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Índice
1 – Introdução.................................................................................................................2
2 – Conceitos Gerais ......................................................................................................3
2.1 – Conceitos Básicos para Interpretação das normas ...............................................4
2.2 – Como se Classificam as tolerâncias geométricas .................................................5
2.3 – Símbolos ................................................................................................................7
3 – Tolerância de Forma ................................................................................................7
3.1 – Tolerância de Retitude ..........................................................................................8
3.2 – Tolerância de Planeza ...........................................................................................9
3.3 – Tolerância de Circularidade .................................................................................10
3.4 – Tolerância de Cilindricidade ................................................................................11
3.5 – Tolerância de Perfil de Linha Qualquer ...............................................................12
3.6 – Tolerância de Perfil de Superfície Qualquer ........................................................13
4 – Tolerância de Orientação .......................................................................................14
4.1 – Tolerância de Paralelismo ...................................................................................15
4.2 – Tolerância de Perpendicularidade .......................................................................17
4.3 – Tolerância de Inclinação ......................................................................................20
5 – Tolerância de Posição ............................................................................................22
5.1 – Tolerância de Posição Propriamente Dita ...........................................................22
5.2 – Tolerância de Concentricidade ............................................................................22
5.3 – Tolerância de Coaxilidade ...................................................................................23
5.4 – Tolerância de Simetria .........................................................................................23
6 – Tolerância de Batimento .........................................................................................24
6.1 – Tolerância de Batimento Circular .......................................................................25
6.2 – Tolerância de Batimento Total .............................................................................26
7 – Bibliografia ..............................................................................................................28
8 – Conclusão .......................................................................................................29 a 33
1
Introdução
Em muitas aplicações as tolerâncias dimensionais são insuficientes para se
determinar exatamente como deve estar à peça depois de pronta para evitar trabalhos
posteriores. Uma comparação entre a peça real fabricada e a peça ideal especificada
pelo projeto e mostrada no desenho mostra que existem diferenças. Ou seja, durante
a fabricação de peças pelas máquinas-ferramenta, surgem desvios (ou erros)
provocando alterações na peça real. Causas dos desvios geométricos:
•Tensões residuais internas;
• Falta de rigidez do equipamento e/ou de um dispositivo de usinagem;
• Perda de gume cortante de uma ferramenta;
• Forças excessivas provocadas pelo processo de fabricação (Ex.: Entre pontas de um
torno).
• Velocidade de corte não adequada para remoção de material;
• Variação de dureza da peça ao longo do plano de usinagem e
• Suportes não adequados para ferramentas.
Tais desvios devem ser limitados e enquadrados em tolerâncias, de tal forma a não
prejudicar o funcionamento do conjunto.
Portanto, o projeto de uma peça deve prever, além das tolerâncias dimensionais, as
chamadas tolerâncias geométricas, a fim de se obter a melhor qualidade funcional
possível.
Desvios Geométricos: São desvios de forma e posição: É um erro do processo de
fabricação;
Tolerâncias Geométricas: São as variações permissíveis do erro, ou seja, são os
limites dentro do qual os desvios (ou erro) de forma e posição devem estar
compreendidos.
2
Conceitos Gerais
As peças, em geral, não funcionam isoladamente. Elas trabalham associadas a outras
peças, formando conjuntos mecânicos que desempenham funções determinadas.
Num conjunto mecânico, é indispensável que as peças se articulem
convenientemente, conforme é especificado no projeto. Muitas vezes, as peças que
constituem o conjunto provêm de diferentes fornecedores e para trabalhar junta devem
apresentar características tais que não comprometam a funcionalidade e a qualidade
do conjunto.
Do mesmo modo, se for necessário substituir uma peça qualquer de um conjunto
mecânico, é necessário fique a peça substituta seja semelhante à peça substituída,
isto é, elas devem ser intercambiáveis.
Entretanto, todos os processos de fabricação estão sujeitos a imperfeições que afetam
as características da peça. Desse modo, é impossível obter peças com características
idênticas as ideais projetadas no desenho.
Isso ocorre porque vários fatores interferem nos processos de fabricação:
instrumentos de medição fora de calibração, folgas e desalinhamento geométrico das
máquinas-ferramenta, deformações do material, falhas do operador, etc.
Mas, a prática tem demonstrado que certas variações nas características das peças,
dentro de certos limites, são aceitáveis porque não chegam a afetar sua
funcionalidade.
Essas variações ou desvios aceitáveis nas características das peças constituem o que
chamamos de tolerância.
A determinação das tolerâncias e sua indicação nos desenhos técnicos é função do
projetista. Quanto mais familiarizado o projetista estiver com os processos de
fabricação e com os métodos de usinagem, melhores condições ele terá de especificar
tolerâncias que atendam as exigências de exatidão de forma, posição e
funcionalidade, que possam ser avaliadas por métodos simplificados de verificação.
Ao profissional que executa as peças, cabem as tarefas de interpretar as indicações
de tolerância apontadas nos desenhos e de cuidar para que o produto final não
ultrapasse as indicações de tolerâncias previstas no projeto.
3
Peças produzidas dentro das tolerâncias especificadas podem não ser idênticas entre
si, mas funcionam perfeitamente quando montadas em conjunto. Porém, se estiverem
fora das tolerâncias especificadas, deverá ser retrabalhadas ou refugadas, o que
representa desperdício de tempo e de dinheiro.
As indicações de tolerâncias geométricas devem ser apontadas nos desenhos
técnicos sempre que for necessário, para assegurar requisitos funcionais, de
intercambiabilidade de manufatura.
É importante ressaltar que, na área mecânica, as tolerâncias geométricas não
substituem as tolerâncias dimensionais, Ambas se completam e, em conjunto,
garantem a intercambiabilidade da peça.
Todo produto é concebido para atender a uma função, com o menor número possível
de erros. A aplicação das tolerâncias dimensionais e geométricas permitira atender a
função desejada com menor índice de rejeição. É de suma importância atingir os
requisitos de funcionalidade e exatidão de forma e de posição dos elementos
produzidos, para assegurar a durabilidade, a confiabilidade e o bom desempenho do
produto.
Conceitos básicos para interpretação das normas
Todo corpo é separado do meio que o envolve por uma superfície. Esta superfície, que
limita o corpo, é chamada de superfície real.
A superfície real do corpo não e idêntica à superfície geométrica, que corresponde à
superfície ideal, representada no desenho. Para fins práticos, considera-se que a
superfície geométrica é isenta de erros de forma, posição e de acabamento.
Ao térmico de um processo de fabricação qualquer, o corpo apresenta uma superfície
efetiva. Esta corresponde à superfície avaliada por meio de técnicas de medição e se
aproxima da superfície real.
Imaginando uma superfície geométrica cortada por um plano perpendicular, como
mostra a figura, você obterá um perfil geométrico.
O perfil real é o que resulta da interseção de uma superfície real por um plano
perpendicular.
4
Já o perfil obtido por meio de avaliação ou de medição, que corresponde a uma
imagem aproximada do perfil real, é o chamado perfil efetivo.
As diferenças entre o perfil efetivo e o perfil geométrico, que são os erros
apresentados pela superfície em exame, classificam-se em dois grupos:
Erros microgeometricos: são formados por sulcos ou marcas deixados nas superfícies
efetivas pelo processo de usinagem, ou por deficiências nos movimentos da máquina,
deformação no tratamento térmico, tensões residuais de forjamento ou fundição, etc.
Podem ser detectados por meios de instrumentos, como rugosimetros e perfiloscopios.
Os equipamentos eletrônicos mais modernos, com resolução digital, possibilitam obter
facilmente a análise gráfica dos estados dessas superfícies. Esses erros são também
definidos como rugosidade da superfície.
Erros macrogeometricos: são também conhecidos como erros de forma e/ou de
posição, Podem ser detectados por instrumentos convencionais como relógios
comparadores, micrometros, esquadros, desempenos, etc. Conforme a necessidade,
esses erros podem ser detectados por equipamentos eletrônicos.
Como se classificam as tolerâncias geométricas
A norma NBR 6409:1997 prevê indicações geométricas para elementos isolados e
para elementos associados.
Os elementos tolerados, tanto isolados como associados, podem ser linhas,
superfícies ou pontos.
A tolerância refere-se a um elemento isolado quando ele se aplica diretamente a este
elemento, independentemente dos demais elementos da peça, como mostra a figura a
seguir.
Quando a tolerância refere-se a elementos associados, um desses elementos será o
tolerado e ou outro será tomado como elemento de referencia. Os elementos de
referencia também podem ser linhas, superfícies, pontos ou ainda planos de simetria.
Para efeito de verificação, o elemento de referencia, embora seja um elemento real da
peça, é sempre considerado como ideal, isto é, isento de erros.
5
Alguns tipos de tolerância só se aplicam a elementos isolados. Outros só se aplicam a
elementos associados. E há certas características que se aplicam tanto a elementos
isolados como a elementos associados.
De acordo com as normas técnicas sobre tolerância geométrica (NBR 6409:1997 e
ISSO 1101:1983), as características toleradas podem ser relacionadas à: forma,
posição, orientação e batimento.
A tolerância de forma é a variação permitida em relação a uma forma perfeita definida
no projeto, Está variação pode ser de:
- retitude
- circularidade
- planeza
- cilindricidade
- perfil de linha qualquer
- perfil de superfície qualquer
A tolerância de orientação refere-se ao desvio angular aceitável de um elemento da
peça em relação a sua inclinação ideal, prescrita no desenho. Esse desvio pode ser
de:
- paralelismo
- perpendicularidade
- inclinação
A tolerância de posição estabelece o desvio admissível de localização de um elemento
da peça, em relação a sua localização teórica, prescrita no projeto. Pode ser de:
- concentricidade
- coaxialidade
- simetria
- posição
A tolerância de batimento refere-se a desvios compostos de forma e posição, em
relação ao eixo de simetria da peça, quando está é submetida à rotação. Pode ser de:
- circular
- total
6
Quanto à direção pode ser axial, radial, especificada ou qualquer.
Símbolos
Cada tipo de tolerância geométrica e identificada por um símbolo apropriado. Esses
símbolos, que devem ser desenhados conforme prescreve a já citada norma ISSO
7083: 1983 são usados nos desenhos técnicos para indicar as tolerâncias
especificadas.
O quadro a seguir apresenta uma visão de conjunto das tolerâncias geométricas e
seus respectivos símbolos.
Tolerâncias de forma
Um tampo de mesa que não esteja perfeitamente plano pode servira diversas
finalidades, sem prejuízo da sua funcionalidade. Mas, se esta for usada como
desempeno, a planeza do seu tampo passar a ser um requisito de importância
7
fundamental. Neste caso, esta exigência quanto a exatidão da forma deve ser
especificado no desenho técnico e posteriormente verificada no objeto acabado.
Este capítulo trata do conjunto das tolerâncias geométricas agrupadas sob a categoria
das tolerâncias de forma, ou seja:
• retitude,
• planeza,
• circularidade,
•cilindricidade,
• perfil de linha qualquer,
• perfil de superfície qualquer.
Tolerância de retitude
Tolerância de retitude refere-se ao desvio aceitável da forma do elemento tolerado, na
peça pronta, em relação a uma linha reta, representada no desenho técnico.
Este tipo de tolerância só se aplica a elementos isolados, como linhas contidas nas
faces de peças, eixos de simetria, linhas de centro ou geratrizes de sólidos de
revolução.
O campo de tolerância de retitude pode assumir varias formas em função do modo
como essa tolerância é indicada no desenho técnico.
Na figura a seguir, a seta que liga o quadro de tolerância ao elemento tolerado indica
que a tolerância é especificada somente em um plano.
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Neste caso, o campo de tolerância é limitado por duas retas paralelas, separadas por
uma distancia de 0,1 mm.
Tolerância de planeza
Tolerância de planeza é o desvio aceitável na forma do elemento tolerado em relação
a forma plana ideal.
A indicação deste tipo de tolerância significa que a superfície efetiva tolerada deve
estar contida entre dois planos paralelos afastados de uma distância “t”, que definem o
campo de tolerância.
No exemplo a seguir, o elemento ao qual a tolerância de planeza se refere é a face
superior da peça. O valor da tolerância de planeza é de 0,08mm.
9
Isso significa que qualquer ponto da superfície efetiva da face superior da peça
acabada deve estar situado na região entre dois planos distantes 0,08mm um do
outro, como mostra a figura.
Tolerância de circularidade
Tolerância de circularidade corresponde ao desvio da forma geométrica circular, que
pode ser aceito sem comprometer a funcionalidade da peça. Está característica é
tolerada principalmente em peças cônicas e cilíndricas.
O campo de tolerância correspondente é limitado, na seção de medição, por dois
círculos concêntricos e coplanares afastados uma distância “t”.
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A peça a seguir apresenta indicação de tolerância de circularidade valida tanto para a
superfície cilíndrica como para a superfície cônica. O valor da tolerância é 0,03mm.
A seta que liga o quadro de tolerância de circularidade ao diâmetro externo da peça
indica que em cada seção transversal da peça, a circunferência correspondente deve
estar compreendida entre dois círculos concêntricos e coplanares, gerados por raios
com diferença de 0,03mm.
Tolerância de cilindricidade
É o desvio aceitável da superfície cilíndrica efetiva em comparação com a superfície
cilíndrica ideal, representada no desenho.
O campo de tolerância correspondente é limitado por dois cilindros coaxiais afastados
uma distância “t”.
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A peça a seguir apresenta indicação de tolerância de cilindricidade. O quadro de
tolerância indica que a superfície cilíndrica efetiva deve estar compreendida entre dois
cilindros coaxiais com 0,1mm de diferença entre seus raios.
A tolerância de cilindricidade compreende desvios de forma ao longo da seção
longitudinal do cilindro, que incluem erros de conicidade, concavidade e convexidade.
Tolerância de perfil de linha qualquer
Em alguns casos, a exatidão das formas irregulares de linhas com perfis compostos
por raios e concordâncias, pode ser imprescindível para a funcionalidade da peça.
Para garantir essa exatidão, é necessário especificar a tolerância de perfil de linha
qualquer.
A tolerância de perfil de linha qualquer compreende o desvio de forma da linha
tolerada em relação a mesma linha, representada no desenho técnico, quando se
aplica a um elemento isolado.
12
Este tipo de tolerância pode aplicar-se, também a elementos associados. Neste caso,
o desvio da linha tolerada deve ser verificado em relação a linha tomada como
elemento de referencia.
O campo de tolerância correspondente é a região compreendida entre duas linhas que
tangenciam o diâmetro “t” de um circulo, cujo centro se situa sobre a linha geométrica
teórica do perfil considerado.
A peça a seguir apresenta indicação de tolerância de linha qualquer. O valor da
tolerância é de 0,04mm.
Na figura, o quadro de tolerância mostra que, em cada seção paralela ao plano de
projeção, o perfil efetivo deve está contido entre duas linhas que tangenciam círculos
de 0,04mm de diâmetro, que tem seus centros sobre a linha com o perfil geométrico
ideal.
Tolerância de perfil de superfície qualquer
As superfícies das peças também podem apresentar perfis irregulares, compostos por
raios e concordâncias. Quando a exatidão da superfície irregular for um requisito
fundamental para a funcionalidade da peça, é necessário especificar a tolerância de
perfil de superfície qualquer.
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A tolerância de perfil de uma superfície qualquer corresponde ao desvio aceitável da
superfície efetiva em relação á superfície efetiva em relação á superfície representada
no desenho.
Este tipo de tolerância se aplica tanto a elementos isolados como a elementos
associados, ou seja, a verificação tanto pode ser feita com base na superfície prescrita
no projeto, ou com base em outra superfície da peça, escolhida como elemento de
referencia.
Seu campo de tolerância é limitado por duas superfícies geradas por esferas de
diâmetro “t”, cujos centros situam-se sobre a superfície geométrica teórica do perfil
considerado.
Tolerância de Orientação
Em algumas peças, o funcionamento adequado depende da correta relação angular
entre as linhas e superfícies que compõem suas faces, isto é, depende da exatidão do
ângulo formado entre duas ou mais de suas linhas, entre linhas e superfícies ou entre
duas ou mais superfícies.
De um modo geral, quando se analisam as possibilidades de orientação de um
elemento em relação a outro, três condições se apresentam:
• paralelismo: os elementos não formam ângulo entre si,
• perpendicularidade: os elementos formam ângulo de 90º entre si,
• inclinação: os elementos formam ângulo diferente de 90º entre si.
As tolerâncias de orientação refere-se aos desvios aceitáveis em relação ao
paralelismo, à perpendicularidade e à inclinação de elementos associados.
Quando se fala de elementos associados, um deles é o elemento tolerado e o outro é
o elemento de referencia. O elemento tolerado, que aqui pode ser uma linha ou uma
superfície, dever ser observado segundo uma orientação estabelecida no projeto.
Os elementos de referencia também são constituídos por linhas ou superfícies da
peça. Para efeito de verificação, deve-se assumir que os elementos de referencia tem
a forma geométrica perfeita, mesmo sabendo que na prática isso não ocorre. Do
contrário não será possível separar, para efeito de verificação, diferentes tipos de
desvio.
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Tolerância de paralelismo
Uma linha é paralela à outra quando ambas são equidistantes em toda sua extensão.
Pode-se falta também em paralelismo de superfícies e paralelismo de linhas e
superfícies. Está tolerância corresponde ao desvio aceitável de equidistância entre
dois elementos. Um dos quais é o elemento tolerado e ou outro é o elemento tomado
como referencia.
Quando o elemento tolerado é uma linha e o elemento de referencia também é uma
linha, o campo de tolerância correspondente é limitado por duas retas paralelas
afastadas uma distancia “t” e paralelas também á linha de referencia.
A figura a seguir-nos um exemplo de aplicação de tolerância de paralelismo de uma
linha em relação a uma linha de referencia.
Neste exemplo, o elemento tolerado é a linha de centro do furo superior e o elemento
de referencia, indicado no desenho pela letra A, é a linha de centro do furo inferior.
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Na verificação, a linha de centro do furo superior deve estar contida entre duas retas
afastadas 0,1mm entre si e paralelas á linha de centro do furo inferior, tomada como
referencia. Neste caso, a tolerância só se aplica no plano vertical.
Paralelismo de uma linha em relação a uma superfície de referencia, como no
desenho a seguir.
No exemplo, o eixo do furo cilíndrico deve estar paralelo a superfície inferior da peça.
O desvio de paralelismo admitido é de 0,01mm. Isso significa que o eixo do furo deve
estar situado entre dois planos distantes 0,01mm entre si e paralelos a superfície da
peça tomada como referência.
Pode também ser especificada a tolerância de paralelismo entre duas superfícies, uma
das quais é o elemento tolerado e a outra é o elemento de referencia.
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Segundo o desenho, a face superior externa da peça, dever ser paralela à face
inferior, tomada como referência. O desvio máximo aceitável de paralelismo é de
0,01mm. Isso quer dizer que a superfície da face superior deve estar contida entre
dois planos afastados 0,01mm, paralelos a face inferior da peça.
Tolerância de perpendicularidade
A perpendicularidade é uma condição que só pode ser observada quando se trata de
elementos associados. Pode-se falar em perpendicularidade entre duas linhas, entre
dois planos ou entre uma linha e um plano. O ângulo formado entre esses elementos é
sempre de 90º(reto).
O primeiro exemplo a ser examinado apresenta tolerância de perpendicularidade de
uma linha em relação à outra linha.
O elemento tolerado é o eixo do furo que na vista frontal aparece inclinado. O
elemento de referencia, em relação ao qual será verificada a perpendicularidade é o
eixo do furo horizontal da peça. O valor da tolerância é de 0,06mm.
O campo de tolerância é limitado por duas retas paralelas, afastada 0,06mm, neste
exemplo, e perpendiculares a linha de referencia, constituída pelo eixo do furo
horizontal. A peça será aprovada se o eixo do furo inclinado estiver contido entre
essas duas paralelas.
17
Tolerância de perpendicularidade de uma linha em relação a uma superfície de
referencia, no exemplo abaixo a perpendicularidade desse eixo deverá ser verificada
em relação a superfície da base da peça. O valor da tolerância é de 0,01mm. O campo
de tolerância correspondente fica limitado por duas retas paralelas, afastadas 0,01mm
e perpendiculares á superfície de referência, uma vez que a tolerância está
especificada somente em uma direção. Isso quer dizer que, na peça pronta, o eixo do
cilindro deve estar contido entre essas duas retas paralelas que definem o campo de
tolerância na direção especificada.
Tolerância de perpendicularidade de uma superfície em relação a uma linha de
referencia, no próximo desenho, o elemento tolerado é a face lateral direita da peça,
ou seja, uma superfície e a linha de referencia é o eixo da parte cilíndrica, isto é uma
linha. O valor da tolerância é de 0,08mm.
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O campo de tolerância correspondente é limitado por dois planos paralelos, afastados
0,08mm, e perpendiculares ao eixo da peça. Na verificação, todos os pontos da
superfície tolerada deverão estar situados entre esses dois planos paralelos.
Tolerância de perpendicularidade de uma superfície em relação a uma superfície de
referencia, é quando deve ser verificadas entre duas superfícies, umas delas recebe a
indicação de tolerância e a outra é considerada o elemento de referencia,
geometricamente perfeito. É o que aparece indicado no próximo desenho, onde a face
lateral direita está sendo tolerada quanto á perpendicularidade em relação á base da
peça. O valor da tolerância é de 0,08mm.
O campo de tolerância corresponde á região limitada por dois planos paralelos,
afastados 0,08mm, dentro da qual devem situar-se todos os pontos da superfície a ser
verificada.
19
Tolerância de inclinação
Quando o ângulo formado entre duas partes de uma peça for diferente de 90º e sua
exatidão for imprescindível por razões de funcionalidade, é necessário especificar no
desenho a tolerância de inclinação.
Tolerância de inclinação de uma linha em relação a uma linha de referencia, no
desenho a seguir mostra a especificação de tolerância de inclinação do eixo de um
furo que atravessa obliquamente uma peça cilíndrica em relação ao eixo longitudinal
da peça, com o qual dever formar um ângulo de 60º. O valor da tolerância é de
0,08mm.
O eixo longitudinal, ao qual estão associadas as letras A e B, é a linha de referencia.
Neste exemplo, os dois eixos, isto é, o eixo tolerado e o eixo de referencia, estão
situados no mesmo plano.
O eixo do furo oblíquo pode apresentar certo desvio de sua inclinação geométrica
ideal, desde que esteja contido dentro do campo de tolerância determinado por duas
retas paralelas afastadas 0,08mm e que formam com o eixo longitudinal um ângulo de
60º.
20
Tolerância de inclinação de uma linha em relação a uma superfície de referência, no
desenho a seguir mostra um caso de aplicação de tolerância de inclinação de uma
linha (o eixo da parte cilíndrica obliqua da peça) em relação a uma superfície de
referência (a face inferior da base da peça). O ângulo entre o eixo da parte cilíndrica e
a face de referência deve ser de 60º. O desvio de inclinação do eixo efetivo deve estar
compreendido dentro do campo de tolerância especificado.
Neste exemplo, o campo de tolerância compreende a região limitada por duas retas
paralelas, distantes 0,08mm uma da outra, que formam com a superfície de referencia
um ângulo de 60º.
Tolerância de inclinação de uma superfície em relação a uma linha de referência, na
peça a seguir apresenta uma face circular obliqua, tolerada quanto á inclinação em
relação ao eixo longitudinal da parte cilíndrica da peça tomada como elemento de
referência.
21
O campo de tolerância, dentro do qual deve situar-se a superfície oblíqua efetiva da
peça, é definido por dois planos paralelos, afastados 0,1mm um do outro, que formam
com o eixo longitudinal da peça um ângulo de 75º.
Tolerância de posição
A tolerância de posição estabelece o desvio admissível de localização de um elemento
da peça em relação à sua localização teórica, prescrita no projeto. Pode ser de:
- posição;
- concentricidade;
- simetria;
- Tolerância de posição propriamente dita.
Tolerância de posição propriamente dita.
Este tipo de tolerância se refere os desvios de posição de um ponto, de uma linha ou
de um plano em relação a sua posição teoricamente exata, que no desenho aparece
indicada dentro de uma moldura. Essa tolerância é aplicada tanto para elementos
isolados quanto para elementos associados.
O campo de tolerância correspondente é disposto simetricamente em torno da posição
teoricamente exata. Com isso, evita-se o acúmulo de erros provenientes da cotagem
em cadeia, com indicação somente de tolerâncias dimensionais.
*Tolerância de posição de um ponto
Nos sistemas de cotagem por coordenadas, a localização de um ponto é dada pela
intersecção do prolongamento de duas cotas. Essa intersecção representa a posição
ideal do ponto, dificilmente conseguida na prática. Por isso, muitas vezes, é
necessário especificar a tolerância de posição de um ponto (elemento isolado).
22
Tolerância de concentricidade
Dois elementos são concêntricos quando seus centros ocupam a mesma posição no
plano. Para que se possa verificar essa condição, a posição de um dos elementos tem
de ser tomada como referência. Tolerância de concentricidade é o desvio permitido na
posição do centro de um círculo em relação ao centro de outro círculo tomado como
referência.
Tolerância de coaxialidade
Dois elementos são chamados coaxiais quando seus eixos ocupam a mesma posição
no espaço. A tolerância de coaxialidade define o desvio aceitável na posição de um
eixo tolerado em relação à posição de outro eixo tomado como elemento de
referência.
Tolerância de simetria
A simetria entre dois elementos que opõem, situados em torno de um eixo ou de um
plano, significa que eles são idênticos quanto á forma, ao tamanho e à posição
relativa. A tolerância de simetria define os limites dentro dos quais os erros de simetria
podem ser aceitos sem comprometer a sua funcionalidade. Pode-se tolerar quanto à
simetria o plano médio da peça e eixos (ou linhas).
23
Tolerância de Batimento
Na usinagem de peças ou elementos quer têm formas associadas a sólidos de
revolução, como cilindros e cones maciços (eixos) o acos (furos), ocorrem variações
em suas formas e posições, que resultam em erros de ovalização, conicidade, retitude,
excentricidade, etc. A verificação desses erros só pode ser feita de modo indireto, a
partir de outras referências que estejam relacionadas ao eixo da peça. Essa variação
de referencial geralmente leva ao acúmulo de erros, envolvendo a superfície medida, a
superfície de referência e a linha de centro teórica. Estes erros recebem o nome de
desvios de batimento. Por ser tratar de uma tolerância composta, a tolerância de
batimento permite analisar, a um só tempo, uma combinação de desvios de forma, de
orientação e de posição, ela é classificada como circular ou total.
24
Tolerância de batimento circular
A tolerância de batimento é circular quando a verificação do desvio se dá um ponto
determinado da peça. Neste caso, a tolerância é aplicada em uma posição
determinada, permitindo verificar o desvio apenas em uma seção circular da peça.
Está tolerância de batimento circular pode ser radial ou axial, dependendo da maneira
como aparece indicada no desenho técnico.
Tolerância de batimento circular radial, o elemento tolerado guarda uma reçaõ de
perpendicularidade com o eixo de simetria tomado como elemento de referência para
verificação do desvio de batimento.
No desenho a seguir, o quadro de tolerância está ligado a parte cilíndrica de maior
diâmetro, indicado que em qualquer seção circular o desvio de batimento não pode
exceder 0,1mm quando a peça e submetida a uma rotação completa.
25
Tolerância de batimento de circular axial refere-se ao deslocamento máximo
admissível de elemento tolerado ao longo do eixo de simetria quando a peça sofre
uma rotação completa. No desenho a seguri, a superfície tolerada com batimento axial
é a face direita da peça. Na verificação, esta superfície não pode apresentar
deslocamento axial maior que 0,1mm em qualquer ponto da superfície verificada.
Tolerância de batimento total
O batimento total difere do batimento circular quanto aos procedimentos de
verificação. Ao passo que no batimento circular a verificação se dá em planos de
medição determinado, no batimento total a verificação deve ser feita ao longo de toda
a extensão da superfície tolerada. Este tipo de batimento também pode ser verificado
no sentido radial e no sentido axial.
Tolerância de batimento total radial é quando a superfície tolerada é verificada
simultaneamente quanto a cilindricidade do elemento de revolução e quanto ao
batimento circular radial em relação a um eixo de referência.
26
Tolerância de batimento total axial a superfície tolerada simultaneamente quanto à
retitude e quanto ao batimento circular axial em relação a um eixo de referencia.
27
Bibliografia
Livro Tolerância Geométrica FIESP/SENAI, 1999.
www2.sorocaba.unesp.br/.../TOLERANCIA%20GEOMETRICA.ppt
28
Conclusão
Este trabalho serviu para conhecer mais a fundo este importante tema da área
mecânica, as tolerâncias geométricas. Sua influência nas funcionalidades da peça e
vital para o bom funcionamento do produto.
Está pesquisa, foi essencial para o conhecimento das tolerâncias de forma,
orientação, posição e batimento, e também para sua interpretação nos desenhos
técnicos. Algumas já até usávamos nas aulas, e não sabíamos que se tratavam de
tolerâncias geométricas.
A construção do trabalho também serviu para verificamos e aprendemos sobre temas
bastante importantes no mercado de trabalho como trabalho em grupo e
comprometimento.
Aluno: Emerson Pereira de Araujo Junior nº. 08
29
Conclusão
"Com este trabalho eu entendi a importância e a necessidade das tolerâncias
geométricas. Como por exemplo, a importância do paralelismo em duas ou mais peças
que trabalham em conjunto para não ocorrer deformação nas mesmas quando suas
faces serão tencionadas umas nas outras, ou na geração de folgas por questão de
conicidade. A importância da simetria e da concentricidade para que não haja desvio
entre linhas axiais que devem ser coincidentes. Enfim, pela não possibilidade das
peças saírem exatamente como no projeto, devemos estabelecer certas tolerâncias
geométricas que permitam que as peças continuem tendo o mesmo funcionamento."
Henrique Domingues nº. 12
30
Conclusão
Através desta pesquisa conhecemos as tolerâncias geométricas, que trata das
tolerâncias de formas e posição da peça. Item fundamental para o bom funcionamento
das peças, e de conjuntos mecânicos. Os processos de produção interferem bastante
nas peças, em sua forma e posição, por mais idênticos que sejam os processos nas
empresas, as peças ou conjuntos mecânicos nunca ficam iguais, devendo ter essas as
tolerâncias geométricas junto com as dimensionais, um controle para a produção das
peças, e que não atrapalhem as suas funcionalidades.
Alonso Pereira Santos nº. 02
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Conclusão
Em uma peça as dimensões nunca ficam iguais as dos desenhos. As Tolerâncias
geométricas são as variações permissíveis, que controlam os erros e desvios das
peças para o melhor funcionamento possível nos conjuntos mecânicos. Sem essas
tolerâncias que são definidas pela ABNT, poderia comprometer o funcionamento das
peças. O trabalho foi bom, para conhecemos essas tolerâncias, e aprender a
interpretá-la e usa-las nos desenhos técnicos.
Fábio Silva dos Santos nº. 06
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Conclusão
TOLERANCIA GEOMETRICA SÃO NORMAS OU MEDIDAS ( ESPECIFICADAS
ATRAVES DE NUMEROS E SIMBOLOS ) ESPECIFICADOS NO DESENHO PARA
QUE A PESSOA QUE FOR EXECUTAR O TRABALHO TENHA UM CAMPO PARA
SE TRABALHAR E ASSIM DA PRAS INDUSTRIAS COMPRAREM SEUS
PRODUTOS DE FORNECEDORES DIFERENTES."
Dilherme José Rodrigues nº. 06
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