Thomas Knauer

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    UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAN INGENTIS ORDO AB CHAO

    Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maonaria para Repblica Federativa do Brasil 1 Regio Litrgica do Paran

    ELP APOLNIO DE TYANA

    Vale de Curitiba, 07 de Maro 2.011

    GRAU 14 GRANDE ELEITO OU SUBLIME E PERFEITO MAOM

    REAA Simbolismo do Grau 01 ao 14 e a gnese e

    atuao do Simbolismo Manico das Colunas Manicas.

    Ir Thomas Knauer

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    Introduo:

    A Maonaria a herdeira de ensinamentos, os quais so transmitidos de

    forma velada, mediante a Iniciao. O mtodo utilizado a linguagem simblica, a

    qual utiliza os smbolos como forma de comunicao didtica, atravessando todas

    as pocas e eras da existncia da espcie humana dentro do contexto planetrio.

    O presente trabalho visa aprofundar o conhecimento sobre os smbolos que

    so presentes dentro das Oficinas e Lojas e Templos. Os smbolos so estudados

    de forma na sua dimenso e profundidade ds da sua gnese, bem como a sua

    estruturao e entendimento na sua importncia nas Colunas. Os smbolos devem

    ser enfocados de forma didtica, visto que apresentam interpretaes as mais

    variadas possveis.

    DESENVOLVIMENTO:

    O Irmo Aslan, descreve nas pginas 16-17:

    1. A Cincia do Simbolismo

    As instrues manicas inglesas definem a Maonaria como um sistema

    peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por smbolos. Segundo a

    Encyclopaedia de Mackey, entretanto, a definio seria mais correta se fosse

    expressa nos seguintes termos: A Maonaria um sistema de moralidade

    desenvolvido e inculcado pela cincia do simbolismo. Esta cincia trata da

    investigao do significado dos smbolos, aplicando a sua interpretao a uma

    ensinana moral, religiosa e filosfica.

    Este carter peculiar de instituio simblica, diz a obra citada, e

    tambm a adoo deste mtodo genuno pelo simbolismo, emprestam Maonaria

    a incolumidade de sua identidade e tambm a causa dela deferir de qualquer outra

    associao inventada pelo engenho humano. o que lhe confere a forma atrativa

    que lhe tem assegurado sempre a fidelidade de seus discpulos e a sua prpria

    perpetuidade.

    Alm da Maonaria, a Igreja Catlica talvez seja a nica instituio,

    que ainda hoje, cultiva o sistema do simbolismo. Entretanto, o que para ela

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    simplesmente acidental e mero produto do seu desenvolvimento, para a Maonaria

    a qual nasceu tendo o simbolismo como alma e alicerce este sistema possui um

    valor vital to grande que se lhe fosse retirado haveria de transform-la num corpo

    sem alma e no existiria contedo que o substitui-se nem argumento que

    conseguisse revigorar a Instituio Manica. O simbolismo foi incontestavelmente a

    cincia mais antiga do mundo e tambm o mtodo de instruo geralmente adotado

    nos tempos primitivos. E realmente, os primeiros conhecimentos dos homens

    consistiram principalmente em smbolos e foi por meio deles que se ministrou a

    primeira instruo. Por isso, toda a sabedoria dos povos e dos filsofos da

    antiguidade que at nos chegou simblica.

    O carter objetivo de um smbolo de ser compreendido pela mente

    infantil, quer a de um individuo de pouca idade, quer de um povo em estgio

    primitivo. Por isso, quando a linguagem ainda engatinhava, os problemas teolgicos,

    polticos e cientficos, foram-lhes apresentados sob forma de smbolos, pois os

    smbolos visveis apresentam a faculdade de impressionar mais ativamente a mente

    do primitivo e do ignorante.

    Foi tambm preciso recorrer aos smbolos para a prpria formao da

    linguagem, visto as palavras no passarem de smbolos arbitrrios com que

    expressamos as nossas idias. Assim, a criao da linguagem foi um dos primeiros

    produtos da cincia do simbolismo.

    Diz, entretanto, G.R.S Mead em sua obra Some mystical adventures,

    traduzida para o italiano sob o titulo Come in Alto, Csi in Basso:

    Muitos falam de modo vago de smbolos e alguns se interessam

    realmente ao simbolismo, mas mesmo entre aqueles que possuem alguma cultura

    sobre o assunto, como so poucos aqueles que podem dizer que o penetraram at o

    fundo e que estejam em condies de apreender com preciso a sua cambiante

    natureza, em todas as suas formas mutveis para obrig-lo a falar !

    E de fato, ouvimos constantemente aluses e referncias ao simbolismo,

    mas so poucos aqueles que possuem do assunto noes suficientes. Por isso,

    embora o tema seja tratado neste estudo de maneira bastante superficial, acredito

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    poder reunir os esclarecimentos necessrios e elementares que para que seja

    formada uma idia sobre matria to difcil e complexa.

    Continua o Irmo Aslan nas pginas 18-22

    2. Origem e Definio do Smbolo

    Considera-se geralmente como origem etimolgica da palavra smbolo o grego

    Sun-bllein, que significa colocar junto, o que d uma idia de aproximao, de

    ajustamento ou de encaixamento, como tambm de comparao de senha e contra-

    senha, comparao que se estenderia, outrossim, s nossas opinies com os fatos,

    e consequntemente, poderia despertar em ns a idia de concluir, inferir, conjurar,

    interpretar.

    Embora seja o smbolo algo de mais primitivo que um ideograma, atribuis-se a

    origem da palavra smbolo a um costume existente na antiga Grcia. Efetivamente,

    quando um homem de qualidade recebia a visita de um hospede de alta categoria,

    oferecia-lhe, conforme o costume, entre outros presentes, um objeto que no

    somente servisse como prova de afeto, mas tambm como sinal de reconhecimento

    entre os dois. Tratava-se geralmente de um anel ou de uma moeda partida ao meio,

    cabendo uma parte a cada um dos amigos. Da mesma forma, tais moedas partidas

    eram utilizadas pelos pais, quando tinham de separar-se dos filhos por longo tempo

    e serviam como provas de identificao e de reconhecimento. Tais objetos

    constituam tambm um sinal de chamado, de socorro ou de reunio. A estes sinais,

    davam os gregos o nome genrico de Symbolon, termo que tambm aplicamos s

    insgnias dos deuses, aos emblemas, as pressgios, aos augrios e tambm s

    convenes internacionais e comerciais.

    De fato, smbolo algo que substitui uma coisa, ou melhor, algo que se

    refere a uma coisa que est em lugar de outra. Consideramos, hoje, os smbolos

    como uma figura ou imagem que serve para designar alguma coisa, quer por meio

    do desenho, da pintura ou da escultura, quer por meio de expresses figuradas.

    Assim, Co o smbolo da fidelidade; a Pomba, da simplicidade; a Raposa, da

    astcia; o Louro, da vitria, etc. os medalhistas denominam assim certas marcas

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    emblemticas ou certos tributos a alguma pessoa ou a alguma divindade. Para eles,

    o Tridente o smbolo de Netuno; o Pavo, o de Juno; uma figura apoiada sobre

    uma urna representa um rio. Os fabricantes de imagens da Idade Mdia, para a

    melhor compreenso da iconografia, estabeleceram certas convenes, fixando de

    maneira invarivel o tipo dos personagens. Assim, um nimbo circular atravs da

    cabea de um personagem, indicava um santo; quando houvesse uma cruz na

    aurola, designava a divindade; Dus, o Cristo, os apstolos, os anjos eram

    representados sempre descalos. So Pedro tinha cabelos crespos e So Paulo era

    representado calvo e com barba comprida.

    Ao examinar o smbolo em sua aplicao especial Escritura Sagrada, o

    Padre Auber distinguiu quatro sentidos que podem ser aplicados ao smbolo em

    geral: o sentido literal, alegrico, moral ou tropolgico e finalmente anaggico ou

    mstico.

    Uma distino entre os termos deve ser feita, entretanto: smbolo, alegoria e

    emblema no significam coisas iguais, no so sinnimos. A alegoria, por exemplo,

    um vocbulo grego composto pelas palavras falar e outra, isto , falar de outra

    maneira. Fazer uma alegoria significa, portanto, falar de alguma coisa empregando

    termos diferentes dos verdadeiros, isto , expor um pensamento sob forma figurada.

    Na origem, os gregos e os romanos davam o nome de emblema s obras de

    mosaico e aos ornamentos em relevo aplicados sobre a outra substancia, como por

    exemplo, figuradas em ouro fixadas sobre um vaso de prata. Emblema significa,

    pois, ornamento adicional. Hoje, entretanto, o emblema a representao de um

    objeto conhecido que conduz concepo de outra coisa e particularmente de uma

    idia abstrata. Assim, o galo o emblema da vigilncia; uma serpente mordendo-se

    a cauda, o da eternidade; a foice, o emblema da morte. O emblema difere da divisa

    neste sentido que ele exprime pela representao dos abjetos o que a divisa faz

    compreender pelas palavras.

    Existem smbolos naturais e artificiais. Os smbolos naturais sugerem nossa

    mente no somente a sua prpria natureza, mas tambm as idias e conceitos que

    tivemos; so principalmente produtos da sugesto. Por associao, o smbolo nos

    lembra continuadamente as outras idias. Assim, uma nuvem escura um smbolo

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    natural e sugere tudo aquilo que est relacionado com a tempestade. Os smbolos

    naturais so facilmente aceitos pela humanidade por serem relacionados com

    experincias comuns a todos os seres humanos. A eles se refere o orculo caldeu

    ao dizer: A mente do Pai semeou smbolos pelo mundo.

    Os smbolos artificiais, entretanto, foram criados por um homem ou por um

    grupo de homens para com eles representar as suas prprias idias. Tais smbolos

    so relacionados com suas experincias particulares e podem nada significar para

    outro grupo de pessoas. Destinam-se, geralmente, a pessoas ligadas entre si por

    conhecimentos fora do alcance dos leigos, como o so, por exemplo, os smbolos

    dos qumicos, dos engenheiros, etc.

    Os smbolos artificiais podem existir por um tempo indeterminado, como

    sucede com os brases de famlias ou com os smbolos adotados por sociedades

    secretas que representam os seus propsitos, passando ao esquecimento gradual

    ou repentinamente. Ao contrrio, os smbolos naturais persistem, visto estarem

    ligados a algum fenmeno da natureza que percebido pelos homens de cada

    poca mais ou menos da mesma maneira. A interpretao do smbolo natural pode

    variar, j que as idias que representa podem tornar-se mais amplas, mas ele estar

    sempre relacionado com o conceito original formado pelo homem.

    Em seu Tratado de Simblica, Mrio Ferreira dos Santos estabelece sobre o

    smbolo uma srie de caractersticas que resumiremos:

    a) Polissignificabilidade, isto , um smbolo pode se referir a vrios simbolizados.

    A cruz, por exemplo, smbolo das quatro estaes, dos quatro pontos

    cardeais, das quatro idades do homem, do homem, do Cristo, da morte, etc.

    b) Polissimbolizabilidade, que significa que um smbolo pode ser referido pr

    vrios smbolos. A solido pode ser simbolizada por um rochedo em alto mar,

    por um pequeno barco na imensidade de um lago, uma guia no topo de uma

    montanha, uma rvore numa plancie vazia.

    c) Gradatividade, isto , um smbolo pode significar melhor que outro um

    simbolizado.

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    d) Fusionabilidade pela qual o smbolo pode fundir-se com o simbolizado, como

    sucede muitas vezes na parte exotrica das religies, em que os smbolos

    terminam por ser os prprios simbolizados.

    e) Singularidade, caracterstica rara de alguns smbolos que conseguem

    alcanar uma significabilidade nica, de um nico simbolizado, assim o Ser

    Supremo, como smbolo de Dus. Nestes casos d-se at fusionabilidade.

    f) Substituibilidade, os smbolos que se referem tambm a um mesmo

    simbolizado, entre muitos outros diversos a que se podem referir, permite a

    sua mtua substituio.

    g) Universalidade. Sendo todas as coisas smbolos da ordem a que pertencem e

    sendo os fatos simblicos do conceito, que um esquema abstrato, o smbolo

    , dessa forma, universal.

    h) Funo simblica, Havendo no smbolo uma analogia que revela um ponto de

    identificao com o simbolizado e uma parte ficcional quanto ao simbolizado,

    torna-se necessrio distinguir claramente a funo simblica do smbolo, da

    funo meramente significativa, que apenas indica e aponta. O smbolo tem

    uma funo analgica e explicadora.

    Desta forma, os smbolos expressam o que no poderamos fazer de outra

    maneira e com eles transmitirmos o intransmissvel. Por isto, se s vezes usamos os

    smbolos por deficincia, em outras os empregamos por proficincia.

    O simbolismo , pois, um sistema de smbolos destinados a lembrar fatos ou a

    exprimir idias, crenas e interpretaes pelos homens de problemas de ordem

    religiosa, filosfica, poltica, cientifica, social, etc. tambm o estado particular da

    cincia filosfica em que todas as afirmaes so expressas por smbolos. Os

    alquimistas do passado criaram uma simblica riqussima, atravs da qual

    exprimiram veladamente as suas idias e concepes sobre a religio, a filosofia e a

    cincia.

    A simblica o conjunto dos smbolos prprios de uma religio, de um povo, de

    uma profisso ou de uma poca. tambm a cincia que pretende explicar os

    smbolos. Recebeu na Alemanha o nome de simblica o sistema de interpretao

    dos mitos politestas que considera estes como smbolos dos fatos naturais ou

    histricos ou mesmo dos princpios morais.

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    Aborda o Irmo Aslan nas pginas 22-25:

    3. Natureza e Linguagem dos Smbolos

    Em sua obra Some Mystical Adventures, G.R.S. Mead escreveu importante

    captulo sobre a arte do simbolismo, cujas linhas bsicas coincidem com tudo o que

    foi dito precedentemente. Reproduziremos as passagens mais interessantes que

    so uma confirmao e uma ampliao dos conceitos j emitidos a respeito do

    simbolismo.

    No conceito deste escritor espiritualista ingls, os smbolos so esboos de

    objetos tridimensionais. Mas, como o esboo, no seu significado interior, acha-se

    intimamente ligado com a idia, ele seria, de certo modo, uma espcie de desenho

    ou de planta. Neste sentido, referem-se os smbolos a idias e tipos, tendo relaes

    com o aspecto vivo das coisas. Por isso, a sua interpretao no pode estar ligada a

    um modo ou a uma forma j estabelecida. Em suma, afirma Mead, no existe uma

    cincia exata do simbolismo, o qual, ao contrrio, mais inicitico que didtico,

    orientando de certa forma o movimento em direo a idias vivas e evitando de

    nos amarrar cavilha de uma qualquer rgida configurao.

    Provar, tendo como base uma demonstrao fsica, qual seja a justa

    interpretao deste ou daquele smbolo, coisa extremamente difcil seno

    impossvel. Se a interpretao for aquela que deve ser, a resposta vir do interior

    como afirmao viva e no como expresso do aprisionamento da mente em uma

    forma morta. Devemos estar preparados - na interpretao dos smbolos a pr de

    lado a exatido, pela maneira como ela geralmente entendida, deixando jogo livre

    ao pensamento. Convm, no inicio utilizar, utilizar qualquer indicao que nos

    parea til, que poderemos aplicar em toda e qualquer direo, para, em seguida,

    lanar-la, to cedo nos seja possvel segurar, na meada, outra cabea de fio.

    Para que seja possvel compreender a linguagem dos smbolos, torna-se

    necessrio conservar a mente livre, plstica adaptvel, pois, se persistirmos em nos

    manter amarrados s antigas trilhas, jamais conseguiremos a familiarizao com

    eles. A beleza dos grandes smbolos est na infinita variedade de seus modos de

    interpretao; e se formos pensar que para cada smbolo deva existir um significado

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    definido, estaremos paralisando aquele smbolo que a nossa mente, deixando-a

    cair morta e rasteira no superficial. necessrio manejarmos os smbolos assim

    como o matemtico maneja os algarismos e no podemos esquecer que os

    smbolos so os brinquedos dos deuses.

    O segredo para uma boa interpretao do smbolo consiste em levar-lo na

    prpria mente no no smbolo; a mente no deveria sentir-se ligada ao smbolo, nem

    deixar-se atrair por seus sinais e sair de si mesma para cristalizar-se numa forma.

    Pelo contrrio, o smbolo que se deve dobrar as exigncias da mente, a qual,

    depois de agarr-lo deve examin-lo por todos os lados a fim de possuir-lo na sua

    inteireza.

    A verdadeira prtica da arte do simbolismo seja talvez a maior das artes:

    podemos exerc-la com as nossas mentes, os nossos olhos, os nossos corpos e se

    consegussemos pr em ao uma continuidade entre os smbolos, poderamos,

    como se afirma, absorver idias a todo movimento do corpo essencial; mas isto

    bem mais difcil do que nos exercitarmos simplesmente com a mente.

    Naturalmente, isto tudo se aplica to somente aos verdadeiros smbolos,

    considerados tais condio de significados fatos, isto , que representam

    transformaes de que j temos experincia quando est desenvolvida a nossa

    viso interior. Muitas coisas a que se d o nome de smbolos, em muitas vezes so

    aparncias falsas ou deformadas.

    Os verdadeiros smbolos possuem capacidades vitais, jamais apresentando

    uma figurao arbitrria. Presume-se que a sua finalidade no a se fazer-nos

    pensar pela maneira comum, mas a de infundir vida em nossa vida e a de produzir

    uma unio. Os smbolos coligam-se com os selos, as assinaturas, os caracteres e os

    tipos, em seu significado mais profundo, e com toda a nomenclatura que se

    relaciona com a impresso de idias sobre a substncia e servem de laos entre o

    pensamento e a ao.

    Antes de um homem achar-se em condies de sujeitar a sua substncia sutil

    a todas as transformaes ou metamorfoses aqui tratadas, antes destas iniciaes

    comeos ou pontos de partidas - poderem realizar-se de fato na matria base de

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    seus veculos, seria bastante desejvel que as prprias transformaes se

    desenvolvam em smbolos no campo ideativo de sua mente superior. Esta fase do

    processo que apenas mental encontra-se nas possibilidades de muitos, no

    perigosa, e intensifica o desenvolvimento da capacidade pensante; mas a sua

    atuao no corpo indubitavelmente reservada bem poucos.

    Trata-se, em suma, de um mtodo contemplativo: o estudioso dos smbolos

    procurar conservar a sua mente completamente tranqila, como se ela fosse, por

    assim dizer, um mar de substncia sutil. Dever abster-se de pensar de modo

    discursivo e de entender os smbolos separados no espao, observando-se um aps

    outro; o seu esforo dever consistir em sentir a substncia mental em processo de

    plasmar. Ao exercitar-nos com os smbolos, no devemos objetiv-los nem projet-

    los, devemos, ao contrrio, senti-los crescer dentro de nos e ento uma idia

    ocasional pode fulgurar em nossa mente.

    por isto que um escritor definiu o smbolo como a luz branca que se

    decompe em cada alma numa cor diferente. E Thomas Carlyle afirmava que o

    smbolo, propriamente dito, uma encarnao e uma revelao do infinito, feito para

    fundir-se no finito, tornando-se visvel e conseguvel. O homem guiado por

    smbolos que o tornam feliz ou desventurado. Por onde ele for tropea com

    smbolos: O Universo um grande smbolo de Dus, tambm o homem o , pois

    porventura, tudo o que ele faz no simblico ? Seus atos no so, efetivamente,

    revelaes da fora mstica que lhe tem sido outorgada, ou um Evangelho de

    Liberdade que ele prega pela palavra e no age ele como Messias da natureza?

    No h nada do que ele faz que no seja visvel encarnao de um Pensamento,

    revelao visvel de coisas invisveis que, em sentido transcendental, so to reais

    como simblicas.

    O homem vive, como bem o diz Validivar, citado por Ralph Lewis, o homem,

    quando teve conscincia de uma verdade divina, simbolizou-a de modo que a

    conscincia humana pudesse compreende-la sempre. As naes, os idiomas e os

    costumes mudaram contudo e os mesmos desenhos antigos continuam a iluminar a

    humanidade com sua luz mstica.

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    Explica o Irmo Aslan nas pginas 25-27:

    4. O Simbolismo nas Religies

    fora de dvida que o simbolismo exerceu excepcional importncia nas

    religies da antiguidade, predominando sobre tudo nas idades mais primitivas e

    particularmente no orfismo e nos mistrios. Foi mesmo constatado que quanto mais

    antiga uma religio, mais abundante ser o simbolismo que nela se encontra, visto

    que as religies mais modernas procuram transmitir os seus dogmas por meio de

    proposies abstratas, ao passo que as religies antigas os transmitem nicamente

    atravs de smbolos. Desta forma, encontramos mais simbolismo na religio dos

    egpcios que na dos judeus e menos na religio crist que na judaica, diminuindo

    cada vez mais nas religies mais novas, como a catlica, a maometana e a

    protestante.

    Nas pocas mais recuadas da histria, vemos a humanidade instruda no

    conhecimento abstrato das verdades por smbolos e parbolas. E foi por falarem por

    smbolos e parbolas que todos os grandes fundadores de religies foram

    compreendidos e amados, fazendo adeptos fervorosos. Assim, no estranha, como

    o nota um escritor citado por Mackey, ao tratar do assunto que enfocamos:

    ...em conseqncia, encontramos a maior parte das religies pags

    propriamente mticas, ou explicando os seus mistrios por alegorias ou incidentes

    instrutivos. O prprio Dus, conhecendo a natureza das criaturas que formou,

    condescendeu, nas revelaes primitivas que ele mesmo fez, em ensinar por

    smbolos, enquanto o maior de todos os mestres ensinou s multides por meio de

    parbolas. O grande modelo da filosofia antiga e o grande arqutipo da filosofia

    moderna distinguem-se igualmente por possurem tal faculdade em grau elevado,

    provando-nos, assim, que o homem foi melhor instrudo pelas similitudes.

    Desta forma, a simbologia uma disciplina filosfica que, procurando a

    significabilidade dos smbolos atravs da interpretao analgica, levou muitos

    sbios a acreditarem que o mtodo de interpretao do significado dos smbolos s

    pode ser o dialtico. Admitiram, assim que todos os deuses do antigo e do novo

    mundo, no passavam de perfeies divinas, de foras da natureza, de suas leis e

  • 12

    de fenmenos. Concordaram em que representavam grandes acontecimentos da

    histria geral ou local e os homens que neles tomaram parte; que foram o resultado

    de lendas ocasionadas por semelhanas de nomes ou de acidentes de linguagem;

    de hipteses ou ritos tradicionais, ou foram simplesmente um efeito desta tendncia

    que impele os homens a dar uma realidade objetiva s concepes do seu esprito.

    Estas vrias interpretaes constituram as diferentes escolas do simbolismo.

    Graas fertilidade de imaginao, a personificao e a conseqente

    deificao de todos estes simbolizados assumiu aspectos dos mais fantasiosos,

    justificando-se a apreciao do erudito Faber ao dizer que alegoria e personificao

    eram particularmente agradveis ao gnio da antiguidade, e a simplicidade da

    verdade era nitidamente sacrificada no santurio da decorao potica.

    verdade que tambm os cristos praticaram o simbolismo, observa outro

    autor, eles procuraram sempre distinguir com muita clareza, em suas cerimnias ou

    em seus sacramentos, a prpria divindade do seu simbolismo natural ou

    convencional. Como se sabe, os cristos primitivos cobriram as paredes das

    catacumbas com muitas figuras alegricas (peixes,cordeiros,pastores,uvas, espigas,

    etc.), mas todo este simbolismo no obedecia apenas a um instinto, obedecia

    principalmente disciplina do segredo e necessidade de desorientar os

    perseguidores. O simbolismo cristo atingiu o seu apogeu na Idade Mdia, na qual

    os animais, as cores, as plantas, as linhas e as atitudes assumiram uma significao

    hiertica e o tipo dos personagens regulamentado por convenes e a fim de tornar

    a iconografia compreensvel aos iletrados.

    Entretanto, a partir da Renascena e da Reforma, o simbolismo entrava em

    franca decadncia e desparecia. Surgia era das afirmaes cientificas e o

    simbolismo s reapareceu, e de maneira fugaz, na literatura.

    Relata o Irmo Aslan nas pginas 27-28:

    5. O Simbolismo na Literatura

    O simbolismo que foi a primeira forma da arte plstica tambm encontrado

    na origem da literatura. Destrudo pela arte clssica, o simbolismo primitivo

    permanece todavia nas fbulas, na parbolas e nas alegorias. Este simbolismo que

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    encontramos em to grande profuso durante a Idade Mdia, seja nas canes de

    gesta dos trovadores provenais, seja em poemas como o Romance da Rosa de

    Guilherme de Lorris ou a Divina Comdia de Dante, empresta a estas

    manifestaes literrias um aspecto esotrico e iniciatico que surpreende e seduz

    os escritores modernos.

    Sendo a literatura a arte que sensibiliza e fixa as imagens e as fantasias sutis,

    no de estranhar que se tenha deixado influenciar pelo simbolismo, que tambm

    influenciou a poesia e a filosofia, pois ele traduz em letras o que a alma encobre de

    mais profundo e de mias inconsciente.

    Vrias tentativas foram empreendidas, durante o sculo XVII e XVIII, para

    ressuscitar o simbolismo, mas no foram felizes. As idias modernas, que surgiram

    em fins do sculo XVIII, se faziam sentir por toda a parte e estavam renovando a

    literatura, atravs das varias escolas que se sucederam uma s outras, procurando

    fugir aos princpios estticos inflexveis do classicismo e buscando novos rumos. O

    romantismo, que repudiava qualquer idia de constrangimento literrio, foi o primeiro

    a se rebelar contra o classicismo. A rebelio surgiu na Alemanha e na Inglaterra com

    a Revoluo Francesa e atingiu, posteriormente a Frana. Na Alemanha, o

    romantismo transformou-se numa forte reao patritica contra tudo que lembrasse

    Napoleo ou revelasse influencia francesa. Voltara o romantismo para a arte

    medieval, para os romances da Idade Mdia em que eram exaltados o amor das

    aventuras, a sede de gloria, a religiosidade e o encanto das velhas lendas.

    Entretanto, os exageros do lirismo romntico fizeram surgir o parnasianismo. Foi

    uma reao que passou a cultivar o positivismo, a preocupao da cincia e a

    objetividade na prpria poesia. Os parnasianos exigiram o mximo apuro de forma

    na poesia Ed no se permitiam liberdades com a mtrica, a sintaxe e a rima. Esta

    ltima devia ser burilada como um trabalho de ourivesaria e a poesia devia se

    apresentar um aspecto frio e impassvel. Os parnasianos no eram bem

    compreendidos, mas, como afirma um autor, mesmo os mais frios, mesmo os mais

    desejosos de rotular a arte para dar-lhe moldes fixos, no conseguiram fugir nsia

    de Beleza to fundamente impressa no corao humano.

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    No obstante, em fins do sculo XIX, o simbolismo reapareceu sob novas

    formas e como uma reao contra o parnasianismo. E enquanto os parnasianos

    reproduziam as formas e as cores e traduziam as idias com lgica, simbolistas

    caracterizavam-se pelo subjetivismo e pelo gosto das impresses vagas ou

    sugeridas. Exprimindo as secretas afinidades das coisas com a alma, ao contrrio

    da escola parnasiana que se apegava to fortemente ao realismo, o simbolismo era

    uma espcie de evocao a traduzir os sentimentos e as emoes que escapam a

    analise. Entretanto, fugindo as exigncias da poesia parnasiana, que no admite

    licenas, os simbolistas reivindicaram toda espcie de liberdades; liberdades com a

    forma, com a sintaxe, com o vocabulrio, com a rima e com a mtrica. Os

    simbolistas inauguraram o verso livre que to dificilmente se distingue da prosa.

    Continua o Irmo Aslan nas pginas 32-34

    6. O Simbolismo na Maonaria

    Cansados e saturados por dois sculos de guerras poltico-religiosas,

    desiludidos das religies, ditas reveladas, que as tinham provocado, produzindo um

    verdadeiro caos nos costumes morais e religiosos do povo ingls, os Maons

    especulativos, surgidos em princpios do sculo XVIII, voltaram as vistas para o

    simbolismo das religies da antiguidade, tentando redescobrir os smbolos do

    passado e o seu contedo doutrinrio e iniciatico deturpado, desfigurado e velado

    pela ignorncia eclesistica medieval e pelos sofismas dos doutores escolsticos.

    Em conseqncia dos estudos empreendidos pelos estudiosos, formou-se a

    Simblica Manica. Nela so compreendidos smbolos das mais variadas origens e

    procedncias, que podem ser divididos em cinco classes principais:

    a) Smbolos Msticos e Religiosos Tradicionais: o Tau (Smbolo do Poder); o

    circulo com um ponto central (sol); o Selo de Salomo ou Escudo de David

    (criao,Dus, perfeio); o Triangulo;, o delta Luminoso, os Trs Pontos

    (evocando sempre a idia de Dus), etc.

    b) Smbolos tirados da Arte da Construo: smbolos da profisso dos Maons

    operativos: o Compasso (medida na pesquisa); o Esquadro (retido na ao);

  • 15

    o Malho (vontade na aplicao); o Cinzel (discernimento na investigao); a

    Perpendicular (profundeza na observao; o Nvel (emprego correto dos

    conhecimentos); a Rgua ( preciso na execuo); a Alavanca (poder da

    vontade); a Trolha (benevolncia para todos) , o Avental (smbolo do trabalho

    constante), etc.

    c) Smbolos hermticos e alqumicos: o Sol e a Lua; as Colunas B e J; os trs

    princpios da Grande Obra: Enxofre, mercrio e Sal; os quatro elementos

    hermticos: Ar, gua, Terra e Fogo: o VITROL, etc.

    d) Smbolos possuindo um significado particular: a Rom (simbolizando os

    Maons unidos entre si por um ideal comum; a Cadeia de Unio ( a unio

    fraternal que liga por uma cadeia indissolvel todos os Maons do Globo, sem

    distino de seitas e condies); a letra G (conhecimento); o Ramo de Accia

    (imortalidade e inocncia); o Pelicano (amor e abnegao), etc.

    e) Outros smbolos Tradicionais: pitagricos (nmeros); cabalsticos (sefirot);

    geomtricos, religiosos e todos aqueles que se prestaram a um significado

    manico. De acordo com os seus pontos de vista particulares, estes smbolos

    so vistos pelos maons seja como elementos de iniciao com significados

    esotricos, seja como formulas morais comportando significados educativos.

    De qualquer maneira, as idias representadas por estes smbolos devem ser

    admitidos por todos os membros da fraternidade manica, sem o que no

    podem ser considerados verdadeiros Maons. O Nvel, por exemplo,

    representa tambm a idia de igualdade, obrigatria entre os Maons. O

    Esquadro o emblema da retido e do direito, princpios que devem ser

    obrigatoriamente respeitados por todos os Maons. O Malhete o smbolo da

    autoridade do Venervel e personifica a disciplina nos trabalhos que todo

    Maom obrigado a admitir. E alm de representarem formulas ou idias

    morais, os smbolos so uma espcie de linguagem que une os Maons entre

    si por serem a expresso de idias comuns a todos eles.

    este o sistema adotado pela Maonaria, diz Mackey, para

    desenvolver e inculcar as grandes verdades religiosas e filosficas, de que foi,

    por muitos anos, a nica conservadora. E por essa razo, como j observei,

    que qualquer investigao dentro do carter simblico da maonaria deve ser

    precedida por uma investigao da natureza do simbolismo em geral, se

  • 16

    quisermos apreciar convenientemente o seu uso particular na organizao

    manica.

    O Irmo Prado descreve nas pginas 54-58:

    7. Simbolismo Manico

    Desde priscas eras, sob um vu de mistrio impenetrvel aos profanos de

    todas as classes, somente conhecida por aqueles que passassem pela ordlia da

    iniciao, ficara mantida a chave das msticas lies gravadas nos obeliscos e nas

    tumbas se viam espalhadas nas margens do Nilo lendrio. Ditas lies, to

    estranhamente perpetuadas para a posterioridade dos iniciados, obedeciam a um

    sistema peculiar dos detentores das doutrinas ocultas ou dissimuladas da poca do

    sistema do simbolismo.

    A raiz grega da palavra Simbolismo apresenta a seguintes significaes:

    pressentir, ligar, aproximar, confrontar, comparar.

    Numa mesma nuana de expresso e num mesmo sentido filolgico, todos

    esses significados podero ser agrupados, sem nenhum temor de engano, para

    definir tudo quanto se refira a simbolismo. O smbolo a apresentao visvel de

    uma idia velada. Por exemplo: os principais emblemas com que a Sublime

    Instituio brinda os seus iniciados so os seguintes: a espiga, representando a

    recompensa do trabalho; as perpetuas, expressando o valor duradouro das boas

    aes e dos nobres sentimentos; o louro, figurando a prova do merecimento que

    decora as atividades fecundas; e a oliveira, patenteando a figurao da mais

    requintada felicidade que possam gozar os filhos da Verdadeira Luz.

    Em grande maioria, os smbolos manicos foram inspirados na arte de

    construir e interpretados por essa mesma pauta.

    As diversas e mais variadas referencias escritas ou verbais at hoje feitas

    acerca das suas metas de idealismo so unanimes em caracteriz-la como

    associao que apresenta o maior simbolismo de interpretao.

  • 17

    Aceitando, sem nenhuma oposio, esse julgamento a seu respeito e

    aproveitando-se de toda oportunidade que se lhe aparea, a Maonaria tem

    procurado as sbias lies decorrentes das figuraes dos smbolos que adotou.

    A sua tradio de se firmar nos smbolos para proporcionar aos seus filiados os

    melhores efeitos e ensejos de eficiente desenvolvimento espiritual e moral encontra

    suas bases nas convices e no ardor com que primavam os filhados antigos.

    Muito bem disse Alberto Pike que o simbolismo da maonaria, juntamente com o

    seu esprito de fraternidade, constituram com a sua prpria essncia. Quando

    imperavam os romanos, a voz dos smbolos se perdeu por algum tempo. Ao se

    constiturem as Corporaes dos Construtores na Idade mdia, alguns deles

    ressurgiram: o Compasso, o Esquadro, a Rgua, o Nvel, o Prumo, a Trolha, o mao,

    etc.

    Os tempos foram passando e os smbolos adquirindo sentido filosfico que

    lembrava carter espiritual, mais elevado no seu cunho, oferecendo a expresso da

    cincia do conhecimento e do aperfeioamento do esprito. Na espaosa nave da

    Igreja de Notre Dame de paris, esto esculpidos numerosos smbolos manicos.

    Se, porventura, a Sublime Ordem resolvesse, de um momento para outro, se

    despir de todos os seus smbolos milenares, fatalmente haveria de se empobrecer

    na sua atrancia e, ate mesmo, decair na conceituao dos seus melhores adeptos.

    Sem o seu simbolismo privativo ela jamais poderia ter adquirido o seu carter todo

    peculiar que a tem distinguido entre as demais associaes. Imagina-se, para

    raciocnio, que seja, determinado peremtoriamente, pelo poder competente, uma

    retirada brusca de todos os smbolos que tem sido mantidos dentro dos templos.

    Que aconteceria?

    De barato, os prprios maons se arrefeceriam em seus entusiasmos; o

    indiferentismo avassalaria, em pouco tempo, as mentes dos iniciados; e em

    conseqncia, a Ordem estaria, sem duvida, fadada a se aniquilar aos poucos,

    condenada como ficaria ao ostracismo.

    Em defesa da necessidade de se conservar os smbolos nos recintos

    manicos, certa vez, j um ilustre iniciado escreveu: A cincia do simbolismo a

  • 18

    mais antiga das cincias; a cincia do mundo como disse o sbio Stukely. A

    sabedoria de todos os sbios e grandes luminares da antiguidade simblica,

    porque a primeira instruo que recebeu o homem inteligente. Todas as proposies

    teolgicas, polticas ou cientificas, assim como todas as religies que se formaram

    nas primeiras idades, todas foram eminentemente simblicas porque os smbolos

    supriam com grande eficcia a deficincia da linguagem que simblica tambm

    porque as palavras no so mais que smbolos convencionais por meio das quais

    damos expresso s nossas idias. Por isso, quanto mais antiga uma cincia,

    mais rica em simbolismo. Tal o sistema adotado pela maonaria para

    desenvolver e revelar as grandes verdades filosficas que ensina e, com isso, no

    faz mais do que seguir as lies e os sbios preceitos que lhe foram transmitidos por

    uma tradio jamais interrompida desde os mais remotos tempos.

    Nestes termos, alias vibrantes, grafados pelo ilustrado articulista, ele esboou

    sua respeitvel opinio em abono da perpetuao do simbolismo apanhado pela

    Maonaria; emitiu o pensamento dos sbios da antiguidade, que passou a ser

    dominante nos redutos dos iniciados como um patrimnio sagrado.

    O sistema do simbolismo , portanto, cousa muito vetusta. Os sbios da

    Prsia e do Egito lendrio j lanavam mo, nos seus dias, de um mtodo de

    confabulao ilustrada pelos smbolos. Usavam de alegorias e emblemas para

    perpetu-la sem cair no conhecimento pblico. O decurso dos sculos, com todas as

    suas renovaes, nunca tirou da maonaria os emblemas e smbolos que falam da

    Criao e dos avanos da Moral. Em sua liturgia, ela desenvolveu, como sempre

    desenvolve, a cincia e a moral reveladas ilustradas por smbolos. Para no

    constranger a conscincia dos obreiros, apresentou-lhes as Verdades imutveis sob

    a formula simblica, permitindo por esse meio a livre interpretao das mesmas

    Verdades. Os dirigentes das escolas filosficas dos povos do Oriente e as

    agremiaes judaicas que detinham a sabedoria do seu tempo, procederam de

    idntica maneira.

    Moises foi quem levou esse sistema ento em voga nos Templos egpcios para

    os dos essnios. Mais tarde, quando da edificao do Grande Templo de Salomo,

    este rei, desejoso de perpetu-lo tambm, naquela casa que erigia em honra e

    louvor do Altssimo, resolveu dar-lhe uma forma mais acessvel mente humana.

  • 19

    Ordenou que se imprimissem muitos smbolos nos vrios ornatos e imagens

    alegricas adredemente aprovadas.

    Acompanhando a mesma idia ocorrida em Salomo para dedicar o seu

    Templo ao Todo-Poderoso, tambm a maonaria criou o ritual de sagrao de suas

    Lojas glria do Grande Arquiteto do Universo.

    Toda vez que um iniciado penetra no interior de um Templo Manico deve

    manter suas vistas e voltar as atenes para o Ser Supremo, esforando-se por

    compreender bem a linguagem inarticulada, mas virente dos smbolos nele

    existentes.

    Todo smbolo, seja qual for seu aspecto-idade ou ocasio em que se evidencia

    sua tradio, apresenta, invariavelmente, trs sentidos de interpretao: literal,

    figurado e esotrico.

    No literal, traduz a idia correta do objeto que representa em suas

    generalidades; no figurado, transmite a concepo de princpios analgicos com o

    pensamento que possa infundir a sua imagem; e no esotrico, faz lembrar uma

    verdade consagrada ou uma ensinana clssica, transfundidas na sua histria para

    serem plasmadas nas convices intimas dos iniciados.

    Tais so os sentidos que carregam todos os smbolos manicos, cabendo a

    cada Irmo saber a difer-lo e escolher o que lhe concerne para o bem do seu

    progresso moral.

    O simbolismo da Maonaria o veiculo importantssimo que far florejar o ideal

    superior nos coraes dos seus militantes. Nesse corolrio de smbolos que essa

    Associao Universal conserva o selo da sua origem e ensina seus preceitos

    morais. A tais preceitos so atribudas as linhas que derivam dos sentimentos novos

    dos maons que devem ser observadas pelos mesmos, se forem ambiciosos da

    evoluo em sua doutrina.

    Os smbolos mais evidentes divisados nos interiores manicos lembraro

    sempre as diversas maravilhas e perfeies da criao, apresentadas aos homens

    para que estes aprendam a glorificar a grandeza do Poder Divino. De todos eles

  • 20

    promanam as mais clarificantes verdades que nos tempos de outrora eram

    ensinadas aos que nos tivessem passado pela severidade da iniciao. Em todos

    eles se eterniza um convite amistoso e edificante para a meditao, porque se

    fazem em fontes inesgotveis de lies bastante proveitosas para o progresso

    espiritual de cada maom.

    No critrio que cada iniciado dispensar aos seus prprios atos depois de

    analisar a contento as significaes dos smbolos, que se estabelecer toda fora

    e todo segredo do futuro da Ordem.

    Nas figuraes dos smbolos manicos que se descortina a verdadeira

    finalidade do homem aqui na Terra: avanar, afoitamente, pelo caminho da

    evoluo; procurar por todos os meios, a purificao do seu ego; regular,

    sistematicamente, os seus impulsos pela justa razo; e, finalmente, ajustar, com

    serenidade, seus pensamentos na prtica do Bem e da Virtude, pelo prprio bem de

    si mesmo e daqueles que o rodeiam.

    A Maonaria, por si s, um grande smbolo. No admite controvrsias

    religiosas. Sempre se manteve como um terreno neutro, um centro comum para

    objetos comuns, uma escola de aprendizagem infinita dentro da rota das virtudes.

    Enfim, uma Instituio por todos chamada, com justia, como Sublime, onde a

    humanidade inteira poder encontrar-se fora dos dios, livre das insensatezes e das

    paixes rasteiras que, no geral, obnubilam e conturbam os coraes e as mentes

    bem formadas e j buriladas.

    Explica o Irmo Prado nas pginas 82-87:

    8. A Didtica das Colunas Manicas

    O Augusto Templo da Maonaria est assentado tambm sobre duas colunas

    ideais: a Instruo e a Caridade.

    A Instruo e a Caridade homologam o nulo valor do homem que se abraa com

    a vaidade e o egosmo. De maneira nenhuma, tal indivduo poder ser livre, porque

    nunca se preocupar em instruir-se. A ignorncia, alm de fomentar os vcios, torna

    a criatura obtusa, ou seja, escrava das opinies alheias. Com escravido e

  • 21

    degradao moral, ningum lograra a paz de esprito e tampouco alcanara, em

    qualquer sentido, a prosperidade intelecto-espiritual originada na escola da

    Caridade.

    Os grandiosos edifcios da civilizao manica descansam sobre duas colunas

    ainda de carter figurado: a Virtude e a Cincia. A virtude faz-se na sua base

    completa de moral: a Cincia empresta-lhe os predicados de grandeza espiritual.

    Logo na entrada das Oficinas, a trs passos de distancia da porta de acesso para

    o Templo, o maom se detm entre duas colunas paralelas e laterais, localizadas no

    Ocidente.

    Elas consignam-lhe uma afirmativa silenciosa, mas expressiva; acabou de deixar,

    sua retaguarda, o mundo profano para penetrar no templo sagrado da austeridade

    que apraz.

    A cor delas varia segundo a situao de cada uma: a do Sul, da letra J, na

    suposio de que recebe a luz debilitada do sol em forma de penumbra, deve ser

    cinzentada-gris; a do Norte, da letra B, deve ser cinzenta-clara, posto que recebe

    os raios e refulgncias diretamente do Sol do meio-dia.

    Sentado em qualquer poltrona alinhada frente de tais Colunas, o maom

    recebe, dentro de uma concepo admirvel, a imagem do Grande arquiteto do

    Universo testemunhando seus pensamentos mais recatados.

    Dizem os rituais que essas colunas reproduzem as de bronze do Templo de

    Salomo, onde os aprendizes e companheiros recebiam seus salrios e guardavam

    seus instrumentos de trabalho. Com a destruio daquele templo, pelo exrcito do

    Rei Nabucodonosor, foram no deslocadas s duas bases destas Colunas,

    passando a oferecer apenas a viso da metade dos seus fustes.

    Na focalizao material desse par de Colunas, as duas iniciais que esto

    gravadas nos seus fustes provocam imediatamente a indagao do iniciado. No rito

    Escocs, da direita de quem entra traz a letra J e a do lado esquerdo B. Essas

    duas Colunas so os representativos dos princpios manicos simbolizados na

    Beleza e na Justia que aguam as idias dignificadas. So, outrossim, os pilares

  • 22

    que se sustem no solo em que pisam todos os seres do mundo. Essas duas iniciais

    lembram os nomes de dois personagens bblicos que, devido a seus feitos pessoais,

    se tornaram figuras bastante gratas na histria da Sublime Instituio dos Pedreiros

    Livres. O nobre vulto bblico, cuja inicial apresentada na Coluna do Sul, adverte

    com a recordao da sua prpria plcida vida, que o homem bom desde os

    primrdios do mundo e que os sentimentos caritativos que exornavam o seu corao

    vivem em todas as almas em estado latente. O outro, da coluna do Norte, ensina

    aos homens que o esclarecimento intelectual e a elegncia moral das aes, f-los

    independentes e respeitados de todos os seus semelhantes.

    Na Coluna B, os aprendizes ficam vista e orientao do 1 Vigilante,

    aprendendo desta toda instruo relativa ao seu grau.

    Na coluna J, os companheiros se colocam sob as ordens do 2 Vigilante que os

    dirige nos conhecimentos e doutrina do segundo grau.

    A letra da coluna do Norte convenciona o Fogo; a que se v na do sul emblema

    o Vento; aquela significa a matria bruta que d forma s criaturas; esta ltima d a

    entender o esprito que a entidade livre do homem.

    Outra verso esclarece a origem dessas Colunas nos Templos Manicos: diz

    que Salomo mandou erigi-las no seu Templo Augusto como marcos de

    espiritualidade, em honra de dois eminentes iniciados nos grandes mistrios: Moises

    e Orfeu. Moiss porque este guiou os hebreus Terra da Promisso, obedecendo

    a um D`us Todo Poderoso; a Orfeu, porque na Hlade, em terras da Trcia, este

    instituiu o culto d Beleza divinizada. Aprende-se nessas duas Colunas a se tornar

    consciencioso e firmar tanto nas idias respeitveis como nas aes dignas.

    J se disse em outro tpico que a palavra Loja significa Universo. Pela

    semntica, esse vocbulo teve sua raiz sncrita do termo que se traduz por

    mundo.

    Ora, sendo a Loja a imagem de um mundo, no poderia deixar de ter seus

    pontos cardeais: Norte, Sul, Oriente e Ocidente.

  • 23

    Eis porque as duas colunas que esto sendo analisadas se chamam do Norte e

    do Sul, s quais se emprestaram os smbolos do Vento e do Fogo.

    Como sabido, o fogo, com seu calor, incentiva e mantm o desenvolvimento

    vital. Na interpretao manica, representa o principio ativo, que agita os

    sentimentos do iniciado recm-purificado pelo fogo.

    Quanto ao vento, este o nico elemento volitivo da natureza. Nos seus dias de

    pregao, o Grande Filsofo disse: O vento sopra onde quer. Maonicamente, por

    sua vez, o vento no poder deixar de infundir a idia da fora libertada. Ao deferir

    segunda Coluna a significao do vento, a Maonaria manteve o desejo que os seus

    iniciados conclussem ser dita Coluna o smbolo do principio da liberdade e do

    progresso. A lio dela decorrente merece, portanto, ateno mais acentuada.

    Sobre os capitis de cada uma das Colunas esto colocados globos esfricos.

    O globo foi conduzido para o interior das Lojas para significar, antes de tudo, mais

    regularidade, sabedoria, bem como a universalidade da Instituio. O que est

    apoiado no topo da Coluna B trs o mapa terrestre enquanto o que encima a

    Coluna J mostra o mapa celeste. O que corresponde Coluna dos Aprendizes

    lembra ainda que a Caridade, como Virtude, desconhece fronteiras; e o que se v na

    Coluna dos Companheiros d a idia das cincias celestes de que faz meno o

    segundo grau. Analisados conjuntamente os mapas que eles ostentam, colhe-se o

    indicador comum da Maonaria Universal.

    Nas bases desses globos, se distingue, em cada Coluna, trs roms

    entreabertas com trs lrios abertos.

    Circunstancia dos dois globos esfricos o que apresenta o mapa terrestre e o

    que mostra o mapa celeste ensina a conjugao das foras terrestres com as

    celestes, iniciando fatores materiais do mundo terrqueo sintonizados com a fora

    de gravitao universal e mantendo-se em matemtica harmonia. A esfera celeste

    representa o universo sideral e simboliza a cosmografia e a astronomia, cincias

    muito aplicveis dentro das cerimnias manicas. Descansam sobre as roms e os

    lrios. Para que se possa estender-se nos conhecimentos geria dos mestres do

  • 24

    mundo palpvel, urge conservar-se em perfeito equilbrio entre as duas Colunas da

    entrada do Templo.

    As roms representam os corpos manicos conhecidos na extenso da Terra,

    ligados pelos princpios da unio. Cada um dos gros representa outros Irmos

    conjugados em Lojas, cata da esplendorosa luz da Verdade, do Saber e da

    Virtude. Atribui-se-lhe, a representao de cada cidado de nacionalidade diferente,

    nutrindo-se dos recursos da sua respectiva nao emblemada nos agrupamentos

    dos mesmos gros.

    Os lrios so o smbolo das atividades humanas, de vez que representam a vida

    e todos os fatores vitais que o organismo exige para sua sobrevivncia. Alm disso,

    so emblemas da Paz Universal da Harmonia Racial, da Unio Espiritual dos

    Mortos. Emitem a ensinana da inocncia, da pureza, da sinceridade e da verdade.

    At este ponto, foram analisadas as Colunas propriamente ditas do recinto das

    Lojas. Mas, elas no so as nicas Colunas que se conhece atravs do

    vocabulrio manico.

    Seno, vejamos. O Venervel e os vigilantes so, simbolicamente, trs Colunas

    mestras na administrao das Oficinas; o Venervel representa a Coluna da

    sabedoria; o 1 Vigilante , a da Fora; e o 2 Vigilante, a da Beleza.

    Ao Venervel, a da sabedoria, porque a ele caber prestar todos os

    esclarecimentos, todas as interpretaes e decidir todas as consultas suscitadas

    pelos Irmos do Quadro de obreiros. Ao 1 vigilante, a da fora, porque cumprir-lhe-

    regular a disciplina e dirigir as discusses desenvolvidas em ambas as bancadas,

    prodigalizando instrues aos aprendizes maons. Ao 2 vigilante, a da beleza, visto

    ter ele por obrigao esforar-se ao mximo para adornar os sentimentos dos

    companheiros na prtica do Bem e no exerccio da Virtude.

    O Venervel equivale Coluna de Minerva, que adornada pelo estilo Corinto;

    dirige os obreiros e mantm a ordem.

  • 25

    O 1 Vigilante equiparado Coluna de Hrcules, ostentando o estilo drico;

    paga aos obreiros os seus salrios e estes, sob sua orientao, so tidos como a

    fora de manuteno da Sublime Instituio.

    O 2 Vigilante iguala-se Coluna de Vnus cingida com o estilo jnico; faz

    repousar os obreiros, afim deque ao Venervel resulte honra e ao Grande Arquiteto

    do Universo, glria.

    A coluna do Oriente ou do Venervel invisvel aos olhos dos que estejam ainda

    desbastando a pedra bruta e cbica. Dimana do Principio Criador e no ser com

    facilidade que os Aprendizes e companheiros a descobriro. Consiste raridade

    nestes graus. Somente quando o maom venha a conhecer bem as Colunas do Sul

    e do Norte e os Mistrios da pedra cbica, estar apto para identificar o lugar exato

    da coluna do oriente. Salomo s deu nome s Colunas do Sul e do Norte,

    deixando, como uma qualidade superior do maom, descobrir o ponto em que se

    ergue a do oriente e nome-la com exatido. Entretanto, ela existe na substancia

    das cintilaes que palpitam no altar da Sabedoria. Um poder oculto a sustenta, uma

    inteligncia misteriosa lhe d consistncia. Se esta coluna no existisse, as outras

    tambm no existiriam.

    As Colunas Concretas do Templo, sempre eretas, lembram aos Irmos o dever

    de se manterem como a palmeira que, apesar de vergastada, muitas vezes, pelos

    vendavais, serenada que seja a borrasca, volta, sempre, sua posio primitiva,

    aprumada e firme no mesmo lugar em que se enraizou.

    Menciona o Irmo Rodrigues nas pgina 86-89:

    9. Smbolos e Alegorias

    No h duvida de que uma das coisas mais fascinantes da maonaria essa

    maneira inteligentssima de ensinar, sobretudo princpios filosficos atravs do

    Simbolismo e alegorias. O homem inteligente, quando se v diante de um smbolo

    qualquer, sente a necessidade de partir para uma analise que lhe possa indicar a

    significao que a simbologia lhe pe diante dos olhos. certo, talvez, por nos dar

    uma idia falsa, primeira vista, de ter um nico e s significado, que muitos no

    levam o smbolo na devida conta.

  • 26

    A vida humana, a partir do primeiro vagido que o homem solta quando se v

    livre do tero materno, esta sempre intencionalmente marcada por um ritual

    simblico que se inicia no bero, atravessa toda a existncia e se estende at

    beira da sepultura.

    Nada existe de mais poderoso em meio coletividade humana do que a fora

    do smbolo.

    A identificao de um smbolo exige esforo redobrado e quanto mais a

    vivenciamos a filosofia manica, tanto mais vamos sentindo facilidade na anlise

    das alegorias e dos smbolos.

    J houve quem afirmasse, e verdade irrefutvel, que, se existem segredos na

    maonaria, esses segredos esto em seus Smbolos. E, o que sobremodo

    importante, saber-se que a significao desses Smbolos, de todos eles, revela

    uma filosofia profunda e uma cincia universal, jamais excedida pelo homem.

    A Maonaria transmite seus conhecimentos (esotericamente) atravs de

    smbolos e alegorias, preservando, dessa forma, os verdadeiros fundamentos de

    sua doutrina, sem o temor de que venham a ser desvirtuados.

    Usando tal sistema, s os que so Iniciados chegaro ao pleno conhecimento

    daquilo que ela realmente transmite. Os no Iniciados podem at ler obras

    manicas e pensar que esto apossados dos segredos da Arte Real. Ledo engano.

    Eles no chegaro jamais a captar o sentido verdadeiro aquilo que essencial nos

    nossos augustos mistrios.

    Esta a razo primeira por que a Sublime Instituio lana mo ao Simbolismo,

    alegorias, emblemas e sinais.

    Temos verificado que nem sempre as pessoas sabem distinguir as diferenas

    existentes entre smbolo, alegoria, emblema.

    Entretanto, necessrio evite-se qualquer confuso de sentido.

    Smbolo, diz Jos Castellani no seu excelente Dicionrio Etimolgico Manico,

    substantivo masculino (do grego symbolon,, pelo latim symbolum) designa a figura,

  • 27

    marca, objeto que tenha significado convencional; sinal, indicio, emblema, divisa. Os

    Smbolos manicos representam a maneira velada atravs da qual a instituio

    manica d aos seus Iniciados as lies de moral e tica, que fazem parte da sua

    doutrina. E eles so, de maneira geral, os instrumentos ou figuraes ligadas arte

    da construo, e tanto podem ter uma interpretao alegrica ou mstica.

    Tambm Joaquim Gervsio de Figueiredo explica com bastante clareza o

    verdadeiro significado do termo. Diz ele: Smbolo a representao grfica ou

    pictrica de uma idia ou principio. Este mtodo tem a vantagem de no se encerrar

    nos limites de uma definio, sempre mais ou menos arbitrria e contestvel.

    Em outras palavras, smbolo a retratao de alguma coisa relativamente

    desconhecida e que no pode ou no deve ser transmitida de outra maneira.

    Alegoria uma forma de representar figurativamente coisas ou idias que

    podem ou no ter contedo simblico. Normalmente a alegoria envolve

    ensinamentos morais.

    Da por que a Maonaria, muitas e muitas vezes, lana mo parbolas, de

    lendas, verdadeiros relatos simblicos que encerram preceitos morais e que no

    oferecem oportunidade para vrias interpretaes como acontece com o Smbolo.

    J o emblema nada mais que um sinal convencional que nos leva

    identificao de algo, com facilidade, e sem a necessidade de explic-lo ou fazer-lhe

    a exegese.

    Devemos sempre ter em mira que o smbolo se caracteriza pela necessidade de

    ser interpretado; logo, mister haja algum devidamente preparado para lhe fazer a

    anlise. Que fique bem claro que esse preparo, no nosso caso, s pode ser obtido

    pela Iniciao.

    O smbolo, no custa repetir, normalmente, oferece aos Iniciados um sem

    nmero de interpretaes.

  • 28

    H quem diga e at ensine que o smbolo sempre revela algo que, ao mesmo

    tempo, procura ocultar. A ns nos parece que, na verdade, o que ocorre que o

    prprio objeto que apontado pelo smbolo, se oculta a si prprio.

    Cada interpretao do smbolo tem um valor individual e pode at mesmo

    ocorrer que, para determinado smbolo, possam acontecer vrias interpretaes,

    susceptveis, inclusive, de serem modificados.

    Semanticamente, como j vimos, a palavra smbolo tem diversas significaes e

    pode apresentar, em certos momentos, alguma coisa de convencional. No entanto,

    na acepo em que a maonaria o usa, algo que expressa uma relao e isto de

    maneira necessria, precisa e clara.

    Lafuente estabelece trs funes capitais para o smbolo:

    El smbolo (o ms exatamente La forma-smbolo) posee tres funciones:

    a) Como um mdio especial de expresin de su objeto (lo simbolizado)

    b) Como um mdio especial (um vehculo, um vnculo) de vivencia em comn Del sentido o de

    los diversos sentidos de su objeto.

    c) Comoun mtodo especial de acceso a um cierto tipo de conocimiento, el conociemento

    simblico.

    Este conociemento simblico no es um conociemiento directo de ls cosas (o Universo em sentido

    estricto), sino n conociemento que viene Del fondo de lo humano, tal como este surgi de ls races primitivas

    Del hombre.

    O que de melhor se conhece como subsdio ao estudo dos smbolos a doutrina

    do psiclogo Carl Gustav Jung. O prprio Lafuente, na obra aqui citada, declarou:

    Como seala Jung;

    Los smbolos considerados dede el punto Del realismo non constituyen verdades exteriores, pero

    son psicolgivamente verdadeiros, pues serviron y sirven de punto que conduce a toas ls grandes conquistas

    de la humanidad.

  • 29

    Para Jung, o homem est sempre procura de alguma coisa que, talvez, tenha

    ficado para trs, na poeira dos tempos.

    Rosemiro Pereira Leal assinala que Tanto Jung, quanto na Maonaria, h um

    ponto comum de pesquisa: a procura de uma definio para os smbolos milenares,

    aceitos como realidade ou condensao material de mensagens de uma civilizao

    intangvel pela histria e cincias convencionais. O esforo filosfico para reviver

    situaes no registradas na histria linear profana, numa busca incansvel da

    identidade de outras dimenses capazes de resolver a tormentosa problemtica

    humana. Nessa esteira, podemos supor que a humanidade se degenerou atravs de

    guerras doutrinrias impingidas por invasores de formao social beligerante

    No percamos de vista que o Simbolismo Manico no se afasta como querem

    alguns nefelibatas, do simbolismo geral, do qual deriva, indubitavelmente. Isto salta

    aos olhos, uma vez que a maonaria no inventa nada.

    Conforme j dissemos e nunca demais repetir, existe uma grande verdade

    em torno da significao simblica: a maior parte dos smbolos tem vrias

    interpretaes, no contraditrias. Atentemos para o que diz Dupuy: los smbolos non

    tienen uma significacin impuesta, sino que cada uno ls atribuye el contenido que estima ms apropriado a

    La orientacin de su camino inicitico.

    Informa o Irmo Barreto nas pginas 9-12:

    10. Chave dos Graus Simblicos

    Aprendiz.

    Os trs primeiros graus foram estabelecidos sobre o ciclo quaternrio aplicado

    ao decenrio, isto , sobre a quadratura hermtica do circulo universal.

    O grau de Aprendiz devia desvelar, ensinar e revelar o primeiro quadrante do

    crculo; o grau de Companheiro, o segundo quadrante; o grau de Mestre, os dois

    ltimos quadrantes e o centro.

    A significao atribuda pelo revelador a cada grau, deriva diretamente da

    significao total do circulo e de sua adaptao particular. Assim, a adaptao do

  • 30

    circulo se refere ao movimento da terra sobre si mesma. O primeiro quadrante do

    circulo descrever simbolicamente a sada da noite, das seis s nove horas; o

    segundo quadrante, a ascenso das nove horas ao meio dia; e os dois ltimos

    quadrantes, a descida para a noite, ou do meio dia at a tarde.

    Neste caso, o aprendiz ser o homem da manh ou do sol ascendente; o

    Companheiro, o homem do meio dia ou do sol meridiano e o mestre; o homem do

    sol poente.

    Se a adaptao do circulo refere-se marcha aparente do sol durante o ano, os

    quadrantes correspondero s estaes e representaro, respectivamente, a

    primavera, o Vero, e Outono e o Inverno. O aprendiz ser, ento, o gro que brota;

    o Companheiro, a planta que floresce; o mestre, a planta que frutifica e o fruto que

    cai para gerar novas plantas para a frutificao libertadora dos gros nele contidos.

    Cada uma destas adaptaes pode ser aplicada, tanto ao mundo fsico como ao

    moral, ou ao espiritual. Portanto, se compreende como os verdadeiros iluminados

    podiam realmente guiar os profanos chamados Iniciao, para a luz da verdade,

    para esta luz que ilumina todo homem procedente deste mundo, para o vivente

    Verbo divino.

    Mas, para isso, era preciso que a chave fundamental e hermtica dos graus e de

    sua adaptao fosse conservada por uma universalidade oculta Tal era o papel

    que estava reservado aos Rosa-Cruzes e o as Iniciados Judeus-Cristos. Eles

    possuem estas chaves, de que os escritores puramente manicos no vero seno

    adaptaes, e o presente trabalho, embora muito resumido, abrir este assunto aos

    olhos daqueles que olhos para ver.

    Sob o ponto de vista alqumico, os trs primeiros graus representavam a

    preparao da obra: os trabalhos do Aprendiz figuravam os trabalhos materiais; os

    do Companheiro simbolizavam a busca do verdadeiro fogo filosfico; o do mestre

    correspondia colocao no athenor do mercrio filosfico (Esotericamente, o

    fluido astral dos alquimistas, a sua alavanca de Arquimedes, o cadinho do

    alquimista), e procura da cor negra, da qual dem sair as cores brilhantes.

  • 31

    Vindo do circulo do mundo profano, o Aprendiz voltar para ali mais tarde, no

    estado de Mestre, aps haver adquirido a Iniciao. Assim figurado o caduceu

    hermtico que d a chave real dos graus simblicos

    S se pode passar de um plano para outro, atravessando o reino da

    obscuridade e da morte: tal o primeiro ensino que indicam ao futuro iniciado a

    Cmara de Reflexes e os seus smbolos.

    O iniciado nada pode empreender sozinho, sob pena de graves acidentes; deve,

    pois, contar com o recurso de guias visveis que j passaram pela experincia. Tal

    o ensinamento que se desdobrados discursos e interrogaes de que participar o

    futuro aprendiz, desde sua entrada na Loja.

    Mas, os ensinamentos orais no tero nenhum valor, sem a experincia

    pessoal; tal o objetivo das viagens e provas dos diferentes graus.

    Companheiro.

    O aprendiz cr, sem mudar de plano. Ele passa dos trabalhos materiais aos

    trabalhos concernentes s foras astrais. Aprende a manejar os instrumentos quer

    permitem transformar a matria sob o efeito das foras fsicas manejadas pela

    inteligncia. Aprende, tambm, que alm das foras fsicas, existem foras de orem

    mais elevada, figuradas pelo resplendor da estrela; so as foras astrais que se lhe

    fazem pressentir, sem as nomear, pela viso da Estrela Flamgera.

    O Aprendiz torna-se, assim, Companheiro, sendo ento instrudo nos elementos

    da histria da tradio.

    Mestre.

    O Companheiro que vai tornar-se Mestre, deve, preparar-se para mudar de

    plano. Passar, pois, pelo reino da obscuridade e da morte, mas, desta vez, passar

    sozinho e sem ter necessidade de guia; far conscientemente o que fazia

    inconscientemente na Cmara de Reflexes.

    Mas receber, antes, a chave dos trs graus e de suas relaes, encerrada na

    lenda de Hiram e de seus trs assassinos. A adaptao solar da lenda no passa

  • 32

    da adaptao de um principio bem mais geral: a rotao do circulo no quaternrio,

    com as suas fases de evoluo. Mas o que preciso fixar por um instante que o

    Iniciado no vai somente ouvir esta lenda; ele vai viver tornando-se o personagem

    principal de sua reproduo.

    Aqui apareceu um processo bem notvel, posto em prtica por Ashmole, que

    comps este grau em 1649 (os de Aprendiz e de companheiro foram compostos

    respectivamente em 1646 e 1648). Para ensinar ao iniciado a histria da tradio de

    uma maneira verdadeiramente til, vai-se-lhe fazer reviv-la. Tal ser a chave dos

    graus ulteriores e de seus rituais. Tal a constatao, que necessrio ter-se

    sempre em mente.

    Relata o Irmo Queiroz na pgina 95:

    11. Os Instrumentos

    Toda obra requer um planejamento para que possam ser determinados todos

    os aspectos necessrios sua concluso. Esse planejamento comea com a

    definio da finalidade da obra, de onde so determinadas as formas e as

    dimenses.

    A partir da idia inicial , o arquiteto passa a desenvolver todos os detalhes para

    que a obra possa atender s necessidades previstas.

    O arquiteto utiliza instrumentos que ajudam a desenhar a planta da obra que

    ser utilizada na construo, pois obra deve obedecer a tudo que foi previsto; caso

    contrrio, ter um andamento errado, podendo chegar a conseqncias

    desastrosas.

    Toda obra arquitetnica requer medidas exatas, tanto na planta como na

    execuo, e os instrumentos necessrios para tal tarefa devem ser corretos e

    exatos, para que exista confiana na execuo dos servios.

  • 33

    Mas no adianta possuir instrumentos precisos se a sua utilizao for incorreta

    por falta de conhecimentos, o que determina que exista sempre uma dedicao ao

    estudo em todos os projetos, sejam eles de carter material ou espiritual.

    Na maonaria, os instrumentos possuem vrios significados e utilidades, pois

    envolvem uma utilizao voltada para a obra interna do ser humano.

    A escolha dos instrumentos acaba, por muitas vezes, confundindo o estudante

    com relao aos aspectos material e espiritual da obra, o que, de certa forma, faz

    parte dos ensinamentos fundamentados em smbolos e alegorias.

    necessrio ter uma idia real da utilizao dos instrumentos atravs dos

    tempos, tanto na vida profana como nas cerimnias ritualsticas, para que a

    simbologia possa ser desvendada e bem utilizada, pois, por meio dos instrumentos

    determinados, e as medidas, encontramos as formas e conferimos a exatido da

    obra.

    Afirma o Irmo Aslan nas pginas 15-18:

    12. Interpretao Esotrica do Templo

    Como todas as sociedades iniciaticas, a maonaria tem um sistema de doutrina

    esotrica a qual transmitida aos seus iniciados.

    A noo de esoterismo aplicada a um ensinamento oral, comunicado a discpulos

    escolhidos, existiu desde a mais alta antiguidade. Este sistema foi inicialmente

    empregado nos mistrios religiosos e depois para as doutrinas dos filsofos. Os

    iniciados aos mistrios o prprio nome de mistrio implica silencio e segredo

    deviam jurar de nunca revelar a respeito dos arcanos que os dramas litrgicos de

    Elusis lhe teriam permitido conhecer. E eles respeitaram o segredo, pois, como diz

    o Sepher H-zohar, o mundo subsiste unicamente pelo segredo.

    Entretanto o segredo no consiste apenas no guardar o silencio. Muitas vezes o

    carter esotrico de uma doutrina reside na desigualdade de inteligncia e de

    compreenso dos discpulos. A obscuridade de uma doutrina pode, de fato, persistir

    apesar de uma exposio muito clara e completa.

  • 34

    Relativamente s vrias maneiras por que deve ser encarado o esoterismo, Luc

    Benoist escreve em sua obra Lsotrime:

    Uma espcie diferente acha-se ligada ao simbolismo de toda expresso escrita

    ou falada, sobretudo em se tratando de um ensinamento espiritual. Na expresso da

    verdade sempre h de ficar algo de inefvel, a linguagem no estando apta para

    traduzir as concepes sem imagens do esprito. Enfim e sobre tudo, o verdadeiro

    segredo reconhecido como tal por natureza, no estando ao alcance de ningum

    pode divulg-lo. Permanece inexprimvel e inacessvel aos profanos, ao sendo

    possvel atingi-lo de outra forma a no ser como o auxilio de smbolos.

    O que o mestre transmite ao discpulo no o prprio segredo, mas o smbolo e

    a influencia espiritual que tornam possvel a sua compreenso.. (pp.8-9)

    Embora exista uma correlao lgica entre exoterismo e esoterismo, no h

    entretanto entre eles, uma equivalncia exata. Na verdade, o lado interior, domina o

    lado exterior, mesmo quando o aspecto exterior assume aspecto religioso. Ao definir

    o esoterismo, em sua obra j citada, Luc Benoist observa:

    O esoterismo, portanto no somente o aspecto interior de uma religio, visto

    que o exoterismo nem sempre e obrigatoriamente possui aspecto religioso nem a

    religio sempre monoplio do segredo. O esoterismo tampouco uma religio

    especial para uso de privilegiados, como algumas vezes o supem, pois no se

    basta a si mesmo, no passando de um ponto de vista, mais profundo sobre as

    coisas sagradas. No constitui outro a coisa seno o sentido real do exoterismo,

    seja ele religioso ou no.

    Na religio, sempre exotrico, o carter social domina (como no simbolismo

    manico). E feita para todos, ao passo que o esoterismo torna-se mistrio na

    religio.

  • 35

    A religio uma exteriorizao da doutrina sendo limitada ao que necessrio

    para a salvao comum dos homens. Esta salvao uma libertao ajustada ao

    plano do ser. Pois a religio considera o ser exclusivamente em seu estado

    individual e humano. Assegura-lhe as condies psquicas e espirituais melhores

    compatveis com este estado, sem procurar fazer que sai dele.

    Por certo o homem, enquanto homem, no se pode sobrepujar por si mesmo.

    Mas se pode atingir um conhecimento e uma libertao que sejam identificaes

    que j possui em si mesmo o estudo universal que lhes corresponde.

    O esoterismo que toma emprestado para revelar-s a ns, como a veremos, o

    canal metdico da Iniciao, tem por objetivo libertar o homem das limitaes do seu

    estado humano, de tornar efetiva a capacidade que recebeu para ascender aos

    estados superiores, graas a ritos rigorosos e preciosos, de maneira ativa e durvel.

    (pp.9-10)

    Simbolistas e ritualistas se esmeram em apresentar nos rituais e instrues suas

    prprias interpretaes enriquecendo desta forma o simbolismo manico. Atravs

    delas compreender melhor o significado ligado denominao do grau que

    sustenta, como tambm em que consiste, com preciso, o segredo que se pretende

    confiar-se, exigindo-se-lhe para que o guarde no fundo do seu corao.

    Jules Boucher, do qual reproduzimos as palavras, assim descreve o templo de

    Salomo:

    Em Maonaria, este Templo um Smbolo e nada mais, mas um smbolo de

    magnfica amplido: o Templo ideal para todo o sempre inacabado, do qual cada

    maom uma Pedra, preparada sem martelo e sem machado, no silencio da

    meditao. Sobe-se nos andares por uma escadaria em parafuso, por espirais,

    indicando ao Iniciado que nele mesmo, dando voltas sobre si mesmo, que poder

    atingir a excelsitude que a meta.

    Salomo significa em hebraico homem manso. O Templo de Salomo o da

    paz, da Paz profunda para o qual tendem todos os Maons sinceros que se

    desinteressam da agitao do mundo profundo.

  • 36

    O Templo de Salomo foi construdo em pedra, em madeira de cedro e nele

    abunda o ouro. A pedra a estabilidade, a madeira a vitalidade e o ouro a

    espiritualidade em toda a sua perfeio e sua inalterabilidade.

    Para o Maom, o Templo de Salomo no considerado em sua eralidade

    histrica, nem em sua acepo religiosa, mas somente, em sua significao

    esotrica to profunda e to bela (pp.132-133)

    CONCLUSO:

    O estudo feito foi de grande importncia para o entendimento de toda a

    ritualstica. As reas ligadas para o desenvolvimento concreto para uma vida

    manica com um aperfeioamento dos conhecimentos mediante os estudos dos

    assuntos manicos.

    A simbologia uma cincia a qual possibilita aperfeioar os caminhos trilhados

    a partir da Iniciao. Entendimento, o qual transmitido em ambiente Sagrado, onde

    o silencio faz imperar o pulsar do conhecimento, o qual no pode ser trado, pois o

    prprio segredo manico, pois a simbologia est estritamente ligada pelo smbolo,

    conhecimento o qual percebido somente por um Iniciado e por aquele que segue

    os ensinamentos da Sublime Instituio, que a Maonaria.

  • 37

    BIBLIOGRAFIAS:

    1. Aslan,Nicola: Estudos Manicos sobre Simbolismo.

    Rio de Janeiro, Edies Grande Oriente do Brasil, 1969

    -Instrues para Lojas de Perfeio.

    Rio de Janeiro, Editora Manica Aurora, 1979

    2. Barreto, Edgar Mena : Manual de Instrues de Aprendiz.

    Porto Alegre, Editora Evangraf, 1999

    3. Prado, Luiz : Ao P das Colunas.

    Rio de Janeiro, Editora Mandarino, 1967

    4. Rodrigues, Raimundo: A Filosofia da Maonaria Simblica.

    Londrina, Editora Manica A Trolha, 1999

    5. Queiroz, lvaro de: - A Geometria Manica (Rito Escocs Antigo e Aceito)

    So Paulo, Editora Madras, 2010

    ( X ) Caso selecionado, autorizo a publicao deste Trabno site da Inspetoria Litrgica, 1 Regio/PR.

    ( ) Mesmo que selecionado, no autorizo a publicao deste Trabno site da Inspetoria Litrgica, 1 Regio/PR.

    assinatura

    Ir Thomas Knauer