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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por · disse: “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por:

© 2010, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Copyright © 2008 por José Victor Dugand, Larry Pacheco y Elisa Pacheco.Originalmente publicado em espanhol por Editorial Unilit1360 NW 88th Avenue, Miame, Florida 33172, USA7 Semanas Em Pos De La GloriaTodos los derechos reservados.

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: GuilTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Ariana Fátima C. Batista Mitsue Siqueira da Silva Christiano Titoneli Santana

ISBN: 978-85-61411-52-71ª edição – Novembro/2010Impressão: Imprensa da FéClassificação: Vida Cristã/Crescimento Espiritual

Impresso no Brasil

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A Jesus:

O único protagonista deste livro. O autor e con-

sumador de nossa fé. O único que é digno de receber

o poder, as riquezas, a sabedoria, a força, a honra, a

glória e o louvor por Seu sacrifício na cruz.

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O Senhor está perto dos que

têm coração quebrantado e

salva os de espírito abatido.

O justo passa por muitas

adversidades, mas o Senhor o

livra de todas.

Salmos 34: 18-19

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SUMÁRIO

Agradecimentos 7 Prefácio 9Introdução: Somente Deus tem o poder para dar vida 13

PRIMEIRA PARTE: O Modelo de Jesus e a minha responsabilidade

1. A humilhação 252. A morte 453. A ressurreição 69 4. A vida gloriosa 93

SEGUNDA PARTE: Meu diário em busca da glória de Deus

5. Minha preparação 1116. Meu compromisso 137 7. Minha vida em glória 177

Apêndice A: Embasamento bíblico acerca da glória de Cristo 204Apêndice B: Glossário de termos 211

Notas 215 Sobre os autores 218 Sobre o Ministério Ekklesia Global 222

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AGRADECIMENTOS

Ao Deus Pai que nos inquietou a respeito da necessidade dos irmãos em aflição e nos deu a revelação para a elaboração deste processo.

Aos nossos companheiros de ministério na Ekklesia Global em Miami, que nos apoiaram e cuidaram de nós ao longo da realização deste processo.

A todas as pessoas que, de muitas formas, respaldaram este processo com oração, estímulo e alento.

A todos os que moveram nosso coração: aos que creem e aos que não creem ainda, que também são objeto do amor do Pai Celestial em sua necessidade de restauração. A todos eles, expressamos nosso agradecimento, pois este processo é para eles.

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PREFÁCIO

Na terça-feira, 27 de janeiro de 2008, depois da oração da manhã em nossa congregação, nos reunimos em uma cafeteria conhe-

cida próxima à nossa igreja em Miami, Flórida.Existia uma frustração em nosso coração a respeito da eficácia do

aconselhamento pastoral, e o Espírito nos havia inquietado com uma forma diferente de focar os processos de cura* e restauração*. Por algum tempo, havíamos comentado acerca dessas inquietações de maneira informal, sem saber o que Deus queria nos ensinar.

No entanto, o dia era esse. Ao chegarmos à cafeteria, e enquanto desfrutávamos o nosso café da manhã, o Espírito se derramou e uma corrente de revelação* veio como nunca antes e, literalmente, ilu-minou aquele lugar. Deus Se glorificou e colocou clareza em nossos corações e, em um instante, delineamos as esferas e o conteúdo deste processo* que hoje apresentamos a vocês.

À medida que analisávamos os problemas dos que procuram aconselhamento, meditamos sobre a seguinte realidade: os cristãos sabem que Jesus morreu na cruz por seus pecados e receberam sua salvação* pela fé. No entanto, a maioria não goza das bênçãos que o Pai lhes dá pelos méritos da morte de Seu Filho. Temos notado que há um desconhecimento do alcance da obra redentora de Jesus que tem impedido a manifestação plena da salvação. Os filhos de Deus sabem que são salvos pela graça*por meio da fé, de modo que estão certos de que irão para o céu quando morrerem. Mesmo assim, não conhecem que, pela graça* por meio da fé, no sacrifício de Cristo, também há cura para o coração ferido.

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Mas Ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele, e por Suas feridas fomos curados.

ISAÍAS 53:5

A imagem que tem perdurado para o cristão, ajudada pela cultura do mundo e das tradições religiosas, é a de um Cristo crucificado, que com seu sacrifício nos deu a esperança de que, ao morrer e partir deste mundo, teríamos a vitória. Por que não se pode pensar em uma vida plena nesta Terra, com alegria e vitória, sem ter que esperar a morte e ir para o céu? Desde agora, você pode trazer a vida gloriosa do céu para a Terra, e desfrutar assim da salvação* da alma sem espe-ras nem demoras.

A Bíblia diz que o apóstolo João foi confinado em uma ilha cha-mada Patmos, que se caracterizava por ser um lugar de aflição e de-solação:

Estava na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do tes-temunho do Senhor.

APOCALIPSE 1:9, grifo do autor

Patmos era uma ilha vulcânica com colinas rochosas em grande parte de seu território inóspito e deserto. Ali não havia rios nem ár-vores, e sua vegetação era muito escassa. Hoje em dia, é um centro turístico, mas durante a dominação romana era um lugar de exílio para onde enviaram o apóstolo João, em 97 d.C., por certo tempo. Foi neste mesmo local árido e desolado que o apóstolo descreveu a visão que teve de Éfeso.

Nossa oração é que, por meio do Espírito Santo, você receba em seu coração a revelação* que João teve:

No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como a de trombeta, que dizia: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.”

Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro e entre os candelabros alguém “semelhan-te a um filho de homem”, com uma veste que chegava aos seus

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pés e um cinturão de ouro ao redor do peito. Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como o do bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas. Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como a do sol quando brilha em todo o seu fulgor. Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.

APOCALIPSE 1: 10-18

Você pode estar, ou pode ter estado, confinado em um estado de desolação, cativo e rodeado de territórios áridos e sem vida. Pode ser que se encontre em um lugar frio e duro na vida, como o solo ro-choso que rodeava João. E em meio a tudo isso, seu consolo está em morrer e ir para o céu, onde sim, existe a felicidade. Você vê a vitória distante e seu coração se entristece cada vez mais. Você remexe dores e feridas. Por isso, a esperança se enfraquece e se extingue. Isto lhe deixa uma dor cada vez mais intensa e traz para o seu coração a falta de esperança, a amargura e o ressentimento:

A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o an-seio satisfeito é a árvore da vida.

PROVÉRBIOS 13:12

Estamos certos de que, assim como João, quando esteve em meio à desolação, você também pode ter uma revelação do Cristo ressus-citado e glorioso. Um Cristo vivo, que tem as chaves da morte e do Hades e o poder sobre a vida e a morte. Com Ele, você pode desfrutar de uma vida plena, cheia de Sua glória e de Seu poder; a vida gloriosa dos filhos de Deus. Se for isto que você anela, só há um caminho que leva à vida gloriosa, e é o mesmo caminho que Jesus tomou. Assim, agora lhe convidamos a participar com Cristo de Sua humilhação* e de Sua morte. Também lhe convidamos a participar, pelo poder do Espírito Santo, da vitória de Cristo sobre a morte, a ressurreição, a fim de que você tenha acesso à vida abundante que o Pai quer dar a

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Seus filhos. No final deste caminho, você será uma evidência do ver-dadeiro significado da obra de salvação de Cristo e da vida gloriosa que Deus tem para Seus filhos.

José Víctor DugandElisa PachecoDr. Larry PachecoPastoresIgreja Ekklesia GlobalMiami

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INTRODUÇÃO

Somente Deus tem o poder para dar vida

Neste programa de sete semanas que nos dispusemos a realizar, aprenderemos uma série de verdades que nos permitirá cumprir

os objetivos que estão no coração do Pai.Convidamos você a nos acompanhar através dos aspectos princi-

pais que compõem este processo* de restauração*.

ApresentaçãoEste é um processo* bíblico de restauração*, centrado em Cristo

e baseado na revelação do Espírito Santo acerca da vida de Jesus e do poder salvador de Sua ressurreição. Aplicando essa verdade, você encontrará a manifestação da vida gloriosa de Cristo em sua própria vida.

Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com Ele em glória.

COLOSSENSES 3:4

O foco de restaurar a vida de Jesus na sua vida, assim como o restaurar de Sua justiça* em sua vida, o levará a declarar as palavras: “Eu sou a manifestação da justiça* de Deus por meio da fé em Jesus Cristo”.

Porque no evangelho é revelada a justiça* de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo vi-verá pela fé”.

ROMANOS 1:17

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Mas agora se manifestou uma justiça* que provém de Deus (...) justiça* de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem.

ROMANOS 3: 21-22

Portanto, você tem o direito de viver e desfrutar do favor de Deus e da vida em glória. Este é o presente de Deus para você, quando finalizar este processo* de restauração*.

Assim então, lhe exortamos a meditar na Palavra, a repeti-la men-talmente uma vez ou outra, a refletir nela e a declará-la cada dia, como ordenou o Senhor ao Seu servo Josué:

Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.

JOSUÉ 1:8

Origem do ProcessoA cura* e a restauração* têm sido uma inquietação que Deus tem

semeado no mais profundo de nossos corações. Desde o início do conhecer ao Senhor e do começo da nossa congregação, isso se cons-tituiu em um fardo para nós.

Conhecer os atributos de Deus, Sua santidade, Seu poder infinito, Sua misericórdia, Seu amor incondicional e inesgotável, e ir com-provando como esses se manifestavam em nossa vida e nas de alguns membros de nossa congregação, foi sempre uma alegria muito grande.

Deus, em Sua infinita misericórdia, nos trouxe para uma congre-gação em que se ensina o amor incondicional e ilimitado do Pai Ce-lestial a Seus filhos. Assim, aprendemos a conhecer nossa verdadeira condição quando soubemos que não éramos escravos, mas sim filhos de Deus.

Cremos que Jesus Cristo não veio somente para morrer por nós, para salvar-nos e dar-nos o direito da vida eterna, mas sim que Cristo veio para nos ensinar, mediante Seu exemplo, a viver a verdadeira vida a que os filhos de Deus têm direito.

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Este livro tem uma base bíblica que, sem dúvida, é essencial para o processo* de restauração*: 7 semanas em busca da glória de Deus. Nosso objetivo é ensinar aos filhos de Deus que, seguindo o caminho de Jesus Cristo em Sua humilhação*, Sua morte e Sua ressurreição, podem ter acesso à sua vida em glória.

Essa é a única forma na qual a vida de cada um pode restaurar a relação plena com Deus Pai, a fim de viver como Seus filhos. Desta forma, andamos no mesmo caminho que o Primogênito* veio nos mostrar, quando cumpriu a plenitude do que o Pai Celestial O orde-nou por amor a nós.

Razão do ProcessoQueremos apresentar-lhes este foco: Jesus não veio à Terra somen-

te para morrer e ressuscitar. Se esse tivesse sido Seu único propósito, Ele não teria perdido Seu tempo fazendo tudo o que fez. Na primeira oportunidade, Ele teria constituído o sacrifício* e teria morrido.

No entanto, há uma vida inteira que, com algum propósito, teve que ser vivida: a vida de Jesus. Trata-se de uma vida vivida com discri-ção até os trinta anos. A mesma que aconteceu depois de Seu batismo no Jordão e de receber o Espírito Santo até Sua morte na cruz. Esta outra vida tinha um propósito que ia mais além do que somente morrer por nós.

É necessário considerar que nos planos de Deus não há nada ab-surdo nem redundante. De modo que tudo o que ocorreu na vida de Jesus tem um propósito eterno para cada um de nós. Por isso, todas as coisas que Ele fez, as quais se registraram na Bíblia, têm um pro-pósito. E esse propósito não foi somente salvar-nos, mas também nos ensinar a viver de acordo com Seu exemplo. Jesus veio nos ensinar a viver como o que somos; como filhos de Deus. Ele veio para que fôssemos conscientes disso:

Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para no-vamente temerem, mas receberam um espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos “Aba, Pai”.

ROMANOS 8:15

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Na vida que Jesus nos veio dar como modelo, Ele nos falou de mui-tas coisas que não havíamos percebido de maneira clara somente com palavras, assim se fazendo necessária a revelação* do Espírito Santo:

Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.

JOÃO 14:26

Essas coisas são as que estavam ocorrendo com você sem que até agora você tenha se dado conta. Desta forma, Deus as apresenta hoje através deste processo*, a fim de que receba Sua revelação*. Vem di-reto do coração de Deus para o seu.

Todos nós, de alguma forma, ainda não somos conscientes de que em cada uma das situações que Jesus viveu, há uma mensagem profunda com muitas aplicações. A mais geral das aplicações é que atuemos como Ele o fez em todas as coisas. Isto nos levará a ter uma noção de que Jesus, ao viver como homem, o fez para ter uma vida de humilhação*, sofrimento* e morte. Uma vida muito diferente, e em uma forma muito distinta da forma que o povo judeu esperava seu Messias: como um guerreiro e governante triunfante no campo militar e político.

Cristo nos deixou ensinamentos que vão mais além de simples feitos históricos que podem oferecer-nos algum benefício. Queremos que você tenha outro foco. Queremos que a vida de Jesus toque você de maneira eficaz e determinante. Sim, amado irmão em Cristo, es-tamos falando com você, que é uma parte indiscutível do corpo de Cristo. Você é filho de Deus e o mais provável é que não esteja viven-do como tal.

Por isso, chegamos a você para que, em sua condição reconhecida e indubitável de filho de Deus, saiba que, em Cristo, você pode fazer tudo. Para falar a verdade, você pode fazer tudo o que Deus quer que se faça por você e para você, enquanto você assume a condição que lhe corresponde:

Tudo posso naquele que me fortalece. FILIPENSES 4:13

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E você conseguirá isso armado com a fé e crendo sem duvidar:

Usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

EFÉSIOS 6:16-17

Convidamos você a decidir seguir o modelo* de Cristo. Convida-mos você para que, armado de fé, e recebendo a revelação* do Espíri-to Santo, siga como Jesus por Sua trajetória de humilhação* e morte, de modo que consiga viver depois da ressurreição, a vida em glória de Jesus, do Cristo glorioso que venceu a morte.

FundamentoO fundamento de 7 semanas em busca da glória de Deus é Jesus: o

modelo* de Sua vida, Seu serviço, Sua liderança, Sua transparência, Seus ensinamentos, Sua justiça*, Sua entrega total em humilhação*, Sua experiência de morte, Sua graça* e Sua ressurreição.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida.JOÃO 14:6

Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem crê em mim não morrerá eternamente.

JOÃO 11: 25-26

Viver a vida em glória significa viver cada dia a mesma vida que Cristo nos deu como modelo. Significa experimentar os mesmos so-frimentos e Sua morte, ao morrermos para nós mesmos. Viver a vida em glória significa viver a ressurreição de Cristo em nós. Sem dúvida alguma, deixar na cruz todas as feridas que já foram saradas, as enfer-midades que já foram vencidas na cruz, esquecer do passado que fi-cou na cruz, junto com as lamentações, os temores, os complexos, os maus hábitos, os comportamentos compulsivos, os vícios, a zombaria; e tudo o que nos tem atacado e roubado a plenitude de nossa vida.

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Sabe o que o Senhor diz para você em Salmos 1:3? Diz que o homem que se deleita na lei do Senhor e em Seus mandamentos será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá seu fruto no tempo certo, sua folha não murcha e tudo o que fizer prosperará.

Propósito

Reconhecer que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Ele pode curar suas feridas e ressentimentos, e acabar com os peca-dos que lhe impedem de viver uma vida gloriosa.

Entender a verdadeira ressurreição, aplicando-a à vida e à forma que convivemos e nos relacionamos com Deus e com os demais. Deste modo, podemos viver em liberdade e aceitaremos os de-mais como eles são e como Deus os vê.

Aprender a desfrutar do presente da graça* de Deus para sair do estado de negação*. Deixar de negar os problemas que temos vivido.

Reconhecer o poder de Deus em nossa vida para obter força quando enfrentamos dificuldades.

Romper o ciclo da justiça* própria que julga, sinaliza, acusa e co-bra contas aos demais, e que nos impede de viver a salvação* da alma.

Renunciar à idolatria do “eu posso”, ou seja, sair da idolatria do homem para consigo mesmo como se fôssemos Deus e pudésse-mos tudo, para vencer o jugo da autossuficiência.

Concentrar-nos na presença do Deus Todo-poderoso e adorá-lO, entendendo isto como o único recurso para entrar em intimidade com Ele.

Reconhecer a soberania* de Deus sobre nossa vida e glorificá-lO para viver a salvação* da alma dia após dia.

Manifestar a glória de Deus nos filhos de Deus. A cura* é o resul-tado.

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Desenvolvimento do Processo

Este livro está dividido em duas partes. A primeira parte é “O mo-delo de Jesus e a minha responsabilidade”, e a segunda parte é “Meu diário em busca da glória de Deus”.

A primeira parte constitui o fundamento bíblico deste processo restaurador e evangelizador. Nessa parte se estabelece uma compara-ção entre a vida de Cristo e o que deve ser a vida do homem. Nossa responsabilidade é assumir a vida de Cristo, e o que faremos pela fé e com a revelação do Espírito Santo.

A segunda parte, “Meu diário em busca da glória de Deus”, é a parte ativa do processo, na qual você vai desenvolver uma série de exercícios em que aplicará as verdades que Deus colocou em seu coração quando você leu a primeira parte. Essa parte recorre ao per-fil das perguntas mais comuns feitas nos aconselhamentos bíblicos e centrados em Cristo.

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PRIMEIRA PARTE

O MODELO DE JESUS E A MINHA

RESPONSABILIDADE

Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.

João 13:15

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Esta primeira parte constitui o fundamento bíblico

deste processo* evangelizador e restaurador. A fim de consegui-lo, se estabelece uma comparação entre a vida e a morte de Cristo e do homem.Uma vez que o homem se identifica com Cristo em Sua vida e morte, ele vai participar da ressurreição e da vida em glória.

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AHUMILHAÇÃO

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Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo

Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante

aos homens. FILIPENSES 2:5-7

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A HUMILHAÇÃO

A humilhação* é o primeiro passo necessário que todo cristão deve dar se quiser produzir em seu coração um processo* de cura efi-

caz e duradouro. Não é aquilo que um pastor ou conselheiro diz ou sugere que pode sarar suas feridas, mudar seus hábitos ou superar seus complexos. Tão pouco se trata de um esforço por fazer algo, mas sim da humilhação* verdadeira, o que é muito diferente de ser hu-milhado. Desta forma, você vai alcançar a cura* tão ansiada. É, além disso, uma atitude de rendição total e de estimar o outro como mais importante. A mesma que houve em Cristo.

A humilhação de CristoA humilhação* de Cristo foi o primeiro passo que Ele teve que to-mar e a primeira condição que teve que seguir com o propósito de cumprir aquilo que o Pai O enviou a fazer. Assim Ele falou aos dois discípulos que manifestaram seus anseios pelos lugares de preemi-nência no Reino:

E quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

MATEUS 20:27-28

Sem dúvida alguma, a atitude humilde de Jesus estabelecida nesta palavra tinha que se cumprir:

Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado em jumento, um jumentinho, cria de jumenta.

ZACARIAS 9:9

25

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7 S E M A N A S E M B U S C A D A G L Ó R I A D E D E U S

Nesta primeira parte do processo* devemos entender muito bem o significado da humilhação* através do sofrimento* e da morte de Jesus por nós. Também é necessário que entendamos que a natureza de Jesus, além de ser divina, era também humana, que Sua carne* era humana. Para dizer a verdade, Ele sentia fome, sede, calor, frio e dor. Ele sofreu de verdade a dor física e a dor moral por nós. Assim, também experimentava emoções:

Levou consigo Pedro, Tiago e João e começou a ficar aflito e an-gustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem.”

MARCOS 14:33-34

Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão.

LUCAS 22:44

Jesus também experimentou sentimentos ao expressar Sua tristeza antes de entrar em Jerusalém:

Quando se aproximou, ao ver a cidade, chorou sobre ela. LUCAS 19:41

Ou na dor que sentiu diante da morte de Seu amigo, Lázaro:

Ao ver chorando Maria [irmã de Lázaro] e os judeus que a acom-panhavam, Jesus agitou-se no espírito e perturbou-se (...) Jesus chorou. Então, os judeus disseram: “Vejam como ele o amava!”

JOÃO 11:33, 35-36

E não só vemos as emoções que refletiam Seu amor e Sua bonda-de, mas que também falavam de Seu caráter:

No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: “Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!”

JOÃO 2:14-16

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A H U M I L H A Ç Ã O

E frente a tal demonstração de Seu caráter e ira santa, Seus discí-pulos se lembraram do que estava escrito: “Pois o zelo pela tua casa me consome” (Salmos 69:9). Esta ira santa que não implica represália nem justiça* própria, nos dá o modelo do zelo com o qual devemos domar nosso orgulho e nossas ambições pessoais.

Reconheçamos que nele havia uma grande diferença com respeito a nós. Em Seu exterior, era como todos os homens que, em sua na-tureza, levam dentro de si o pecado. No entanto, a natureza de Jesus era de todo diferente, sem pecado, pois Ele era Deus.

Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraque-cida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho à seme-lhança do homem pecador como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne.

ROMANOS 8:3

Jesus tinha que sofrer a humilhação*. Em Sua condição huma-na, não era o Deus majestoso e cheio de glória e poder, mas sim o Cristo feito servo diante dos homens, com um fim: “para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hebreus 2:14).

Na Bíblia, está a forma em que Jesus fez da Sua vida uma manifes-tação suprema de humilhação*. Sendo assim, isto deve ser uma exor-tação para nós, tal e como diz a carta aos Filipenses, no capítulo 2.

JESUS, MESMO SENDO DEUS, SE HUMILHOU E SE FEZ HOMEM

Pense nisto:Cristo existia em forma de Deus desde antes da fundação do mundo, com uma glória igual à do Pai: “E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17:5).

Cristo é igual a Deus, pois nele habita a plenitude da divindade, e tudo o que está em Deus está em Cristo: “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9).

Cristo é a manifestação visível de Deus: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação” (Colossenses 1:15).

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Ambos, Cristo e o Pai, têm a mesma glória: “Então o anjo me mos-trou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro” (Apocalipse 22:1).

Não há nenhuma expressão maior e mais extrema de humilha-ção* do que a daquele que, sendo portador da mesma glória do Pai, tomou a decisão de deixar Sua condição de Deus para fazer-se homem.

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.

FILIPENSES 2:5-7

JESUS, MESMO SENDO DEUS E POSSUINDO RIQUEZAS, VIVEU NA POBREZA

Jesus é Deus feito homem e não devemos vê-lo como um deriva-do do Pai, de um segundo nível, mas sim como o que Ele é: dono absoluto de tudo aquilo que foi criado. “Porque nele foram cria-das todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, se-jam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele”. (Colossenses 1:16).

Jesus, como homem, viveu em carência de muitas coisas: “Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo que, sen-do rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos” (2 Coríntios 8:9).

Jesus mostrou a Seus discípulos qual era o custo, e qual o tamanho da humilhação* que tinha que passar por causa de Seu ministério: “E Jesus respondeu: ‘As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça’” (Mateus 8:20).

JESUS, MESMO SENDO FILHO DE DEUS, SE HUMILHOU POR AMOR AOS “SEUS”

Jesus era consciente de que tinha tudo: “Todas as coisas me fo-ram entregues pelo meu pai” (Mateus 11:27). Também sabia de onde vinha tudo o que tinha: “Mas [Deus] falou-nos por meio do

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Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo” (Hebreus 1:2).

Jesus tinha bem esclarecida a Sua identidade*: “Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus” (João 13:3).

Interrompeu a ceia da Páscoa para se humilhar ainda mais, co-locando de lado Seu poder e autoridade ao fazer a tarefa do es-cravo mais baixo e lavar os pés de Seus discípulos: “Assim, levan-tou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos Seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura” (João 13: 4-5).

Jesus sempre ensinou e deu o exemplo da humildade*. Por isso, Ele pergunta a Seus discípulos: “Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve” (Lucas 22:27). Depois de lavar os pés de Seus discípulos, disse para eles: “Vocês me chamam ‘Mes-tre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois o sou. Pois bem, se eu, sendo Se-nhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.” (João 13:14-15).

JESUS, MESMO SENDO REI, FOI ESCARNECIDO SEM MOTIVO

Depois que O prenderam: “Os homens que estavam detendo Jesus começaram a zombar dele e a bater nele. Cobriram seus olhos e perguntavam: “Profetize! Quem foi que lhe bateu” (Lucas 22:63-64).

JESUS, MESMO LEVANDO UMA VIDA PERFEITA, FOI ACUSADO FALSAMENTE

Quando levaram Jesus diante do conselho e O perguntaram se Ele era o Cristo, respondeu: “Sou (...) E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu” (Marcos 14:62).

Diante disto, o sumo sacerdote reagiu: “(...) rasgando suas próprias vestes, perguntou: ‘Por que precisamos de mais testemunhas? Vo-

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cês ouviram a blasfêmia*. Que acham? Todos o julgaram digno de morte. Então alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros, diziam: ‘Profetize!’ E os guardas o levaram, dando-lhe tapas.” (Marcos 14:63-65).

JESUS, TENDO SIDO JUSTO, FOI CONSIDERADO UM CRIMINOSO

Levaram Jesus diante de Pilatos e este o julgou justo: “Não acho nele motivo algum de acusação. Contudo, segundo o costume de vocês, devo libertar um prisioneiro por ocasião da Páscoa. Querem que eu solte ‘o rei dos judeus’? Eles, em resposta, grita-ram: ‘Não, ele não! Queremos Barrabás!’ Ora, Barrabás era um bandido.” (João 18:38-40, grifo do autor).

JESUS, MESMO SENDO REI, FOI EXPOSTO AO ESCÁRNIO DO POVO

Jesus foi exposto diante do povo: “Tiraram-lhe as vestes e puse-ram nele um manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: ‘Salve, rei dos judeus! ’ Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então, o levaram para crucifi-cá-lo” (Mateus 27:28-31).

JESUS, MESMO TENDO SIDO JUSTO, FOI CONDENADO À MORTE

Apesar de não terem encontrado delitos dignos de morte, eles decidiram crucificar Jesus: “Mais uma vez, Pilatos saiu e disse aos judeus: ‘Vejam e eu o estou trazendo a vocês, para que saibam que não acho nele motivo algum de acusação’. (...) Mas Pilatos respondeu: ‘Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo’” (João 19:4, 6, grifo do autor).

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JESUS, MESMO SENDO O ÚNICO JUSTO, FOI COLOCADO ENTRE OS PECADORES

Não somente foi considerado transgressor, mas também foi con-denado entre os pecadores: “Dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda” (Mateus 27:38).

Além disso, foi colocado no meio, como o principal entre eles: “... e foi contado entre os transgressores” (Isaías 53:12).

JESUS, EM MEIO AO SEU TORMENTO, INTERCEDEU POR SEUS INIMIGOS (NÓS)

“Jesus disse: ‘Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazen-do’” (Lucas 23:34).

E Cristo intercedeu por nós: “Pois ele levou o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu’” (Isaías 53:12).

Todo aquele que se arrepender e crer no evangelho obterá o mesmo perdão (cura* e restauração* total), já que foi o próprio Jesus quem clamou ao Pai por nosso perdão.

JESUS TEVE A MAIS HUMILHANTE DAS MORTES

Como se não fosse suficiente este grau de humilhação* ao se fa-zer homem e sofrer todo este escárnio, Jesus se humilhou ainda mais: “E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:8).

A morte na cruz era uma morte degradante para os romanos, e para os judeus era maldição ser pregado em um madeiro: “Cris-to nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro’ (Gálatas 3:13). “Porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus” (Deuteronômio 21:23).

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Jesus se humilhou sendo obediente até a morte: “Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro e como ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7).

Sua entrega foi voluntária, em humildade*: “Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade” (João 10:18).

Até o final, deu exemplo desta humildade*: “Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hebreus 12:2).

JESUS, POR SER OBEDIENTE, FOI HUMILHADO APESAR DE JÁ NÃO TER COMO REAGIR

Quando Jesus já estava na cruz, Ele foi objeto de mais humilha-ção e desprezo: “Os que passavam lançavam-lhe insultos balan-çando a cabeça e dizendo: ‘Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, desça da cruz e salve-se a si mesmo’. Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e mestres da lei zomba-vam dele entre si, dizendo: ‘Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! O Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos!’ Os que foram crucificados com ele também o insultavam” (Marcos 15: 29-32).

Até mesmo um dos condenados com Ele lhe humilhava ainda mais: “Um dos criminosos que ali estavam dependurados lan-çava-lhe insultos: ‘Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!’” (Lucas 23:39).

A humilhação do homemO ser humano é, como consequência da queda*, egocêntrico e

vaidoso. Por isto, é muito difícil descobrir a natureza humana porque muitas vezes os que aparentam ser modestos, humildes e prestativos, no final o fazem por orgulho a fim de projetar uma imagem agradável e receber aceitação.

O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua do-ença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?

JEREMIAS 17:9

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A realidade é que o homem em sua condição natural não se hu-milha por si mesmo. Pelo contrário, se gaba porque em sua carne* o que mais há é a vaidade e maldade. Em seu coração só há orgulho e iniquidade:

Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamen-tos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’.

MARCOS 7:21-23

Jesus nos fala de uma maneira tal que podemos ver a humilhação* como algo que em si não envergonha. Isto é semelhante à atitude que as crianças têm, a qual nos dará maior benefício no final se nós tratarmos com nossas forças o orgulho:

Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tor-nem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.

MATEUS 18:3-4

Isto implica que devemos nos desprender de nossas aspirações e convicções de poder e superioridade, com o propósito de assumir a atitude de filho que, sem ao menos ter consciência disso, confia de maneira incondicional em seus pais, depende deles e se volta a eles, sobretudo nos momentos de dificuldade e perigo. Isto lhe dá a vantagem de estar sempre alegre e ainda por cima das dificuldades e angústias.

Além disso, se aprendermos a depender de nosso Pai Celestial em obediência a Ele como Cristo nos ensina sem cessar na Palavra, te-remos a segurança de estar sempre por cima das aflições. Para ter a opção de ser livre é preciso que você se humilhe, seguindo o mo-delo* de Jesus e seguindo Seus passos. Só assim o Pai lhe poderá restaurar.

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Portanto humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.

1 PEDRO 5:6

Você deve começar assumindo uma atitude sincera de rendição e entrega, de modo que Deus entre em seu coração e lhe revele a mal-dade que há neste.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e co-nhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.

SALMOS 139: 23-24

Você também deve guardar o ensinamento de Jesus a Seus discí-pulos e fazer dele uma rotina em sua vida:

Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deve ser servo, e quem quiser ser o pri-meiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

MATEUS 20:26-28

Então, uma vez conhecida a condição humana em geral, é preciso que você declare o seguinte:

ADMITO A NATUREZA HUMANA

Reconheço que, em minhas próprias forças, não posso viver em liberdade e não tenho a vida abundante que desejo, já que não sou Deus. No entanto, tenho forças por Sua graça*: “Diga o fraco: Forte sou” (Joel 3:10), sabendo que é em minha fraqueza declarada que sou forte de verdade. “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas an-gústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte” (2 Coríntios 12:10).

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Com pesar, eu tenho claro o que sou: “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne*. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Romanos 7:18-19).

Sei como é o meu coração, e sei também que somente Deus o conhece: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? ‘Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente para recompensar a cada um de acordo com as suas obras’” (Jeremias 17:9-10).

Conheço a promessa para aquele que se humilha: “Bem-aventura-dos os humildes, pois eles herdarão a terra” (Mateus 5:5).

Tenho a revelação* da misericórdia de Deus: “‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o Senhor. ‘Embora seus pecados sejam vermelhos como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão’” (Isaías 1:18).

Os versículos que temos lido nos exortam a reconhecer o engano de nosso coração, a reconhecer nossas faltas e a entender como é devido o significado da humilhação* através do sofrimento* de Jesus por nós.

Deus decidiu colocar Seu amor sobre nós, estender sua mão e se manifestar a nós: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” (João 14:21).

Se nos humilharmos da mesma forma que Jesus o fez, reconhece-remos com humildade*...

• O pecado que está em nós• As feridas das quais ainda não fomos curados• Os ressentimentos que ainda não superamos• A culpa que ainda nos castiga• Os maus hábitos que ainda nos perseguem• Os complexos que nos prendem• Os vícios que nos escravizam• Os comportamentos compulsivos que nos dominam• A justiça* própria que nos amarga

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Então, desta forma, entendo qual é o meu problema e receberei um presente chamado “a graça* de Deus”, que faz possível o resgate de Jesus Cristo na cruz para libertar-me, de verdade, do poder do pecado.

Não resista e saiba que para Deus nada fica em oculto e que para Ele tudo é possível. Lembre-se de que Ele se apresentou, veio buscá-lo e já estava em você.

A injustiça* que Cristo viveu nos conta sobre a profundidade de até onde deve chegar nossa humilhação*. Quando participamos da injustiça* que Cristo viveu, temos a garantia do processo* para a ver-dadeira cura* e libertação.

Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto.

JOÃO 12:24

RECONHEÇO AS MANIFESTAÇÕES DA JUSTIÇA PRÓPRIA

Busque qual é a atitude de seu coração e admita quais são as ma-nifestações de sua justiça* própria, as que não reconheceu, nem acei-tou, tais quais: a negação, a bondade aparente, a crítica, o isolamen-to, a inibição, a agressividade ativa* e passiva* e os mecanismos de defesa. Além disso, a manifestação da falsa crença sobre a injustiça* do homem lhe impediu de conhecer a graça* de Deus para acabar com a dor e a amargura, e para trazer a revelação* de quem é Cris-to e qual é o verdadeiro significado da salvação*. Sem dúvida algu-ma, você tem que buscar, reconhecer, aceitar e erradicar todas essas manifestações.

Devemos aceitar que, por trás de cada situação injusta que o mun-do nos apresenta, estão na verdade as intenções de Deus em revelar sua justiça*. Na vida, a injustiça* do mundo é a justiça* de Deus. Essas injustiças do mundo são as que nos levam a seguir os mesmos passos de Cristo para obter a liberdade.

Não julguem para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usa-rem, também será usada para medir vocês.

MATEUS 7:1-2

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A maneira mais verdadeira de entender as feridas de Cristo é à luz da injustiça* de todos nós. Os pecados do homem causaram as feridas de Cristo e isso nos parece injusto a todos. No entanto, muitas das nossas feridas também causaram os pecados dos nossos semelhantes contra nós, o que também nos parece injusto. Então, se juntamos as vezes que faltamos conosco mesmo, nos encontramos dentro de um ciclo de injustiças que nunca conseguiríamos superar.

As injustiças que temos sofrido são as que nos levam a viver um verdadeiro processo* de liberdade através da mesma morte de Cris-to. O que pareceu injusto, como o castigo de Cristo por nós, foi, na verdade, justo. Isto se deve porque Ele levou sobre si mesmo o peso do pecado de toda a humanidade e o Pai descontou nele toda Sua ira, que devia ser descontada em nós, e nos livrou da ira de Deus.

Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.

2 CORÍNTIOS 5:21

CONFESSO O ORGULHO

O orgulho não se apresenta sozinho. Ele sempre vem acompa-nhado com a crença de que somente com nosso esforço poderemos enfrentar as dificuldades. Isto é nada mais que ignorância e vaidade, uma combinação terrível que impede que nosso coração se renda por completo.

Exortamos você a deixar o mundo da fantasia. A fantasia do “eu posso”, das expectativas de que as outras pessoas mudem primeiro, do “eu não tenho problemas”, do “eu creio que”, do “mas não sou eu quem deve mudar porque não sou culpado”. Reconheça seu orgulho, acabe com ele e humilhe-se, porque...

O orgulho do homem o humilha, mas o de espírito humilde obtém honra.

PROVÉRBIOS 29:23

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Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exal-tado.

LUCAS 18:14

Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.

TIAGO 4:6

Sejam todos humildes uns para com os outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.

1 PEDRO 5:5

A verdadeira humilhação* é renunciar a continuar se justificando. É renunciar a continuar culpando os outros por aquilo que você pas-sou, de modo que então você decida render a sua vida Àquele que a entregou. Deus é fiel e Ele promete sarar aquele que se humilha.

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.

2 CRÔNICAS 7:14

RECONHEÇO A CARNE

A Palavra de Deus nos diz que Ele “deu vida a vocês, que estavam mortos em seus delitos e pecados” (Efésios 2:1). Desta mesma for-ma, nos afirma que em outro tempo andávamos “segundo a corrente deste mundo, conforme o príncipe do poder do ar” (Efésios 2:2). Portanto, “éramos por natureza filhos da ira, o mesmo que os demais” (Efésios 2:3, grifo do autor).

Isto quer dizer que nascemos mortos no espiritual, mas vivos de maneira física. Assim, nós não tínhamos conhecimento de Deus nem tínhamos Sua presença em nossa vida. O resultado disso é que vivía-mos separados dele e com nossas forças. Esta independência de Deus é uma das principais características da carne*:

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Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.

GÁLATAS 5:17

Quero dizer, o desejo da carne* está em oposição porque o Es-pírito Santo, da mesma forma que Jesus, não se move de maneira independente do Pai, mas a carne* sim.

A carne* pode ser definida como a existência longe de Deus. Por-tanto, a carne* domina o pecado, pois está em oposição a Deus.

Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim.

ROMANOS 7:21

A carne* é autossuficiente, ao invés de depender de Deus. Ela também é egoísta porque centraliza-se em si mesma, ao invés de cen-tralizar-se em Deus:

Mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerre-ando contra a lei da minha mente, tornado-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros.

ROMANOS 7:23

Este é o estado da humanidade que se encontra separada de Deus. A humanidade é pecadora por natureza e está morta espiritualmen-te. Além disso, a Bíblia nos descreve como é o coração, o centro do nosso ser:

O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua do-ença é incurável.

JEREMIAS 17:9

A Bíblia nos diz qual é a consequência dessa separação:

Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. ROMANOS 3:23

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A humanidade perdida vive uma vida da carne* e “os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8:8).

ABANDONO A JUSTIÇA PRÓPRIA

Tendo isto certo, você deverá tomar a decisão de abandonar suas próprias opiniões e reservas sobre este processo* de restauração*. Sen-do assim, você deve se comprometer a realizá-lo. Essa é a hora que todos os seus esforços devem se orientar a confiar somente em Deus, para que a justiça* de Deus chegue à sua vida.

O homem, ao invés de viver a vida abundante, segundo a pro-messa que Deus lhe deu, volta e permanece em sua justiça* própria. Então, quando você declara esse estilo de vida, se integra a um estilo de vida vicioso. Isto, junto com seus maus hábitos, mais a corrupção da carne*, o faz vulnerável aos ataques de Satanás.

Deveria ser uma rotina se perguntar: “Quem reina em minha vida?” Eu governo a minha vida porque decido a quem vou servir. Eu decido qual é a autoridade espiritual que vai me governar para mudar minhas atitudes. Também decido as palavras que pronuncio, os decretos que faço sobre minha vida e se quero seguir vivendo no passado. Decido se quero fazer como Adão e Eva, que depois de pe-carem ficaram envergonhados e temerosos:

Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; en-tão juntaram folhas de figueiras para cobrir-se. Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus cha-mou o homem, perguntado: “Onde está você?” E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”.

GÊNESIS 3:7-10

Adão e Eva declararam a dor de tudo o que haviam perdido: a verdadeira vida. O temor e a vergonha os dominavam. Como não podiam considerar a opção de um Deus misericordioso, perderam a oportunidade de voltar à intimidade permanente com Ele. Pelo con-

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trário, se decido que vou restaurar minha relação íntima com Deus e aprofundá-la, desejarei aproveitar a extraordinária manifestação da misericórdia de Deus que vem através de Cristo Jesus.

Agora, Deus lhe oferece a pessoa com quem se relacionar e é com Ele mesmo, através de Seu filho, Jesus Cristo. Uma vez que você entende a natureza pecaminosa do homem, pode pedir ao Espírito Santo que lhe revele a resposta para a seguinte pergunta: o que Jesus fez na cruz?

Isto nos leva ao próximo passo desta primeira parte: a MORTE.