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APOSENTADORIA ESPECIAL ADRIANE BRAMANTE

Título da palestra - legale.com.br · APOSENTADORIA ESPECIAL PROF.ª ADRIANE BRAMANTE Advogada. Mestre e Doutoranda pela PUC-SP. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário

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APOSENTADORIA ESPECIAL

ADRIANE BRAMANTE

APOSENTADORIA ESPECIAL

PROF.ª ADRIANE BRAMANTE

Advogada. Mestre e Doutoranda pela PUC-SP.Presidente do Instituto Brasileiro de DireitoPrevidenciário - IBDP. Coordenadora do curso depós-graduação da Atame Brasília e Goiânia.Professora convidada dos cursos de pós-graduação da EPD, LFG, Damásio Educacional,EBRADI, PUC-PR, IMED-POA, LEGALE, dentreoutras. Autora do livro “Aposentadoria Especial.Teoria e Prática”. 4ª Edição Ed. Juruá, dentreoutros. Membro do 13º. Tribunal dePrerrogativas da OAB/SP. Membro do ConselhoEditorial da Revista de Direito Previdenciário daEditora LexMagister. Palestrante doDepartamento de Cultura e Eventos da OAB/SP.

Fundamentação Jurídica:

-CF art. 201, § 1º;

-Lei 8.213/91, arts. 57 e 58;

-Decreto 3048/99 - Art. 64 a 70

A APOSENTADORIA ESPECIAL NA CF:

Art. 201, § 1º, CF alterado pela EC 47/05:

• “É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de

previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob

condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e

quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos

definidos em lei complementar.” (grifo nosso)

A APOSENTADORIA ESPECIAL NA REFORMA:

Art. 201, § 1º, CF trazido pela PEC 287/16, aprovado pela CCJ:

• “§ 1º É vedada a adoção de critérios diferenciados para concessão de aposentadoriaaos segurados do regime geral de previdência social, ressalvada a redução, por leicomplementar, dos limites de idade e de tempo de contribuição em favor de:

• I - pessoas com deficiência, previamente submetidas a avaliação biopsicossocialrealizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar; e

• II - segurados cujas atividades sejam exercidas em condições especiais queefetivamente prejudiquem a saúde (?), vedada a caracterização por categoriaprofissional ou ocupação, não podendo, para ambos os sexos, o limite de tempo decontribuição ser inferior a quinze anos ou superior a vinte e cinco anos e o limitede idade ser inferior a cinquenta e cinco anos.

APOSENTADORIA ESPECIAL.PRINCIPAIS REQUISITOS

• 15, 20 ou 25 anos;

• Exposição a agentesagressivos, prejudiciais àsaúde ou integridadefísica:

1. Físicos2. Químicos3. Biológicos4. Associação de agentes

Riscos Ambientais físicos:

• Conceito: pode trazer oocasionar danos à saúde ou àintegridade física, em razão desua intensidade e exposição.

• Exemplos mais comuns:

ruído

vibrações

calor

pressões anormais

radiações ionizantes

EXPOSIÇÃO AO CALOR DE FONTES NATURAIS

• A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados EspeciaisFederais (TNU) fixou tese, durante a sessão de 30 deagosto, em Porto Alegre (RS), sobre o reconhecimento daespecialidade do trabalho prestado sob incidência de fontenatural de calor, segundo a qual após o Decreto n°2.172/97 se tornou possível o reconhecimento dascondições especiais do trabalho exercido sob exposição aocalor proveniente de fontes naturais, de forma habitual epermanente, desde que comprovada a superação dospatamares estabelecidos no Anexo 3 da NormaRegulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho eEmprego, calculado pelo Índice de Bulbo Úmido –Termômetro de Globo (IBUTG), de acordo com a fórmulaprevista para ambientes externos com carga solar. Processonº 0501218-13.2015.4.05.8307)

Disponível em:http://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2017/setembro/fixada-tese-sobre-especialidade-do-trabalho-por-exposicao-a-fonte-natural-de-calor , publicado em 04/09/2017.

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 57 DA LEI N.º 8.213/91. CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADEESPECIAL. PADEIRO. LAUDO PERICIAL. OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS PARA A CONCESSÃO DABENESSE.I - Correção de ofício de erro material constante da decisão recorrida, esclarecendo que, inobstante o r. juízotenha nominado a benesse concedida como "aposentadoria por tempo de contribuição", na realidadeexaminou e concedeu a benesse da "aposentadoria especial" bastando examinar os fundamentos da decisãorecorrida.II- Pode ser considerada especial a atividade desenvolvida até 10.12.1997, mesmo sem a apresentação delaudo técnico, pois em razão da legislação de regência vigente até então, era suficiente para a caracterizaçãoda denominada atividade especial o enquadramento pela categoria profissional (até 28.04.1995 - Lei nº9.032/95), e/ou a apresentação dos informativos SB-40 e DSS-8030.III - A atividade encontra previsão por similaridade no código 1.1.1 do Decreto nº 53.831/64, código 1.1.1do Decreto nº 83.080/79, código 2.0.4 do Decreto nº 2.172/97 e código 2.0.4 do Decreto nº 3.048/99. O roldas categorias profissionais tem caráter exemplificativo (não taxativo) nas normas regulamentadoras queestabelecem os casos de agentes e atividades nocivos à saúde do trabalhador.IV - Comprovação da faina nocente por perícia técnica.V Apelação do INSS improvida.(TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2238619 - 0014161-73.2017.4.03.9999, Rel.DESEMBARGADOR FEDERAL DAVID DANTAS, julgado em 10/07/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:24/07/2017 )

EXPOSIÇÃO AO FRIOEMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL.AGENTE NOCIVO FRIO. ESPECIALDIADE DO PERÍODO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA. NECESSÁRIA RELAÇÃO ENTRE AATIVIDADE ESPECIAL E A DOENÇA QUE ENSEJOU A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. EPI. APOSENTADORIAPOR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CUSTAS PROCESSUAIS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIFERIMENTO. 1. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar,mediante a produção de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o segurado faz jus ao cômputodo respectivo tempo de serviço. 2. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercida sobcondições nocivas são disciplinados pela lei em vigor à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, comodireito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. 3. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidadepor categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio de prova (exceto para ruído ecalor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por categoria profissional, sendo necessária acomprovação da exposição do segurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então,através de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 4. A exposição a frio enseja oreconhecimento do tempo de serviço como especial. 5. É possível o cômputo como especial do período em que o seguradoesteve em gozo de auxílio-doença acidentário. Em se tratando de auxílio-doença comum, o período será computado comoespecial apenas quando a incapacidade decorrer do exercício da própria atividade enquadrada como prejudicial à saúde ou àintegridade física do segurado. Precedentes desta Corte 6. No período de auxílio-doença, não comprovada a relação entre aenfermidade e o exercício laboral, não se pode considerar como tempo especial o período em gozo de auxílio-doença. 7. Nãohavendo provas consistentes de que o uso de EPIs neutralizava os efeitos dos agentes nocivos a que foi exposto o seguradodurante o período laboral, deve-se enquadrar a respectiva atividade como especial. 8. Nos limites em que comprovada aexposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possívelreconhecer-se a especialidade do tempo de labor correspondente. 9. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direitoà obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição integral 10. (TRF4, AC 0022097-30.2014.404.9999, QUINTATURMA, Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, D.E. 13/09/2016)

ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO CONFORME POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ

RUÍDO ACIMA DE 80 DB ATÉ 05/03/97

Decreto 53.831/64, código 1.1.6

RUÍDO ACIMA DE 90 DB ENTRE 06/03/97 E 18/11/2003

Decretos 2.172/97 e 3.048/99, Anexo IV, código 2.0.1

RUÍDO ACIMA DE 85 DB A PARTIR DE 19/11/2003

Decreto 3.048/99 com redação pelo Decreto 4.882/03, código 2.0.1

RUÍDO. ANALISAR:

RUÍDO VARIÁVEL

RUÍDO EXATO (80, 90, 85)

MARGEM DE ERRO

RUÍDO. MARGEM DE ERRO.PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TEMPO ESPECIAL.RUÍDO. LIMITE DE 90 dB NO PERÍODO DE 06.03.1997 A 18.11.2003. IRRETROATIVIDADEDO DECRETO 4.882/2003. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE À ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DOSERVIÇO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. MARGEM DE ERRO.ARREDONDAMENTO. PPP. FORMULÁRIO PADRÃO

I - O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial de nº1.398.260/PR (Relator Ministro Herman Benjamin, julgado em 05.12.2014, Dje de04.03.2015), esposou entendimento no sentido de que o limite de tolerância para oagente agressivo ruído, no período de 06.03.1997 a 18.11.2003, deve ser aquele previstono Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (90 dB), sendo indevida a aplicação retroativa doDecreto nº 4.882/03, que reduziu tal patamar para 85dB.

II - Mesmo o resultado sendo inferior ao patamar mínimo de 90 decibéis previsto noDecreto 2.172/97, é razoável concluir que uma diferença de 01 (um) dB na mediçãopode ser admitida dentro da margem de erro decorrente de diversos fatores.

III - O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, instituído pelo art. 58, §4º, da Lei9.528/97, é documento que retrata as características do trabalho do segurado, e traz aidentificação do engenheiro ou perito responsável pela avaliação das condições detrabalho, sendo apto para comprovar o exercício de atividade sob condições especiais,fazendo as vezes do laudo técnico.

IV - Embargos de declaração do INSS rejeitados.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2207691 - 0010165-79.2011.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em29/08/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:06/09/2017 )

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. RUÍDO. LIMITE DE 90 dB NOPERÍODO DE 1°/10/2002 A 18/11/2003. DECRETO N. 4.882/2003.LIMITE DE 85 dB. RETROAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DALEI VIGENTE À ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO.ENTENDIMENTO FIRMADO. JULGAMENTO DE RECURSOREPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. RECURSO ESPECIALPARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. I - A Primeira Seção doSuperior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp n.1.398.260/SP, submetido ao regime de recursos repetitivos, fixou oentendimento de que a disposição contida no Decreto n. 4.882/03,que reduziu o parâmetro de ruído para efeito de reconhecimentode trabalho especial, fixando-o em 85 decibéis, não retroage. II -No caso dos autos, o Tribunal de origem, em desconformidadecom a jurisprudência do STJ, reconheceu como especial o períodolaborado de 1º/10/2002 a 18/11/2003, em que o segurado foiexposto a ruídos de 89 decibéis, apesar da diferença de 1 decibelem relação ao patamar mínimo, fixado no Decreto n. 2.172/1997,de 90 decibéis. (STJ. AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.629.906 –SP. Min. Francisco Falcão. 2ª. T. Dje 12/12/2017). (GN)

AGENTES QUÍMICOS

Slide de Sandro J. A. Bittencourt

Riscos Ambientais químicos:

• Conceito: pode trazer o ocasionar danos àsaúde ou à integridade física, em razão desua concentração, manifestados pornévoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes,vapores de substâncias nocivas presentesno ambiente de trabalho, absorvidos pelavia respiratória ou outras vias.

• Exemplos mais comuns:

asbestos

arsênio

benzeno

chumbo

Cloro

Hidrocarbonetos

Outros (20)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. MECÂNICO.APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REAFIRMAÇÃO DADER. HONORÁRIOS. PEDIDO IMPLÍCITO

• 1. Atividade de mecânico passível deenquadramento como especial,considerando o contato, ainda que nãopermanente, com graxas, óleos egasolina, pois o critério pautado paraaferição da especialidade é qualitativo.

• (TRF4, APELREEX 5000882-85.2011.404.7001, Sexta Turma, Relatorp/ Acórdão Ezio Teixeira, D.E.05/07/2013)

APOSENTADORIA ESPECIAL. EXPOSIÇÃO À PERICULOSIDADE. POSTO DE COMBUSTÍVEL. RECONHECIMENTO.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIÇÃO. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS RUÍDO,HIDROCARBONETOS E UMIDADE. PERICULOSIDADE DECORRENTE DAEXPOSIÇÃO A LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS. HABITUALIDADE EPERMANÊNCIA. TEMPO DE SERVIÇO INSUFICIENTE. REAFIRMAÇÃO DADER. POSSIBILIDADE. CONCESSÃO. (...) 3. A exposição do segurado aruídos, hidrocarbonetos e umidade enseja o reconhecimento daespecialidade do labor. 4. Trabalho em posto de abastecimento decombustíveis é de se computar como especial, seja como frentista, sejacomo lavador de carros, em face da sujeição aos riscos naturais daestocagem de combustível no local. 5. Comprovada a exposição dosegurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislaçãoprevidenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se aespecialidade do tempo de labor correspondente. (...)

(TRF4, AC 5008214-56.2014.4.04.7112, SEXTA TURMA,Relatora MARINA VASQUES DUARTE DE BARROS FALCÃO,juntado aos autos em 06/02/2018) (gn)

Análise da exposição de trabalhador a agentes químicos do anexo 13 da NR 15 deve ser qualitativa e não sujeita a limites de tolerância.

• “A NR 15 considera atividades e operações insalubres as que sedesenvolvem acima dos limites de tolerância com relação aos agentesdescritos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12, entendendo-se por ‘limite detolerância’ a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionadacom a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano àsaúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. Para as atividadesmencionadas nos anexos 6, 13 e 14 não há indicação a respeito de limitesde tolerância”, observou o relator do processo.

• Para o juiz federal Frederico Augusto Leopoldino Koehler, o autor da ação,no exercício de suas funções, esteve exposto a hidrocarbonetos aromáticos,ou seja, agentes químicos previstos no Anexo 13 da NR 15 e para os quais aconstatação de insalubridade decorre da inspeção realizada no local detrabalho, não se sujeitando a qualquer limite de tolerância. Com essafundamentação, o magistrado decidiu negar provimento ao pedido deuniformização interposto pelo INSS, mantendo a decisão da Turma Recursaldo Rio Grande do Sul. Processo nº 5004737-08.2012.4.04.7108. Notíciapublicada no site cjf.jus.br em 27/07/2016.

LEMBRE-SE DE CONSULTAR!

Benzeno: vide Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

“Orientamos aos peritos médicos que, na análisedos benefícios de Aposentadoria Especial oriundosda exposição ao agente químico Benzeno, sejaadotado e critério qualitativo e que não sejamconsiderados na avaliação os equipamentos deproteção coletiva e/ou individual, uma vez que osmesmos não são suficiente para elidir a exposiçãoa esse agente químico”

Riscos Ambientais biológicos:

AGENTES BIOLÓGICOS. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES

• O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreton.º 53.831/64, além dos profissionais daárea da saúde, contempla os trabalhadoresque exercem atividades de serviços geraisem limpeza e higienização de ambienteshospitalares.

• (SÚMULA 82. DOU DATA: 30/11/2015PG:00145)

PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. FUNÇÃO DE ASSISTENTE GARI E AUXILIARMECÂNICO. AGENTES NOCIVOS A SAÚDE. AGENTES BIOLÓGICOS E QUÍMICOS.COMPROVAÇÃO. TEMPO ESPECIAL RECONHECIDO. EPI INEFICAZ. CONCESSÃO DAAPOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. PREENCHIMENTO. ART. 57 DA LEI Nº8.213/91. (...)

- No julgamento da ARE nº. 664335/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 04.12.2014 (Repercussão Geral), oPlenário do egrégio STF entendeu que o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposiçãodo trabalhador a agente nocivo à sua saúde. Assim, se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) forrealmente capaz de neutralizar a nocividade, o trabalhador não terá direito à concessão daaposentadoria especial. Segundo ainda o que foi decidido no ARE nº. 664335/SC, em caso de ruídoacima dos limites legais de tolerância, mesmo que o PPP diga que o EPI é eficaz, o segurado terádireito à aposentadoria especial.- No caso, de acordo com o PPP e o Laudo Técnico, infere-se que o autor desempenhou as seguintesfunções: a) Gari Varredor, encarregado de varrer as ruas e canteiros centrais, apanhando restos de lixourbano e depositando em caixas coletoras, capinando terrenos e ruas e pintando meio-fio com cal, de04/05/1983 a 31/10/1983; b) Gari Coletor, encarregado de recolher sacos de lixo, deixados emcalçadas e ruas, e o lixo deixado em tambores e em outros recipientes, 01/11/1983 a 30/04/1991 e; c)Auxiliar de Mecânico, encarregado de lubrificar, desengraxar e lavar peças mecânicas, utilizando-se degasolina, óleo diesel ou solventes orgânicos, de 01/05/1991 até os dias atuais. Na atividade de Gari,seja Varredor ou Coletor, o autor esteve exposto, de forma habitual e permanente, não ocasional nemintermitente, a agentes biológicos, tais como vírus, fungos, parasitas e bactérias, além do risco deatropelamento.

- O Laudo Técnico de Insalubridade concluiu que, no desempenho dasfunções de Gari Varredor e Coletor, o demandante esteve exposto aagentes biológicos nocivos à saúde, caracterizando a atividadecomo insalubre de grau máximo, ficando assegurada ao mesmo apercepção de adicional de insalubridade, por exercer suas funçõesdiariamente no setor de coleta domiciliar e estar exposto a estesagentes de forma habitual e permanente, não ocasional nemintermitente". Na função de Auxiliar de Mecânico, o Laudo Técnicoesclarece que o autor se submete aos agentes químicos nocivos, asaber, gasolina, óleo diesel ou solventes orgânicos, e a níveis deruído na ordem de 94 dB, de forma habitual e permanente, nãoocasional nem intermitente, também se caracterizando comoatividade insalubre.- Hipótese em que o laudo informou que apesar do autor ter feitouso de EPI, este não foi eficaz, porquanto é insuficiente parapreveni-lo de riscos suscetíveis de ameaçar a saúde, além de que ofornecimento pela Empresa não foi não de forma regular.- No caso, o autor preencheu os requisitos necessários para a concessão daaposentadoria especial, devendo ser mantida a sentença que determinou aconcessão do benefício desde a data do requerimento (10/07/2012).- Manutenção dos critérios de atualização dos valores pretéritos fixados nasentença em relação à correção monetária e juros de mora, vez quecomunga com o entendimento adotado desta colenda Turma.- Apelação improvida.(PROCESSO: 08062905120144058400, AC/RN, DESEMBARGADOR FEDERALRUBENS DE MENDONÇA CANUTO, 4ª Turma, JULGAMENTO: 08/09/2016).

ENQUADRAMENTO DO DENTISTA, CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

...A Primeira Turma desta Corte, ao examinar o tema, no julgamento do REsp 1.473.155/RS,Relator o Ministro Sérgio Kukina, afirmou que o art. 57, que trata da aposentadoria especial,não faz distinção entre os segurados, estabelecendo como requisito para a concessão dobenefício o exercício de atividade sujeita a condições que prejudiquem a saúde ou aintegridade física do trabalhador(...)

Concluiu-se, também, por equivocado o argumento de que a contribuição específicarealizada pelo empregador em razão da submissão dos empregados a condições especiais detrabalho, prevista no art. 22, II, da Lei n. 8.213/91, não pode também financiar aaposentadoria especial dos segurados individuais, pois o sistema contributivo, adotado noRGPS, tem como pressuposto a repartição de receitas de um fundo único que arrecada efinancia os benefícios. Por fim, foi destacado que o segurado individual não está excluídodo rol dos beneficiários da aposentadoria especial, mas cabe a ele demonstrar o exercíciode atividades consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física, nos moldesprevistos à época em que realizado o serviço - até a vigência da Lei n. 9.032/95 porenquadramento nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979 e, a partir da inovaçãolegislativa, com a comprovação de que a exposição aos agentes insalubres se deu de formahabitual e permanente (STJ. Resp. 1.540.963, Rel. Min. Sérgio Kukina. DJ 20/03/2017)

Súmula 62 TNU

• "O segurado contribuinte individual pode obterreconhecimento de atividade especial para finsprevidenciários, desde que consiga comprovar exposição aagentes nocivos à saúde ou à integridade física."

• Publicação 03/07/2012

SUGESTÕES DE PROVAS PARA O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

1. Notas Fiscais de compras de produtos específicos da atividade;

2. Certidão do órgão de classe (CRO, CRM, CNH profissional, etc.);

3. Diploma Universitário, informando a graduação na atividade especial, se for o caso;

4. Certificados de Especialização de cursos durante a vida laboral;

5. Inscrição na prefeitura e respectivos impostos (ISS, TL);

6. Contratar empresa de saúde e segurança do trabalho para elaboração de PPRA e PCMSO;

7. Testemunhas;

8. Prova Perícia Judicial;

9. Contrato de Prestação de serviço;

10. Laudo da empresa tomadora do serviço;

11. Fretes (no caso de motorista de caminhão);

12. Inscrição no INSS de autônomo;

13. Fichas dos pacientes atendidos (uma por ano), no caso de dentista ou médico.

CONCEITO DOUTRINÁRIO DE PENOSIDADE

“Trabalho penoso é aquele relacionado à exaustão, aoincômodo, à dor, ao desgaste, à concentração excessiva e àimutabilidade das tarefas desempenhadas que aniquilam ointeresse, que leva o trabalhador ao exaurimento de suasenergias, extinguindo-lhe o prazer entre a vida laboral e asatividades a serem executadas, gerando sofrimento, que podeser revelado pelos dois sintomas: insatisfação e ansiedade”.

(MARQUES. Christiani. A Proteção ao Trabalho Penoso. Pág. 64)

ENQUADRAMENTO DO MOTORISTA APÓS 1995. FUNDAMENTO NA PENOSIDADE

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS. (...)

A tese de que, após a vigência do Decreto nº 2.172/97, não seria mais possível enquadrarcomo especiais as atividades consideradas penosas/periculosas, porquanto a especialidadeserá considerada em relação à insalubridade verificada na exposição a agentes nocivosprevistos no regulamento, não se coaduna com os arts. 201, §1º, da CF/88 e 57 da Lei nº8.213/91 no que apontam como substrato à concessão da aposentadoria especial o exercíciode atividades prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador. Havendo acomprovação de que o trabalho foi exercido em condições agressivas à saúde, deverá serconsiderado especial, ainda que a atividade não esteja arrolada nos Decretos 2.172/97 e3.048/99, cujos rol de agentes nocivos é meramente exemplificativo. Hipótese na qual temincidência a Súmula nº 198 do TFR. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. O laudopericial indica que o segurado desempenhou a função de motorista de caminhão e estavaexposto, de modo habitual e permanente, aos riscos físicos próprios da profissão, tudopermitindo concluir que exercia atividade penosa, autorizando o reconhecimento de tempode serviço especial.

(TRF4, APELREEX 0002748-70.2016.4.04.9999, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC,Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR, D.E. 08/02/2018)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL E ESPECIAL

• (...) 7. O laudo pericial indica que o segurado desempenhou afunção de motorista de caminhão, ficando exposto, de modohabitual e permanente, aos riscos físicos próprios da profissão, taiscomo: vibrações, postura inadequada, estresse, trânsito caótico,tudo permitindo concluir que exercia atividade penosa,autorizando o reconhecimento de tempo de serviço especial.

• (TRF4, APELREEX 0016615-33.2016.4.04.9999, TURMA REGIONALSUPLEMENTAR DE SC, Relator PAULO AFONSO BRUM VAZ, D.E.25/01/2018)

CONCEITO JURIDICO DE PERICULOSIDADE:

CLT. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na formada regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem riscoacentuado em virtude de exposição permanente do trabalhadora:I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionaisde segurança pessoal ou patrimonial.§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador emmotocicleta.

- Regulamentação: NR 10 e Portaria MTE 1885/13, que aprovou o Anexo 3da NR 16

A periculosidade no direito previdenciário

a) CF e Lei 8.213/91: “integridade física”;

b) Súmula 198 TFR;

c) Recurso Repetitivo STJ (Resp.1.306.113);

VIGILANTE APÓS 03/1997, RECONHECIDO COMO ESPECIAL PELO STJ. COM OU SEM ARMA DE FOGO

EMENTA PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE.SUPRESSÃO PELO DECRETO 2.172/1997. ARTS. 57 E 58 DA LEI 8.213/1991. ROL DEATIVIDADES E AGENTES NOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO. AGENTESPREJUDICIAIS NÃO PREVISTOS. REQUISITOS PARA CARACTERIZAÇÃO. EXPOSIÇÃOPERMANENTE, NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE (ART. 57, § 3o., DA LEI8.213/1991). ENTENDIMENTO EM HARMONIA COM A ORIENTAÇÃO FIXADA NA TNU.RECURSO ESPECIAL DO INSS A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

(...)

5. Seguindo essa mesma orientação, é possível reconhecer a possibilidade decaracterização da atividade de vigilante como especial, com ou sem o uso de arma defogo, mesmo após 5.3.1997, desde que comprovada a exposição do trabalhador àatividade nociva, de forma permanente, não ocasional, nem intermitente.

(RECURSO ESPECIAL Nº 1.410.057 – Rel. Min. Napoleão Nunes Maia. Dje 11/12/2017)

ENQUADRAMENTO POR ATIVIDADE PROFISSIONAL

• É aquele pelo qual o enquadramento é feito por categoria profissional e não individualizado, por agente nocivo. Há uma presunção absoluta de agentes nocivos

presentes no exercício dessas atividades. Essa regra vale até a publicação da Lei 9.032, de 28/04/95.

EMPRESA EXTINTA DISPENSA FORMULÁRIO:

No caso de empresa legalmente extinta, a não apresentaçãodo formulário de reconhecimento de períodos laborados emcondições especiais ou PPP não será óbice ao enquadramentodo período como atividade especial por categoria profissionalpara o segurado empregado, desde que conste a função oucargo, expresso e literal, nos documentos relacionados noinciso I deste artigo, idêntica às atividades arroladas em umdos anexos legais indicados no art. 269, devendo serobservada, nas anotações profissionais, as alterações defunção ou cargo em todo o período a ser enquadrado.

(Art. 270 § 1º da IN 77/2015)

Como enquadrar pela atividade profissional:

• No PAP indicar em cada empresa os períodos a seremenquadrados por categoria:

a) Escrever numa folha de sulfite indicando a função, o códigode enquadramento e a fundamentação da IN (art. 270 §1º);

b) Juntar a cópia da CTPS com a indicação da atividadeexercida pelo segurado (e/ou alterações no decorrer docontrato);

c) Prova de extinção da empresa (buscar no site da ReceitaFederal a prova da baixa da empresa)

SE A EMPRESA EXISTIR, NO PPP, EM CASO DE CATEGORIA PROFISSIONAL:

• Art. 267. Quando o PPP for emitido para comprovarenquadramento por categoria profissional, na forma doAnexo II do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 83.080, de1979 e a partir do código 2.0.0 do quadro anexo aoDecreto nº 53.831, de 1964, deverão ser preenchidostodos os campos pertinentes, excetuados os referentes aregistros ambientais e resultados de monitoraçãobiológica. (IN 77/15)

CATEGORIA PROFISSIONAL. DIVERGÊNCIA E ENQUADRAMENTO

• A atividade especial efetivamente desempenhada pelo (a)segurado (a), permite o enquadramento por categoriaprofissional nos Anexos aos Decretos 53.831/1964 e83.080/1979, ainda que divergente do registro em Carteirade Trabalho da Previdência Social - CTPS - e/ou Ficha deRegistro de Empregados, desde que comprovado oexercício nas mesmas condições de insalubridade,periculosidade ou penosidade.»

Enunciado n. 32 CRSS, de 30/06/2011 (DOU de08/07/2011).

ENQUADRAMENTO POR ANALOGIAPROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REVISIONAL. REMESSA OFICIAL TIDA POR INTERPOSTA. ATIVIDADE ESPECIAL. CATEGORIA

PROFISSIONAL. TORNEIRO MECÂNICO E MANDRILHADOR. EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. COMPROVAÇÃO. OBSERVÂNCIA DA

LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. PPP. EPI EFICAZ. INOCORRÊNCIA. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS. REVISÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO.

(...)

IV- O exercício de atividades como torneiro mecânico e mandrilhador é passível de reconhecimento de atividade especial, por se tratar de funções

análogas à de esmerilhador, categoria profissional prevista no código 2.5.3, anexo II, do Decreto 83.080/79 - 'operações diversas'.

V- O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso especial de nº 1.398.260/PR (Relator Ministro Herman Benjamin, julgado em

05.12.2014, Dje de 04.03.2015), esposou entendimento no sentido de que o limite de tolerância para o agente agressivo ruído, no período de

06.03.1997 a 18.11.2003, deve ser aquele previsto no Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (90dB), sendo indevida a aplicação retroativa do Decreto nº

4.8882/03, que reduziu tal patamar para 85dB.

VI- O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, instituído pelo art. 58, §4º, da Lei 9.528/97, é documento que retrata as características do trabalho do

segurado, e traz a identificação do engenheiro ou perito responsável pela avaliação das condições de trabalho, sendo apto para comprovar o exercício

de atividade sob condições especiais, fazendo as vezes do laudo técnico.

VII - No caso dos autos, os Perfis Profissiográficos Previdenciários - PPP's estão formalmente em ordem, constando o número do CRM e

nome do médico responsável pelas medições, bem como carimbo e assinatura do responsável pela empresa. Ressalte-se que tal formulário é

emitido com base no modelo padrão do INSS, que não traz campo específico para a assinatura do médico, portanto, a ausência da assinatura

deste não afasta a validade das informações ali contidas.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2246985 - 0005547-18.2016.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO

NASCIMENTO, julgado em 29/08/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:06/09/2017 )

PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REVISIONAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.REMESSA OFICIAL TIDA POR INTERPOSTA. ATIVIDADE ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A AGENTE NOCIVO.OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA DA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. EPI INEFICAZ. TERMO INICIAL.VERBAS ACESSÓRIAS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REVISÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO.

VII - Relativamente à atividade exercida em estabelecimento têxtil, ajurisprudência tem sido consistente no sentido que esta é passível deenquadramento em razão da categoria profissional, independentemente daexistência de laudo técnico, por analogia aos códigos 2.5.1 do Decreto nº53.831/64 e 1.2.11 - Indústrias têxteis: alvejadores, tintureiros, lavadores eestampadores a mão do Decreto 83.080/79 (Anexo I). Precedente: AC201251060013060, Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO, TRF2 -PRIMEIRA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data:03/10/2014.

(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2283750 - 0041315-66.2017.4.03.9999, Rel.DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 03/04/2018, e-DJF3 Judicial 1

DATA:13/04/2018 )

ENQUADRAMENTO POR EQUIPARAÇÃO

PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO. SENTENÇA CITRA PETITA. NULIDADE. ARTIGO1.013, §3º, III, DO CPC/2015. JULGAMENTO DO MÉRITO. APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. COMPROVAÇÃO DAS CONDIÇÕESESPECIAIS. SERRALHEIRO. RUÍDO. USO DE EPI. IMPLEMENTAÇÃO DOSREQUISITOS. DIB. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. MANUAL DE CÁLCULOS NAJUSTIÇA FEDERAL. HONORÁRIOS DE ADVOGADO. (...)

6. Da mesma forma, comprovada a atividade de serralheiro,sendo inerente à atividade o uso de ferramentas como serras,esmeris, furadeiras, plainas e soldas, a atividade se enquadra,por equiparação, no código 2.5.3 do Decreto nº 83.080/79. (TRF 3ªRegião, SÉTIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 1704546 -0002498-89.2010.4.03.6114, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO DOMINGUES,julgado em 20/03/2017, e-DJF3 Judicial 1 DATA:31/03/2017 )

AGENTES CANCERÍGENOS. PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE:

• A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposiçãoa agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos,listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para acomprovação de efetiva exposição do trabalhador, pelo critérioqualitativo e mesmo com uso de EPI.

(art. 68, § 4º RPS, com nova redação Decreto 8123/13 e 284 § únicoda IN 77/2015)

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 9, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014

• Publica a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos paraHumanos (LINACH), como referência para formulação depolíticas públicas, na forma do anexo a esta, dentre eles:

• Benzeno, compostos de cromo, poeira de sílica, óxido de etileno, dentre outros

PERMANÊNCIA. CONCEITO

Decreto 3.048/99. Art. 65:

“Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que éexercido de forma não ocasional nem intermitente, no quala exposição do empregado, do trabalhador avulso ou docooperado ao agente nocivo seja indissociável da produçãodo bem ou da prestação do serviço”.

DEVE VIR A INFORMAÇÃO DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE AO

AGENTE NOCIVO NO PPP?

CRITÉRIO DA PERMANÊNCIA

PERMANÊNCIA NÃO É JORNADA DE TRABALHO

(...)11. Como afirmado pelo Tribunal de origem, o fundamentosustentado pela Autarquia de que a exposição aos agentes biológicosera eventual, não é suficiente para descaracterização daespecialidade. Não se reclama exposição às condições insalubresdurante todos os momentos da prática laboral, visto quehabitualidade e permanência hábeis para os fins visados pela norma -que é protetiva - devem ser analisadas à luz do serviço cometido aotrabalhador, cujo desempenho, não descontínuo ou eventual,exponha sua saúde à prejudicialidade das condições físicas, químicas,biológicas ou associadas que degradam o meio ambiente dotrabalho. (STJ. Resp. 1.645.025. Rel. Min. Napoleão Nunes Maia. DJ01/02/2017)

ELETRICIDADE. PERMANÊNCIA X TEMPO.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS. Uma vez exercida atividadeenquadrável como especial, sob a égide da legislação que a ampara, o segurado adquire o direito ao reconhecimentocomo tal e ao acréscimo decorrente da sua conversão em tempo de serviço comum no âmbito do Regime Geral dePrevidência Social. Até 28/04/1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por categoria profissional ou porsujeição a agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio de prova (exceto para ruído); a partir de 29/04/1995 não mais épossível o enquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição a agentes nocivos porqualquer meio de prova até 05/03/1997 e, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo técnico, ou pormeio de perícia técnica. Comprovado o exercício de atividade especial por mais de 25 anos, a parte autora faz jus àconcessão da aposentadoria especial. Não obstante o Decreto nº 2.172/97 não tenha incluído em seu rol de agentesnocivos a eletricidade, é possível o enquadramento da atividade como especial no período posterior a 05/03/1997, secomprovado através de perícia que o trabalhador estava exposto a tensões superiores a 250 volts. Interpretaçãoconjugada do Decreto nº 53.831/64 (Código 1.1.8 do Quadro Anexo) com a Súmula nº 198 do TFR. Orientação assentadano julgamento do Recurso Especial Repetitivo nº 1.306.113. Cabe ainda destacar que o tempo de exposição ao riscoeletricidade não é necessariamente fator condicionante para que ocorra um acidente ou choque elétrico. Assim, pormais que a exposição do segurado ao agente nocivo eletricidade acima de 250 volts (alta tensão) não perdure por todasas horas trabalhadas, trata-se de risco potencial, cuja sujeição não depende da exposição habitual e permanente. (TRF4,AC 5001923-41.2017.4.04.7207, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Relator HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃOJÚNIOR, juntado aos autos em 05/02/2018)

A PERMANÊNCIA. SÚMULA 49 DA TNU

“Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a

agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente”.

Precedentes: Pedilef nº 0002950-15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012), Pedilef nº 2007.71.95.022763-7 (julgamento

02/08/2011), Pedilef nº 2007.72.51.008595-8 (julgamento 17/03/2011).

NÃO DESCARACTERIZAM A PERMANÊNCIA:

•Descansos e afastamentos, tais como:férias, licença médica e auxílio-doençaacidentário, aposentadoria porinvalidez acidentária e saláriomaternidade, desde que, à data doafastamento, o segurado estivesseexercendo atividade consideradaespecial. (§ único do artigo 65 RPS);

Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (Seção) Nº 5017896-60.2016.4.04.0000 (Processo Eletrônico - E-Proc V2 -TRF)

Originário: Nº 5003377-89.2013.4.04.7112 (Processo Eletrônico -E-Proc V2 - TRF)Data de autuação: 20/04/2016 10:01:48Tutela: Não RequeridaRelator: PAULO AFONSO BRUM VAZ - 3a. SEÇÃO

Órgão Julgador: GAB. 91 (Des. Federal PAULO AFONSO BRUM VAZ)

Admitido como IRDR em 08/03/2017 pelo TRF4a. Região e julgado por 8 X 0, mantendo o ADP como tempo especial. Houve interposição de RE e Resp. pelo INSS

História da Aposentadoria Especial

• Foi instituída com a LOPS - Lei 3.807/60:

“Art. 31. A aposentadoria especial será concedida

ao segurado que, contando no mínimo com 50

anos de idade e 15 de anos de

contribuição, tenha trabalhado durante 15, 20

ou 25 anos pelo menos, conforme a atividade

profissional, em serviços que, para esse efeito,

forem considerados penosos, insalubres ou

perigosos, por Decreto do Poder Executivo”.

Idade e Agentes Agressivos

• Em 25/03/64, publica-se o Decreto 53.831/64 com o quadroanexo III;

• Idade mínima de 50 anos vigorou até a Lei 5440-A, de23/05/68. Contudo, no âmbito administrativo, somente foiacolhido em 1995 (27 anos depois), por força do parecerCJ/MPAS 2.33/95.

• Lei 5.890/73 altera carência para 60 meses;

• Em 24/01/79, publica-se o Decreto 83.080/79, com o quadroanexo I e II.

Lei 8.213/91, artigo 57, redação original:

• “A aposentadoria especial será devida, uma vezcumprida a carência exigida nesta lei, ao seguradoque tiver trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos,conforme a atividade profissional, sujeito acondições especiais que prejudiquem à saúde ou aintegridade física”.

Redação atual do art. 57, Lei 8.213/91:

“A aposentadoria especial será devida, uma vezcumprida a carência exigida nesta Lei, aosegurado que tiver trabalhado sujeito acondições especiais que prejudiquem a saúdeou a integridade física, durante 15 (quinze), 20(vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conformedispuser a lei”.

DATAS LIMITES DOS AGENTES NOCIVOS, CONFORME POSICIONAMENTO ADMINISTRATIVO

ATÉ 28/04/95

Lei 9032/95

De

28/04/95 a

05/03/97

De

06/03/97 a 06/05/99

De

07/05/99 até hoje

- Físicos; Químicos; Biológicos

- Categoria

Profissional –(Guarda/vigia/vigilante. Motorista. Cobrador. Ajudante Caminhão

Decreto 53.831/64 e 83.080/79 (I e II)

- Físicos (eletricista, radiação ionizante)

- Químicos (ex: frentista.)

- Biológicos

dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, Anexos I

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto 2.172/97

Anexo IV

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto

3.048/99 e

4.882/2003

Anexo IV

LISTAS SÃO EXEMPLIFICATIVASATÉ

28/04/95

De

28/04/95 a

05/03/97

De

06/03/97

a

06/05/99

De

07/05/99 até

hoje

- Físicos;

- Químicos

-Biológicos

- Categoria

Profissiona

l

- Físicos;

- Químicos

-

Biológicos

dos

Decretos

53.831/64

e

83.080/79

- Físicos;

-

Químicos

-

Biológicos

Decreto

2.172/97

- Físicos;

- Químicos

- Biológicos

Decreto

3.048/99

SUMULA 198 TFR:“Atendidos os demais

requisitos,

É devida aposentadoria

especial

se pericia judicial constata

que a

Atividade exercida pelo

segurado

É perigosa, insalubre ou

penosa,

mesmo não inscrita em

Regulamento.”

NHO´S OU

NR´SAgentes

cancerígenos

ANEXOS NORMA REGULAMENTADORA 15

ANEXO 1 RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE

ANEXO 2 RUÍDO DE IMPACTO

ANEXO 3 CALOR

ANEXO 4 REVOGADO

ANEXO 5 RADIAÇÕES IONIZANTE

ANEXO 6 PRESSÃO ATMOFÉRICA ANORMAL

ANEXO 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

ANEXO 8 VIBRAÇÕES

ANEXO 9 FRIO

ANEXO 10 UMIDADE

ANEXO 11 AGENTES QUIMICOS POR LIMITE DE TOLERANCIA

ANEXO 12 POEIRAS MINERAIS ASBESTOS – LT

ANEXO 13 AGENTES QUÍMICOS QUALITATIVOS

ANEXO 13-A BENZENO

ANEXO 14 AGENTES BIOLÓGICOS

FORMULÁRIOS DE COMPROVAÇÃO DO TEMPO ESPECIAL

• Formulários antigos aceitos se expedidos até 31/12/2003:

• SB/40

• DISES – BE 5235

• DSS 8030

• DIRBEN 8030

Formulário NOVO expedidos a partir de 01/01/2004

• PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)

• PP (Perfil Profissiográfico), em fase de implantação em meio magnético,conforme Decreto 8.123/13.

DIVERGÊNCIA QUANTO À DATA DA OBRIGATORIEDADE DO LAUDO

• Posicionamento do INSS: o LTCAT passa a ser exigido a

partir da MP 1523, de 13/10/96;

• Posicionamento do STJ, o LTCAT passou a ser exigido apartir do Decreto 2.172/97, que regulamentou a MP1523/96 e depois foi convertida na Lei 9.528/97 (videREsp. n. 1.436.160-RS);

O LTCAT DEVE CONTER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES*:

• Identificação da empresa, cooperativa de trabalho ou de produção, OGMO, Sindicato da categoria;

• Se individual ou coletivo;

• Identificação do setor e da função;

• Descrição da atividade (profissiografia);

• Descrição dos agentes nocivos capazes de causar danos à saúde e integridade física;

• Localização das possíveis fontes geradoras;

• Via e periodicidade de avaliação do agentes nocivo;

• Metodologia e procedimento de avaliação do agente nocivo;

• Descrição das tecnologias de proteção coletiva e individual, bem como medidas administrativas;

• Conclusão;

• Assinatura e identificação dos responsáveis técnicos com número do CREA ou CRM;

• Data da realização da demonstração ambiental ou do laudo

(*Manual de Aposentadoria Especial. Resolução 600/17. págs. 18 e 19)

TIPOS DE LAUDO TÉCNICO

• Laudo Coletivo:Documento emitido pelaempresa de vínculo,contemplando os resultadosde avaliações das condiçõesambientais dos locais detrabalho, o registro dosagentes nocivos e asconclusões quanto àexposição ocupacional detodos os trabalhadores daempresa. O LTCAT coletivo sóé válido se o posto detrabalho do requerenteestiver contemplado.

• Laudo Individual:Documento que se refereexclusivamente aorequerente. Deve serobservado se o profissionalque elaborou é ou nãofuncionário da empresa. Casonão seja, necessário constarautorização escrita daempresa para fazer a pericia ea identificação doacompanhante da empresa,data e local da realização daperícia.

LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT:

I - laudos técnico-periciais realizados na mesmaempresa, emitidos por determinação da Justiça doTrabalho, em ações trabalhistas, individuais oucoletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que osegurado não seja o reclamante, desde que relativasao mesmo setor, atividades, condições e local detrabalho;

II - laudos emitidos pela Fundação Jorge DupratFigueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -FUNDACENTRO;

III - laudos emitidos por órgãos do Ministério doTrabalho e Emprego - MTE;

LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT

IV - laudos individuais acompanhados de:

a) autorização escrita da empresa para efetuar olevantamento, quando o responsável técnico não forseu empregado;

b) nome e identificação do acompanhante da empresa,quando o responsável técnico não for seu empregado;e

c) data e local da realização da perícia.

(art. 261 da IN 77/2015)

DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS ACEITAS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT

V - as demonstrações ambientais:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;

b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;

c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; e

d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -PCMSO.

(art. 261 da IN 77/2015)

LAUDOS NÃO ACEITOS PELO INSS*

• *I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado,sem o atendimento das condições previstas no inciso IVdo caput deste artigo;

• *II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quandoefetuada no mesmo setor;

• *III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;

• *IV - laudo realizado em localidade diversa daquela emque houve o exercício da atividade;

• *V - laudo de empresa diversa.

(* mas podem ser discutidas na justiça)

As informações da nocividade no CNIS

Código da GFIP no PPP

• 1 - Não exposição a agente nocivo

• 2 - Exposição a agente nocivo ( 15 anos de serviço)

• 3 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)

• 4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)

• Obs. O código 1 somente será utilizado no caso detrabalhador que esteve e deixou de estar exposto aagente nocivo, no mês de competência. Para ostrabalhadores com mais de um vínculo empregatício:

• 5 - Não exposição a agente nocivo

• 6 - Exposição a agente nocivo (aos 15 anos de serviço)

• 7 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço)

• 8 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)

TÉCNICA UTILIZADA. Campo 15.5 do PPP: NHO X NR-15

NR-15

LIMITE MÁXIMO DIÁRIO

PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 5 horas

90 DB 4 horas

95 DB 2 horas

NHO - 01LIMITE MÁXIMO

DIÁRIO PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 4 horas

90 DB 2 horas

95 DB 47,62 minutos

TEMPORALIDADE DO LAUDO

Contemporâneo: Quando realizado durante operíodo em que o segurado trabalhou na empresa;

Extemporâneo: Quando o levantamento foirealizado em data anterior ou posterior ao períodoem que o segurado trabalhou na empresa

LAUDO EXTEMPORÂNEO. QUESTÃO SUMULADA PELA TNU

•O laudo pericial não contemporâneo ao período

trabalhado é apto à comprovação da atividade

especial do segurado.(SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12)

Laudo extemporâneo. Decisão do STJ

“Não prospera a alegação do INSS de que o laudo pericial (fls. 250/258) apresentado é extemporâneo ao

período que o autor pretende provar, vez que a extemporaneidade do laudo pericial não desnatura sua

força probante”.

(AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 329.827 – SE. (2013/0111547-2) RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN. DJ 03/06/2013)

A SISTEMÁTICA DAS PROVAS NA APOSENTADORIA ESPECIALAté 28/04/95 29/04/95 a

05/03/97*

A partir de 06/03/97 A partir de01/01/04

- Formulários para agentes nocivos expedidos até 31/12/2003 ;

-CTPS , para enquadramento por categoria profissional de empresas extintas;

- LTCAT (ou seus substitutivos) só para Ruído ou o PPP

- Formulários para

agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 ;- LTCAT (ou seus substitutivos) só para ruído ou PPP

*Entendimento STJ

- Formulários para agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 e LTCAT para todos os agentes nocivos (ou seus substitutivos) ou PPP

PPP expedido com base no LTCAT (ou seus substitutivos)

LTCAT fica arquivado

na empresa. Só apresenta, se

necessário(STJ. Pet. 10.262)

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. PREVIDENCIÁRIO.COMPROVAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. RUÍDO. PERFILPROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP). APRESENTAÇÃOSIMULTÂNEA DO RESPECTIVO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕESAMBIENTAIS DE TRABALHO (LTCAT). DESNECESSIDADE QUANDOAUSENTE IDÔNEA IMPUGNAÇÃO AO CONTEÚDO DO PPP. 1. Emregra, trazido aos autos o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP),dispensável se faz, para o reconhecimento e contagem do tempo de serviçoespecial do segurado, a juntada do respectivo Laudo Técnico de CondiçõesAmbientais de Trabalho (LTCAT), na medida que o PPP já é elaborado combase nos dados existentes no LTCAT, ressalvando-se, entretanto, anecessidade da também apresentação desse laudo quando idoneamenteimpugnado o conteúdo do PPP. 2. No caso concreto, conforme destacado noescorreito acórdão da TNU, assim como no bem lançado pronunciamento doParquet, não foi suscitada pelo órgão previdenciário nenhuma objeçãoespecífica às informações técnicas constantes do PPP anexado aos autos,não se podendo, por isso, recusar-lhe validade como meio de prova apto àcomprovação da exposição do trabalhador ao agente nocivo "ruído". 3.Pedido de uniformização de jurisprudência improcedente. (PET. 10.262).

16/02/2017)

AS PROVAS NO PAP E NO PJP:

NO PAP

• Documental: em qualquermomento processual, desde queantes do julgamento;

• Oral: Sustentação oral, oitiva detestemunhas

• Técnica: Perícia, Inspeção (VideResolução 485/2015)

NO PJP• Documental: Inicial e

durante a fase de Instrução,ou se apresentada em outrafase, deve ser aceita pelaparte contrária;

• Oral: Sustentação Oral;Audiências, oitiva, outras

• Técnica: Perícia in loco, ousimplificada (NCPC),inspeção.

RESOLUÇÃO INSS/PRES 485, 08/07/2015

Considerando...

• c.) o § 7º do art. 68 do Decreto nº 3.048, de 1999, que dispõe sobre ainspeção, se necessário, no local de trabalho do segurado visando a confirmaras informações contidas no Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP e LaudoTécnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, para fins deAposentadoria Especial;

Art. 4º A inspeção no ambiente de trabalho terá por finalidade:

V - verificar se as informações contidas no PPP estão em concordância com oLTCAT utilizado como base para sua fundamentação, com fins à aposentadoriaespecial;

VI - confirmar se as informações contidas LTCAT estão em concordância com oambiente de trabalho inspecionado, com fins à aposentadoria especial; e

Art. 5º A Perícia Médica dará ciência ao segurado, por meio da Carta deComunicação ao Segurado de Inspeção no Ambiente de Trabalho (Anexo IV), dadata e hora de realização da inspeção, informando-lhe da possibilidade daparticipação do representante do sindicato da categoria e/ou do seu médicoassistente.

Pedir RETIFICAÇÃO DO PPP POR DIVERGÊNCIA DASINFORMAÇÕES:

Com efeito, em Primeiro Grau houve o reconhecimento deque o autor laborava no subsolo da mina de formapredominante. A previsão é clara ao mencionar a associaçãode agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, o queengloba o adicional de insalubridade. Portanto, reconhecido olabor do reclamante no subsolo da mina da reclamada peloMagistrado de origem, deve ser fornecido novo PPP ao autor,retificando a função exercida por este, nos exatos termos dasentença a quo. Ante o exposto, dou provimento ao recursodo autor para determinar que a reclamada expeça novo PerfilProfissiográfico Previdenciário ao autor. (TRT12. RO 0004825-32.2014.5.12.0003 -3. Hélio Bastida Lopes Relator. DJ 02/03/2016)

Na ação trabalhista É POSSÍVEL:

OUTRAS FORMAS DE COMPROVAÇÃO:

• Exames de saúde do segurado;

• Emissão de CAT;

• Inspeção pelo próprio INSS ou por profissionalhabilitado. (Vide Resolução 485/15)

• Denúncia ao Ministério Público do Trabalho sobreas condições agressivas ou não fornecimento dePPP, com pena de multa prevista no art. 283 doRPS;

•Notificação extrajudicial à empresa. Multa pordescumprimento da lei: entre de R$ 2.331,32 aR$ 233.130,50 (Portaria MF 15/2018);

EMPRESA INATIVA. MEIOS DE PROVA

• Para enquadramento pela função, até 28/04/95há presunção de agressividade, não sendo tãorígida a comprovação.

• Justificação Administrativa (baseada em início de prova material);

• Prova emprestada;

• Laudo arquivado no INSS;

• Comprovação por similaridade;

• Laudos provenientes de: Reclamação Trabalhista,FUNDACENTRO ou outros órgão oficiais.

PERÍCIA POR SIMILARIDADERECURSO ESPECIAL Nº 1.436.160 - RS (2014/0032623-0)

RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF - PR000000F

RECORRIDO : ANTÔNIO AUGUSTO MOURA RODRIGUES

ADVOGADO : ANILDO IVO DA SILVA E OUTRO(S) - RS037971

VOTO

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CÔMPUTO DE TEMPO DESERVIÇO ESPECIAL. RECONHECIMENTO DE TRABALHO SUJEITO AAGENTES NOCIVOS. LAUDO TÉCNICO PRODUZIDO EM EMPRESASIMILAR. ADMISSIBILIDADE. AMPLA PROTEÇÃO DO DIREITOFUNDAMENTAL DO SEGURADO. INVIABILIDADE DE CONVERSÃO DETEMPO COMUM EM ESPECIAL QUANDO O REQUERIMENTOADMINISTRATIVO OCORRER NA VIGÊNCIA DA LEI 9.032/95. RESP.1.310.034/PR REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. RESSALVA DOPONTO DE VISTA DO RELATOR. RECURSO ESPECIAL DA AUTARQUIAPARCIALMENTE PROVIDO PARA RECONHECER A IMPOSSIBILIDADE DECONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. (Dje 05.04.2018)

REQUISITOS PARA A SIMILARIDADE

• Analisar empresa concorrente, com mesmo ramo deatividade. CNAE;

• Porte da empresa e número de máquinas existentes;

• Conferir setor, função/atividade

• Verificar se há nos seus arquivos ou no banco de laudosdo TRF4 ou no INSS, algum laudo de empresa similar;

...é possível a realização de perícia indireta (por similaridade) seas empresas nas quais a parte autora trabalhou estivereminativas, sem representante legal e não existirem laudostécnicos ou formulários, ou quando a empresa tiver alteradosubstancialmente as condições do ambiente de trabalho daépoca do vínculo laboral e não for mais possível a elaboraçãode laudo técnico, observados os seguintes aspectos: (i) seremsimilares, na mesma época, as características da empresaparadigma e aquela onde o trabalho foi exercido, (ii) ascondições insalubres existentes, (iii) os agentes químicos aosquais a parte foi submetida, e (iv) a habitualidade epermanência dessas condições”.

Processo nº 0001323-30.2010.4.03.6318

Fonte: TNU – 23/06/2017

PERÍCIA POR SIMILARIDADE

O STF fixou duas teses, no julgamento do ARE 664.335, ocorrido em 15/02/2015:

• Tese maior: se comprovada a eficácia do EPI, não serácaracterizada a atividade como especial, deixando de seraplicado o art. 201 § 1ºda CF;

• Tese menor: A informação de EPI eficaz no PPP não ésuficiente, nos casos de ruído, para descaracterizar o tempocomo especial.

EM CASO DE DÚVIDA O TEMPO DEVE SER RECONHECIDO COMO ESPECIAL...

11. A Administração poderá, no exercício dafiscalização, aferir as informações prestadas pelaempresa, sem prejuízo do inafastável judicial review.Em caso de divergência ou dúvida sobre a realeficácia do Equipamento de Proteção Individual, apremissa a nortear a Administração e o Judiciário épelo reconhecimento do direito ao benefício daaposentadoria especial. Isto porque o uso de EPI, nocaso concreto, pode não se afigurar suficiente paradescaracterizar completamente a relação nociva aque o empregado se submete. (Ementa. STF. ARE664.335)

“a mera juntada do PPP referindo a eficácia do EPI nãoelide o direito do interessado em produzir prova emsentido contrário”

(INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS - IRDR Nº5054341-77.2016.4.04.0000/SC. DJ 11/12/17. Aguarda julgamento de ED.)

IRDR SOBRE EPI.TESE FIXADA

NO MANUAL APOSENTADORIA ESPECIAL QUANTO AOS EPI’s– RESOLUÇÃO 600/17:

Deve ser observada a hierarquia entre medidas deproteção coletiva, medidas de caráter administrativo oude organização do trabalho e utilização de tecnologiade proteção individual, NESTA ORDEM. Admite-se autilização de EPI somente em situações de inviabilidadetécnica da adoção de medidas de proteção coletiva ouquando estas não forem suficientes ou se encontraremem fase de estudo, planejamento ou implantação, ou,ainda, em caráter complementar ou emergencial. (pag.21) GN

O EPI É O ÚLTIMO RECURSO DE PROTEÇÃO AO TRABALHADOR

O EPI NA IN 77/2015:

• ...e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e sejarespeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade de queseja assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, aobservância:

• I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja,medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou deorganização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se autilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiênciaou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em carátercomplementar ou emergencial;

• II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo dotempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condiçõesde campo;

• III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

• IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais,comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e

• V - da higienização. (art. 279)

SITUAÇÕES CONSOLIDADAS DE EPI INEFICAZ

•CATEGORIA PROFISSIONAL ANTERIOR A LEI 9.032/95

• RUÍDO. ARE 664.335

• CALOR. NR-15, ANEXO 3

• PRESSÃO ANORMAL. NR-15, ANEXO 6

• VIBRAÇÃO. NR-15, ANEXO 8

• BENZENO. Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

• HIDROCARBONETOS. NR15, ANEXO 13

• BIOLÓGICOS. ITEM 3.1.5. Resolução 600/17

• CANCERÍGENOS. LINACH. MEMO 2/15

• PERICULOSIDADE E PENOSIDADE

O CONTRATO DE TRABALHO E A APOSENTADORIA ESPECIAL

Art. 57, § 8º da Lei 8.213/91:

Aplica-se o disposto no art. 46 ao seguradoaposentado nos termos deste artigo quecontinuar no exercício de atividade ouoperação que o sujeite aos agentes nocivosconstantes da relação referida no art. 58desta Lei.

OS EFEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO NA APOSENTADORIA ESPECIAL

Parágrafo único, art. 69. O segurado que retornar ao exercíciode atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentesnocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, namesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma deprestação do serviço ou categoria de segurado, seráimediatamente notificado da cessação do pagamento de suaaposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado dadata de emissão da notificação, salvo comprovação, nesseprazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foiencerrado. (nova redação trazida pelo Decreto Nº 8.123/13)

RECEBIDA A APOSENTADORIA, O QUE FAZER?

• PEDIR DEMISSÃO? PEDIR PARA SER DEMITIDO? PEDIRPARA MUDAR DE FUNÇÃO/SETOR?

• CONCESSÃO DO BENEFÍCIO FOI ADMINISTRATIVA OUJUDICIAL?

• FOI CONCEDIDO POR TUTELA ANTECIPADA?

TEMA EM REPERCUSSÃO GERAL NO STF

• Tema 709 - Possibilidade de percepção dobenefício da aposentadoria especial na hipóteseem que o segurado permanece no exercício deatividades laborais nocivas à saúde.

• Relator: MIN. DIAS TOFFOLI

• Leading Case: RE 791961

• Há Repercussão? Sim

PREVIDENCIÁRIO. REMESSA OFICIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. TEMPODE LABOR EXERCIDO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS. AGENTE ELETRICIDADE.SUPRESSÃO PELO DECRETO 2.172/97. ROL EXEMPLIFICATIVO.POSSIBILIDADE. COMPENSAÇÃO DE VALORES PERCEBIDOS EM ATIVIDADEESPECIAL APÓS O REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE.(...)- Não cabe devolução pelo autor dos valores percebidos em atividadeespecial após a data do requerimento administrativo, pois a exigêncialegislativa do desligamento do emprego buscou desestimular a permanênciado segurado em atividade penosa, proibindo o exercício de atividade especialquando em gozo do benefício correspondente, e não deve ser invocada emseu prejuízo, por conta da resistência injustificada do Instituto, nãoinduzindo a que se autorize a compensação, em sede de liquidaçãode sentença, da remuneração salarial decorrente do contrato detrabalho, com os valores devidos a título de aposentadoria especial.- Remessa oficial não conhecida. Negado provimento ao recurso de apelaçãoautárquico.(TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSANECESSÁRIA - 2020051 - 0005192-59.2013.4.03.6103, Rel. DESEMBARGADORFEDERAL FAUSTO DE SANCTIS, julgado em 24/04/2017, e-DJF3 Judicial 1DATA:08/05/2017

• PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADEESPECIAL. POSSIBILIDADE. EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS. RUÍDO.COMPROVAÇÃO. OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DAATIVIDADE. TERMO INICIAL. CONDICIONAMENTO AO AFASTAMENTO OUEXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE. I – (...)

• IV - O termo inicial do benefício de aposentadoria especial, fixadojudicialmente, não pode estar subordinado ao futuro afastamento ouextinção do contrato de trabalho, a que faz alusão o art.57, §8º da Lei8.213/91, uma vez que estaria a se dar decisão condicional, vedada peloparágrafo único do art. 492 do Novo Código de Processo Civil, pois somentecom o trânsito em julgado haverá, de fato, direito à aposentadoria especial.

• V - O §8º do art. 57 da Lei 8.213/91 procurou desestimular a permanênciaem atividade tida por nociva, é norma de natureza protetiva ao trabalhador,portanto, não induz a que se autorize a compensação, em sede deliquidação de sentença, da remuneração salarial decorrente do contrato detrabalho, no qual houve reconhecimento de atividade especial, com osvalores devidos a título de prestação do benefício de aposentadoriaespecial.

• VI - Apelação do INSS e remessa oficial improvidas. (TRF 3ª Região, DÉCIMATURMA, APELREEX 0001740-61.2012.4.03.6140, Rel. DESEMBARGADORFEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 19/04/2016, e-DJF3 Judicial 1DATA:27/04/2016)

DECISÃO PERIGOSA!

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. VEDAÇÃODE CONTINUIDADE DO TRABALHO INSALUBRE - ART. 57, § 8º, C/C ART. 46,AMBOS DA LEI 8.213/1991. PERÍODO DE CUMULAÇÃO. DEVOLUÇÃO DOSVALORES PERCEBIDOS. COBRANÇA ADMINISTRATIVA. LIMITAÇÃO.POSSIBILIDADE. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. O § 8º do art. 57 da Lei8.213/1991 veda a percepção de aposentadoria especial por parte dotrabalhador que continuar exercendo atividade especial. 2. No casoconcreto, a parte autora obteve administrativamente o benefício deaposentadoria especial. Entretanto, permaneceu voluntariamente laborandoem atividades especiais, conforme comprovado por formulário PPPapresentado pela empregadora. 3. A autarquia-previdenciária tem o direitode reaver os valores indevidamente recebidos a título de benefício deaposentadoria especial pelo segurado, em cumulação com verbas salariaisdecorrentes da continuidade do contrato de trabalho em atividadeinsalubre. 4. Diante da configuração da sucumbência recíproca, cada partearcará com o pagamento das custas e dos honorários do advogado da parteadversa, ora arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado dacausa, nos termos dos §§ 2º e 14, parte final do art. 85 do NCPC. A obrigaçãoda parte autora em relação a ambas as verbas ficará sob condição suspensivade exigibilidade e somente poderá ser executada na forma do §3º do art. 98do NCPC, sendo que a autarquia-previdenciária está isenta de custas (art. 4º, Ida Lei 9.289/1996). 5. Apelação da parte autora não provida. (AC 0000744-14.2012.4.01.3814 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL RODRIGO RIGAMONTE FONSECA,1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS, e-DJF1 de25/11/2016)

HAVENDO ENQUADRAMENTO

= OU 15, 20 OU 25 ANOS

CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

NÃO HAVERÁ CONCESSÃO

DE APOSENTADORIA ESPECIAL

SOMA

PERÍODOS ESPECIAIS

SOMA

PERÍODOS ESPECIAIS 15, 20 OU 25 ANOS

CONVERSÃO DE TEMPO

• Entende-se por conversão de tempo de serviço o meio pelo qual os períodos de atividades sob condições especiais, com diferentes referenciais, são convertidos, aplicando-lhes fatores de equivalência correspondentes, de modo a torná-los

iguais.

ALTERAÇÃO NA CONVERSÃO. LEI 9.032/95

DE TEMPO ESPECIAL

PARA TEMPO

ESPECIAL

DE TEMPO COMUM

PARA TEMPO ESPECIAL

(REVOGADA EM 28/04/95)

DE TEMPO ESPECIAL

PARA TEMPO

COMUM

CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL PARA TEMPO ESPECIAL

Tempo a Converter

Multiplicadores

Para 15 Para 20 Para 25

De 15 anos - 1,33 1,67

De 20 anos 0,75 - 1,25

De 25 anos 0,60 0,80

CONVERSÃO TEMPO ESPECIAL EM TEMPO COMUM

TEMPO A CONVERTER

MULTIPLICADORES

MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33

DE 20 ANOS 1,50 1,75

DE 25 ANOS 1,20 1,40

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