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Universidade Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Iniciação Científica Relatório Final de Pesquisa 1 Avaliação do resultado da participação de universitários em um grupo de controle de ansiedade e enfrentamento do estresse. Identificação: Grande área do CNPq.: Ciências Humanas Área do CNPq: Psicologia Título do Projeto: Estresse, ansiedade e estratégias de enfrentamento em contexto universitário: avaliação e intervenção. Professor Orientador: Profa. Dra. Fabiana Pinheiro Ramos Estudante PIBIC/PIVIC: Nayara Stefenoni Kuster Resumo: Foram avaliados os resultados da participação de 11 estudantes de graduação da UFES em um grupo de controle de estresse e de ansiedade (8 sessões, com 2 horas de duração cada), realizado no âmbito de um Projeto de Extensão do Departamento de Psicologia. Antes da participação do estudante no grupo foram explicados os procedimentos da pesquisa e a após o seu consentimento por escrito, foram aplicados os seguintes instrumentos na 1ª sessão de coleta de dados, com 19 sujeitos: 1) Questionário de dados sociodemográficos; 2) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL); e 3) Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Após a participação no grupo foi realizada a 2ª sessão de coleta, com os 11 sujeitos restantes, com nova aplicação do ISSL e do BAI, seguida de aplicação de um questionário de satisfação do usuário. A maioria relatou se identificar muito e estar muito satisfeito com o curso, e os resultados evidenciaram que a maioria dos participantes apresentou a manutenção e a redução dos níveis de estresse e ansiedade após a participação na oficina. A oficina foi positivamente avaliada pelos participantes devido ao autoconhecimento, autocontrole e apoio social recebido, além da atuação satisfatória dos terapeutas. Palavras chave: Adaptação acadêmica; Ansiedade; Estratégias de enfrentamento; Estresse. 1 Introdução: O processo de formação do jovem estudante no ensino médio e sua transição para o ensino superior é perpassada por uma série de mudanças psicossociais, dentre elas, pode-se ressaltar o momento da escolha profissional. No atual contexto brasileiro, o estudante de ensino médio é preparado para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio e as provas de vestibular. Esse período de transição, geralmente, é permeado por dúvidas e incertezas quanto às escolhas profissionais, às opções de carreira, a futura atuação profissional e, principalmente acerca da capacidade do estudante em disputar às vagas do curso de ensino superior por meio da aprovação em processos seletivos cada vez mais concorridos (SCARPARO, 2008). Desse modo, a escolha da profissão pode ser interpretada como um evento ansiogênico, mediante a cobrança da família e amigos, além da expectativa social acerca da aprovação do

Título do Subprojeto - portais4.ufes.brportais4.ufes.br/posgrad/piic/rel_final_9814_Relat%F3rio%20Nayara... · propensão de humor deprimido e alguns prejuízos na aquisição de

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Relatório Final de Pesquisa

1

Avaliação do resultado da participação de universitários em um grupo

de controle de ansiedade e enfrentamento do estresse.

Identificação: Grande área do CNPq.: Ciências Humanas

Área do CNPq: Psicologia

Título do Projeto: Estresse, ansiedade e estratégias de enfrentamento em contexto

universitário: avaliação e intervenção.

Professor Orientador: Profa. Dra. Fabiana Pinheiro Ramos

Estudante PIBIC/PIVIC: Nayara Stefenoni Kuster

Resumo: Foram avaliados os resultados da participação de 11 estudantes de graduação da UFES em

um grupo de controle de estresse e de ansiedade (8 sessões, com 2 horas de duração cada), realizado no

âmbito de um Projeto de Extensão do Departamento de Psicologia. Antes da participação do estudante

no grupo foram explicados os procedimentos da pesquisa e a após o seu consentimento por escrito,

foram aplicados os seguintes instrumentos na 1ª sessão de coleta de dados, com 19 sujeitos: 1)

Questionário de dados sociodemográficos; 2) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL); e 3)

Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Após a participação no grupo foi realizada a 2ª sessão de coleta,

com os 11 sujeitos restantes, com nova aplicação do ISSL e do BAI, seguida de aplicação de um

questionário de satisfação do usuário. A maioria relatou se identificar muito e estar muito satisfeito com

o curso, e os resultados evidenciaram que a maioria dos participantes apresentou a manutenção e a

redução dos níveis de estresse e ansiedade após a participação na oficina. A oficina foi positivamente

avaliada pelos participantes devido ao autoconhecimento, autocontrole e apoio social recebido, além da

atuação satisfatória dos terapeutas.

Palavras chave: Adaptação acadêmica; Ansiedade; Estratégias de enfrentamento; Estresse.

1 – Introdução:

O processo de formação do jovem estudante no ensino médio e sua transição para o ensino

superior é perpassada por uma série de mudanças psicossociais, dentre elas, pode-se ressaltar o momento

da escolha profissional. No atual contexto brasileiro, o estudante de ensino médio é preparado para

realizar o Exame Nacional do Ensino Médio e as provas de vestibular. Esse período de transição,

geralmente, é permeado por dúvidas e incertezas quanto às escolhas profissionais, às opções de carreira, a

futura atuação profissional e, principalmente acerca da capacidade do estudante em disputar às vagas do

curso de ensino superior por meio da aprovação em processos seletivos cada vez mais concorridos

(SCARPARO, 2008). Desse modo, a escolha da profissão pode ser interpretada como um evento

ansiogênico, mediante a cobrança da família e amigos, além da expectativa social acerca da aprovação do

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estudante. Assim, a formação do jovem de ensino médio frequentemente é marcada por um ambiente

competitivo que favorece ao surgimento dos transtornos de estresse e ansiedade que posteriormente são

diagnosticados na fase de adaptação acadêmica, isto é, quando o estudante se encontra nos períodos

iniciais de sua vivência universitária (ALMONDES & ARAÚJO, 2003). Desse modo, faz-se importante

desenvolver pesquisas e realizar estudos acerca dessa etapa de transição para o ensino superior, quando o

jovem enfrenta dificuldades envolvidas no processo de ajustamento ao contexto universitário, além de se

investigar as estratégias de enfrentamento adotadas por eles que minimizem o impacto do estresse e da

ansiedade sobre os processos cognitivos da aprendizagem, bem-estar psicológico e da satisfação na

construção da carreira profissional (OLIVEIRA, DIAS & PICCOLOTO, 2013).

O período de adaptação acadêmica pode ser descrito como um conjunto de vivências, geralmente,

marcadas por estresse físico e psicológico que torna propício o desenvolvimento de transtornos

psiquiátricos (FERREIRA, 2009). Esses transtornos, geralmente, estão atrelados a um desgaste do

organismo frente aos processos de transição ao novo contexto universitário, momento em que nesse

esforço de adaptação, o estudante com maior ansiedade apresenta a tendência de interpretar a maior parte

das situações como ameaçadoras, aumentando seu nível de ansiedade, por exceder seus recursos de

enfrentamento (CONTRERAS-TORRES, ESPINOSA-MENDEZ, & ESGUERRA-PÉREZ, 2009).

A vivência do período de adaptação acadêmica pode ser considerada como preditora de sucesso e

de satisfação no desenvolvimento da carreira profissional, pois desde os períodos iniciais da graduação, o

estudante tem a possibilidade de se engajar em projetos de pesquisas, extensão, estágios, realizar grupos

de estudos e participar de eventos importantes de sua área (exatas, humanas, biomédicas) dependendo da

disponibilidade de recursos e tempo (BARDAGI & HUTZ, 2011). Dessa forma, o estudante pode criar

condições para se sentir motivado na participação de aulas, buscar informações de disciplinas, manter

boas relações com colegas e professores, conhecer possíveis áreas de atuação, tecendo futuras

oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Sem dúvida, o período de adaptação ao novo contexto

é desafiador para a maioria dos estudantes “calouros” que enfrentam tarefas complexas em âmbito

acadêmico (novos ritmos e estratégias de aprendizagem, sistemas de ensino e avaliação), social (novos

padrões de relacionamento, além da ampliação da rede social), pessoal (estabelecimento de um sentido

mais forte de identidade) e vocacional com a definição de metas de carreira (ALMEIDA & SOARES,

2003). Torna-se importante, portanto, compreender as principais dificuldades vivenciadas pelos

estudantes durante esse período, no exercício do seu novo papel social, o de acadêmico universitário,

sobretudo aquelas situações que podem contribuir para o desenvolvimento de quadros de estresse e de

ansiedade.

A literatura discorre acerca dos principais desafios que envolvem a adaptação dos estudantes à

universidade e as circunstâncias geradoras de tensão com novas responsabilidades, demandas acadêmicas

intensas e maiores exigências de desempenho em provas e trabalhos, os quais podem tornar-se ainda mais

estressantes para aqueles estudantes que migram do interior para as grandes cidades com a experiência de

morar longe da família e dos amigos, aprender a conviver com novos colegas e ajudar nas despesas de

casa (GRANADO, 2004). Visto que a maioria das universidades públicas federais está situada nas

grandes metrópoles brasileiras, faz-se necessário levar em conta o impacto das variáveis estressoras

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presentes na dinâmica urbana como: maior trânsito; maior poluição sonora, visual e atmosférica; maiores

índices de violência; e maior custo dos bens de consumo (GAMA, 2008). Assim, são inúmeras as fontes

de estresse psicológico que o estudante pode deparar-se na universidade: a ansiedade dos exames, baixa

autoestima, a ansiedade social, problemas socioeconômicos, dificuldades financeiras e na gestão do

tempo (PADOVANI et al., 2014) alteração dos hábitos alimentares e do sono, novas responsabilidades,

aumento da carga de trabalho (ROSS, NIEBLING & HECKERT, 1999), baixo repertório de habilidades

sociais, medo de tomar decisões de carreira, medo de falhar e pressão por parte dos pais (BONIFACIO,

SILVA, MONTESANO, & PADOVANI, 2011).

Na tentativa de lidar com essas fontes estressoras e outras demandas, surge o processo de

enfrentamento (ou coping), entendido como a autorregulação das emoções, do comportamento e da

orientação motivacional em situações de estresse psicológico (RAMOS, ENUMO & PAULA, 2015). Os

achados da literatura apontam algumas das respostas de coping mais adotadas pelos estudantes que são

consideradas eficazes, dentre elas: a valorização dos relacionamentos interpessoais, o equilíbrio entre o

estudo e o lazer, a organização do tempo, os cuidados com a saúde, alimentação e sono, a prática de

atividade física e a religiosidade (ALVES, 2010; OLIVEIRA, 2014). Assim, não há uma estratégia de

coping considerada mais vantajosa em relação às outras, pois, os benefícios resultantes do uso flexível

delas exercem diferentes impactos na qualidade de vida do estudante, permitindo o desenvolvimento de

seus recursos pessoais, maior autoconfiança, construção de redes de apoio, avaliação da dimensão e da

relevância dos problemas do quotidiano, servindo como fatores essenciais para o fortalecimento do

compromisso do estudante com sua carreira (HEPPNER, COOK, WRIGHT & JOHNSON, 1995;

ROBITSCHEK & COOK, 1999).

Conclui-se, portanto, que a intensidade e a frequência com que o indivíduo é exposto aos eventos

ansiogênicos e estressores, bem como a ausência de repertórios de enfrentamento eficazes e voltados para

a resolução ativa de problemas do cotidiano podem impactar negativamente a qualidade da aprendizagem

e os processos cognitivos a ela relacionados. Alguns estudos apontam a correlação entre as dificuldades

de atenção e concentração com o desenvolvimento de transtornos associados à ansiedade que aumentam a

propensão de humor deprimido e alguns prejuízos na aquisição de competências e habilidades que

envolvem a motivação e o bem-estar psicológico (MELO, 2012). A psicoterapia em grupo se apresenta

com bastante eficácia para o tratamento dos transtornos de estresse e ansiedade proporcionando resultados

terapêuticos em curto e médio prazo para a população universitária (OLIVEIRA et al., 2013). É válido

ressaltar a importância do acompanhamento multiprofissional para a avaliação de sintomas físicos,

psicológicos, bem como na avaliação dos fatores que interferem a satisfação do jovem com a sua carreira.

Assim, esta pesquisa, vinculada ao Projeto de Pesquisa: “Estresse, ansiedade e estratégias de

enfrentamento em contexto universitário: avaliação e intervenção” visou identificar os efeitos da

participação em um grupo de controle de estresse e ansiedade, com duração breve e metodologia

semiestruturada na redução de sintomas de ansiedade e estresse em universitários da UFES.

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2 – Objetivos

Avaliar o resultado da participação de 11 estudantes universitários em um grupo de controle do

estresse e da ansiedade, que auxiliou os participantes no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento

eficazes e repertórios comportamentais mais adaptativos frente às situações estressoras do cotidiano. O

grupo é uma das atividades propostas no âmbito do Projeto de Extensão: “Serviço de Atenção Psicológica

ao Graduando da UFES (SAPSIG/UFES)”, proposto pelo Departamento de Psicologia da UFES

(RAMOS, 2014) em parceria com a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e de Cidadania (Proaeci),

integrando, portanto, a pesquisa com a extensão e o ensino.

Foram realizadas 8 sessões semiestruturadas (duração de 2 horas cada sessão) em que foram

discutidos, de forma geral, os aspectos cognitivos e comportamentais envolvidos nos transtornos de

estresse e ansiedade, os sintomas físicos e psicológicos mais frequentes, o gerenciamento das emoções a

partir de uma perspectiva analítico-comportamental (BORGES & CASSAS, 2012). Além disso, foram

trabalhadas, por meio de estratégias interativas (dinâmicas, atividades e exercícios), a importância do

apoio social e da qualidade de vida para a saúde psicológica, além do treino de relaxamento e de

respiração, técnicas a serem utilizadas frente a diversas situações enfrentadas pelos participantes (LIPP &

NOVAES, 2000). As sessões foram conduzidas por duas terapeutas (graduandas em Psicologia)

integrantes do referido projeto.

Os objetivos específicos foram:

1- Avaliar os níveis de estresse e de ansiedade do estudante antes e após sua participação no

grupo;

2- Avaliar a satisfação dos estudantes quanto a sua participação no grupo;

3- Identificar as atividades do grupo que, na percepção dos participantes, foram mais eficazes em

auxiliá-los a controlar o estresse e a ansiedade.

3 – Metodologia

Coleta de dados

Após aprovação desta pesquisa pelo Comitê de Ética em pesquisas da UFES (Parecer nº

1.345.372), os participantes foram recrutados a partir da realização do grupo de controle do estresse e da

ansiedade que é oferecido no âmbito do Projeto de Extensão SAPSIG/UFES, viabilizado no Núcleo de

Psicologia Aplicada (NPA). Após a explicação dos procedimentos da coleta de dados, os participantes

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e preencheram, em seguida, o questionário de

dados sociodemográficos, o Inventário de Sintomas de Stress - ISSL (LIPP, 2000) e, por último, o

Inventário Beck de Ansiedade - BAI (CUNHA, 2001), na 1ª sessão de coleta de dados. Após o término

das 8 sessões de grupo, os participantes foram novamente abordados (2ª sessão de coleta de dados) e

preencheram, uma segunda vez, o ISSL e o BAI, além de um questionário de satisfação do usuário.

Instrumentos

Utilizou-se um termo de consentimento livre e esclarecido, contendo todas as informações a

respeito do estudo realizado, tais como seu objetivo, sua natureza, benefícios e seu caráter de sigilo

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quanto à identidade dos participantes. Para conseguir dados sobre os estudantes, na 1ª sessão, fez-se uso

de um questionário de dados sociodemográficos, que continha questões relativas à idade, renda familiar,

curso, horários de aula e de trabalho, bem como seus níveis de identificação e satisfação com o curso de

graduação e em seguida, foi aplicado a Escala de Stress - ISSL (LIPP, 2000) que consiste em um

instrumento que fornece uma medida objetiva da sintomatologia do estresse em jovens e adultos. Sua

aplicação levou aproximadamente 10 minutos e foi realizada em grupo. Esse instrumento é formado por

três quadros referentes às fases do estresse. O primeiro quadro, composto de 15 itens refere-se aos

sintomas físicos ou psicológicos que a pessoa tenha experimentado nas últimas 24 horas. O segundo,

composto de dez sintomas físicos e cinco psicológicos, está relacionado aos sintomas experimentados na

última semana. E o terceiro quadro, composto de 12 sintomas físicos e 11 psicológicos, referente aos

sintomas experimentados no último mês. Alguns dos sintomas que aparecem no quadro 1 voltam a

aparecer no quadro 3, mas com diferente intensidade. No total, o ISSL apresenta 37 itens de natureza

somática e 19 psicológicas, sendo os sintomas muitas vezes repetidos, diferindo somente em sua

intensidade e gravidade (LIPP, 2000).

A primeira fase do estresse é denominada de alerta e pode ser compreendida como a fase positiva

do estresse, quando o indivíduo se prepara para a ação, é marcada pela produção de adrenalina que torna

o indivíduo mais forte e motivado. A segunda fase é denominada de resistência e se caracteriza pela

vivência prolongada dos eventos estressores, quando o organismo entra em ação para impedir o desgaste

de energia e inconscientemente o indivíduo tenta reestabelecer o equilíbrio interior (homeostase). A

terceira fase, denominada de quase-exaustão é diagnosticada com base na frequência dos itens assinalados

pelo participante na fase de resistência e pode ser compreendida por quando a tensão excede o limite do

gerenciável pelo indivíduo, assim ele experimenta uma gangorra emocional devido ao efeito negativo do

cortisol (hormônio do estresse). A quarta fase é denominada de exaustão e pode ser compreendida pela

fase mais negativa do estresse. Ocorre um desequilíbrio interior e o indivíduo apresenta transtornos de

depressão, muita ansiedade e não consegue se concentrar ou trabalhar com eficiência (LIPP, 2000).

Por último, foi aplicado o Inventário Beck de Ansiedade - BAI (CUNHA, 2001), que objetivou

medir o estado de ansiedade por meio do questionário de autorrelato contendo 21 questões que expressam

sintomas comuns da ansiedade, as quais, o indivíduo pode ter experimentado na última semana, incluindo

o dia da aplicação. Pode-se assinalar em cada questão uma dentre quatro possíveis respostas (não,

levemente, moderadamente e severamente) que servem para identificar a fase de severidade em que o

participante se encontra (mínimo, leve, moderado ou grave). Na 2ª sessão, os instrumentos foram

reaplicados, além do Inventário de Satisfação do Usuário (traduzido e adaptado de Eyberg, 1993) que

avaliou a percepção dos participantes a respeito de quanto o grupo os ajudou na aprendizagem de

estratégias do enfrentamento do estresse, bem como quais foram às atividades avaliadas como mais

importantes para auxiliá-los no controle do estresse e da ansiedade.

Análise de dados

Após a aplicação dos instrumentos e da posterior avaliação do questionário de dados

sociodemográficos, procedeu-se a correção dos dados preenchidos pelos participantes com aplicação do

ISSL e do BAI, de acordo com os manuais referentes a cada instrumento (LIPP, 2000 e CUNHA, 2001,

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respectivamente). Em seguida, os dados sociodemográficos dos participantes foram organizados em

planilhas Excel, a fim de serem calculadas as estatísticas descritivas. O perfil da amostra foi descrito

segundo as variáveis: sexo, idade, curso, período, área de conhecimento, etc. Os dados sociodemográficos

foram analisados a partir das funções estatísticas: média, mediana, moda e desvio padrão presentes nas

planilhas Excel. Os resultados dos testes aplicados ISSL e BAI foram descritos segundo as instruções

contidas no manual de cada instrumento, além do auxílio de correção informatizada oferecido pela editora

do instrumento (ISSL).

4 – Resultados

Inicialmente, os resultados serão descritos tendo em vista a comparação da amostra total obtida na

1ª sessão de coleta de dados (19 sujeitos), com a amostra obtida na 2ª sessão de coleta de dados (11

sujeitos). Posteriormente, serão comparados os dados somente dos 11 sujeitos em sua 1ª e 2ª avaliações.

A 1ª sessão de coleta da pesquisa foi composta por 10 homens (52,6%) e 9 mulheres (47,4%),

totalizando 19 participantes (Gráfico 1) entre 18 e 32 anos e com a média de idade de 23 anos (mediana =

21, desvio-padrão = 4,2 anos), pertencentes aos diferentes cursos de graduação da UFES (Gráfico 2) das 4

áreas do conhecimento (ciências sociais aplicadas, ciências humanas, ciências da saúde e engenharias), a

saber: Administração (1), Ciências Contábeis (1), Direito (1), Serviço Social (1), Publicidade (1),

Pedagogia (1), Letras (2), Artes Plásticas (2), Educação Física (1), Fisioterapia (1), Nutrição (1),

Enfermagem (1), Medicina (1), Engenharias (4). Na 2ª sessão de coleta, restaram 11 dos 19 estudantes

universitários, inicialmente participantes, sendo 6 homens (54,5%) e 5 mulheres (45,45%) - Gráfico 3,

com média de idade de 21 anos e pertencentes aos diferentes cursos de graduação das 4 áreas do

conhecimento (Gráfico 4).

Gráfico 1. Frequência por sexo na 1ª sessão. Gráfico 2. Frequência por curso na 1ª sessão

47% 53%

Frequência/sexo

F M

27%

21% 26%

26%

Frequência/ curso

Ciências da Saúde Engenharias

Ciências Humanas Ciências Sociais

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Gráfico 3. Frequência por sexo na 2ª sessão Gráfico 4. Frequência por curso na 2ª sessão

Verificou-se que 18 participantes do grupo de controle do estresse e da ansiedade estavam com

estresse na 1ª sessão de coleta de dados, sendo que 17 (94,5%) se encontravam na fase de resistência

(Gráfico 5). Quanto aos níveis de ansiedade constatou-se que 13 participantes estavam ansiosos na 1ª

sessão (68,4%), conforme visto no Gráfico 6, sendo que 7 participantes (53,8%) se encontrava com

ansiedade predominantemente leve, 5 com ansiedade moderada (38,5%) e 1 com ansiedade grave (7,7%).

Gráfico 5. Frequência por fase do estresse na 1ª sessão Gráfico 6. Frequência por fase da ansiedade na 1ª sessão

Na 2ª sessão de coleta, participaram 11 estudantes universitários e observou-se que 8 deles

(72,72%) estavam estressados, sendo que 7 (87,5%) se encontravam na fase de resistência e 1 participante

na fase de exaustão, conforme visto no Gráfico 7. Constatou-se que 8 participantes tiveram ansiedade,

sendo que a metade estava na fase leve e o restante na fase moderada conforme mostra o Gráfico 8.

Constatou-se maior tendência dos participantes em experimentar os sintomas psicológicos do estresse

tanto na 1ª sessão (88,88%), quanto na 2ª sessão (62,5%) de coleta. Notou-se a perda de 8 sujeitos na 2ª

sessão que foram considerados desistentes da participação no grupo de controle do estresse e da

ansiedade.

45%

55%

Frequência/sexo

F M

18%

27% 18%

37%

Frequência/ curso

Ciências da Saúde Engenharias

Ciências Humanas Ciências Sociais

0

5

10

15

20

Frequência/ fase estresse

Frequência/ faseestresse

0

2

4

6

8

Frequência/ fase ansiedade

Frequência/ faseansiedade

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8

Gráfico 7. Frequência por fase do estresse na 2ª sessão Gráfico 8. Frequência por fase da ansiedade na 2ª sessão

A partir do preenchimento do protocolo de dados gerais, os participantes puderam avaliar seu grau

de identificação e de satisfação com o curso de graduação frequentado. Dentre os 19 participantes da 1ª

sessão, 2 relataram não se identificar nem um pouco com o curso (10,53%), 5 relataram se identificar um

pouco (26,21%) e 12 relataram se identificar muito com o curso (63,15%). Quanto à satisfação com o

curso, 4 sujeitos informaram não estar nem um pouco satisfeitos com o curso (21,05%) , 7 relataram estar

um pouco satisfeitos (36,84%) e 8 relataram estar muito satisfeitos com o curso (42,11%).

A seguir é descrita a comparação dos níveis de estresse e ansiedade dos 11 universitários que

tiveram seus dados avaliados antes e após a participação no grupo: na 1ª sessão 10 participantes

apresentaram estresse (90,9%) e todos estiveram na fase de resistência (Gráfico 9), 8 participantes

tiveram ansiedade, sendo que a metade (4 participantes) esteve na fase leve, 3 estiveram na fase moderada

e 1 na fase grave da ansiedade (Gráfico 11). Na 2ª sessão 8 dos participantes permaneceram com estresse

(72,7%), sendo que 7 deles permaneceram na fase de resistência e 1 na fase de exaustão (Gráfico 10). Na

2ª sessão, 8 participantes estiveram ansiosos, sendo que (50%) se encontrou na fase leve e (50%) na fase

moderada (Gráfico 12). Assim, da 1ª para a 2ª sessão 2 participantes deixaram de apresentar estresse, e 1

participante teve a ansiedade reduzida de grave para moderada.

Observou-se que (80%) da amostra apresentou a tendência de experimentar os sintomas

psicológicos do estresse na 1ª sessão contra (62,5%) da amostra na 2ª sessão, dado que indica maior

resiliência psicológica e fortalecimento do bem-estar desses estudantes após a participação no grupo de

controle do estresse e da ansiedade, visto a diminuição da sintomatologia psicológica. Além disso, foi

notado maiores níveis de estresse e ansiedade em estudantes que cursam os períodos iniciais da graduação

em comparação aos estudantes finalistas que são mais experientes nesse contexto.

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Frequência/ fase estresse

Frequência/ faseestresse

0

2

4

Frequência/ fase ansiedade

Frequência/ faseansiedade

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Gráfico 9. Frequência por fase do estresse na 1ª sessão Gráfico 10. Frequência por fase do estresse na 2ª sessão

Gráfico 11. Frequência por fase da ansiedade na 1ª sessão Gráfico 12. Frequência por fase da ansiedade na 2ª sessão

O questionário de satisfação do usuário foi utilizado para sistematizar uma avaliação quanto às

atividades propostas no grupo de controle do estresse e da ansiedade, as sugestões de aperfeiçoamento do

serviço de atenção psicológica e para avaliar o desempenho das terapeutas que conduziram as atividades.

Em uma escala Likert de 0 a 5 pontos, os 11 participantes avaliaram que aprenderam muitas coisas com o

grupo (média = 4,09), consideraram que tiveram bom aproveitamento (média = 4) e que se sentiam mais

confiantes para lidar com o estresse e a ansiedade após a participação no grupo (média = 3,72). As

atividades que os participantes avaliaram como sendo mais interessantes foram as relacionadas ao

autoconhecimento, autocontrole e o apoio social entre os participantes. A avaliação dos terapeutas indicou

que os participantes consideram a atuação deles satisfatória, sobretudo devido ao domínio do conteúdo e

condução do grupo.

5 – Discussão e Conclusões

A partir dos resultados encontrados pode-se concluir, de forma geral, que os participantes do grupo

de controle do estresse e da ansiedade apresentaram menores níveis de estresse e ansiedade na 2ª sessão

de avaliação. Fato que pode ter decorrido da aprendizagem de estratégias de enfrentamento do estresse

frente aos problemas mais relatados por eles como: a falta ou desorganização do tempo e falta de

motivação (SANTOS & ALVES JUNIOR, 2007). Além disso, percebeu-se que houve uma redução da

02468

10

Frequência/ fase estresse

Frequência/ faseestresse 0

2

4

6

8

Frequência/ fase estresse

Frequência/ faseestresse

0

2

4

Frequência/ fase ansiedade

Frequência/ faseansiedade 0

2

4

Frequência/ fase ansiedade

Frequência/ faseansiedade

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sintomatologia psicológica do estresse e da ansiedade desses participantes após o término do grupo,

evidenciando a promoção do bem-estar psicológico. Pode-se concluir também que o compromisso e a

satisfação com o curso de graduação (GONÇALVES & BENEVIDES-PEREIRA, 2009) é um fator de

proteção contra o estresse, sendo que as estratégias de enfrentamento voltadas para a resolução de

problemas auxiliam no controle do estresse e da ansiedade cotidianos. Outros fatores importantes para o

controle do estresse e da ansiedade na população universitária são o desenvolvimento de recursos

pessoais, maior autoconfiança, construção de redes de apoio, avaliação da dimensão e relevância dos

problemas (HEPPNER et al., 1995; ROBITSCHEK & COOK, 1999). Ainda, ressalta-se, a importância da

qualidade de vida, a satisfação com os estudos, bem como a modificação de hábitos no enfrentamento do

estresse.

Visto que a participação no grupo de controle de estresse e ansiedade foi um dos fatores que

auxiliaram na redução dos índices de estresse e ansiedade da amostra pesquisada, pode-se inferir acerca

de outras variáveis que possivelmente minimizaram os efeitos do estresse e da ansiedade sobre o bem-

estar psicológico dos participantes ao longo das sessões como: a resolução ativa de problemas, o

gerenciamento do tempo, a organização dos estudos, a construção de redes de apoio, a mudança de

perspectiva frente às situações estressoras, a maior resiliência e a mudança de hábitos de saúde

(alimentação, sono, atividades físicas e lazer). A maioria dos participantes apresentou a redução dos

índices de estresse e ansiedade na 2ª avaliação, porém 4 participantes da área de Ciências Sociais

Aplicadas apresentaram níveis maiores de ansiedade e 1 participante da área das Engenharias apresentou

níveis maiores para os dois constructos mensurados. Fato que pode ter sido influenciado pelo momento

em que a 2ª avaliação foi realizada durante o final do semestre letivo, quando geralmente, os estudantes

ficam sobrecarregados com suas atividades acadêmicas.

Notou-se a perda de 8 participantes na 2ª sessão de coleta que foram considerados desistentes das

atividades realizadas pelo grupo de controle do estresse e da ansiedade; portanto, esses participantes não

tiveram seus dados comparados para posterior avaliação da proposta terapêutica. A redução da amostra,

em relação ao inicialmente planejado (15 sujeitos), foi um fator que dificultou a utilização de análises

estatísticas mais específicas. O grupo de controle do estresse e da ansiedade é viabilizado em âmbito do

projeto de extensão já mencionado que funciona semestralmente na UFES, sendo um dos serviços de

atenção psicológica, exclusivamente voltado ao graduando da UFES. Todas as etapas da pesquisa foram

realizadas com sucesso, desde a revisão de literatura na área, a realização dos grupos, a coleta e a análise

dos dados até as possíveis conclusões obtidas, a partir da discussão dos resultados. Assim, é importante

ressaltar a influência de inúmeros fatores históricos, situacionais e cotidianos, bem como aspectos

genéticos, fisiológicos, psicológicos, socioeconômicos e ambientais que puderam interferir sobre os

estados de estresse e ansiedade dos participantes avaliados.

O aprendizado das estratégias de enfrentamento obtido com a participação no grupo de controle do

estresse e da ansiedade pode ser considerado um fator de proteção ao estresse, de prevenção de

desequilíbrios orgânicos e de transtornos psiquiátricos devido ao desenvolvimento da flexibilidade para se

reajustar as novas demandas acadêmicas. Dessa forma, a participação no grupo, bem como a utilização

das estratégias de enfrentamento focadas na resolução ativa dos problemas foi percebida na população

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universitária pesquisada, que apresentou menores índices de estresse e ansiedade devido à promoção de

interpretações mais positivas do processo de ajustamento ao contexto acadêmico. Ademais, fez-se

importante destacar o papel do terapeuta e dos serviços de atenção psicológica para auxiliar o estudante a

lidar com os eventos aversivos que permeiam as vivências dos períodos iniciais na universidade,

conforme avaliação positiva do grupo feita pelos participantes da pesquisa.

O período de transição do jovem para o ensino superior e sua adaptação ao contexto universitário,

ainda é um tema pouco explorado pela literatura nacional na área. Assim, são necessárias novas pesquisas

para mapear os eventos estressores e ansiogênicos envolvidos no processo de ajustamento do jovem em

seu processo de adaptação acadêmica (BARDAGI & HUTZ, 2011). O estresse e a ansiedade envolvida

nessa transição, muitas vezes são decorrentes da forma como o estudante avalia esse período de

mudanças, geralmente, marcado por um contexto competitivo que é interpretado como “ameaçador”, e

distorcido da realidade.

Destaca-se a importância da identificação e da satisfação do jovem em relação ao curso superior

escolhido como um fator de realização profissional, assim como um potencializar do maior engajamento

com as atividades extracurriculares, desenvolvimento da autonomia, além da importância de se traçar

perspectivas positivas e otimistas em relação à vivência universitária (GRANADO, 2004). As primeiras

experiências do estudante no contexto acadêmico podem ser permeadas pela aprendizagem de

mecanismos de enfrentamento dos eventos estressores, do desenvolvimento da pró-atividade, de

repertórios comportamentais assertivos e do compartilhamento de experiências com uma nova rede de

apoio social, a fim de se flexibilizar as condições de adaptação ao cenário acadêmico e melhorar a saúde

psicológica dessa população.

6 – Referências Bibliográficas:

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