacete. “Ele é um talento natural.” Pág. 24

Clarke, Acer, o editor Tzortzis e o fotógrafo Muller

Motores, astros e heróis

NOSSO TIMEESTE MÊS

THE RED BULLETIN PELO MUNDOO Red Bulletin é publicado em 11 países. Acima, a capa da edição mexicana.

Baixe todas as edições em: redbulletin.com/howtoget

MAKING OFPOR TRÁS DAS CÂMERAS

A fotógrafa de aventura australiana Krystle Wright, 28 anos, mergulha, escala e sofre em temperaturas negativas para conseguir ficar perto de seu assunto preferido: a aventura. Seus registros podem ser vistos a partir da pág. 32.

Clarke, Acer, o editor

“A rotina é a maior inimiga.”KRYSTLE WRIGHT

A dedicação de Wright para conseguir uma foto boa é fantástica

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O R L A N D O, EUA

TORQUE Na Formula Drift, 39 dos melhores pilotos mundiais lutam pelo título em pistas da China, da América do Norte e do Japão. O preferido do público é o neozelandês “Mad” Mike Whiddett, que ganhou o apelido durante sua carreira anterior como o doido do motocross. Agora, Mad Mike pilota, com a mesma audácia, o Mazda da Red Bull – levantando fumaça com 1 032 cavalos.Mais sobre Drift: www.madmike.co.nzFoto: Larry Chen

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S E R M A M AG N Y, FR A N Ç A

ROCK’N’ROLLCom o nome artístico de Diplo, o americano

Thomas Wesley Pentz se transformou em um dos DJs mais bem pagos do mundo (cachê

anual em 2014: US$ 10 milhões). Seu projeto Major Lazer faz multidões dançarem nas pistas

de Kingston a Bombaim. O ponto alto de suas apresentações ao vivo: deslizar em uma bola

de plástico gigante sobre o público.Informações sobre a turnê: www.majorlazer.com

Foto: Vincent Arbelet

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AÇ O R E S , P O RT U G A L

QUEDA LIVRETara Hyer-Tira (EUA) cresceu com cinco irmãos mais velhos. Todos saltavam de

penhascos. Não surpreende que, aos 27 anos, seja uma das melhores atletas do Red Bull Cliff Diving World Series (na foto durante

um salto de 20 metros de altura). O que a fascina no esporte? “O respeito pela altura seguido pela sensação depois do mergulho.”

Final do Red Bull Cliff Diving World Series: 26/9 em Bilbao, Espanha

Stream ao vivo: www.redbull.tvFoto: Dean Treml

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A energiA de red Bull em três

novos sABores.

www.redBull.com.Br

crAnBerry lime BlueBerry

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NINGUÉM NUNCA CHEGOU TÃO FUNDO James Cameron atingiu o ápice da carreira no ponto mais profundo da Terra: a Fossa das Marianas

O diretor James Cameron tem uma relação complicada com o mar. Em Titanic, ele afundou um navio; em Expedition: Bismarck, ele foi atrás da história de outro; e, em O Segredo do Abismo, ele encontrou extraterrestres nas profundezas. Depois, precisou da ajuda de uma sessão de terapia de choque: mergulhou em um submarino na Fossa das Marianas, o lugar mais profundo e escuro dos oceanos. Foi o terceiro a realizar a façanha no mundo. E o primeiro a fazê-lo sozi-nho. Cameron documentou o deserto aquático a 10 900 metros de profundidade, mas ele não conseguiu ver muita coisa nas três horas que pas-sou lá embaixo – o submarino revolveu a areia do fundo. Não é a primeira vez no trabalho de Cameron que a técnica atrapalha a trama, coisa que também acontece em alguns de seus filmes. Mas dessa vez não era possível afundar mais.

2015 é o ano da luz: venha conosco aos lugares mais claros e aos mais escuros do mundo

BULLEVARD

Tempos de trevas. James Cameron sabe

do que um homem com profundidade precisa: um

relógio à prova d’água

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930 m de altitudeWeissensee, Áustria 1 Gelado: mergulhe no lago mais alto das montanhas

- 300 m 5

Malta Seja um piloto de submarino. São quatro dias de treino. Preço: R$ 27 mil

- 11.034 mNo fundo. Você só alcança a Fossa das Marianas, no Pacífico, se for James Cameron

- 3.800 mGigante. Há mais de 100 anos, os destroços do Titanic descansam na ilha de Terra Nova, Canadá

- 0 mToyama, Japão 2 Alarme azul: lulas azuis minúsculas colorem a costa de azul neon na primavera

- 2 mLeste da Groenlândia 3 Embaixo dos icebergs: na água gelada, só o sol da meia-noite poderá te aquecer

- 10 mThingvellir, Islândia 4 Não se mova, por favor: mergulhe na fenda entre as placas continentais da América e da Europa

VIAGEM AZULOs raios do sol iluminam até 200 metros abaixo da superfície. Depois é escuridão. Cinco dicas de mergulho para todos os que procuram a emoção na profundidade

- 30 mDoideira! Abaixo de 30 metros, a famosa narcose por nitrogênio ocorre: eu-foria, medo, alucinações

Mergulhe em nossas dicas

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BULLEVARD BULLEVARD

NEM O GELO APAGAA luz que ilumina as telas: Keira KnightleyTemos certeza: a inglesa seria capaz de derreter qualquer geleira. Essa deve ter sido a razão por que ela ficou em casa e não a vimos em Everest quando Jason Clarke e Jake Gyllen-haal escalaram a montanha mais alta do mundo. Mas a verdade é que nem Hollywood se atreveria a vesti-la como gostaríamos de vê-la em temperaturas de -40 ºC. Por isso, criamos um final feliz melhor para o filme: Keira nos recebe calorosamente no alto da montanha. Nós derretemos. E, infelizmente, o Everest também.

Felizmente Keira Knightley ficou em casa e não partici-

pou de Everest. Nós também

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BULLEVARD

VIDA NA SOMBRAAs cavernas mais bonitas não são sempre as mais longas. Veja a profundidade que você precisa para chegar ao que interessa

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120 mCaverna Lechuguilla 3Novo México, EUA Com 222 km, é um dos complexos de cavernas mais longos do mundo. Mas até 1986 só os primeiros 120 metros eram conhecidos

500 mGouffre Berger 4França Paraíso da escalada nos Alpes: após uma descida inclinada de 500 metros, você alcança “Os Treze”, uma forma-ção impressionante de estalagmites

1 kmEisriesenwelt 5Áustria Como no palácio de gelo da Elsa, o primeiro quilômetro a partir da entrada é totalmente congelado. Mas acessível. Já o resto, não

30 mCaverna Waitomo Glowworm 2Nova Zelândia Passeio com a família: a apenas 30 metros da entrada, você pode apreciar a gruta dos vermes que brilham

20 mCavernas de Lascaux 1

FrançaInvisível: após apenas 20 metros, você (não) pode ver os famosos bois da Idade da Pedra. A caverna está fechada ao público desde os anos 1960

Sete portais para o centro da Terra

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BULLEVARD

O QG dos Espíritos: a Majlis al Jinn, em

Omã, tem 120 metros de altura. E é fantástica

6 kmCaverna Son Doong 7Vietnã Floresta tropical na montanha: depois de 6 quilômetros, você encontra uma parede de 60 metros, recentemente conquistada pelos primeiros alpinistas

1,9 kmGasteiner Heilstollen 6Áustria A caverna foi cavada em 1943 com trabalho forçado de poloneses que, contra a vontade dos nazistas, em vez de morrer se tornavam mais saudáveis. Graças à radiação curativa que emana da montanha

Iluminar, gravar, ficar acordado: três aparelhos espertos

PARA LEVAR NO BOLSO

SEALIFE MICRO HDComo filmar embaixo d’água hoje: com uma

câmera com 13 megapixels e full HD. Agora só falta

a família toda nas férias.sealife-cameras.com

FOGOUma lanterna mágica que realiza todos os desejos:

walkie-talkie, bússola, GPS e envia mensagens de texto.

E também sabe iluminar. Com 1 000 lumens.

fogo.io

ENTRAINO aplicativo contra jet lag que ajuda você nos primeiros dias

das férias. Diz quando o sol sai ou quando ir para a cama.

Não precisa mais nada.entrain.math.lsa.umich.edu

DIÁLOGO DAS LATAS

A ESCURIDÃO É BELA

SIM. UMA PENA QUE NÃO DÁ PARA

VÊ-LA DIREITO

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A NOITE TEM 24 HORASLoving Las Vegas: quem é o primeiro a apagar as luzes aqui?

04:33 Você tem sorte no amor. Mas ela diz que nada vai rolar sem a certidão de casamento. Pegue um táxi para a próxima igreja drive-in.

22:29 Hora de testar um dos 76 cassinos.

A entrada é grátis. Mas vai ter que pôr a mão no bolso de qualquer jeito.

05:00 Lua de mel em Veneza. Fica ali na esquina.

05:04 Noite de núpcias.

21:39 Programa obriga-tório no início da noite:

o espetáculo de luz e formas impressionante das Bellagio Fountains.

08:05 Já estou arrependido. “Welcome to Fabulous Las Vegas”: uma placa nos avisa pela última vez.

20:00 Jantar na Stratosphere Tower com a

melhor vista. Mas, para ver as estrelas de verdade, só mesmo no Grand Canyon.

09:10 A fome nos leva até o Harrah’s para o café da manhã all-you-can-eat. A fonte de chocolate jorra alegremente.

16:17 Uma ida ao Cirque du Soleil é programa obri-

gatório, assim como apertar a mão do bandido maneta.

Preço? Não importa.

14:02 No Arts District fica claro: aqui arte

significa ser capaz de vender qualquer coisa.

10:56 Em direção ao centro – a Las Vegas “velha”, onde, nos anos 1940, os primeiros hotéis-cassino foram abertos.

12:07 O Museu do Neon alça velhas placas de propaganda ao status de pop art. Boa sorte com a conta de luz.

01:10 No XS Nightclub, acabamos gastando inclusive o que não

ganhamos na noite. Ei, gata, qual é o seu nome?

Luzes da cidade: Las Vegas é tão iluminada que pode ser vista de Júpiter. Supostamente

00:03 Inalamos a infame aura dos jogos de azar e vibramos com

os letreiros luminosos. Em direção à balada eterna!

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BULLEVARD

Está procurando uma viagem de última hora?

TURISMO PERIGOSO

KAINRATH

Ver e ser visto.

LONDRESTour Jack o Estripador. Turistas visitam a zona de caça do mais

famoso serial killer inglês.

CHERNOBYLExcursão até o reator. Para

aventureiros em busca da última radiação.

AFEGANISTÃOTurismo terrorista. Passeie

com capacete e colete à prova de balas por Kabul.

SOMÁLIAVelejar entre navios pirata?

OK. Você nos pegou. Essa não existe. Ainda.

COREIA DO NORTETratamento detox digital. Con-

verse com a pessoa ao lado para variar. Mas não sobre política.

O CÉU PRECISA ESPERARNo ano da luz, ainda estamos a anos-luz do pacote de férias all inclusive no espaçoDesde que o capitão Kirk registrou “Ao infinito e além” em seu diário de bordo, todos queremos viajar pelas estrelas. Desde que o multimilionário Dennis Tito se tornou o primeiro turista a viajar para o espaço em 2001, ficamos sabendo que: a viagem será cara. Atualmente, empresas como Virgin Galactic ou Space Adventures estão investindo bilhões para realizar esse sonho. Por apenas US$ 250 mil, você pode ver a Terra do espaço com a Virgin. Em teoria. A sua “Spaceship 2” despencou do céu como uma rocha no ano passado e, com ela, a esperança de que houvesse viagens

ao espaço para todos num futuro próximo. Teremos que esperar pacientemente até podermos colocar a turma da Tia Augusta em órbita ou pedir carona pela galáxia. Até que chegue esse dia, podemos obser-var as estrelas no céu: de preferência em um lugar onde não haja luz por perto. Na Ayers Rock, na Austrália, ou no Deserto do Atacama, no Chile – lugares onde se veem mais estrelas em todo o planeta. Além disso, dezembro traz novidades para manter o hype de Star Wars nas alturas. É quando fica claro que a melhor espaçonave do mundo é o seu sofá.

Sortudo sorri-dente. Quando

teremos via-gens ao espaço

para todos?

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A FUNDO

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J A S O N C L A R K E AT U O U D E M A N E I R A N O TÁV E L E M U M A S É R I E D E F I L M E S . A G O R A É A V E Z D E E V E R E S T , Q U E E S T R E I A

N E S T E M Ê S . M A S , À B E I R A D O E S T R E L AT O , E L E N Ã O E S TÁ C O M P R E S S A D E C H E G A R L Á . T E R F O C O N O O B J E T I V O N Ã O

É G R AT I F I C A N T E S E V O C Ê N Ã O C U R T E A J O R N A D A P O R : A N D R E A S T Z O R T Z I S F O T O S : M I C H A E L M U L L E R

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O “poc poc poc” gutural do motor de 860 cv em ponto morto soa como uma criança nascida do amor entre uma Harley e um helicóptero Apache e abafa qualquer tentativa de Jason Clarke dizer alguma coisa.

Essa camionete é diferente de tudo o que o ator, mais conhecido por papéis em filmes como O Exterminador do Futuro: Gênesis e A Hora Mais Escura, já dirigiu. A máquina, toda de carbono e equipada com um motor NASCAR tipo Mad Max, é diferente dos Porsches e dos carros com cockpit aberto que Clarke corre no tempo livre. Na segurança dentro da grade, ele pisa no acelerador e rasga uma empoeirada colina em Los Angeles. No cume, Clarke, 46 anos, freia subita-mente e faz meia-volta, deixando uma nuvem de poeira ao redor.

Ele sai do carro, seu rosto está branco como papel.

“Tomei um susto”, ele diz. “Eu estava tipo ‘uou, uou, uou, freia aí! Não consigo ver p*rra nenhuma’.”

Chegou a 250 km/h? Clarke não sabe. “Estava rápido o suficiente para piscar

o c*”, disse.Em uma cidade que enfatiza a aposta

segura, risco e recompensa são os valores da carreira de Clarke. Essa abordagem

cai perfeitamente bem no afável austra-liano. O destino sempre foi a jornada em primeiríssimo lugar. O papel de encher os olhos no drama aborígine do diretor Phillip Noyce Geração Roubada? A louva-da e eletrizante performance como um agente da CIA em A Hora Mais Escura? Estas foram apenas paradas no caminho. Ele desde então provou seu valor nas bi-lheterias como o simpatizante dos símios Malcolm em Planeta dos Macacos: O Con-fronto e como John Connor em Gênesis. Mas é a sua delicada performance como o enrascado guia de montanha Rob Hall em Everest, que estreia neste mês, que pode garantir a Clarke um lugar no mainstream.

“Um lugar onde? No lugar de Robert Downey Jr.?” Ele debocha. “Até que seria bom, viu.”

Clarke está sentado em um banco de parque iluminado pelo resto de luz em um final de tarde, longe da poeira e do barulho que teve no dia. A Trophy Truck está estacionada nas redondezas em toda sua gloriosa ameaça. É de Robert Acer, um cara misterioso na comunidade do automobilismo que mantém sua identi-dade disfarçada em um personagem todo vestido de preto que nunca retira seu capacete em público. Um sujeito rico de Malibu, de acordo com a lenda, ele não se importaria nada se Clarke arrebentasse com o carro, desde que o ator saísse ileso.

“ D E P O I S DA SAÚ D E , O B E M M A I S P R EC I O S O D E U M H O M E M É A S UA PA L AV R A . ”

Dirigir uma Trophy Truck envenenada, toda de carbono, era para ser um desafio. Mas ele tirou isso de letra

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Quando estava quase desistindo, Clarke conseguiu seu primeiro

grande papel após os 30. Alguns meses depois, ele encarou

o risco e se mudou para L.A.

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Nem todas as empinadas são intencionais. A potência e o torque da Trophy Truck pegaram Clarke de surpresa algumas vezes

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“ V I R PA R A O S E UA FO I I M P O RTA N T E

PA R A M I M . FO I T U D O O U N A DA . E U N ÃO

T I N H A N E N H U M P L A N O A L É M D I S S O. ”

“Eu não queria dizer isso para Jason”, diz Acer, uma voz abafada vinda de dentro de um capacete de carbono e uma viseira de vidro espelhado. “Mas, quanto mais rápido você vai, mais macio ele fica.”

Clarke é filho de um tosador de ovelhas e de uma oficial de Justiça da pequena Winton, em Queens-land. Mais velho de quatro filhos,

ele liderava a gangue dos irmãos em aventuras na vastidão do outback. Mas a atração da cidade grande foi mais forte.

Ele começou em Sydney, onde ficou encantado com os mochileiros que entra-vam e saíam do café onde ele trabalhava. Quando descobriu que ser ator poderia dar a mesma sensação de aventura, ele se envolveu, inscrevendo-se em uma escola de interpretação.

Corta para muitos anos de luta e de becos sem saída. Falido, ele recorreu aos amigos para que ajudassem e se per-guntou se realmente havia uma forma de se arranjar.

“Se não fosse acontecer”, disse Clarke agora, “eu desistiria para fazer outra coi-sa. Eu não vejo sentido em se acomodar e ser um ator sofredor ou frustrado.”

Foi então, quando ele estava prestes a desistir, aos 33 anos, que uma chance surgiu com Noyce e Geração Roubada.

“Vir para os Estados Unidos foi tudo para mim”, disse. “Era tudo ou nada. Toda minha vida estava em jogo. O que você faz se não funciona? Eu não tinha mais nenhum plano além disso. Cresci com meu pai e vi como era difícil aquele trabalho.”

Ele tinha US$ 10 mil no bolso quando desembarcou em L.A., pronto para ir tão longe quanto durasse o dinheiro.

Quando não tinha papel para ele, ia com seu Ford Thunderbird 89 e dirigia até rochas para escalar, ou fazia mochilão no norte da Califórnia. “Senti que final-mente estava fazendo alguma coisa. Se não funcionasse, pelo menos eu teria feito turismo na América”, ele diz. “O desejo precisa de uma oportunidade para se rea-lizar. E existe um período em que você tenta fazer alguma coisa e fica metendo o pé na porta e segue quebrando a cara. E, finalmente, quando consegue meter o pé na porta e a cabeça, quando você faz o melhor, então alguém manda entrar.”

Esse pé na porta veio na forma de Brotherhood, a série de TV na qual o cria-dor Blake Masters elencou um desconhe-cido Clarke nos seus 37 anos como um dos dois protagonistas. “Eu fui sortudo assim algumas vezes na minha carreira”, diz. “Com [o diretor] Michael Mann, em Inimigos Públicos, com Kathryn Bigelow

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“ VO C Ê A P R E N D E S E N D O M O C H I L E I R O. T E M Q U E S E J O G A R N I SS O. E M S E U T R A BA L H O C O M O ATO R TA M B É M . ”

em A Hora Mais Escura. E com Baltasar [Kormákur] em Everest. Havia muita pres-são para escalar nomes muito mais famo-sos que eu. [Christian] Bale faria o papel.”

Mas Bale saiu e o resto dos nomes nun-ca existiu de verdade, diz Kormákur. “Eu estava interessado em alguém que ainda estivesse esperando sua vez”, diz o diretor islandês, que gostou da “gravidade” de Clarke em A Hora Mais Escura. “Alguém que tivesse apetite e estivesse pronto a ir até o fim comigo.” E Clarke fez a única coisa que sabia fazer e deu tudo de si.

“Você aprende na escola de teatro, mas também aprende no mochilão e nas viagens”, diz Clarke. “Você precisa

de Rob Hall em 1992, a proposta de um filme sobre seu amigo era bem preo-cupante. A tragédia de 1996, na qual oito alpinistas – incluindo Hall – perderam suas vidas quando uma tempestade os atingiu durante a descida, foi um evento que traumatizou toda a comunidade de alpinismo.

“Havia todas as chances de que se tornasse uma coisa hollywoodizada”, diz Cotter. Mas Kormákur e Clarke o pro-curaram logo que as filmagens começa-ram e pediram que ele participasse da produção. Ele se tornou o tutor de Clarke em todas as coisas que Hall fazia, levando Clarke para escalar as montanhas da sua Nova Zelândia nativa e ao gelado Lago Tasman. No Nepal, próximo do acampa-mento-base do Everest, a 5,3 mil metros, Clarke infernizou Cotter, perguntando como ele se movimentaria com um supri-mento de oxigênio limitado, como ele se comunicaria com a equipe.

E então houve o iaque.Há uma cena do filme em que um

grupo de animais cruza uma ponte. Kormákur exigiu algumas tomadas, e os iaques protestaram. “Você podia vê-los cada vez mais bravos”, diz Cotter. Um deles desembestou, e Clarke, junto com o colega Josh Brolin, o agarrou pelos chifres antes que ele jogasse alguém lá de cima. Esse é o tipo de história que diz tudo sobre o ator.

O dia de pilotagem chegou ao fim e Clarke sai da cabine da picape, seus óculos escuros ainda no rosto, sem o capacete. Ele joga conversa fora com os caras do serviço de catering reclina-dos na sombra para escapar do sol de 30 graus. Seu sotaque australiano sutil e anasalado faz o charme. Não importa quão alto ele suba na pirâmide da cele-bridade, Clarke quer se manter sempre um cara normal: “Gosto da minha vida, de conhecer gente”.

Ele passou alguns meses no meio deste ano na Tailândia gravando. Depois foi para Praga interpretar um desprezível líder nazista em um filme de Segunda Guerra. Cada viagem é mais uma opor-tunidade para descobrir um pouco mais sobre o mundo. Ele recentemente virou pai, então agora deixar um legado tam-bém está entre suas preocupações.

“Estou lendo Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel García Márquez, para um filme que vou fazer”, diz. “E tem esta frase: ‘Depois da sua saúde, o bem mais valioso de um homem é seu nome’, ou sua palavra. Não quero deixar centenas de milhões de dólares para meu filho. Ele tem que encontrar seu próprio caminho. Acho que isso é uma aventura.” Everest estreia no dia 17 de setembro

se jogar nisso. Fiz muito mochilão. Andan-do pela China, se você não entende onde vai trocar o seu dinheiro, o que vai fazer? Você precisa meter a cara. Precisa dar seu jeito. Como ator, esse é seu trabalho.”

No Natal, alguns anos atrás, o elenco de Everest filmava cenas no Pine- wood Studios, próximo de Londres, quando uma tempestade atingiu

a Irlanda e a Escócia. Clarke e um consul-tor e guia do Monte Everest, Guy Cotter, entraram em um avião e foram para o norte, para o alto dos 1 350 metros do Ben Nevis, nas Highlands escocesas.

“Aquela noite e aqueles dois dias foram de escaladas noturnas e rapel na tempes-tade, só para saber como era”, diz Clarke. Ele queria compreender como as peque-nas coisas – uma luva perdida, um atraso – poderiam condenar uma expedição como a de Rob Hall em 1996, notoria-mente relatada no livro de Jon Krakauer No Ar Rarefeito.

“Ninguém era como Jason”, diz Cotter. “Ele passava horas estudando os livros, comparando contas e discutindo os mínimos detalhes.”

Para Cotter, que era um garoto quando ingressou na consultoria de aventura

A preparação de Clarke para seus

papéis se baseia em uma curiosidade in­

saciável pelo mundo

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“ N o f i n a l d e 2 0 1 1 , u m a m i g o m e p e r g u n t o u s e e u g o s t a r i a d e v i a j a r p e l a A n t á r t i d a d u r a n t e d o i s m e s e s e m u m n a v i o p a r a m o s t r a r a f o t ó -g r a f o s d e v i a g e n s c o m o t r a b a l h a r s o b c o n d i ç õ e s e x t r e m a s . C l a r o q u e a c e i t e i . F i x e i a c â m e r a a u m s u p o r t e t e l e s c ó p i c o p a r a f a z e r f o t o s s u b a q u á t i c a s d e d e n t r o d o b a r c o . C o m o e s t a d o c a i a q u e d a c a n a d e n s e V a l e r i e L u b r i c k . ”

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C A N A L L E M A I R E , A N T Á R T I D A 7 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 2

P O R : A N D R E A S R O T T E N S C H L A G E R F O T O S : K R Y S T L E W R I G H T

B A S E - j u m p s , n e v a s c a s e v o o s s o b r e c o r d i -l h e i r a s n o P a q u i s t ã o . A f o t ó g r a f a K r y s t l e W r i g h t s e c o n v e r t e e m e s p o r t i s t a r a d i c a l e t r a n s f o r m a a v e n t u r a e m a r t e . E l a e x p l i c a s u a s f o t o s m a i s i m p r e s s i o n a n t e s

Bonito eperigoso

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I L H A D E B A F F I N , C A N A D Á1 7 D E A B R I L D E 2 0 1 0

“A I l h a d e B a f f i n é u m v e r d a d e i r o p a r a í s o p a r a B A S E - j u m p e r s : a s e s -

c a r p a s t ê m m a i s d e 1   5 0 0 m e t r o s d e a l t u r a , h á v a s t a s á r e a s p a r a

p o u s a r e n e n h u m a p o l í c i a p o r p e r t o . A s d e s v a n t a g e n s s ã o a s n e v a s c a s

e a s t e m p e r a t u r a s m u i t o a b a i x o d o s 2 0 g r a u s n e g a t i v o s – c o m o

n e s t a f o t o d u r a n t e a c o n s t r u ç ã o d e n o s s o a c a m p a m e n t o d e b a s e

n o p r i m e i r o d i a d a e x p e d i ç ã o . ”

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M O A B , E U A1 9 D E M A R Ç O D E 2 0 1 3

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“ E m M o a b v o c ê e n c o n t r a a l g u n s d o s m e l h o r e s B A S E - j u m p e r s d o m u n d o .

E u m e r g u l h e i n e s s e u n i v e r s o p o r q u a t r o a n o s p a r a u m p r o j e t o d e f o t o -

g r a f i a . N e s t a , o a m e r i c a n o M a t t F l e i s c h m a n s a l t a d o L o o k i n g G l a s s

A r c h , u m a r c o d e a r e n i t o i m p r e s -s i o n a n t e . E l e s a l t o u d e u m p o n t o

a a p e n a s 3 9 m e t r o s d o s o l o . ”

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VA L E D O R I O H U N Z A , P A Q U I S T Ã O2 5 D E M A I O D E 2 0 1 1

“ E s t o u s e m p r e v i a j a n d o p a r a p a í s e s q u e , s e g u n d o a m í d i a , d e v e r i a m

s e r e v i t a d o s . N o P a q u i s t ã o a c o m p a -n h e i u m a e x p e d i ç ã o d e p a r a p e n t e

n a c o r d i l h e i r a C a r a c ó r u m . S u b i m o s a t é 7 m i l m e t r o s d e a l t i t u d e . D e p o i s d o p o u s o , f o m o s r e c e b i d o s p o r e s t a s

c r i a n ç a s . A s p e s s o a s f o r a m e x t r e -m a m e n t e c o r d i a i s n o P a q u i s t ã o . ”

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V I C T O R I A , A U S T R Á L I A 3 1 D E A G O S T O D E 2 0 1 1

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“ O f i n l a n d ê s N a l l e H u k k a t a i v a l é u m d o s m e l h o r e s d o m u n d o n o b o u l d e r. A q u i e l e e s c a l a u m r o c h e d o n a G r o o v e T r a i n , u m a d a s r o t a s m a i s r a d i c a i s d a A u s t r á l i a . P a r a m i m , é i m p o r t a n t e s e g u i r o s a t l e t a s o m a i s p r ó x i m o p o s s í v e l . P o r i s s o , e u t a m b é m e s c a l e i a p a r e d e p a r a t i r a r e s t a f o t o . ”

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E A G L E I S L A N D , A U S T R Á L I A

2 7 D E J U L H O D E 2 0 1 1

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“ P a r a e s t a f o t o , s u b i n o m a s t r o d e 9 m e t r o s d e u m c a t a m a r ã d u r a n t e a t r a v e s s i a d a G r a n d e B a r r e i r a d e

C o r a l . O m a s t r o n ã o p a r a v a d e b a l a n -ç a r e n ã o t i n h a o n d e m e a g a r r a r.

M a s v a l e u a p e n a e c o n s e g u i e s t e c l i q u e d o k i t e s u r f i s t a B r e t t W r i g h t

e x e c u t a n d o u m t u r n p e r f e i t o . ”

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“ C O M P R E U M A B A R R A C A E F U J A D A S U A R O T I N A”

suspensa. Ficamos esperando o próximo jipe. Foram oito horas até chegar ao hospital. Minha regra dois foi decisiva: a vantagem de ter pessoas experientes na equipe.Como você lida com adver­sidades como esta?Você tem que voltar a traba-lhar imediatamente. Quando voltei para Sydney, fui foto-grafar um jogo de futebol australiano. Meu namorado carregou o equipamento para mim. Quando os jogadores corriam para o campo, eles o encaravam como se fosse um criminoso. Eu estava com o rosto todo esfolado e um pé engessado. Parecia uma vítima de violência familiar.O que uma pessoa aprende sobre si mesma quando está exposta a riscos?Seus defeitos vêm todos à tona. Sem piedade. Eu, por exem-plo, tenho muita paciência para fotografar, mas nenhuma para recuperar minha saúde. Tive que mudar isso.Que dica você dá para uma pessoa que queira experimentar a adrenalina, mas não queira correr o risco de se machucar?Vá acampar.Isso não soa muito radical.Mas qualquer pessoa pode fazer isso. Pegue uma barraca e fuja da rotina diária. Você vai se surpreender com o quanto pode aprender se tiver que tomar conta de si mesmo. twitter.com/krystlewright

the red bulletin: Quando foi a última vez que você teve medo durante o trabalho?krystle wright: Foi em maio deste ano. Queríamos escalar o University Peak, uma montanha de 4 100 m de altura no sudeste do Alasca. Há uma pista de esqui lá que só é aberta ao público muito raramente. Quando chegamos à montanha, uma avalanche desceu pelo caminho que tínhamos planejado. E seis outras avalanches seguiram a primeira. Naquele momento, tive a certeza de que em certos momentos não há chance de sobrevivência.Você está sempre sujeita a correr riscos desse tipo. Como diminuir o perigo?Sigo minhas três regras bási-cas: planejamento detalhado, sempre tenho pessoas expe-rientes na equipe e abandono o projeto se a situação ficar muito perigosa. Foi o que fize-mos naquele dia no Alasca.Mas, mesmo com essas regras, as coisas podem ficar complicadas: no Paquistão, em 2011, você teve que ser resgatada...Estávamos na montanha Rakaposhi. Eu era a copiloto em um parapente para duas pessoas. Uma rajada de vento nos arrastou da pista de deco-lagem. Eu só vi o penhasco se aproximando de mim. Depois, escutei um estrondo. E não vi mais nada. Só desper-tei depois de vários minutos. Meu rosto estava sangrando.Como você chegou até o hospital?O parapentista Tom De Dorlo-dot aterrissou no povoado e organizou o resgate. Uma equipe me buscou na monta-nha. Depois, fui transportada num jipe até chegar a um rio que bloqueava a passagem. Os ajudantes tiveram que me carregar sobre uma ponte

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“ O p a r a p e n t i s t a e s p a n h o l H o r a c i o L l o r e n s p a i r a s o b r e a s r u a s d a

c i d a d e d e M e d e l l í n n u m a n o i t e d e l u a c h e i a . C o m o n ã o e x i s t e f i s c a ­

l i z a ç ã o p a r a p a r a p e n t i s t a s n a C o l ô m b i a , v o c ê t a m b é m p o d e v o a r

à n o i t e . D e s d e q u e t e n h a a l g u é m q u e t e g u i e p a r a n ã o c h o c a r c o m

o s c a b o s d e e l e t r i c i d a d e . ”

M E D E L L Í N , C O L Ô M B I A4 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 5

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www.sebastiankienle.de

a entender o que o corpo está dizendo. E isso é um grande privilégio. O que o seu corpo diz do treinamento de 25 horas por semana? Vinte e cinco horas é o treina-mento na fase mais tranquila. A partir da próxima semana serão 35 horas. OK, 35 então. Como você se sente na segunda de manhã? Como você se convence a começar uma semana dessas? Não é necessário. Treinar é divertido. Você tem que se lembrar que o movimento

nos dá prazer. É um instinto primitivo da época em que caçávamos mamutes. E ele está vivo em nós. O problema é que os carros e elevadores nos levaram a esquecer o prazer do movimento, do esforço. Com isso, nos torna-mos doentes e insatisfeitos. Então você vai sorrindo para o treino, corre e nada sorridente por cinco horas e ainda volta sorrindo para casa? Desculpe, mas não dá para acreditar.

Correr uma mara-tona depois de nadar 3,8 km e pedalar 180,2 km. O triatleta alemão Sebastian Kienle faz isso melhor que qualquer outra

pessoa. Em 2014, ele venceu o triatlo mais famoso do mundo, o Ironman em Kona, no Havaí, em 8h14min18seg, competindo contra os 52 me-lhores atletas do planeta, sob um calor de 40 graus. “Não sou um esportista radical”, diz Kienle. “Ser radical é uma besteira. Eu gosto de curtir. Meu ponto forte? Estar sem-pre relaxado e me divertir com o esforço. Qualquer um pode aprender isso.”

: Sebas-tian, alguma parte do seu corpo está doendo? : Óbvio! Agora mesmo as costas. E, assim que me levantar, vão ser os tendões de Aquiles. Por que é óbvio? Quando você treina para triatlo em nível mundial, as dores são comuns. Tam-bém tem seu lado positivo: você aprende a diferenciar entre dores banais e um ferimento grave. Aprende

Você tem que merecer a feli-cidade. Claro que cada sessão de treino significa trabalho duro. Mas, depois, a alegria de ter conseguido vicia: você vai querer correr de novo. A cada vez você vai se sentir mais vivo. É o tipo do vício que eu adoro ter. Você já queria ser triatleta desde criança, verdade? Quando eu tinha 10 anos, escrevi que essa era a profis-são dos meus sonhos no livro da turma. Mas fui o único que teve a coragem de viver o que era o seu sonho. Pouquíssimas pessoas têm coragem de fazê--lo e por isso estão infelizes. Qual é a estratégia mental de um ironman para realizar o impossível?

Não pense no que você tem que fazer. Ou você enlouquece. E, se algo parece impossível, convença-se primeiro de que é possível. Depois, divida em partes possíveis e vá conquis-tando uma após outra. Só assim você vai conseguir. A receita também vale para os grandes desafios cotidianos. O que passa pela sua cabeça quando está correndo? Na melhor das hipóteses, nada. Pensar gasta oxigênio e os músculos precisam dele.

Uma dica infalível para o es-portista de fim de semana... Proponha-se: “Amanhã vou correr dez minutos”. Hein? Assim é bem mais fácil cal-çar os tênis do que se você planejar correr 90 minutos. Na maioria das vezes, você acaba correndo mais que o planejado, porque depois dos dez minutos as endorfinas já espantaram a preguiça. Mais alguma dica? Sim. Combine de treinar com um amigo. Você vai ver como é muito mais difícil deixar um amigo na mão do que a si mesmo. Você disse que sempre treina ouvindo rock. Quais as suas bandas preferidas?

Pennywise e Donots para aquecer e algo mais tranquilo, como U2, para voltar para casa. Em outubro, você vai defen-der seu título mundial no Ironman do Havaí. Qual a previsão? Não vou fazer nenhuma. Mas de uma coisa estou certo: com tanta gente em um nível tão alto, será muito competitivo.Arek Piatek

SEBASTIAN KIENLE Endorfi nas contra a preguiça: o campeão do Ironman revela a receita contra qualquer desculpa

“IMAGINE QUE O IMPOSSÍVEL É POSSÍVEL”“IMAGINE QUE O IMPOSSÍVEL É POSSÍVEL”“IMAGINE QUE O

“O QUE PASSA PELA MINHA CABEÇA QUANDO ESTOU CORRENDO? NA MELHOR DAS HIPÓTESES, NADA. PENSAR GASTA OXIGÊNIO.”

HERÓIS

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Sebastian Kienle, 31 anos, hedonista:

“Tenho um vício que é me sentir vivo”

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www.thewalk-movie.net

o equilíbrio. Porque há uma conexão profunda entre o seu corpo e a sua mente”. Você teria capacidade para repetir o que ele fez? Eu não sou o tipo audacioso que arrisca seu próprio bem--estar em busca de uma dose extra de adrenalina. Comecei treinando com a corda a 60 centímetros de altura, e, quando já estava bom nisso, subimos a 4 metros – e essa foi a altura em que gravamos as cenas do filme. E, mesmo não tendo nenhum medo espe-cial de alturas, o meu corpo ficou tenso de medo porque

o instinto me dizia que aquilo estava alto demais. Mas até o fim das gravações eu já tinha me acostumado. Para mim, no entanto, a travessia de Philippe é muito mais uma metáfora. Ele disse que você pode atingir feitos muito ousados se colocar a ideia dentro de sua cabeça. Fácil falar... Claro que não temos todos as mesmas capacidades. Algu-mas coisas são mais fáceis para algumas pessoas, afinal,

T : O Philippe Petit caminhou sobre uma corda estendida entre as torres do World Trade Center a uma altura de

414 metros. Você alguma vez se perguntou como ele se sentiu naquele momento? -: Eu posso imaginar. Em julho de 2001, eu subi ao topo do World Trade Center. De lá você não parecia estar em um edifício. A impressão era a de estar em um avião. Você consegue imaginar quais habilidades são necessárias para realizar o feito de Philippe Petit? Philippe era um maníaco por controle, seu ponto forte. Extre-mamente meticuloso e bem organizado, foi dessa maneira que ele atingiu seus objetivos. Afinal, tudo o que fez exigia enorme concentração. Ele me ensinou a caminhar sobre uma corda suspensa: “Encontre um ponto fixo bem à sua frente e olhe somente para ele, sem pensar em absolutamente mais nada. Não olhe para nenhum outro lugar. Não pense em nada mais. Se você perder o foco, perde imediatamente

a vida na Terra não é justa. Mas é ainda mais fácil dizer: “Não me importa. Nunca vou chegar a ser a pessoa que gostaria de ser”. Essa é uma atitude covarde diante da vida.Você é um dos atores mais aclamados de sua geração e também conseguiu se estabelecer como diretor e fundador do site HitRecord. Você acha que partiu de uma condição favorável? Tenho muito que agradecer a meus pais. Eles me ensina-ram a ter confiança em mim mesmo e a escutar o que meu coração me diz em vez de dar ouvidos ao mundo externo que está sempre dizendo o que eu devo ser ou como devo pensar.

Você alguma vez tentou fazer algo impossível como Philippe Petit? Existem muitos riscos na car-reira de ator. E nesses eu sou viciado. Sempre busco enfren-tar um risco que seja maior que o anterior. Visto assim, A Travessia é o maior risco da minha carreira. E você consegue superar tudo com concentração e coragem? Também é preciso um pouco de manipulação mental.

Philippe me ensinou que nunca deveria dizer “cair”. Melhor era que eu “decidisse quando descer da corda”. Ele criou todo um vocabulário especial para pensar positiva-mente. E isso é extremamente importante. Acredito que coisas ruins acontecem com mais frequência na vida das pessoas que estão reclamando o tempo todo. Mas, se você tem uma atitude positiva, então as coisas acontecem de maneira diferente. Por outro lado, coisas ruins também acontecem indepen-dentemente de uma atitude positiva – veja o exemplo de como acabou o World Trade Center. O que você tem a dizer nesse caso?

A “catástrofe” de 11 de setem-bro, como Philippe a chama, foi uma tragédia horrível. Mas isso não foi a única coisa que aconteceu aqui. 27 anos antes, por exemplo, também houve a beleza da travessia: e, como no caso de qualquer tragédia, é importante não se esquecer das coisas positi-vas – da beleza daquilo que se perdeu.Julia e Rüdiger Sturm

JOSEPH GORDON-LEVITT aprende algumas lições para toda a vida ao interpretar o equilibrista mais ousado de todos os tempos

“EU SÓ DOU OUVIDOS A MIM MESMO”

“É FÁCIL DIZER: ‘NUNCA VOU CHEGAR A SER A PESSOA QUE GOSTA-RIA DE SER’. MAS ESSA É UMA ATITUDE COVARDE DIANTE DA VIDA.”

HERÓIS

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Joseph Gordon-Levitt, 34, ama metáforas: “Se você perder o foco, você perde imediatamente o equilíbrio”

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Emmy Rossum, 28 anos, entende os homens: “Normal-mente eles estão pensando em comi-da ou em sexo”

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: O mundo dos DJs é muito competitivo. Você mesmo foi campeão mundial três vezes. Por que compartilha seus conhecimentos com a concorrência?: Quando era adolescente, lia livros espirituais e a ideia do carma me fascinou: “Você colhe o que planta”. Por isso, comecei muito cedo a compartilhar o que sei com jovens DJs. E isso deu asas à minha criatividade.Você tem alguma explicação para isso, além do equilíbrio cósmico?Quando você mostra sua arte, melhora automaticamente. Além disso, reflete sobre sua técnica e isso acaba trazendo novas ideias. Você só melhora quando compartilha. E indepen-dentemente de tudo: nada é mais satisfatório na vida do que ver o sorriso de um aluno quando ele compreende de repente um conceito novo. É muito mais gratificante trabalhar junto com os outros do que competir com eles.

T : Você me conhece. : Ah, sim? Você disse numa entrevista: “Os homens só preci-

sam de duas coisas para ser felizes: sanduíches de queijo e sexo”. Isso foi só uma brincadeira. Ah! Mas eu posso confes-sar: você não estava muito errada. Você tem razão. A programa-ção biológica dos homens os faz funcionar de uma maneira simples. Normal-mente eles estão pensando em comida ou em sexo. E como é com as mulheres? Vou fazer uma generaliza-ção ridícula agora, mas as mulheres são muito mais complicadas, principalmente no aspecto emocional. Vocês têm que nos dizer a coisa certa no momento certo.Então, não precisamos só de sanduíche de queijo, mas também de palavras bonitas para uma vida plena? Claro. Eu tento viver segundo o lema “Carpe Diem”. Apro-veite o dia, viva consciente o momento presente. Porque não sabemos quanto tempo nos resta. Quando estávamos gravando Um Momento Pode Mudar Tudo, eu convivi bas-tante com pessoas com escle-rose lateral amiotrófica. É o tipo de experiência que faz você colocar os pés no chão. Como foi essa experiência? Agora tenho menos medo de doenças do que tinha antes. Também tento me empenhar mais para ajudar pessoas que têm problemas. Quando vejo

alguém que está tendo pro-blemas, sou a primeira a ir lá e oferecer ajuda. O mais fácil é simplesmente desviar das pessoas que estão doentes ou que são muito diferentes. Mas é só você dar um empur-rãozinho: “O que está fazendo você sofrer?” E então começa uma conversa. Mas a sua vida não se limita a esse tipo de encontros. O que você faz quando não há pessoas com problemas sérios à sua volta? É tudo uma questão de sua posição em relação à vida, sabe? Veja um outro exem-plo: na série Shameless eu sou uma jovem mulher que trabalha com um salário mínimo para sustentar os irmãos mais novos. Não tem nada de glamuroso, mas com ela aprendi a abandonar completamente a vaidade. Porque a vaidade é seu pior inimigo. No momento em que você se concentra na sua aparência, seu cérebro está bloqueado para todo o resto. Você disse uma vez que suas raízes judaicas in-fluenciaram a sua forma de encarar a vida... Eu me identifico mais com a cultura que com a religião judaica. Não falo hebraico e não como comida kosher. Mas isso não é importante. A ética moral judaica está presente nas convicções cen-trais da maioria das religiões. Não minta. Seja bom para o próximo. Trabalhe duro. Se alguém precisa de sua ajuda, ajude. Seja a melhor versão de si mesmo. Rüdiger Sturm

“A VAIDADE É UMA INIMIGA” EMMY ROSSUM A mais bela anti-heroína da televisão encanta não só na série Shameless mas também durante entrevistas

HERÓIS

Qbert se apresentará com o Invisibl Skratch Piklz no dia 20/9 no Red Bull Thre3style em Tóquio. Stream ao vivo: redbullthre3style.comtwitter.com/emmyrossum

“VOCÊ COLHE O QUE PLANTA”QBERT é um dos melhores DJs do mundo. Receita para o sucesso? Compartilhar conhecimento

Qbert, 45 anos, mestre: “Você só melhora quando compartilha”

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AQUECIMENTO...na Malásia. O piloto Kirby Chambliss (EUA) em frente às Petronas Towers em Kuala Lumpur em formação com Matt Hall (Austrália), Yoshihide Muroya (Ja-pão) e Nigel Lamb (Inglaterra). “Temos o privilégio de medir nossas capacida-des na competição e ainda por cima ver as cidades mais incríveis do mundo de um ângulo muito especial”, conta Lamb.

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TAKE 5: UMA HISTÓRIA EM CINCO FOTOS

PA R A C O M E M O R A R O D ÉC I M O R E D B U L L A I R R AC E WO R L D C H A M P I O N S H I P: U M A V I AG E M P E L O M U N DO A 4 00 K M / H

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O CAMPEÃO ...nos Emirados Árabes. O campeão mundial Nigel Lamb entrou na com-petição em fevereiro em Abu Dhabi para defender o título. “Precisei de sete tentativas. Só então consegui conquistar o título. Foi um momento de felicidade indescritível”, conta. “Porque o espetáculo também é fas-cinante para os espectadores, mesmo para quem não gosta de aviões: é um desafio que envolve homem, máquina e relógio – adrenalina pura.”

2

À MODA ANTIGA ...na Inglaterra. O ex-campeão mundial Hannes Arch faz o reconhecimento do trajeto em Ascot durante os treinos em 2014. “Antes da competi-ção, temos duas semanas para memorizar o tra-jeto”, diz. “Porque no treino só temos 20 minutos para testá-lo na prática. Ou seja, você não tem tempo nenhum. Não tem o luxo de errar. O que também significa que aproveitamos os treinos dos adversários como fonte de informação.” 3JO

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JOGO EM CASA ...na Áustria. Novamente o “Matador” austríaco Hannes Arch está no centro das atenções (na foto: o piloto japonês Muroya). A ele só interessa a revanche pelo – para ele decepcionante – quarto lugar do ano anterior. “Uma vitória em casa é sempre um acontecimento especial”, afirma o austríaco. “A tensão, a adrenalina... competir com os melhores pilotos do mundo nos motiva a melhorar constantemente.” 4

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VITÓRIA INGLESA ...na Inglaterra. Aqui o bicampeão do Red Bull Air Race, Paul Bonhom-me, comemora a vitória com seus fãs. O inglês venceu por apenas 0,2 segundo em Ascot, 2014, seu conterrâneo Nigel Lamb, que termi-nou campeão mundial. “Eu tinha ficado em último na qualificação”, conta Bonhomme. “Então, fui para a prova sabendo que não tinha nada a perder. Só me dei conta de que havia vencido depois que todos já tinham ido embora. Subi no pódio vazio e fiquei contemplando o sol se pôr atrás do campo gramado.” redbullairrace.com

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Chris Sharma escala uma sequoia no Sequoia Park em Eureka, Califórnia

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O A L P I N I STA C H R I S S H A R M A ATAC A U M A N OVA R OTA I N C O N TÁV E I S V E Z E S AT É E S C A L Á- L A . S U A F O R Ç A M E N TA L É A C H AV E : E L E N ÃO P E G A ATA L H O S . E ST U D E O Q U E E STÁ D I A N T E D E VO C Ê . A P R OV E I T E A J O R N A DAP o r : A n n D o n a h u eF o t o s : K e i t h L a d z i n s k iA SU

BIDA

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E L E S A I E E N C O N T R A O S C A M I N H O S M A I S B O N I TO S PA R A S E I N S P I R A R

com menos rugosidades. Segurar nele é difícil; firmar o pé, impossível. “Eu fico muito fascinado com a quantidade de variações que existe”, ele diz. A árvore não quer que trepemos nela.

Sharma poderia simplesmente desis-tir, se deixar cair até a base da árvore e ir com os amigos tomar uma. Você sabe, é ainda uma grande realização conseguir fazer uma escalada livre de 17 metros de uma gigante anciã. Mas ele não faz isso. Esse seria um escape e, para Sharma, o caminho é o mais importante.

O S I ST E M A D E C L A S S I F I C AÇ ÃO de dificuldade de uma escalada em pedra é arcano e impenetrável para os outsiders do esporte. Basta dizer que já começa com um “meio difícil” e em seguida progride para “dificuldade que faz calos e a rocha se diverte enquanto você chora e geme na luta para escalá-la”. Sharma é um es-pecialista em ser o pioneiro no primeiro tipo de subidas, rotas com nomes evoca-tivos, como Dreamcatcher (Apanhador de Sonhos), Fight or Flight (Lute ou Voe) e Stoking the Fire (Alimentando o Fogo).

“Há muitas pessoas bastante talentosas e alpinistas fortes, mas acredito que haja uma diferença entre isso e alguém que tenha a visão de encontrar coisas para serem escaladas pela primeira vez”, ele diz. “Escalar é muito mais do que apenas realizar uma coisa difícil, porque se fosse apenas isso seria melhor fazer logo uma competição de levantamento de peso.”

Uma combinação de tendões salientes, sorrisos gentis e um cabelo escuro des-grenhado, Sharma parece ter sido feito

Qualquer estudante sabe quais são as três potenciais fontes de conflito em uma história: homem vs. natureza, homem vs. homem e homem vs. ele mesmo. Tem Moby Dick, O Conde de Monte Cristo e O Coração Revelador. Mas o que acontece quando os três conflitos estão juntos?

Essa é a situação que Chris Sharma enfrenta neste momento. Ele está a cerca de 17 metros do chão com uma enorme garra de Homem-Aranha no tronco de uma sequoia na região da cidade de Eureka, Califórnia. Há muita coisa nessa cena que é extraordinária e improvável: Sharma, 34 anos, é um alpinista de rochas conhecido por ser o primeiro a conquistar o cume das mais difíceis rotas do mundo, e ele agora quer ser o primeiro a fazer uma escalada livre de uma sequoia. A árvore é imensa, a copa está a quase 100 metros do solo e coberta de uma bruma tipo filme Senhor dos Anéis. Sharma está sozinho nela, exposto como um besouro humanoide em uma camiseta azul e calças amarelas subindo em uma árvore que tem 800 anos e viu tudo nesta vida – mas nunca tinha sido escalada assim.

Natureza. Homem. Ele mesmo. Todos esses elementos atuam e estão no ataque, girando em torno de Sharma enquanto ele se escora no equipamento de segurança, balançando devagarinho e estudando o padrão do tronco por mais uma hora. Ele consegue subir por algumas dezenas de metros do chão – e então esbarra nas mudanças na composição da árvore e em escorregões na aderência. Lá no alto o tronco é mais solto, mais indisciplinado,

a partir dos sonhos do bureau de turismo de sua cidade natal, Santa Cruz, na Cali-fórnia. Ele incorpora o espírito praieiro, artístico e “hippiesportivo”. Enquanto ele come bagels numa manhã, conta satis-feito sobre seu caminho percorrido desde a infância até se tornar um dos atletas mais dinâmicos do esporte radical.

O pai de Sharma era funcionário na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, um campus que é famoso por ter uma imponente floresta. “Comecei a es-calar subindo em árvores, todos os tipos delas”, diz Sharma. “É fácil que a gente comece a se levar a sério – talvez a sério demais às vezes, mas o motivo pelo qual fazemos isso é que é muito divertido.”

Quando Sharma tinha 12 anos, abriu a primeira academia de escalada indoor em Santa Cruz e ele ficou vidrado. Ficou instantaneamente evidente que ele não era o típico adolescente afoito. “A gente ficou tipo ‘quem é esse garoto?’ ”, disse seu amigo de infância Justin Vitcov. “Ele chamou a atenção de todos. Em seis meses era óbvio que ele tinha que estar no nível de competições nacionais.”

Em 1997, Sharma conquistou medalha de prata no Mundial. Em 1999, ficou com o ouro nos X Games em escalada no boul-der. As conquistas se somaram e muitas outras medalhas vieram. Mas o que mais dava energia a Sharma não eram os troféus, era a poesia do movimento que acontecia quando ele subia na rocha.

“Minha expertise sempre foi procurar coisas para serem escaladas pela primeira vez, encontrando novos caminhos – é um processo atlético e criativo, um crossover legal entre o esporte e a performance como forma de arte”, ele diz. “Na escalada, como em tudo na vida, as oportunidades que temos estão condicionadas à nossa percepção delas. Na escalada, é possível subir o mesmo penhasco muitas e muitas vezes, mil vezes talvez. E então você vai lá mais uma vez e diz: ‘Uau, olha isso. Esta seria uma rota espetacular. Eu não acredito que nunca vi isso’.”

A paciência de Sharma – ele chama de resiliência – é importante em uma era em que todos os movimentos são registrados em vídeo. Ver suas escaladas online é como observar as aventuras de um super-herói particularmente boêmio: eis Chris Sharma e seus amigos em alguns

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O treino de Sharma é simples – mas não fácil.

Ele mata a academia para escalar – e depois escala um pouco mais

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Sharma mandou fazer seus novos calçados para escalar de um jeito que não machuque o tronco das árvores

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“QUANDO ESCALO, SOU CAPAZ DE MUITO MAIS COISAS DO QUE O NORMAL. VOCÊ PRECISA APENAS TER FORÇA DE VONTADE PARA COMPREENDER.”

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MA

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N(4

)

Sharma coletou infor-mação da árvore para estudar o impacto causado pela seca recorde na Califórnia

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Qdos mais alucinantes lugares do mundo, subindo paredões, cuidando da segurança uns dos outros e gritando palavras de motivação. O que transparece é a conver-são dos três conflitos universais: aqui, homem está em harmonia com a natureza, consigo mesmo e um com o outro.

“Sabe que existem escritores que são os preferidos de outros escritores e músicos que são os preferidos de outros músicos?”, pergunta Vitcov. “Chris é um caso único porque ele é um alpinista ídolo tanto dos outros alpinistas quanto do público. Ele encontra os mais lindos caminhos. É isso o que o motiva. E isso por sua vez inspira os outros alpinistas a encontrarem seus próprios caminhos.”

Quando ele consegue subir alguma coisa pela primeira vez, é mais espalhafa-toso – e transmite o feito até pela pequena tela de iPhone. Mas, como a maioria das evidências visuais desta era da internet, é cerca de um terço do que existe. Todos os conflitos ainda estão lá, projetando-se para fora da tela.

O que não aparece é o trabalho duro, a pressão que Sharma coloca nele mesmo para ser o primeiro, para completar a escalada e fazer com que pareça fácil.

“É como me identifico, é como me expresso, como sinto um outro nível de existir”, ele diz. “Uma pessoa pode ser nerd de várias maneiras, e, quando eu estou envolvido com o alpinismo, sou capaz de fazer muito mais coisas do que o meu normal. Você precisa ter apenas aquela vontade inabalável para entender.”

Ele toma um gole do seu chá indiano e depois se desculpa por ser tão esotérico. “A realidade é que nesses projetos gran-des você fracassa 99% das vezes”, ele diz. “Se você só se satisfaz quando chega no cume, vai se sentir satisfeito apenas em uma parte muito pequena da vida.”

Mas nesse momento Sharma pode se permitir ficar obscenamente feliz e deixar que suas realizações subam à cabeça.

uando se fala que ele foi o primeiro a subir com sucesso a rota que é considerada a mais difícil do mundo no início deste ano – El Bon Combat, uma face muito íngreme e perigosa próxima de sua casa na Espa-nha –, Sharma dá de ombros. Não é um gesto de desdém, mas mais de aceitação: “É, eu fiquei de olho nessa rocha por oito anos e então me custou um ano inteiro de trabalho, planejamento, preparação, sangue, suor e lágrimas para fazer essa primeira escalada com toda a garra que tinha e todos os esforços e gritos que esvaziaram meus pulmões. Tudo bem”.

Com isso, o segredo para sua resiliên-cia mental fica evidente, e é ao mesmo tempo o mais simples e mais difícil. Encontrar algo que se ama. Praticar isso até morrer. Respeitar o processo que existe no caminho. Não se preocupar em alcançar, concentrar-se em realizar. Os conflitos se resolvem sozinhos.

“Se é algo que você vai fazer por toda a vida, tem que ser algo que transcenda a necessidade de ser o melhor”, ele diz. “Tentamos encontrar na vida as formas de realizar nosso potencial, e a escalada é o meio que tive a sorte de encontrar.”

S O B R E A P R I M E I R A tentativa de Sharma no parque das sequoias, ele se sentou no equipamento de segurança duas vezes, mas no final conseguiu chegar na copa com um grito de comemoração, exatamente como faz uma criança quando consegue subir numa árvore. Uma realização de graciosidade e força bruta, um divertido ciclo que o transportou de volta à infân-cia, mas que não foi, pelos padrões do alpinismo, uma primeira escalada. Para fazer uma verdadeira escalada livre de uma árvore, ele teria que ter chegado ao topo sem equipamento de segurança.

Então Sharma fez uma segunda ten-tativa. E uma terceira no dia seguinte. E então uma quarta. E uma quinta. Ele conseguiu, afinal? Isso realmente importa?

“Ontem eu dei uma amaciada na árvore”, disse Sharma após sua terceira tentativa. “Hoje eu quero fazer com calma. Quero descobrir seus segredos.” chrissharma.com

“ S E VO C Ê S Ó S E S AT I S FA Z N O T O P O, E N TÃO N ÃO F I C A S AT I S-F E I T O F R E Q U E N -T E M E N T E . ”

Sharma trabalhou com arboristas de Berkeley para garantir que não

machucaria árvores durante sua escalada

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A YA R D PA R T Y, U M D O S M A I O R E S E V E N -T O S D O H I P H O P M U N D I A L , T R A N S F O R M A O G R A N D P A L A I S D E P A R I S E M T E M P L O D O R A P. P O R U M A N O I T E P O R : P I E R R E - H E N R I C A M Y F O T O S : K E F F E R

MC Travis Scott arrebenta a festa. Em seguida, ele vai saltar sobre a multidão

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O G R A N D PA L A I SP E G A

F O G O

4 horas da manhã: a loucura já tomou os convidados da área VIP da Yard Party

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“ E S TA É A M E L H O R F E S TA D O H I P H O P N A F R A N Ç A . O M E G A E V E N T O D O A N O . ”

72 mil m², inaugurados em 1900. No dia 26 de junho, 5 mil pessoas vieram para cur-tir o som do momento (à esq.). À direita, os garotos do rapper Niska. Todos muito malhados

Presença física marcante. O rapper Travis Scott, dos EUA, chega para arrebentar

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É1 da madrugada, e centenas de convidados vão chegando. A fila de espera na entrada é imensa. O objetivo de toda essa gente? Entrar no Grand Palais: 72 mil metros quadrados de área; um monstro de aço, pedra e vidro, inaugurado para a Exposi-ção Universal de 1900 em Paris. Nenhum traço de nostalgia em estilo Belle Époque. O Grand Palais é moderno. E aqui acontece a maior festa do verão parisiense.

“Keffer para Yoan...” Usando o walkie-talkie de um dos seguranças,

Pele à vista... A multidão colorida não economiza na hora de dançar

nosso fotógrafo, Keffer, entra em contato com Yoan Pratt. Ele é, junto com Tom Brunet, fundador da agência Yard e responsável pela realização do evento. Yoan chega por uma das entradas laterais trazendo os passes livres. Ele veste tênis de basquete Air Force One brancos. Quase todos os envolvidos na Yard têm, no mínimo, 1,90 m de altura. Eles se conheceram nas quadras de basquete. A noite vai ser bem esportiva e as roupas acompanham o clima.

O que é a Yard, exatamente? “Simples-mente a maior festa hip hop da França”, diz Tom, que acaba de se juntar a nós

Virgil Abloh, diretor criativo de Kanye West, improvisa um set

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na cabine do DJ. Aqui toda hora acontece alguma coisa: Hologram Lo’, Supa!, Girls Girls Girls, Kyu Steed, Endrixx e Yannick Do.

O vulcão entra em erupção quando o show de luzes começa. Já 3 500 pessoas entraram. Uma escada dupla monumen-tal leva ao andar VIP. Dali, levantando os olhos para o teto, você pode contemplar uma nave que precisou de mais aço que a própria Torre Eiffel para ser construída.

O ambiente é gigantesco e o sistema de som proporcional a ele. “Aqui você vai curtir principalmente hip hop moderno com influências de future bass, música africana e dancehall”, explica Yoan. “Nosso público é urbano, moderno e muito ativo. Uma juventude variadíssima, com uma carga de energia inacreditável. Eles estão aqui para curtir ao máximo, para dar um recado”, explica Tom.

Variedade é realmente o que você vai encontrar por aqui: brancos, negros, asiá-ticos, árabes, superestilosos e supersimples, introvertidos e extrovertidos, com um copo de água ou de champanhe na mão. E mulheres. Uma multidão de mulheres. A maioria delas é de tirar o fôlego.

Por volta das 2 horas da madrugada, o rapper Niska sobe no palco para sua performance, e a multidão enlouquece mais uma vez. “Niska é a descoberta da internet para 2015. Nós não poderíamos deixar passar a oportunidade de sermos os primeiros a colocá-lo em campo.” A multidão ferve.

O mais esperado é o convidado espe-cial da noite, o rapper americano Travis Scott. Os boatos sobre sua vinda já estão rodando as redes sociais durante todo o dia. “Travis hoje à noite no Grand Palais!” “Eu quero caos total!” É isso o que Travis grita para a multidão. Mas ele não fica muito tempo no palco. Logo se joga sobre a multidão. Alguns segundos depois, ele reaparece, sem camisa. Scott não para de lançar champanhe por cima do sistema de som. O DJ Endrixx se afoga nas pica-pes. Como do nada surge Virgil Abloh, nova-iorquino e diretor criativo de Kanye West, para ajudar. Ele conecta Travis a um outro sistema de som. A festa tem que

continuar. Scott vem para destruir tudo antes que alguém o “salve” do palco. Keep the vibes! Pablo Attal, da Yard, grita no microfone: “Todos os africanos agora! Botando pra quebrar!”

Com seu set cheio de ritmos da Nigéria, de Gana, do Congo e da Costa do Marfim, o último DJ da noite, Yannick Do, agrada a todos que curtem sons da África subsaa-riana. “Música africana no Grand Palais. Isso é um ato simbólico cheio de política e história”, diz Yannick. “O futuro da França está dançando bem aqui na minha

frente.” O ator Owen Wilson sobe a escada VIP. E também Sonia Rolland, ex-miss França. E depois ainda vem Nekfeu, um dos rappers mais conhecidos do país, dançando solto na pista. Homens finos, mulheres elegantes... mais de 5 mil bala-deiros dançam até o amanhecer.

Só teria sido difícil explicar para a massa de 1 500 trabalhadores que levan-taram o Grand Palais há mais de 120 anos que aquela construção tão nobre um dia viria a ser palco de toda essa loucura. oneyard.com

“ U M A M U LT I D Ã O I N C R I V E L M E N T E VA R I A D A E C H E I A D E E N E R G I A Q U E V E I O A Q U I C U R T I R M U I T O E D A R U M R E C A D O . ”

A festa não acaba nos bastidores.

O fotógrafo Keffer nos leva para trás do palco

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Festa com muito estilo. Especialmente

para as mulheres. Respeito aqui é obrigatório “ M Ú S I C A A F R I C A N A N O G R A N D P A L A I S .

I S S O É U M AT O S I M B Ó L I C O C H E I O D E P O L Í T I C A E H I S T Ó R I A . ”

Supa, do Camboja, é um dos ícones

do seleto grupo de DJs que foi chamado

para animar essa noite no Grand Palais

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MAKERS OF THE ORIGINAL SWISS ARMY KNIFE I WWW.VICTORINOX.COM

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Esqueça lanchas. Para ter a experiência de voar sobre as ondas dos oceanos a mais de 65 km/h sem nada para pará-lo além da sua for-ça, você precisa embar-car em um Zapcat. Com a popularidade subindo entre os turistas que buscam adrenalina, os Zapcats são pequenos catamarãs construídos com apenas uma coisa em mente: navegar muito, muito rápido.

SEGURE FIRMEPrepare-se para o mais intenso passeio de barcoda sua vida

V I AG E M

EQ U I P O

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C U LT U R A

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C O M O. . .

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AG E N DA

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Explore. Descubra. Mergulhe.

A Ç Ã O !G

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ESCÓCIAMais

a explorar

Não tem banco, não tem volan-te e não tem arnês: é apenas um casco duplo inflável e

um motor de 50 cv. Os pilotos navegam com um sistema de leme e recorrem ao balanço do corpo para manter a em-barcação, a si mesmos e o copiloto no rumo – especialmente quando precisam enfrentar ondulações do mar.

Saltar ondas e pular até 1,8 m faz parte da diversão, o que faz das agitadas águas do Mar do Norte o ambiente per-feito para a prática do Zapcatting.

“Uma montanha-russa na água seria uma boa descrição”, diz Guy McKenzie, piloto de Zapcat e um dos fundadores da Blown Away, agência de aventuras de St. Andrews, Escócia. “É adrenalina pura. Em termos de velocidade, os Zapcats cor-rem a 65 km/h ou mais, o que é muito rápido para a água. Dá para manter essa velocidade mesmo nas curvas de 90 e 180 graus. São equipamentos incríveis.”

AÇ ÃO

DICA DE QUEM SABE“PRECISA ESTAR RELATIVAMENTE EM FORMA”, DIZ MCKENZIE. “VOCÊ VAI USAR MUITO OS MÚSCULOS DOS BRAÇOS E DAS PERNAS PARA SE SEGURAR. TEM QUE SER ÁGIL E SE ABAIXAR PARA IR MAIS RÁPIDO.”

Sinta toda a emoção da

velocidade com o Zapcatting

Voando baixo: em um grande prêmio, em Fistral, Cornwall

Vento forteA adrenalina continua

com o X-sail – uma espécie de triciclo mo-vido a vela para andar

na praia de West Sands. Os ventos poderosos garantem que você

vá às mesmas veloci-dades de um Zapcat.

x-sail.com

Edimburgo

Recepção realConhecido como Prín-

cipe dos Pubs, o famoso Ma Bells é um bar clas-sudo frequentado tanto

por estudantes como por moradores da re-gião, tendo sido point

do príncipe William e de Kate Middleton

quando eram estudan-tes. Se eles gostavam,

imagina você…hotelduvin.com

St. Andrews, Escócia

Quer aprender como fazer as manobras? Visite: blownaway.co.uk

Com curvas a essas velocidades, quem anda de Zapcat tem uma força G de 3 g – pouco menos que a de um F1. E os novatos não têm muito tempo para se adaptar. “Nós temos um copiloto para cada um. Fica tudo mais rápido e emocionante”, diz McKenzie. “Mas eles não estão apenas lá se segurando para não cair – são responsáveis por ajudar no equilíbrio e em manobrar o barco. Se você tem apenas uma pessoa em um Zapcat, ele vai quase dar um cavali-nho de pau com a quantidade de potên-cia com que faz a curva, precisa de uma segunda pessoa para manter o peso e segurá-lo na água.”

As altas velocidades numa embar-cação tão leve significam que há muito risco de perda total – é só pesquisar “bad day at the Zapcat office” no YouTube. Mas McKenzie diz que eles acontecem muito de vez em quando. “Sim, a nossa empresa de seguros está sempre a postos”, ele ri. “Os caras que participam de campeonatos tiveram todo o preparo. Nós tentamos transmitir essa mesma atmosfera, mas não quere-mos ninguém morto! Mas é intenso, definitivamente de arrepiar.”

No buracoDê umas tacadas

em um dos mais histó-ricos campos de golfe.

Com o apropriado nome de Old Course,

recebe jogadores desde o século 15 e é o motivo pelo qual

St. Andrews é chamada de casa do golfe. standrews.com

V I AG E M

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GA

RY B

RAY

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3), G

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Y IM

AGES

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As luzes se alimentam da energia cinética criada nos rola-mentos e ilumi-

nam as rodas

AÇ ÃO

FAÇA-SE A LUZColoque uma cor em sua vida com este kit iluminado

Guitarra FretlightTorne-se um guitar hero da noite para o dia com a Fretlight. Ligue seu instrumento ao

computador, e luzes LED no braço da guitarra vão indicar as notas, os acordes e os riffs.

fretlight.com

Lumos HelmetCom potencial para salvar vidas, este

capacete recarregável tem um indicador integrado e luzes de freios controladas

por um sensor wireless remoto no guidão. lumoshelmet.co

Withings AuraMisturando o melhor dos aplicativos

de monitoramento do sono com alarmes de sol simulados, o Aura é

uma solução para acordar você bem. withings.com

Crystal LightUma lâmpada de escritório com design

premiado. Feita de “cristais” de LED magnéticos e condutivos que permitem

criar formas e aparências diferentes. qisdesign.com

Fones que brilhamImagine se os cavaleiros Jedi fizessem

headphones… Estes usam fibras difusoras de luz para conduzir uma luz pura de laser

que pulsa de acordo com a sua música. glowheadphones.com

EQ U I P O

Mello LED SkateboardDê uma animada nas suas sessões noturnas

de skate com este shape bizarro e rodas equipadas com LED para fazer suas manobras

deixarem um rastro de luz. Disponível nas cores verde-limão, blueberry e cereja,

mas você pode escolher seu combo. melloskateboards.co.uk

THE RED BULLETIN 75

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AÇ ÃO

Chopard Superfast Chrono Porsche 919 Jacky Ickx Edition

A Chopard comemora o 70º aniversário do hexacampeão de Le Mans Jacky Ickx com uma edição limitada de 100 exem-

plares. A caixa de aço de 45 mm tem mecanismo automático e resistência a pressões de até 10 bars. chopard.com

Oris Audi Sport GMTA fabricante de carros alemã produz o Audi Sport GMT, um relógio de aço

com caixa de 44 mm e mostrador inspi-rado no painel do carro. O relógio ainda tem um movimento de bobinagem de

rotor, ponteiro de 24 horas e um display de funções importantes. oris.ch

Breitling Bentley GMT Light Body B04 Midnight Carbon

A Breitling trabalha com a Bentley desde 2002, e sua mais nova criação tem uma

caixa de titânio com um revestimento robusto com base de carbono, mecanis-

mo de corda automático e um display de fuso horário no bisel. breitling.com

PARA O VOLANTE Os melhores relógios para você usar enquanto pega a estrada

RELÓGIOSPor Gisbert L. Brunner

GUERREIRO DA ESTRADA

Hublot Big Bang Ferrari Titanium Carbon

Falando de relógios legais inspirados em carros velozes, o último modelo da parceria da Hublot com a Ferrari é menos “inspirado” que conce-

bido na própria garagem. Para marcar o terceiro ano de colaboração, a equipe da Hublot passou um tempo com a equipe de estúdio da Scuderia, seus engenheiros e técnicos, visitando a fábrica e estudando os materiais usados. O resultado?

Um relógio como nenhum outro no mercado. A caixa de 45 mm do Big Bang Ferrari combina

elementos avançados que incluem a versátil fibra de carbono (mais leve que alumínio, mais

resistente que aço), titânio anticorrosivo e, hmm, borracha para criar uma aparência e

uma sensação únicas. E, como é próprio para uma Ferrari, tem tanta coisa no miolo quanto

na superfície: o movimento automático de corda Unico (fabricado pela própria Hublot)

consiste em 330 componentes montados à mão, enquanto o cronógrafo flyback dá resistência

a pressões de até 10 bars. Tem até mesmo a aba exclusiva da Ferrari. Com apenas mil destes

caras por aí, os exemplares do modelo vendem mais rápido que os carros da Scuderia correm.

hublot.com

EQ U I P O

As inconfundíveis marcas registradas da Scuderia no Big Bang Ferrari Titanium Carbon incluem o Cavallino Rampante

(o cavalo empinado) na esquerda e o contador do cronógrafo em vermelho com janela de data em amarelo – cores clássicas

da Ferrari – na direita

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Page 77: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

Casa MaseratiA Maserati abriu uma nova loja e um lounge

bar na Piazza San Fede-le, no famoso distrito da moda de Milão. A Casa

Maserati investe pesado na oferta de grifes, como

Ermenegildo Zegna, La Martina e Bulgari.

maserati.com

HORA DECORRER

Melhores escolhas para prós

É DE OURO O GT-R comemora seu aniversário com estilo Completar 45 anos costuma ser comemorado com safira – mas a Nissan decidiu usar champanhe, com uma Edição Limitada de 45 Anos do GT-R. O GT-R moderno tem pouco do DNA do Skyline GT-R original, mas ainda há motivos para celebrar. A Nissan está fazendo 100 exemplares da edição especial, pintados de champanhe ouro em homena-gem ao Skyline R34 GT-R M-Spec, lançado em 2001. Além da pintura, você encontrará uma placa comemorativa no console central e um número de série especial no motor, além de todas as características do 2015 GT-R standard. Mas, se ainda não acha que um 3.8 l twin-turbo V6 com tração nas quatro rodas e entrega de 550 cv é um senhor carro, você precisa fazer o test-drive. nissan.co.uk

SINAL DOS TEMPOS

A Ferrari faz um turbo forte com menos emissões

A Ferrari 488 GTB: um supercarro

twin-turbo, motor 3.9 l V8 (abaixo), que vai de 0 a 100 km/h

em três segundos

Para o deleite dos fãs de supercarros e vendedores de pôsteres, a Ferrari 488 GTB, lançada neste ano no Salão de Genebra, está agora saindo dos showrooms. O novo modelo é ao mes-mo tempo um sucessor do 458 e um animal inteiramente diferente do seu predecessor, com pelo menos meio li-tro a menos na transmissão, mas uma entrega de 100 cv extra com sua nova injeção direta de 3.9 l twin-turbo V8.

Uma Ferrari com propulsão turbo é sempre uma coisa polêmica, mas até mesmo a Scuderia tem que viver no mundo real – ou pelo menos o mundo real de acordo com as definições de emissões de carbono do governo – e reduzir a emissão de CO². O modelo 488 GTB pode não ter o mesmo apelo

emocional do tradicional com cilindra-das infinitas, mas ainda tem a capaci-dade de transformar homens ricos de meia-idade em garotos emocionados ao sentir sua potência.

Ele é também tecnicamente impres-sionante. Maranello pode ter sido levada muito contrariada à nova era de economia na Fórmula 1, mas não tem dúvidas de que existe muito a ser aproveitado do motor turbo com inje-ção direta usado na maior categoria do automobilismo. Há muita literatura sobre tempos de resposta e entrega de potência, mas o ponto de partida é um carro que, nas mãos dos profissio-nais, faz a volta do Circuito de Fiorano da Ferrari ainda um pouco mais rápido que um 458 Speciale. ferrari.com

MINI Gentleman

A MINI lançou a Capsule Collection, com acessó-rios de promissores esti-listas italianos. A MINI

Gentleman tem chapéu, óculos escuros, sapatos,

uma bolsa, fragrância e kit de barbear.

mini.com

Red Bull Racing Eyewear

A colorida coleção Young Line consiste de seis diferentes modelos com um mix de quatro designs. Eles têm um lado técnico também:

as armações são feitas de TR90 – um material

muito mais robusto que o plástico e flexível o suficiente para dobrar

– sem quebrar – com a pressão.

racing-eyewear.com

M OTO RAÇ ÃO

THE RED BULLETIN 77

Page 78: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

AÇ ÃO

THE RED BULLETIN: Perdido em Marte teve uma trajetória e tanto – desde um livro independente até um dos mais vendidos na lista do New York Times e depois filmado em apenas quatro anos… ANDY WEIR: É a coisa mais surreal do mundo. É difícil falar, como se você estivesse falando da vida de outra pessoa. A tra-ma é sobre o astronauta Mark Watney (Matt Damon), deixado para trás em Marte, que tem que usar a ciência para sobreviver.De onde você tirou a ideia? Sou louco por espaço. Fiz uma especulação: como poderia acon-tecer uma missão tripulada em Marte com os recursos que temos hoje? Como a tripulação poderia escapar se as coisas dessem errado? Então, criei um personagem e o submeti a todos esses problemas, que vão piorando. Foi realmente importante para mim que o livro tivesse rigor científico – sou um leitor muito exigente e me deixa louco ver coisas que estão cientificamente erradas. Eu ficava: “OK, eu tenho que ir até o fim nisso”.Como você se sentiu quando o diretor Ridley Scott se interessou em fazer um filme com sua obra? Foi subitamente a realização de vários sonhos. Ele fez alguns importantes filmes de ficção científica e eu adoro o estilo de direção dele.Como o sucesso desse livro mudou sua vida? Sempre quis escrever, mas não queria encarar o risco financeiro. Passei a vida programando computadores. Escrevi Perdido em Marte como hobby. O livro gerou dinheiro suficiente e agora saí do meu emprego para trabalhar no próximo livro.Perdido em Marte tem estreia mundial em 30 de setembro. Para saber mais, acesse foxmovies.com/movies/the-martian

ELE SABE O QUE FAZO diretor Ridley Scott não é um novato na ficção científica

Alien, o 8º Passageiro (1979)Sigourney Weaver encara um extraterrestre gosmento e com dentes afiados. Scott misturou horror e ficção científica com efeitos especiais na medida.

Blade Runner, o Caçador de Androides (1982)Harrison Ford é um detetive que enfrenta o androide “replicante” Rutger Hauer em um filme noir futurista adaptado da obra de Philip K. Dick.

Prometheus (2012)Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) se vê em apuros quando busca as origens da humanidade no es-paço em uma prequel de Alien. Um segun do filme está a caminho.

O interestelar Matt Damon

tem de se virar em Marte

CINEMA

PERDIDO EM MARTEO escritor americano Andy Weir fala sobre seu livro de estreia, que acabou de virar filme com Matt Damon

O QUE VEM POR AÍ

Lançamentos para ficar

de olho

C U LT U R A

TVHeroes Reborn

A série Heroes está de volta para uma nova temporada de 13 episódios

após cinco anos. Resgatada pelo criador Tim Kring, Heroes Reborn

apresenta um grupo novo de pessoas com habilidades extraordinárias.

nbc.com/heroes-reborn

CINEMAA Colina Escarlate

O diretor mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno) volta às suas

raízes sombrias com um horror gótico. Mia Wasikowska é uma jovem cujo mis-terioso novo marido (Tom Hiddleston,

de Thor: O Mundo Sombrio) não é o que parece ser. legendary.com

GAMEAssassin’s Creed

Syndicate Na Londres vitoriana, o nono jogo da

série de ação coloca os gêmeos assas-sinos Jacob e Evie Frye em combate para recuperar o controle da cidade.

Disponível em outubro para PS4 e Xbox One. assassinscreed.ubi.com

Um segun do filme está a caminho.

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AÇ ÃO

PLAYLISTFOALSSe há uma banda jovem que merece compara-ção com Talking Heads, é Foals. Assim como a lendária banda de David Byrne, esse quinteto britânico mescla estilos inusitados, como o pós-punk, o disco funk e o math rock, com melodias indie. Seguindo o sucesso de Holy Fire (2013), que chegou em segundo lugar no Reino Unido e em primeiro nas paradas australianas, a banda lançou o segundo disco, What Went Down, com mais peso e guitarras mais pronunciadas no mix. A seguir, o vocalista Yannis Philippakis, 29 anos, enumera cinco músicas que influenciaram suas composições. foals.co.uk

“Essa é do disco Prison Songs Volume One: Murderous Home, uma compilação de gravações americanas dos anos 1940. A forma como esses presos can-tam é muito comovente. É como se eles estivessem acessando as almas, marcando o ritmo com picaretas. É assombroso e lem-

bra você que a música mais poderosa do mundo é apenas uma voz e uma batida. Não precisa de mais nada.”

B.B. & Group“Old Alabama”

“A primeira vez que escutei essa música [do álbum Impersonator, de 2013] foi no réveillon. Era como se eu tivesse um amigo íntimo na minha cabeça me ajudando a superar a ressaca. A música é dispersa – toda ela se estru tura nos vocais. Parece que você está em uma sessão poética dos Alco-

ólicos Anônimos com alguém contando seus medos mais recônditos. Sempre vou amar esse álbum dark e profundo.”

“Adoro essa dupla de música eletrônica. Todas as decisões que eles fazem são o exato oposto do que eu faria musicalmente. Olha essa faixa [do álbum Psy-chic, de 2013]: tem momentos em que eu esperaria que algo surgisse, mas daí eles revertem isso e criam ainda mais espaço

negativo. Tem muito espaço no cosmos psicodélico do Darkside e ainda assim isso soa natural, eu curto muito.”

“Este ardiloso produtor faz a Lon-dres moderna como ninguém e, com sua voz e suas letras, captura um tipo de britanicidade quebra-da. ‘War Report’ [do EP recente Babyfather] é um som estranha-mente apelativo que parece ter sido composto em meia hora num quarto de hotel. É delicado

e sem enfeites, o que o faz soar bem humano. Certamente, não é o que todo mundo gosta, mas eu sou muito fã.”

Darkside“Golden Arrow”

Dean Blunt“War Report”

Majical Cloudz“Bugs Don’t Buzz”

Iggy Pop“The Passenger”

“Descobri esse som com 15 anos. Uma garota que eu era a fim me gravou uma fita que tinha essa música. Meus pais não escuta-vam rock, então foi a primeira vez que me dei conta de que os clássicos do rock eram clássicos por um motivo. ‘The Passenger’ é incrível e atemporal porque é

uma música muito simples – não tem truques. Essa honesti-dade é exatamente o que almejo quando componho.”

Um senso acurado de ritmo é uma competência essencial para os que tocam música, e o Soundbrenner Pulse – o primeiro smartwatch para músicos – ajuda a ficar no compasso. Seu metrônomo vibra e ilumina silenciosa-mente com o tempo escolhi-do, oferecendo um modo de treino que te corrige se você sai. Você pode ajustar a velocidade por meio de um app para iPhone. soundbrenner.co

O DISPO-SITIVOSoundbrenner Pulse

LIVROS DE ROCK

Mitos punk, histórias de riot grrrl e 50 tons de Grace – memórias de três impor-tantes mulheres da música

Chrissie HyndeReckless

De vendedora na famosa butique SEX (vulgo o lugar onde o punk nasceu) a estrela do

rock com Pretenders, Chrissie Hynde conta tudo em 320 páginas.

Carrie Brownstein

Hunger Makes Me a Modern Girl

Um livro de memórias aos 40? Quando você é ícone do rock (Sleater- Kinney) e estrela de TV

(Portlandia), é mais que justificado.

Grace Jones  I’ll Never Write

My MemoirsEm sua música de 1981

“Art Groupie”, Grace falou que nunca escreveria me-mórias. Para nossa sorte, ela quebrou sua promes-

sa com um livro que dizem conter histórias

suculentas sobre Warhol e Schwarzenegger.

C U LT U R A

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AÇ ÃO

1Escolha bem onde fazer isso“Existe apenas um lugar onde dá para nadar do lado de fora da jaula com tubarões-brancos. Fica em Guadalupe, no México, onde a água é tão clara que ele consegue ver que você não é uma presa. Em todos os outros lugares, os mergulhos com tubarões são feitos do lado de dentro das jaulas. Nas escuras águas da Ilha Dyer, em Franskraal, África do Sul, onde esse tipo de tubarão sobe das profundezas para pegar focas, um mergulho como esse seria… bem pouco inteligente.”

ESCAPAR DE TUBARÕESSteve Backshall gosta de tubarões. O premiado apresentador de vida selvagem é desde sempre fascinado pelos animais, sendo hoje um patrono da The Shark Trust – entidade beneficente que trabalha na proteção dos animais ameaçados em todo o mundo. Ele aprendeu em pro-gramas como 60 Encontros Mortais e Swimming With Monsters que é importante mostrar um respeito sadio em relação às feras quando se está lado a lado delas na água. Se você encontrar um, este conselho pode salvar a sua vida: “Tenha em mente que, se você tiver problema com um tubarão, esse lindo e tão difamado animal será demonizado”, diz Backshall, “não importando se a culpa foi ou não dele.” sharktrust.org/en/no_limits

2Perceba sua linguagem corporal“Os tubarões demonstram se estão agressivos. Se as costas estão arqueadas, a boca aberta e as guel-ras  ondulando, barbatanas baixas e os movimentos secos e angulares, é que ele está pronto para atacar. Mas, se ele estiver se movimentando languidamente, com a boca fechada e as barbatanas abertas como asas, é porque está apenas passeando, pronto para ficar junto numa boa.”

C O M O. . .

3Não sinta medo“Pode ser difícil, mas em qualquer encontro com um animal selva-gem você precisa manter a calma. Eles identificam sinais de estresse na presa – coisas como pulsação elevada e a respiração rápida são percebidas.

4Mostre que é você quem manda “Os grandes tubarões-brancos surpreendentemente se acovardam nos seus encontros com outros predadores. Quando eles caçam focas, vão nas menores e mais indefesas. Quando eles enfrentam uns aos outros, nadam lado a lado para ver quem é maior, e o menor sai nadando a toda velocidade. Quando estiver lado a lado com um, tenha atitude e demonstre confiança, os tubarões vão ignorá-lo.”

5Tome cuidado com o ambiente“Não importa quanto dinheiro você gastou para ir até Guadalupe ou qualquer outro local de mergulho. Se está próximo de ficar escuro (quando tubarões tendem a entrar em modo predador), se a visibilidade está baixa, se há mais tubarões do que o previsto, se qualquer coisa não estiver 100%, não banque o aventu-reiro, saia imediatamente do mar.”

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2 a 4 de outubroInstrumentalParaty, RJO que começou como Mostra Internacional de Música em Olinda há dez anos estabeleceu-se como Festival MIMO, que traz música instrumental de todos os conti-nentes com o que há de melhor no panorama musical contempo-râneo, como ocorreu em 2013 com o americano Herbie Hancock e o grupo português Madredeus. Até o fechamento desta edição, a programação de 2015 ainda estava aberta. mimo.art.br

A pista de BMX do Rio será inaugurada com uma competição

3 e 4 de outubro Aquecimento BMX Rio de Janeiro

Os Jogos Olímpicos de 2016 trouxeram diversas novas construções para a cidade sede – e uma delas é o Complexo Esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio. O local será palco de 11 modalidades olímpicas, entre elas hipismo, hóquei sobre grama, pentatlo moderno, tiro e circuito de BMX, que estreará seu trajeto de 350 m repleto de rampas, curvas e muita terra no começo de outubro, no evento teste do Aquece Rio. Serão 90 atletas de 50 países em um desafio de tirar o fôlego – e com espírito de Olimpíada no ar. rio2016.com.br

AG E N DA

22 e 24 de outubroMuseRio de Janeiro e São Paulo

O Rock in Rio já passou, mas o Brasil continua no radar das grandes bandas. É o caso do Muse, trio inglês composto pelo guitarrista e tecladista Matthew Bellamy, pelo baixista Christopher Wolstenholme e pelo baterista Dominic Howard, que fará shows no HSBC Arena (Rio) e no Allianz Parque (São Paulo). É a primeira vez que a banda toca no país após a turnê de 2008. Além dos hits dos trabalhos anteriores, como “Supermassive Black Hole”, o Muse vai destacar músicas do disco mais recente, Drones, lançado em junho. muse.mu

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de 11 modalidades olímpicas, entre elas hipismo, hóquei sobre grama, pentatlo moderno, tiro e circuito de BMX, que estreará seu trajeto de 350 m repleto de rampas, curvas e muita terra no começo de outubro, no evento teste do Aquece Rio. Serão 90 atletas de 50 países em um desafio de tirar o fôlego – e com

Power trio: Muse quebra tudo

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11 de outubro Eliminatórias Santiago, ChileA Seleção Brasileira estreará nas Eliminatórias da Copa da Rússia contra o inspirado time chileno, que venceu a Copa América em junho e chega embalado para a competição que definirá as vagas do continente para o Mundial de 2018. A partida marca também o retorno do Brasil para a competição – os jogadores da CBF não disputavam uma eliminatória desde 2008, quando garantiram a vaga para a Copa da África. cbf.com.br

A NBA de novo vem ao Brasil

PARA ASSISTIR

Tem show para todos os gostos

em outubro. Confira

DamienRice

O irlandês se apresenta em três cidades brasi-

leiras com hits indie folk como “Cannonball”.

É a segunda passagem de Damien pelo país. Os shows acontecem

em Manaus (20), São Paulo (22) e

Rio de Janeiro (24).damienrice.com

20outubro

Belle & SebastianO Popload Festival recebe o melhor do

indie rock em dois dias de apresentações: 16 e 17 de outubro.

Belle & Sebastian são os headliners. A festa

conta ainda com Spoon e Todd Terje.

Vale o ingresso!audiosp.com.br

16outubro

A-Hade volta

Os noruegueses tiveram um momento histórico em sua car-reira, no Rock in Rio

de 1989, o que aproxi-mou a banda do público

brasileiro. Agora eles estão de volta, 26 anos depois. Será que conti-nuam em boa forma?

a-ha.com

14outubro

A legião de fãs mais alucinada e fiel dos anos 2000 está em polvo-rosa: o Los Hermanos está nova-mente no palco. A banda carioca liderada por Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante – ambos bem--sucedidos em suas atuais carrei-ras solo – retornou inicialmente para tocar nas comemorações do aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro. Mas, como os fãs bate-ram os pés, eles esticaram a união para fazer mais alguns shows pelo Brasil. A turnê começa em 2 de outubro e vai até 2 de novembro.facebook.com/los.hermanos.oficial

Até 2 de novembro HermanosEm dez capitais brasileiras

1º de outubroArte puraBrumadinho, MG

O maior centro de arte ao ar livre da América Latina é uma experiência repleta de inspiração e natureza. Em outubro, o espaço com mais de 786 hectares abre novos pavilhões, incluindo um dedicado à obra da fotógrafa Claudia Andujar.inhotim.org.br

7 a 11 de outubroSurf brasileiroSaquarema, RJ

O campeonato brasileiro de surf voltou com tudo neste ano. Após passar por Maresias, Ubatuba e Florianópolis, o circo com os melhores surfistas do país aporta na mítica onda de Itaúna, em Saquarema. As transmissões são feitas ao vivo pelo site do evento. oisupersurf.com.br

17 de outubro Basquete

Rio de Janeiro

O basquete brasileiro vive um bom momento,

com time nacional forte e liga nacional idem. E a NBA já sabe disso: pelo

segundo ano consecutivo os times americanos

vêm ao Brasil para fazer a pré-temporada da

maior liga de basquete da Terra. Dessa vez

quem vem ao país para enfrentar o Flamengo é

o time Orlando Magic. A ação acontece na

Arena da Barra e ainda tem ingresso à venda.

tudus.com.br

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simol uptur?

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Page 85: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

Óculos Honolulu, da Maui Jimmauijim.com

Mochila Capstone de 22 litros, da Thulethule.com

Óculos Honolulu, da Maui Jim

Mochila Capstone de 22 litros, da Thulethule.com

Mochila Capstone de 22 litros, da ThuleMochila Capstone de 22 litros, da Thule

Óculos Honolulu, da Maui JimSmartwatch vívoactive com GPS, da Garmingarmin.com

Tênis de corrida ZPump Fusion, da Reebokreebok.com

Seja uma aventura urbana ou a exploração de montanhas

selvagens, esta seleção de itens bonitos e

cascudos vai te deixar pronto pra tudo

DA CABEÇA

AOSPÉS

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Casaco de merino com capuz, da Ortovoxortovox.com

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Capacete Wildcat, da Quiksilverquiksilver.com

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Page 86: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

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Óculos Uranium Collection Prizm Golf Flak 2.0 XL, da Oakley oakley.com

Óculos Anso, da O’Neilloneill.com

Balaclava Hunter, da Dakinedakine.com

Goggles Skylab, da VonZipper em colabo-ração com John Jackson vonzipper.com

Goggles M3 Merrill Pro, da Anonanonoptics.com

Câmera Hero4 Session, da GoProgopro.com

Capacete com áudio Stash, da K2k2ski.com

Este capacete cheio de tecnologia não vai pesar na cabeça. Para quem voa sobre duas rodas, em esquis ou snowboard, este novo produto da K2 tem tudo o que você precisa. Não é pesado, apenas 60 g acima do capacete mais leve já criado. Mas isso não significa que pesa pouco na tecnologia. A cinta mag-nética facilita o posicionamento dos goggles e seu novo Sistema de Ventilação Passivo foi feito para que você se sinta ventilado em qualquer condição. E tem ainda o sistema Baseline Audio embutido, o que permite que você escute música.

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Jaqueta Lite-Show, da Asicsasics.com

Jaqueta Outrival, da Dare2bdare2b.com

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Jaqueta de indução, da Black Diamondblackdiamondequipment.com

A LTA C L ASS E Enfrente tudo o que a natureza colocar no seu caminho com roupas que não te deixam na mão

Jaqueta Pace Norviz Heat, da Helly Hansen hellyhansen.com

Jaqueta Kilowatt, da The North Facethenorthface.com

Relógio Ventura Elvis80, da Hamilton hamiltonwatch.com

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Enfrente tudo o que a natureza colocar no seu caminho com roupas que não te deixam na mão

Relógio Ventura Elvis80, da Hamilton hamiltonwatch.com

Jaqueta SB Steele Lightweight Geo Dye, da Nike nike.com

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Page 88: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

N AS P E R N ASBeber com amigos? Subir montanhas? Se exercitar? Tenha calças prontas para toda hora

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Karl, da Fjällrävenfjallraven.com

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Workpant da Skateboarding Collection, da Levi’s levis.com

Daybreaker, da Adidasadidas.com

Karl, da Fjällräven

War Paint, da Quiksilverquiksilver.com

Daybreaker, da Adidas

GUIA

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LETI

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Kilowatt, da The North Facethenorthface.com

Kilowatt, da The North Face

Workpant da Skateboarding Collection, da Levi’s levis.com

O’riginals Easy, da O’Neilloneill.com

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Karl, da FjällrävenKilowatt, da The North Facethenorthface.com

Kilowatt, da The North Face

Calça para neve Guardian, da Ortovoxortovox.com

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Page 89: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

P R I M E I R O O S P É S Esteja sempre preparado para ação com pisantes que aguentam o tranco e são bonitos

Tênis de corrida Speedform Fortis, da Under Armour underarmour.com

Tênis de corrida Kinvara 6, da Sauconysaucony.com

Botas Cinquantaquattro High FG GTX, da Dolomite dolomite.it

Tênis de corrida 33-DFA, da Asicsasics.com

Tênis de corrida Clifton 2, da Hoka One Onehokaoneone.eu

Tênis para skate SB Stefan Janoski, da Nike nike.com

Tênis Hammer Run, da Suprasuprafootwear.com

Tênis Rover Mid-Top, da Reefreef.com

Estas botas ficam tão bem na cidade quanto nas montanhasNão há dúvida de que este é um par debotas forte e poderoso. O acabamento de camurça é durável, e o revestimento de Gore-Tex garante que nada que está do lado de fora penetre no seu pé. Tem ainda o microporo, o solo com amortecimento de choque e suporte para o tornozelo para diminuir o impacto – perfeito para caminhadas pesadas e exigentes. Mas, apesar de estas botas resistirem às trilhas, você não precisa usá-las somente nas montanhas. A marca italiana Dolomite fez um design elegante e em cores discretas para que você use o calçado em situações diferentes, como num bar com os amigos.

P R I M E I R O O S P É S P R I M E I R O O S P É S Esteja sempre preparado para ação com pisantes que aguentam o tranco e são bonitos

Tênis Rover Mid-Top, da Reefreef.comreef.com

Tênis para skate SB Stefan Janoski, da Nike nike.comda Nike nike.com

THE RED BULLETIN 89

Page 90: The Red Bulletin Outubro 2015 - BR

Diretor de Redação Robert Sperl

Redator-Chefe Alexander Macheck

Editor de Generalidades Boro Petric

Diretor de Criação Erik Turek

Diretor de Arte e de Criação Adjunto Kasimir Reimann

Diretor de Arte Miles English

Diretor de Fotografia Fritz Schuster

Editora Executiva Marion Wildmann

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Ulrich Corazza, Arek Piatek, Andreas Rottenschlager

Editores Online Kurt Vierthaler (Editor-Chefe), Christian Eberle,

Vanda Gyuris, Judith Mutici, Inmaculada Sánchez Trejo, Andrew Swann, Christine Vitel

Colaboradores Muhamed Beganovic, Georg Eckelsberger,

Sophie Haslinger, Werner Jessner, Holger Potye, Clemens Stachel, Manon Steiner, Raffael Fritz,

Martina Powell, Mara Simperler, Lukas Wagner, Florian Wörgötter

Editores de Arte Marco Arcangeli, Marion Bernert-Thomann,

Martina de Carvalho-Hutter, Kevin Goll

Editores de Fotografia Susie Forman (Diretora de Fotografia),

Rudi Übelhör (Diretor de Fotografia Adjunto), Marion Batty, Ellen Haas, Eva Kerschbaum

Ilustrador Dietmar Kainrath

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Gestão de Anúncios Sabrina Schneider

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Lukas Scharmbacher, Sara Varming

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Produção Wolfgang Stecher (Diretor), Walter O. Sádaba,

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Impressão Clemens Ragotzky (Diretor), Claudia Heis, Maximilian Kment, Karsten Lehmann

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Produção de Mídia Red Bull Media House GmbH

Oberst-Lepperdinger-Straße 11–15, A-5071 Wals bei Salzburg (Áustria); Tribunal de registro de empresas: Tribunal de

justiça de Salzburgo; Número de registro: FN 297115i; UID: ATU63611700

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THE RED BULLETIN México, ISSN 2308-5924

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Corrección de estilo Alma Rosa Guerrero

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Venda de Anúncios Humberto Amaya Bernard: +55 5357 7026 [email protected]

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THE RED BULLETIN Alemanha, ISSN 2079-4258

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THE RED BULLETIN França, ISSN 2225-4722

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THE RED BULLETIN Irlanda, 2308-5851

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THE RED BULLETIN África do Sul, ISSN 2079-4282

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CTP Printers, Duminy Street, Parow-East, Cidade do Cabo 8000 Assinaturas

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Cidade do Cabo 8001, +27 (0) 21 431 2100

THE RED BULLETIN Nova Zelândia, ISSN 2079-4274

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Editores Nancy James (Subeditora-Chefe),

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Lukas ScharmbacherGerente de Projeto e Vendas

Andrew GillettVenda de Anúncios

Conrad Traill, [email protected]ão

PMP Print, 30 Birmingham Drive, Riccarton, 8024 Christchurch

Assinaturas Preço da assinatura: NZD 45,00; 12 edições/ano

www.getredbulletin.com, [email protected] Redação

27 Mackelvie Street, Grey Lynn, Auckland 1021 +64 (0) 9 551 6180

THE RED BULLETIN Suíça, ISSN 2308-5886Editor Suíça Arek Piatek

Gerente de Canal Antonio Gasser, Melissa Stutz

Revisão Hans Fleißner Venda de Anúncios Marcel Bannwart

[email protected]

Preço da assinatura: CHF 19,00; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, [email protected]

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DEBRZNO, POLÔNIA 15 de junho de 2015Dublê em Debrzno? Sem problemas, disseram Felix Baumgartner e a fera do drift, Jakub Przygonski. O primeiro perseguiu o Toyota com 1 000 cv em um helicóptero de 2 toneladas tirando finas perigosas do chão sobre uma pista de decolagem abandonada. O resultado foi um vídeo de três minutos digno de Hollywood. Assista aqui: www.redbulletin.com/helidrifting

A PRÓXIMA EDIÇÃO DO RED BULLETIN SERÁ LANÇADA EM 14 DE OUTUBRO DE 2015

MAGIC MOMENT: MAKES YOU FLY

“Quando fica perigoso, é quando eu funciono melhor.” O piloto de helicópteros Felix Baumgartner voa baixo perseguindo um Toyota com 1 000 cv. Ele confia nos nervos de aço treinados no Red Bull Stratos.

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