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O MUNDO EM DUAS RODAS - ED 39 ABRIL/2010 WWW.TOPRIDER.COM.BR EnTrEVISta GaUTIEr PaUlIn PAULIN CONTA UM POUCO DE SUA PRÉ TEMPORADA BRASILEIRO DE MX Siqueira Campos abre a temporada 2010 do Campeonato Brasileiro de Motocross em ritmo de festa... AMA SUPERCROSS Kevin Windham vence a etapa de Salt Lake City e Ryan Dungey se consagra Campeão Americano de Supercross... SBK SERIES BEN SPIES

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Revista toprider.com.br Ed39 Editorial Entrevista Gautie Paulin AMA Supercross Brasileiro de Motocross Superliga de Motocross

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O MUNDO EM DUAS RODAS - ED 39 ABRIL/2010

WWW.TOPRIDER.COM.BR

EnTrEVIStaGaUTIEr PaUlIn

PAULIN CONTA UM POUCO DE SUA PRÉ TEMPORADA

BRASILEIRO DE MXSiqueira Campos abre a temporada 2010 do Campeonato Brasileiro de Motocross em ritmo de festa...

AMA SUPERCROSSKevin Windham vence a etapa de Salt Lake City e Ryan Dungey se consagra Campeão Americano de Supercross...

SBK SERIES

BEN SPIES

EDITOrIalPara os amantes do Motocross, o ano começou na semana de 10 de Abril com o campeonato... ocrossTexto: Rui Filipe Foto: Divulgação

MOTOCROSS

TOPrIDErO mUnDO Em DUaS rODaSConfira mais detalhes e informações no toprider.com.br

Br DE mOTOCrOssEntre as novidades apresentadas as mais interessantes foram a nova infra-estrutura de “pit”...r mundial,Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação

SIQUEIRA CAMPOS

SUPErlIGa DE mxAgora sob o comando de José Luiz Terwak, ex-Gerente de Desenvolvi-mento...Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação

INDAIATUBA

SalT laKE CITYKevin Windham venceu sua segunda prova consecutiva no Campeonato...Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação

AMA SUPERCROSS

EnTrEVISTaCom quase 20 anos de idade, o Francês e ex-estrela do BMX Gau-tier Paulin traz seu talento notável para a equipe Yamaha Monster En-ergy, onde irá pilotar na sua terceira participação do mundial de Moto-Cross a YZ250F 2010. O simpáti-co e jovem piloto se aventurou no começo do ano quando participou de três etapas do AMA SX...XTexto: Rui Filipe Foto: Divulgação

GAUTIER PAULIN

TopRider.com.br - Expediente , Editora DRCA, Rua 37, Nº 20 - Portal de Pirapora - Salto de Pirapora – SP CEP: 18160-000 [email protected] São Paulo, Rua Comprida, 523 cs03 - Vila Mazzei - São Paulo - SP - CEP: 02311-010 Tel:(11) 2206 1214A TopRider.com.br é editada pela Editora DRCA LTDA. ME com distribuição gratuita e dirigida. A reprodução de qualquer matéria ou foto, ainda que parcial, é proibida sem a concordância expressa da direção. Editor - Rui Filipe Quintal - [email protected], Projeto Gráfico/Editoração - Danilo Ribeiro - [email protected], Jornalistas - Derick Almeida e Diego Benine Pontes - Pré-impressão e Impressão - VOX Editora

EXPEDIEnTE

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CONTEÚDO

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CONTEÚDO

Para os amantes do Motocross, o ano começou na semana de 10 de Abril com o campeonato Pro Tork Brasileiro de Motocross em Siqueira Campos - PR. Realizada na casa da Pro Tork “Naming Sponsor” (patrocinador que dá nome ao campeonato), a etapa inaugural contou com uma infra-estrutura que visou oferecer o maior conforto possível para pilotos, familiares e o público que prestigiou o evento.

A área de boxe destinada a motor homes, vans e carros de suporte atendeu bem os pilotos com ruas bem delineadas e respeitadas pelos competi-dores e seus acompanhantes.

Os banheiros - masculino e feminino ofer-eciam as melhores condições - dez chuveiros, dez vasos e pelo menos cinco pias com espelho amplo à disposição. Vários funcionários da Pro Tork buscavam manter os mesmos limpos a todo

Motocross no Brasil - 2010

o instante. A lamentar apenas o nosso desrespeito pelo próximo no uso e manutenção dos mesmos ao longo dos três dias de prova. Alguns indivíduos insistem em vandalizar e os banheiros no final dos eventos acabam depredados ou sofrendo com os maus tratos. Precisamos, no entanto, aprender primeiro a respeitar os outros para ser respeitado. Neste sentido temos muito ainda que aprender com os “gringos”.

O “Pit Lane” seguiu o padrão visto no mundial. Dois andares com monitores individuais para os mais de 40 “slots” disponibilizados para mecânicos e chefes de equipe. Crítica apenas em relação ao posicionamento dos mesmos em relação à largada. A distância entre o “Pit Lane” e o “gate” de largada era muito grande, e a visão da pista comprometida quando vista por alguns ângulos. Os bandeirinhas ainda deixam um pouco

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EDITORIAL

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EDITORIAL

a desejar, mas não vi o mesmo número e grau de erros cometidos ano passado.

O ambulatório funcionou bem, e foi exigido praticamente em cada uma das categorias. O atendimento na pista foi rápido e eficiente. E o número de ambulâncias assegurou que em mo-mento algum o evento tivesse que ser interrompi-do por falta das mesmas em quantidade suficiente.

O pódio seguiu a receita do mundial com dois níveis, um para os pilotos e outro logo abaixo para as motos dos cinco primeiros colocados. Bem or-ganizado os troféus foram entregues na presença do público e sem atrapalhar ou retardar a largada dos pilotos da próxima categoria a entrar na pista.

Bem trabalhada a pista do Centro de Treina-mento da Pro Tork, apresentou condições boas para os pilotos e só apresentou um pouco de poei-ra próximo do termino das provas que antecediam a manutenção de pista. O traçado igual ao do ano anterior, quando da última etapa do Paranaense, era técnico e de média velocidade, com exceção de uma ou outra reta ou descida.

Além da infra-estrutura, os presentes puderam acompanhar uma série de atividades programadas para entreter os menos aficionados pelo esporte. A estes a Pro Tork gracejou com um show acrobáti-co de avião, vôos panorâmicos de helicóptero e um belíssimo show de Freestyle proporcionado

por dois dos mais expressivos atletas da modali-dade - Joaninha piloto Pro Tork e Cyro piloto Metal Mullisha.

Público e pilotos (os que não andam com motos cedidas pela HONDA) compareceram em massa para abrilhantar o evento. Com arquiban-cadas lotadas os pilotos mostraram na pista e fora dela todo o seu profissionalismo, competência, competitividade e garra.

A lamentar - a decisão tomada para que pilotos Honda, oficiais e satélites não estivessem presentes ao evento em Siqueira Campos, especial-mente por ser a etapa de abertura do Brasileiro.

Dia 17 e 18 de Abril, foi a vez da Superliga Brasil abrir seu campeonato. O recinto, o CETH da Honda é bem conhecido dos amantes do esporte. A infra-estrutura é uma das melhores e a localização muito interessante para pilotos de todo o Brasil. Muito próximo do centro da cidade de Indaiatuba e apenas 30km de Campinas e 80km de São Paulo, o acesso e disponibilidade de restau-rantes, hotéis, hospitais, aeroportos, e entreteni-mento é incomparável.

A pista não é das mais interessantes, mas oferece um traçado variável com trechos técnicos intercalando setores de baixa e de alta velocidade como as descidas da mata e da largada.

A organização foi, a exemplo do Brasileiro,

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EDITORIAL

primorosa e a equipe técnica exemplar. Temos que parabenizar a atitude do “Tucano” em relação aos pais que não conseguem se conter e se controlar diante das dificuldades de seus filhos, partindo para a violência verbal e até física em alguns momentos. Falhas vimos algumas dos bandeirin-has em alguns locais que colocaram a segurança de alguns pilotos em risco e geraram prejuízos desnecessários.

O “Pit Lane” seguiu a receita dos antigos Brasileiros, simples aos extremos, pequeno e apertado. As arquibancadas do público ofereceram bem mais conforto aos espectadores, cobertas as mesmas minimizaram o calor e aquele monte de guarda sol na cara para se protegerem do sol. Pena que a arquibancada de boxe não contou com esse quesito.

A presença de pilotos foi menor que a que nos acostumamos a ver em etapas do Brasileiro. Duzentos e tantos pilotos parece pouco para uma etapa em Indaiatuba na casa da Honda. A prova contou com várias estrelas do esporte, mas novamente não todas em virtude da Equipe Pro Tork não estar presente com Scott Simon e os pilotos Latino Americanos - Humberto Martins da Venezuela e Roberto Castro da Costa Rica.

Os impasses políticos acabam dando pas-sagem para a competição, mas basta terminar a corrida que logo desce uma nuvem cinza sobre o recinto e bate uma tristeza de não poder contar com todos nossos conhecidos – afinal de contas pilotos e marcas sofrem com a desunião, mesmo os mais ferrenhos competidores.

Lembrando uma fala de Alain Prost ao se referir a Ayrton Senna após sua morte – “Ninguem pode falar do Ayrton sem falar de mim, e ninguém pode falar de mim sem falar do Ayrton. A minha história com a Fórmula 1 termina com a morte do Senna.”

Neste caso não dá para falar da equipe Honda sem falarmos da Equipe Pro Tork e vice versa.

Revista Toprider - Edição 39 - Abrilwww.toprider.com.br

Foto Capa - Divulgação - Editorial - Rui Filipe

BraSIlEIrO DE mXSIqUEIra

Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação / Motocross

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BR MOTOCROSS

Entre as novidades apresentadas as mais inter-essantes foram a nova infra-estrutura de “pit” igual à disponibilizada para o mundial, a premiação que incluiu um carro zero para o vencedor da MX1 e as atividades de entretenimento apresentadas durante todo o evento com aviões acrobáticos e passeios turísticos de helicóptero. As categorias regulamen-tadas – MX1, MX2, MX3, Nacional 230, 85cc e 65cc tiveram os treinos no sábado e as provas no domingo.

Os treinos são sempre um bom termômetro para o que virá. E podemos ver muita coisa boa acontecendo na pista. A volta de Antonio Jorge Balbi às pistas Brasileiras, Scott Simon andando sem estar saindo de uma lesão, Thales Vilardi voltando a mostrar todo seu potencial contido ao longo dos últimos anos, Roberto Castro da Costa Rica e Humberto Martin da Venezuela e do Ar-gentino José Felipe. Não estiveram presente os pilotos oficiais e satélites Honda Wellington Gar-cia, Leandro Silva, João Paulino o “Marronzinho”, Swian Zanoni, Jean Ramos, Roosevelt Assunção, Gustavo Takahashi e Hector Assunção.

O campeonato começou com os treinos no Sábado que colocaram Enzo Lopes na ponta do “gate” de largada com surpresas como o jovem

Guilherme Torres fazendo o segundo tempo com sua LEM RX65 por um bom tempo até fechar a classificatória em sétimo. Gustavo Roratto fazendo o melhor tempo na 85cc, andando de KTM dois tempos, Deni Marques fazia o melhor tempo das 230 e Nico Rocha o melhor dos mais experientes andando em casa pela Pro Tork. Na MX2 o melhor tempo ficou por conta de Jorge Balbi no grupo A e Scott Simon no grupo B. Quem andou muito nos treinos foi Thales Vilardi que em vários momentos liderou a tabela de tempos. Na MX1 a honra do melhor tempo ficou por conta de Jorge Balbi mais uma vez não deixando muita dúvida sobre o que pretendia fazer no Domingo.

As provas começaram com a MX3 com o Dav-is Guimarães na ponta disputando palmo a palmo a prova inteira com Nico Rocha. Nico até com-eteu um deslize deixando “Chumbinho” Becker passar, mas acabou se recuperando e assumindo a ponta próximo do final depois de duas trocas de posição com Davis Guimarães. Em terceiro che-gou “Chumbinho” Becker sem muito o que fazer para chegar nos ponteiros e sem deixar que Vagner Lachi chegasse nele. Nielsen Bueno chegava em quinto e Willian Guimarães em sexto.

A próxima categoria a entrar na pista foi a 65cc

Br DE mOTOCrOssSIqUEIra CamPOS

O Pro Tork Brasileiro de Motocross teve seu inicio nos dias 10 e 11 de Abril em Siqueira Campos – PR no Centro de Treinamento da Pro Tork.

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BR MOTOCROSS

com a ponta mais ou menos definida com Enzo Lopes, salvo algum problema de força maior. Os pilotos Enzo Lopes e Kioman Navarro largaram na ponta e se livraram das confusões da curvas 1 e 2 onde um bom número de pilotos acabaram fi-cando. Enzo, muito à vontade com a pista e eq-uipamento acabou se afastando dos demais, com Kioman em segundo quase 1s por volta mais lento. Brayan andando bem chegou a ficar em segundo, mas acabou sucumbindo a Kioman. Djalma, pi-loto de São Paulo bem que tentou acompanhar o grupo ponteiro, mas sentiu a dificuldade e acabou ficando com a quarta posição. Matheus de Souza fez quinto e Daniel Reichardt em sexto. Novidades nesta categoria, a presença de um piloto novo no campeonato – Adrian Castanheira #53 andando de LEM. E é disto que o esporte precisa novos nomes andando em outras máquinas, que não as mais tradicionais.

Na categoria Nacional, a 230F, o piloto Carlos Franco voltou em grande estilo fazendo uma cor-rida inteligente para sair de uma largada que não foi das melhores para chegar em primeiro. Richard Nunes foi segundo com Deni Marques em tercei-ro, Nivaldo Viana em quarto, Germano Hermes em quinto e Murilo Tomazelli em sexto.

A MX2 seria uma prévia da MX1 com os prin-cipais pilotos correndo nas duas categorias. Logo na largada, sangue jovem dava as cartas, Dudu Lima saia e fazia o holeshot para liderar as primei-ras voltas com Thales Vilardi, Scott Simone Jorge Balbi vindo para cima para dar combate. Na tercei-ra volta Thales Vilardi erra a entrada do triplo em descida e se vê na obrigação de ejetar. Resultando num tombo fortíssimo que terminou bem diante das possibilidades. Scott assumiu a ponta com Jorge Balbi na perseguição, “Ratinho” Lima mais atrás, seu irmão Dudu em quarto, Marçal Muller

BR MOTOCROSS

na quinta posição e Douglas Parize na sexta. Exce-lente corrida de Marçal mostrando seu potencial. No pódio com as motos posicionadas logo abaixo dos cinco pilotos classificados cinco Kawasaki.

A 85cc alinhava com nomes conhecidos e alguns das 65 já se preparando para um futuro próximo a exemplo do que acontece nos Estados Unidos. Roratto largou bem, mas logo recebeu o assédio de Anderson Amaral correndo com as cores da 2B Racing. Andando forte também vinha Cézar Zamboni que foi conquistando posições apesar da largada fraca. A prova terminou com Anderson em primeiro, Zamboni em segundo, Gustavo Henn em terceiro, Gustavo Roratto em quarto e João Pedro em quinto.

As primeiras voltas da MX1 deixaram todos de boca aberta. Ninguém imaginava o desfeche das primeiras voltas. No grid uma Kawasaki com number plate 788 alinhava de foma discreta. Com a queda do “gate” os pilotos avançaram sobre a primeira curva, no “apex” da curva Adrian Can-

tero foi para o chão com Pipo Castro assumindo a ponta. O Argentino José Filipe assumiu a ponta logo depois com Pipo Castro reassumindo a ponta em seguida. De repente a moto 788 de Paulinho Stedile ameaça a ponta e assume a liderança. Pipo reassumiu a ponta para perder a mesma para o Argentino José Filipe para reassumir a ponta em seguida mais uma vez. Atrás vindo com tudo, Scott Simon, Jorge Balbi passo a passo foram conqui-stando posições até liderarem a prova. Na tenta-tiva de assumir a ponta Jorge Balbi foi para o chão comprometendo sua corrida. Com a moto torta e com problemas no freio dianteiro Balbi fechou a prova em terceiro atrás de “Ratinho” Lima em seg-undo, Eduardo Lima em quarto, Cristopher Castro em quinto e Roberto Castro em sexto.

Entre os dez primeiros outra figura ilustre – Massoud Nassar Neto andando com o apoio de Herbert um dos mecânicos mais respeitados da KTM.

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Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação / Motocross

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SUPERLIGA DE MX

Agora sob o comando de José Luiz Terwak, ex-Gerente de Desenvolvimento de Produto e Desenvolvimento de Novos Produtos. O Sr. Wil-son Yasuda continua à frente da equipe da área de competições da Honda motocicletas.

Formada por cinco dos dez melhores pilotos do Brasil a Equipe Honda prometia um bom re-sultado. A expectativa ficava por parte dos prin-cipais adversários os pilotos Jorge Balbi, Scott Si-mon e o retorno ou não de Thales Vilardi para esta etapa depois de seu tombo em Siqueira Campos. Expectativas também em relação a pilotos como Roosevelt Assunção, Rafael Zenni entre outros que não tiveram a oportunidade de andar em Siqueira Campos.

As provas seguiram o ritmo costumeiro de trei-nos no Sábado e provas no Domingo. Na MX3 a primeira posição ficou com Cristiano Lopes segui-do por Richard Berois da Equipe Yamaha/Grupo Geração, Dário Jr. em terceiro, Léo Lopes em quarto, Marcio Paz em quinto e Valdinei Marcolin em sexto. Na MX2 o melhor tempo ficou com o piloto Swian Zanoni da Equipe oficial Honda, seg-uido por Jorge Balbi em segundo, Rafael Faria em terceiro, Jean Ramos em quarto, Hector Assunção em quinto e Gabriel Gentil em sexto. Na MX1 o melhor tempo foi de “Marronzinho”, seguido

por Wellington Garcia, Leandro Silva em terceiro, Jorge Balbi em quarto, Gustavo Takahashi em quinto e Roosevelt Assunção em sexto. Nas cate-gorias menores, Enzo Lopes fazia o melhor tempo da 65cc com Djalma Brito em segundo, Brayan em terceiro, Daniel Reichardt em quarto, Gabriel em quinto e Frederico Molina em sexto. Na 85cc o melhor tempo ficou com Endrews Armstrong seguido de Anderson Amaral, Filipe Gonçalves em terceiro, Thiago Formehl em quarto, Diego Hen-ning em quinto e Gustavo Pessoa em sexto. Murilo Tomazelli em quarto, Anderson Chupel em quinto e Valmyr Da Silva em sexto.

Domingo de manhã e as provas começam como sempre pela MX3. Presentes no grid dois pi-lotos que não participaram dos treinos de Sábado – Milton “Chumbinho” Becker e Davis Guimarães. Cristiano largou bem e foi acompanhado pelos pi-lotos Pro Tork Davis Guimarães e “Chumbinho”. Na mata Davis aproveitou para passar Cristiano até este superar Davis na descida da mata num erro do piloto de Curitiba. “Chumbinho” próximo de Cristiano logo iniciou seu ataque ao piloto Paulista e também na mata acabou assumindo a ponta da prova. Davis seguindo seu companheiro de equipe também superou Cristiano para ficar com o seg-undo lugar. Resultado final Milton “Chumbinho”

SUpErlIGa DE mxInDaIaTUBa

A primeira etapa do mais novo Campeonato de Motocross Na-cional teve seu inicio nos dias 17 e 18 de Abril no CETH da Honda

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Becker (Pro Tork) em primeiro, Davis Guimarães (Pro Tork) em segundo, Cristiano Lopes em tercei-ro, Richard Berois (Yamaha/Geração) em quarto depois de uma prova de recuperação fantástica, Vagner Lachi (Freeway/IMS) em quinto e Walter Tardin (Tradim Lengerie) em sexto.

A 65cc entrou na pista em seguida, ótima lar-gada de Enzo Lopes com o piloto Goiano, Ki-oman Navarro na cola do começo da prova até um pouco mais da metade quando Enzo caiu na sessão de costelas logo depois da mesa da arquibancada do lado oposto dos boxes. Kioman que se colo-cou numa posição vantajosa assumiu a ponta para ficar com a vitória, com Enzo em segundo, Djalma Brito em terceiro, Gabriel em quarto, Daniel Rei-chardt em quinto e João Michelin em sexto.

Os próximos a entrar na pista foram os pilotos da MX2. Mais uma vez uma prévia do que se pode-

ria ver na MX1. Jean Ramos (Honda) largou muito bem e assumiu a ponta da prova com Swian Zano-ni na cola com Balbi vindo de trás. A disputa se deu em primeiro lugar entre Swian e Jean Ramos. De-pois de umas quatro voltas Swian ultrapassou Jean na subida da mata. Algumas voltas depois era a vez de Jorge Balbi passar Jean para assumir a segunda posição. Mais algumas voltas, e Jorge iniciou seu ataque a Swian sem, no entanto, conseguir êxito. A prova terminou com Zanoni em primeiro, super presente no seu 22º aniversário, Balbi em segundo, Jean Ramos em terceiro, Rafael Faria em quarto, Hector Assunção em quinto “Ratinho” em sexto.

A CRF 230 veio em seguida com a vitória de Nivaldo Viana, piloto 2B Racing, com Ismael Rojas em segundo demonstrando cada vez mais maturidade e força, Murilo Tomazelli em terceiro, Murilo Bertate em quarto, Anderson Chupel em

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SUPERLIGA DE MX

quinto e Heinz Chrispin em sexto.A 85cc prova que a Superliga está chamando

de MX Jr. foi uma das melhores a disputa entre Anderson Amaral e Endrews Armstrong foi esp-etacular. Digna de gente muito grande. Após lid-erar praticamente toda a prova Anderson perdeu a ponta ao ver Endrews se aproximar numa bandeira amarela que encurtou toda a distância conquistada por ele. Anderson não desistiu ao perder a ponta no miolo do circuito na última volta para recuperá-la no final da reta da largada de forma sensacional. Final da prova Anderson primeiro, Endrews seg-undo, Diego Henning terceiro numa prova belíssi-ma, Gustavo pessoa em quarto, Wilgner “Guigão” Francisco em quinto de Yamaha 85cc dois tempos

e Hallex Dalfovo em sexto.A MX1 teve Wellington largando na ponta

seguido por Takahashi surpreendendo a todos, “Marronzinho” em terceiro e Balbi largando mal em sexto. Balbi veio galgando posições até assumir a ponta. “Marronzinho” fazia o mesmo até pas-sar pelos demais e iniciar a sua perseguição ao pri-meiro. Com um traçado só dele Jorge conquistou a prova da Mx1 com “Marronzinho” em segundo, Wellington em terceiro, Roosevelt numa boa prova de recuperação em quarto, “Ratinho” em quinto e Zenni em sexto. Leandro Nunes uma grande ex-pectativa terminava em sétimo depois de ter sof-rido uma queda nos treinos e corrido para salvar pontos para campeonato.

CamPEOnaTOama SUPErCrOSS

Texto: Rui Filipe Foto: Divulgação / Supercross

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AMA SUPERCROSS

Kevin Windham venceu sua segunda prova consecutiva no Campeonato Americano Monster Energy de Supercross. Diante de 38.882 espe-ctadores, chuva e até um pouco de neve. Wind-ham parecia ser o único a sorrir quando a chuva começou a descer no estádio Rice-Eccles em Salt Lake City.

A chuva e neve deram uma pausa para a en-trada dos pilotos da primeira bateria classificatória da categoria Supercross com vitória de Davi Mill-saps. Andrew Short foi segundo com Brayton em terceiro, Nick Wey em quarto e Michael Byrne em quinto.

Vencedor da última etapa do Campeonato, Kevin Windham venceu sua bateria classificatória por oito segundos com Kyle Chisholm em segun-do, Hanh em terceiro, Cunningham em quarto e Dungey, campeão antecipado, em quinto depois de ter caído na sessão de costelas.

Na largada da categoria Lites, mais chuva. Hahn larga bem para assumir a ponta da prova com Josh Hansen em segundo. Hansen assume a ponta num triplo na segunda volta. Na corrida pelo campeonato os pilotos Weimer, Hahn e Canard es-tão em sexto, segundo e sétimo respectivamente. Lembrando que Weimer precisa apenas de um décimo quinto lugar para sagrar-se campeão. Na abertura da quinta volta começa a nevar no estádio e a visibilidade começa a ser prejudicada. Mesmo

sem conseguir ver o outro lado do estádio, as pes-soas permanecem no recinto sob forte frio, chuva e neve. Depois de dez volta Hansen continua na frente com Hahn em segundo, Canard em terceiro, Morais em quarto e Weimer em quinto. As pre-sentes posições davam o título a Weimer.

A prova da Lites termina com Hansen em primeiro, a primeira nesta temporada, Canard em segunda 16s atrás, Hahn em terceiro, Morais em quarto e Weimer em quinto para ficar com título do Lado Oeste.

Na prova da categoria Supercross, Windham larga ao lado de Davi Millsaps mas consegue fazer o holeshot para assumir a ponta da prova e mantê-la até o final. Atrás dos dois em terceiro veio Bray-ton com Byrne em quarto e Wey em quinto. Dun-gey a esta altura estava em oitavo.

Windham abriu volta a volta para ter uma lid-erança de mais de dez segundos após dez voltas. Embora a chuva pare na metade da prova, as con-dições de pista continuavam piorando volta a volta. Depois de apenas 14 voltas a bandeira branca é mostrada a Kevin Windham terminando a prova depois de 15 voltas. A Honda faz 1-2-3 com Wind-ham, Millsaps e Short depois de muitos anos. Com o resultado Windham assume a segunda posição no campeonato, deixando Villopoto em terceiro, Millsaps em quarto com chances de assumir a ter-ceira posição na próxima etapa.

ama SUPErCrOSSSalT laKE CITY

Kevin Windham vence segunda etapa consecutiva debaixo de água

EntrevistaGautier Paulin

Texto: Danilo Ribeiro Fotos: Divulgação

ENTREVISTA

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Entrevista Gautier Paulin

Texto: Danilo Ribeiroa Fotos: Divulgação

Com certeza eu sou rápido com as 450 e muitas pessoas me dizem isso! Eles também dizem que estou muito grande para a MX2, mas quando estava competindo no Super-cross com as 250 vi que fazer uma temporada inteira de 450 seria bem diferente

Com quase 20 anos de idade, o Francês e ex-es-trela do BMX Gautier Paulin traz seu talento notável para a equipe Yamaha Monster Energy, onde irá pilo-tar na sua terceira participação do mundial de Moto-Cross a YZ250F 2010. O simpático e jovem piloto se aventurou no começo do ano quando participou de três etapas do AMA Supercross com o objetivo de se preparar para o Mundial de Motocross. Paulin será o primeiro piloto da categoria MX2 que representará a equipe Yamaha Monster Energy desde Cedric Melotte em 2005.

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ENTREVISTA

Seu primeiro contato com a Yamaha foi em uma etapa do AMA Supercross. Como foi isso para você?

Foi uma experiência muito boa e contei com algumas grandes corridas. Eu estava um pouco cansado depois da primeira etapa em Anaheim, pois estava me recuperando de uma lesão que tive no Motocross das Nações, mas consegui andar bem em Phoenix e depois Anaheim II. Eu tive uma sensação boa sobre o que poderia fazer lá e foi um impulso para minha confiança. Sabia que o nível da competição era muito alto, as pistas seriam difíceis e todos iriam querer ganhar, então não fiquei sur-preso. Aprendi onde estava ganhando e perdendo tempo. Se pudesse votar atrás, saberia agora o que tinha que fazer para estar na frente. O Supercross se beneficia por estar dentro de um estádio, o que contribui muito para a imagem e apresentação, mas isso diz muito sobre o Campeonato Mundial, pois conseguimos ficar muito perto em termos de or-ganização e apresentação.

ENTREVISTA

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Então você treinou e passou a maior parte do inverno na América?

Sim, eu estive por lá mais de dois meses e senti minha forma física melhorar o que é ótimo, foi muito legal. Nunca me senti tão bem como estou agora. Quando voltei da America e fui treinar pela primeira vez em casa, de cara baixei meu tempo, tudo isso me ajudou muito mentalmente.

Como é trabalhar com a equipe Yamaha Monster Energy?

Fazer parte de uma equipe como essa é uma grande oportunidade. Estarei indo muitas vezes para Itália, moro a uns 500 km da sede da equipe, então acaba não sendo muito longe. Eles são real-mente uma “equipe” todas as pessoas são próxi-mas, como irmãos, e todos tem o mesmo obje-tivo que é proporcionar o melhor para o piloto. Eu gosto da imagem do time e eles já venceram e alcançaram muitas coisas. No inverno passado estava decidindo o que fazer para 2010, foi quando pedi para testar a nova moto e no dia seguinte assi-nei o contrato, pois sabia que aquilo era o melhor para mim. Meu sonho é competir nos Estados Unidos com uma equipe igual a esta, quando eu vi a organização, a motivação e o trabalho que é feito na moto, decidi ficar na Europa. Eu nunca tive uma equipe me tratando dessa maneira.

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ENTREVISTA

O que você acha da YZ250F 2010...Eu já estava pilotando a Yamaha antes de sair

da Europa e depois fiz muitas corridas de Super-cross e Motocross na Califórnia. O chassi da moto para mim foi o primeiro ponto positivo – é uma loucura – me sinto como se estivesse em uma bici-cleta. O motor tem uma final muito boa o que é muito positivo, a suspensão que usamos é Ohlins. Agora estamos preparando a moto para as corri-das. Acho que o time não tem que provar nada, eles sabem o que estão fazendo com as motos.

Deve ter sido tentador trocar de categoria da MX2 para a MX1, especialmente após sua vitória nos Nações 09...

Com certeza eu sou rápido com as 450 e mui-tas pessoas me dizem isso! Eles também dizem que estou muito grande para a MX2, mas quando es-tava competindo no Supercross com as 250 vi que fazer uma temporada inteira de 450 seria bem dif-erente, nos temos que ter cuidado com a potencia extra da moto e 15 corridas é diferente de apenas uma, sou jovem, estou com apenas 19 anos, meu objetivo é conquistar o Campeonato Mundial da MX2 e subir para a categoria MX1. Tive uma dieta rigorosa durante o inverno e me sacrifiquei para manter meu peso e minha forma, nunca tinha feito essa preparação antes. Eu realmente quero estar na frente nesse campeonato e farei o que for preciso.

Qual será a chave para a conquista do campeonato?

Estar em forma, tentar não ficar nervoso e usar minha experiência nas corridas, sei que sou rápido e que terei a melhor moto possível e tam-bém sei que tenho condições físicas para correr duas baterias 100%, assim quando estou na moto só preciso prestar atenção na minha técnica e na minha moto.