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O MUNDO EM DUAS RODAS - ED 34 NOVEMBRO/2009 WWW.TOPRIDER.COM.BR JAMES STEWART QUANDO TUDO APONTAVA PARA MAIS UMA COROAÇÃO – “BUBBA” SOFRE DE UM MAL SÚBITO E NÃO CORRE.

TOPRIDER ED34

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Revista toprider.com.br Ed34 Editorial Trilha - Serra do Sol Supercross Bercy Entrevista - N. Haga Pro Tork - Grand Prix Valentino rossi e Ferrari

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O MUNDO EM DUAS RODAS - ED 34 NOVEMBRO/2009

WWW.TOPRIDER.COM.BR

JAMESSTEWART

QUANDO TUDO APONTAVA PARA MAIS UMA COROAÇÃO – “BUBBA” SOFRE DE

UM MAL SÚBITO E NÃO CORRE.

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EDITOrIalOs pilotos de Motocross tiveram entre os dias 20 e 22 a oportunidade de participar mais uma vez de uma prova organizada pela Pro Tork.Texto: Rui Filpe

QUERER É PODER...

mOTOCrOsssA Pro Tork realizou nos dias 20 a 22 de novembro a mais grandiosa prova de motocross do circuitonacional. Embora a chuva tenha dado um susto em todos e ameaça-do estragar a festa, ela veio mesmo para dar mais emoção ao evento.Texto e Foto: Rui Filpe

PRO TORK - GRAND PRIX.

SUPErCrOssQuando tudo apontava para mais uma coroação de James “Bubba” Stewart em Bercy – ele sofre de um mal súbito e não correTexto: Rui Filpe Foto: Divulgação

SUPERCROSS DE BERCY.

FErrarI 430Texto: Rui Filipe

VALENTINO ROSSI E FERRARI

TOPrIDErO mUnDO Em DUaS rODaSConfira mais detalhes e informações no toprider.com.br

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CONTEÚDO

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oFF rOaDQuinta-feira, dia primeiro de Outubro.

Recebo uma ligação do meu tio, Domenico Coscarelli, residente de Boa Vista RR, me

convidando para fazer um passeio de moto rumo a Serra do Sol. Isso, aquela região

que se encontra em conflito na Venezuela. Vamos, por que não?...

Texto e Fotos: Gianino Coscarelli

TRILHA SERRA DO SOL.

EnTrEVISTaDepois de seis anos disputando o

título de Campeão Mundial na SBK, Haga continua buscando seu primei-ro titulo na categoria com o mesmo

fervor. O piloto Japonês da cidade de Nagoya de 34 anos de idade já

conquistou dois vice-campeonatos e terminou em terceiro em outras

quatro temporadas.Texto: Rui Filipe

NORIIYUKI HAGA

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TopRider.com.br - Expediente , Editora DRCA, Rua 37, Nº 20 - Portal de Pirapora - Salto de Pirapora – SP CEP: 18160-000 [email protected] São Paulo, Rua Comprida, 523 cs03 - Vila Mazzei - São Paulo - SP - CEP: 02311-010 Tel:(11) 2206 1214A TopRider.com.br é editada pela Editora DRCA LTDA. ME com distribuição gratuita e dirigida. A reprodução de qualquer matéria ou foto, ainda que parcial, é proibida sem a concordância expressa da direção. Editor - Rui Filipe Quintal - [email protected], Projeto Gráfico/Editoração - Danilo Ribeiro - [email protected], Pré-impressão e Impressão - VOX Editora

EXPEDIEnTE

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CONTEÚDO

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Os pilotos de Motocross tiveram entre os dias 20 e 22 a oportuni-dade de participar mais uma vez de uma prova organizada pela Pro Tork, em Siqueira Campos – PR. Denominado Grand Prix Pro Tork de Moto-cross 2009 o evento contou com infraestrutura e organização superiores às proporcionadas pela CBM na realização do Campeonato Brasileiro de Motocross. Refiro-me aqui ao conjunto da proposta, praça de alimen-tação, água, luz, banheiros, segurança, pista, sala de imprensa, premiação e entretenimento. Válido pela última etapa do Campeonato Paranaense, o evento contou com mais de 320 pilotos e 10 categorias, das 50cc à Mx1.

O público presente acompanhou não só ao espetáculo proporcio-nado pelos pilotos das várias categorias, mas ao show de “Freestyle” de Joaninha e Cyro, além do show de acrobacia proporcionado pelos pilotos do helicóptero e avião da Pro Tork. No melhor estilo americano de se fazer as coisas, a Pro Tork premiou os vencedores das várias categorias com uma quantia em dinheiro que superou a casa dos 60 mil reais. A premiação máxima coube ao vencedor da MX1 que recebeu a quantia de R$10 mil reais. Outro evento bastante cobiçado foi o sorteio de um Celta zero km da promoção “Vestindo Pro Tork dos pés à cabeça” voltado aos pilotos que participaram do campeonato Paranaense.

A pista, a exemplo das melhores de MotoCross, oferecia subidas, descidas, mesas de vários tamanhos e formatos, seção de costelas, túnel, curvas e retas de vários graus de dificuldade e complexidade. As chuvas de sábado acrescentaram dificuldades técnicas,mas nada que tenha prejudicado o espetáculo e o desafio. A chuva de domingo parecia querer estragar a festa, mas até isso parece ter sido planejado, já que o mais difícil ficou para os pilotos mais experientes: os da MX1. O final da festa foi sem chuva, mas com a pista pesada, ninguém arredou pé. Os especta-dores ficaram até o final da festa; um tributo aos pilotos e organizadores do evento.

Se para quem pilotou o maior prêmio foi o gordo cheque ao final da prova , para os organizadores e patrocinadores, a presença do público é o que mais interessava. Mais uma vez tivemos de um local pequeno, Siqueira Campos, uma empresa – Pro Tork e Federação interessadas e comprometidas com um trabalho de padrão superior e com a retribuição adequada a pilotos e espectador.

Será que com o poder político da CBM, seus patrocinadores atuais e potenciais não dariam para fazer igual? Aposto que sim – basta querer!

QUERER É PODER...

Revista Toprider Edição 34 - Novembrowww.toprider.com.brEditorial - Rui FilipeFoto Capa - Divulgaçãp

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EDITORIAL

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MOTOCROSS

GranD PrrIXPrO TOrK

A Pro Tork realizou nos dias 20 a 22 de novembro a mais grandiosa prova de motocross do circuito nacional.

Embora a chuva tenha dado um susto em todos e ameaçado estragar a festa, ela veio mesmo para dar mais

emoção ao evento.

Texto e Fotos: Rui Filpe

No domingo os treinos davam uma boa idéia da complexidade de lidar com um circuito técnico e pesado. Com um dos traçados mais técnicos e belos de nosso país o circuito mistura com-binações dignas de uma pista de Motocross. A pista apresenta obstáculos, mesas, curvas, subidas, descidas de vários graus de complexidade com direito a um túnel passando por baixo da mesa de chegada, uma sessão da pista nos eucaliptos e a outra em campo aberto.

A exemplo de dois anos atrás, quando sediou uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Mo-tocross o espetáculo de abertura foi sensacional. A Pro Tork mais uma vez mostrou como se organiza um espetáculo de grandeza nacional. Seguindo os melhores modelos Internacionais o espetáculo para o público contou com a participação de um avião fazendo acrobacias e vôos rasantes de tirar o fôlego na abertura do evento e antes das provas principais. Um helicóptero levantava em média a cada quinze minutos oferecendo vôos panorâmi-cos a quem nele adentrava e manobras emocio-nantes para quem o assistia da pista. Na terra a pista contava com uma cenografia bem elaborada

com balões e faixas da Pro Tork e seus parceiros comerciais. Nos boxes a estrutura da Pro Tork im-pressionava e era complementada pela organização e os recursos mercadológicos como a “Super Pick Up”, uma F-MAX de cabine tripla, uma limousine Dodge Ram com mais de 8 metros além das já conhecidas carretas da Equipe Pro Tork e o show de Freestyle de Joaninha. Estrutura tão boa quanto as dos melhores eventos internacionais. Se o pú-blico estava bem servido, o piloto tinha muito que comemorar. A premiação era de tirar o chapéu. A maior jamais oferecida, mais de 60 mil reais em prêmios. A MX1 pagava apenas para o primeiro nada menos que R$10 mil e a MX2 R$5 mil.

Com uma premiação de fazer inveja a qualquer Campeonato realizado em nosso território este ano, a Pro Tork atraiu os melhores pilotos do país, totalizando mais de 360 inscrições ao todo e a presença de mais de 320 pilotos. Válido para a final do Campeonato Paranaense o GP Pro Tork de Motocross contou com 10 categorias ao todo contemplando todas as idades e cilindradas.

As provas começaram com a MX3. Alin-hados os principais pilotos da categoria, Milton

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“Chumbinho” Becker, Nico Rocha, Willian Guimarães, Léo Lopes, Nasri Sarkiss entre outros. Na primeira volta Nico já tratou de assumir a ponta com Willian na cola. “Chumbinho” que havia ficado na segunda curva fazia uma prova de recu-peração. Nico andou forte o tempo todo numa pista pesada e difícil. Com três quartos da prova completada Nico vai para o chão na entrada do túnel e perde a liderança para Willian. A alegria do novo líder, no entanto, dura pouco e ele também vai para o chão no mesmo local devolvendo a liderança da prova a Nico Rocha que vence a prova com Willian em segundo, Nasri em terceiro, Léo Lopes em quarto e Vagner Lachi em quinto.

As provas tinham seqüência com a Força Livre Nacional. Numa largada excepcional Ismael Rojas assumiu a ponta e levou a prova com sabedoria e competência. Com a vitória Ismael garantiu o título estadual Paranaense. Em segundo lugar ficou o piloto Alessandro Marfin que seguiu Ismael do começo ao fim. Fábio Brito ficou em terceiro com Felipe Valverde em quarto e Tiago Garcia em quinto.

As 65 foram as próximas a entrar na pista, com valas já bem definidas e profundas a aventura seria no mínimo interessante. Dado a largada Enzo Lopes, piloto revelação na categoria no Brasileiro andou forte para assumir a ponta logo na primeira curva. Djalma Brito em segundo era seguido por Kioman Navarro que não fez boa largada. Enquanto Enzo se distanciava, Djalma se mantinha em segundo com uma certa tranqüilidade, isto até sofrer uma queda numa cava funda e ser ultrapassado por Kioman Navarro. No final Djalma que chegou em terceiro na pista seria desclassificado por ter recebido auxilio externo. Atrás dele Matheus Souza e João Michelin disputavam a terceira e quarta posições com Guilherme Torres em quinto.

A próxima categoria a entrar na pista era a MX4 e “Chumbinho” não deixou esta oportunidade passar em branco. Vencendo com grande vantagem sobre Nasri Sarkiss, com Olavio Carpinski em terceiro, Junior Feitosa em quarto e Leo Lopes em quinto.

Terminada a MX4 eram os pequenos indomáveis das 50cc que entravam na pista. Enzo Lopes mais uma vez apresentou um desempenho impressionante vencendo de ponta a ponta. Guilherme Torres, no entanto, mostrou que tinha condições de competir pela ponta, mas acabou cansando e ficou em segundo, com Renato “Muguinho” Paz em terceiro e Matheus Silva e Thiago Brenner fechavam o quarto e quinto lugares respectivamente.

Um pouco depois das 15:00hs entravam na pista os pilotos da MX2. Se as provas até aqui já haviam deixado a torcida em pé com os pegas e emoção a cat-egoria MX2 alinhando os melhores pilotos nacionais era convite certo para elevar o nível de adrenalina. Na largada a emoção tomou conta de Pedro Ramos que pulou o gate levando o mesmo a ser desclassificado. Rafael Zenni por outro lado forte para assumir a ponta logo na primeira volta. Com uma pilotagem segura o

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MOTOCROSS

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A Pro Tork ofereceu préimos fantástico para os participantes do evento. O Show foi bonito e o público

marcou presença em Siqueira Campos

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piloto de Itu – SP foi ampliando sua liderança volta a volta. Na primeira curva um número bom de pilotos de ponta acabou se esbarrando e ficando entre ele Gabriel Gentil, o pole da categoria, Douglas Parise. Em segundo lugar, Daniel Fretes buscava manter a distancia que o separava dos demais pilotos. “Pipo” Castro foi o primeiro a chegar e passar, logo depois era a vez de Anderson Cidade e até Carlos Eduardo Franco do Paraguai entrou na briga. No final Zenni faturava os R$5 mil de premiação pelo primeiro lugar, com “Pipo” em segundo, Douglas Parise em terceiro, Eduardo Franco em quarto e Gabriel Gentil em quinto.

A categoria 85cc alinhava em seguida, nova-mente pilotos conhecidos do certame Brasileiro estavam presentes. O atual Campeão Brasileiro, Endrews Armstrong, tinha na pista a concorrên-cia de Anderson Amaral, Tauan Brener, Gustavo Roratto, Wilgner “Guigão” Francisco entre outros. Na largada quem assumiu a ponta foi Amaral. Três voltas depois e Tauan aparecia em primeiro com Endrews na cola. Mais algumas voltas e Endrews assumia a ponta com Amaral voltando a andar forte buscando resgatar o primeiro lugar. A emoção foi crescendo até a última volta quando Amaral fez seu último sprint na tentativa de buscar a primeira posição. Amaral acabou respeitando em demasia Endrews para ficar com o segundo lugar, Tauan terminava em terceiro com Roratto em quarto e “Guigão” em quinto. As últimas duas motos 2T que parece estarem voltando na forma de 100cc para abrilhantar a competição nesta categoria que como berço das categorias profissionais merece ser mais que uma única marca.

Mal terminava a prova das 85cc e o mundo desa-bou. Uma forte chuva mudava por completo a prova da Intermediária. Endrews andando de CRF150 faturava a sua segunda prova com Bruno Trindade em segundo, Fábio Brito em terceiro, Kleymar em quarto e Neiverth em quinto.

A MX1 alinhava sem chuva, mas muito barro

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e uma pista muito, mas muito lisa. Os favoritos, “Marronzinho”, Scott Simon, “Pipo” Castro e Lucas de Moraes voltando a andar em território nacional. Vinte e sete pilotos alinharam para enfrentar a pista, e quem largou na ponta foi nin-guém mais que “Marronzinho” seguido de Lucas de Moraes e Rafael Zenni. “Marronzinho” acabou comprando um belo terreno junto com Lucas de Moraes e quem acabou se beneficiando foi “Pipo” Castro. E Rafael Zenni que com pilotagens seguras foram mantendo um bom ritmo de corrida e se distanciando dos demais. Scott Simon acabou ficando no barro sem condições de fazer sua moto pegar como também Lucas de Moraes que não terminou. No final “Pipo” Castro conquistava o maior prêmio do certame nacional em 2009 com

Rafael Zenni em segundo, “Marronzinho” em ter-ceiro, João Paulo Feltz em quarto e “Chumbinho” Becker em quinto.

Para finalizar a tarde de sucesso e provas emo-cionantes a Pro Tork sorteou um Celta zero km ao piloto vestido da cabeça aos pés com equipamento Pro Tork. O grande vencedor depois de um des-carte por rasura na ficha de sorteio era Claudinei Ávila do paranaense de motocross.

O segundo Grand Prix Pro Tork de Moto-cross está programado para o final de 2010 com, segundo Marlon Bonilha, diretor de marketing da Pro Tork, o triplo em premiação para os pilotos. Até lá uma bela maneira de se encerrar qualquer campeonato.

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NOTÍCIAS

SUPEr CrOSSBErCY

Quando tudo apontava para mais uma coroação de James “Bubba” Stewart em Bercy – ele sofre de um mal súbito

e não corre

Texto: Rui Filpe Foto: Divulgação

Justin Brayton é o mais novo Rei de Bercy. Foi coroado por “dns” (did not show). Se sentindo mal, James Stewart deixou de participar da final da última noite do Supercross em Bercy. Piloto da Equipe Joe Gibbs Racing Yamaha, Brayton, ficou na frente de James Stewart por apenas um ponto da classificação final e se junta ao outros nobres como o próprio Stewart, Rei de Bercy em 2008, MacGrath, Johnson, Bailey, Vuilleman entre outros grandes nomes do esporte.

Stewart havia vencido as duas noites anteriores com boa margem, mas um pouco antes de alinhar para a final da terceira noite, passou mal e optou por não correr. Informação naquele momento dava conta de Stewart no ambulatório do estádio sendo atendido por fraqueza e mal estar. Seu companheiro de equipe na L&M Yamaha, Josh Hill, foi o grande vencedor da noite. Hill partiu do holeshot para ganhar a bateria final da 3ª noite. Os pilotos da casa, Marvin Musquin e Greg Aranda, fizeram bonito chegando em segundo e terceiro para alegria da galera. Brayton chegava em quinto para conquistar o título de Rei de Bercy depois

de um bom tempo para conferir os números de pontos ganhos por cada piloto.

Depois de um bom tempo, o título foi finalmente concedido a Brayton por um ponto de vantagem sobre James Stewart. Para que se tenha uma idéia do por que da demora, basta dizer o seguinte:

Na primeira noite, Stewart fez a superpole, ganhou sua classificatória e venceu a bateria final;

Na segunda noite, Stewart foi terceiro na superpole, ganhou sua classificatória e venceu a bateria final;

Na terceira e última noite, Stewart fez a super-pole, ganhou a classificatória e “não compareceu na final”.

Por sua vez Brayton fez segundo na superpole, foi segundo na classificatória e segundo também na bateria final da primeira noite. Na segunda noite, Brayton fez primeiro na superpole, foi ter-ceiro na classificatória e segundo na bateria final. Na última noite, Brayton foi terceiro na superpole, quarto na classificatória e quinto na bateria final.

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off roaDsErra Do SOl

Quinta-feira, dia primeiro de Outubro. Recebo uma ligação do meu tio, Domenico Coscarelli, residente de Boa Vista RR, me convidando para fazer um passeio de moto rumo a Serra do

Sol. Isso, aquela região que se encontra em conflito na Venezue-la. Vamos, por que não?...

Texto e Fotos: Gianino Coscarelli

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SERRA DO SOL

Sexta-feira, quase um mês mais tarde, dia 30 de outubro, pegamos o vôo de Belo Horizonte rumo a Boa Vista, RR. Chegamos na capital Roraimense às 13h. Colocamos as bagagens no carro, que já nos aguardava com as motos na caçamba para que patíssemos em direção a Santa Helena. Já na Venezuela, abastecemos as motos, os carros, os galões e as garrafas petes que iríamos levar - lá a gasolina é incrívelmente barata, em média R$0,25 o litro, mas chega a ser encontrada por até R$0,07 no interior do país. Tudo isso não é devido a má qualidade não, ela tem quase a mesma octanagem da nossa podium, mas sem álcool e sem chumbo. Já no hotel onde iríamos passar a noite, separa-mos as roupas que iríamos usar no dia seguinte - aquelas que seriam levadas pelo o avião no acampamento chamado de Maloca - assim como alimentos, gasolina, colchões infláveis e cober-tores. Acredite, cobertores! Apesar da região estar localizada próxima à linha do Equador, à noite o frio é de rachar. Pode-se, inclusive, compará-la com um deserto, onde o calor é intenso durante o

dia e muito frio à noite.No outro dia, pela manhã, acordamos antes

do galo, às 5h, horário local, (em Roraima são duas horas a menos que em Brasília, mas como o atual presidente da Venezuela é meio doído, lá são duas horas e meia a menos) tomamos café, colocamos os equipamentos e partimos em direção a Serra do Sol. O primeiro obstáculo não demorou muito a aparecer: um rio bastante fundo. Cortamos uma madeira aqui, outra ali, enfiamos nas rodas, dois caras na frente e dois atrás carregando as motos para a outra margem. Após cerca de 60% do trecho percorrido, uma parada repentina: todos tiraram as petes vazias das mochilas e começaram a subir o rio a pé. Saímos um pouco mais acima e, o líder, Lewiski, tirou de dentro de uma pequena mata um galão de 50 litros. O motivo para subir o rio antes? Não deixar marcas de pegada para os índios. Nesse dia percorremos um total de 140 km e passamos por belas cachoeiras, várias trilhas, montanhas e tribos indígenas. Onde descobri o primeiro motivo por ter que cruzar a fronteira

off roaDsErra Do SOl

... - Quantos quilômetros?

– Uns 380km.- Vamos dormi em algum lugar?

– Sim, numa “maloca”.- Mas, e gasolina?

- Vamos ter apoio aéreo e tenho uma gasolina escondida.- Escondida?

– Você vai entender mais tarde.

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A Trilha na Serra do Sol é sempre marcada por paiagens belíssimas, que vai além de nossa imaginação

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para A vanezuela antes: algumas tribos de índios localizadas no nosso país, não permitem a passagem de brasileiros assim como de Venezue-lanos, permitem apenas a passagem de americanos que ainda por cima nos chamam de gringos e tomam conta da região, o mesmo que acontece em algumas partes da Amazônia. Alguns membros do grupo já tinham sido até presos por uma dessas tribos e só puderam sair após muita conversa e em horário específico. Chegamos à noitinha na Maloca, onde os objetos despachados pelo avião já se encontravam dispostos. Nenhum sinal do avião, apenas as coisas. Colocamos uma carne para assar, mon-tamos as barracas, penduramos as roupas molhadas – especiais para a prática do OFF-ROAD e, após uma refeição, fomos dormir.

A fim de nos acostumar à rotina, acordamos, novamente, às 5h da manhã no segundo dia. Nós fizemos uma pequena manutenção nas motos e partimos para passear em volta da Serra do Sol e do monte Roraima. Nesta saída conhecemos as cachoeiras sem fim – lugar onde a água não chega ao fim de seu percurso. Ela simplesmente evapora antes disso, devido à altura e à temperatura. Passamos por alguns igarapés e chegamos a um fato inédito. Nunca uma moto havia passado o primeiro morro da Serra do Sol (ela é composta por 5 patamares bem definidos). Muitos diziam que o feito era impossível, entretanto, após uma análise visual da serra, alí fui eu. Contando com uma moto em ótimas condições e alguma experiência pessoal com estes obstáculos – em Belo Horizonte há muitos destes - superei o primeiro morro. As marcas de pneu deixadas por minha moto haviam sumido, todavia, continuei subindo. Logo após este evento, superei também o segundo patamare. Este era mais fácil que o primeiro, mas as dores de ouvido eram fortes devido à altitude. Quando cheguei aos “pés” do terceiro, aproximadamente na metade da Serra do Sol, senti que dava para continuar, mas ao olhar cautelosa-mente ao meu redor, vi apenas despenhadeiros para todos os lados e já não conseguia mais ver qual tinha sido meu caminho na subida. O que houve após ter observado este cenário foi uma intensa descarga de adrenalina no meu corpo que, aliado a uma baixa resistência deste, fez com que minhas mãos mal conseguissem segurar o guidão. Virei minha moto e comecei a descer devagar. Olhava sem parar para todos os lados, procurando o caminho certo. Após descer o primeiro morro - o segundo da subida - consegui achar algumas marcas de pneu provenientes da minha motocicleta. Isso fez com que eu me acalmasse e descesse de ma-neira correta o segundo, que era o mais difícil, com maior tranquilidade. Valeu a quebra da barreira do primeiro patamare e a notícia de que dá para ir muito mais longe.

Na segunda noite entre umas e outras histórias em volta da fogueira,

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descobri o segundo motivo de termos que cruzar a fronteira antes: para conseguir um avião como apoio aéreo, era necessário ele estar do lado Venezuelano, já que nosso acampamento (Maloca) era do lado brasileiro. Uma vez, em uma outra expedição, um membro da equipe quebrou a perna na trilha, eles não puderam chamar um helicóptero brasileiro pois estavam na Venezuela e após chamar alguém do país vizinho, ele não pode cruzar a fronteira e deixar o piloto no Brasil, ou seja, tiveram que arrumar um carro para leva-ló pro lado brasileiro.

Terceiro dia: a volta. Acordamos sob céu ensolarado. Ficamos a espera do avião, que anunciou sua chegada com um tremendo rasante em cima do acampamento. Ajudamos a carregar o mono-motor com nossas coisas, abastecemos nossas motos com mais gasolina trazida por ele e partimos rumo ao nosso caminho. Tudo fluíu bem, e avistavamos apenas umas nuvens carregadas ao fundo. Paramos de novo perto do rio, onde estacionamos as motos e subimos a pé para pegar mais gasolina. Logo após isso, em uma subida de pedra, duas motos tiveram o bloco do motor trincados, mas nada que um durepox não resolvesse. Ao longo da viagem, as nuvens foram ficando mais carregadas; o terreno começou a apresentar sinais de deteriorização e nos alertava que uma boa chuva havia passado há pouco. Até que a 22km do nosso destino, Santa Helena, onde nossos carros nos aguarda-vam, um pequeno obstáculo, um igarapé estava “represado” - isso acontece quando um rio maior abaixo dele enche demais e faz com que as águas do igarapé tomem o sentido contrário de sua vazão normal, transformando-o em um rio de águas paradas e bastante fundo. Não dava para carregar as motos, pois não dava pé; não dava para ir andando, afinal eram 22km de dis-tância. Celular? Ele nunca funcionou. Estavamos incomunicáveis há 3 dias. Quem sabe dormir e

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esperar ele baixar. Só que, de repente, um dos membros da equipe teve uma brilhante ideia.

- Vamos fazer uma jangada! Quem ainda tem câmara de ar? disse Elton.

Tinhamos 5 câmaras de ar aro 21 e algumas garrafas petes vazias, consequentemente, fize-mos uma armação com três paus na horizontal e três na vertical; colocamos as câmaras de ar e as garafas petes embaixo dos paus e pren-demos com nossas cintas abdominais. Pronto, alí estava a nossa jangada. Para fazer a travessia, mandamos um membro da equipe com todas as nossas cordas emendadas umas nas outras para a outra margem e, uma a uma, fomos atraves-sando as motos. Por incrível que pareça, uma moto de cada vez e todas passaram. Desde uma Suzuki DRZ 400 até uma Yamaha DT 200. Ao final da operacão, Elton, o criador da ideia , que havia nos deixado super confiantes e destemidos afirmou, - Achei que nunca daria certo! Mas não podia hesitar, a fé e a confiança de todos era fundamental.

E assim concluímos nossa viagem, cansados, carregados de lindas imagens e maravilhados com as ilimitações que nosso esporte oferece.

Achei que nunca daria certo! Mas não podia hesitar, afé e a confiança de todos era fundamental.

“ “

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Mais de 10.000 pessoas vibraram com o 3º lugar de Valentino Rossi ao volante de uma Ferrari 430 na 19ª edição das 6 horas de Valleluga. Rossi competiu pela Equipe Kessel ao lado de Andréa Ceccato e Alessio Salucci.

O nevoeiro forte que caiu sobre a pista exigiu o uso de faróis de neblina e a entrada do “safety car” nas primeiras voltas da prova. Rossi que deu início à prova, depois reassumiu o carro na hora final. A corrida não foi sem incidentes para o trio Italiano. Primeiro o carro enfrentou problemas mecânicos e inicio de incêndio no final da prova quando disputavam a ponta.

Rossi e os companheiros de equipe termi-naram em 3º lugar atrás do Corvette de Emanuele Pirro, Carlo Graziani e Elio Marchetti e a Ferrari 430 de Forgione, Carugati e La Mazza.

“Nós tivemos um pouco de má sorte no final da prova, mas gostaria de tentar no próximo ano se tiver condições. Quebrar a quarenta minutos do final deixa a gente com um gosto amargo de derrota” disse Valentino Rossi no final da prova. “Assustei-me um pouco com o principio de incêndio, mas os bombeiros agiram rapidamente para conter o fogo. Estivemos muito perto da vitória, nos divertimos bastante e foi bom ver os fãs acompanhando a corrida.”

Pirro, que venceu a prova, foi rápido em reconhecer o talento e esforço do piloto de MotoGP. “Valentino é um exemplo, ele é um baita campeão e tem a humildade para tentar outras modalidades sem se preocupar em dar tudo e sem medo de perder.”

ValEntIno rossIFErrarI 430

Piloto Italiano fica com terceiro lugar na classe GT3 da 19ª edição das 6 horas de Vallelunga

Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação

rossI E FErrarIEssa não é a primeira vez que Valentino Rossi sentou no cockpit de uma Ferrari. No final do ano passado Rossi pilotou um F1 como prêmio por ter conquistado o Campeonato Mundial de Moto GP.

Rossi Provou mais uma vez que é um atleta completo tanto nas duas quanto nas quatro rodas.

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NOTÌCIAS

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EntrEVISTanorIYUKI haGaDepois de seis anos disputando o título de Campeão

Mundial na SBK, Haga continua buscando seu primeiro titulo na categoria com o mesmo fervor. O piloto Japonês

da cidade de Nagoya de 34 anos de idade já conquistou dois vice-campeonatos e terminou em terceiro em outras quatro

temporadas.

Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação SBK

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ENTREVISTA

Haga tem provado ser muito competitivo e estar entre os pilotos que mais venceu na sua

carreira no SBK. Conquistou 41 provas, mas ainda não conseguiu colocar as mãos no tão sonhado

título. O fechamento deste ano não deve ter sido nada fácil para Haga. Haga diz ter superado a

perda do título em 2009 e promete voltar em 2010 para brigar pelo título mais uma vez.

EntrEVISTanorIYUKI haGa

Na sua opinião como foi 2009 e o que te fez perder o título?

“Foi meu primeiro ano na Ducati e levei um certo tempo para me acostumar com a moto.

O Spies veio forte desde o começo do ano e foi difícil disputar a temporada inteira com ele. Ele melhorava a cada prova. Liderei o campeonato

no início e permaneci na frente durante boa parte do ano, jamais havia feito isso antes. Faturei várias provas, mas acabei jogando o título fora em

Portimão.”

Spies ganhou o maior número de provas, mereceu ganhar o título?

“Para quem entrou no começo do ano, não conhecia os circuitos, devo admitir que ele andou

muito. Também aconteceu de não termos os pneus mais adequados para nossa moto. Caso

tivéssemos os pneus ideais, talvez a história fosse outra. Isto é algo que jamais saberemos”

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É verdade que num determinado momento você vinha administrando o campeonato ao invés de buscar as vitórias?

“Este ano tive sorte pela Ducati colocar uma moto boa nas minhas mãos sempre. Não

tive problemas técnicos o que significa que pude pilotar de forma confiante. Não acredito que andei

de modo diferente. Sei que teria que ser consist-ente para disputar o título. Busquei marcar o maior

número de pontos possíveis.”

Perder dois títulos um por três pontos outro por sete pontos não é algo que acontece todos os dias. Você está preparado para correr atrás de outro título depois dessas frustrações?

“ Já estou pronto para 2010. Não podemos mudar os resultados das temporadas anteriores,

fazem parte do passado. Iniciamos um novo ano e uma nova disputa. Minha única preocupação é em relação às coisas sobre a qual não tenho controle.

Dou 100% de mim, mas não dá para assegurar que não vão haver pombos na pista.”

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Vai sentir falta de alguém tão importante quanto Tardozzi?

“Lógico. A SBK também sentirá sua falta. Trata-se de um dos Chefes de Equipe mais

experientes do meio. Mesmo quando andava pela Yamaha, ele sempre brigou pelos pilotos, os pilo-

tos precisam de figuras como ele.”

Quem será seu principal adversário em 2010?

“Tranqüilamente Michel Fabrizio, Biaggi e Jonathan Rea. Depois teremos Cal Crutchlow. Vai

ser mais uma temporada interessante.”

Ano que vem você faz 35 anos, será última temporada na Europa, ou vai andar nos EUA?

“Tenho certeza que 2010 não será minha última temporada na SBK. Não pensei em correr

nos EUA e não estou pensando em nada mais do que continuar na SBK enquanto puder e for

competitivo.”

ENTREVISTA

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