Trabalho - Arquitetura Final (4)

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Normas ecléticas de arquitetura

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CENTRO UNIVERSITRIO MAURCIO DE NASSAU CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA CIVIL

CARLA POLIANA LEONARDO MORAES

ARQUITETURA NO SISTEMA DE VENTILAO

RECIFE 2015

CARLA POLIANALEONARDO MORAES

ARQUITETURA NO SISTEMA DE VENTILAO

Trabalho a ser entregue a Prof. Claudia Pires da disciplina de Arquitetura para obteno da nota parcial, turma GRA 04701 NNC, turno noite do curso de Engenharia Civil.

RECIFE 2015

SUMRIO

INTRODUO 04 DEFINIES DOS PROCESSOS 05 CONCLUSO 15 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 16

INTRODUO

Uma parte significativa do uso de energia em edificaes est associada ao condicionamento de ar e iluminao artificial. Devido ao clima ameno existente em grande parte do territrio nacional, a construo de edificaes adequadas ao clima local pode resultar em um consumo de energia substancialmente menor.

O uso otimizado da luz natural em edificaes usadas principalmente de dia pode, pela substituio da luz artificial, alm de produzir uma contribuio significativa para a reduo do consumo de energia eltrica, contribuir para a melhoria do conforto visual e bem-estar dos ocupantes. A luz natural possui uma variabilidade e qualidade mais agradveis e apreciadas que o ambiente proporcionado pela iluminao artificial. Aberturas, em geral, proporcionam aos ocupantes o contato visual com o mundo exterior e permitem tambm o relaxamento do sistema visual pela mudana das distncias focais. A presena da luz natural pode garantir uma sensao de bem-estar e um relacionamento com o ambiente maior no qual estamos inseridos.

importante salientar que na fase de projeto da edificao que as decises mais importantes ligadas ao consumo futuro da mesma so tomadas.

O compromisso entre ganho de luz natural e reduo da carga trmica pode ser atendido com a qualidade do projeto.Dessa forma, a elaborao de projetos que considerem adequadamente o clima da regio qual a edificao est inserida, resulta na melhoria da eficincia energtica da mesma.

Ventilao

Nos dias de muito calor a forma mais natural de refrescar o ambiente aumentando a circulao do ar no interior da casa, ventilando-a.O uso da ventilao natural um dos princpios bsicos da arquitetura sustentvel, ou da boa arquitetura, ao final o vento um recurso natural, gratuito e renovvel. O uso adequado desta fonte traz diversas vantagens para as edificaes, mantendo a qualidadeinterna do ar pela troca constante, criando ambientes salubres e confortveis, tambm reduzindo osgastos energticos, principalmente a diminuio do uso de ar condicionado que um dos principais consumidores de energia.

A ventilao natural permite facilitar a entrada de brisas e circulao do ar entre os espaos internos da construo.

A ventilao pode ser predominantemente vertical, quanto entra por vos em pareces saem atravs de aberturas no telhado, aproveitando principalmente a tendncia de subida do ar quente.

Pode ser tambm predominantemente horizontal, quando entra por um vo em uma parede e sai por um vo em outra parede, o que pode se chamar de tcnica de ventilao cruzada, aproveitando brisas. Estas brisas podem inclusive ser direcionadas atravs de artifcios como uso de vegetao, cercas vivas, etc.

A ventilao pode ser feita tambm com entrada sob o piso, ou entrada pela cobertura ou com uso de paredes com venezianas.Algumas tcnicas para o usoda ventilao natural:

2.1 Ventilao Cruzada

A ventilao natural cruzada usada em diferentes vos de abertura em um ambiente, seja ela em elementos opostos ou adjacentes. necessrio identificar o vento predominante da regio (frequncia, direo e velocidade), pois a ventilao natural pode causar desconforto e resfriamento indesejado, caso no analisada adequadamente. O importante permitir a entrada de ar fresco, seja por vo de abertura prxima ao piso, janelas, portas, empurrando o ar quente para outra parte com abertura como ptio, teto, claraboia, elemento vazado, torres de vento ou telhas de ventilao nas coberturas.

2.2 Ventilao cruzada horizontal

possvel observar a ventilao cruzada horizontal aonde o ar entra pelos cmodos da sociais e se espalha para o restante do pavimento.

2.3 Ventilao cruzada vertical

Temos a ventilao cruzada vertical aonde o ar circula tanto pelos vos do pavimento trreo quanto do pavimento superior, promovendo uma boa ventilao.

3.Sistemas de Aberturas Controladas para Ventilao Seletiva

Como j foi abordado acima, uma das estratgias bioclimticas permitir a ventilao cruzada, ou seja, permitir que a brisa entre por exemplo por um determinado vo (janela por exemplo) e sai por alguma abertura rente ao teto (fechada por cobogs) por exemplo, ou por uma porta com venezianas, ou mesmo por uma porta aberta.

Em alguns casos pode ser interessante direcionar as correntes de vento e este pode ser feito atravs de venezianas direcionadoras, possibilitando controlar o fechamento total ou parcial, como tambm a direo.Num sistema de ventilao cruzada e ao mesmo tempo seletiva a corrente de ar pode entrar apenas pela veneziana superior de uma janela e sair por uma abertura de predominncia tambm horizontal na parede oposta, colocada tambm rente ao teto. Deste modo o ar circula, na parte superior do ambiente, no ficando as pessoas diretamente expostas s correntes de vento quando isto no conveniente.

A ventilao seletiva mais utilizada para clima temperado, onde nos perodos quentes a temperatura interna se torne mais alta que a temperatura externa.

3.1 Dicas Para manter uma boa ventilao

Janelas com grandes vos aumentam bastante a ventilao dos cmodos: Janelas maiores sempre aumentam a possibilidade de promover mais a circulao de vento na casa.Para fazer uma ventilao cruzada, o ideal poder criar uma corrente de ar com uma porta ou com outra janela ao lado oposto.

Para ter mais privacidade escolha modelos de janelas com uma bandeira superior: Nesse caso, o ideal escolher modelos de janela com bandeira superior (basculante): assim mantem-se a renovao de ar dentro de casa. A bandeira pode ser com abertura opcional, como na foto ao lado, ou em veneziana. Dessa forma, a circulao ocorre pelo vo proporcionado pela bandeira, evitando as rajadas de vento que podem ocorre com a janela totalmente aberta.

3.2 Insolao

No hemisfrio Sul, a orientao Norte apresenta vantagens tendo em vista que permitem uma maior incidncia de raios solares no inverno. Na poca do inverno, o Sol forma um ngulo baixo em relao a superfcie da terra, assim, as fachadas voltadas para o Norte ficam ensolaradas durante praticamente o dia todo. Porem nos meses de dezembro a janeiro, os cmodos com face Norte recebem sol das 9h s 15h, aproximadamente, Assim o Sol da final da tarde, fica vetado, proporcionando mais conforto trmico aos dormitrios no perodo noturno, Isso ocorre pois o ngulo que o sol forma com a superfcie da terra durante o vero maior. Portanto, ao meio dia, o Sol est a pino, incidindo com fora nas superfcies dos edifcios.

Em relao a disposio dos cmodos, aconselhvel quesalas de estar e jantar, dormitrios, gabinetes de trabalho, considerados os principais da moradia,tenhamaberturasparaasorientaes Norte, Nordeste e Leste. Em relao a face sul aconselha-se local apenas cmodos secundrios ou de permanncia transitria, como escadas, depsitos e garagem.

2.2.1 Controle de incidncias de raios solares no interior das edificaes

Sendo, ajanela, a separao mais tnue entre o exterior e o interior de uma construo por isso sua parte mais sensvel ao direta do sol. Assim, a proteo delas frente a radiao solar direta de importncia fundamental para a manuteno de padres aceitveis deconforto trmicono interior do edifcio.

necessrio, portanto, que oprojetoconsidere cuidadosamente o sombreamento da edificao.Dentre os dispositivos para dar sombra - atenuando a elevao da temperatura interna durante o dia - o quebra-sol ou brise-soleil um dos mais eficientes.

Um dos brises mais comumente encontrados nos edifcios o formado por aletas. Elas podem estar na horizontal ou na vertical e podem ser fixas ou mveis. Alguns fabricantes possuem sistemas mveis complexos, mas fcil encontrarmos simples ripas de madeira alinhadas na frente da janela de uma casa cumprindo a funo de brise.

Como esses elementos esto ali para barrar a entrada do sol direto e como a posio do sol varia durante o dia, os elementos mveis sero sempre mais eficientes. Entretanto, desde que colocados na posio correta, os brises fixos so tambm uma boa opo.

Os materiais para fabricao das aletas so inmeros. Madeira, alumnio, ferro, plstico e concreto so os mais comuns, mas h tambm os de cermica, de vidro, de bambu, entre muitos outros.

Como posicionar os brises? Uma regrinha simples para a escolha da posio dos brises na maior parte do Brasil a seguinte: para as fachadas leste e oeste, que recebem respectivamente o sol da manh e o da tarde (que chega rasante), prefira os brises com aletas verticais. Para a fachada norte, que recebe sol durante todo o dia, mas numa posio mais a pino, prefira os brises horizontais. A fachada sul carece menos dos brises, visto que tem uma incidncia de sol muito menor.

Outro tipo muito popular de brise so os cobogs, tambm chamados de elementos vazados. (O nome cobog, formado pela primeira slaba do sobrenome dos trs engenheiros que inventaram o produto no sculo passado: Coimbra, Boeckmann e Gis.) Muito utilizados nos edifcios pblicos pelo baixo custo e grande durabilidade, os cobogs so aqueles blocos vazados decorativos, normalmente feitos de concreto ou de cermica. No mercado h diversas opes de formato e tamanho de diferentes fabricantes.

Parede de cobog

Na mesma linha dos cobogs, os muxarabis so outro belo exemplo de brise. Os rabes tm uma grande tradio no uso desse elemento de proteo, que foi trazido h sculos para o Brasil. Alm de proteger do sol, ele d privacidade ao interior das casas. Feitos de madeira ou ferro, os mais comuns so os quadriculados, mas podem ser confeccionados dos mais diversos formatos.

Varanda com uso do muxarabis de madeira

Os toldos so anteparos retrteis ou fixos, feitos de lona ou material semitransparente para sombreamento tambm permitem iluminao controlada.

3. Iluminao

Essencial para a vida na Terra, a luz um fator importante quando se pensa em construir uma casa de forma sustentvel. Seja para garantir uma iluminao adequada, poupar energia eltrica ou tornar o ambiente mais agradvel, a luz natural deve ser planejada e aplicada em todos os cmodos.

Para o arquiteto e especialista em Conforto Ambiental e Conservao de Energia, Dimas Bertolotti, a avaliao da iluminao de um ambiente pode ser vista por dois aspectos. Um quantitativo e leva em considerao os nveis mnimos de iluminao para que os usurios de determinado ambiente possam desenvolver suas atividades com segurana e produtividade.

O outro qualitativo e pondera como estas atividades podem ser realizadas com conforto visual e bem-estar, evitando doenas visuais, fadiga e depresso. A iluminao natural pode oferecer maior quantidade e melhor qualidade de luz por um custo muito menor, avalia Bertolotti.

3.1 Mais luz, menos eletricidade.

Segundo a doutora em Tecnologias Energticas e Ambientais, Claudia Amorim, a energia eltrica usada em edifcios corresponde a 45% do consumo total de energia eltrica do Brasil. O setor residencial responsvel, aproximadamente, pela metade deste consumo de energia eltrica, sendo a outra metade dividida entre os setores comercial e pblico, informa.

Sendo assim, substituir as lmpadas incandescentes pela luz natural uma excelente alternativa para reduzir a conta de luz. A iluminao natural energia pura, limpa e abundante nos pases tropicais, lembra Bertolotti.

Para construir sua casa abusando da iluminao natural o arquiteto aconselha, antes de qualquer coisa, uma avaliao do clima local. Ele condiciona o tipo de cu, a nebulosidade, o percurso do sol e fatores que influenciam a disponibilidade luz natural durante o ano, diz.

3.2 A Anlise e o Projeto

A importncia da luz natural faz-se sentir a dois nveis. Por um lado ela pode ser responsvel por uma economia de energia utilizada com a iluminao artificial dos espaos interiores, cuja importncia sentida sobretudo em edifcios de servios. Para alm deste aspecto quantificvel existe um outro, no menos significativo, que est relacionado com o impacto psicofisiolgico que a luz natural tem sobre os ocupantes desses espaos, com reflexos extremamente importantes no seu bem-estar, e consequentemente na sua produtividade.

O reconhecimento da importncia que estes dois fatores tem, um sob o ponto de vista econmico, o outro sobre o bem-estar das pessoas, responsvel pelo desenvolvimento da investigao sobre a iluminao natural de modo a possibilitar uma melhoria da sua utilizao.

Se neste momento se verifica, em determinados casos, a existncia de espaos interiores que possuem condies de iluminao natural aceitveis, apontando-se como melhor exemplo alguns edifcios escolares, isso muito mais o resultado de um certo empirismo do que o fruto de um estudo e projeto devidamente elaborado, excetuando os tais casos espordicos que constituem a exceo regra.

Sala de aula com iluminao natural

3.3 Sistema de iluminao natural tubular

Os sistemas de iluminao natural zenital evoluram muito nos ltimos 20 anos. No design das claraboias tradicionais, percebia-se a necessidade de avanos que permitissem superar limitaes como: conforto trmico, distncia, resistncia, desempenho mdio, homogeneidade lumnica, vida til, impermeabilizao e segurana.

3.4 Sistema de iluminao natural zenital

Os sistemas tradicionais de iluminao zenital no filtram a passagem dos raios infravermelhos, iluminando o ambiente custa de desconforto trmico. Alm disso, s possvel iluminar reas imediatamente abaixo das claraboias.

CONCLUSO

Conhecendo os benefcios e possibilidades dos processos de ventilao natural, um ramo de pesquisa essencial como estratgia para conforto trmico nas edificaes, podemos concluir sob os aspectos abordados que possvel um ambiente naturalmente ventilado ser totalmente eficiente para o conforto, contribuindo para a eficincia energtica, desde que se compreendam as condicionais para o conforto e as leis de movimentao de ar, seus efeitos e suas possibilidades.

Para atenuao dos possveis efeitos de mudana de comportamento dos ventos, recomenda-se que no posicionamento e na orientao das edificaes propostas, sejam utilizados elementos que deixem o pavimento trreo aberto para a ventilao permanente, como por exemplo, a utilizao de pilotis. Outra possibilidade o espaamento das construes, de tal maneira que os ventos no sejam bloqueados completamente, passando por entre as edificaes.

Com o aumento de edificaes verticalizadas, e devido ao fato da cidade do Recife poder ser caracterizada como uma rea de demasiada insolao anual, poder haver nas edificaes um aumento de exposio luz solar, deixando de proteger os ambientes internos das edificaes da luminosidade excessiva, aumentando a necessidade de atenuao do calor gerado.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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