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Til 3ª C - 2013

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Seminário apresentado na E. E. Profa. Irene Dias Ribeiro, em 2013.

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Biografia de José de Alencar• José de Alencar foi romancista,

jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani",. Seu romance "O Guarani" serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O Guarani.

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• José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez mais, abrasileirar seus textos.

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• José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, Ceará no dia 1 de maio de 1829. Filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefina. Em 1838 mudam-se para o Rio de Janeiro. Com 10 anos de idade ingressa no Colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos vai para São Paulo, onde termina o curso secundário e ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

• Em 1847 escreve seu primeiro romance "Os Contrabandistas". Em 1950 conclui o curso de Direito. Pouco exerceu a profissão. Ingressou no Correio Mercantil em 1854. Na seção "Ao Correr da Pena" escreve os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas. Em 1856 passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 1 de janeiro de 1857 publica o romance "O Guarani", em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso, e logo é editado em livro.

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• Em 1858 abandona o jornalismo para ser chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, onde chega à Consultoria. Recebe o título de Conselheiro. Nessa mesma época é professor de Direito Mercantil. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861, pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal, se encanta com a lenda de "Iracema", e a transforma em livro.

• Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro vítima da tuberculose, em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.

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Resumo do Enredo

Besita, moça pobre, porém das mais belas da região, é objeto de desejo tanto de Luis Galvão, jovem fazendeiro, quanto de Jão, um órfão que foi criado junto com Luis Galvão. A moça corresponde ao amor do rico fazendeiro, mas este não tem interesse em desposar Besita, pois ela é pobre.

Influenciada por seu pai, Besita acaba casando-se com Ribeiro. Esse, logo após a noite de núpcias, parte em viagem para resolver problemas relacionados a uma herança de família e ficam anos afastados. Durante o período em que Ribeiro não se encontra pela região, Luis procura Besita, que o recebe achando tratar-se de seu marido. Desse encontro nasce Berta.

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Uma tarde, Ribeiro retorna e, ao encontrar sua esposa com uma filha, descontrola-se e assassina Besita. Jão não consegue evitar a morte dela, mas consegue salvar Berta, que passa a viver com nhá Tudinha e seu filho Miguel. Zana, uma negra que vivia com Besita, enlouquece após presenciar o assassinato desta. Jão torna-se capanga dos ricos da região, cometendo várias mortes e tornando-se o temido o Jão Fera.

Quinze anos depois de assassinar sua esposa, Ribeiro retorna irreconhecível e com o nome de Barroso. Com o propósito de vingar-se de Luis Galvão, ele contrata Jão Fera, que não o reconhece. Porém, Berta descobre os intentos de Ribeiro e consegue salvar Luis.

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Em uma segunda tentativa, dessa vez com a ajuda de alguns escravos da Fazenda das Palmas, Ribeiro incendeia o canavial. Ao tentar apagar o fogo sozinho, Luis leva uma pancada na cabeça. Quando está para ser lançado ao canavial em chamas, Luis é salvo por Jão, que mata os responsáveis pelo incêndio, com exceção de Ribeiro.

Após isso, Jão Fera é preso em Campinas. Sabendo da ausência desses, Ribeiro planeja outra vingança, dessa vez contra Berta. Aproxima-se dela, que está com Zana, mas nesse momento chega Jão (que tinha se libertado) e mata Ribeiro de forma violenta. Brás, sobrinho de Luis com problemas mentais, leva Berta para ver a cena. Ela foge horrorizada e João, sabendo que a moça o desprezava a partir de então, entrega-se a polícia.

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Convém neste ponto relatar a relação entre Brás e Berta. O jovem Brás possui problemas mentais e é completamente excluído em sua família. Apesar de Brás ser apaixonado por Berta, ela não pode corresponder aos sentimentos do rapaz, resolvendo então ensinar o abecedário e rezas a ele. Porém, o menino tem grandes dificuldades em aprender, tendo apenas decorado o acento "til", que o encantava. Para facilitar o aprendizado, Berta se autonomeia Til e passa a ensinar Brás relacionando cada coisa com nomes de pessoas que ele conhecia.

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Em certo momento, Luis decide contar toda a verdade para sua esposa, D. Ermelinda. Em um primeiro momento ela se entristece, mas depois passa a apoiar o marido e decide que ele deve reconhecer Berta como filha. Dessa forma, os dois a procuram e contam tudo, omitindo as partes desagradáveis.

Jão foge mais uma vez da prisão e vai procurar Berta. Desconfiada que Luis Galvão e sua esposa escondem algo, ela implora a Jão que conte toda a verdade sobre a história de sua mãe Besita, o que Jão faz. Berta se emociona com a história e abraça Jão, dizendo que ele sempre cuidou dela, sendo, então, seu pai.

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Luis quer que Berta vá morar com ele, mas ela nega e pede que ele leve Miguel. Todos partem e Berta fica na fazenda com Jão Fera e Brás.

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Personagens• Berta, Inhá ou Til: é a personagem principal

do livro, filha bastarda de um fazendeiro com uma pobre moça da vila. Til foi criada por nhá Tudinha. Altruísta preocupa-se com todos, é caridosa e não se afasta das pessoas marginalizadas. A dualidade dessa personagem fica explícita no modo como é chamada: Miguel a trata por “Inhá”, e Brás a trata por “Til”.

Miguel: é irmão de criação de Berta, filho de nhá Tudinha, jovem que se mostra desde o principio apaixonado por Inhá.

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Luis Galvão: é o dono da Fazenda Palmas, muito jovial e alegre, que na juventude foi homem de muitas aventuras amorosas e enrascadas – numa dessas desonrou Besita recém-casada com Barroso a qual ficou grávida– sempre protegida por seu camarada (“especie de capanga”) Jão Fera.

Linda: é filha de Luis Galvão e D. Ermelinda, menina educada aos moldes da corte, mas que junto ao irmão Afonso faz amizade com os jovens simples Berta e Miguel.

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• Afonso: irmão de Linda, possui o mesmo espirito alegre e conquistador do pai Luis, acaba gostando de Berta (sem saber ser esta seu irmão de sangue).

Jão Fera ou Bugre - terrível homem, de feições assustadoras e fama de matador (que na verdade é), segundo uma interpretação do livro podemos considerar que a vida o tornou assim (foi cheio de desilusões e sofrimentos).

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• Brás - um sobrinho de Luis Galvão, sofria de ataques epiléticos e era retardada mental, na casa grande sua presença era desprezada. Ele apaixonou-se por Berta que nunca o destratara e propôs-se a ensinar-lhe o abecedário e rezas.

Zana – negra que trabalhava para Besita e presenciou toda a historia de Berta e do assassinato de sua mãe, por isso enlouquecera e todos os dias repetia suas ações no dia da morte de Besita (reproduzindo os fatos daquele fatídico dia).

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• Barroso ou Ribeiro – casou-se com Besita, mas na noite de núpcias a abandonou para resolver negócios relacionados a uma herança que recebera.

D. Ermelinda – esposa de Luis Galvão, muito elegante e educada, mas não muito bela. Ao descobrir sobre o passado de seu marido se entristece, mas quando ele confessa (no final do romance) ela o apoia a reconhecer Berta como filha.

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Tempo

• O tempo é predominantemente psicológico, ou seja, o romance não segue uma narrativa linear e o narrador manipula o tempo conforme as circunstâncias. Assim, o narrador pode ir ao passado e ao futuro sem obedecer a ás ordens do tempo cronológico.

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Espaço•

A ação de "Til" ocorre na Fazenda das Palmas, localizada na região de Campinas, interior do estado de São Paulo, e transcorre temporariamente a partir de 1826.

• O livro é dividido em duas partes. A primeira serve como apresentação das personagens e das tramas e é nela que conhecemos Berta, personagem central do romance e típico arquétipo da heroína romântica. Nessa primeira metade da obra, o que mais chama a atenção é a contrariedade do comportamento de Berta (cujo apelido é Til): sempre movida por boas intenções, ela usa de sua influência e bondade para manipular as outras personagens.

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• Já na segunda metade do romance temos o desembaraço das tramas apresentadas e suas revelações. Os cenários deixam de ter uma descrição objetiva e material para adquirir um significado mais subjetivo, relacionado ao passado oculto das personagens. É nessa parte do livro que acompanhamos Berta em seu descobrimento sobre a morte de sua mãe e suas consequências. Em um final surpreendente, Berta abre mão de sua própria felicidade em prol das demais personagens.

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Foco narrativo• O romance é narrado em terceira

pessoa e o narrador é onisciente neutro, ou seja, ele conhece todos os pensamentos e planos das personagens e os revela ao leitor, mas não há intromissões autorais diretas (o autor falando com uma voz impessoal, na terceira pessoa, dentro do próprio romance). A característica principal da onisciência é que o narrador sempre descreverá a narrativa, mesmo em uma cena, da forma como ele a vê, e não como suas personagens a veem.

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Estilo

• O estilo de Alencar em Til não é diferente daquele já experimentado em outras obras como Iracema: é carregado de sentimentalismo, muitas descrições e uso exagerado de adjetivos.

• Uso de neologismos e palavras regionais.• A leitura provoca no leitor sentimentos

controversa: conformismo, piedade, indignação, raiva e até mesmo o paradoxo de satisfação por uma vingança.

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• O viço da saúde rebentava-lhes no encarnado das faces, mais a veludadas que a açucena escarlate recém-aberto ali com os orvalhos da noite fresco sorrisos dos lábios, como nos olhos lúmpidos e brilhantes, brotava-lhes a seiva d’alma. Ela, pequena, esbelta, ligeira, buliçosa, saltitava sobre a relva, gárrula e cintilante do prazer de pular e correr: saciando-se na delícia inefável de se difundir pela criação e sentir-se flor no regaço daquela natureza luxuriante.

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Verossimilhança

• Valorização do interior do país• História do Brasil fazendeiros, capangas,

escravos, lavouras de cana e café.

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Em seus romances regionalistas, José de Alencar tenta caracterizar melhor os grupos sociais do Brasil do século XIX detalhando melhor alguns aspectos culturais. Dessa forma, vemos em Til os costumes, festas e comemorações dos negros, que dançavam animadamente nas senzalas, e do povo rural. Essa vivacidade da vida no campo contrasta diretamente com o abandono e marginalização que sofrem esse povo.

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Apesar de Alencar defender uma ideia de que o campo é que é uma área propícia para se desenvolver uma cultura autenticamente brasileira, ele sabe que o futuro se dará nas cidades. Tanto que, ao final de Til, todas as personagens vão embora para a cidade e Berta, que em sua bondade resolve ficar para amparar os marginalizados (Jão, Brás e Zana), resta sozinha:“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça. Era a flor da caridade, alma sóror”.

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Movimento literário

Características do Romantismo presentes na obra.•Valorização dos elementos da cultura em formação•Enaltecimento da pátria•Idealização da natureza - Subjetivismo

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A literatura romântica teve um papel social importantíssimo no processo de independência do Brasil. Alencar, consciente da função social da literatura, buscou em seus romances traçar um retrato no tempo (romances indianistas e históricos) e no espaço (romances regionalistas e urbanos). Dessa forma, podemos dizer que "Til", como um dos mais destacados romances regionalistas de Alencar, é um retrato do Brasil rural do século XIX.Porém, como autor romântico, Alencar não deixa de idealizar a realidade, em maior ou em menor grau, em todas as suas obras. Assim, tanto nos romances históricos, quanto nos indianistas e regionalistas, temos em comum o desejo de fuga da realidade presente para outros tempos e outros lugares mais felizes.

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Conclusão

• O texto é muito bom e interessante, fala do cotidiano numa fazenda do interior paulista do século XIX. Berta, também conhecida pelo apelido Til, é a típica heroína romântica de alma bondosa que se sacrifica em prol de todos.

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Nome:Caio Gabriel Nº 09Nome:Cheyenne Ferreira Nº 10Nome:Debora Atilio Nº 12 3ºC

Nome:Matheus Oliveira Nº 22