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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CURSO DE ODONTOLOGIA 2013.2 DM – DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA DISCIPLINA: ANATOMIA GERAL PROFESSOR: OSIEL BENEDITO DE ALMEIDA ANA PATRÍCIA DE FREITAS LOPES MAYARA JANYARA DO REGO BARRETO RENNAN PINHEIRO VALENTIM CONCEITO ANATOMICO E FISIOLOGICO DO SISTEMA GENITAL MASCULINO ASSOCIADO COM PATOLOGIA E CASO CLÍNICO 1

Trabalho de Anatomia

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Page 1: Trabalho de Anatomia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CURSO DE ODONTOLOGIA 2013.2

DM – DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA

DISCIPLINA: ANATOMIA GERAL

PROFESSOR: OSIEL BENEDITO DE ALMEIDA

ANA PATRÍCIA DE FREITAS LOPES

MAYARA JANYARA DO REGO BARRETO

RENNAN PINHEIRO VALENTIM

CONCEITO ANATOMICO E FISIOLOGICO DO SISTEMA GENITAL MASCULINO ASSOCIADO COM PATOLOGIA E CASO CLÍNICO

30 DE OUTUBRO DE 2013

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Sumário

Introdução ................................................................................................................... 3

Parte Externa ................................................................................................................ 3

Parte Interna ................................................................................................................ 4

Testículos ...................................................................................................................... 4

Epidídimo ...................................................................................................................... 6

Ducto Deferente ........................................................................................................... 7

Ducto Ejaculatório ....................................................................................................... 7

Vesícula Seminais ........................................................................................................ 7

Próstata .......................................................................................................................... 9

Glândulas Bulbouretrais ......................................................................................... 10

Pênis ............................................................................................................................. 11

Escroto ......................................................................................................................... 14

Patologia relacionada ao Sistema Genital Masculino – Câncer de Próstata .. 15

Caso Clínico relacionado ao Sistema Genital Masculino – Vasectomia ........ 16

Bibliografia e Webgrafia ................................................................................................. 17

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Sistema Genital Masculino

 

Introdução Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos produzem esperma e secretam hormônios (principalmente testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma, mais as secreções das glândulas sexuais acessórias.

Parte externa

O pênis é o órgão muscular encarregado de depositar os espermatozoides no interior da vagina. Compreende grande parte da uretra. Seu interior é composto por três cilindros de tecido esponjoso, os vasos cavernosos, formados por vasos sanguíneos que, durante o ato sexual, estimulados pelo sistema nervoso autônomo, recebem uma quantidade maior de sangue, dilatando-se e provocando a ereção do órgão. Esta ereção é fundamental para que o pênis venha a ser introduzido na vagina da mulher e em seguida venha a depositar seus gametas no interior da fêmea, fenômeno conhecido por ejaculação;

O meato uretral é o orifício no qual a uretra encontra o exterior do organismo. Situa-se na glande, parte mais volumosa do pênis, popularmente conhecida como "cabeça" do pênis. Esta estrutura contém uma grande quantidade de terminações nervosas, podendo com um simples toque em sua superfície estimular a ereção;

A glande é coberta pelo prepúcio, uma camada de pele que a protege. Quando há ereção, o prepúcio fica recolhido e a glande fica exposta. Quando isso não ocorre, há o que chamamos de fimose, uma anomalia que impossibilita a exposição da glande com o pênis ereto. Felizmente, pode ser facilmente corrigida com uma cirurgia simples de circuncisão;

Saco ou bolsa escrotal: camada de pele que envolve e protege os testículos.

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Parte Interna

Testículos         O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada testículo tem forma ovoide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido láteromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades. As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior, e as extremidades, superior e inferior. A borda posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que é o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do epidídimo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo. O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada que se chama túnica albugínea. Esta envia para o interior do testículo delgados septos conhecidos como sétuplos dos testículos, os quais se subdividem em lóbulos. Nestes encontramos grande quantidade de finos, longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos. São nesses túbulos que se formam os espermatozoides.

            

            Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino testicular e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam

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formando uma verdadeira rede (de Haller) ao nível do mediastino, onde desembocam de dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo. 

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Epidídimo          O epidídimo estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo.Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o polo superior do testículo, que é denominada cabeça; um segmento intermediário que é o corpo e, inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo. Na cabeça, os dúctulos eferentes dos testículos continuam por dúctulos muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo. Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão. Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva, constituída pela cauda do epidídimo e início do ducto deferente, que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato sexual, sendo, então, levados para o exterior. A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo. Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal.           Assim como a pleura ou o pericárdio, a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente aqueles órgãos, sendo denominado lâmina visceral. Posteriormente aos órgãos supracitados, a lâmina visceral da túnica vaginal se reflete de cada lado, para se continuar com a lâmina vaginal. Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal da túnica vaginal, permanece um espaço virtual denominado cavidade vaginal. A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas.

 

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Ducto Deferente            O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identificá-lo facilmente pela palpação. Apresenta-se como um cordão uniforme, liso e duro, o que o distingue dos elementos que o cercam. Próximo à sua terminação, o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente.            O funículo espermático estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao anel inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos e nervos. As artérias são em número de três: artéria testicular, artéria do ducto deferente e artéria cremastérica. As veias formam dois plexos, um anterior e outro posterior, em relação ao ducto deferente.

Ducto Ejaculatório         É um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata, atravessando seu parênquima para se abrir, por um pequeno orifício, no colículo seminal da uretra prostática, ao lado do forame do utrículo prostático. Estruturalmente, o ducto ejaculatório, assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa.

 Vesículas SeminaisAs vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o

fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata.  As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozoides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui 60% do volume de sêmen.

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PróstataA próstata é mais uma glândula cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal.

Sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice. Sendo ligeiramente achatada no sentido ânteroposterior, ela apresenta uma face anterior e outra posterior, e de cada lado, faces ínferolaterais. Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas. Participando de seu arcabouço, encontramos fibras musculares estriadas que parecem derivar do músculo esfíncter da uretra. O restante do parênquima é ocupado por células glandulares distribuídas em tubos ramificados, cuja secreção é drenada pelos ductos prostáticos, os quais em número médio de vinte se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal.

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Glândulas Bulbouretrais   As glândulas bulbouretrais são duas formações pequenas, arredondadas e levemente lobuladas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo do pênis e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente à próstata e drenam suas secreções para a parte esponjosa da uretra.    Sua secreção é semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. Constituem 5% do líquido seminal. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozoides e também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação.

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Pênis   O pênis é o órgão erétil e copulador masculino. Ele é representado por uma formação cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja extremidade livre é arredondada. O tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente, por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semiereto), e o terceiro é ímpar e mediano, e situa-se longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes.  Os dois cilindros superiores recebem o nome de corpos cavernosos do pênis e o inferior, de corpo esponjoso do pênis.  

      

   Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acoplam medialmente aos ramos do ísquio, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos. Cada ramo é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo ísquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo isquiático, constituindo a raiz do pênis. Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis. Se examinarmos os dois corpos cavernosos inferiormente, verificaremos que na linha ânteroposterior de união, forma-se um ângulo diedro, que para diante, gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso. Anteriormente, os corpos cavernosos terminam abruptamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande. O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo abaixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis. Para frente, o bulbo continua com o corpo esponjoso, o qual vai se afinando paulatinamente e se aloja no sulco mediano formado pelos dois corpos cavernosos. No plano frontal em que os corpos cavernosos terminam anteriormente, o corpo esponjoso apresenta uma dilatação cônica, cujo nome é descentrado, isto é, o centro do mesmo não corresponde ao grande eixo do corpo esponjoso; dilatação essa denominada glande. O rebordo que contorna a base da glande recebe o nome de coroa da glande. No ápice da glande encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra. Nesse óstio vem se abrir a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis, onde a mesma penetra. Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo.   O pênis, portanto, pode ser subdividido em raiz, corpo e glande. Envolvendo a parte livre do pênis encontramos uma cútis fina e deslizante, conhecida por prepúcio. Medianamente, por baixo da glande, a mucosa que envolve esta e depois se reflete para

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forrar a cútis da expansão anterior do prepúcio, apresenta uma prega sagital denominada frênulo do prepúcio.

Estruturalmente, profundamente à cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fáscia superficial do pênis, onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto. Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis. Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea do corpo cavernoso e do corpo esponjoso.   O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, correm longitudinalmente em seu dorso, fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas, enquanto o restante forma as partes genitais internas.

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Escroto   O escroto é uma bolsa músculocutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa um compartimento completamente separado, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto.   O escroto é constituído por camadas de tecidos diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes. Cútis: é a pele, fina e enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto. Túnica dartos: constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas. Tela subcutânea: é constituída por tecido conectivo frouxo. Fáscia espermática externa: é uma lâmina conjuntiva que provém das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do anel inguinal superficial para entrar na constituição do escroto. Fáscia cremastérica: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical. No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome. Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal. Túnica vaginal: serosa, cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e início do ducto deferente.

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Patologia relacionada ao Sistema Genital Masculino – Câncer de Próstata

Próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz e armazena parte do fluido seminal. Câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos. Os fatores de risco incluem idade avançada (acima de 50 anos), histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas), sedentarismo e excesso de peso. Os negros constituem um grupo de maior risco para desenvolver a doença.

SintomasA maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas.

Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina). Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.

DiagnósticoO câncer de próstata pode ser diagnosticado

por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.

TratamentoO tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da

idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.

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Caso Clínico relacionado ao Sistema Genital Masculino – Vasectomia

A vasectomia é uma intervenção cirúrgica relativamente segura que permite ao homem eliminar sua fertilidade, o que implica em não poder mais ter filhos; ela é, assim, um dos recursos contraceptivos de que os casais dispõem ao optar por não mais reproduzirem. O processo é simples; o cirurgião extrai uma fração de cada um dos dois canais, conhecidos como dutos ou canais deferentes, órgãos incumbidos do transporte dos espermatozoides da região testicular ao pênis. Este procedimento é tão singelo que não exige nem mesmo que o paciente fique internado; ela pode ser realizada no próprio consultório do cirurgião; a anestesia é local, aplicada exatamente sobre o escroto, bolsa cutânea na qual estão localizados os testículos. Este processo esterilizador só é aplicado quando o casal decide optar por este caminho de livre e espontânea vontade, principalmente o homem.

Alguns meses após a cirurgia o sêmen, substância expelida pelo homem no momento da relação sexual, não mais conduzirá em seu interior os espermatozoides, responsáveis pela fecundação dos óvulos femininos. Isso não significa, como muitos podem acreditar, que o indivíduo perde ou tem seu desempenho sexual reduzido. Ele obtém sua ereção da mesma forma, apenas com a ausência dos espermatozoides. O nível de segurança desta operação é quase total; pesquisas apontam que os índices de insucesso na cirurgia limitam-se a menos que 1%. Contudo, como qualquer cirurgia, a completa eficácia e a carência de obstáculos pós-procedimento dependem da vivência profissional do cirurgião e da tecnologia usada no instante da intervenção.

Boa parte dos pacientes apresenta, ao longo de três ou cinco dias depois da vasectomia, mínimas dificuldades na pele escrotal. Estudos indicam que ela não agrava a aterosclerose, inflamação crônica que provoca a constituição de placas nas paredes dos vasos sanguíneos. Quanto à ocorrência de câncer de próstata ou de testículo nos que recorreram a este método contraceptivo, os médicos garantem que eles não ficam mais suscetíveis a adquirir estas enfermidades. Os membros do sexo masculino devem refletir bem antes de decidir realizar esta cirurgia, pois ela é quase sempre impossível de ser revertida. Há também outros meios de se praticar o controle de natalidade, por esta razão é melhor consultar o médico sobre possíveis caminhos a serem adotados.

É importante que o paciente siga as orientações médicas prescritas antes do procedimento cirúrgico, o que certamente prevenirá futuros problemas. A intervenção dura apenas de 15 a 20 minutos. Com o paciente anestesiado, o cirurgião efetua uma mínima incisão na pele da bolsa escrotal, e então os dutos deferentes, agora visíveis, são submetidos à retirada dos necessários fragmentos. Logo depois as partes restantes dos canais são atadas para que não ocorra a provável formação de um novo canal. Este mecanismo é repetido em cada duto; no final os canais são restituídos à bolsa e a pele é costurada. É normal que o paciente sinta alguma dor na região atingida e também o aparecimento de um pouco de sangue ou de outra substância no local do corte. É comum, igualmente, um certo inchaço e a cútis ligeiramente azul ou escura.

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Bibliografia e Webgrafia

FATTINI, Dangelo e. Anatomia Humana Sistêmico e Segmentar;

SOBOTTA. Atlas de Anatomia Humana;

DANTAS, Heitor Abreu de Oliveira. “Sistema Genital Masculino.” Disponível em: http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/sistema-Genital-masculino-e-Feminino. Acesso em 29 de outubro de 2013;

WIKIPÉDIA. Disponível em: ttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_reprodutor_masculino. Acesso em 29 de outubro de 2013;

INFOESCOLA. “Vasectomia.” Disponível em: http://www.infoescola.com/reproducao/vasectomia/. Acesso em 29 de outubro de 2013;

LOUREDO, Paula. “Câncer de Próstata.” Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/cancer-prostata.htm. Acesso em 29 de outubro de 2013.

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