25
TINTAS E VERNIZES G28 Everton Jubini de Merícia Isabela Dominguez Gonzalez Rafael Hanzelmann Teixeira Bastos

TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

  • Upload
    lydien

  • View
    231

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

TINTAS E VERNIZES

G28Everton Jubini de MeríciaIsabela Dominguez GonzalezRafael Hanzelmann Teixeira Bastos

Page 2: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

A tinta é um recurso utilizado para proporcionar valor estético à

edificação ou simplesmente para garantir proteção à superfície em que foi

aplicada. Hoje o uso de cores através da tinta é menos frequente na face externa

dos edifícios, enquanto no interior tem sido utilizada com certa liberdade.

Entretanto, desde a Antiguidade são encontrados exemplos sobre como as cores

estavam presentes nos elementos dos principais objetos arquitetônicos.

Encontra-se mencionada no decorrer do trabalho a maneira como as tintas e as

cores foram utilizadas ao longo da História chegando às influências sobre a

arquitetura mexicana, assim como seus valores e significados na cultura,

conforme poderão ser vistos nos projetos do arquiteto Luis Barragán, também

aqui abordados.

Através de cortes construtivos e pormenores 3D procurou-se

exemplificar a utilização das tintas e vernizes em materiais diversos

evidenciando os diferentes modos de aplicação. Ao término foram listadas

algumas marcas encontradas no mercado.

Page 3: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Chefchaouen. Marrocos

Page 4: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

- Antiguidade Romana: é entre os romanos que se desenvolve a técnica de

construção. A cor era utilizada para realçar os diferentes materiais de

construção, como por exemplo acrescentavam ao tijolo aparente um pigmento

para acentuar o vermelho, ou revestiam a pedra talhada com uma fina camada

de reboco. Decoravam também as paredes construídas em madeira ou terracota

sobre a técnica do afresco. Aprenderam a técnica de fabricar tinta com os

egípcios. Por volta do século V a.C., os romanos utilizaram pela primeira vez na

história o alvaiade como pigmento. Após a queda do Império Romano, a arte de

fabricar tintas perdeu-se, sendo retomada pelos ingleses somente no final da

Idade Média.

Em Pompéia, no interior das habitações romanas, pode-se verificar a preferência

dos romanos pelas cores quentes e pesadas, como por exemplo o preto ou o

vermelho dito pompeiano (imagem 9 e 10). A harmonia era conseguida através

da introdução do azul-esverdeado, cor complementar do vermelho pompeiano,

na composição geral.

- Idade Média: o aspecto de proteção começa a ganhar importância. Os ingleses

usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em prédios públicos e

residências de pessoas importantes. Durante os séculos XV e XVI, artistas

italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Nessa época, a produção

de tinta era particularizada e altamente sigilosa. Cada artista ou artesão

desenvolvia seu próprio processo de fabricação de tinta. Tratadas como se

fossem um "segredo de Estado", as fórmulas de tintas eram enterradas com seu

inventor.

- Renascimento: foi marcado pela criação de espaços ilusórios através do uso da

perspectiva e do claro-escuro. Os brancos ou as cores tênues nas fachadas dos

edifícios tinham como finalidade tornar bem definidas as sombras próprias e

projetadas de modo a sugerir a terceira dimensão (imagem 12).

- Barroco e Neo-Clássico: a generosa utilização de cores vivas favorecia o

dinamismo e reforçava o sentimento de alegria próprio da época (imagem 13).

Porém o ambiente e o tons vivos do Barroco foram substituídos, na época Neo-

Clássica, pelos tons atenuados e pela pedra, respeitando as qualidades dos

materiais, a sua cor e a sua textura.

- Século XIX: o início do século assinala transformações significativas

relativamente à cor, marcada pela nova técnica construtiva, com o ferro, o tijolo

cozido, o vidro, o aço e o betão armado. No final deste século a cor continua a

privilegiar os materiais, os modernos com a Arte Nova e os naturais no caso do

movimento Arts and Crafts, embora a cor sirva essencialmente os princípios

decorativos , fomentados por essas duas correntes artísticas.

Só com a Revolução Indústrial é que as tintas e revestimentos de fato

conquistaram o mundo. O rápido avanço tecnológico criou novos e vastos

mercados para as tintas e revestimentos. A invenção e o incrível sucesso do

automóvel constituiu o motor de desenvolvimento de novos revestimentos e

processos de aplicação – devido às novas formulações, as trinchas foram

substituídas pela pistola e os tempos de secagem encurtados, com a

consequente aceleração do processo de pintura (imagem 14).

- Século XX: durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial a indústria de tintas

investiu fortemente na investigação e desenvolvimento de produtos com menor

impacto no ambiente e na saúde humana desenvolvendo novos pigmentos e

resinas sintéticas. O teor de solventes das tintas foi altamente reduzido,

podendo ser apenas de 15% nas tintas de altos sólidos. As tintas de base aquosa

são muitas vezes usadas em substituição das de base solvente e alguns produtos

são mesmo isentos de solvente, tais como as tintas em pó e as de cura UV.

Ao longo das décadas, as formulações das tintas tornaram-se cada vez mais complexas e hoje os revestimentos não só protegem e embelezam os substratos como também lhes conferem propriedades funcionais: antiderrapantes, isoladoras, condutoras e refletoras, por exemplo.

As tintas e vernizes ocupam um lugar de destaque para a história

cultural da humanidade principalmente quando são relacionados ao poder da

mensagem cromática, a conceitos e a modos de viver, que cruzam por diversas

civilizações.

O fascínio pelas cores e pelo aspecto decorativo das tintas existe

desde os tempos pré-históricos, como pode-se verificar nas pinturas em

cavernas (imagens 1 e 2), feitas com tintas à base de gordura animal e terras

coradas ou pigmentos naturais, como por exemplo, o ocre. Os materiais mais

utilizados eram sangue, argila e excrementos de morcego (cujo habitat natural

são as cavernas) empregados principalmente no interior dos abrigos por não

serem resistentes às intempéries, embora muitas dessas aplicações estejam até

hoje preservadas. A cor servia para tirar proveito dos efeitos de luz e sombra

sobre as superfícies das cavernas , existindo desde logo uma grande

sensibilidade espacial.

Cerca de 4 000 anos a.C., os europeus começaram a usar as primeiras tintas para construção civil: queimavam pedra calcária, misturavam-na com água e aplicavam a cal resultante às suas casas de barro para as protegerem e decorarem.

Na mesma época os povos do sudoeste asiático já tinham desenvolvido a arte da fabricação de lacas, verdadeiros antecessores dos revestimentos modernos, enquanto na Índia, da secreção de um insecto se extraía a goma-laca (shellac), usada na preparação de um verniz para proteger e embelezar objectos e superfícies de madeira.

Os chineses detinham o conhecimento do fabrico da laca preta da resina da árvore Rhus Vernicifera, usada para ornamentar objetos, considerados extremamente valiosos, símbolos da aristocracia na China e no Japão, e mais tarde na Europa onde esta arte foi introduzida pelos mercadores da Idade Média.

O desenvolvimento do fabrico de tintas e o emprego da cor como linguagem, teve também um papel preponderante na arquitetura mediterrânea:

- Antigo Egito: os edifícios eram policromados principalmente no interior, onde

hieróglifos eram pintados sob a técnica do afresco adornando colunas, paredes e

tetos. A cada elemento arquitetônico era atribuído um valor cromático mediante

a sua função.

Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais encontrados

na terra de seu próprio país e das regiões próximas. Somente entre 8.000 e 5.800

a.C. é que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos. Para obterem cores

adicionais, os egípcios importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira,

podia-se obter um azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, violeta

e marrom. Os egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, com as

quais aplicavam a tinta.

Os egípcios utilizavam principalmente os azuis, os verdes, o dourado e

o vermelho (imagens 3 e 4).

- Antiguidade Grega: de acordo com o pensamento clássico a cor era aplicada na

arquitetura grega essencialmente para realçar as qualidades formais dos

edifícios, a cor é aquilo que sempre acompanha a forma (imagens 6, 7 e 8).

Como pigmentos utilizavam o mínium, para o vermelho, a cerussite para o branco

e o cinábrio para o vermelhão.

Page 5: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

1. pintura rupestre. Gruta de Altamira, Espanha. 2. pintura rupestre. Caverna de Lascaux, França. 3. casa de banho em templo egípcio

4. detalhe da pintura da viga e coluna. Templo de Ramsés. Egito

5. porta de Ishtar da Babilônia remontada em Pérgamo

7. reconstituição do Parthenon. Atenas, Grécia 8. Parthenon atual. Atenas, Grécia 9. pintura em afresco. Casa em Pompéia

10. pintura em afresco. Termas em Pompéia 12. Catedral de Florença. Itália

13. Palácio de Caça de Stupinigi. Turim, Itália 15. Casa Schoroder. Gerrit Rietveld, Utaque

6. Palácio de Cnossos. Grécia

11. Catedral de Saint-Chapelle. França

14. Casa Batllo. Gaudí. Barcelona, Espanha

Page 6: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

projeto de Luis Barragan

Page 7: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

No México, as cores devem ser vistas com base nos fenômenos de luminosidade, tonalidade, saturação e contraste. A cor está sempre em mutação, pois em grande parte dos casos traduz uma reação ao fenômeno das estações, este constitui um dos aspectos mais curiosos da percepção da cor mexicana. Deste modo, é habitual encontrar tons diferentes no mesmo lugar em períodos diferentes, os edifícios pintam-se todos os anos, não como forma de conservação mas de renascimento da cor, nunca sendo definitiva.

Contexto pré-Colombiano

A importância da cor na arquitetura encontra-se sobretudo presente nos povos Maias, Aztecas e Toltecas em suas pirâmides, templos, palácios e edifícios cívicos em lugares como Teotihuacán, Tulum, Monte Álban, Chichén Itzá, Palenque e Xochicalco que continham cores muito fortes nas paredes e tetos das suas construções.

O emprego da cor apresenta-se em duas situações. Por um lado, pode assumir significados simbólicos que provêm de uma representação rigorosa do mundo. Uma das situações mais comuns em que se empregam as cores dentro de um contexto simbólico, é a atribuição de cores às direções. Este aspecto foi comum em muitas civilizações da América e da Ásia. Por outro lado, parece refletir em simultâneo o ambiente envolvente, as cores intensas utilizadas nas paredes são obtidas a partir de substâncias tintoriais minerais e vegetais que os rodeiam e que refletem por isso propriedades do lugar, como por exemplo os corantes extraídos de plantas produzidos por civilizações indígenas ( mohuiti para produzir o azul, zacatlaxcali para produzir o amarelo, nocheztli para obter o carmin ou a tixinda para conseguir a púrpura). Além disso, um dos colorantes vermelhos mais utilizados é obtido precisamente de um inseto que o povo Azteca soube utilizar.

Contexto Colonial e Atual

Em muitas comunidades indígenas o emprego da cor representou uma forma de resistência cultural frente à cultura dominante e atingiu grande importância principalmente depois da colonização. A imposição da cultura espanhola gerou um confronto de culturas principalmente do ponto de vista religioso em que símbolos indígenas poli-cromados foram subsistindo-se e misturando-se com os cristãos .

A arquitetura colonial mostrou assim a permanência do elemento cor, importante para o indígena como detentor de identidade e simbolismo. Foi o principal interveniente juntamente com a forma, para a comunicação e atração ao mexicano para uma nova doutrina.

Os espaços religiosos pré-hispânicos, caracterizados por espaços de culto abertos, pátios, escadarias e grandes planos de cor foram transpostos sutilmente, para capelas abertas, nas quais se destacam como elementos fundamentais na transição, o átrio e o pátio. No entanto, em toda essa reconversão para o espaço de culto encerrado, a cor foi sempre a principal condição necessária e superior assumida como elemento de destaque em muitas igrejas desde o século XVI.

Tal como nos espaços religiosos, também nas cidades mexicanas, a cor ganhou grande expressão. Na arquitetura civil, usaram-se fortes contrastes com a intenção de destacar determinados elementos da arquitetura, como nichos, cornijas e janelas. Uma das principais funções da cor foi dividir com rigor os materiais de construção.

Apesar disso, nem sempre a cor serviu para qualificar e organizar um sistema ao distinguir partes do edifício. Em alguns casos, a cor serviu apenas como revestimento, ao se apresentar como uma pele que protege o edifício e que consegue, em simultâneo, oferecer uma grande vivacidade através dos estuques e, em particular dos azulejos.

Ao longo do século XIX, e prolongando-se para a atualidade, a cor continuou a assumir grande expressão, com pronunciada intensidade, tanto em habitações como em edifícios religiosos, demonstrando sempre uma forte ligação com o lugar, o passado e uma cultura.

Estudaremos aqui como o emprego das tintas na arquitetura atingem uma dimensão cultural do ponto de vista da associação de cores.

A cultura pode estabelecer uma hierarquia de apropriação da cor, a um determinado grupo. A organização interna da comunidade, atribui valores às cores segundo fatores de ordem simbólica ou social. A compreensão da cor determinada culturalmente, permite relacionar intenção com significado e articular o sistema de expressão, com o objetivo que desempenha. O modo como cada pessoa encara os valores atribuídos à cor, pode contribuir para diferenças circunstanciais na sensibilidade cromática.

A complexidade destes sistemas de valorização cromática explica porque é tão difícil estabelecer um sistema universal de símbolos de cor. São as heranças de costumes da cultura, que diferenciam vários graus de importância e predominância dentro de determinada região ou país. Em certas situações a cor, utiliza-se também para criar identificação e diferença mostrando que determinado edifício é mais importante que os demais, como acontece no caso do México com as igrejas, que apresentam por vezes cores bastante vibrantes.

Além disso, o valor atribuído à cor, não se cinge somente a diferenças de tonalidade, mas também de luminosidade, relacionando-se com a proximidade à luz e à sombra. Por exemplo no Teotihuacán, México, a mesma cor vermelha usada com dois contrastes diferentes pretende representar por um lado, a luz nascente mais clara e por outro lado a luz poente mais intensa. Também no mundo islâmico, a luminosidade dada pelos materiais fundamenta-se em valores religiosos e culturais muito fortes.

O uso das cores num lugar, não tem portanto códigos fixos, pelo contrário, pode ter sentidos bem opostos dentro de cada cultura, apenas estabelece um código dentro de sua própria inter-relação.

A questão da cor no México

Os principais fatores que contribuem para a percepção da cor no México são: o ambiente (natureza, céu, terra), a luz, as ruas, os edifícios, os materiais, a comida, os mercados e o vestuário de certos grupos. É através da acumulação de sensações de diversos aspectos desta cultura que melhor se entende o lugar e a sua cor.

O estudo da utilização da cor no México deve ser entendido como um encontro de culturas e principalmente um intercâmbio com a Espanha onde pode-se avaliar a evolução destas concepções ao longo do tempo. Portanto, aborda-se a cor pré-hispânica, colonial e atual com base nas impressões obtidas em cada uma delas.

É frequente encontrar a força e intensidade da cor mexicana, embora a sua presença se manifeste de forma diferenciada conforme o lugar. É natural que esta se encontre mais presente em regiões do país onde há a procura da defesa de uma identidade e de uma cultura. A intensidade de tons utilizados, parece ser também influenciada pela riqueza dos diversos ecossistemas mexicanos, uma vivacidade existente na paisagem em flores, árvores, terra e céu. A resposta humana a esta presença do real pode simbolizar uma tentativa de renovação e transposição de cores que os rodeiam. A percepção é o conceito para a sua utilização. Esta resposta humana à luz e ao ambiente é complexa e imprevisível. Impressões do escritor. Stuart Chase: “violentos son los contrastes, los colores” demonstram o quão chocantes podem ser as combinações de cores no México ou muitas vezes podendo até ser despropositados mas que na verdade devem-se , em alguns casos, às ligações a tradição pré-hispânica, a uma estrutura de pensamento determinada e a um sistema de similitudes. A metodologia empregue resulta de uma base de pensamento meso-americano, que se faz por uma união de contrários, as cores estruturam-se em binômios de oposição. Nomeadamente as cores complementares utilizadas, que produzem sensações de forte impacto, representam oposições que estão organizadas em relação simbólica com a natureza, o cosmos ou mesmo a sociedade. P.07

Page 8: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

A pintura é o último acabamento a ser feito em uma obra, onde já devem ter sido feitas todas as instalações. O processo de pintura de um cômodo deve ser de cima para baixo (teto, parede, rodapé e piso), iniciando pelas paredes opostas à saída para evitar acidentes em superfícies já finalizadas. É imprescindível que todos os materiais e ferramentas necessários já estejam no local, inclusive os equipamentos de proteção individual.

Após ter reunido o material a ser utilizado, dá-se início à preparação da tinta, que deve ser diluída de acordo com a quantidade de solvente indicada pelo fabricante e deve ser misturada até a tinta obter aspecto uniforme.

Da aplicação:

Em metaisTanto a peça quanto a tinta devem estar abrigados à sombra para não

causar bolhas. Em seguida, no caso de peças ferrosas como portões, grades, tubulações, faz-se aplicação de tinta anti-corrosiva, como o zarcão, para prevenção contra ferrugem. São necessárias duas demãos com intervalo de 8 a 12 horas.

Para a pintura pode ser utilizado pincel ou trincha de cerdas macias, rolo de espuma ou do tipo pêlo baixo para epóxi ou pistola convencional. Demora cerca de 4 horas para o toque e 24 horas para a secagem completa.

O uso de tintas e vernizes na arquitetura favorece a proteção e embelezamento das superfícies de diferentes materiais, seja alvenaria, madeira, metal ou concreto.

Uma aplicação eficiente de tintas e vernizes depende principalmente da preparação da superfície e da escolha correta da tinta para o material em que será aplicada.

Da preparação das superfícies:

Em geral, deve-se remover o pó, escovando ou espanando a superfície, eliminar partes soltas da tinta antiga, com espátula ou removedor próprio, fazer a reparação de rachaduras e furos de pregos com massa própria e garantir que a superfície está seca.

Especificamente para as alvenarias deve-se também eliminar manchas de gordura, com uma solução de água e detergente, eliminar o mofo, lavando a superfície com uma solução de água sanitária e água e eliminar a umidade interna, corrigindo a causa do vazamento (canos furados, calhas entupidas e problemas de impermeabilização).

Para madeiras, deve-se eliminar manchas de gordura e imperfeições, lixando.

Em metais, é necessário remover completamente pontos de ferrugem por lixamento manual ou mecânico e a aplicação prévia de substância anti-ferrugem como zarcão, para impedir o enferrujamento após a aplicação da tinta.

Superfície

Alvenaria Látex PVA Acrílica

Cerâmica porosa (piso) Acrílica

Cimentados (piso) Acrílica

Cerâmica / Azulejo Esmalte (catalizável)

Ferro / Aço Óleo Esmalte sintético e acrílico

Fibra de vidro Esmalte (catalizável)

Gesso Látex PVA Acrílica Verniz

Madeira (piso) Verniz

Madeira Óleo Látex PVA Verniz poliuretano Esmalte sintético e acrílico

Papel Verniz

Reboco com cal Látex PVA Acrílica

Tijolos / Concreto (aparente) Acrílica Verniz

Tipo de Tinta

TIPOS DE TINTAS A SEREM UTILIZADAS CONFORME A SUPERFÍCIE A SER PINTADA

Fonte: www.fazfacil.com.br

Page 9: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Lixar a madeira antes de aplicar o verniz para remover farpas.

Misturar com uma simples espátula o verniz na própria lata, até deixá-lo homogêneo.

Aplicar com uma trincha de 2" a primeira demão, no sentido dos veios da madeira. Não deixe de aplicar o produto também nas arestas da peça.

Depois de aplicar a primeira demão, esperar o verniz secar por 12 horas para iniciar a segunda e até a terceira demão.

Para aplicação de verniz são necessários lixa, trincha ou pincel, pano, espátula e os equipamentos de proteção, como luva, óculos e máscara de proteção.

O verniz além de deixar a madeira mais bonita, tem a função de protegê-la. De acordo com o grau de exposição, é escolhido o verniz que apresente maior ou menor quantidade de filtro solar em sua composição e também pode ser necessária a aplicação de uma terceira demão. Também é aconselhável, a cada um ano e meio, realizar a manutenção das peças que receberam o verniz, fazendo novas aplicações.

Verniz em madeira

Os procedimentos para pintura de parede externa começam a partir do reboco pronto. É importante que essa base esteja limpa, seca, bem desempenada e sem soltar pedaços ou fragmentos. Com o auxílio de uma lixa, retire eventuais excessos de massa, deixando a superfície perfeitamente lisa. Mas atenção: só inicie a pintura após o período mínimo de 28 dias para cura do reboco.

Em seguida, passe uma escova por toda a área de trabalho para retirar a poeira.

Lixa para massa (gramatura 220), pincel, fita crepe, espátula para homogeneizar tinta, desempenadeira de aço, escova, espátula para aplicar massa, rolo de lã, bandeja para pintura, extensor de rolo, pano para limpeza. EPIs obrigatórios: luvas (para evitar o contato dos produtos químicos com a pele), capacete e óculos.

Após constatar o bom estado do reboco, deve-se aplicar uma demão de selador acrílico. Seguindo as instruções do fabricante, dilua o produto em água limpa. Neste passo-a-passo, a proporção da diluição foi de 10%.

Para garantir bom resultado, é muito importante misturar o produto adequadamente. Para isso, use uma ferramenta chata, como uma ripa de madeira ou uma espátula longa. Jamais utilize instrumentos cilíndricos para fazer a mistura de líquidos, como cabos de vassouras, por exemplo!

Após homogeneizar o selador acrílico, aplique-o com rolo por toda a superfície. Uma dica para garantir melhor cobrimento é fazer a aplicação em movimentos de ziguezague (ou em W). Indicado para garantir maior rendimento da pintura, o selador serve para diminuir a porosidade do substrato proporcionando maior uniformidade na absorção.

Para facilitar e melhorar a qualidade da aplicação, umedeça o rolo antes de imergi-lo no selador.

Em reboco

Page 10: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Casa Gilardi. Projeto de Luis Barragan

Page 11: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Inspirou-se na arquitetura mexicana, não só da época pré-colombiana, mas também do período colonial. As cidades Aztecas e Maias, marcadas pela forte presença da natureza, culto do espaço sagrado, e pavimento em plataformas, aparecem recriadas em uma escala doméstica nas primeiras casa em Guadalajara. Estas obras denotam também uma certa influência da arquitetura militar pela presença de torres de observação, guaritas, vigias, gradeamentos e espessa portas em madeira.

Na primeira viagem realizada à Europa e á África, o arquiteto identifica algumas semelhanças entre as arquiteturas vernaculares mexicanas e as marroquinas. As influências de origem mediterrânea englobam os pátios-jardim do sul da Espanha, os grandes e fechados panos de muro e a utilização de escadas exteriores nas ligações entre terraços. Dos jardins do seu amigo francês, o paisagista Ferdinand Bac, colheria os aspectos mais românticos, emotivos e bucólicos que veio a utilizar em Guadalajara.

2ª Fase, Racionalista – 1936 – 1940

Nessa fase Barragan parece desviar-se da linha pessoal e interpretativa da sua cultura, tentando ajustar os seus conhecimentos e a sua experiência ao International Style, ao Modernismo, muito em voga na altura. Tenta criar uma corrente com leitura e linhas próprias dentro deste estilo.

Barragan chega a experimentar nessa curta fase os elementos paradigmáticos das teorias abstratas do movimento moderno, com as fachadas-cortina transparentes, os miradouros, as grandes plataformas avançadas e naturalmente a profusão dos brancos puros.

Quanto ao tema da cor, o predomínio do branco torna-se nessa fase uma constante, e, com ele, destaca alguns materiais, planos e vãos que ganham valor especial pela sua luminosidade. Entre esses materiais estão o vidro, o ferro, o betão, a pedra natural e algumas argamassas. Os revestimentos dos planos de fachada são frequentemente feitos com placagem clara em contraponto com paredes revestidas de argamassas de tons mais escuros. Desses contrastes resulta a marcação de plano, o acentuar da profundidade dos mesmos ou tendo em vista o remate cimeiro dos edifícios.

3ª Fase, Regionalista – 1940 – 1981

Essa fase é marcada com a realização do projeto dos Jardins de El Pedregal (1954). Essa obra assinala a ruptura com a linguagem racionalista da fase anterior.

As influências da arquitetura vernacular mexicana e muçulmana, parecem ser determinantes para que Barragan opte novamente pelo encerramento dos planos de fachada que contactam com a rua. A existência de vãos de reduzida dimensão sugere a privacidade interior e contribui para a proteção da forte intensidade da luz do sol. Além da sensação de abrigo, Barragan reconhece a importância da relação entre a arquitetura e paisagem, estabelecida com a utilização dos materiais existentes no local. Nas obras realizadas a partir dos anos 40, vai enfatizar o caráter do lugar através da valorização dos elementos naturais, como sejam a terra, a vegetação e a água.

Nessa fase, a escolha das tonalidades das superfícies das tintas e materiais, justifica-se sobretudo pela utilização e o conforto dos espaços, pela transformação da luz e o movimento do observador (contexto temporal) e pela modificação da proporção e o reforço da profundidade (contexto formal). É a fase que representa a maturidade da produção de Barragan, onde atinge a sua linguagem própria e bem definida.

O arquiteto mexicano Luis Barragan nasceu em 1902 em Guadalajara e morreu em 1988 na Cidade do México. Inicia a sua formação acadêmica na Escola Livre de Engenheiros em Guadalajara, no ano de 1919, onde realiza estudos complementares para ser arquiteto. Em 1924 realiza a sua primeira viagem à Europa e ao norte da África analisando a arquitetura mediterrânea . Em 1931 viveu por um tempo em Paris onde entrou em contato com a arquitetura e as ideias do arquiteto modernista Le Corbusier. A primeira fase da sua carreira foi claramente influenciada por este arquiteto, mas, a partir da década de 40, começou a utilizar elementos da arquitetura tradicional mexicana e das arquiteturas que estudara durante as suas viagens, sintetizando-os num estilo pessoal. Essas fases serão detalhadas a seguir.

Foi um homem religioso e defendeu que a arte não pode ser dissociada das suas raízes religiosas e míticas. A sua obra tem sido classificada como espiritual e serena, características visíveis, por exemplo, no Convento de Tlalpan, (Cidade do México, 1952-55). Apesar de serem por vezes considerados minimalistas, os seus edifícios possuem uma grande riqueza de texturas, de cores e de variedade de materiais naturais, integrando-se harmoniosamente na paisagem que os circunda, como são exemplos a Casa António Galvez (San Angel, México,1954) ou a Quinta Los Clubes (Cidade do México, 1963-64). Em 1980 foi-lhe atribuído o Prêmio Pritzker.

As três fases consideradas aqui sobre os trabalhos de Barragan salientam uma série de transformações no que se refere a abertura e encerramento dos planos de parede, há uma distinção significativa do controle da luz e como a cor é usada e vivida.

1ª Fase, Vernacular – 1927 – 1935

Nessa fase, o uso da cor tem expressões diversas, em função dos espaços, dos materiais utilizados e das intenções do autor para cada um dos ambientes que idealiza.

Os recursos plásticos que sustentam tanto a Casa Robles León (1927) e a habitação que desenha para González Luna (1928) são materiais pobres, inclusivamente desperdícios como fundos de garrafa coloridos, enriquecendo o espaço com ritmos de cor, de luz e sombra. Também usa revestimentos cerâmicos tais como mosaico, azulejo ou terra de cor, entre outros artifícios, mas também aplica grelhas de ferro e gradeamentos de madeira pintados, que filtram a luz e cor presentes nos espaços.

As primeiras influências mediterrâneas sobre a obra de Barragan surgem na Casa de Gustavo Cristo (1929) com a introdução das tintas de areia muito texturizadas sobre os panos de parede compostos com pequenos vãos , nichos e arcadas. P.11

Page 12: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

A penumbra dourada do hall (combinação das paredes amarelas com

a luz indireta artificial) é também uma preparação para receber o rosa e a intensa

luz do vestíbulo, elaborada a partir de reflexos da luz zenital. O quadro folheado a

ouro, da autoria de Mathias Goeritz, localizado no patamar da escada, transmite

sensações de cor e luz que adquire distintas intensidades a diferentes horas do

dia: ao meio-dia, quando recebe a luz do sul, adquire a sua máxima expressão.

Casa Luis Barragán:

Escolhemos analisar a Casa Luis Barragán, construída em 1947, por

ter sido uma obra onde o arquiteto experimentou e estudou ao longo dos anos

uma série de mecanismos compositivos de manipulação do espaço trabalhados

a partir da relação interior/ exterior, e principalmente a partir da cor e da luz.

Hoje a obra é considerada um dos manifestos construídos no século XX em torno

do tema da residência unifamiliar, tendo sido reconhecida pela UNESCO em 2004

como Patrimônio Mundial por ser uma obra dentro do movimento moderno que

integra elementos tradicionais da cultura mexicana.

A casa se encontra em uma pacata rua sem saída no tradicional bairro

Tacubaya na Cidade do México. Com exceção das portas de acesso pintadas de

amarelo, a fachada conserva a cor e a aspereza natural do concreto, se

confundindo no ambiente austero da vizinhança, em uma clara tentativa de não

se destacar entre as casas. Da rua só são notáveis a verticalidade de uma torre

branca utilizada como depósito de água que contrasta com o azul do céu, o

amarelo e laranja do terraço superior e o volume destacado da janela reticular e

translúcida da biblioteca.

Na fachada principal também é possível observar as duas portas de

acesso a casa. A porta marcada com o número 12, localizada no perfil mais baixo

da fachada funcionou durante a vida de Luis Barragán como o seu atelier de

arquitetura, e o número 14 é por onde se acessa a casa. Entrando por essa última

porta encontramos um corredor escuro e o primeiro contato com a gestão de luz,

cor e textura nesta obra.

Quando se entra na casa, o olhar é projetado para um plano rosa, que

sugere movimento até ao vestíbulo, um espaço mais luminoso onde se fará a

distribuição para os demais ambientes da casa. A aplicação de cores vivas nos

planos que servem de fundo aos corredores é uma técnica muito utilizada por

Barragán, que acentua a profundidade da perspectiva.

O vestíbulo é um importante ponto de distribuição da casa. Dele

temos acesso as salas de jantar, de estar, de desajuno e a cozinha. Na sala de

jantar ainda temos a continuação do rosa em uma das paredes que agora

direciona o olhar para o plano verde da janela formado pelo jardim. Já o acesso a

sala de desajuno e a cozinha é realizado por uma anti-sala, que serve como

espaço de transição, e de filtragem da cor. O mesmo ocorre no acesso à sala de

estar, porém agora por uma parede frontal a porta que cria o espaço de uma anti-

sala, e tem o mesmo objetivo de filtragem.

O teto da sala de estar é escuro para tornar os pés direitos,

geralmente muito altos, mais confortáveis. O uso de pés-direitos altos na

arquitetura mexicana tradicional tem haver não só com as questões de

ventilação, mas também com a questão de luminosidade. Os vãos altos iluminam

os grandes salões destas casas e intensificam as cores das paredes. Nesses

ambientes Barragán dá preferência aos tons de branco, amarelo e madeira de

pinho à cor natural. A luz refletida pelos pisos revestidos por vernizes e paredes

brancas, inunda o ambiente de cores suaves e neutras, ampliando os espaços.

Page 13: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Para Barragán “o melhor arquiteto é aquele que consegue captar as

luzes e sombras em todas as direções”. Essa intenção é expressa no quadro do

pintor Orozco encontrado na sala de sua casa. “Ele pintou as sombras de onde

provém a luz e a luz para onde se dirigem as sombras, algo de mágico, há uma

grande lição de arquitetura que devemos aprender com ele”. O interesse pelas

pinturas de Orozco tem como principal razão o interesse comum pela

luminosidade da cor.

O dimensionamento e posicionamento dos vãos contribuem para a

criação dos jogos de luz e sombra, e para a modelação dos espaços. Barragán

muitas vezes utiliza cores nas superfícies de abertura dos vãos contribuindo para

um maior desequilíbrio iluminoso. A cor amarela e o dourado, por exemplo,

acentuam a luz, por isso são utilizadas nas entradas de luz natural dando ênfase a

esses pontos, como acontece no espaço de atelier do arquiteto.

Ainda no atelier de Barragán, as portadas pintadas de rosa, do vão

que faz a transição do estúdio para o pátio, criam diferentes ambientes conforme

a sua abertura, o que faz variar também, os reflexos coloridos nas paredes

brancas.

No terraço encontramos superfícies pintadas de rosa e laranja que

desmaterializam os volumes. Essas superfícies coloridas conseguem adquirir

volumes e peso por si próprias. Além disso, a criação de sensações de cor afetam

também as sombras, quando a cor laranja é refletida, a sombra projetada tem

uma coloração azul violácea, que é a cor complementar da cor da luz.

As cores e as luzes são as matérias de estudo no espaço de Barragán.

Os fortes contrastes de cores encontrados em suas obras suscitam diferentes

sensações no observador, de tranqüilidade ou de surpresa. A toda hora o

arquiteto controla os percursos e as perspectivas na tentativa de controlar as

percepções cromáticas do observador, como se tratasse de espaços

cenográficos.

Page 14: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa
Page 15: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa
Page 16: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa
Page 17: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa
Page 18: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

TINTA

MASSA (corrigem pequenos defeitos,aplicada em camada fina)

CAMADA DE FUNDO PREPARADORPRIMÁRIO (metal, plástico) Ex: zarcão

SELANTE (madeira, reboco) Ex: verniz

ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO

BASE

ESQUEMA DE PINTURA

É o conjunto de várias camadas compatíveis, de natureza e funções diferentes mas complementares (protecção, textura, cor, etc.)

Primeira demão

Aplicada sobre o substrato, assegura a aderência e pode conferir propriedades específicas como seja a protecção anticorrosiva. Quando aplicada sobre um substrato não absorvente (metal, plástico), designa-se por primário; sobre um substrato absorvente (madeira, reboco) é geralmente referida como selante.

Demão/demãos intermédias

destinam-se a regularizar as imperfeições do substrato, exercem um efeito de barreira ou preenchem outras funções específicas. São também designadas por sub-capas ou demãos intermédias

Demão de acabamento

confere o aspecto visual final, daí a designação de acabamento. É também a primeira a sofrer o ataque das diversas agressões, como seja: luz, temperatura, choques, radiação, contacto com agentes químicos, etc.

Page 19: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Inorgânicos Naturais ativos ou opacos

inertes ou cargas

Sintéticos ativos ou cargas

inertes ou cargas

Metálicos ativos ou opacos

Orgânicos Sintéticos ativos ou opacos

Resinas Naturais

Sintéticas

Emulsões

Óleos secativos

água, aguarrás, xilol

toluol, álcoois, acetona

butil, celosolve

secantes

anti-sedimentantes

anti-espumantes

anti-peles

molhantes

plastificantes

dispersantes

ESQUEMA DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA TINTA

TINTAS

Aditivos

Solventes

Veículos

Pigmentos

O aditivo é a substância que, adicionada às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc.

Tinta LátexA tinta látex apresenta um veículo de látex, que é obtido através da

suspensão de partículas de resina sintética em água. Pode ser de dois tipos: PVA ou acrílica, mas ambas apresentam água como solvente, o que as torna tintas à base de água.

A Tinta Látex PVA apresenta secagem rápida, é de fácil aplicação e ótima cobertura. Pode ser aplicada em superfícies de alvenaria, reboco, concreto, fibrocimento etc. e também em madeira, metais e gesso, desde que previamente preparados. É aconselhado aplicar de duas a três demãos, com intervalo de secagem de 3 a 4 horas.

A Tinta Acrílica tem consistência de massa e apresenta boa cobertura, além de também ser de fácil aplicação e secagem rápida. Proporciona acabamentos com efeitos especiais ou desenhos em alto e baixo relevo. Pode ser usada em superfícies externas e internas de alvenaria, reboco e concreto. Pode ser aplicada também em madeiras e metais previamente preparados. Apresenta a vantagem de disfarçar as irregularidades e as imperfeições das superfícies em que é aplicada. Deve-se aplicar a 1ª demão como fundo e a 2ª como acabamento com relevo, com intervalo de secagem de 4 horas entre demãos.

Ao trabalhar com tinta à base de água, deve-se optar pela acrílica para exteriores pois apresenta maior adesão em condições de umidade, o que significa maior resistência ao descascamento e à formação de bolhas. A tinta acrílica também absorve menos água e seca mais rapidamente, o que a torna mais resistente ao mofo e algas, resiste à alcalinidade dos materiais da alvenaria, o que significa que, quando aplicada sobre o cimento fresco, estuque, concreto ou tijolo, demorará mais tempo para desbotar e resistirá melhor à infiltração de água.

TintasUma tinta é composta basicamente das seguintes substâncias:

pigmento, veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pigmento é o material sólido finamente dividido e insolúvel utilizado para dar cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. O veículo ou aglutinador serve para aglomerar as partículas de pigmentos e é responsável pela transformação do produto, do estado líquido para o sólido.

Os pigmentos se apresentam como base e inerte. Pigmentos bases dão cor à tinta. Compostos de metais como o chumbo já foram muito usados na fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintéticos para a maioria dos pigmentos bases. Os pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta.

Os veículos ou aglutinadores servem para unir as partículas de pigmentos e podem ser óleos, vernizes, látex e resinas naturais ou sintéticas. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o pigmento sobre a superfície.

O solvente é um líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, que é adicionado à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à base de água. Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente.

P.19

Page 20: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Pintura tinta Látex Pintura tinta óleo (azul), Pintura tinta esmalte (preto)

Piso envernizado Piso de concreto com pintura em tinta epóxi

VernizO Verniz pode ser de três tipos: Poliuretano, Acrílico e Fenólico.O Verniz Poliuretano é brilhante, de secagem rápida, apresenta ótima

resistência ao intemperismo, à maresia, ao atrito, grande dureza e alta flexibilidade. Pode ser aplicado em superfícies internas e externas de madeira, tais como: embarcações em geral, portas, portões, esquadrias, balcões, móveis de bares, armários embutidos, artigos de vime etc. Aplicam-se duas a três demãos, com intervalo de secagem de 24 horas.

O Verniz Acrílico é base de água, com boa resistência às intempéries, secagem rápida e alta resistência à alcalinidade das superfícies e ao mofo. Pode ser usado em superfícies externas e internas e serve para proteger e impermeabilizar alvenaria, concreto aparente, cerâmica porosa, telhas de barro, tijolos, cimento-amianto etc. São aplicadas duas a três demãos, com intervalo de secagem de 6 horas.

O Verniz Fenólico é resistente à umidade e à alcalinidade. Pode ser aplicado em superfícies internas e externas e é indicado como impermeabilizante ou como acabamento de paredes de reboco ou concreto, bem como para o tingimento e envernizamento de madeira, tais como: janelas, portas, esquadrias etc. A sua cor castanho-avermelhado dá um acabamento típico, não igualado por nenhum outro produto. Deve-se aplicar de uma a duas demãos com intervalo de secagem de 24 horas.

Óleo

Tem ótima resistência às intempéries, é de fácil aplicação, boa cobertura e flexibilidade. Apresenta excelente aderência em vários tipos de superfícies, podendo ser aplicada em superfícies externas e internas de metais, madeira e alvenaria. Deve-se aplicar de duas a três demãos, com intervalo de secagem de 24 horas.

Esmalte

É uma tinta à base solvente com boa cobertura, bom alastramento e ótima resistência ao mofo. Pode ser aplicada em superfícies externas e internas de madeira, metais, alumínio e alvenaria. Recomenda-se aplicar de duas a três demãos aguardando intervalo de secagem de 24 horas.

Epóxi

A tinta epóxi são altamente resistentes à abrasão e ao derramamento de óleos e detergentes. É usada como acabamento em superfícies de concreto, madeira, pedra e metal de locais como fábricas e oficinas onde há tráfego pesado. O preparo da tinta deve ser feito imediatamente antes da aplicação.

Page 21: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Madeira

2 demãos de verniz

Tinta

AlvenariaArgamassa de regularização

Selante acrílico

Tinta

Zarcão

Metal

Page 22: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

ARGACOL, S.A Rua dos Pinhais - Barroinhos 2425-770 - Ortigosatel.: 24 461 99 00fax: 24 461 99 09email: [email protected]: www.argatintas.pt

BARBOT - INDUSTRIA DE TINTAS SA Rua Palmeira, 204 – 2404431-953 - Vila Nova de Gaiatel.: 22 716 92 00fax: 22 716 92 18email: [email protected]: www.barbot.pt

CIN - Corporação Industrial do Norte, SA Estrada Nacional Nº 13 - (Km 6) Apartado 10084471-909 - Maiatel.: 22 940 50 00fax: 22 948 56 61email: [email protected]: www.cin.pt

CONQUISTADOR, SA Rua Alberto Campos Costa Maia, 754470-724 - Maiatel.: 22 961 30 83fax: 22 961 30 81email: [email protected]: www.conquistador.pt

DANKAL - FÁBRICA DE TINTAS E VERNIZES, LDA Apartado 25 3811-997 - Aveirotel.: 234 42 35 35fax: 234 42 60 05email: [email protected]: www.dankal.pt

DIERA - FÁBRICA REVESTIMENTOS COLAS E TINTAS, LDA Rua D. Marcos da Cruz, 1301 4456-731 - Leça da Palmeiratel.: 22 998 33 50fax: 22 998 33 69email: [email protected]: www.diera.pt

DISSOLTIN, LDA Zona Industrial da Fontanheira Apartado 10943701-908 - Arrifana VFRtel.: 256 81 21 84fax: 256 81 21 88email: [email protected]: www.dissoltin.pt

DIVERCOL – INDÚSTRIAS QUIMICAS, LDA Zona Industria do Lordelo Apartado 100 4589-908 - Lordelo PRDtel.: 22 444 73 70fax: 22 444 73 79email: [email protected]: www.divercol.com

DUQUEBEL, LDA Parque Industrial de Coimbrões, Lt 121 Fragosela3500-618 - Viseutel.: 23 247 05 90fax: 23 247 05 99email: [email protected]: www.duquebel.pt

ECOPAINT, SA Apartado 1014, PC Sta. Catarina da Serra 2496-907 - Sta. Catarina da Serratel.: 24 474 91 00fax: 24 474 91 10email: [email protected]: www.lenaindustria.pt

EMPLÁS, LDA R. da Siderugia Nacional, 24 - Lugar de Friães 4475-844 - Silva Escura - Maiatel.: 22 981 17 12fax: 22 981 31 27email: [email protected]

FÁBRICA DE TINTAS 2000, SA Zona Industrial Maia 1 – Sector 7Apartado 10534471-909 - Maia Codextel.: 22 943 68 00fax: 22 943 68 19email: [email protected]: www.tintas2000.pt

FÁBRICA DE TINTAS ISOLACA, LDA Zona Industrial Maia 1, Sector 10 - Lote 289 4471-907 - Moreira da Maiatel.: 22 943 87 50fax: 22 943 87 69email: [email protected]

FÁBRICA DE TINTAS KAR, LDA Apartado 1094 – Nogueira da Maia4471-909 - Maiatel.: 22 960 98 21fax: 22 960 29 97email: [email protected]: www.tintaskar.com.pt

FACOTIL – FÁBRICA DE COLAS E TINTAS, LDA R. da Cavada - S. Cosme Apartado 254424-909 - Gondomartel.: 22 466 06 00fax: 22 466 06 97email: [email protected]

IDEALTOM - FÁBRICA DE TINTAS E IMPERMEABILIZANTES, LDA R. Nossa Senhora de Fátima, Nº 32560-050 A-dos-Cunhadostel.: 26 198 24 91fax: 26 198 24 92email: [email protected]

IMPOESTE - TINTAS E EQUIPAMENTOS DE PINTURA, SA Estrada Nacional 8 - Km 44Apartado 38 - EC Torres Vedras2564-909 Torres Vedrastel.: 261 337 250fax: 261 337 271website: www.impoeste.pt

INDECOLUX - Industria de Tintas Ecológicas, Lda Rua Nova s/n Cumeiras - Moinho de Cima2430-076 Marinha Grandetel.: 24 455 04 20fax: 24 455 04 19email: [email protected]: www.indecolux.pt

INVERMA - Manufactura Industrial de Tintas e Vernizes, LDA Lote 291 - Zona Industrial Maia 14475-253 - Barca Maiatel.: 22 948 71 25fax: 22 941 05 39email: [email protected]

KENITEX QUIMICA, LDA Estrada de Manique, 9362645-475 - Alcabidechetel.: 21 444 83 70fax: 21 445 63 24email: [email protected]: www.kenitex.pt

MATESICA - MATERIAIS SINTÉTICOS CONSTRUÇÃO, SA Avª Salgueiro Maia, 949 – Abóbada2785-502 São Domingos de Ranatel.: 21 444 84 00fax: 21 444 01 52email: [email protected]: www.matesica.com

MIPAL, LDA Estrada da Verdelha do Ruivo 2625-700 Vialongatel.: 21 952 70 00fax: 21 952 70 09email: [email protected]: www.mipal.com.pt

PPG RETAIL EUROPE Z.I Route de Thennes80110 Moureuil - Francetel.: 32 235 35 35fax: 32 235 35 36email: [email protected]

QUIMIDOIS – PRODUTOS Q2, LDA Parque Industrial de Laúndos, Lote 304570-311 - Póvoa do Varzimtel.: 25 260 02 00fax: 25 262 69 38email: [email protected]: www.quimidois.com

TINCOMIL - Sociedade Fabril de Produtos Químicos, LDA Rua do Reino Unido, Lote 12Zona Industrial Gil Vaz7350-478 - Elvastel.: 26 863 90 68fax: 26 862 17 64email: [email protected]

TINTAL – EMPRESA FABRIL DE TINTAS, LDA R. Nª Senhora da Lapa – Apartado 164439-909 - Rio Tintotel.: 22 485 40 10fax: 22 485 40 29email: [email protected]: www.tintal.pt

TINTAS SILACA A. CLEMENTE, LDA Rua Quinta D’Além 1324461-901 - Pedrosotel.: 22 786 06 70fax: 22 786 06 79email: [email protected]: www.silaca.pt

TINTAS DOURO, LDA Apartado 12244471-909 - Maiatel.: 22 961 89 40fax: 22 961 89 49email: [email protected]: www.tintasdouro.com

TINTAS DYRUP, SA Rua Cidade de Goa, 262686-951 Sacavémtel.: 21 841 02 00fax: 21 941 45 82email: [email protected]: www.dyrup.pt

TINTAS EUROPA.COM-INDÚSTRIA E DISTRIBUIÇÃO DE TINTAS, LDA Zona Industrial do Freixo, Apartado 75070-557 - Alijótel.: 25 991 02 50fax: 25 991 02 51email: [email protected]: www.tintaseuropa.com

TINTAS LACCA, LDA Casal Unhão - Apartado 74650-654 - Unhãotel.: 25 534 07 20fax: 25 534 07 21email: [email protected]: www.tintas-lacca.com

TINTAS NIVA - PROD. SINT. P/ CONSTRUÇÃO E INDÚSTRIA, LDA Estrada do Alcolombal - Zona Industrial Quinta da Palmeira - PAV. A2705-903 - Terrugem SNTtel.: 21 961 53 01fax: 21 961 36 58email: [email protected]: www.tintasniva.pt

TINTAS POTRO – SOCIEDADE QUÍMICO TÉCNICA, LDA Rua da Arroteia, 75 - Padrão da Légua4465-587 - Padrão da Léguatel.: 22 957 94 00fax: 22 957 94 09email: [email protected]

website: www.tintaspotro.pt

TINTAS ROBBIALAC, SA Vale de Lide – S. João da Talha2696-901 Bobadela LRStel.: 21 994 77 00fax: 21 994 77 94email: [email protected]: www.robbialac.pt

TINTAS TITAN LEME, SA Rua Fonte da Cova – Apartado 2020Castelo da Maia4471-908 - Aviosotel.: 22 986 54 50fax: 22 981 07 64email: [email protected]: www.tintastitan.pt

TSL - PORTUGAL TINTAS, LDA Avª da Zona Industrial Apartado 99 - Soutelo 4509-908 - Fiãestel.: 25 691 06 10fax: 25 691 06 19email: [email protected]: www.tsl.pt

VOUGA TINTAS, LDA Parque Industrial de Coimbrões, Lt 103500-618 - Viseutel.: 23 247 09 70fax: 23 247 09 75email: [email protected]: www.vougatintas.pt

Page 23: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

Fabricantes nesta página:MarilinaPotroCinRobbialacBarbotArga

Page 24: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa

- SANCHES LEAL, Liliana. A cor na arquitetura de Luis Barragan. Trabalhos acadêmicos - provas finais. Porto: FAUP, 2004/2005.

- SILVA, Carlos Daniel Praça e. Cor na Manipulação do espaço. Trabalhos acadêmicos - provas finais. Porto: FAUP, 2002.

- TABOAS VELEIRO, Teresa. El color en arquitetura. La Coruña: Castro, 1991.

- LYONS, Arthur. Materials for achitects and builders. 2007

- http://www.apftv.pt

- http://www.scridb.com/tintasevernizes

- http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/21/pintura-de-madeira-com-verniz-124426-1.asp

- http://www.pqi.com.br/pfpb/pse03_02.html

-http ://www.arq .ufsc .br/arq5661/traba lhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm- http://200.199.118.135/orse/esp/ES00145.pdf- www.fazfacil.com.br- www.casaluisbarragan.org

- www.architectureweek.com

- http://moleskinearquitectonico.blogspot.com/2008/12/la-casa-estudio-de-luis-barragn.html

- http://www.arcoweb.com.br/artigos/jorge-mario-jauregui-a-casa-manifesto-30-11-2001.html

Fotos:

1. Fachada principal Casa Luis Barragán. Fonte: site

www.wikipedia.org

2. Fachada principal Casa Luis Barragán. Fonte: site

www.casaluisbarragan.org

3. Hall de entrada. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

4. Vestíbulo. Fonte: site www.flickr.com

5. Vestíbulo. Fonte: site

www.sancheztaffurarquitecto.wordpress.com/in-situ/

6. Vestíbulo. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

7. Sala de jantar. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

8. Sala de jantar. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

9. Sala de desajuno. Fonte: site

www.casaluisbarragan.org

10. 11. 12. Sala de estar. Fonte: site

www.casaluisbarragan.org

13. 14. Biblioteca. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

15. Atelier. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

16. 17. 18. Portadas do atelier. Fonte: David Loger

19. 20. 21. Terraço. Fonte: site www.casaluisbarragan.org

Planta, cortes e fachadas:

Fonte:

http://moleskinearquitectonico.blogspot.com/2008/12/la-

casa-estudio-de-luis-barragn.html

Page 25: TINTAS E VERNIZES - CIAMH – Centro de Inovação em ...ciamh.up.pt/arma/wp-content/uploads/2014/08/G28_tintas-e-vernizes.pdf · de tinta era particularizada e altamente sigilosa