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FACULDADE ESTÁCIO DA AMAZÔNIA GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS TIPOS DE SOCIEDADE

Tipos de Sociedade

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tipos de sociedades

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FACULDADE ESTCIO DA AMAZNIAGRADUAO EM CINCIAS CONTBEIS

TIPOS DE SOCIEDADE

BOA VISTA - RR AGOSTO DE 2014BRUNNO WILLIANCARO CARVALHOGUSTAVO BARROS DE OLIVEIRAJOSIAS LIMA

TIPOS DE SOCIEDADE

Trabalho acadmico apresentado ao Professor Roberto Carvalho de Oliveira Junior, da disciplina de Prtica Contbil Informatizada I como requisito parcial de avaliao do 4 perodo do curso de Cincias Contbeis turma 3001 da Faculdade Estcio da Amaznia

BOA VISTA RRAGOSTO DE 2014Sumrio

INTRODUO4TIPOS DE SOCIEDADE5CONCLUSO13REFERNCIA BIBLIOGRAFICA14

INTRODUOO presente trabalho tem por objetivo analisar os tipos de sociedade de acordo com a lei 10.406/02 do Cdigo Civil. O trabalho foi realizado atravs de pesquisas em sites, lendo o texto de lei e acrescentamos alguns comentrios.

TIPOS JURDICOS

A sociedade empresria deve constituir-se segundo um dos seguintes tipos jurdicos:

a) sociedade em nome coletivo; b) sociedade em comandita simples; c) sociedade limitada; d) sociedade annima; e) sociedade em comandita por aes. f) Sociedade em conta de participao

A) SOCIEDADE EM NOME COLETIVO est disciplinada nos arts. 1.039 a 1.044 do CC/2002. o tipo societrio em que todos os scios so pessoas fsicas e responsveis solidrios pelas obrigaes sociais, de modo que nenhum scio preservado dos riscos inerentes ao investimento empresarial. Qualquer um dos scios pode ser nomeado administrador da sociedade e ter seu nome empresarial aproveitado na composio do nomeempresarial.

B) SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES a sociedade de pessoas e contratual (arts. 1.045 a 1.051 do CC/2002). composta por scios de duas categorias:

a) os comanditados, pessoas fsicas, responsveis solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais; e

b) os comanditrios, obrigados somente pelo valor de sua quota. Os scios comanditrios esto sujeitos a certas restries: no podem ter seu nome empregado na firma da sociedade nem praticar ato de gesto, sob pena de responderem pelas obrigaes sociais como se comanditados fossem, sem prejuzo da faculdade de participar das deliberaes da sociedade e de fiscalizar suas operaes.

C) SOCIEDADE LIMITADA Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social. Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em apenas um diploma legal, pois, a sociedade ente denominada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, tinha seu regime jurdico determinado pelo Decreto n 3.708/19, revogado, e subsidiariamente pela Lei das Sociedades Annimas (Lei n 6.404/76). A aplicao subsidiria da lei das sociedades annimas continua sendo possvel, desde que haja previso expressa no contrato social.

Disciplinada pelos arts. 1.052 a 1.087 do CC. Tipo societrio de maior freqncia: 90%

Principais caractersticas: limitao da responsabilidade dos scios: Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social.

contratualidade: as relaes entre scios podem pautar-se nas disposies de vontade destes, sem os rigores ou balizamentos prprios do regime legal da sociedade annima, por ex. Maior margem para negociaes.

Previso legal: Disciplinada pelos arts. 1.052 a 1.087 do CC. Subsidiariamente pelas regras da sociedade simples (art. 927 a 1.032 do CC). A aplicao subsidiria da lei das sociedades annimas (LSA) tambm possvel, desde que haja previso expressa no contrato social.

1) Responsabilidade dos scios

Limite da responsabilidade do scio: o total do capital social subscrito e no integralizado.( a integralizao pode ser feita prazo). Os credores tm direito de atingir o patrimnio dos scios do montante no integralizado. Se os scios so devedores do capital em partes desiguais, aquele que foi prejudicado tem direito de regresso contra o outro scio. Integralizado o capital social, os scios no tem nenhuma responsabilidade.

Perante a sociedade, cada scio individualmente responsvel pela integralizao da cota por ele subscrita; face aos credores sociais, todos os scios respondem, solidariamente, pelo total do capital social subscrito e no integralizado.

OBS: O que capital subscrito? o montante de recursos que os scios se comprometem a entregar para a formao da sociedade.

Excees: em carter excepcional os scios respondero subsidiria, mas ilimitadamente:a) Deliberao contrria lei ou ao contrato social: scios respondero ilimitadamente pelas obrigaes sociais relacionadas deliberao ilcita. Necessria formalizao da discordncia dos scios dissidentes. A doutrina diverge sobre a subsidiariedade ou a ausncia do benefcio de ordem. b) Sociedade marital: infringindo a regra do art. 977 do CC, no obstante o entendimento de ser nula a sociedade; c) Desconsiderao da pessoa jurdica: (forma aplicada pela Justia do Trabalho de base legal questionvel); d) Fraude contra credores: valendo-se do expediente de separao patrimonial em decorrncia da teoria da desconsiderao da pessoa jurdica; e) Dbitos com a Seguridade Social: em razo do disposto no art. 13 da Lei 8.620/93, que pode ser cobrado de qualquer scio da sociedade limitada (Art. 13. O titular da firma individual e os scios das empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens pessoais, pelos dbitos junto Seguridade Social).

2. Deliberao dos sciosMatrias a serem deliberadas em Assembleia, ou reunio, neste caso quando houver no mximo dez scios (em razo da maior importncia):

a) designao e destituio de administradores; b) remunerao dos administradores; c) votao das contas anuais dos administradores; d) modificao do contrato social; e) operaes societrias, dissoluo e liquidao da sociedade; f) expulso de minoritrio (art. 1.085)

ASSEMBLIA para sociedades com mais de dez scios

Convocao mediante avisos publicados por trs vezes na imprensa oficial e em jornal de grande circulao, com antecedncia mnima de oito dias; Deliberao mediante presena de scios que representem pelo menos trs quartos do capital social. No havendo qurum suficiente, procede-se a segunda convocao com trs outras publicaes de avisos com antecedncia de cinco dias. A segunda assembleia se instala validamente com qualquer nmero de presentes. Direo pela mesa composta por dois scios, um presidente e o outro secretrio, que devero garantir o direito de voz e voto a todos os scios presentes; Redao de ata que reproduza fielmente a ocorrncia; Assembleia Ordinria (ou anual): Deve ser realizada obrigatoriamente uma a cada ano, para: tomar as contas dos administradores, votar o balando patrimonial e de resultados e eleger administradores, caso se tenha exaurido o mandato por prazo determinado. Caso a sociedade tenha Conselho Fiscal seus membros sero eleitos nesta oportunidade.

REUNIO DE SCIOS para sociedades com at 10 scios:

Liberdade de disposio do contrato social para versar sobre a realizao das reunies Aplicao das disposies sobre assembleia somente sobre aquilo que o Contrato Social for omisso; Em geral a deliberao por maioria de votos dos scios presentes, computando-se maior proporo por aqueles que detm maior parte do capital social.

Substituio vlida destes atos: Tanto a Assembleia como a Reunio podem ser substitudas por documento que explicite a deliberao adotada desde que assinado pela totalidade dos scios. Ata de Assenblia ou Reunio: dever ser assinada por todos e arquivada na Junta Comercial.

D) SOCIEDADE ANNIMA A sociedade annima (tambm chamada de companhia) sujeita-se s regras da Lei n 6404/76 (LSA). O CC/02 seria aplicvel somente nas omisses desta (art. 1089).

- Caractersticas gerais:

A SA uma sociedade de capital. Os ttulos representativos da participao societria (ao) so livremente negociveis. Ser sempre possvel a penhora da ao em execuo promovida contra o acionista.

Em falecendo o titular de uma ao, no poder ser impedido o ingresso de seus sucessores no quadro associativo. O herdeiro ou legatrio de uma ao transforma-se, queira ou no, em acionista da sociedade annima.

O capital social deste tipo societrio fracionado em unidades representadas por aes. Os seus scios, por isso, so chamados de acionistas, e eles respondem pelas obrigaes sociais at o limite do que falta para a integralizao das aes de que sejam titulares.A sociedade annima sempre empresria, mesmo que seu objeto seja atividade econmica civil (CC, art. 982, nico; LSA, art. 2, 1).

A companhia adota denominao, obrigatoriamente. Desta constar ao tipo societrio, pelas expresses sociedade annima ou companhia, por extenso ou abreviadamente (S/A ou Cia.), sendo que esta ltima expresso somente poder ser utilizada no incio ou no meio do nome empresarial. A meno ao ramo do comrcio na denominao essencial (art. 1160, CC).

- Classificao:

As sociedades annimas se classificam em abertas ou fechadas, conforme tenham, ou no, admitidos negociao, na Bolsa ou no mercado de balco, os valores mobilirios de sua emisso. Basta que a companhia tenha seus valores mobilirios admitidos negociao na Bolsa ou mercado de balco, para ser considerada aberta. irrelevante se os valores mobilirios de sua emisso efetivamente so negociados nessas instituies.

Para que uma companhia tenha seus valores mobilirios admitidos negociao na Bolsa ou mercado de balco o que permitir maior liquidez do investimento representado por tais ttulos necessita obter do governo federal a respectiva autorizao. O rgo do governo federal encarregado pela lei de conceder tal autorizao uma autarquia denominada Comisso de Valores Mobilirios CVM. Essa autarquia juntamente com o Banco Central exerce a superviso e o controle do mercado de capitais, de acordo com as diretrizes traadas pelo Conselho Monetrio Nacional CMN.

- Constituio:

O tema da constituio da companhia encontra-se fracionado em trs nveis distintos: I) requisitos preliminares (arts. 80 e 81); II) modalidades de constituio (arts. 82 a 93); III) providncias preliminares (arts. 94 a 99). No se trata, rigorosamente, de etapas da constituio.

Qualquer companhia, para constituir-se, deve atender aos seguintes trs requisitos preliminares:

Subscrio de todo o capital social por, pelo menos, duas pessoas. Necessrio, no entanto, que todas as aes representativas do capital social estejam subscritas. A subscrio contrato plurilateral complexo pelo qual uma pessoa se torna titular de ao emitida por uma sociedade annima. A subscrio irretratvel.

Realizao, como entrada, de, no mnimo, 10% do preo de emisso das aes subscritas em dinheiro. Na subscrio a prazo em dinheiro, pelo menos 1/10 do preo da ao deve ser integralizado como entrada.

Depsito das entradas em dinheiro no Banco do Brasil ou estabelecimento bancrio autorizado pela CVM. Este depsito dever ser feito pelo fundador, at 5 dias do recebimento das quantias, em nome do subscritor e em favor da companhia em constituio. Concludo o processo de constituio, a companhia levantar o montante depositado; se este processo no se concluir em 6 meses do depsito, o subscritor que levantar a quantia por ele paga.

A lei prev duas modalidades de constituio de sociedade annima, de acordo com a existncia ou no de apelo ao pblico investidor: a constituio por subscrio pblica, em que os fundadores buscam recursos para a constituio da sociedade junto aos investidores; e a constituio por subscrio particular, em que inexiste esta preocupao por parte dos fundadores.

E) SOCIEDADE EM COMANDITA POR AES Regem-se pelas normas relativas sociedade annima, sem prejuzo das modificaes constantes no Cdigo Civil. Vide arts. 1.090 a 1.092, do Cdigo Civil (Lei 10.406/02).

Sociedade personificada em que o capital dividido em aes, respondendo os scios ou acionistas, to-somente, pelo valor das aes subscritas ou adquiridas, com responsabilidade subsidiria, solidria e ilimitada dos diretores ou gerentes pelas obrigaes sociais.

F) SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAO disciplinada pelos arts. 991 a 996 do CC/2002. Possui caractersticas excepcionalmente prprias, que so: a despersonalizao (ela no pessoa jurdica) e a natureza secreta (seu ato constitutivo no precisa ser levado a registro na Junta Comercial). Mas, o registro do ato constitutivo da sociedade em conta de participao pode ser feito no Registro de Ttulos e Documentos, para resguardar os interesses dos contratantes.

Este tipo de sociedade, a rigor, no passa de um contrato de investimento comum, que o legislador, impropriamente, denominou sociedade.

Ela possui outros aspectos que justificam no consider-la uma sociedade: no tem necessariamente capital social (os bens empregados no desenvolvimento da empresa compem um patrimnio especial), liqida-se pela medida judicial de prestaes de contas e no por ao de dissoluo de sociedade, e no possui nome empresarial. Na sociedade em conta de participao se constitui da seguinte forma: um empreendedor (chamado scio ostensivo) associa-se a investidores (os scios participantes), para a explorao de uma atividade econmica. O scio ostensivo realiza todos os negcios ligados atividade, em seu prprio nome, respondendo por eles de forma pessoal e ilimitada, e tem um contrato com os participantes, pelo qual aqueles so obrigados a prestar determinadas somas, a serem empregadas na empresa, passando a serem credores de uma parcela dos resultados da empresa

REFERENCIA BIBLIOGRFICA

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,sociedades-em-comandita-por-acoes-origem-evolucao-conceito-natureza-juridica-e-principais-caracteristicas-dess,35486.html

http://professorlucianomachado.wordpress.com/2014/05/08/sociedade-em-nome-coletivo-em-comandita-simples-e-em-comandita-por-acoes/